Os pré-socráticos investigavam a natureza para encontrar um princípio primordial (arché) que explicasse as transformações na realidade. Escolas como Jônica, Eleata e Pluralista propuseram diferentes archai, como água, ar, ser, números e elementos. Heráclito destacou o devir pelo conflito dos contrários, enquanto Parmênides defendeu a imobilidade do ser.
2. Os pré-socráticos filósofos
da natureza (naturalistas) ou
fisicistas
> Investigação cosmológicas (racionais)
>Investigavam a natureza e os processos naturais
>perceberam o dinamismo das mudanças que ocorrem na physis -
realidade primeira, originária e fundamental (natureza).
>procuravam uma substância básica, um princípio primordial (arché) causa
de todas as transformações da natureza
3. Encontraram respostas diversas.
Não queriam recorrer ao mito.
Os primeiros a dar um passo na forma científica de pensar.
5. Mileto
Os três primeiros filósofos que surgiram foram de Mileto.
São eles: Tales, Anaximandro e Anaxímenes.
6. Tales
O primeiro filósofo pré-socrático: Tales de
Mileto (cerca de 625/4-558/6 a.C.) Queria
descobrir um elemento físico que fosse
constante em todas as coisas.
7. Água
Observando a vida animal e vegetal concluiu
que a água, ou o úmido, é o princípio de todas
as coisas.
somente a água permanece basicamente a
mesma, em todas as transformações dos corpos,
apesar de assumir diferentes estados.
8. Anaximandro
(610-547 a.C.)
Introduziu o conceito de arché para designar o
primum, a realidade primeira e última das coisas.
A arché para ele é algo que transcende os limites do
observável.
Denominou-o apeíron, termo grego que significa
“indeterminado”, “o infinito
O ápeiron seria a “massa geradora” dos seres,
contendo em si todos os elementos contrários.
9. Anaxímenes (588-524 a.C)
Admitia que a origem é indeterminada, mas não
acreditava em seu caráter oculto.
Tentou uma possível conciliação entre as concepções de
Tales e as de Anaximandro.
concluiu ser o ar o princípio de todas as coisas.
10. O ar
o ar é a própria vida, a força vital, a divindade que “anima” o
mundo, aquilo que dá testemunho à respiração.
11. Heráclito de Éfeso
544-484 a.C
Concebia a realidade do mundo
como algo dinâmico, em
permanente transformação.
A vida era impulsionada pela luta
das forças contrárias.
É pela luta dessas forças que o
mundo se modifica e evolui.
13. A guerra é harmonia
Nada existira sem o seu oposto.
Saúde e doença
14. só a mudança e o movimento são reais
identidade das coisas iguais a si mesmas é ilusória
Nessa dualidade, que é uma guerra, no fundo é harmonia
entre os contrários
O que mantém o fluxo do movimento é a luta dos
contrários, pois “a guerra é pai de todos, rei de todos”
15. Doutrina dos contrários
O ser é múltiplo, por estar constituído de oposições
internas.
a forma do ser é devir pelo qual todas as coisas são sujeitas
ao tempo e à sua relativa transformação
Heráclito chamou seu princípio de logos, que significa
regra segunda a qual todas as coisas se realizam e lei
comum que a todos governa– incluiu racionalidade e
inteligência.
16. Devir- vir a ser
“Nunca nos banhamos duas vezes no mesmo rio”, pois na
segunda vez não somos os mesmo, e também o rio mudou.
18. Pitágoras de Samos
(570-490 a.C.)
Fundador de poderosa sociedade de caráter
religioso e filosófico - Sociedade pitagórica
As contribuições da escola pitagórica são
encontradas matemática, música e astronomia.
19. Número
a essência de todas as coisas reside nos
números, os quais representam a ordem
e a harmonia.
21. Arquitas de Tarento
Representante da escola pitagórica de grande
destaque
um dos responsáveis por mudanças fundamentais
na matemática do quinto século antes de Cristo.
23. Parmênides de Eléia: o ser é imóvel
(540-470 a.C.)
o principal expoente da chamada escola
eleática.
critica a filosofia heraclitiana.
ao “tudo flui”, contrapõe a imobilidade do
ser.
Arché- “o ser é”
24. Defendia a existência de dois caminhos para a compreensão
da realidade – expressou esse pensamento no poema
Sobre a Natureza.
caminho da razão, que permite encontrar a Verdade,
imutável e perfeita (épistêmê)
o dos sentidos, ou da Opinião (doxa) que só nos permite
conhecer as aparências das coisas, confusas e contraditórias
25. O ser e o não ser
O caminho da verdade nos leva a compreender que:
“o ser é” - e o “não ser não é” - o não ser não pode ser
conhecido.
O ser, portanto, é e deve ser afirmado, o não-ser não é e
deve ser negado, e esta é a verdade
o ser é a única coisa pensável e exprimível
o ser é único, imutável, incriado e eterno.
26. Mundo sensível e mundo
inteligível
o movimento existe apenas no mundo sensível, e a
percepção pelos sentidos é ilusória.
Só o mundo inteligível é verdadeiro, pois está submetido ao
princípio que hoje chamamos de identidade e de não-
contradição.
27. Uma das conseqüências dessa teoria é a identidade entre
o ser e o pensar:
o que não conseguir pensar não pode ser na realidade.
Penso, logo sou!
Descartes
28. Zenão
o que se move sempre está no mesmo agora
Tenta demonstrar que a própria noção de movimento
era inviável e contraditória
paradoxo de Zenão, que se refere à corrida de Aquiles
com uma tartaruga
29. Aquiles e a tartaruga
Zenão sabia que Aquiles pode
alcançar a tartaruga.
ele pretendia demonstrar as
conseqüências paradoxais de encarar
o tempo e o espaço como
constituídos por uma sucessão
infinita de pontos e instantes
individuais consecutivos
30. Isso demonstram as dificuldades por que passou o
pensamento racional para compreender conceitos como :
movimento, espaço, tempo e infinito
31. Escola pluralista
Empédoclis de Agrigento: água, fogo, ar e terra.
Anaxágoras de Clazómena
Leucipo de Abdera
Demócrito de Abdera
32. Empédoclis de Agrigento
arché: água, fogo, ar e terra.
elementos são movidos e misturados de diferentes
maneiras em função de dois princípios universais
opostos
33. Amor (philia, em grego) – responsável pela força de atração
e união e pelo movimento de crescente harmonização das
coisas;
>ódio (neikos, em grego) – responsável pela força de
repulsão e desagregação e pelo movimento de decadência,
dissolução e separação das coisas.
34. Aceitava de Parmênides a racionalidade que afirma a
existência e permanência do ser
procurava encontrar uma maneira de tornar racional os
dados captados por nossos sentidos.
35. Anaxágoras de Clazómena
propôs, um princípio que atendesse tanto às
exigências teóricas do "ser" imutável, quanto à
contestação da existência das múltiplas
manifestações da realidade.
faz da multiplicidade o principal objeto do seu
pensamento,
manifestando-se acerca da natureza do múltiplo:
36. Arché: nous
Nous:a força motriz que formou o mundo a partir do caos
original, iniciando o desenvolvimento do cosmo.
é ilimitado, autônomo e não misturado com nada mais,
age sobre as homeomerias (sementes) ordenando-as e
constituindo o mundo sensível
Homeomerias: sementes que dão origem a realidade na
pluralidade de manifestações
37. Leucipo de Abdera
Primeiro professor da escola atomista.
Não se tem muito informação sobre ele.
38. Demócrito de Abdera
(430-370)
Responsável pelo desenvolvimento do atomismo
todas as coisas que formam a realidade são constituídas
por partículas invisíveis e indivisíveis
39. Para ele, o átomo seria o equivalente ao conceito de ser em
Parmênides.
Tudo tem uma causa. E os átomos são a causa última do
mundo.