SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 46
Baixar para ler offline
Rodrigo Athanazio
Bronquiectasias
CURSO DE PNEUMOLOGIA PARA A ATENÇÃO BÁSICA
Doutor em Pneumologia pela USP
Médico Assistente da Divisão de Pneumologia do InCor – HC - FMUSP
http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/brn/
Patogênese
Adaptado de: McShane PJ et all, Concise Clinical Review: Non-Cystic Fibrosis Bronchiectasis, AJRCCM Articles in
Press. Published on 30-July-2013
Inflamação
neutrofílica
(proteases)
Destruição da via
aérea e distorção
(bronquiectasias)
Clearence
anormal do
muco
Colonização
bacteriana
Rx de tórax
Ambulatório de Bronquiectasias - Incor – HC / FMUSP
TC de tórax
§ Padrão ouro
§ Definição tomográfica
§ Anel de sinete
§ Não redução gradual do brônquio
§ Brônquio visualizável a 1 cm da pleura
Espirometria
Pré-BD Pós-BD Δ
CVF 1,41L 43% 1,48L 45% 5%
VEF1 0,99L 36% 1,08L 39% 9%
FEF25-75% 0,61L 19% 0,73L 23% 21%
VEF1/CVF 0,70 83% 0,73 86% 4%
Ambulatório de Bronquiectasias - Incor – HC / FMUSP
Espirometria e Bronquiectasia
§ Distúrbio obstrutivo
§ Distúrbio restritivo
§ Distúrbio misto
Hamutcu R, AJRCCM, 165: 2002
Ambulatório de Bronquiectasias - Incor – HC / FMUSP
Escores Prognósticos
F
A
C
E
D
Martinez-Garcia et al. Eur resp J, 43(5). 2014
Chalmers et al. Am J Respir Crti care Med; 189(5), 2014
Escores Prognósticos
Athanazio R et al. BMC Pulmonary Medicine. 2016
Auxílio na investigação etiológica
Etiologia
37,98
22,48
8,53
5,81
5,04
4,26
3,49
3,1
2,33
1,94
1,16
1,16
1,16
1,56
Idiopático
Fibrose Cística
Discinesia ciliar
Sequela TB
Imunodeficiências
Colagenoses
Aspiração
Bronquiolite
Mounier-Khun
ABPA
Deficiencia de alfa-1
Pós infecciosa
Micoactéria não TB
Miscelânea
0 5 10 15 20 25 30 35 40
n = 627 pacientes
Causas de bronquiectasias
Ambulatório de Bronquiectasias - Incor – HC / FMUSP
Ambulatório de Bronquiectasias - Incor – HC / FMUSP
Imunodeficiência comum variável Reposição de imunoglobulinas
Fibrose Cística Azitromicina, Dornase alfa, Salina
hipertônica, Antibiótico inalatório
Artrite reumatóide, Sjögrem, LES Imunossupressão
ABPA Corticóide (+ itraconazol)
Micobacteriose Antimicrobianos específicos
Doença inflamatória intestinal Drogas imunossupressoras
Deficiência de alfa-1 antitripsina Reposição de alfa-1 antitripsina
HIV Anti-retrovirais
Doenças com terapia específica
Barker A et al. NEJM: 346: 2002
Tratamento
Adaptado de: McShane PJ et all, Concise Clinical Review: Non-Cystic Fibrosis Bronchiectasis, AJRCCM Articles in
Press. Published on 30-July-2013
Inflamação
(proteases)
Destruição da via
aérea e distorção
(bronquiectasias)
Clearence
anormal do
muco
Colonização
bacteriana
Bronquiectasia não é FC
Athanazio R et al. Should the bronchiectasis treatment given to cystic fibrosis patients be extrapolated to those with bronchiectasis
from other causes? J bras Pneumol, 36. 2010
Dornase-alfa
– Fibrose cística
‣ Melhora função pulmonar
‣ Diminui frequência de exacerbações
– Bronquiectasia não fibrose cística
‣ Exacerbações mais frequentes
‣ Maiores taxas de hospitalização
‣ Maior uso de antibióticos e corticóides
1-O'Donnell AE, Barker AF, Ilowite JS, Fick RB. Treatment of idiopathic bronchiectasis with aerosolized recombinant human DNase I.
rhDNase Study Group. Chest. [Clinical Trial Multicenter Study Randomized Controlled Trial Research Support, Non-U.S. Gov't]. 1998
May;113(5):1329-34.
2-Rogers DF. Mucoactive agents for airway mucus hypersecretory diseases. Respiratory care. [Review]. 2007 Sep;52(9):1176-
93; discussion 93-7.
Salina Hipertônica
Nicolson C, Stirling R, Borg B et al. The long term of inhaled hypertonic saline 6% in non-cystic fibrosis bronchiectasia.
Resp Med: 106, 2012
Salina Hipertônica
– Farmácias de manipulação
– Preparo SH 7%
– NaCl 20% (1,4mL) + Água destilada (2,6mL)
– 4mL, inalatório, 12/12h
– Cuidados:
– Teste de reatividade prévia
– Uso prévio de broncodilatadores
Manitol (Bronchitol)
▪ Formulação em pó seco
▪ Cria gradiente osmótico =>
aumento fluido no muco
▪ Ensaio clinico randomizado, duplo cego
▪ 461 pacientes
▪ Manitol 400mg 2xd vs placebo – 52 semanas
– Melhora da qualidade de vida
– Prolongamento do tempo para primeira exacerbação
Bilton, D. Thorax, 2014
Patogênese
Adaptado de: McShane PJ et all, Concise Clinical Review: Non-Cystic Fibrosis Bronchiectasis, AJRCCM Articles in
Press. Published on 30-July-2013
Inflamação
(proteases)
Destruição da via
aérea e distorção
(bronquiectasias)
Clearence
anormal do
muco
Colonização
bacteriana
1-Martinez-Garcia MA, Soler-Cataluna JJ, Catalan-Serra P, Roman-Sanchez P, Tordera MP. Clinical efficacy and safety of
budesonide-formoterol in non-cystic fibrosis bronchiectasis. Chest. 2012 Feb;141(2):461-8.
– Melhora dos escores de dispneia e
qualidade de vida
– Não houve alteração na função
pulmonar e número de
exacerbações
Corticoide inalado + Broncodilatador
Macrolídeos
§ Efeito imuno-modulador de classe
§ Efeitos colaterais
– QT prolongado (ECG)
– Diminuição da acuidade auditiva (audiometria)
– Desconforto gastrointestinal
– Risco de resistência bacteriana
Macrolídeos
Wong C, Jayaram L, Karalus N, Eaton T, Tong C, Hockey H, et al. Azithromycin for prevention of exacerbations in non-cystic fibrosis bronchiectasis (EMBRACE): a
randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Lancet. 2012 Aug 18;380(9842):660-7.
– 62% de redução de exacerbações em 6 meses e após tratamento 42% de
redução em 1 ano
– Redução dos sintomas no Score St George`s
Macrolídeos
Altenburg J, de Graaff CS, Stienstra Y, Sloos JH, van Haren EH, Koppers RJ, et al. Effect of azithromycin maintenance treatment on infectious exacerbations among
patients with non-cystic fibrosis bronchiectasis: the BAT randomized controlled trial. JAMA. 2013 Mar 27;309(12):1251-9.
– Melhora do VEF1: p=0,047
– Melhora do Score SGRQ: p=0,046
Patogênese
Adaptado de: McShane PJ et all, Concise Clinical Review: Non-Cystic Fibrosis Bronchiectasis, AJRCCM Articles in
Press. Published on 30-July-2013
Inflamação
neutrofílica
(proteases)
Destruição da via
aérea e distorção
(bronquiectasias)
Clearence
anormal do
muco
Colonização
bacteriana
Cuidados com Bronquiectasias
• Esforços para evitar a colonização crônica pela P. aeruginosa
– Cepas mucóides
• Monitorização freqüente microbiológica: de culturas de
escarro
• Fisioterapia respiratória diária
• Antibioticoterapia agressiva, precoce e com altas doses
BTS Guideline of Management of Bronchiectasis 2010
Martinez-Garcia MA et al. Chest: 132, 2007
Martinez-Garcia MA et al. Chest: 132, 2007
• Atuação direta sobre o órgão afetado
• Doses menores
• Concentração local elevada
• Menor tempo de latência entre utilização e efeito
terapêutico
• Poucos efeitos sistêmicos
Racional para ATB inalatório
Rubin B et al. Aerolized antibiotics for non-cystic fibrosis bronchiectasis . Respiration, 88. 2014
Antibiótico Inalatório
• Reduz a colonização naqueles pacientes onde não foi
possível a erradicação
• Menos exacerbações e hospitalização x placebo
Murray MP, Govan JR, Doherty CJ, Simpson AJ, Wilkinson TS, Chalmers JD, et al. A randomized controlled trial of nebulized gentamicin in non-cystic fibrosis
bronchiectasis. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Feb 15;183(4):491-9.
Serisier D et al. Inhaled, dual release liposomal ciprofloxacin in non-cystic fibrosis bronchiectasis (ORBIT-2) . Thorax, 68. 2013
Serisier D et al. Inhaled, dual release liposomal ciprofloxacin in non-cystic fibrosis bronchiectasis (ORBIT-2) . Thorax, 68. 2013
CIPRO
PLACEBO
Antibiótico Inalatório
- Preparo com ampolas de gentamicina
- 2 ampolas (40mg) em 3mL SF0.9% de 12/12h
- inalador a jato
- uso prévio de broncodilatador
- meses alternados
Colistina
em pó
Astreonam
inalatório
Tobramicina
em pó
Vancomicina
inalatória
Ciprofloxacino
inalatório / pó
Levofloxacino
inalatório
Gentamicina
inalatória
Tobramicina
inalatória
Colistina
inalatória
Erradicação bacteriana
Brodt A et al. Inhaled antibiotics for stable non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Eur Respir J, 44. 2014
NNT = 3
Redução de Exacerbações
Brodt A et al. Inhaled antibiotics for stable non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Eur Respir J, 44. 2014
NNT = 5
Eventos Adversos
Brodt A et al. Inhaled antibiotics for stable non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Eur Respir J, 44. 2014
1. Fisioterapia respiratória
2. Broncodilatador
3. Antibiótico inalatório
Ong HK, Lee AL, Hill CJ, Holland AE, Denehy L. Effects of pulmonary rehabilitation in bronchiectasis: A retrospective study. Chron
Respir Dis. 2011;8(1):21-30.
Reabilitação Pulmonar
Resumindo...
Inflamação
neutrofílica
(proteases)
Destruição da via
aérea e distorção
(bronquiectasias)
Clearence
anormal do
muco
Colonização
bacteriana
Corticoide inalado
SH 7% + Manitol
ATB inalatório
Macrolídeos
Corso M, Athanazio R et al. J Bras Pneumol. 2019;45(4):e20190122
CURSO DE PNEUMOLOGIA PARA A ATENÇÃO BÁSICA
Obrigado!

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a 6. Bronquiectasias.pdf

Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)
Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)
Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)Patrícia Oliver
 
Aula 04 Semiologia Aparelho Respiratório.pptx
Aula 04 Semiologia Aparelho Respiratório.pptxAula 04 Semiologia Aparelho Respiratório.pptx
Aula 04 Semiologia Aparelho Respiratório.pptxlvaroCosta22
 
Pneumoconiose por exposição a metal duro
Pneumoconiose por exposição a metal duroPneumoconiose por exposição a metal duro
Pneumoconiose por exposição a metal duroadrianomedico
 
Abordagem da traqueobronquite final 1512
Abordagem da traqueobronquite final 1512Abordagem da traqueobronquite final 1512
Abordagem da traqueobronquite final 1512Ana Maria Matias
 
Asma E Dpoc
Asma E DpocAsma E Dpoc
Asma E Dpocgalegoo
 
Ácido Tranexâmico na Artroplastia Total do Joelho
Ácido Tranexâmico na Artroplastia Total do JoelhoÁcido Tranexâmico na Artroplastia Total do Joelho
Ácido Tranexâmico na Artroplastia Total do JoelhoDavid Sadigursky
 
Monitorização Ventilatória
Monitorização VentilatóriaMonitorização Ventilatória
Monitorização Ventilatórialabap
 
Metástases em Sítios de Portais de Laparoscopia
Metástases em Sítios de Portais de LaparoscopiaMetástases em Sítios de Portais de Laparoscopia
Metástases em Sítios de Portais de LaparoscopiaUrovideo.org
 
Fibrose pulmonar idiopática
Fibrose pulmonar idiopáticaFibrose pulmonar idiopática
Fibrose pulmonar idiopáticaruiantoninho
 
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdf
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdfAula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdf
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdfGiza Carla Nitz
 
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamento
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamentoNódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamento
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamentoFlávia Salame
 
Transplante renal aspectos praticos
Transplante renal aspectos praticosTransplante renal aspectos praticos
Transplante renal aspectos praticosAnestesiador
 
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmoCuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmoFabricio Mendonca
 

Semelhante a 6. Bronquiectasias.pdf (20)

Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)
Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)
Tuberculose, Bronquiectasia e Doença de Crohn (Trabalho de Radiologia)
 
Enfisema Pulmonar
Enfisema PulmonarEnfisema Pulmonar
Enfisema Pulmonar
 
Aula 04 Semiologia Aparelho Respiratório.pptx
Aula 04 Semiologia Aparelho Respiratório.pptxAula 04 Semiologia Aparelho Respiratório.pptx
Aula 04 Semiologia Aparelho Respiratório.pptx
 
Pneumoconiose por exposição a metal duro
Pneumoconiose por exposição a metal duroPneumoconiose por exposição a metal duro
Pneumoconiose por exposição a metal duro
 
Abordagem da traqueobronquite final 1512
Abordagem da traqueobronquite final 1512Abordagem da traqueobronquite final 1512
Abordagem da traqueobronquite final 1512
 
Dpoc pronto
Dpoc prontoDpoc pronto
Dpoc pronto
 
DPOC
DPOCDPOC
DPOC
 
Asma E Dpoc
Asma E DpocAsma E Dpoc
Asma E Dpoc
 
Ácido Tranexâmico na Artroplastia Total do Joelho
Ácido Tranexâmico na Artroplastia Total do JoelhoÁcido Tranexâmico na Artroplastia Total do Joelho
Ácido Tranexâmico na Artroplastia Total do Joelho
 
Scr bild
Scr bildScr bild
Scr bild
 
aula-de-asma-7c2ba-alunos.ppt
aula-de-asma-7c2ba-alunos.pptaula-de-asma-7c2ba-alunos.ppt
aula-de-asma-7c2ba-alunos.ppt
 
Monitorização Ventilatória
Monitorização VentilatóriaMonitorização Ventilatória
Monitorização Ventilatória
 
DPOC Exacerbado
DPOC ExacerbadoDPOC Exacerbado
DPOC Exacerbado
 
Metástases em Sítios de Portais de Laparoscopia
Metástases em Sítios de Portais de LaparoscopiaMetástases em Sítios de Portais de Laparoscopia
Metástases em Sítios de Portais de Laparoscopia
 
Fibrose pulmonar idiopática
Fibrose pulmonar idiopáticaFibrose pulmonar idiopática
Fibrose pulmonar idiopática
 
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdf
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdfAula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdf
Aula 15 - Doenças Respiratórias - Pneumonia.pdf
 
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamento
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamentoNódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamento
Nódulos Centrolobulares com padrão em arvore em brotamento
 
tuberculose.pptx
tuberculose.pptxtuberculose.pptx
tuberculose.pptx
 
Transplante renal aspectos praticos
Transplante renal aspectos praticosTransplante renal aspectos praticos
Transplante renal aspectos praticos
 
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmoCuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
Cuidados no paciente asmático e abordagem do broncoespasmo
 

Mais de Nayara85

INSUFICIENCIA renal aaguda
INSUFICIENCIA renal aagudaINSUFICIENCIA renal aaguda
INSUFICIENCIA renal aagudaNayara85
 
5. DPOC.pdf
5. DPOC.pdf5. DPOC.pdf
5. DPOC.pdfNayara85
 
16 - Síncope e Desmaio.pdf
16 - Síncope e Desmaio.pdf16 - Síncope e Desmaio.pdf
16 - Síncope e Desmaio.pdfNayara85
 
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdf
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdfFarmacocineticaefarmacodinamica.pdf
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdfNayara85
 
Aula-Choque(1).pdf
Aula-Choque(1).pdfAula-Choque(1).pdf
Aula-Choque(1).pdfNayara85
 
Mapa-de-Reperfusao-Coronariana(2).pdf
Mapa-de-Reperfusao-Coronariana(2).pdfMapa-de-Reperfusao-Coronariana(2).pdf
Mapa-de-Reperfusao-Coronariana(2).pdfNayara85
 
024Insuficiência Mitral I.pdf
024Insuficiência Mitral I.pdf024Insuficiência Mitral I.pdf
024Insuficiência Mitral I.pdfNayara85
 
Fluxograma - Asma.pdf
Fluxograma - Asma.pdfFluxograma - Asma.pdf
Fluxograma - Asma.pdfNayara85
 
Distúrbios ácido básicos2.pdf
Distúrbios ácido básicos2.pdfDistúrbios ácido básicos2.pdf
Distúrbios ácido básicos2.pdfNayara85
 

Mais de Nayara85 (10)

INSUFICIENCIA renal aaguda
INSUFICIENCIA renal aagudaINSUFICIENCIA renal aaguda
INSUFICIENCIA renal aaguda
 
aki.ppt
aki.pptaki.ppt
aki.ppt
 
5. DPOC.pdf
5. DPOC.pdf5. DPOC.pdf
5. DPOC.pdf
 
16 - Síncope e Desmaio.pdf
16 - Síncope e Desmaio.pdf16 - Síncope e Desmaio.pdf
16 - Síncope e Desmaio.pdf
 
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdf
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdfFarmacocineticaefarmacodinamica.pdf
Farmacocineticaefarmacodinamica.pdf
 
Aula-Choque(1).pdf
Aula-Choque(1).pdfAula-Choque(1).pdf
Aula-Choque(1).pdf
 
Mapa-de-Reperfusao-Coronariana(2).pdf
Mapa-de-Reperfusao-Coronariana(2).pdfMapa-de-Reperfusao-Coronariana(2).pdf
Mapa-de-Reperfusao-Coronariana(2).pdf
 
024Insuficiência Mitral I.pdf
024Insuficiência Mitral I.pdf024Insuficiência Mitral I.pdf
024Insuficiência Mitral I.pdf
 
Fluxograma - Asma.pdf
Fluxograma - Asma.pdfFluxograma - Asma.pdf
Fluxograma - Asma.pdf
 
Distúrbios ácido básicos2.pdf
Distúrbios ácido básicos2.pdfDistúrbios ácido básicos2.pdf
Distúrbios ácido básicos2.pdf
 

Último

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 

Último (8)

Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 

6. Bronquiectasias.pdf

  • 1. Rodrigo Athanazio Bronquiectasias CURSO DE PNEUMOLOGIA PARA A ATENÇÃO BÁSICA Doutor em Pneumologia pela USP Médico Assistente da Divisão de Pneumologia do InCor – HC - FMUSP
  • 3. Patogênese Adaptado de: McShane PJ et all, Concise Clinical Review: Non-Cystic Fibrosis Bronchiectasis, AJRCCM Articles in Press. Published on 30-July-2013 Inflamação neutrofílica (proteases) Destruição da via aérea e distorção (bronquiectasias) Clearence anormal do muco Colonização bacteriana
  • 4. Rx de tórax Ambulatório de Bronquiectasias - Incor – HC / FMUSP
  • 5. TC de tórax § Padrão ouro § Definição tomográfica § Anel de sinete § Não redução gradual do brônquio § Brônquio visualizável a 1 cm da pleura
  • 6. Espirometria Pré-BD Pós-BD Δ CVF 1,41L 43% 1,48L 45% 5% VEF1 0,99L 36% 1,08L 39% 9% FEF25-75% 0,61L 19% 0,73L 23% 21% VEF1/CVF 0,70 83% 0,73 86% 4% Ambulatório de Bronquiectasias - Incor – HC / FMUSP
  • 7. Espirometria e Bronquiectasia § Distúrbio obstrutivo § Distúrbio restritivo § Distúrbio misto
  • 8.
  • 9. Hamutcu R, AJRCCM, 165: 2002
  • 10. Ambulatório de Bronquiectasias - Incor – HC / FMUSP
  • 11. Escores Prognósticos F A C E D Martinez-Garcia et al. Eur resp J, 43(5). 2014 Chalmers et al. Am J Respir Crti care Med; 189(5), 2014
  • 12. Escores Prognósticos Athanazio R et al. BMC Pulmonary Medicine. 2016
  • 15. 37,98 22,48 8,53 5,81 5,04 4,26 3,49 3,1 2,33 1,94 1,16 1,16 1,16 1,56 Idiopático Fibrose Cística Discinesia ciliar Sequela TB Imunodeficiências Colagenoses Aspiração Bronquiolite Mounier-Khun ABPA Deficiencia de alfa-1 Pós infecciosa Micoactéria não TB Miscelânea 0 5 10 15 20 25 30 35 40 n = 627 pacientes Causas de bronquiectasias Ambulatório de Bronquiectasias - Incor – HC / FMUSP
  • 16. Ambulatório de Bronquiectasias - Incor – HC / FMUSP
  • 17.
  • 18.
  • 19. Imunodeficiência comum variável Reposição de imunoglobulinas Fibrose Cística Azitromicina, Dornase alfa, Salina hipertônica, Antibiótico inalatório Artrite reumatóide, Sjögrem, LES Imunossupressão ABPA Corticóide (+ itraconazol) Micobacteriose Antimicrobianos específicos Doença inflamatória intestinal Drogas imunossupressoras Deficiência de alfa-1 antitripsina Reposição de alfa-1 antitripsina HIV Anti-retrovirais Doenças com terapia específica Barker A et al. NEJM: 346: 2002
  • 20. Tratamento Adaptado de: McShane PJ et all, Concise Clinical Review: Non-Cystic Fibrosis Bronchiectasis, AJRCCM Articles in Press. Published on 30-July-2013 Inflamação (proteases) Destruição da via aérea e distorção (bronquiectasias) Clearence anormal do muco Colonização bacteriana
  • 21. Bronquiectasia não é FC Athanazio R et al. Should the bronchiectasis treatment given to cystic fibrosis patients be extrapolated to those with bronchiectasis from other causes? J bras Pneumol, 36. 2010
  • 22. Dornase-alfa – Fibrose cística ‣ Melhora função pulmonar ‣ Diminui frequência de exacerbações – Bronquiectasia não fibrose cística ‣ Exacerbações mais frequentes ‣ Maiores taxas de hospitalização ‣ Maior uso de antibióticos e corticóides 1-O'Donnell AE, Barker AF, Ilowite JS, Fick RB. Treatment of idiopathic bronchiectasis with aerosolized recombinant human DNase I. rhDNase Study Group. Chest. [Clinical Trial Multicenter Study Randomized Controlled Trial Research Support, Non-U.S. Gov't]. 1998 May;113(5):1329-34. 2-Rogers DF. Mucoactive agents for airway mucus hypersecretory diseases. Respiratory care. [Review]. 2007 Sep;52(9):1176- 93; discussion 93-7.
  • 23. Salina Hipertônica Nicolson C, Stirling R, Borg B et al. The long term of inhaled hypertonic saline 6% in non-cystic fibrosis bronchiectasia. Resp Med: 106, 2012
  • 24. Salina Hipertônica – Farmácias de manipulação – Preparo SH 7% – NaCl 20% (1,4mL) + Água destilada (2,6mL) – 4mL, inalatório, 12/12h – Cuidados: – Teste de reatividade prévia – Uso prévio de broncodilatadores
  • 25. Manitol (Bronchitol) ▪ Formulação em pó seco ▪ Cria gradiente osmótico => aumento fluido no muco ▪ Ensaio clinico randomizado, duplo cego ▪ 461 pacientes ▪ Manitol 400mg 2xd vs placebo – 52 semanas – Melhora da qualidade de vida – Prolongamento do tempo para primeira exacerbação Bilton, D. Thorax, 2014
  • 26. Patogênese Adaptado de: McShane PJ et all, Concise Clinical Review: Non-Cystic Fibrosis Bronchiectasis, AJRCCM Articles in Press. Published on 30-July-2013 Inflamação (proteases) Destruição da via aérea e distorção (bronquiectasias) Clearence anormal do muco Colonização bacteriana
  • 27. 1-Martinez-Garcia MA, Soler-Cataluna JJ, Catalan-Serra P, Roman-Sanchez P, Tordera MP. Clinical efficacy and safety of budesonide-formoterol in non-cystic fibrosis bronchiectasis. Chest. 2012 Feb;141(2):461-8. – Melhora dos escores de dispneia e qualidade de vida – Não houve alteração na função pulmonar e número de exacerbações Corticoide inalado + Broncodilatador
  • 28. Macrolídeos § Efeito imuno-modulador de classe § Efeitos colaterais – QT prolongado (ECG) – Diminuição da acuidade auditiva (audiometria) – Desconforto gastrointestinal – Risco de resistência bacteriana
  • 29. Macrolídeos Wong C, Jayaram L, Karalus N, Eaton T, Tong C, Hockey H, et al. Azithromycin for prevention of exacerbations in non-cystic fibrosis bronchiectasis (EMBRACE): a randomised, double-blind, placebo-controlled trial. Lancet. 2012 Aug 18;380(9842):660-7. – 62% de redução de exacerbações em 6 meses e após tratamento 42% de redução em 1 ano – Redução dos sintomas no Score St George`s
  • 30. Macrolídeos Altenburg J, de Graaff CS, Stienstra Y, Sloos JH, van Haren EH, Koppers RJ, et al. Effect of azithromycin maintenance treatment on infectious exacerbations among patients with non-cystic fibrosis bronchiectasis: the BAT randomized controlled trial. JAMA. 2013 Mar 27;309(12):1251-9. – Melhora do VEF1: p=0,047 – Melhora do Score SGRQ: p=0,046
  • 31. Patogênese Adaptado de: McShane PJ et all, Concise Clinical Review: Non-Cystic Fibrosis Bronchiectasis, AJRCCM Articles in Press. Published on 30-July-2013 Inflamação neutrofílica (proteases) Destruição da via aérea e distorção (bronquiectasias) Clearence anormal do muco Colonização bacteriana
  • 32. Cuidados com Bronquiectasias • Esforços para evitar a colonização crônica pela P. aeruginosa – Cepas mucóides • Monitorização freqüente microbiológica: de culturas de escarro • Fisioterapia respiratória diária • Antibioticoterapia agressiva, precoce e com altas doses BTS Guideline of Management of Bronchiectasis 2010
  • 33. Martinez-Garcia MA et al. Chest: 132, 2007
  • 34. Martinez-Garcia MA et al. Chest: 132, 2007
  • 35. • Atuação direta sobre o órgão afetado • Doses menores • Concentração local elevada • Menor tempo de latência entre utilização e efeito terapêutico • Poucos efeitos sistêmicos Racional para ATB inalatório Rubin B et al. Aerolized antibiotics for non-cystic fibrosis bronchiectasis . Respiration, 88. 2014
  • 36. Antibiótico Inalatório • Reduz a colonização naqueles pacientes onde não foi possível a erradicação • Menos exacerbações e hospitalização x placebo Murray MP, Govan JR, Doherty CJ, Simpson AJ, Wilkinson TS, Chalmers JD, et al. A randomized controlled trial of nebulized gentamicin in non-cystic fibrosis bronchiectasis. Am J Respir Crit Care Med. 2011 Feb 15;183(4):491-9.
  • 37. Serisier D et al. Inhaled, dual release liposomal ciprofloxacin in non-cystic fibrosis bronchiectasis (ORBIT-2) . Thorax, 68. 2013
  • 38. Serisier D et al. Inhaled, dual release liposomal ciprofloxacin in non-cystic fibrosis bronchiectasis (ORBIT-2) . Thorax, 68. 2013 CIPRO PLACEBO
  • 39. Antibiótico Inalatório - Preparo com ampolas de gentamicina - 2 ampolas (40mg) em 3mL SF0.9% de 12/12h - inalador a jato - uso prévio de broncodilatador - meses alternados Colistina em pó Astreonam inalatório Tobramicina em pó Vancomicina inalatória Ciprofloxacino inalatório / pó Levofloxacino inalatório Gentamicina inalatória Tobramicina inalatória Colistina inalatória
  • 40. Erradicação bacteriana Brodt A et al. Inhaled antibiotics for stable non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Eur Respir J, 44. 2014 NNT = 3
  • 41. Redução de Exacerbações Brodt A et al. Inhaled antibiotics for stable non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Eur Respir J, 44. 2014 NNT = 5
  • 42. Eventos Adversos Brodt A et al. Inhaled antibiotics for stable non-cystic fibrosis bronchiectasis: a systematic review. Eur Respir J, 44. 2014 1. Fisioterapia respiratória 2. Broncodilatador 3. Antibiótico inalatório
  • 43. Ong HK, Lee AL, Hill CJ, Holland AE, Denehy L. Effects of pulmonary rehabilitation in bronchiectasis: A retrospective study. Chron Respir Dis. 2011;8(1):21-30. Reabilitação Pulmonar
  • 44. Resumindo... Inflamação neutrofílica (proteases) Destruição da via aérea e distorção (bronquiectasias) Clearence anormal do muco Colonização bacteriana Corticoide inalado SH 7% + Manitol ATB inalatório Macrolídeos
  • 45. Corso M, Athanazio R et al. J Bras Pneumol. 2019;45(4):e20190122
  • 46. CURSO DE PNEUMOLOGIA PARA A ATENÇÃO BÁSICA Obrigado!