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1
UNIVERSIDADE PEDAGOGICA DE MOÇAMBIQUE
A Analise Literária
Autor: Sérgio Alfredo Macore
Celular: +258 846458829 / 826677547
Email: Sérgio.macore@gmail.com
Pemba – Cabo Delgado
Pemba, Maio 2021
4
ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 5
2.Revisão de Literatura ................................................................................................................... 6
2.1.Análise Literária – Definição ................................................................................................ 6
2.2.Análise Literária – Literatura ................................................................................................ 7
2.3.Análise Literária – Obra........................................................................................................ 8
3.Semiótica e sua aplicação ao texto literário ............................................................................... 11
3.1.O leitor e a semiótica........................................................................................................... 12
3.2.Considerações sobre semiótica............................................................................................ 12
Conclusão...................................................................................................................................... 13
Bibliografias.................................................................................................................................. 14
5
1.INTRODUÇÃO
O presente trabalho de pesquisa, tem como o tema ‘’A Analise Literária’’. Na verdade, é uma
disciplina auxiliar da teoria da Literatura, que tem por objecto analisar e avaliar o texto literário,
através do recurso a determinados métodos e disciplinas, como a história literária, a sociologia da
literatura, a crítica psicanalítica ou a análise textual.
A análise literária intersecciona-se, assim, com o conceito de crítica literária, reclamando um
certo grau de objectividade científica na produção de um discurso crítico que procura decifrar os
sentidos, as relações textuais, os contextos de produção, a estrutura interna e externa de uma
determinada obra. Na abordagem da obra literária, o crítico literário, colocado numa posteridade
relativamente ao texto, assume-se como um leitor dotado de conhecimentos específicos que lhe
permitem desenvolver uma actividade sistemática de descodificação e avaliação estética do
discurso.
Neste processo de desmontagem do feixe de elementos constitutivos do todo literário, o crítico
formula muitas vezes uma interpretação do texto onde a funcionalidade destes elementos
constitutivos é explicada à luz de um sentido globalizador.
6
2.Revisão de Literatura
2.1.Análise Literária – Definição
Compreender as técnicas que fazem uma obra literária eficaz, identificando-os nos livros que
você lê e escrever um breve ensaio explicando o que você identificou. A Análise Literária
incentiva o aluno a pensar sobre como e por que um poema, conto, romance ou peça foi escrito,
Buarque (1982).
A análise literária é uma análise de como vários dispositivos literários em uma obra de literatura
função para criar significado, e para enfatizar o tema do trabalho, Peirce (1990).
Para Santaelia (1996), A análise literária avalia o uso de conceitos literários importantes, tais
como:
 Enredo
 Cenário
 Narração / ponto de vista
 Caracterização
 Imagens
 Metáfora ou símile
 Tenor e veículo
 Género
 Irony / ambiguidade
 Dicção
 Ritmo e métrica
 Esquema de rimas
Segundo (1981), A análise literária também pode analisar as influências externas sobre um texto,
tais como:
 Contexto histórico
 Políticos, sociais contextos religiosos
 Ideologia
7
2.2.Análise Literária – Literatura
Em resumo é decomposição de um texto em suas partes constitutivas, para perceber o valor e o
relacionamento que guardam entre si e para melhor compreender, interpretar e sentir a obra
como um todo completo e significativo, Landowski (1995).
“A análise literária não se reduz, pois, ao comum comentário do texto, trabalho colateral ao
mesmo texto, que não vai até à sua essência, nem à sua explicação, nem ao mero estudo da
biografia do autor. Deve ir mais além, abrindo caminho para a crítica, para a história, que
investigará sobre o autor e os antecedentes da obra; e para a teoria da literatura, que extrairá da
obra os princípios susceptíveis de formulação estética”. (Herbert Palhano, Língua e Literatura).
A análise de texto, ensina Nelly Novaes Coelho (0 Ensino da Literatura), é o esforço por
descobrir-lhe a estrutura, seu movimento interior, o valor significativo de suas palavras e de seu
tema, tendo em mira a unidade Intrínseca de todos esses elementos. Pressupõe o exame da
estrutura do trecho e da linguagem literária (o vocabulário, o valor das categorias gramaticais
usadas), o tipo de figuras predominantes (símiles, imagens, metáforas…), o valor da sintaxe
predominante (frase ampla ou breve, tipos de subordinação e coordenação, frases elípticas…), a
natureza dos substantivos escolhidos; tempos ou modos de verbo, uso expressivo do artigo, da
conjunção, dos advérbios, das preposições, etc., tudo em função do significado essencial do todo.
Uma boa análise de texto, isto é, de fragmento só pode ser realizada quando o todo, a que ele
pertence, tiver sido perfeitamente interpretado, Jakobson (1969).
Um esquema-roteiro para a análise crítico-interpretativa de um romance, proposto pela referida
professora é o seguinte:
a) Leitura lúdica para contacto com a obra. Essa leitura é feita pelo aluno inicialmente.
b) Fixação da Impressão ou impressões mais vivas provocadas pela leitura. Essas
impressões levarão à determinação do tema.
c) Fixação do tema (ideia central, eixo nuclear da acção).
d) Leitura reflexiva norteada pelo tema, e pelas ideias principais pressentidas na obra. É
durante esta segunda leitura da obra que se Inicia a análise propriamente dita, pois é o
momento em que devem ser fixadas as características de cada elemento estrutural.
8
e) Anotação meticulosa de como os elementos constitutivos do romance foi trabalhada para
Integrarem a estrutura global.
Para Buarque (1982), Esta anotação deverá obedecer, mais ou menos, a um roteiro disciplinador:
1. Análise dos fatos que integram a acção (Enredo).
2. Análise dos traços característicos daqueles que vão viver a acção (Personagens).
3. Análise da acção e personagens situadas no meio-ambiente em que se movem (Espaço).
4. Análise do encadeamento da acção e personagens numa determinada sequência temporal
(Tempo).
5. Análise dos meios de expressão de que se vale o autor: narração, descrição, monólogos,
intervenções do autor, género literário escolhido, foco narrativo, linguagem,
interpolações, etc.
Para o Professor Massaud Moisés, (Guia Prático de Análise Literária ) o núcleo da atenção do
analista sempre reside no texto.
Em suma: o texto é ponto de partida e ponto de chegada da análise literária.
2.3.Análise Literária – Obra
A obra literária é a representação perfeita da relação entre o homem e o mundo em que vive.
Vigora na literatura uma correspondência bastante acentuada entre o sofrimento do sujeito
enquanto ser agente, metafísico e o local da acção, espaço material e mensurável. Essa dicotomia
é que contribui para a criação da obra de arte e é o que gera o conflito que vai desencadear um
desfecho de acordo com a intencionalidade do criador. Para atingir essas condições, Rubem
Fonseca quebra os padrões convencionais da estrutura narrativa em relato de ocorrência em que
qualquer semelhança não é mera coincidência, Pignatari (1979).
Nesse conto, é narrada a história de um acidente que ocorre numa BR, envolvendo um Carro,
que atropela uma vaca, que morre logo em seguida. Os moradores das cercanias, ao verem o
acidente, correm na direcção do ocorrido. A princípio, pensa-se que vão procurar meios para
socorrerem as vítimas. Mas não é que acontece. Eles correm é para aproveitar a carne da vaca
morta, e deixam as vítimas à mercê da sorte.
9
Para desenvolver tal enredo, o autor imbrica duas formas de relatar os fatos da história: estilo de
jornal e a narrativa pertencente ao género literário. Na madrugada do dia três de Maio, uma vaca
marrom caminha na ponte do Rio Coroado, no quilómetro 53, em direcção ao Rio de Janeiro.
Nesse fragmento, estão presentes os elementos que constituem o texto jornalístico: o local, a
data, o fato, os envolvidos, como forma de comprovação dos acontecimentos. O texto só passa a
assumir a estrutura da narrativa literária a partir do sexto parágrafo, quando Elias, uma das
personagens do conto, dá início às acções que vão se desenrolar na ponte, local do acidente. “O
desastre foi presenciado por Elias Gentil dos Santos e sua mulher Lucília, residente nas
cercanias, Santaelia (1996).
Por isso, para ajudá-los a realizar uma boa análise literária, separamos 7 itens a serem explorados
logo após a leitura da obra. Confiram:
1. Enredo
No texto narrativo, o enredo ou trama é responsável por sustentar a história. É quem irá
desenvolver ou construir o conteúdo por meio da conexão de fatos que fundamentem a acção
narrativa. Por meio dele, é possível encontrar o conflito ou tensão no texto que motiva as
personagens a se movimentarem. Onde está a força principal de todos os acontecimentos? Quem
segura o enredo? Lembre-se que enredo e personagem dependem um do outro.
Como visto, todo enredo está presente na estrutura do conflito. Desse modo, para analisar a obra,
é necessário encontrar três pontos principais: o início, desenvolvimento e clímax.
1. O início expõe o conflito do romance, da situação que culminará em todo o desenrolar da
trama;
2. O desenvolvimento são todas as consequências que o conflito trará, ou seja, os níveis
(baixo e alto) de tensão apresentados para serem resolvidos;
3. O clímax são os acontecimentos finais da problemática; é onde ocorre o desfecho.
4. Obs.: É permitido iniciar uma obra pelo desfecho e, depois, serem apresentados o início e
o desenvolvimento do conflito. Isso pode ocorrer em obras que utilizam flashbacks para
narrarem os acontecimentos. Apesar da alteração da ordem cronológica, esses três pontos
(início, meio e fim) estarão presentes em todos os textos narrativos.
10
2. Tempo e espaço
O tempo e o espaço se referem ao contexto histórico e ao local onde a narrativa se desenrola. No
decorrer do texto, podemos encontrar os acontecimentos históricos, presentes no romance, e
determinar em que época a história se passa. Também é possível identificar o local por meio dos
ambientes e lugares citados.
Candido (1981), O tempo e o espaço podem estar presentes numa obra de forma clara, ou seja,
directamente mencionada pelo narrador ou personagem. Ou de forma mascarada, quando apenas
as descobrimos ao ligarmos alguns factores ao texto, como, por exemplo:
 Se a narrativa nos apresenta a época da ditadura, pressupomos que a história acontece em
meados de 1964 e 1985;
 Se a narrativa cita a Rua do Ouvidor, concluímos que o enrendo ocorre no Rio de Janeiro,
porque essa Rua é famosa naquela cidade. Além disso, podemos identificar o espaço por
meio da descrição do ambiente e da análise do aspecto social de um determinado lugar.
 Obs. Caso o tempo e o espaço não possam ser definidos, descreva-os como não-
identificados ou não-definidos. Há outro modo para tratar locais inexistentes, como
cidade/estado/país, é chamá-los de fictícios.
3. Narrador
O narrador é a entidade que conta a história, podendo se apresentar das seguintes formas:
 Heterodiegético: narrador que não é personagem da história, esse é o mais adoptado
pelos escritores;
 Homodiegético: narrador que faz parte da história, mas não é o personagem principal;
 Autodiegético: narrador que é o personagem principal da narrativa, protagonista.
 Obs.: Dentro desses narradores, podemos encontrar a narrativa em 1ª e 3ª pessoa.
Contudo, em relação à 3ª pessoa, há ainda o narrador omnisciente (aquele que sabe de
todos os acontecimentos e as personagens), o qual pode se apresentar em duas versões:
intruso (quem se intromete na história) e observador (quem apenas narra os fatos sem
interferir). E em relação à 1ª pessoa, existe o narrador selectivo (quem narra os fatos da
forma que quer, podendo mascarar alguns aspectos ou acontecimentos à sua maneira).
11
4. Linguagem
Por meio da linguagem é possível analisar a forma como a obra é escrita e até mesmo narrada.
Por exemplo, ao pegarmos um livro antigo, observamos que o vocabulário é diferente do actual.
Assim, o primeiro passo para estudar uma narrativa de linguagem é verificá-la como simples ou
rebuscada, formal ou informal, culta ou marginalizada, etc.
Outro aspecto a ser adoptado é levantar os estilos de linguagem. Esse tipo de estudo é
complicado porque exige um pouco mais de conhecimento sobre o assunto. Porém, em alguns
casos são fáceis de serem identificados e sempre acrescentam pontos para uma análise literária.
5. Personagens
As personagens devem ser analisadas tanto no aspecto físico como no aspecto psicológico.
Contudo, é necessário respeitar a ordem de importância das personagens da seguinte forma:
 Personagens principais (protagonista(s) e antagonista(s));
 Personagens secundárias.
 Obs.: A análise das personagens principais deve ser feita de forma mais completa. Além
das descrições físicas e psicológicas, podemos analisar alguns aspectos sociais e
históricos, se houverem, como também traçar um perfil mais aprofundado sobre suas
motivações, desejos e anseios.
3.Semiótica e sua aplicação ao texto literário
O conceito de texto ultrapassa os limites do código verbal e isso pode ser percebido na literatura.
A linguagem actua na sensibilidade e na cognição do leitor para a concretização do livro.
Pretendemos, portanto, abordar aspectos que auxiliem a construção de um conceito de semiótica,
bem como ressaltar particularidades dessa análise, Silva (2009).
A compreensão que a maioria das pessoas tem da palavra signo é uma visão limitada. Na
verdade, em nossa sociedade, quase tudo é signo de algo. Certas roupas são sinais de que a
pessoa está na moda, certos carros são símbolos de status. É impossível realizar a maior parte de
nossas actividades diárias sem o auxílio de símbolos, Silva (2009).
12
Na verdade, os signos foram uma das mais importantes e mais geniais invenções do ser humano.
Antes dos signos, para nos referirmos a algo, precisávamos mostrar do que se tratava. É muito
mais prático dizer a palavra que pode designar o que se quer mostrar. Os signos são isso: um
substituto para as coisas. Eles estão no lugar das coisas, as representam, Buarque (1982).
Os signos sempre fascinaram os pensadores e são estudados desde a Grécia antiga, passando pela
Idade Média e pelos filósofos iluministas. Mas, como vimos, uma ciência dos signos só foi se
firmar no final do século XIX e início do século XX, com Charles Sanders Pierce nos EUA e
Ferdinand de Saussure na Europa, fundadores de uma ciência dos signos. E os partidários de
Pierce chamaram essa ciência de semiótica e os adeptos de Saussure a chamaram de semiologia.
3.1.O leitor e a semiótica
Entendemos texto como uma unidade mínima de significação, de modo que o leitor assume um
papel activo na constituição dos sentidos do texto, uma vez que esses sentidos dependem da sua
actuação sobre o livro. Os significados constituem-se por meio de sua compreensão. Portanto,
consta-se que o livro possui em sua estrutura elementos de modalização do sujeito leitor, que é
provocado para um fazer transformador, tanto do texto como do leitor.
Cria-se um todo articulado por diferentes unidades de significação, para engendrar sentido. Esse
que se constitui pelo ato gerador de significar, supera a recepção e a percepção, e instala um
sujeito semiótico, resultante da organização discursiva do texto.
3.2.Considerações sobre semiótica
A aquisição de conhecimentos mais aprofundados e o desenvolvimento de uma percepção
individual crítica, como vemos, é fundamental para uma melhor interpretação da obra literária e
isto só é possível através da semiótica. É notória a importância do trabalho de pesquisa mais
aprofundado sobre as significações subjacentes ao texto, Jakobson (1969).
Por fim, este estudo colaborou de forma significativa para o aprimoramento da autora deste
trabalho. E “o exercício semiótico” sempre colabora com nosso a amadurecimento de modo
geral. Vale ressaltar ainda a gratificante experiência de ter realizado este estudo a partir de um
texto tão prazeroso e inteligente como este conto de Érico Veríssimo.
13
Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, podemos concluir que, a análise é o exame de uma realidade
susceptível de estudo intelectual que, através da distinção e da separação das suas partes, permite
conhecer os seus elementos constituintes e princípios.
Literário(a), por sua vez, diz-se daquilo que pertence ou que é relativo à literatura. Este termo,
que deriva do latim litterae, está associado ao conjunto de saberes para escrever e ler bem. A
literatura é uma arte que tem a linguagem como meio de expressão.
A análise literária, por conseguinte, consiste numa avaliação com vista a esmiuçar e a reconhecer
os vários aspectos que compõem uma obra. Este trabalho consiste em examinar o argumento, o
tema, a exposição, o estilo e outras questões. A ideia é que, uma vez realizada a análise literária,
se possa saber que recursos usou o autor, com que intenção, etc. Deste modo, a estrutura da obra
será reconhecível, tornando-se mais fácil de compreender. O primeiro passo de qualquer análise
literária consiste em ler a obra e identificar o seu contexto histórico e social. A partir daí, há que
determinar o tema, a estrutura e a forma do texto. Da mesma forma, é importante caracterizar os
personagens.
Na hora das conclusões, o mais importante é evidenciar todas as características da obra a partir
de diferentes perspectivas. É possível incluir uma análise crítica ou opiniões fundamentadas nas
características detalhadas. Analisar uma obra literária é uma actividade que requer determinados
passos imprescindíveis que, para além das diferenças do caso, se repetem vezes sem conta no
momento da análise.
14
Bibliografias
BUARQUE, Chico e LOBO, Edu . Sobre Todas as Coisas. Chico Buarque e Edu Lobo.m
Paratodos. Faixa 5, n. 65064470 BMG. 1982. CD.
JAKOBSON, Roman. Lingüística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 1969.
PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1990.
PIGNATARI, Décio. Semiótica e Literatura: icônico e verbal, Oriente e Ocidente. São Paulo:
Cortez & Moraes, 1979.
SANTAELLA, Lúcia. Produção de Linguagem e Ideologia. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1996.
CANDIDO, Antonio Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6. ed., Belo
Horizonte: Itatiaia, 1981.
SILVA, L. H. O. da; PINTO, F. N. P. Interdisciplinaridade: as práticas possíveis. Revista
Querubim (Online), ano 5, p. 01-18, 2009.
LANDOWSKI, Eric. Do inteligível ao sensível: em torno da obra de Algirdas Julien Greimas.
São Paulo: EDUC, 1995.

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Analise literaria

  • 1. 1 UNIVERSIDADE PEDAGOGICA DE MOÇAMBIQUE A Analise Literária Autor: Sérgio Alfredo Macore Celular: +258 846458829 / 826677547 Email: Sérgio.macore@gmail.com Pemba – Cabo Delgado Pemba, Maio 2021
  • 2. 4 ÍNDICE 1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 5 2.Revisão de Literatura ................................................................................................................... 6 2.1.Análise Literária – Definição ................................................................................................ 6 2.2.Análise Literária – Literatura ................................................................................................ 7 2.3.Análise Literária – Obra........................................................................................................ 8 3.Semiótica e sua aplicação ao texto literário ............................................................................... 11 3.1.O leitor e a semiótica........................................................................................................... 12 3.2.Considerações sobre semiótica............................................................................................ 12 Conclusão...................................................................................................................................... 13 Bibliografias.................................................................................................................................. 14
  • 3. 5 1.INTRODUÇÃO O presente trabalho de pesquisa, tem como o tema ‘’A Analise Literária’’. Na verdade, é uma disciplina auxiliar da teoria da Literatura, que tem por objecto analisar e avaliar o texto literário, através do recurso a determinados métodos e disciplinas, como a história literária, a sociologia da literatura, a crítica psicanalítica ou a análise textual. A análise literária intersecciona-se, assim, com o conceito de crítica literária, reclamando um certo grau de objectividade científica na produção de um discurso crítico que procura decifrar os sentidos, as relações textuais, os contextos de produção, a estrutura interna e externa de uma determinada obra. Na abordagem da obra literária, o crítico literário, colocado numa posteridade relativamente ao texto, assume-se como um leitor dotado de conhecimentos específicos que lhe permitem desenvolver uma actividade sistemática de descodificação e avaliação estética do discurso. Neste processo de desmontagem do feixe de elementos constitutivos do todo literário, o crítico formula muitas vezes uma interpretação do texto onde a funcionalidade destes elementos constitutivos é explicada à luz de um sentido globalizador.
  • 4. 6 2.Revisão de Literatura 2.1.Análise Literária – Definição Compreender as técnicas que fazem uma obra literária eficaz, identificando-os nos livros que você lê e escrever um breve ensaio explicando o que você identificou. A Análise Literária incentiva o aluno a pensar sobre como e por que um poema, conto, romance ou peça foi escrito, Buarque (1982). A análise literária é uma análise de como vários dispositivos literários em uma obra de literatura função para criar significado, e para enfatizar o tema do trabalho, Peirce (1990). Para Santaelia (1996), A análise literária avalia o uso de conceitos literários importantes, tais como:  Enredo  Cenário  Narração / ponto de vista  Caracterização  Imagens  Metáfora ou símile  Tenor e veículo  Género  Irony / ambiguidade  Dicção  Ritmo e métrica  Esquema de rimas Segundo (1981), A análise literária também pode analisar as influências externas sobre um texto, tais como:  Contexto histórico  Políticos, sociais contextos religiosos  Ideologia
  • 5. 7 2.2.Análise Literária – Literatura Em resumo é decomposição de um texto em suas partes constitutivas, para perceber o valor e o relacionamento que guardam entre si e para melhor compreender, interpretar e sentir a obra como um todo completo e significativo, Landowski (1995). “A análise literária não se reduz, pois, ao comum comentário do texto, trabalho colateral ao mesmo texto, que não vai até à sua essência, nem à sua explicação, nem ao mero estudo da biografia do autor. Deve ir mais além, abrindo caminho para a crítica, para a história, que investigará sobre o autor e os antecedentes da obra; e para a teoria da literatura, que extrairá da obra os princípios susceptíveis de formulação estética”. (Herbert Palhano, Língua e Literatura). A análise de texto, ensina Nelly Novaes Coelho (0 Ensino da Literatura), é o esforço por descobrir-lhe a estrutura, seu movimento interior, o valor significativo de suas palavras e de seu tema, tendo em mira a unidade Intrínseca de todos esses elementos. Pressupõe o exame da estrutura do trecho e da linguagem literária (o vocabulário, o valor das categorias gramaticais usadas), o tipo de figuras predominantes (símiles, imagens, metáforas…), o valor da sintaxe predominante (frase ampla ou breve, tipos de subordinação e coordenação, frases elípticas…), a natureza dos substantivos escolhidos; tempos ou modos de verbo, uso expressivo do artigo, da conjunção, dos advérbios, das preposições, etc., tudo em função do significado essencial do todo. Uma boa análise de texto, isto é, de fragmento só pode ser realizada quando o todo, a que ele pertence, tiver sido perfeitamente interpretado, Jakobson (1969). Um esquema-roteiro para a análise crítico-interpretativa de um romance, proposto pela referida professora é o seguinte: a) Leitura lúdica para contacto com a obra. Essa leitura é feita pelo aluno inicialmente. b) Fixação da Impressão ou impressões mais vivas provocadas pela leitura. Essas impressões levarão à determinação do tema. c) Fixação do tema (ideia central, eixo nuclear da acção). d) Leitura reflexiva norteada pelo tema, e pelas ideias principais pressentidas na obra. É durante esta segunda leitura da obra que se Inicia a análise propriamente dita, pois é o momento em que devem ser fixadas as características de cada elemento estrutural.
  • 6. 8 e) Anotação meticulosa de como os elementos constitutivos do romance foi trabalhada para Integrarem a estrutura global. Para Buarque (1982), Esta anotação deverá obedecer, mais ou menos, a um roteiro disciplinador: 1. Análise dos fatos que integram a acção (Enredo). 2. Análise dos traços característicos daqueles que vão viver a acção (Personagens). 3. Análise da acção e personagens situadas no meio-ambiente em que se movem (Espaço). 4. Análise do encadeamento da acção e personagens numa determinada sequência temporal (Tempo). 5. Análise dos meios de expressão de que se vale o autor: narração, descrição, monólogos, intervenções do autor, género literário escolhido, foco narrativo, linguagem, interpolações, etc. Para o Professor Massaud Moisés, (Guia Prático de Análise Literária ) o núcleo da atenção do analista sempre reside no texto. Em suma: o texto é ponto de partida e ponto de chegada da análise literária. 2.3.Análise Literária – Obra A obra literária é a representação perfeita da relação entre o homem e o mundo em que vive. Vigora na literatura uma correspondência bastante acentuada entre o sofrimento do sujeito enquanto ser agente, metafísico e o local da acção, espaço material e mensurável. Essa dicotomia é que contribui para a criação da obra de arte e é o que gera o conflito que vai desencadear um desfecho de acordo com a intencionalidade do criador. Para atingir essas condições, Rubem Fonseca quebra os padrões convencionais da estrutura narrativa em relato de ocorrência em que qualquer semelhança não é mera coincidência, Pignatari (1979). Nesse conto, é narrada a história de um acidente que ocorre numa BR, envolvendo um Carro, que atropela uma vaca, que morre logo em seguida. Os moradores das cercanias, ao verem o acidente, correm na direcção do ocorrido. A princípio, pensa-se que vão procurar meios para socorrerem as vítimas. Mas não é que acontece. Eles correm é para aproveitar a carne da vaca morta, e deixam as vítimas à mercê da sorte.
  • 7. 9 Para desenvolver tal enredo, o autor imbrica duas formas de relatar os fatos da história: estilo de jornal e a narrativa pertencente ao género literário. Na madrugada do dia três de Maio, uma vaca marrom caminha na ponte do Rio Coroado, no quilómetro 53, em direcção ao Rio de Janeiro. Nesse fragmento, estão presentes os elementos que constituem o texto jornalístico: o local, a data, o fato, os envolvidos, como forma de comprovação dos acontecimentos. O texto só passa a assumir a estrutura da narrativa literária a partir do sexto parágrafo, quando Elias, uma das personagens do conto, dá início às acções que vão se desenrolar na ponte, local do acidente. “O desastre foi presenciado por Elias Gentil dos Santos e sua mulher Lucília, residente nas cercanias, Santaelia (1996). Por isso, para ajudá-los a realizar uma boa análise literária, separamos 7 itens a serem explorados logo após a leitura da obra. Confiram: 1. Enredo No texto narrativo, o enredo ou trama é responsável por sustentar a história. É quem irá desenvolver ou construir o conteúdo por meio da conexão de fatos que fundamentem a acção narrativa. Por meio dele, é possível encontrar o conflito ou tensão no texto que motiva as personagens a se movimentarem. Onde está a força principal de todos os acontecimentos? Quem segura o enredo? Lembre-se que enredo e personagem dependem um do outro. Como visto, todo enredo está presente na estrutura do conflito. Desse modo, para analisar a obra, é necessário encontrar três pontos principais: o início, desenvolvimento e clímax. 1. O início expõe o conflito do romance, da situação que culminará em todo o desenrolar da trama; 2. O desenvolvimento são todas as consequências que o conflito trará, ou seja, os níveis (baixo e alto) de tensão apresentados para serem resolvidos; 3. O clímax são os acontecimentos finais da problemática; é onde ocorre o desfecho. 4. Obs.: É permitido iniciar uma obra pelo desfecho e, depois, serem apresentados o início e o desenvolvimento do conflito. Isso pode ocorrer em obras que utilizam flashbacks para narrarem os acontecimentos. Apesar da alteração da ordem cronológica, esses três pontos (início, meio e fim) estarão presentes em todos os textos narrativos.
  • 8. 10 2. Tempo e espaço O tempo e o espaço se referem ao contexto histórico e ao local onde a narrativa se desenrola. No decorrer do texto, podemos encontrar os acontecimentos históricos, presentes no romance, e determinar em que época a história se passa. Também é possível identificar o local por meio dos ambientes e lugares citados. Candido (1981), O tempo e o espaço podem estar presentes numa obra de forma clara, ou seja, directamente mencionada pelo narrador ou personagem. Ou de forma mascarada, quando apenas as descobrimos ao ligarmos alguns factores ao texto, como, por exemplo:  Se a narrativa nos apresenta a época da ditadura, pressupomos que a história acontece em meados de 1964 e 1985;  Se a narrativa cita a Rua do Ouvidor, concluímos que o enrendo ocorre no Rio de Janeiro, porque essa Rua é famosa naquela cidade. Além disso, podemos identificar o espaço por meio da descrição do ambiente e da análise do aspecto social de um determinado lugar.  Obs. Caso o tempo e o espaço não possam ser definidos, descreva-os como não- identificados ou não-definidos. Há outro modo para tratar locais inexistentes, como cidade/estado/país, é chamá-los de fictícios. 3. Narrador O narrador é a entidade que conta a história, podendo se apresentar das seguintes formas:  Heterodiegético: narrador que não é personagem da história, esse é o mais adoptado pelos escritores;  Homodiegético: narrador que faz parte da história, mas não é o personagem principal;  Autodiegético: narrador que é o personagem principal da narrativa, protagonista.  Obs.: Dentro desses narradores, podemos encontrar a narrativa em 1ª e 3ª pessoa. Contudo, em relação à 3ª pessoa, há ainda o narrador omnisciente (aquele que sabe de todos os acontecimentos e as personagens), o qual pode se apresentar em duas versões: intruso (quem se intromete na história) e observador (quem apenas narra os fatos sem interferir). E em relação à 1ª pessoa, existe o narrador selectivo (quem narra os fatos da forma que quer, podendo mascarar alguns aspectos ou acontecimentos à sua maneira).
  • 9. 11 4. Linguagem Por meio da linguagem é possível analisar a forma como a obra é escrita e até mesmo narrada. Por exemplo, ao pegarmos um livro antigo, observamos que o vocabulário é diferente do actual. Assim, o primeiro passo para estudar uma narrativa de linguagem é verificá-la como simples ou rebuscada, formal ou informal, culta ou marginalizada, etc. Outro aspecto a ser adoptado é levantar os estilos de linguagem. Esse tipo de estudo é complicado porque exige um pouco mais de conhecimento sobre o assunto. Porém, em alguns casos são fáceis de serem identificados e sempre acrescentam pontos para uma análise literária. 5. Personagens As personagens devem ser analisadas tanto no aspecto físico como no aspecto psicológico. Contudo, é necessário respeitar a ordem de importância das personagens da seguinte forma:  Personagens principais (protagonista(s) e antagonista(s));  Personagens secundárias.  Obs.: A análise das personagens principais deve ser feita de forma mais completa. Além das descrições físicas e psicológicas, podemos analisar alguns aspectos sociais e históricos, se houverem, como também traçar um perfil mais aprofundado sobre suas motivações, desejos e anseios. 3.Semiótica e sua aplicação ao texto literário O conceito de texto ultrapassa os limites do código verbal e isso pode ser percebido na literatura. A linguagem actua na sensibilidade e na cognição do leitor para a concretização do livro. Pretendemos, portanto, abordar aspectos que auxiliem a construção de um conceito de semiótica, bem como ressaltar particularidades dessa análise, Silva (2009). A compreensão que a maioria das pessoas tem da palavra signo é uma visão limitada. Na verdade, em nossa sociedade, quase tudo é signo de algo. Certas roupas são sinais de que a pessoa está na moda, certos carros são símbolos de status. É impossível realizar a maior parte de nossas actividades diárias sem o auxílio de símbolos, Silva (2009).
  • 10. 12 Na verdade, os signos foram uma das mais importantes e mais geniais invenções do ser humano. Antes dos signos, para nos referirmos a algo, precisávamos mostrar do que se tratava. É muito mais prático dizer a palavra que pode designar o que se quer mostrar. Os signos são isso: um substituto para as coisas. Eles estão no lugar das coisas, as representam, Buarque (1982). Os signos sempre fascinaram os pensadores e são estudados desde a Grécia antiga, passando pela Idade Média e pelos filósofos iluministas. Mas, como vimos, uma ciência dos signos só foi se firmar no final do século XIX e início do século XX, com Charles Sanders Pierce nos EUA e Ferdinand de Saussure na Europa, fundadores de uma ciência dos signos. E os partidários de Pierce chamaram essa ciência de semiótica e os adeptos de Saussure a chamaram de semiologia. 3.1.O leitor e a semiótica Entendemos texto como uma unidade mínima de significação, de modo que o leitor assume um papel activo na constituição dos sentidos do texto, uma vez que esses sentidos dependem da sua actuação sobre o livro. Os significados constituem-se por meio de sua compreensão. Portanto, consta-se que o livro possui em sua estrutura elementos de modalização do sujeito leitor, que é provocado para um fazer transformador, tanto do texto como do leitor. Cria-se um todo articulado por diferentes unidades de significação, para engendrar sentido. Esse que se constitui pelo ato gerador de significar, supera a recepção e a percepção, e instala um sujeito semiótico, resultante da organização discursiva do texto. 3.2.Considerações sobre semiótica A aquisição de conhecimentos mais aprofundados e o desenvolvimento de uma percepção individual crítica, como vemos, é fundamental para uma melhor interpretação da obra literária e isto só é possível através da semiótica. É notória a importância do trabalho de pesquisa mais aprofundado sobre as significações subjacentes ao texto, Jakobson (1969). Por fim, este estudo colaborou de forma significativa para o aprimoramento da autora deste trabalho. E “o exercício semiótico” sempre colabora com nosso a amadurecimento de modo geral. Vale ressaltar ainda a gratificante experiência de ter realizado este estudo a partir de um texto tão prazeroso e inteligente como este conto de Érico Veríssimo.
  • 11. 13 Conclusão Chegando o fim deste trabalho, podemos concluir que, a análise é o exame de uma realidade susceptível de estudo intelectual que, através da distinção e da separação das suas partes, permite conhecer os seus elementos constituintes e princípios. Literário(a), por sua vez, diz-se daquilo que pertence ou que é relativo à literatura. Este termo, que deriva do latim litterae, está associado ao conjunto de saberes para escrever e ler bem. A literatura é uma arte que tem a linguagem como meio de expressão. A análise literária, por conseguinte, consiste numa avaliação com vista a esmiuçar e a reconhecer os vários aspectos que compõem uma obra. Este trabalho consiste em examinar o argumento, o tema, a exposição, o estilo e outras questões. A ideia é que, uma vez realizada a análise literária, se possa saber que recursos usou o autor, com que intenção, etc. Deste modo, a estrutura da obra será reconhecível, tornando-se mais fácil de compreender. O primeiro passo de qualquer análise literária consiste em ler a obra e identificar o seu contexto histórico e social. A partir daí, há que determinar o tema, a estrutura e a forma do texto. Da mesma forma, é importante caracterizar os personagens. Na hora das conclusões, o mais importante é evidenciar todas as características da obra a partir de diferentes perspectivas. É possível incluir uma análise crítica ou opiniões fundamentadas nas características detalhadas. Analisar uma obra literária é uma actividade que requer determinados passos imprescindíveis que, para além das diferenças do caso, se repetem vezes sem conta no momento da análise.
  • 12. 14 Bibliografias BUARQUE, Chico e LOBO, Edu . Sobre Todas as Coisas. Chico Buarque e Edu Lobo.m Paratodos. Faixa 5, n. 65064470 BMG. 1982. CD. JAKOBSON, Roman. Lingüística e Comunicação. São Paulo: Cultrix, 1969. PEIRCE, Charles Sanders. Semiótica. 2. ed. São Paulo: Perspectiva, 1990. PIGNATARI, Décio. Semiótica e Literatura: icônico e verbal, Oriente e Ocidente. São Paulo: Cortez & Moraes, 1979. SANTAELLA, Lúcia. Produção de Linguagem e Ideologia. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1996. CANDIDO, Antonio Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. 6. ed., Belo Horizonte: Itatiaia, 1981. SILVA, L. H. O. da; PINTO, F. N. P. Interdisciplinaridade: as práticas possíveis. Revista Querubim (Online), ano 5, p. 01-18, 2009. LANDOWSKI, Eric. Do inteligível ao sensível: em torno da obra de Algirdas Julien Greimas. São Paulo: EDUC, 1995.