SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 14
Profa. Germana Parente Neiva Belchior
UNIDADE II – O MÉTODO CIENTÍFICO
Agosto / 2011
ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO CEARÁ
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
Disciplina: Seminário de Integração, de Motivação e de Pesquisa Científica
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O MÉTODO CIENTÍFICO
- Em geral, o método está associado à metodologia, que é o estudo dos
métodos utilizados no processo de conhecimento. O método é
exatamente o caminho a ser percorrido.
- O conhecimento científico tem uma característica particular: os
raciocínios e as técnicas que ele utiliza podem ser claramente
identificados. Logo, quando se sabe o caminho a ser seguido, pode-se
chegar com mais exatidão ao resultado final.
- Dessa forma, o método científico é o roteiro seguro que o pesquisador
utilizará em suas investigações. Sem a utilização do(s) método(s)
adequado(s), não há possibilidade de se construir um conhecimento
científico, ou seja, de se fazer Ciência.
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
TRANSMISSÃO DO VÍDEO
“MÉTODO CIENTÍFICO DO MUNDO DE
BEAKMAN”
DURAÇÃO: 9 MINUTOS E 21 SEGUNDOS
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
- Para Mario Bunge (1987), o método científico é a teoria da investigação.
Assim, para que a investigação alcance seus objetivos de maneira
científica, é preciso que ela cumpra ou se proponha a cumprir algumas
etapas básicas (oito), tais como:
ETAPA 2: Colocação precisa do problema. Aqui, o problema deve ser
recolocado à luz de novos conhecimentos articulados ou no processo de
articulação.
ETAPA 1: Descobrimento do problema ou lacuna num conjunto de
conhecimentos. Caso o problema não esteja enunciado com clareza e
precisão, passa-se à etapa 2; se estiver, segue-se à etapa 3.
ETAPA 3: Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao
problema. Nesta etapa, o pesquisador deverá levar em consideração as
teorias, os dados empíricos, as tecnologias existentes, para, a partir do
conhecido, tentar resolver o problema.
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
ETAPA 4: Tentativa de solução do problema com o auxílio dos meios
identificados. Caso esta tentativa não logre êxito, deve-se passar para a
etapa 5; do contrário, passa-se à etapa 6;
ETAPA 6: Obtenção de uma solução próxima ou exata para o problema a
partir dos instrumentos conceituais ou empíricos disponíveis;
ETAPA 5: Invenção de novas ideias (hipóteses, teorias ou técnicas) ou
produção de novos dados empíricos que possibilitem uma solução
razoável ao problema;
ETAPA 7: Investigação das consequências da solução obtida. No caso
de uma teoria, devem-se procurar os prognósticos que possam ser
feitos com o seu auxílio. Se forem novos dados, devem-se examinar as
consequencias que possam ter para as teorias existentes e relevantes;
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
ETAPA 8: Prova (comprovação) da solução. Aqui, a solução encontrada
deve ser confrontada com a totalidade das teorias e das informações
empíricas pertinentes. Caso o resultado seja satisfatório, a pesquisa
pode ser dada por concluída até que novos problemas surjam. No
contrário, deve-se passar para a etapa 9.
ETAPA 9: Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados
empregados na obtenção da solução incorreta. Caso isto venha a
ocorrer, estar-se diante do começo de um novo ciclo de investigação,
caminho natural de qualquer indivíduo que queira buscar novos
conhecimentos.
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
- O método científico revela-se fundamental para refletir sobre o presente
e, quem sabe, começar a abrir espaço para a construção de novos
paradigmas.
- Por muito tempo, prevaleceu a ideia da possibilidade de um método
universal aplicável a todas as áreas do conhecimento. Hoje, porém,
diante da diversidade do objeto estudado, haverá diferentes métodos
que sejam a ele adequados.
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
2. TIPOS DE MÉTODOS CIENTÍFICOS
- Ao considerar as formas de organização do raciocínio, pode-se
classificar os métodos científicos em: indutivo, dedutivo, hipotético-
dedutivo, dialético e sistêmico.
I - MÉTODO INDUTIVO: Permite que se analise o objeto para tirar
conclusões gerais ou universais. Parte-se da observação de fenômenos
particulares para chegar a uma proposição geral.
- O propósito do raciocínio indutivo é chegar a conclusões mais amplas
do que o conteúdo estabelecido pelas premissas nas quais está
fundamentado. (MEZZAROBA; MONTEIRO: 2010)
- No Direito, aplica-se referido método quando a pesquisa está focada na
jurisprudência, costumes, fenômenos sociais, entre outros, em relação à
norma positivada.
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E PESQUISA CIENTÍFICA
II – MÉTODO DEDUTIVO: Parte de argumentos gerais para particulares.
Em um primeiro momento, são apresentados os argumentos que se
consideram verdadeiros e inquestionáveis para, em seguida, chegar a
conclusões formais, que estão vinculadas apenas às premissas
estabelecidas.
- Referido método possibilita levar o investigador do conhecido para o
desconhecido com uma margem pequena de erro. No entanto, seu
alcance é limitado, pois sua conclusão não pode ultrapassar o conteúdo
enunciado nas premissas.
- O raciocínio dedutivo fundamenta-se num silogismo, operação típica da
Lógica que, a partir de uma premissa maior e mais genérica, e uma
menor e mais específica, pode-se chegar a um resultado necessário que
é a conclusão.
EX: Premissa maior: O ser humano é mortal.
Premissa menor: X é um ser humano.
Conclusão: Logo, X é mortal.
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
- Como se vê, este método é adotado por pesquisadores que possuem
uma linha mais formal de pensamento. No Direito, ele pode ser utilizado
quando o sujeito valoriza a norma propriamente dita, na medida em que
ela é genérica e universal no que se refere à hipótese de incidência
prevista deonticamente.
III – MÉTODO HIPÓTETICO-DEDUTIVO: Sustentada por Popper (1993),
tem pontos comuns com os métodos dedutivo e indutivo. Por adotar um
procedimento racional que tramita do geral para o individual, verifica-se
a presença da dedução.
- No entanto, tem o procedimento experimental como condição fundante,
sendo os experimentos obtidos indutivamente.
- Ao invés de utilizar uma teoria geral de base, o pesquisador formula
hipóteses que serão consideradas seu ponto de partida (dedução). Estas
hipóteses serão confirmadas ou não mediante pesquisa indutiva. É
praticamente expor sua hipótese socialmente, sem receio de esconder e
com disposição de receber críticas e rejeições.
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
IV – MÉTODO DIALÉTICO: Aqui, não se deve confundir com a dialética
de Hegel (tese-antítese-síntese), pois esta é um processo de pensar o
objeto. Referido método foi elaborado por Marx como forma de analisar
o objeto sob o aspecto material transformado e transportado para a
mente.
- A proposta é analisar o objeto como movimento da história. A
dialética está onipresente na realidade, no mundo, como forma de
articulação das partes de um todo e como processo de
desenvolvimento dessas partes.
- Deve ser feita uma análise concreta dos aspectos essenciais do
objeto, como forma, conteúdo, fundamento, realidade, constituição,
histórica e evolução.
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
V – MÉTODO SISTÊMICO: O objeto deve ser estudado dentro de um
sistema, uma vez que o mesmo é apenas uma parte. No entanto, não
existe apenas aquele sistema, mas microssistemas internos
(endógeno), bem como sistemas exógenos, estando todos interligados.
- Deve ser avaliado o que entra (input) e o que sai (output) no sistema,
bem como os elementos responsáveis pelo seu equilíbrio e sua
regulação. Caberá ao pesquisador definir quais os sistemas utilizados
para analisar o objeto investigado.
- Entre as teorias neossistêmicas, a Teoria da Sociedade de Niklas
Luhman desempenha um papel relevante, sobretudo por seu enlace
com algumas preocupações atuais da Teoria e da Sociologia do Direito.
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
3. MÉTODOS AUXILIARES
- Além dos métodos científicos, existem os auxiliares (secundários
instrumentais), cujo emprego pode ser de extrema valia na aspiração de
fundamentação rigorosa de todo o trabalho.
I – MÉTODO EXPERIMENTAL: Também chamado de empírico, é aquele
fundado na experiência. Busca confirmar ou rejeitar as hipóteses
estabelecidas a partir da experiência.
II – MÉTODO ESTATÍSTICO: A partir de coleta de dados, busca-se fazer
ilações sobre eles. São aplicados elementos como amostra, média,
desvio-padrão, variância, dentre outros. É utilizado em pesquisa
quantitativa.
DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA
III – MÉTODO HISTÓRICO: Investiga o objeto sob uma perspectiva
histórica. Por exemplo, estudar o tributo no Império Romano é
totalmente diferente de analisá-lo hoje, quando se defende que o
mesmo exerce uma função social, tendo a extrafiscalidade um
importante papel.
IV – MÉTODO COMPARATIVO: A comparação promove o exame
simultâneo para que eventuais diferenças e semelhanças possam ser
constatadas e as devidas relações, estabelecidas. No âmbito do Direito,
este método pode ser utilizado quando se compara a experiência
jurídica nacional e a estrangeira.

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Métodos Científicos para Pesquisa

Métodos e técnicas de investigação de estudos em ciências sociais
Métodos e técnicas de investigação de estudos em ciências sociaisMétodos e técnicas de investigação de estudos em ciências sociais
Métodos e técnicas de investigação de estudos em ciências sociaisturma12d
 
Metodolog. pesquisa cientifica
Metodolog. pesquisa cientificaMetodolog. pesquisa cientifica
Metodolog. pesquisa cientificaclaudia murta
 
Métodos e técnicas de investigação - Jéssica
Métodos e técnicas de investigação - JéssicaMétodos e técnicas de investigação - Jéssica
Métodos e técnicas de investigação - Jéssicaturma12c1617
 
Metodo de abordagem e procedimento
Metodo de abordagem e procedimentoMetodo de abordagem e procedimento
Metodo de abordagem e procedimentoDonaldo Quissico
 
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologia
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologiaMetodos e tecnicas de investigaçao em sociologia
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologiaEstifania Viegas
 
Metodos e técnica de pesquisa
Metodos e técnica de pesquisaMetodos e técnica de pesquisa
Metodos e técnica de pesquisapoliany carlos
 
Métodos e técnicas de investigação da sociologia
Métodos e técnicas de investigação da sociologia Métodos e técnicas de investigação da sociologia
Métodos e técnicas de investigação da sociologia turma12d
 
Willian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientificaWillian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientificaDarlan Campos
 
Métodos e técnicas de investigaçao sociológica
Métodos e técnicas de investigaçao sociológicaMétodos e técnicas de investigaçao sociológica
Métodos e técnicas de investigaçao sociológicaAna Antunes
 
Métodos e técnicas em ciências sociais
Métodos e técnicas em ciências sociaisMétodos e técnicas em ciências sociais
Métodos e técnicas em ciências sociaisturma12c1617
 
TCC- Capacitação de Treinamento Físico Militar
TCC- Capacitação de Treinamento Físico MilitarTCC- Capacitação de Treinamento Físico Militar
TCC- Capacitação de Treinamento Físico MilitarHudson Junior
 
METODOS E TECNICA DE PESQUISA pdf Istituto federal
METODOS E TECNICA DE PESQUISA pdf Istituto federalMETODOS E TECNICA DE PESQUISA pdf Istituto federal
METODOS E TECNICA DE PESQUISA pdf Istituto federalssuser4e213f1
 
METODOS E TECNICA DE PESQUISA.pptx
METODOS E TECNICA DE PESQUISA.pptxMETODOS E TECNICA DE PESQUISA.pptx
METODOS E TECNICA DE PESQUISA.pptxCarla Dimarães
 
Willian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientificaWillian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientificaCristina Macharete
 
Apostila de metodologia cient+¡fica
Apostila de metodologia cient+¡ficaApostila de metodologia cient+¡fica
Apostila de metodologia cient+¡ficamorgannaprata
 
Fichamento sobre Metodologia Científica
Fichamento sobre Metodologia CientíficaFichamento sobre Metodologia Científica
Fichamento sobre Metodologia CientíficaBruno Gomes Dias
 

Semelhante a Métodos Científicos para Pesquisa (20)

A
AA
A
 
Métodos e técnicas de investigação de estudos em ciências sociais
Métodos e técnicas de investigação de estudos em ciências sociaisMétodos e técnicas de investigação de estudos em ciências sociais
Métodos e técnicas de investigação de estudos em ciências sociais
 
Metodolog. pesquisa cientifica
Metodolog. pesquisa cientificaMetodolog. pesquisa cientifica
Metodolog. pesquisa cientifica
 
Métodos e técnicas de investigação - Jéssica
Métodos e técnicas de investigação - JéssicaMétodos e técnicas de investigação - Jéssica
Métodos e técnicas de investigação - Jéssica
 
Metodo de abordagem e procedimento
Metodo de abordagem e procedimentoMetodo de abordagem e procedimento
Metodo de abordagem e procedimento
 
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologia
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologiaMetodos e tecnicas de investigaçao em sociologia
Metodos e tecnicas de investigaçao em sociologia
 
Metodos e técnica de pesquisa
Metodos e técnica de pesquisaMetodos e técnica de pesquisa
Metodos e técnica de pesquisa
 
Métodos e técnicas de investigação da sociologia
Métodos e técnicas de investigação da sociologia Métodos e técnicas de investigação da sociologia
Métodos e técnicas de investigação da sociologia
 
Willian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientificaWillian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientifica
 
Métodos e técnicas de investigaçao sociológica
Métodos e técnicas de investigaçao sociológicaMétodos e técnicas de investigaçao sociológica
Métodos e técnicas de investigaçao sociológica
 
Métodos e técnicas em ciências sociais
Métodos e técnicas em ciências sociaisMétodos e técnicas em ciências sociais
Métodos e técnicas em ciências sociais
 
TCC- Capacitação de Treinamento Físico Militar
TCC- Capacitação de Treinamento Físico MilitarTCC- Capacitação de Treinamento Físico Militar
TCC- Capacitação de Treinamento Físico Militar
 
METODOS E TECNICA DE PESQUISA pdf Istituto federal
METODOS E TECNICA DE PESQUISA pdf Istituto federalMETODOS E TECNICA DE PESQUISA pdf Istituto federal
METODOS E TECNICA DE PESQUISA pdf Istituto federal
 
1 ciência e conhecimento
1 ciência e conhecimento1 ciência e conhecimento
1 ciência e conhecimento
 
Metodologia científica
Metodologia científicaMetodologia científica
Metodologia científica
 
METODOS E TECNICA DE PESQUISA.pptx
METODOS E TECNICA DE PESQUISA.pptxMETODOS E TECNICA DE PESQUISA.pptx
METODOS E TECNICA DE PESQUISA.pptx
 
Willian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientificaWillian costa rodrigues metodologia cientifica
Willian costa rodrigues metodologia cientifica
 
Apostila de metodologia cient+¡fica
Apostila de metodologia cient+¡ficaApostila de metodologia cient+¡fica
Apostila de metodologia cient+¡fica
 
Fichamento sobre Metodologia Científica
Fichamento sobre Metodologia CientíficaFichamento sobre Metodologia Científica
Fichamento sobre Metodologia Científica
 
113631 41331
113631 41331113631 41331
113631 41331
 

Mais de NathanDosSantos7

Antropologia e o desenvolvimento antropológico do conceito de cultura
Antropologia e o desenvolvimento antropológico do conceito de culturaAntropologia e o desenvolvimento antropológico do conceito de cultura
Antropologia e o desenvolvimento antropológico do conceito de culturaNathanDosSantos7
 
Os-pre-socraticos-e-o-conceito-de-mundo-.ppt
Os-pre-socraticos-e-o-conceito-de-mundo-.pptOs-pre-socraticos-e-o-conceito-de-mundo-.ppt
Os-pre-socraticos-e-o-conceito-de-mundo-.pptNathanDosSantos7
 
Instituições sociais.pdf
Instituições sociais.pdfInstituições sociais.pdf
Instituições sociais.pdfNathanDosSantos7
 
O_DIREITO_E_A_ESTRATIFICACAO_SOCIAL.ppt
O_DIREITO_E_A_ESTRATIFICACAO_SOCIAL.pptO_DIREITO_E_A_ESTRATIFICACAO_SOCIAL.ppt
O_DIREITO_E_A_ESTRATIFICACAO_SOCIAL.pptNathanDosSantos7
 
mitologia_introduca_mito.ppt
mitologia_introduca_mito.pptmitologia_introduca_mito.ppt
mitologia_introduca_mito.pptNathanDosSantos7
 
o-que-e-movimento-estudantil.ppt
o-que-e-movimento-estudantil.ppto-que-e-movimento-estudantil.ppt
o-que-e-movimento-estudantil.pptNathanDosSantos7
 

Mais de NathanDosSantos7 (12)

Antropologia e o desenvolvimento antropológico do conceito de cultura
Antropologia e o desenvolvimento antropológico do conceito de culturaAntropologia e o desenvolvimento antropológico do conceito de cultura
Antropologia e o desenvolvimento antropológico do conceito de cultura
 
Os-pre-socraticos-e-o-conceito-de-mundo-.ppt
Os-pre-socraticos-e-o-conceito-de-mundo-.pptOs-pre-socraticos-e-o-conceito-de-mundo-.ppt
Os-pre-socraticos-e-o-conceito-de-mundo-.ppt
 
21259.pptx
21259.pptx21259.pptx
21259.pptx
 
Instituições sociais.pdf
Instituições sociais.pdfInstituições sociais.pdf
Instituições sociais.pdf
 
O_DIREITO_E_A_ESTRATIFICACAO_SOCIAL.ppt
O_DIREITO_E_A_ESTRATIFICACAO_SOCIAL.pptO_DIREITO_E_A_ESTRATIFICACAO_SOCIAL.ppt
O_DIREITO_E_A_ESTRATIFICACAO_SOCIAL.ppt
 
O que é conhecimento.pdf
O que é conhecimento.pdfO que é conhecimento.pdf
O que é conhecimento.pdf
 
mitologia_introduca_mito.ppt
mitologia_introduca_mito.pptmitologia_introduca_mito.ppt
mitologia_introduca_mito.ppt
 
o-que-e-movimento-estudantil.ppt
o-que-e-movimento-estudantil.ppto-que-e-movimento-estudantil.ppt
o-que-e-movimento-estudantil.ppt
 
jung.ppt
jung.pptjung.ppt
jung.ppt
 
CORPO E EDUCAÇÃO.ppt
CORPO E EDUCAÇÃO.pptCORPO E EDUCAÇÃO.ppt
CORPO E EDUCAÇÃO.ppt
 
22998.pptx
22998.pptx22998.pptx
22998.pptx
 
Apresentação 12.pdf
Apresentação 12.pdfApresentação 12.pdf
Apresentação 12.pdf
 

Último

1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.MrPitobaldo
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila RibeiroMarcele Ravasio
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptxLinoReisLino
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 

Último (20)

1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
1.ª Fase do Modernismo Brasileira - Contexto histórico, autores e obras.
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Bullying, sai pra lá
Bullying,  sai pra láBullying,  sai pra lá
Bullying, sai pra lá
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila RibeiroLivro O QUE É LUGAR DE FALA  - Autora Djamila Ribeiro
Livro O QUE É LUGAR DE FALA - Autora Djamila Ribeiro
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
[Bloco 7] Recomposição das Aprendizagens.pptx
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 

Métodos Científicos para Pesquisa

  • 1. Profa. Germana Parente Neiva Belchior UNIDADE II – O MÉTODO CIENTÍFICO Agosto / 2011 ESCOLA SUPERIOR DA MAGISTRATURA DO ESTADO DO CEARÁ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO Disciplina: Seminário de Integração, de Motivação e de Pesquisa Científica
  • 2. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA 1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS SOBRE O MÉTODO CIENTÍFICO - Em geral, o método está associado à metodologia, que é o estudo dos métodos utilizados no processo de conhecimento. O método é exatamente o caminho a ser percorrido. - O conhecimento científico tem uma característica particular: os raciocínios e as técnicas que ele utiliza podem ser claramente identificados. Logo, quando se sabe o caminho a ser seguido, pode-se chegar com mais exatidão ao resultado final. - Dessa forma, o método científico é o roteiro seguro que o pesquisador utilizará em suas investigações. Sem a utilização do(s) método(s) adequado(s), não há possibilidade de se construir um conhecimento científico, ou seja, de se fazer Ciência.
  • 3. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA TRANSMISSÃO DO VÍDEO “MÉTODO CIENTÍFICO DO MUNDO DE BEAKMAN” DURAÇÃO: 9 MINUTOS E 21 SEGUNDOS
  • 4. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA - Para Mario Bunge (1987), o método científico é a teoria da investigação. Assim, para que a investigação alcance seus objetivos de maneira científica, é preciso que ela cumpra ou se proponha a cumprir algumas etapas básicas (oito), tais como: ETAPA 2: Colocação precisa do problema. Aqui, o problema deve ser recolocado à luz de novos conhecimentos articulados ou no processo de articulação. ETAPA 1: Descobrimento do problema ou lacuna num conjunto de conhecimentos. Caso o problema não esteja enunciado com clareza e precisão, passa-se à etapa 2; se estiver, segue-se à etapa 3. ETAPA 3: Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema. Nesta etapa, o pesquisador deverá levar em consideração as teorias, os dados empíricos, as tecnologias existentes, para, a partir do conhecido, tentar resolver o problema.
  • 5. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA ETAPA 4: Tentativa de solução do problema com o auxílio dos meios identificados. Caso esta tentativa não logre êxito, deve-se passar para a etapa 5; do contrário, passa-se à etapa 6; ETAPA 6: Obtenção de uma solução próxima ou exata para o problema a partir dos instrumentos conceituais ou empíricos disponíveis; ETAPA 5: Invenção de novas ideias (hipóteses, teorias ou técnicas) ou produção de novos dados empíricos que possibilitem uma solução razoável ao problema; ETAPA 7: Investigação das consequências da solução obtida. No caso de uma teoria, devem-se procurar os prognósticos que possam ser feitos com o seu auxílio. Se forem novos dados, devem-se examinar as consequencias que possam ter para as teorias existentes e relevantes;
  • 6. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA ETAPA 8: Prova (comprovação) da solução. Aqui, a solução encontrada deve ser confrontada com a totalidade das teorias e das informações empíricas pertinentes. Caso o resultado seja satisfatório, a pesquisa pode ser dada por concluída até que novos problemas surjam. No contrário, deve-se passar para a etapa 9. ETAPA 9: Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados na obtenção da solução incorreta. Caso isto venha a ocorrer, estar-se diante do começo de um novo ciclo de investigação, caminho natural de qualquer indivíduo que queira buscar novos conhecimentos.
  • 7. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA - O método científico revela-se fundamental para refletir sobre o presente e, quem sabe, começar a abrir espaço para a construção de novos paradigmas. - Por muito tempo, prevaleceu a ideia da possibilidade de um método universal aplicável a todas as áreas do conhecimento. Hoje, porém, diante da diversidade do objeto estudado, haverá diferentes métodos que sejam a ele adequados.
  • 8. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA 2. TIPOS DE MÉTODOS CIENTÍFICOS - Ao considerar as formas de organização do raciocínio, pode-se classificar os métodos científicos em: indutivo, dedutivo, hipotético- dedutivo, dialético e sistêmico. I - MÉTODO INDUTIVO: Permite que se analise o objeto para tirar conclusões gerais ou universais. Parte-se da observação de fenômenos particulares para chegar a uma proposição geral. - O propósito do raciocínio indutivo é chegar a conclusões mais amplas do que o conteúdo estabelecido pelas premissas nas quais está fundamentado. (MEZZAROBA; MONTEIRO: 2010) - No Direito, aplica-se referido método quando a pesquisa está focada na jurisprudência, costumes, fenômenos sociais, entre outros, em relação à norma positivada.
  • 9. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E PESQUISA CIENTÍFICA II – MÉTODO DEDUTIVO: Parte de argumentos gerais para particulares. Em um primeiro momento, são apresentados os argumentos que se consideram verdadeiros e inquestionáveis para, em seguida, chegar a conclusões formais, que estão vinculadas apenas às premissas estabelecidas. - Referido método possibilita levar o investigador do conhecido para o desconhecido com uma margem pequena de erro. No entanto, seu alcance é limitado, pois sua conclusão não pode ultrapassar o conteúdo enunciado nas premissas. - O raciocínio dedutivo fundamenta-se num silogismo, operação típica da Lógica que, a partir de uma premissa maior e mais genérica, e uma menor e mais específica, pode-se chegar a um resultado necessário que é a conclusão. EX: Premissa maior: O ser humano é mortal. Premissa menor: X é um ser humano. Conclusão: Logo, X é mortal.
  • 10. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA - Como se vê, este método é adotado por pesquisadores que possuem uma linha mais formal de pensamento. No Direito, ele pode ser utilizado quando o sujeito valoriza a norma propriamente dita, na medida em que ela é genérica e universal no que se refere à hipótese de incidência prevista deonticamente. III – MÉTODO HIPÓTETICO-DEDUTIVO: Sustentada por Popper (1993), tem pontos comuns com os métodos dedutivo e indutivo. Por adotar um procedimento racional que tramita do geral para o individual, verifica-se a presença da dedução. - No entanto, tem o procedimento experimental como condição fundante, sendo os experimentos obtidos indutivamente. - Ao invés de utilizar uma teoria geral de base, o pesquisador formula hipóteses que serão consideradas seu ponto de partida (dedução). Estas hipóteses serão confirmadas ou não mediante pesquisa indutiva. É praticamente expor sua hipótese socialmente, sem receio de esconder e com disposição de receber críticas e rejeições.
  • 11. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA IV – MÉTODO DIALÉTICO: Aqui, não se deve confundir com a dialética de Hegel (tese-antítese-síntese), pois esta é um processo de pensar o objeto. Referido método foi elaborado por Marx como forma de analisar o objeto sob o aspecto material transformado e transportado para a mente. - A proposta é analisar o objeto como movimento da história. A dialética está onipresente na realidade, no mundo, como forma de articulação das partes de um todo e como processo de desenvolvimento dessas partes. - Deve ser feita uma análise concreta dos aspectos essenciais do objeto, como forma, conteúdo, fundamento, realidade, constituição, histórica e evolução.
  • 12. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA V – MÉTODO SISTÊMICO: O objeto deve ser estudado dentro de um sistema, uma vez que o mesmo é apenas uma parte. No entanto, não existe apenas aquele sistema, mas microssistemas internos (endógeno), bem como sistemas exógenos, estando todos interligados. - Deve ser avaliado o que entra (input) e o que sai (output) no sistema, bem como os elementos responsáveis pelo seu equilíbrio e sua regulação. Caberá ao pesquisador definir quais os sistemas utilizados para analisar o objeto investigado. - Entre as teorias neossistêmicas, a Teoria da Sociedade de Niklas Luhman desempenha um papel relevante, sobretudo por seu enlace com algumas preocupações atuais da Teoria e da Sociologia do Direito.
  • 13. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA 3. MÉTODOS AUXILIARES - Além dos métodos científicos, existem os auxiliares (secundários instrumentais), cujo emprego pode ser de extrema valia na aspiração de fundamentação rigorosa de todo o trabalho. I – MÉTODO EXPERIMENTAL: Também chamado de empírico, é aquele fundado na experiência. Busca confirmar ou rejeitar as hipóteses estabelecidas a partir da experiência. II – MÉTODO ESTATÍSTICO: A partir de coleta de dados, busca-se fazer ilações sobre eles. São aplicados elementos como amostra, média, desvio-padrão, variância, dentre outros. É utilizado em pesquisa quantitativa.
  • 14. DISCIPLINA: SEMINÁRIO DE INTEGRAÇÃO, DE MOTIVAÇÃO E DE PESQUISA CIENTÍFICA III – MÉTODO HISTÓRICO: Investiga o objeto sob uma perspectiva histórica. Por exemplo, estudar o tributo no Império Romano é totalmente diferente de analisá-lo hoje, quando se defende que o mesmo exerce uma função social, tendo a extrafiscalidade um importante papel. IV – MÉTODO COMPARATIVO: A comparação promove o exame simultâneo para que eventuais diferenças e semelhanças possam ser constatadas e as devidas relações, estabelecidas. No âmbito do Direito, este método pode ser utilizado quando se compara a experiência jurídica nacional e a estrangeira.