O governo brasileiro lançou um plano para fornecer assistência médica domiciliar gratuita para pacientes de baixa renda do SUS com doenças crônicas ou em recuperação de cirurgia. O programa prevê a criação de até 1000 equipes multidisciplinares para atender os pacientes em suas casas e dar descontos na conta de luz para aqueles que precisam de equipamentos médicos. Críticos apontam que a falta de saneamento básico em algumas áreas pode ser um obstáculo para o atendimento domiciliar.
1. Saúde na mídia Brasília, 09 de novembro de 2011
O Estado de S. Paulo/BR
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Saúde lança plano de assistência domiciliar
VIDA
até 2014 e 400 equipes multidisciplinares de apoio,
formadas por fonoaudiólogos, nutricionistas e fi-
sioterapeutas. O investimento previsto para todo pro-
jeto é de R$ 1 bilhão.
Além do Melhor em Casa,o governo anunciou um
programa para melhorar a gestão e o atendimento nos
serviços de emergência do SUS. "Os programas não
resolverão da noite para o dia todos os problemas de
atendimento médico", reconheceu a presidente Dil-
ma Rousseff.
Pacientes de baixa renda do SUS que participarem de Durante a campanha eleitoral, a então candidata ele-
programa de apoio médico lançado pelo governo te- geu a saúde como uma de suas prioridades.
rão desconto na conta de luz
Mas promessas como o Cartão Nacional de Saú-
O governo lançou ontem o Melhor em Casa, um pro- de,que já consumiu R$ 450 milhões dos R$ 610 mi-
grama que prevê a assistência médica domiciliar para lhões previstos em 1999, continuam no papel.
pacientes do Sistema Único de Saúde.
Ontem, Dilma admitiu que o sistema de saúde do País
A iniciativa,encontrada em alguns pontos do País, tem muito para avançar. Mas emendou dizendo que é
permite que pessoas com doenças crônicas, em re- preciso ter humildade para reconhecer que a situação
cuperação de cirurgias e idosos sejam atendidos em de saúde "pode e deve melhorar" e coragem "para li-
casa, o que reduz a necessidade e o tempo de in- derar esse processo." Cada equipe do Melhor em Ca-
ternação. Pacientes de baixa renda que participem do sa deverá atender até 60 pacientes.
programa e tenham equipamentos de uso contínuo
em casa terão desconto na conta de luz. Padilha afirmou que equipes serão credenciadas em
municípios que tenham cobertura do Samu e contem
Portaria interministerial foi publicada ontem para com hospital com pelo menos 60 leitos e UTI. Pelos
evitar que o atendimento domiciliar acabe pro- cálculos do governo, o programa deverá alcançar mil
vocando um rombo no orçamento das famílias. O equipes.
desconto deve variar entre 10% e 65%. Para ter di-
reito ao desconto, famílias terão de se inscrever no Plantão. A periodicidade das visitas domiciliares aos
Cadastro Único para Programas Sociais do governo pacientes dependerá de caso a caso.O atendimento te-
federal e ganhar até três salários mínimos. A ex- rá de ser feito de segunda à sexta, com jornada de 12
pectativa é de cadastrar este ano 250 equipes mul- horas diárias e em regime de plantão em fins de se-
tidisciplinares. mana e feriados.
Para as atividades, o governo deverá destinar até de- O secretário de Atenção à Saúde, Helvécio Miranda,
zembro R$ 8,6 milhões - R$ 34.560 mensais para ca- afirma que o desempenho das equipes será mo-
da equipe. Os recursos serão usados para pagar nitorado, com avaliação dos índices de óbitos entre
equipamentos, medicamentos e transporte. A meta pacientes e o tempo de alta. Ele afastou o risco de que
do Ministério da Saúde é implementar mil equipes
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2. Saúde na mídia Brasília, 09 de novembro de 2011
O Estado de S. Paulo/BR
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Continuação: Saúde lança plano de assistência domiciliar
a alta de pacientes seja apressada para liberar leitos intermitente.
hospitalares. "Eles terão de responder pelos pa-
cientes, haverá um bom controle." O fato de o País "Isso é um ponto que de fato tem de ser avaliado. Não
não contar com rede de saneamento em várias re- há como liberar o paciente para recuperação em casa
giões, para Miranda, não será empecilho para li- se ali faltar água." / LÍGIA FORMENTI, TÂNIA
beração de atendimento domiciliar. Ele reconhece, MONTEIRO E RAFAEL MORAES MOURA
no entanto, que o mesmo não pode ocorrerem relação
a locais onde abastecimento de água é inexistente ou
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