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Universidade Católica de Moçambique
Instituto de Educação à Distância
Tema:
Textos Literários
Samira Isaías Nhancale
Curso: Língua portuguesa
Disciplina: Literaturas Africanas de Língua Portuguesa
Ano de frequência: 3º
Maputo, Maio, 2021
2
Folha de Feedback
Categorias Indicadores Padrões
Classificação
Pontuação
máxima
Nota
do
tutor
Subtotal
Estrutura Aspectos
organizacionais
 Capa 0.5
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
 Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
Conteúdo
Introdução
 Contextualização
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1.0
 Descrição dos
objectivos 1.0
 Metodologias
adequada ao objecto do
trabalho
2.0
Análise e
discussão
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do discurso académico
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
2.0
 Revisão
bibliográfica nacional e
internacional relevante
na área de estudo
2.0
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão
 Contributos teóricos
práticos 2.0
Aspectos
gerais Formatação
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
paragrafo, espaçamento
entre linhas
1.0
Referências
Bibliográficas
Normas APA 6ª
edição em citações
e bibliografia
 Rigor e coerência das
citações/referências
bibliográficas 4.0
3
Recomendações de melhoria:
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Índice
1. Introdução ...............................................................................................................................1
2. Textos literários ......................................................................................................................2
2.1 Tipos de textos literários.......................................................................................................2
2.1.1 Romances...........................................................................................................................2
2.1.2 Crônicas e contos...............................................................................................................2
2.1.3 Poemas...............................................................................................................................3
2.2 Representação dos textos literários como universo no seu todo...........................................3
2.3 Influencia da negritude no pensamento artístico literário africano ......................................4
2.4 O papel da imprensa no desenvolvimento da literatura africana ..........................................5
3. Conclusão ...............................................................................................................................7
4. Referências bibliográficas ......................................................................................................8
1
1. Introdução
A literatura (do latim littera, que significa “letra”) é uma das manifestações artísticas do ser
humano, ao lado da música, dança, teatro, escultura, arquitetura, dentre outras. Ela representa
comunicação, linguagem e criatividade, sendo considerada a arte das palavras.
Segundo Aguiar (2005), a literatura trata-se, portanto, de uma manifestação artística, em prosa
ou verso, muito antiga que utiliza das palavras para criar arte, ou seja, a matéria-prima da
literatura são as palavras, tal qual as tintas é a matéria-prima do pintor.
A questão da literatura remete para uma pluralidade de conceitos complexos e não raro
ambíguos. O termo pode assumir significações diversas, é fortemente polissémico. À partida, e
simplificadamente, pode-se dizer que a literatura pertence ao campo das artes verbais, que o
seu meio de expressão é a palavra e que a sua definição está comummente associada à ideia de
estética ou valor estético.
A literatura é a expressão dos conteúdos da ficção, ou da imaginação, por meio de palavras de
sentido múltiplo e pessoal, cujo objetivo é conhecer mais o ser humano. Assim sendo, torna-se
objectivo principal deste trabalho evidenciar como os textos literários representam o universo
no seu todo, mostrar de que forma a negritude influencia o pensamento artístico literário
africano e por fim falar do papel da imprensa no desenvolvimento da literatura africana.
2
2. Textos literários
Um texto literário é uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com
objetivos e características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no
leitor.
Para Aguiar (2005), Os textos literários são baseados na imaginação do escritor ou artista e,
portanto, são subjetivos. Com a função de entreter o leitor, esse tipo de texto está intimamente
relacionado com a arte. Por ser um texto artístico, não tem compromisso com a objetividade e
com a transparência das ideias. O texto literário possui carácter estético e não somente
linguístico, cuja interpretação e significação variam de acordo com a subjetividade do leitor. É
comum o uso de figuras de linguagem, assim como a subversão à gramática normativa.
O texto literário é focado, principalmente, na expressividade do autor. Em geral, esse tipo de
construção é repleta de manifestações poéticas e está aberto ao espaço subjetivo. Muitas vezes,
a produção é destinada ao entretenimento do leitor e pode utilizar a criatividade para a escrita
ficcional, além de ser destinado a expressão.
2.1 Tipos de textos literários
No que diz respeito aos textos literários importa salientar que existem três tipos tais como
2.1.1 Romances
Embora o nome utilizado seja o mesmo, aqui não se fala apenas de narrativas de amor. Dentro
do conceito de texto literário, a palavra romance é utilizada para designar uma história com um
enredo mais longo, com um narrador, personagens, cenários e acontecimentos variados.
De acordo com esses aspectos, os romances são divididos em diferentes gêneros, como drama,
policial, aventura, terror, suspense, histórico, ficção científica, entre outros.
2.1.2 Crônicas e contos
Ao contrário do que se vê nos romances, tanto os contos quanto as crônicas são narrativas mais
curtas, contadas de forma mais objetiva e com um menor número de personagens envolvidos.
No entanto, enquanto o conto relata acontecimentos de seus personagens, acompanhando a sua
trajetória num tom que pode ser mais realista ou fantasioso, a crônica narra fatos do cotidiano
que geram um sentimento maior de identificação por parte dos leitores, fazendo uso, muitas
vezes, de uma linguagem mais cômica ou de ironia.
3
2.1.3 Poemas
OS poemas são construídos com uma estrutura visual diferente, os poemas apresentam textos
em formato de versos organizados em linhas contínuas. Nesse gênero, os autores lançam mão
de recursos como rimas, artifícios sonoros como aliterações e onomatopeias ou, ainda,
mecanismos visuais para a organização das estrofes.
Além dessas categorias de texto literário acima citados, é importante citar as novelas, fábulas,
lendas, além de roteiros de filmes, peças teatrais e letras de música, que muitas vezes surgem
de poemas.
2.2 Representação dos textos literários como universo no seu todo
Os textos literários representam o universo no seu todo devido alguns aspectos que diferenciam
esta tipologia textual das outras. Dentre vários aspectos temos as seguintes:
Complexidade: é uma das características do discurso literário. Talvez seja por esse motivo que
muitos leitores ainda encontrem certa resistência aos textos literários, já que a Literatura não
tem compromisso em dar às palavras seus exatos sentidos, o que certamente pode ser um
entrave linguístico. Nos textos literários, a semântica é subvertida, bem como as regras da
gramática normativa.
Multissignificação: diz respeito às variadas interpretações que um texto literário permite. A
subjetividade e o emprego de recursos estilísticos são responsáveis por essa variação de
sentidos. Cada leitor, de acordo com seu senso estético e repertório cultural, pode fazer uma
leitura diferente para um poema, um conto, uma crônica e demais textos literários.
Conotação: O emprego da conotação é uma das principais características do discurso literário,
pois ela permite que ideias e associações extrapolem o sentido original da palavra, assumindo
assim um sentido figurado e simbólico. Por isso o emprego de tantas figuras de linguagem e
figuras de sintaxe, elementos inerentes à linguagem literária.
Liberdade na criação: O artista não possui compromisso apenas com o objeto linguístico. A
literatura tem um forte apelo estético, e por esse motivo quem escreve utilizando o discurso
literário pode afastar-se dos padrões convencionais da língua, inventando assim novas maneiras
de expressão.
Variabilidade: Na linguagem literária, assim como na língua, ocorrem mudanças culturais que
podem ser observadas no discurso individual e no discurso cultural.
4
A linguagem literária pode ser encontrada em vários gêneros, como na prosa, nas narrativas de
ficção, na crônica, no conto, na novela, no romance e nos poemas. Compreendê-la demanda
cuidado e aguçado senso estético para interpretar e analisar esse tipo de discurso que foge das
convenções e oferece o que a arte da literatura tem de melhor.
E não sou um dos aspectos que torna esta tipologia textual como o universo no seu todo, é pelo
facto possuir uma função estética, tendo como principal objetivo o entretenimento do leitor. E
recorre à função poética e emotiva da linguagem, visando criar expressividade e despertar
sentimentos e emoções no leitor.
2.3 Influencia da negritude no pensamento artístico literário africano
Os anos 30 do século XX são marcados pelo surgimento do movimento da Negritude, articulado
por estudantes negros, dentro e fora da África, que propunham repensar o lugar e o valor da
cultura negra no mundo, através de uma escrita pontualmente crítica de cariz social, filosófico
e político.
Segundo Santelli (1985), diz que L’Étudiant Noir (1934) e Présence Africaine (1947-1968), sao
pensadores “intencionam unir-se pela afirmação da cultura negra, para a conscientização do
negro sobre sua própria condição” (SANTILLI, 1985, p. 174). Entre os diversos estudiosos das
Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, é importante considerar o impacto das novas
formas de olhar para o devir histórico e a significação cultural da população negra, na África e
na diáspora, que culminaram no Movimento da Negritude francófona e suas releituras, sobre a
construção de uma literatura autenticamente africana nas colônias portuguesas. A poesia,
sobretudo, a partir do final dos anos 40 do século XX, reclama a possibilidade de trazer para o
seu centro tanto o drama do homem negro colonizado quanto a valorização de sua cultura.
A negritude, teve uma grande influencia no pensamento artístico africa uma vez que o século
XX foi de grandes revoluções históricas e nos presenteou com movimentos intelectuais e de
luta que nos ajudaram a ter uma sociedade menos injusta e com um pouco mais de respeito ao
próximo, independente de sua raça, cor, gênero, nacionalidade, crença religiosa, matriz cultural,
etc. Dizemos “menos injusta”, pois ainda há muito o que fazer em todas essas frentes para que
tenhamos uma estrutura social mais igualitária, com oportunidades e respeito a todos e todas,
como seres humanos. Um dos mais importantes movimentos intelectuais desse período, sem
dúvidas, foi o da Negritude pela maneira como se dispôs a refletir sobre a diáspora africana
5
pelo mundo, o apagamento cultural e a necessidade de afirmação de culturas e tradições
daqueles espaços ainda colonizados.
O movimento da Negritude, antes de qualquer coisa, é de resistência cultural e surge da
percepção de jovens negros africanos das antigas colônias francesas que, estudando na
metrópole, percebem que estão fazendo parte de um profundo processo de opressão e
apagamento cultural.
Foi Aimé Cesaire que cunhou o termo e seu conceito no terceiro número da revista “O estudante
negro”. Sua intenção era problematizar a dominação cultural que a metrópole francesa exercia
sobre suas colônias, reivindicando, assim, a identidade negra e suas culturas como forma de
oposição a tal processo. Mais tarde, Senghor retomará o conceito aprofundando-o, dando outras
perspectivas de reflexão sobre ele.
De forma muito simplificada, a Negritude pensada por Cesaire era de enfrentamento opositivo
e utilizava um caminho similar ao discurso do colonizador, que impunha sua cultura como
sendo mais desenvolvida e melhor do que a do outro. Nesta lógica, Cesaire proporá um discurso
similar, que defende a identidade negra e suas culturas como sendo superiores por diversos
aspectos e, assim, buscando sua resistência e representação.
Já Senghor partirá da perspectiva igualitária de que não há hierarquização cultural possível, mas
que cada estrutura cultural possui sua importância e que os contatos culturais entre elas não
devem buscar anular o outro, mas sim conviver e produzir contatos que as engrandeçam. A
proposta de Senghor é mais apaziguadora, apesar de manter a necessidade de valorização da
identidade negra e de suas culturas.
O movimento da Negritude, como o próprio nome retrata, diz mais respeito à realidade dos
negros africanos que foram colonizados pela França por séculos, porém, o discurso de
resistência cultural criado por estes intelectuais ecoou em várias partes do mundo e ajudou
outros movimentos como o Renascimento Negro norte-americano e a luta pelos direitos civis
naquele país de forte segregação racial, assim como na construção das lutas pela libertação nas
então colônias portuguesas em África.
2.4 O papel da imprensa no desenvolvimento da literatura africana
A imprensa no desenvolvimento da literatura africana teve um grande contributo uma vez que
as literaturas africanas encontraram nos jornais do período colonial espaço profícuo de
6
divulgação ficcional, poética, da cultura em geral e de resistência aos mandos e desmandos de
um sistema colonialista que ignorava o saber, as manifestações culturais, as formas de
expressão dos povos subjugados.
Para Santilli (1985), a produção literária nos países africanos divide-se em duas fases: a da
literatura colonial e a das literaturas africanas. A primeira exalta o homem europeu como o
herói mítico, desbravador das terras inóspitas, portador de uma cultura superior. A segunda
constitui-se inversamente, pois nela o mundo africano passa a ser narrado por outra ótica. O
negro é privilegiado e tratado com solidariedade no espaço material e linguístico do texto,
embora não sejam excluídas as personagens europeias (de características negativas ou
positivas). É o africano que normalmente preenche os apelos da enunciação e é ele quase
exclusivamente, enquanto personagem ficcional ou poético, o sujeito do enunciado.
O jornalismo e a literatura africana nascem juntos. É da dinâmica entre ambos que surge em
Moçambique uma obra pioneira na área da prosa de ficção: O livro da dor, de 1925, composto
por crônicas e contos do jornalista João Albasini. Em 1943 aparecem os primeiros textos
poéticos, os Sonetos, de Rui de Noronha, e numa produção coletiva da CEI — Casa dos
Estudantes do Império nasce a coletânea Poesia em Moçambique, datada de 1951. Além dessas
produções, encontra-se o registo das revistas Itinerário, de 1941, e Msaho, de 1952, "que
recolhem uma produção heterogênea, portanto característica de determinada fase no processo
de nacionalização da literatura moçambicana" (SANTILLI, 1985, p.28).
7
3. Conclusão
Com a realização deste trabalho, ficou claro que o texto literário conduz o leitor a mundos
imaginários, causando prazer aos sentidos e à sensibilidade do homem. A literatura
transformou-se, em várias partes do mundo, em disciplina escolar dada a sua importância para
a língua e a cultura de um país, assim como para a formação de jovens leitores.
O texto literário deve ser valorizado e explorado desde a infância, pois ele contribui, e muito,
para a formação de leitores literários.
A leitura do texto literário é, pois, um acontecimento que provoca reações, estímulos,
experiências múltiplas e variadas, dependendo da história de cada indivíduo. Não só a leitura
resulta em interações diferentes para cada um, como cada um poderá interagir de modo
diferente com a obra em outro momento de leitura do mesmo texto. A linguagem literária é
conotativa, isto é, uma palavra, quando usada no sentido conotativo, permite diferentes
significados e múltiplas interpretações. A conotação permite que ideias e associações
extrapolem o sentido original da palavra, assumindo assim um sentido figurado e simbólico.
8
4. Referências bibliográficas
AGUIAR S. 2005. Teoria da literatura. Coimbra: Almedina.
MOISÉS, M. 2005. A criação literária poesia. São Paulo: Cultrix.
MATOS, M. 2001. Introdução aos Estudos Literários, Lisboa, Verbo.
REIS, C. 2001. O Conhecimento da Literatura Introdução aos Estudos Literários, 2ł Edição,
Coimbra, Almedina.
RODRIGUES, A. 1985. “O Público e o Privado”, in Revista de Comunicação e Linguagens,
Lisboa, CECL.
SANTILLI, M. A. (1985). Estórias africanas: história e antologia. São Paulo: Ática.

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Textos literários representam o universo

  • 1. 1 Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação à Distância Tema: Textos Literários Samira Isaías Nhancale Curso: Língua portuguesa Disciplina: Literaturas Africanas de Língua Portuguesa Ano de frequência: 3º Maputo, Maio, 2021
  • 2. 2 Folha de Feedback Categorias Indicadores Padrões Classificação Pontuação máxima Nota do tutor Subtotal Estrutura Aspectos organizacionais  Capa 0.5  Índice 0.5  Introdução 0.5  Discussão 0.5  Conclusão 0.5  Bibliografia 0.5 Conteúdo Introdução  Contextualização (Indicação clara do problema) 1.0  Descrição dos objectivos 1.0  Metodologias adequada ao objecto do trabalho 2.0 Análise e discussão  Articulação e domínio do discurso académico (expressão escrita cuidada, coerência / coesão textual) 2.0  Revisão bibliográfica nacional e internacional relevante na área de estudo 2.0  Exploração dos dados 2.0 Conclusão  Contributos teóricos práticos 2.0 Aspectos gerais Formatação  Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafo, espaçamento entre linhas 1.0 Referências Bibliográficas Normas APA 6ª edição em citações e bibliografia  Rigor e coerência das citações/referências bibliográficas 4.0
  • 3. 3 Recomendações de melhoria: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________
  • 4. 4 Índice 1. Introdução ...............................................................................................................................1 2. Textos literários ......................................................................................................................2 2.1 Tipos de textos literários.......................................................................................................2 2.1.1 Romances...........................................................................................................................2 2.1.2 Crônicas e contos...............................................................................................................2 2.1.3 Poemas...............................................................................................................................3 2.2 Representação dos textos literários como universo no seu todo...........................................3 2.3 Influencia da negritude no pensamento artístico literário africano ......................................4 2.4 O papel da imprensa no desenvolvimento da literatura africana ..........................................5 3. Conclusão ...............................................................................................................................7 4. Referências bibliográficas ......................................................................................................8
  • 5. 1 1. Introdução A literatura (do latim littera, que significa “letra”) é uma das manifestações artísticas do ser humano, ao lado da música, dança, teatro, escultura, arquitetura, dentre outras. Ela representa comunicação, linguagem e criatividade, sendo considerada a arte das palavras. Segundo Aguiar (2005), a literatura trata-se, portanto, de uma manifestação artística, em prosa ou verso, muito antiga que utiliza das palavras para criar arte, ou seja, a matéria-prima da literatura são as palavras, tal qual as tintas é a matéria-prima do pintor. A questão da literatura remete para uma pluralidade de conceitos complexos e não raro ambíguos. O termo pode assumir significações diversas, é fortemente polissémico. À partida, e simplificadamente, pode-se dizer que a literatura pertence ao campo das artes verbais, que o seu meio de expressão é a palavra e que a sua definição está comummente associada à ideia de estética ou valor estético. A literatura é a expressão dos conteúdos da ficção, ou da imaginação, por meio de palavras de sentido múltiplo e pessoal, cujo objetivo é conhecer mais o ser humano. Assim sendo, torna-se objectivo principal deste trabalho evidenciar como os textos literários representam o universo no seu todo, mostrar de que forma a negritude influencia o pensamento artístico literário africano e por fim falar do papel da imprensa no desenvolvimento da literatura africana.
  • 6. 2 2. Textos literários Um texto literário é uma construção textual de acordo com as normas da literatura, com objetivos e características próprias, como linguagem elaborada de forma a causar emoções no leitor. Para Aguiar (2005), Os textos literários são baseados na imaginação do escritor ou artista e, portanto, são subjetivos. Com a função de entreter o leitor, esse tipo de texto está intimamente relacionado com a arte. Por ser um texto artístico, não tem compromisso com a objetividade e com a transparência das ideias. O texto literário possui carácter estético e não somente linguístico, cuja interpretação e significação variam de acordo com a subjetividade do leitor. É comum o uso de figuras de linguagem, assim como a subversão à gramática normativa. O texto literário é focado, principalmente, na expressividade do autor. Em geral, esse tipo de construção é repleta de manifestações poéticas e está aberto ao espaço subjetivo. Muitas vezes, a produção é destinada ao entretenimento do leitor e pode utilizar a criatividade para a escrita ficcional, além de ser destinado a expressão. 2.1 Tipos de textos literários No que diz respeito aos textos literários importa salientar que existem três tipos tais como 2.1.1 Romances Embora o nome utilizado seja o mesmo, aqui não se fala apenas de narrativas de amor. Dentro do conceito de texto literário, a palavra romance é utilizada para designar uma história com um enredo mais longo, com um narrador, personagens, cenários e acontecimentos variados. De acordo com esses aspectos, os romances são divididos em diferentes gêneros, como drama, policial, aventura, terror, suspense, histórico, ficção científica, entre outros. 2.1.2 Crônicas e contos Ao contrário do que se vê nos romances, tanto os contos quanto as crônicas são narrativas mais curtas, contadas de forma mais objetiva e com um menor número de personagens envolvidos. No entanto, enquanto o conto relata acontecimentos de seus personagens, acompanhando a sua trajetória num tom que pode ser mais realista ou fantasioso, a crônica narra fatos do cotidiano que geram um sentimento maior de identificação por parte dos leitores, fazendo uso, muitas vezes, de uma linguagem mais cômica ou de ironia.
  • 7. 3 2.1.3 Poemas OS poemas são construídos com uma estrutura visual diferente, os poemas apresentam textos em formato de versos organizados em linhas contínuas. Nesse gênero, os autores lançam mão de recursos como rimas, artifícios sonoros como aliterações e onomatopeias ou, ainda, mecanismos visuais para a organização das estrofes. Além dessas categorias de texto literário acima citados, é importante citar as novelas, fábulas, lendas, além de roteiros de filmes, peças teatrais e letras de música, que muitas vezes surgem de poemas. 2.2 Representação dos textos literários como universo no seu todo Os textos literários representam o universo no seu todo devido alguns aspectos que diferenciam esta tipologia textual das outras. Dentre vários aspectos temos as seguintes: Complexidade: é uma das características do discurso literário. Talvez seja por esse motivo que muitos leitores ainda encontrem certa resistência aos textos literários, já que a Literatura não tem compromisso em dar às palavras seus exatos sentidos, o que certamente pode ser um entrave linguístico. Nos textos literários, a semântica é subvertida, bem como as regras da gramática normativa. Multissignificação: diz respeito às variadas interpretações que um texto literário permite. A subjetividade e o emprego de recursos estilísticos são responsáveis por essa variação de sentidos. Cada leitor, de acordo com seu senso estético e repertório cultural, pode fazer uma leitura diferente para um poema, um conto, uma crônica e demais textos literários. Conotação: O emprego da conotação é uma das principais características do discurso literário, pois ela permite que ideias e associações extrapolem o sentido original da palavra, assumindo assim um sentido figurado e simbólico. Por isso o emprego de tantas figuras de linguagem e figuras de sintaxe, elementos inerentes à linguagem literária. Liberdade na criação: O artista não possui compromisso apenas com o objeto linguístico. A literatura tem um forte apelo estético, e por esse motivo quem escreve utilizando o discurso literário pode afastar-se dos padrões convencionais da língua, inventando assim novas maneiras de expressão. Variabilidade: Na linguagem literária, assim como na língua, ocorrem mudanças culturais que podem ser observadas no discurso individual e no discurso cultural.
  • 8. 4 A linguagem literária pode ser encontrada em vários gêneros, como na prosa, nas narrativas de ficção, na crônica, no conto, na novela, no romance e nos poemas. Compreendê-la demanda cuidado e aguçado senso estético para interpretar e analisar esse tipo de discurso que foge das convenções e oferece o que a arte da literatura tem de melhor. E não sou um dos aspectos que torna esta tipologia textual como o universo no seu todo, é pelo facto possuir uma função estética, tendo como principal objetivo o entretenimento do leitor. E recorre à função poética e emotiva da linguagem, visando criar expressividade e despertar sentimentos e emoções no leitor. 2.3 Influencia da negritude no pensamento artístico literário africano Os anos 30 do século XX são marcados pelo surgimento do movimento da Negritude, articulado por estudantes negros, dentro e fora da África, que propunham repensar o lugar e o valor da cultura negra no mundo, através de uma escrita pontualmente crítica de cariz social, filosófico e político. Segundo Santelli (1985), diz que L’Étudiant Noir (1934) e Présence Africaine (1947-1968), sao pensadores “intencionam unir-se pela afirmação da cultura negra, para a conscientização do negro sobre sua própria condição” (SANTILLI, 1985, p. 174). Entre os diversos estudiosos das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, é importante considerar o impacto das novas formas de olhar para o devir histórico e a significação cultural da população negra, na África e na diáspora, que culminaram no Movimento da Negritude francófona e suas releituras, sobre a construção de uma literatura autenticamente africana nas colônias portuguesas. A poesia, sobretudo, a partir do final dos anos 40 do século XX, reclama a possibilidade de trazer para o seu centro tanto o drama do homem negro colonizado quanto a valorização de sua cultura. A negritude, teve uma grande influencia no pensamento artístico africa uma vez que o século XX foi de grandes revoluções históricas e nos presenteou com movimentos intelectuais e de luta que nos ajudaram a ter uma sociedade menos injusta e com um pouco mais de respeito ao próximo, independente de sua raça, cor, gênero, nacionalidade, crença religiosa, matriz cultural, etc. Dizemos “menos injusta”, pois ainda há muito o que fazer em todas essas frentes para que tenhamos uma estrutura social mais igualitária, com oportunidades e respeito a todos e todas, como seres humanos. Um dos mais importantes movimentos intelectuais desse período, sem dúvidas, foi o da Negritude pela maneira como se dispôs a refletir sobre a diáspora africana
  • 9. 5 pelo mundo, o apagamento cultural e a necessidade de afirmação de culturas e tradições daqueles espaços ainda colonizados. O movimento da Negritude, antes de qualquer coisa, é de resistência cultural e surge da percepção de jovens negros africanos das antigas colônias francesas que, estudando na metrópole, percebem que estão fazendo parte de um profundo processo de opressão e apagamento cultural. Foi Aimé Cesaire que cunhou o termo e seu conceito no terceiro número da revista “O estudante negro”. Sua intenção era problematizar a dominação cultural que a metrópole francesa exercia sobre suas colônias, reivindicando, assim, a identidade negra e suas culturas como forma de oposição a tal processo. Mais tarde, Senghor retomará o conceito aprofundando-o, dando outras perspectivas de reflexão sobre ele. De forma muito simplificada, a Negritude pensada por Cesaire era de enfrentamento opositivo e utilizava um caminho similar ao discurso do colonizador, que impunha sua cultura como sendo mais desenvolvida e melhor do que a do outro. Nesta lógica, Cesaire proporá um discurso similar, que defende a identidade negra e suas culturas como sendo superiores por diversos aspectos e, assim, buscando sua resistência e representação. Já Senghor partirá da perspectiva igualitária de que não há hierarquização cultural possível, mas que cada estrutura cultural possui sua importância e que os contatos culturais entre elas não devem buscar anular o outro, mas sim conviver e produzir contatos que as engrandeçam. A proposta de Senghor é mais apaziguadora, apesar de manter a necessidade de valorização da identidade negra e de suas culturas. O movimento da Negritude, como o próprio nome retrata, diz mais respeito à realidade dos negros africanos que foram colonizados pela França por séculos, porém, o discurso de resistência cultural criado por estes intelectuais ecoou em várias partes do mundo e ajudou outros movimentos como o Renascimento Negro norte-americano e a luta pelos direitos civis naquele país de forte segregação racial, assim como na construção das lutas pela libertação nas então colônias portuguesas em África. 2.4 O papel da imprensa no desenvolvimento da literatura africana A imprensa no desenvolvimento da literatura africana teve um grande contributo uma vez que as literaturas africanas encontraram nos jornais do período colonial espaço profícuo de
  • 10. 6 divulgação ficcional, poética, da cultura em geral e de resistência aos mandos e desmandos de um sistema colonialista que ignorava o saber, as manifestações culturais, as formas de expressão dos povos subjugados. Para Santilli (1985), a produção literária nos países africanos divide-se em duas fases: a da literatura colonial e a das literaturas africanas. A primeira exalta o homem europeu como o herói mítico, desbravador das terras inóspitas, portador de uma cultura superior. A segunda constitui-se inversamente, pois nela o mundo africano passa a ser narrado por outra ótica. O negro é privilegiado e tratado com solidariedade no espaço material e linguístico do texto, embora não sejam excluídas as personagens europeias (de características negativas ou positivas). É o africano que normalmente preenche os apelos da enunciação e é ele quase exclusivamente, enquanto personagem ficcional ou poético, o sujeito do enunciado. O jornalismo e a literatura africana nascem juntos. É da dinâmica entre ambos que surge em Moçambique uma obra pioneira na área da prosa de ficção: O livro da dor, de 1925, composto por crônicas e contos do jornalista João Albasini. Em 1943 aparecem os primeiros textos poéticos, os Sonetos, de Rui de Noronha, e numa produção coletiva da CEI — Casa dos Estudantes do Império nasce a coletânea Poesia em Moçambique, datada de 1951. Além dessas produções, encontra-se o registo das revistas Itinerário, de 1941, e Msaho, de 1952, "que recolhem uma produção heterogênea, portanto característica de determinada fase no processo de nacionalização da literatura moçambicana" (SANTILLI, 1985, p.28).
  • 11. 7 3. Conclusão Com a realização deste trabalho, ficou claro que o texto literário conduz o leitor a mundos imaginários, causando prazer aos sentidos e à sensibilidade do homem. A literatura transformou-se, em várias partes do mundo, em disciplina escolar dada a sua importância para a língua e a cultura de um país, assim como para a formação de jovens leitores. O texto literário deve ser valorizado e explorado desde a infância, pois ele contribui, e muito, para a formação de leitores literários. A leitura do texto literário é, pois, um acontecimento que provoca reações, estímulos, experiências múltiplas e variadas, dependendo da história de cada indivíduo. Não só a leitura resulta em interações diferentes para cada um, como cada um poderá interagir de modo diferente com a obra em outro momento de leitura do mesmo texto. A linguagem literária é conotativa, isto é, uma palavra, quando usada no sentido conotativo, permite diferentes significados e múltiplas interpretações. A conotação permite que ideias e associações extrapolem o sentido original da palavra, assumindo assim um sentido figurado e simbólico.
  • 12. 8 4. Referências bibliográficas AGUIAR S. 2005. Teoria da literatura. Coimbra: Almedina. MOISÉS, M. 2005. A criação literária poesia. São Paulo: Cultrix. MATOS, M. 2001. Introdução aos Estudos Literários, Lisboa, Verbo. REIS, C. 2001. O Conhecimento da Literatura Introdução aos Estudos Literários, 2ł Edição, Coimbra, Almedina. RODRIGUES, A. 1985. “O Público e o Privado”, in Revista de Comunicação e Linguagens, Lisboa, CECL. SANTILLI, M. A. (1985). Estórias africanas: história e antologia. São Paulo: Ática.