2. DEFINIÇÃO
Grave condição clínica que resulta de uma redução
profunda e disseminada da perfusão tissular efetiva.
REVERSÍVEL IRREVERSÍVEL
DISF. MÚLT.
ÓRGÃOS
6. CHOQUE HIPOVOLÊMICO
GRAU DE PERDA VOLÊMICA
% DE PERDA FC PAS FR DIURESE REPOSIÇÃO
Grau I
menor 15%
(Até 750ml)
60 a 100
bpm
Normal
14 a 20
irpm
>30ml/h CRISTALÓIDE
Grau II
15 a 30%
(750 a 1500ml)
>100 bpm Normal
20 a 30
irpm
20 a
30ml/h
CRISTALÓIDE
7. CHOQUE HIPOVOLÊMICO
GRAU DE PERDA VOLÊMICA
% DE PERDA FC PAS FR DIURESE REPOSIÇÃO
Grau III
30-40%
(1500 a 2000ml)
>120
bpm
<90mmHg
30 a 40
irpm
5-15ml/h
CRISTALÓIDE
+ SANGUE
Grau IV
>40%
(> 2000ml)
>140
bpm
<90mmHg >40 irpm Anúria
CRISTALÓIDE
+ SANGUE
10. CHOQUE OBSTRUTIVO
Obstrução ao fluxo no circuito cardiovascular.
Enchimento diastólico inadequado
ou
Redução da função sistólica
pelo aumento da pós carga
11. CHOQUE OBSTRUTIVO
ALTERAÇÃO DO ENCHIMENTO DIASTÓLICO
Obstrução venosa direta
- Tumores obstrutivos intratorácicos
Aumento da pressão intratorácica
- Pneumotórax hipertensivo
- VM com pressão excessiva
- Asma
12. CHOQUE OBSTRUTIVO
ALTERAÇÃO DO ENCHIMENTO DIASTÓLICO
Diminuição da complacência cardíaca
- Pericardite obstrutiva
- Tamponamento cardíaco
13. CHOQUE OBSTRUTIVO
COMPROMETIMENTO DA CONTRAÇÃO SISTÓLICA
Aumento da pós carga
- Embolia pulmonar maciça
- Hipertensão pulmonar aguda
- Dissecção aórtica
16. CHOQUE ANAFILÁTICO
IgE + Antígeno
Ligação no Mastócito e Basófilo
Degranulação de Mastócito e Basófilos
Liberação de Histamina, Leucotrienos, Prostaglandina D e Bradicininas
Resposta Anafiláctica
Vasodilatação, urticária, angioedema, broncoespasmo
17. CHOQUE SÉPTICO
Pode ser provocado por qualquer microorganismo
(bactérias gram negativas, gram positivos, fungos, vírus e protozoários)
Reação inflamatória/imunológica
VASODILATAÇÃO REDUÇÃO
RESISTÊNCIA
VASCULAR
SISTÊMICA
AUMENTO DA
PERMEABILIDADE
VASCULAR
PERDA DE LÍQUIDO
PARA O
EXTRAVASCULAR
18.
19.
20.
21. RECOMENDAÇÕES
- Admistração de antiobiótico de amplo espectro na 1ª hora
- Ressucitação volêmica 30ml/Kg/h nas primeiras 3 horas
- Rotina microbiológica: com culturas incluindo pelo menos 2 sets de
hemoculturas (aeróbios e anaeróbios)
- Avaliação diária do perfil bacteriano para escalonar o esquema antibiótico
22. RECOMENDAÇÕES
- Noradrenalina = vasopressor de 1ª linha
- Vasopressina ou Efedrina podem ser adicionados para atingir a
meta pressórica
- Hidrocortisona 200mgdia no choque refratária
- Controle glicêmico rigoroso com meta glicêmica < 180mgdL
26. DÉBITO CARDÍACO
Definição:
Volume de sangue bombeado pelo coração por minuto
DÉBITO
CARDÍACO
FREQUÊNCIA
CARDÍACA
VOLUME
SISTÓLICO
NORMAL = 4 a 8Lmin
29. VOLUME SISTÓLICO
Definição:
Volume de sangue bombeado pelo ventrículo esquerdo a
cada minuto
FE = (VSVFD) X 100
FE normal do VE: acima de 60%
FE normal do VD: 40 a 60%
NORMAL = 50 a 100mlbatimento
VOLUME
SISTÓLICO
VOLUME FINAL
DA DIÁSTOLE
VOLUME
SISTÓLICO FINAL
30. PRÉ CARGA
• Volume no ventrículo no final da diástole.
• Avaliada de forma indireta através das pressões
necessárias para encher os ventrículos.
Medidas Utilizadas
PVC = 2 a 6 mmHg
PAE ou POAP = 6 a 12mmHg
PDAP = 8 a 15mmHg
VDF do VD = 100 a 160ml
31.
32. PÓS CARGA
Resistência, impedância ou pressão que o ventrículo
deve ultrapassar para ejetar o volume de sangue.
Medidas mais sensíveis são:
- Resistência vascular sistêmica (RVS)
- Resistência vascular pulmonar (RVP).
RVP = < 250 dinascm²
RVS = 800 a 1200 dinascm²
33. CONTRATILIDADE
Inotropismo refere-se a propriedade inerente das fibras
do músculo cardíaco para encolher independente de
pré carga ou pós carga.
Medidas indiretas utilizadas:
VS = 60 a 100 mlbatimento
IVS = 33 a 47 mlbatimento
34. OFERTA DE OXIGÊNIO
Quantidade de oxigênio ofertado ou transportado aos
tecido por minuto
OFERTA
DE O2
DÉBITO
CARDÍACO
CONTEÚDO
ARTERIAL DE O2
NORMAL = 1005mlmin
35. OFERTA DE
OXIGÊNIO DO2 = DC x CaO2
DC = Vol Sistólico (VS) x Freq Cardíaca (FC)
VS
Pré Carga Contratilidade Pós Carga
FC
36. OFERTA DE OXIGÊNIO
DO2 = DC X CaO2
CaO2 = (1,38 x Hb x SaO2) + (PaO2 X 0,0032)
Hemoglobina
Saturação de
oxigênio arterial
(SaO2)
Tensão de
Oxigênio Arterial
(PaO2)
37. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
ALTERAÇÃO DO NÍVEL DE CONSCIÊNCIA
FC > 100 BPM
FR > 22 IRPM OU PaCO2 > 32 mmHg
EXCESSO DE BASE < - 5 mmHg OU LACTATO > 2 mM/L
DÉBITO URINÁRIO < 0,5mlKgh
HIPOTENSÃO REFRATÁRIA POR MAIS DE 20 MINUTOS
47. MONITORIZAÇÃO
MONITORIZAÇÃO E SUPORTE INICIAL
Exame físico seriado
Monitorização Cardíaca Contínua
Oximetra de pulso
Monitorização pressão não invasiva ou invasiva (PAM)
Cateter vesical e diurese horária
Acesso venoso (periférico / profundo)
Oxigenação
48. CATETER DE SWAN-GANZ
Medidas Diretas:
- DC
- Pressão Sistólica e Diastólica da Artéria Pulmonar
- Pressão de Oclusão da Artéria Pulmonar (PAOP)
- Pressão Capilar pulmonar
Medidas Indiretas:
- RVS e RVP
- SO2 no sangue venoso misto
- DO2
- VO2 → consumo de oxigênio pelos tecidos
49.
50. CATETER DE SWAN GANZ
DC 4,5 A 6,5L/min
IC 2,8 a 4,2 L/min/m2
RVS 500 a 1500
Índice de RVS 1300 a 1930
PCP 4 a 12 mmHg
PAP média 10 a 20 mmHg
PVC 1 a 5 mmHg
51. DC POAP RVS PVC
CARDIOGÊNICO BAIXO ALTA ALTA ALTA
HIPOVOLEMICO BAIXO BAIXA ALTA BAIXA
SÉPTICO ALTO BAIXA BAIXA BAIXA
TAMPONAMENTO
CARDÍACO
BAIXO ALTA ALTA ALTA
PNEUMOTÓRAX
HIPERTENSIVO
BAIXO BAIXA ALTA BAIXA
TEP BAIXO NORMAL ALTA ALTA
52.
53.
54. TRATAMENTO
Objetivo principal é melhorar a oferta de oxigênio aos
tecidos (DO2).
Baseia-se na otimização dos principais parâmetros:
- Pré carga
- Pós carga
- Contratilidade miocárdica
- Quantidade e saturação da hemoglobina.
55. TRATAMENTO
HEMOGLOBINA
- Alvo: maior que 8 gdL (HTO maior que 25%)
- Atenção: Pacientes com insuf. coronariana, redução importante do
débito cardíaco e da saturação da hemoglobina no sangue venoso
SATURAÇÃO DE HEMOGLOBINA
- Manter superior a 90%.
- Aumentar a concentração de oxigênio no ar inspirado
58. AMINAS VASOATIVAS
Droga Alfa 1 Beta 1 Resultado
Noradrenalina
AUMENTA
PREDOMINANTEMENTE A
RVS
Dobutamina
AUMENTA O DÉBITO
CARDÍACO
MAS REDUZ A RVS
(HIPOTENSÃO NAS
DOSES BAIXAS)
65. TRATAMENTO
NORADRENALINA
- Dose 0,01 a 3,0mcg/kg/min
- Uso Clássico: Choque Séptico
DOBUTAMINA
- Dose 5 a 15mcg/kg/min
- Uso Clássico: Choque Cardiogênico
VASOPRESSINA
- Dose 0,01 a 0,04U/min
- Uso Clássico: vasopressor quando noradrenalina em dose alta
- Hormônio antidiurético => Vasoconstrição
66. TRATAMENTO
DOPAMINA
- Dose 1 a 2 mcg/kg/min: receptor Dopa 1 => Vasodilatação renal,
mesentérica, cerebral, coronária
- Dose 5 a 10mcg/kg/min: receptor Beta 1 => Aumento do inotropismo e
cronotropismo; Vasodilatação
- Dose > 10mcg/kg/min: receptor Alfa 1 => Vasoconstrição
MILRINONA
- Inibidor da fosfodiesterase => Ação inotrópica positiva; Vasodilatação
LEVOSIMEDAN
- Sensibilizador do canal de cálcio
67. REFERÊNCIAS
• Vicent JL, De Backer D. Circulatory shock. N Engl J Med 2013;369:1726
• Singer M, Deutschman CS, Seymor CW, et al. The Third International
Consesus Definitions for Sepsis and Septic shock (Sepsis-3). JAMA
2016;315:801
• Shankar-Hari M, Phillips GS, Levy ML, et al. Developing a New Definition and
Assessing New Clinical Criteria for Septic Shock: For the Third International
Consesus Definitiions for Sepsis and Septic shock (Sepsis-3). JAMA
2016;315:775