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AULA Nº 02
O que é ciência e o que é
senso comum?
Profº Marlon Santiago
DATA: 01/03/2022
ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE
O SENSO COMUM E A CIÊNCIA.
 Os conhecimentos do senso comum baseiam-se na
experiência cotidiana das pessoas, na chamada experiência
de vida, e se distingue da experiência científica, que é feita
com um planejamento rigoroso e método.
 Senso comum: Em alguns
casos, trata-se de experiências
pessoais, em outros casos são
experiências partilhadas pelos
membros da comunidade – no
decurso do processo de
socialização.
• Aprender onde fica a padaria
mais próxima de casa.
• Aprender a amarrar o
cadarço dos sapatos.
Não é preciso efetuar uma
investigação metódica, basta a
experiência de vida.
POR EXEMPLO
Por exemplo: De outra forma,
como se poderia descobrir a
temperatura média de um
planeta tão distante como
Mercúrio?
Como é que a simples
experiência de vida podia
permitir a descoberta de que
a luz do Sol leva 8,33 minutos
a chegar à Terra?
 Pelo contrário, a ciência implica investigações,
estudos efetuados metodicamente.
 O senso comum, em geral, é um saber
assistemático, na medida em que constitui um
conjunto disperso e desorganizado de crenças
e práticas, não implicando por parte dos seus
detentores um esforço de organização.
Por isso algumas das crenças
podem ser contraditórias.
Por exemplo: as mesmas pessoas
podem acreditar que “Quem espera
desespera” e “Quem espera sempre
alcança”.
 O senso comum é um saber superficial, muitas vezes,
desconhecem-se as suas causas verdadeiras.
Constatam-se formas de agir, mas não se tem um
método (com experimentação, controle, acúmulo de
informações).
 A ciência tende a ser um saber
mais preciso que o senso comum.
As diversas ciências, naturais ou
sociais, recorrem sempre que
possível à linguagem (e modelos)
da Matemática, na tentativa de
apresentar resultados rigorosos.
 Mesmo nas investigações em
que não é possível quantificar (a
observação psicológica de uma
certa pessoa, por exemplo) existe
essa procura do rigor.
 Ciência é um saber mais aprofundado, uma
vez que procura descobrir a causa dos
fenômenos, não se contentando apenas em
constatar a realidade.
 Por exemplo: sabe-se
que o vinho mancha a
roupa, mas um químico
sabe explicar porque é que
isso acontece.
 O senso comum é um saber de caráter mais
subjetivo (ou pessoal) do que o conhecimento
científico, pois a sua aquisição está mais
relacionada com a experiência imediata, cotidiana.
 É influenciado, também, pela época histórica, pela cultura,
pelos grupos sociais a que se pertence, pelo meio ambiente
em que vive, pela idade, pela profissão, personalidade, entre
outros fatores.
 A ciência, pelo contrário, procura, idealmente,
alcançar um saber objetivo. Por meio de pesquisas
tenta mostrar as coisas (os objetos) como elas são.
Um conhecimento para ser científico deve buscar
ser independente das particularidades do cientista.
 Por isso, tem validade
universal, aceito por toda a
comunidade científica.
 É preciso dizer também
que existem teorias que
questionam a objetividade
do conhecimento científico.
«A ciência tem sempre defendido que, ao
contrário de outras formas de
conhecimento consideradas menos
rigorosas, ela é objetiva. Não depende de
quem faz, de quem mede, de quem segue
a demonstração. O resultado da
experiência, o número lido no aparelho, a
lógica da dedução matemática são coisas
objetivas, impessoais, podem ser
repetidas.»
Jorge Dias de Deus, Ciência, Curiosidade
e Maldição, Editora:Gradiva.
 A ideia de que Plutão leva 247,7 anos a completar uma
volta em torno do Sol e a ideia de que a temperatura
média na sua superfície é de 237 graus negativos são
completamente independentes da nacionalidade, do sexo
ou da personalidade dos cientistas que as descobriram.
POR EXEMPLO
 Um conhecimento para ser considerado
científico tem de ser testável.
 Ou seja: deve ser possível confrontar as teorias
com os fatos, pô-las à prova através de
experiências exigentes e rigorosas de modo a
averiguar se são ou não falsas.
 Caso contrário, a teoria não passaria de uma
mera opinião pessoal do cientista, de uma crença
sem fundamento.
 Quando o astrônomo Clyde W. Tombaugh anunciou,
em 1930, a descoberta de Plutão, as suas observações
tiveram que ser repetidas e confirmadas por muitos
outros astrônomos.
POR EXEMPLO
 Recentemente, os cientistas resolveram
que Plutão não é mais um planeta. O que
demonstra a dinamicidade do conhecimento
científico.
 O senso comum tende a ser um saber acrítico. Acrítico
significa não refletido, não examinado.
 É compreensível que assim seja, pois trata-se de saberes
cuja aprendizagem é informal: aprende-se à medida que se vai
vivendo e tendo experiências, aprende-se vendo, ouvindo e
imitando os outros.
 Muitas vezes essa aprendizagem é inconsciente: as
pessoas não têm noção de que estão a aprender, mas vão
interiorizando crenças, costumes, saberes práticos, etc.
 Tanto podem aprender crenças verdadeiras como crenças
falsas e injustificadas (superstições). De resto, essa atitude
acrítica tem a ver com todas as características do senso
comum aqui referidas.
Algumas crianças, ao observarem muitas vezes os pais e outros
adultos deixarem lixo no chão, aprendem a fazer o mesmo e
interiorizam a ideia de que esse comportamento é correto.
POR EXEMPLO
 Outras crianças – talvez em menor
número – ao observarem muitas vezes
os pais e outros adultos deixarem o
lixo no lixeiro aprendem a fazer o
mesmo e interiorizam a ideia de que
esse comportamento é correto. Na
maior parte dos casos, tanto umas
como outras realizam essas
aprendizagens sem refletir, sem
discutir: limitam-se a imitar. Ou seja:
aprendem acriticamente.
 A ciência não pode ser acrítica como o
senso comum. Pelo contrário, implica uma
atitude crítica por parte dos cientistas. Ou
seja: para fazer ciência é preciso refletir e
ter uma preocupação permanente com a
fundamentação das ideias.
 Os cientistas devem ter essa atitude
crítica relativamente às suas próprias ideias
e relativamente às ideias dos outros. De
resto, essa atitude crítica tem a ver com
todas as características da ciência aqui
referidas.
 Um cientista que queira publicar um artigo científico
numa revista tem de submetê-lo a um processo de avaliação
que costuma ser chamado “refereeing”: o artigo tem de ser
lido primeiro por especialistas da área; o nome destes não é
divulgado e estes também não sabem quem é o autor do
artigo, para que a crítica possa ser mais livre e imparcial.
POR EXEMPLO
 O conhecimento do senso comum é
obtido geralmente pelas observações
realizadas pelos sentidos.
 A bela letra desta música a seguir, de
Ivan Lins e Vitor Martins, deixa isto
claro:
Daquilo que eu sei
Nem tudo me deu clareza
Nem tudo foi permitido
Nem tudo foi concebido
Daquilo que eu sei
Nem tudo foi proibido
Nem tudo me foi possível
Nem tudo me deu certeza
DAQUILO QUE EU SEI
Não fechei os olhos
Não tapei os ouvidos
Cheirei, toquei, provei
Ah! Eu usei todos os sentidos
Só não lavei as mãos
E é por isso que eu me sinto
Cada vez mais limpo...
(Ivan Lins e Vitor Martins. In: Lins, Ivan. Daquilo que eu sei. Rio de Janeiro:
Polygram/Philips,1981)
DAQUILO QUE EU SEI
 Desconfia de nossas certezas, de nossa
adesão imediata às coisas, da ausência de
crítica;
 Onde o senso comum vê muitas vezes fatos
e acontecimentos, o conhecimento científico
vê problemas e hipóteses;
 Ele busca leis gerais para os fenômenos;
JÁ O CONHECIMENTO
CIENTÍFICO:
 A queda dos corpos é explicada pela lei da
gravidade de Newton. Não acredita em milagres mas
acredita na regularidade, constância, frequência dos
fenômenos.
POR EXEMPLO
 A ciência deve dispor de uma linguagem
rigorosa cujos conceitos são definidos de modo
a evitar qualquer ambiguidade.
 O método científico pode ser quantitativo.
Nesse caso, busca medidas, padrões, critérios
de comparação e de avaliação para coisas que
parecem ser diferentes.
 Por isso, a matemática se constitui em
instrumento importante de várias ciências. A
ciência possui métodos rigorosos para a
observação, experimentação e verificação dos
fatos.
 Diferentemente do Senso Comum que
muitas vezes é marcado pelo sentimento,
o conhecimento científico se pretende
racional.
 Mas, apesar destas diferenças, é uma
verdade que no senso comum há
elementos do conhecimento científico,
bem como o conhecimento científico se
apropria dos saberes do senso comum.
ESTUDO INDEPENDENTE
 Agora que você já consegue compreender e
distinguir ciência do senso comum, sugiro que
você realize a leitura do Capítulo 1 do livro
Psicologias - Uma introdução ao estudo da
psicologia - Bock, Ana M. 14ª Edição.
 Leia o Artigo - Senso comum e Ciência - uma
análise hermenêutica e epistemológica do
senso comum e oposição
BONS ESTUDOS!!!

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Psicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • 1. AULA Nº 02 O que é ciência e o que é senso comum? Profº Marlon Santiago DATA: 01/03/2022
  • 2. ALGUMAS DIFERENÇAS ENTRE O SENSO COMUM E A CIÊNCIA.  Os conhecimentos do senso comum baseiam-se na experiência cotidiana das pessoas, na chamada experiência de vida, e se distingue da experiência científica, que é feita com um planejamento rigoroso e método.  Senso comum: Em alguns casos, trata-se de experiências pessoais, em outros casos são experiências partilhadas pelos membros da comunidade – no decurso do processo de socialização.
  • 3. • Aprender onde fica a padaria mais próxima de casa. • Aprender a amarrar o cadarço dos sapatos. Não é preciso efetuar uma investigação metódica, basta a experiência de vida. POR EXEMPLO
  • 4. Por exemplo: De outra forma, como se poderia descobrir a temperatura média de um planeta tão distante como Mercúrio? Como é que a simples experiência de vida podia permitir a descoberta de que a luz do Sol leva 8,33 minutos a chegar à Terra?  Pelo contrário, a ciência implica investigações, estudos efetuados metodicamente.
  • 5.  O senso comum, em geral, é um saber assistemático, na medida em que constitui um conjunto disperso e desorganizado de crenças e práticas, não implicando por parte dos seus detentores um esforço de organização. Por isso algumas das crenças podem ser contraditórias. Por exemplo: as mesmas pessoas podem acreditar que “Quem espera desespera” e “Quem espera sempre alcança”.
  • 6.  O senso comum é um saber superficial, muitas vezes, desconhecem-se as suas causas verdadeiras. Constatam-se formas de agir, mas não se tem um método (com experimentação, controle, acúmulo de informações).  A ciência tende a ser um saber mais preciso que o senso comum. As diversas ciências, naturais ou sociais, recorrem sempre que possível à linguagem (e modelos) da Matemática, na tentativa de apresentar resultados rigorosos.  Mesmo nas investigações em que não é possível quantificar (a observação psicológica de uma certa pessoa, por exemplo) existe essa procura do rigor.
  • 7.  Ciência é um saber mais aprofundado, uma vez que procura descobrir a causa dos fenômenos, não se contentando apenas em constatar a realidade.  Por exemplo: sabe-se que o vinho mancha a roupa, mas um químico sabe explicar porque é que isso acontece.
  • 8.  O senso comum é um saber de caráter mais subjetivo (ou pessoal) do que o conhecimento científico, pois a sua aquisição está mais relacionada com a experiência imediata, cotidiana.  É influenciado, também, pela época histórica, pela cultura, pelos grupos sociais a que se pertence, pelo meio ambiente em que vive, pela idade, pela profissão, personalidade, entre outros fatores.
  • 9.  A ciência, pelo contrário, procura, idealmente, alcançar um saber objetivo. Por meio de pesquisas tenta mostrar as coisas (os objetos) como elas são. Um conhecimento para ser científico deve buscar ser independente das particularidades do cientista.  Por isso, tem validade universal, aceito por toda a comunidade científica.  É preciso dizer também que existem teorias que questionam a objetividade do conhecimento científico.
  • 10. «A ciência tem sempre defendido que, ao contrário de outras formas de conhecimento consideradas menos rigorosas, ela é objetiva. Não depende de quem faz, de quem mede, de quem segue a demonstração. O resultado da experiência, o número lido no aparelho, a lógica da dedução matemática são coisas objetivas, impessoais, podem ser repetidas.» Jorge Dias de Deus, Ciência, Curiosidade e Maldição, Editora:Gradiva.
  • 11.  A ideia de que Plutão leva 247,7 anos a completar uma volta em torno do Sol e a ideia de que a temperatura média na sua superfície é de 237 graus negativos são completamente independentes da nacionalidade, do sexo ou da personalidade dos cientistas que as descobriram. POR EXEMPLO
  • 12.  Um conhecimento para ser considerado científico tem de ser testável.  Ou seja: deve ser possível confrontar as teorias com os fatos, pô-las à prova através de experiências exigentes e rigorosas de modo a averiguar se são ou não falsas.  Caso contrário, a teoria não passaria de uma mera opinião pessoal do cientista, de uma crença sem fundamento.
  • 13.  Quando o astrônomo Clyde W. Tombaugh anunciou, em 1930, a descoberta de Plutão, as suas observações tiveram que ser repetidas e confirmadas por muitos outros astrônomos. POR EXEMPLO  Recentemente, os cientistas resolveram que Plutão não é mais um planeta. O que demonstra a dinamicidade do conhecimento científico.
  • 14.  O senso comum tende a ser um saber acrítico. Acrítico significa não refletido, não examinado.  É compreensível que assim seja, pois trata-se de saberes cuja aprendizagem é informal: aprende-se à medida que se vai vivendo e tendo experiências, aprende-se vendo, ouvindo e imitando os outros.  Muitas vezes essa aprendizagem é inconsciente: as pessoas não têm noção de que estão a aprender, mas vão interiorizando crenças, costumes, saberes práticos, etc.  Tanto podem aprender crenças verdadeiras como crenças falsas e injustificadas (superstições). De resto, essa atitude acrítica tem a ver com todas as características do senso comum aqui referidas.
  • 15. Algumas crianças, ao observarem muitas vezes os pais e outros adultos deixarem lixo no chão, aprendem a fazer o mesmo e interiorizam a ideia de que esse comportamento é correto. POR EXEMPLO  Outras crianças – talvez em menor número – ao observarem muitas vezes os pais e outros adultos deixarem o lixo no lixeiro aprendem a fazer o mesmo e interiorizam a ideia de que esse comportamento é correto. Na maior parte dos casos, tanto umas como outras realizam essas aprendizagens sem refletir, sem discutir: limitam-se a imitar. Ou seja: aprendem acriticamente.
  • 16.  A ciência não pode ser acrítica como o senso comum. Pelo contrário, implica uma atitude crítica por parte dos cientistas. Ou seja: para fazer ciência é preciso refletir e ter uma preocupação permanente com a fundamentação das ideias.  Os cientistas devem ter essa atitude crítica relativamente às suas próprias ideias e relativamente às ideias dos outros. De resto, essa atitude crítica tem a ver com todas as características da ciência aqui referidas.
  • 17.  Um cientista que queira publicar um artigo científico numa revista tem de submetê-lo a um processo de avaliação que costuma ser chamado “refereeing”: o artigo tem de ser lido primeiro por especialistas da área; o nome destes não é divulgado e estes também não sabem quem é o autor do artigo, para que a crítica possa ser mais livre e imparcial. POR EXEMPLO
  • 18.  O conhecimento do senso comum é obtido geralmente pelas observações realizadas pelos sentidos.  A bela letra desta música a seguir, de Ivan Lins e Vitor Martins, deixa isto claro:
  • 19. Daquilo que eu sei Nem tudo me deu clareza Nem tudo foi permitido Nem tudo foi concebido Daquilo que eu sei Nem tudo foi proibido Nem tudo me foi possível Nem tudo me deu certeza DAQUILO QUE EU SEI
  • 20. Não fechei os olhos Não tapei os ouvidos Cheirei, toquei, provei Ah! Eu usei todos os sentidos Só não lavei as mãos E é por isso que eu me sinto Cada vez mais limpo... (Ivan Lins e Vitor Martins. In: Lins, Ivan. Daquilo que eu sei. Rio de Janeiro: Polygram/Philips,1981) DAQUILO QUE EU SEI
  • 21.  Desconfia de nossas certezas, de nossa adesão imediata às coisas, da ausência de crítica;  Onde o senso comum vê muitas vezes fatos e acontecimentos, o conhecimento científico vê problemas e hipóteses;  Ele busca leis gerais para os fenômenos; JÁ O CONHECIMENTO CIENTÍFICO:
  • 22.  A queda dos corpos é explicada pela lei da gravidade de Newton. Não acredita em milagres mas acredita na regularidade, constância, frequência dos fenômenos. POR EXEMPLO
  • 23.  A ciência deve dispor de uma linguagem rigorosa cujos conceitos são definidos de modo a evitar qualquer ambiguidade.  O método científico pode ser quantitativo. Nesse caso, busca medidas, padrões, critérios de comparação e de avaliação para coisas que parecem ser diferentes.  Por isso, a matemática se constitui em instrumento importante de várias ciências. A ciência possui métodos rigorosos para a observação, experimentação e verificação dos fatos.
  • 24.  Diferentemente do Senso Comum que muitas vezes é marcado pelo sentimento, o conhecimento científico se pretende racional.  Mas, apesar destas diferenças, é uma verdade que no senso comum há elementos do conhecimento científico, bem como o conhecimento científico se apropria dos saberes do senso comum.
  • 25. ESTUDO INDEPENDENTE  Agora que você já consegue compreender e distinguir ciência do senso comum, sugiro que você realize a leitura do Capítulo 1 do livro Psicologias - Uma introdução ao estudo da psicologia - Bock, Ana M. 14ª Edição.  Leia o Artigo - Senso comum e Ciência - uma análise hermenêutica e epistemológica do senso comum e oposição BONS ESTUDOS!!!