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METODOLOGIA DO TRABALHO CIENTÍFICO
A introdução desta Disciplina em sua grade curricular de estudos atende às
exigências legais para elaboração de um Trabalho Científico para conclusão de cursos
de Pós-Graduação Lato sensu. A partir da elaboração desta obra, oportunizar ao
nosso estudante o desenvolvimento de uma atitude científica necessária e inerente
no processo de construção do conhecimento e do fazer educativo e a
instrumentalização teórico-metodológica da pesquisa com vistas à iniciação científica
em educação e ao uso da mesma na prática diária de aprendizagem.
O intuito da obra não se pretende esgotar o tema Metodologia Científica e, por
isso, elegemos algumas questões que consideramos relevantes para que você
consiga desenvolver sua atitude científica e sua pesquisa, conseguindo, assim,
confeccionar seu TCC – trabalho de Conclusão de Curso, de maneira tranquila e sem
muitas dificuldades.
Para confecção desta obra, recolheu-se um vasto material bibliográfico e
organizou-se uma sequência de informações que possam ser úteis a você pós-
graduando nesta etapa final do curso.
Nosso objetivo se restringe a uma pequena incursão pelo universo científico,
posto que fazer pesquisa é fazer ciência, é buscar soluções para problemas da
sociedade, é se colocar a serviço da humanidade e, muitas vezes é dar voz a atores
sociais desconhecidos ou esquecidos do mundo acadêmico.
Ao procurar pelo conceito de ciência encontram-se inúmeros e os mais
diversos, posto ser este um assunto deveras complexo e, por isso mesmo, merece
que se busque explicá-lo.
Para Lakatos e Marconi (2009), a ciência se define por “um conjunto de
conhecimentos racionais, certos ou prováveis, obtidos metodicamente,
sistematizados e verificáveis, que fazem referência a objetos de uma mesma
natureza” (p. 77).
Características da ciência: Finalidade ou objetivo – distinguir características,
leis e princípios comuns que controlam os eventos; Função – aperfeiçoar e ampliar a
relação do homem com a realidade através do conhecimento;
Objeto – formal olhar das diversas ciências sobre um mesmo objeto material; –
material aquilo que se pretende conhecer.
Porém, nosso objetivo é a Metodologia Científica.
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A Metodologia Científica a disciplina que oferece os caminhos necessários
para o autoaprendizado em que você é o sujeito do processo, aprendendo a pesquisar
e a sistematizar o conhecimento adquirido, estudando todos os métodos científicos
sob os aspectos descritivos e da análise reflexiva.
Ao tratar do processo científico, a metodologia da ciência descreve o que são
os métodos científicos da indução, dedução e o hipotético-dedutivo, incluindo outros
procedimentos que levam à formulação das hipóteses, bem como, a elaboração e
explicação de leis e teorias científicas, fazendo também uma análise crítica delas.
A Metodologia consiste no estudo e avaliação dos vários métodos disponíveis,
identificando suas limitações ou não em nível das implicações de suas atualizações.
O conhecimento religioso emerge como uma tentativa de explicar os
acontecimentos através de causas primeiras e dos deuses. Assim, o homem somente
poderia alcançar o conhecimento através de revelações e da inspiração divina.
O conhecimento filosófico que, por sua vez, busca uma investigação racional
como tentativa de se buscar a captação da essência imutável do real, através da
compreensão da forma e das leis da natureza.
Sendo assim, a junção entre o senso comum, a explicação religiosa e o
conhecimento filosófico, guiou as preocupações do homem consigo e com o universo.
Foi somente a partir do século XVI que se iniciou uma linha de pensamento, cuja
proposta era encontrar um conhecimento embasado em maiores garantias e na
procura do que fosse real.
Como o conhecimento se desenvolveu, a sistematização de atividades e o
método também sofreram transformações. Galileu Galilei, primeiro teórico do método
experimental foi o pioneiro no trato desse assunto, no nível de conhecimento científico.
Apesar de discordar dos seguidores do filósofo Aristóteles, Galileu considera que o
conhecimento da essência interior das substâncias individuais deve ser substituído
pelo conhecimento das leis que presidem os fenômenos, como objetivo para as
investigações.
Podemos expor os principais passos de seu método da seguinte forma:
a) observação dos fenômenos;
b) análise dos elementos constitutivos desses fenômenos, com a finalidade de
estabelecer relações quantitativas entre eles;
c) indução de certo número de hipóteses;
d) verificação das hipóteses aventadas por intermédio de experiências;
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e) generalização do resultado das experiências para casos similares;
f) confirmação das hipóteses, obtendo-se, a partir delas, leis gerais.
O conhecimento científico é o único caminho seguro para a verdade dos fatos,
devendo seguir os seguintes passos:
a) experimentação;
b) formulação de hipóteses;
c) repetição;
d) testagem das hipóteses;
e) formulação de generalizações; e
f) leis
Hegenberg afirma que método é o "Caminho pelo qual se chega a determinado
resultado, ainda que esse caminho não tenha sido fixado de antemão de modo
refletido e deliberado". (1976, p. 115).
O método científico como a teoria da investigação que alcança seus objetivos,
quando cumpre ou se propõe a cumprir, de forma científica, as seguintes etapas:
a) Descobrimento do problema - ou brecha, num conjunto total de
acontecimentos;
b) Colocação precisa do problema - ou a recolocação de um velho problema
à luz de novos conhecimentos;
c) Procura de conhecimentos ou instrumentos relevantes ao problema –
pesquisa sobre o conhecido para tentar resolver o problema;
d) Tentativa de solução do problema com auxílio dos meios identificados
- se a tentativa resultar inútil, passa-se para a etapa seguinte, em caso contrário,
passa-se para a subsequente;
e) Invenção de novas ideias – criação e análise de hipóteses, teorias ou
técnicas, ou ainda, produção de novos dados empíricos que possibilitem a resolução
do problema;
f) Obtenção de uma solução – pode ser exata ou aproximada do problema,
utilizando-se do instrumental conceitual ou empírico disponível;
g) Investigação das consequências da solução obtida – é a busca de
prognósticos que possam ser feitos com seu auxílio, em se tratando de uma teoria;
h) Prova ou comprovação da solução – comparação entre a solução
encontrada e a totalidade das outras teorias e da informação empírica pertinente. Se
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o resultado for satisfatório, conclui-se a pesquisa B. Do contrário, passa-se para a
etapa seguinte;
i) Correção das hipóteses, teorias, procedimentos ou dados empregados
na obtenção da solução incorreta – começa-se um novo ciclo de investigação.
Apesar de alguns autores fazerem distinção entre "método" e "métodos", ainda
não ficou clara essa diferença e, portanto, utiliza-se o termo "método" em todos os
casos e para tudo. Assim, em primeiro lugar, temos o método de abordagem assim
discriminado:
1 - Método Indutivo – parte de questões particulares, caminhando geralmente
para planos cada vez mais abrangentes, indo das constatações mais particulares às
leis e teorias (conexão ascendente);
2 - Método Dedutivo – inverso do indutivo, parte das teorias e leis, na maioria
das vezes, indo parar na ocorrência dos fenômenos particulares (conexão
descendente);
3 - Método Hipotético-dedutivo – parte-se da percepção de uma lacuna nos
conhecimentos, acerca da qual formulam-se hipóteses e, pelo processo de inferência
dedutiva, testam-se a predição das ocorrências de fenômenos abrangidos pela
hipótese.
4 - Método dialético – o mais profundo, penetra o mundo dos fenômenos,
através de sua ação de recíprocidade, da contradição inerente ao fenômeno e das
mudanças dialéticas que ocorrem na natureza e na sociedade.
Temos ainda, os "métodos de procedimento" que seriam etapas mais concretas
da investigação, objetivando e justificando-se por uma postura menos abstrata e mais
restrita em termos de explicação geral dos fenômenos. Pressupõem-se uma atitude
concreta em relação ao fenômeno, estando limitadas a um domínio particular.
Listaremos a seguir estes métodos, na área restrita das ciências sociais, em
que geralmente são utilizados vários ao mesmo tempo:
5 - Método Histórico – é o método que investiga acontecimentos, processos e
instituições do passado com a finalidade de verificar a sua influência na sociedade
atual.
6 - Método Comparativo – este método é bastante utilizado em estudos
comparativos entre grupos do presente, do passado, ou entre os dois. Também se
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usa para comparações entre sociedades de iguais ou de diferentes estágios de
desenvolvimento histórico;
7 - Método Monográfico – é um método bastante recortado e consiste no
estudo de determinados indivíduos; suas profissões; as instituições; as condições de
diversos grupos, separadamente; estuda grupos ou comunidades; todos esses
estudos partem da premissa de obtenção de generalizações;
8 - Método Estatístico – em termos quantitativos, esse método significa a
redução de fenômenos sociológicos, políticos, econômicos, entre outros. A
manipulação através da estatística permite analisar e comprovar ou não, as relações
dos fenômenos entre si, além de permitir a obtenção de generalizações sobre sua
natureza, ocorrência ou significado;
9 - Método Tipológico – muito semelhante ao método comparativo, permite
ao pesquisador comparar fenômenos sociais complexos, criando tipos ou modelos
ideais (que não existam de fato na sociedade), construídos a partir da análise de
aspectos essenciais do fenômeno.
10 - Método Funcionalista – poderíamos dizer que esse método é mais de
interpretação do que de investigação. A partir dele se estuda a sociedade partindo do
pressuposto da função de suas unidades, isto é, como um sistema organizado de
atividades;
11 - Método Estruturalista – parte da investigação de um fenômeno concreto,
caminha para o nível abstrato, por intermédio da construção de um modelo que
represente o objeto de estudo, chegando finalmente ao concreto, como uma realidade
estruturada e relacionada com a experiência do sujeito social.
Todos esses métodos podem ser utilizados em pesquisas científicas, devendo
o pesquisador escolher aquele que lhe permitirá obter os resultados esperados.
É um importante exercício científico a escolha do método a ser utilizado, dela
dependendo o sucesso da pesquisa.
Após a escolha do método, parte-se para a pesquisa, não antes de conhecer
os tipos de conhecimento e a importância da utilização do conhecimento científico ao
se fazer ciência.
Métodos utilizados em pesquisas cientificas devendo ser escolhido o que ser o
resultado esperado. Daí se parte para a pesquisa.
O conhecimento não nasce do buraco negro da nossa mente, mas, sim, das
experiências que arregimentamos e acumulamos em nossa vida diária, através dos
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relacionamentos interpessoais, de experiências, das construções, das leituras de
livros e artigos diversos, das viagens. Os três elementos se fazem necessários para
que o conhecimento seja construído e internalizado:
a) O objeto – aquilo que o sujeito analisa, busca e investiga para conhecer;
b) O sujeito – aquele que conhece;
c) A imagem mental – ideia, opinião ou conceito que resulta da relação sujeito-
objeto e que habita a partir de então a subjetividade daquele que conhece.
Sentir, pensar, problematizar e agir são ações extremamente necessárias e
fundamentais no processo de produção de informações, saberes e conhecimentos.
Existem diversos tipos de conhecimento humano e todos eles com a mesma
importância para a humanidade e seu desenvolvimento.
Os saberes e as informações são infinitos, porém, os conhecimentos podem
ser classificados, como veremos abaixo:
1 - Conhecimento Empírico (ou conhecimento vulgar, ou senso-comum):
adquirido através de ações rotineiras e não planejadas.
2 - Conhecimento Religioso ou Teológico: É um tipo de conhecimento que
parte do princípio da infalibilidade e indiscutibilidade das verdades por consistirem em
revelações da divindade, do sobrenatural.
3 - Conhecimento Filosófico: É o conhecimento que se faz especulando
sobre fenômenos, gerando, assim, conceitos subjetivos. Ele pode ser: Valorativo,
Não verificável, Racional, Sistemático, Infalível e exato.
4 - Conhecimento Científico: é racional e produzido a partir da investigação
metódica da realidade, através de pesquisas, experimentos e da busca sobre a lógica
dos fatos, fenômenos, seres e acontecimentos humanos e naturais. Ele pode ser:
Real, factual; Contingente; Sistemático; Verificável; Falível; Aproximadamente exato.
5 - Conhecimento técnico: baseia-se no domínio do mundo e da natureza. É
um conhecimento especializado e extremamente específico, esmerando-se na
aplicação de todos os outros saberes que lhe podem ser úteis.
6 - O saber das artes: Podemos concluir que o homem é capaz de produzir
diversos tipos de informações, conhecimentos e saberes. E disso ele é capaz porque
pensa, problematiza, raciocina, julga, avalia, decide e age no mundo. Nesse sentido,
um tipo de conhecimento não é melhor que o outro. Eles devem ser vistos numa
perspectiva de complementaridade, interdisciplinaridade e até de
transdisciplinaridade.
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Porém, no nosso caso, o conhecimento a ser utilizado é o conhecimento
científico, pois, o objetivo do estudo científico é a comprovação dos fatos através das
experiências, experimentações e pesquisas.
A pesquisa tem como objetivo descobrir respostas para indagações propostas
mediante o uso de procedimentos científicos, a pesquisa é o processo de
desenvolvimento do método científico.
Pesquisar é o conjunto de ações que se propõe para encontrar a solução
desejada de um problema, tendo por base procedimentos racionais e sistemáticos.
Um problema é um fenômeno ou fato ainda sem resposta ou explicações,
sendo sua solução possibilitada pela pesquisa.
Ao formular o problema é necessário aventar hipóteses que sugerirão
explicações para o fato estudado e antecipará soluções para o problema escolhido.
Para se construir as hipóteses devemos seguir algumas orientações: 1 -
Construção das hipóteses; 2 - Características de boas hipóteses.
Delimitação: O delineamento metodológico de uma pesquisa, também
conhecido como recorte, inicia-se com a seleção das fontes de dados.
Toda pesquisa deve ser iniciada pelo plano ou projeto, ou planejamento da
mesma. Para tanto, segue um exemplo de roteiro de plano ou projeto de pesquisa: I-
Título da pesquisa; II-
se
problema). III- Revisão Bibliográfica: VI- Desenho da Pesquisa: o conteúdo que terá o
relatório final da pesquisa; VII- Bibliografia: relacionar os autores utilizados e citados;
VIII- Cronograma: delimitar as datas para as ações.
A pesquisa pode ser classificada quanto a forma de abordagem: quantitativa e
qualitativa. E ainda, quanto aos tipos: descritiva, experimental, exploratória,
intervencional, metodológica, observacional, teórica, transversal, documental,
bibliográfica. A documental (ou fontes primárias, direta) e a bibliográfica (fontes
secundárias, indireta) que, é aquela que se desenvolve a partir das teorias publicadas
em livros ou obras congêneres.
A pesquisa bibliográfica consiste no exame da literatura científica para
levantamento e análise do que já se produziu sobre determinado tema. (LAKATOS e
MARCONI, 2009). Esse tipo de pesquisa é fundamental para qualquer e toda pesquisa
científica e parte do domínio da bibliografia especializada da área. A bibliografia
retrospectiva e/ou atualizada caracteriza a relevância de determinadas áreas do
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conhecimento. Suas fases são: preparatória, levantamento bibliográfico, obtenção de
documentos, fonte de pesquisa, redação, operacionalização da pesquisa bibliográfica,
fichamento como técnica de tratamento do material bibliográfico.
Todo trabalho científico deve ter uma estrutura semelhante a que será
desenvolvida. Ou seja, introdução, desenvolvimento (explicação, discussão,
demonstração) e conclusão. A Identificação é a fase de reconhecimento do assunto
pertinente ao tema em estudo. Na localização tendo realizado o levantamento
bibliográfico, com identificação das obras, passa-se à localização das fichas
bibliográficas nos arquivos das bibliotecas públicas e particulares ou através de
programas de computador, faz-se o arquivamento das fichas digitalizadas ou
digitadas. Copilação é a reunião sistemática do material contido em livros, revistas,
entre outros. No fichamento tendo em suas mãos as fontes de referências, deve-se
transcrever os dados em fichas, com o máximo de exatidão, posto que, a ficha permite
a ordenação do assunto, ocupa pouco espaço, podendo ser impressa ou digital.
Análise e Interpretação - A primeira fase da análise e da interpretação é a crítica do
material bibliográfico e divide-se em crítica interna e externa.
Na revisão da literatura é feito o referencial teórico que é a base de sustentação
de toda e qualquer pesquisa científica. Para a elaboração do referencial teórico,
sugere-se nove passos:
1. Defina o tema da sua pesquisa.
2. Reúna a bibliografia sobre o tema. Comece com pelo menos cinco referências
para ter uma visão panorâmica sobre o assunto.
3. Dê uma olhada inicial nas referências e identifique uma ordem decrescente, ou
seja, do assunto mais geral ao mais específico.
4. Leia a bibliografia reunida com atenção e liste as ideias principais em fichas ou
arquivos online.
5. Identifique as ideias principais a serem aproveitadas em seu trabalho. Não se
esqueça de indicar as referências de cada uma, colocando ATELED: autor,
título, edição, local, editora e data, além, é claro, das páginas.
6. Rotule todas as ideias para facilitar sua referência futura.
7. Organize as ideias em seções ou assuntos na sequência do seu pensamento
(em geral, 3 ou 4 seções bastam).
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8. Escreva o referencial teórico seguindo a sequência que terão no texto. Dê
preferência a ideias abordadas por diversos autores.
9. Conclua o referencial teórico identificando as principais ideiasdiscutidas no seu
texto e apontando para as questões de pesquisa em aberto na literatura .
A escolha do tema é de fundamental importância para o desenvolvimento da
pesquisa e deve partir do seu interesse por ele e sua base teórica.
As principais fontes a serem consultadas para a elaboração do referencial
teórico são: artigos em periódicos, livros, teses, dissertações e artigos em congressos.
Escrever um artigo é uma exigência no mundo acadêmico para aqueles que
querem permanecer nele e serem reconhecidos ou, ainda, para que se obtenha um
certificado de Pós-Graduação Lato sensu. Em geral, os artigos apresentados e ou
publicados são lidos na seguinte ordem: Título; Resumo; Resultados (tabelas e
figuras); Metodologia; e, por último, a Conclusão. A pesquisa que trata dessas
informações revela que para cada pessoa que lê um artigo completo, 10 lêem as
tabelas e figuras, 100 lêem o Resumo e 1000 lêem somente o Título. Por isso, é
importante seguir os passos de elaboração do artigo e dar o devido peso aos itens
relacionados acima, nessa ordem.
Para se fazer ciência é necessário primeiramente que se faça uma leitura
analítica de todo o referencial teórico que será utilizado. Esse é um método de estudo
cujos objetivos são:
- Auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico;
- Treinar para a compreensão e interpretação crítica do texto;
- Fornecer instrumentos para o trabalho intelectual desenvolvido nos
seminários, no estudo dirigido, no estudo pessoal e em grupos;
- Favorecer a compreensão global do significado do texto;
- Auxiliar na confecção de resumos, resenhas, relatórios, entre outros.
Para se fazer a redação do trabalho é necessário seguir algumas instruções: 1)
nunca copie material; 2) escreva com frases curtas e objetivas;3) faça um “esqueleto”
do que você quer escrever especificando os conteúdos, parágrafo a parágrafo
(lembre-se: um parágrafo não deve conter mais do que um assunto; um assunto,
todavia, pode-se estender por diversos parágrafos). Sabendo o roteiro do que deverá
ser escrito, a redação sairá muito mais fácil; 4) SEMPRE tenha um esquema dos
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assuntos a serem discutidos por parágrafo no texto. Caso contrário, você vai acabar
se perdendo e gerando um texto de má qualidade; 5) Evite afirmações pessoais
(“achismos”), superlativos (exageros de qualquer espécie) e informalidades; 6) Evite
notas de rodapé. Normalmente, o que está sendo dito no rodapé pode ser introduzido
entre parênteses no texto; 7) Evite o uso de listas. Listas são usadas em apostilas e
livros-texto. Teses e dissertações devem privilegiar o uso de parágrafos
concatenados. (DEMO, 2002 e ECO, 2005).
A formatação deve ser da seguinte forma: margem superior e esquerda: 3,0
cm, inferior e direita: 2,0 cm; parágrafo recuado em 1,5 cm, na fonte Times New
Roman 12 pt, espaço entre linhas 1,5 cm; não use quebra de páginas; títulos devem
ser justificados à esquerda; figuras, tabelas, e respectivas legendas deve ser
centradas na página; figuras e tabelas retiradas do original em inglês devem ser
traduzidas para a apresentação na dissertação; a citação de tabelas e figuras deve
ser feita utilizando a primeira letra em maiúsculo e o número do objeto.
Para que seja feito o resumo, recomenda-se a leitura, depois um esboço
tentando captar a ideia geral da obra. A seguir, observar do que se trata o texto. E,
compreender o sentido de cada parte e encontrar as palavras-chave. Finalizando com
a elaboração do resumo. Resumo esse que, pode ser: indicativo ou descritivo,
informativo ou analítico.
A resenha crítica é a apresentação do conceito de uma obra, onde a finalidade
é a síntese das ideias fundamentais da obra. Os requisitos básicos são: conhecimento
completo da obra, capacidade de formular juízo de valor, fidelidade ao pensamento
do autor.
Na instrumentalização científica tratar-se-á dos recursos e ferramentas
disponibilizadas nos ambientes virtuais de pesquisa pela internet.
O plágio é um crime muito sério e acontece muitas vezes em trabalhos
acadêmicos, assim, a UCAM, formulou um capítulo para descrevê-lo e todas suas
formas. Para tanto, faz-se necessário o estudo do que vem a ser: paráfrases; resumos;
citações e referências; com os quais se pretende colaborar na compreensão
metodológica da produção de um trabalho acadêmico como o TCC.
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES (UCAM). Metodologia do trabalho científico.
Instituto Prominas. Impressão e editoração.