SlideShare uma empresa Scribd logo
Citação Métodos, Instrumentos
e Técnicas de Pesquisa
GIL, Antonio Carlos. Metodos e Técnicas de Pesquisa Social. Capítulo 1.
Editora atlas,
“O ser humano, valendo-se de suas capacidades, procura conhecer o mundo que o
rodeia. Ao longo dos séculos, vem desenvolvendo sistemas mais ou menos
elaborados que lhe permitem conhecer a natureza das coisas e o comportamento
das pessoas. Pela observação o ser humano adquire grande quantidade de
conhecimentos. Valendo-se dos sentidos, recebe e interpreta as informações do
mundo exterior. Olha para o céu e vê formarem-se nuvens cinzentas. Percebe que
vai chover e procura abrigo. A observação constitui, sem dúvida, importante fonte
de conhecimento”. (GIL, p. 02)
“Outra forma de conhecimento é derivada da autoridade. Pais e professores descrevem o
mundo para as crianças. Governantes, líderes partidários, jornalistas e escritores definem
normas e procedimentos que para eles são os mais adequados. E à medida que segmentos
da população lhes dão crédito, esses conhecimentos são tidos como verdadeiros”. (GIL, p.
02)
“Essas formas de conhecimento, entretanto, não satisfazem aos espíritos mais críticos.
Alegam que a observação casual dos fatos conduz a graves equívocos, visto serem os
homens maus observadores dos fenômenos mais simples. As religiões são as mais
variadas e fornecem informações contraditórias. A poesia é subjetiva, assim como o
romance. Pais, professores e políticos também não podem ser tidos como guias de toda
confiança, posto que o argumento da autoridade na maioria das vezes acaba por deixar
transparecer sua fragilidade. O conhecimento filosófico, a despeito de seus inegáveis
méritos, não raro avança para o terreno das explicações metafísica e absolutistas, que não
possibilitam sua adequada verificação.” ( GIL, p.03)
“Pode-se considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo
formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada - se possível, com auxílio da
linguagem matemática -, leis que regem os fenômenos. Embora sendo as mais variadas,
essas leis apresentam vários pontos em comum: são capazes de descrever séries de
fenômenos; são comprováveis por meio da observação e da experimentação; são capazes
de prever - pelo menos de forma probabilística - acontecimentos futuros”. ( GIL, p.04)
“A partir destas características torna-se possível, em boa parte dos casos, distinguir entre o
que é ciência e o que não é. Há situações, entretanto, em que não se torna possível
determinar com toda clareza se determinado conhecimento pertence à ciência ou à
filosofia. Estas situações ocorrem sobretudo no domínio das ciências humanas, o que é
compreensível, visto que há autores que incluem a filosofia no rol dessas ciências”. ( GIL,
p.05)
“As ciências empíricas, por sua vez, podem ser classificadas em naturais e sociais. Dentre
as ciências naturais estão: a Física, a Química, a Astronomia e a Biologia. Dentre as
ciências sociais estão: a Sociologia, a Antropologia, a Ciência Política, a Economia e a
História. A Psicologia, a despeito de apresentar algumas características que a aproximam
das ciências naturais, constitui também uma ciência social. Isto porque, ao tratar do
estudo do comportamento humano, trata-o sobretudo a partir da interação entre os
indivíduos”. (GIL, p.05)
“As ciências sociais foram constituídas principalmente no século XIX, graças à
influência da orientação positivista. Tanto é que Augusto Comte, o Pai do
Positivismo, é considerado também o Pai da Sociologia. Assim, as ciências
sociais, fundamentadas na perspectiva positivista, supõem que os fatos
humanos são semelhantes aos da natureza, observados sem idéias
preconcebidas, submetidos à experimentação, expressos em termos
quantitativos e explicados segundo leis gerais. Mas esse modelo proposto para
as ciências sociais logo passou a ser questionado, pois ficaram claras as suas
limitações para o estudo do homem e da sociedade”. (GIL, p.06)
“Isto não significa, que a pretensão de estudar cientificamente o homem e a
sociedade deva ser abandonada. Torna-se necessário, porém, reconhecer que
os objetos das ciências humanas e sociais são muito diferentes dos das
ciências físicas e biológicas e ressaltar algumas das dificuldades daquelas
ciências”. (GIL, p.06)
“Emile Durkheim (1973), um dos pioneiros da investigação científica nas Ciências Sociais,
estabeleceu em. As regras do método sociológico que a primeira e mais fundamental regra
para o sociólogo é tratar os fatos sociais como coisas. Trata-se de clara tentativa de adotar
nas ciências sociais procedimentos semelhantes aos das ciências naturais, plenamente
consoantes com a doutrina positivista”. (GIL, p.06)
“Também é difícil discordar da alegação de que o grande adiantamento de uma ciência
pode ser determinado pela precisão de seus instrumentos de medida. Contudo, o
problema da quantificação em ciências sociais, se analisando com a merecida
profundidade, mostrar-se-á bem menos crítico do que aparenta”. (GIL. P.06)
“É impossível negar que o cientista social lida com variáveis de difícil quantificação.
Também é difícil discordar da alegação de que o grande adiantamento de uma ciência
pode ser determinado pela precisão de seus instrumentos de medida. Contudo, o
problema da quantificação em ciências sociais, se analisando com a merecida
profundidade, mostrar-se-á bem menos crítico do que aparenta. Mas os fatos sociais
dificilmente podem ser tratados como coisas, pois são produzidos por seres que sentem,
pensam, agem e reagem, sendo capazes, portanto, de orientar a situação de diferentes
maneiras. Da mesma forma o pesquisador, pois ele é também um ator que sente, age e
exerce sua influência sobre o que pesquisa”. (GIL, p.06)
“Não há como deixar de admitir que a experimentação representa uma das mais
notáveis contribuições ao desenvolvimento da ciência. Isto não significa, no entanto, que
se deva superestimar o papel do experimento controlado. A guisa de exemplo, pode-se
lembrar que a Astronomia e a Geologia não devem sua respeitabilidade à utilização de
procedimentos experimentais. A Embriologia, até há bem pouco, desenvolveu-se
independentemente da experimentação”. (GIL, p.07)
“Não há como negar as limitações das ciências sociais; não apenas em relação à
objetividade, mas também à generalidade. Se as pesquisas nas ciências naturais com
freqüência conduzem ao estabelecimento de leis, nas ciências sociais não conduzem mais
do que à identificação de tendências. Em relação à criminalidade, por exemplo, pesquisas
poderão indicar áreas em que sua ocorrência é maior, fatores que contribuem para a
maior incidência de delitos criminais ou efeitos de medidas preventivas. O máximo que um
pesquisador experiente pode almejar é a construção de teorias, que provavelmente não
serão tão gerais quanto ele gostaria que fossem”. (GIL, p.08)

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a METODOS, INSTRUMENTOS E TECNICAS DE PESQUISAS.pptx

Ciência Política: Bonavides 1 e 2
Ciência Política: Bonavides 1 e 2Ciência Política: Bonavides 1 e 2
Ciência Política: Bonavides 1 e 2
Israel serique
 
MIC-Métodos-2021.pptx
MIC-Métodos-2021.pptxMIC-Métodos-2021.pptx
MIC-Métodos-2021.pptx
VenncioCorreia
 
A atitude científica
A atitude científicaA atitude científica
A atitude científica
MARISE VON FRUHAUF HUBLARD
 
Antropologia
AntropologiaAntropologia
Antropologia
Ingrid Abreu
 
O Positivismo
O PositivismoO Positivismo
O Positivismo
Lucila Pesce
 
Ficha de Leitura
Ficha de Leitura Ficha de Leitura
Ficha de Leitura
Advogadassqn
 
Aula 1 Metodologia e Técnicas de pesquisa...A ruptura do senso comum e...
Aula 1  Metodologia e Técnicas de pesquisa...A ruptura do senso comum e...Aula 1  Metodologia e Técnicas de pesquisa...A ruptura do senso comum e...
Aula 1 Metodologia e Técnicas de pesquisa...A ruptura do senso comum e...
Cleide Magáli dos Santos
 
Fichamento: Livro: A construção do Saber cap.?
Fichamento:   Livro: A construção do Saber cap.?Fichamento:   Livro: A construção do Saber cap.?
Fichamento: Livro: A construção do Saber cap.?
Gleyciana Garrido
 
teoria e pratica cientifica
teoria e pratica cientificateoria e pratica cientifica
teoria e pratica cientifica
Ana Tereza Padua Oliveira
 
Trabalho metodologia Ciencias da Natureza, humana e historia
Trabalho metodologia Ciencias da Natureza, humana e historiaTrabalho metodologia Ciencias da Natureza, humana e historia
Trabalho metodologia Ciencias da Natureza, humana e historia
Thaina Rodrigues
 
Psicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
PsicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaPsicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Psicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
FinneJack
 
Contribuicao e apelo medico cientifico (versao 8)
Contribuicao e apelo medico cientifico (versao 8)Contribuicao e apelo medico cientifico (versao 8)
Contribuicao e apelo medico cientifico (versao 8)
Luiz Fernando Alves Mayrink
 
A Sociologia Sociedade Contemp
A Sociologia Sociedade ContempA Sociologia Sociedade Contemp
A Sociologia Sociedade Contemp
Carlos Leônidas Nascimento Paixão
 
Jamais Fomos Modernos cap 4
Jamais Fomos Modernos cap 4Jamais Fomos Modernos cap 4
Jamais Fomos Modernos cap 4
Malton de Oliveira Fuckner
 
Texto 2 paradigmas
Texto 2 paradigmasTexto 2 paradigmas
Texto 2 paradigmas
Psicologia_2015
 
Introdução às Ciencias Sociais e Humanas
Introdução às Ciencias Sociais e HumanasIntrodução às Ciencias Sociais e Humanas
Introdução às Ciencias Sociais e Humanas
Augusto Ambrósio
 
Jamais fomos modernos cap 4
Jamais fomos modernos cap 4Jamais fomos modernos cap 4
Jamais fomos modernos cap 4
Malton de Oliveira Fuckner
 
Designação de campo ciência e epistemologia [1]
Designação de campo  ciência e epistemologia [1]Designação de campo  ciência e epistemologia [1]
Designação de campo ciência e epistemologia [1]
MarliQLeite
 
Aula de sociologia 1 ano i bimestre 2019 revisado
Aula de sociologia 1 ano   i bimestre 2019 revisadoAula de sociologia 1 ano   i bimestre 2019 revisado
Aula de sociologia 1 ano i bimestre 2019 revisado
Paulo Alexandre
 
Metodologia da Pesquisa Cientifica - Webquest: Luz, Trevas e Método Científico
Metodologia da Pesquisa Cientifica - Webquest: Luz, Trevas e Método Científico Metodologia da Pesquisa Cientifica - Webquest: Luz, Trevas e Método Científico
Metodologia da Pesquisa Cientifica - Webquest: Luz, Trevas e Método Científico
AdrianaA18
 

Semelhante a METODOS, INSTRUMENTOS E TECNICAS DE PESQUISAS.pptx (20)

Ciência Política: Bonavides 1 e 2
Ciência Política: Bonavides 1 e 2Ciência Política: Bonavides 1 e 2
Ciência Política: Bonavides 1 e 2
 
MIC-Métodos-2021.pptx
MIC-Métodos-2021.pptxMIC-Métodos-2021.pptx
MIC-Métodos-2021.pptx
 
A atitude científica
A atitude científicaA atitude científica
A atitude científica
 
Antropologia
AntropologiaAntropologia
Antropologia
 
O Positivismo
O PositivismoO Positivismo
O Positivismo
 
Ficha de Leitura
Ficha de Leitura Ficha de Leitura
Ficha de Leitura
 
Aula 1 Metodologia e Técnicas de pesquisa...A ruptura do senso comum e...
Aula 1  Metodologia e Técnicas de pesquisa...A ruptura do senso comum e...Aula 1  Metodologia e Técnicas de pesquisa...A ruptura do senso comum e...
Aula 1 Metodologia e Técnicas de pesquisa...A ruptura do senso comum e...
 
Fichamento: Livro: A construção do Saber cap.?
Fichamento:   Livro: A construção do Saber cap.?Fichamento:   Livro: A construção do Saber cap.?
Fichamento: Livro: A construção do Saber cap.?
 
teoria e pratica cientifica
teoria e pratica cientificateoria e pratica cientifica
teoria e pratica cientifica
 
Trabalho metodologia Ciencias da Natureza, humana e historia
Trabalho metodologia Ciencias da Natureza, humana e historiaTrabalho metodologia Ciencias da Natureza, humana e historia
Trabalho metodologia Ciencias da Natureza, humana e historia
 
Psicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
PsicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaPsicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
Psicologiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
 
Contribuicao e apelo medico cientifico (versao 8)
Contribuicao e apelo medico cientifico (versao 8)Contribuicao e apelo medico cientifico (versao 8)
Contribuicao e apelo medico cientifico (versao 8)
 
A Sociologia Sociedade Contemp
A Sociologia Sociedade ContempA Sociologia Sociedade Contemp
A Sociologia Sociedade Contemp
 
Jamais Fomos Modernos cap 4
Jamais Fomos Modernos cap 4Jamais Fomos Modernos cap 4
Jamais Fomos Modernos cap 4
 
Texto 2 paradigmas
Texto 2 paradigmasTexto 2 paradigmas
Texto 2 paradigmas
 
Introdução às Ciencias Sociais e Humanas
Introdução às Ciencias Sociais e HumanasIntrodução às Ciencias Sociais e Humanas
Introdução às Ciencias Sociais e Humanas
 
Jamais fomos modernos cap 4
Jamais fomos modernos cap 4Jamais fomos modernos cap 4
Jamais fomos modernos cap 4
 
Designação de campo ciência e epistemologia [1]
Designação de campo  ciência e epistemologia [1]Designação de campo  ciência e epistemologia [1]
Designação de campo ciência e epistemologia [1]
 
Aula de sociologia 1 ano i bimestre 2019 revisado
Aula de sociologia 1 ano   i bimestre 2019 revisadoAula de sociologia 1 ano   i bimestre 2019 revisado
Aula de sociologia 1 ano i bimestre 2019 revisado
 
Metodologia da Pesquisa Cientifica - Webquest: Luz, Trevas e Método Científico
Metodologia da Pesquisa Cientifica - Webquest: Luz, Trevas e Método Científico Metodologia da Pesquisa Cientifica - Webquest: Luz, Trevas e Método Científico
Metodologia da Pesquisa Cientifica - Webquest: Luz, Trevas e Método Científico
 

Último

Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
MateusTavares54
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
TomasSousa7
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
todorokillmepls
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
TomasSousa7
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
DECIOMAURINARAMOS
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
MarcosPaulo777883
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
livrosjovert
 
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
YeniferGarcia36
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
Manuais Formação
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
AurelianoFerreirades2
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
CarinaSantos916505
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
joseanesouza36
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Mary Alvarenga
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Érika Rufo
 
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua PortuguesaD20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
eaiprofpolly
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
wagnermorais28
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
HisrelBlog
 
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
LEANDROSPANHOL1
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
AntnioManuelAgdoma
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
Eró Cunha
 

Último (20)

Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - AlfabetinhoAtividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
Atividades de Inglês e Espanhol para Imprimir - Alfabetinho
 
Pintura Romana .pptx
Pintura Romana                     .pptxPintura Romana                     .pptx
Pintura Romana .pptx
 
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdfcronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
cronograma-enem-2024-planejativo-estudos.pdf
 
Leonardo da Vinci .pptx
Leonardo da Vinci                  .pptxLeonardo da Vinci                  .pptx
Leonardo da Vinci .pptx
 
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptxRedação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
Redação e Leitura_7º ano_58_Produção de cordel .pptx
 
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptxTreinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
Treinamento NR 38 - CORPO PRINCIPAL da NORMA.pptx
 
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.pptEstrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
Estrutura Pedagógica - Laboratório de Educação a Distância.ppt
 
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
000. Para rezar o terço - Junho - mês do Sagrado Coração de Jesús.pdf
 
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdfUFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
UFCD_3546_Prevenção e primeiros socorros_geriatria.pdf
 
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdfA QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
A QUESTÃO ANTROPOLÓGICA: O QUE SOMOS OU QUEM SOMOS.pdf
 
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptxReino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
Reino-Vegetal plantas e demais conceitos .pptx
 
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
Educação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideiaEducação  trabalho HQ em sala de aula uma excelente  ideia
Educação trabalho HQ em sala de aula uma excelente ideia
 
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.Atividade letra da música - Espalhe  Amor, Anavitória.
Atividade letra da música - Espalhe Amor, Anavitória.
 
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sonsAula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
Aula 1 do livro de Ciências do aluno - sons
 
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua PortuguesaD20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
D20 - Descritores SAEB de Língua Portuguesa
 
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números RacionaisPotenciação e Radiciação de Números Racionais
Potenciação e Radiciação de Números Racionais
 
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIASA SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
A SOCIOLOGIA E O TRABALHO: ANÁLISES E VIVÊNCIAS
 
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
7133lllllllllllllllllllllllllllll67.pptx
 
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
347018542-PAULINA-CHIZIANE-Balada-de-Amor-ao-Vento-pdf.pdf
 
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...REGULAMENTO  DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
REGULAMENTO DO CONCURSO DESENHOS AFRO/2024 - 14ª edição - CEIRI /UREI (ficha...
 

METODOS, INSTRUMENTOS E TECNICAS DE PESQUISAS.pptx

  • 1. Citação Métodos, Instrumentos e Técnicas de Pesquisa
  • 2. GIL, Antonio Carlos. Metodos e Técnicas de Pesquisa Social. Capítulo 1. Editora atlas, “O ser humano, valendo-se de suas capacidades, procura conhecer o mundo que o rodeia. Ao longo dos séculos, vem desenvolvendo sistemas mais ou menos elaborados que lhe permitem conhecer a natureza das coisas e o comportamento das pessoas. Pela observação o ser humano adquire grande quantidade de conhecimentos. Valendo-se dos sentidos, recebe e interpreta as informações do mundo exterior. Olha para o céu e vê formarem-se nuvens cinzentas. Percebe que vai chover e procura abrigo. A observação constitui, sem dúvida, importante fonte de conhecimento”. (GIL, p. 02)
  • 3. “Outra forma de conhecimento é derivada da autoridade. Pais e professores descrevem o mundo para as crianças. Governantes, líderes partidários, jornalistas e escritores definem normas e procedimentos que para eles são os mais adequados. E à medida que segmentos da população lhes dão crédito, esses conhecimentos são tidos como verdadeiros”. (GIL, p. 02) “Essas formas de conhecimento, entretanto, não satisfazem aos espíritos mais críticos. Alegam que a observação casual dos fatos conduz a graves equívocos, visto serem os homens maus observadores dos fenômenos mais simples. As religiões são as mais variadas e fornecem informações contraditórias. A poesia é subjetiva, assim como o romance. Pais, professores e políticos também não podem ser tidos como guias de toda confiança, posto que o argumento da autoridade na maioria das vezes acaba por deixar transparecer sua fragilidade. O conhecimento filosófico, a despeito de seus inegáveis méritos, não raro avança para o terreno das explicações metafísica e absolutistas, que não possibilitam sua adequada verificação.” ( GIL, p.03)
  • 4. “Pode-se considerar a ciência como uma forma de conhecimento que tem por objetivo formular, mediante linguagem rigorosa e apropriada - se possível, com auxílio da linguagem matemática -, leis que regem os fenômenos. Embora sendo as mais variadas, essas leis apresentam vários pontos em comum: são capazes de descrever séries de fenômenos; são comprováveis por meio da observação e da experimentação; são capazes de prever - pelo menos de forma probabilística - acontecimentos futuros”. ( GIL, p.04) “A partir destas características torna-se possível, em boa parte dos casos, distinguir entre o que é ciência e o que não é. Há situações, entretanto, em que não se torna possível determinar com toda clareza se determinado conhecimento pertence à ciência ou à filosofia. Estas situações ocorrem sobretudo no domínio das ciências humanas, o que é compreensível, visto que há autores que incluem a filosofia no rol dessas ciências”. ( GIL, p.05)
  • 5. “As ciências empíricas, por sua vez, podem ser classificadas em naturais e sociais. Dentre as ciências naturais estão: a Física, a Química, a Astronomia e a Biologia. Dentre as ciências sociais estão: a Sociologia, a Antropologia, a Ciência Política, a Economia e a História. A Psicologia, a despeito de apresentar algumas características que a aproximam das ciências naturais, constitui também uma ciência social. Isto porque, ao tratar do estudo do comportamento humano, trata-o sobretudo a partir da interação entre os indivíduos”. (GIL, p.05)
  • 6. “As ciências sociais foram constituídas principalmente no século XIX, graças à influência da orientação positivista. Tanto é que Augusto Comte, o Pai do Positivismo, é considerado também o Pai da Sociologia. Assim, as ciências sociais, fundamentadas na perspectiva positivista, supõem que os fatos humanos são semelhantes aos da natureza, observados sem idéias preconcebidas, submetidos à experimentação, expressos em termos quantitativos e explicados segundo leis gerais. Mas esse modelo proposto para as ciências sociais logo passou a ser questionado, pois ficaram claras as suas limitações para o estudo do homem e da sociedade”. (GIL, p.06) “Isto não significa, que a pretensão de estudar cientificamente o homem e a sociedade deva ser abandonada. Torna-se necessário, porém, reconhecer que os objetos das ciências humanas e sociais são muito diferentes dos das ciências físicas e biológicas e ressaltar algumas das dificuldades daquelas ciências”. (GIL, p.06)
  • 7. “Emile Durkheim (1973), um dos pioneiros da investigação científica nas Ciências Sociais, estabeleceu em. As regras do método sociológico que a primeira e mais fundamental regra para o sociólogo é tratar os fatos sociais como coisas. Trata-se de clara tentativa de adotar nas ciências sociais procedimentos semelhantes aos das ciências naturais, plenamente consoantes com a doutrina positivista”. (GIL, p.06) “Também é difícil discordar da alegação de que o grande adiantamento de uma ciência pode ser determinado pela precisão de seus instrumentos de medida. Contudo, o problema da quantificação em ciências sociais, se analisando com a merecida profundidade, mostrar-se-á bem menos crítico do que aparenta”. (GIL. P.06)
  • 8. “É impossível negar que o cientista social lida com variáveis de difícil quantificação. Também é difícil discordar da alegação de que o grande adiantamento de uma ciência pode ser determinado pela precisão de seus instrumentos de medida. Contudo, o problema da quantificação em ciências sociais, se analisando com a merecida profundidade, mostrar-se-á bem menos crítico do que aparenta. Mas os fatos sociais dificilmente podem ser tratados como coisas, pois são produzidos por seres que sentem, pensam, agem e reagem, sendo capazes, portanto, de orientar a situação de diferentes maneiras. Da mesma forma o pesquisador, pois ele é também um ator que sente, age e exerce sua influência sobre o que pesquisa”. (GIL, p.06) “Não há como deixar de admitir que a experimentação representa uma das mais notáveis contribuições ao desenvolvimento da ciência. Isto não significa, no entanto, que se deva superestimar o papel do experimento controlado. A guisa de exemplo, pode-se lembrar que a Astronomia e a Geologia não devem sua respeitabilidade à utilização de procedimentos experimentais. A Embriologia, até há bem pouco, desenvolveu-se independentemente da experimentação”. (GIL, p.07)
  • 9. “Não há como negar as limitações das ciências sociais; não apenas em relação à objetividade, mas também à generalidade. Se as pesquisas nas ciências naturais com freqüência conduzem ao estabelecimento de leis, nas ciências sociais não conduzem mais do que à identificação de tendências. Em relação à criminalidade, por exemplo, pesquisas poderão indicar áreas em que sua ocorrência é maior, fatores que contribuem para a maior incidência de delitos criminais ou efeitos de medidas preventivas. O máximo que um pesquisador experiente pode almejar é a construção de teorias, que provavelmente não serão tão gerais quanto ele gostaria que fossem”. (GIL, p.08)