1. Saúde na mídia Brasília, 20 de julho de 2011
O Globo/BR
Ministério da Saúde | Institucional
Foi bom para você
ECONOMIA
DEFESA DO CONSUMIDOR
Bastidores de ensaios de conformidade de pre-
servativos mostram que é grande a proteção à saúde
do consumidor
Luciana Casemiro lucianac@oglobo.com.br
Resistência à pressão e ao volume, verificação de ori-
fícios, comprimento, largura, espessura. Esses são os
principais ensaios pelos quais passam os pre-
servativos antes de chegar às prateleiras das far-
mácias e, em seguida, às carteiras e bolsas dos
consumidores, para garantir não só a qualidade do
produto, mas a saúde de quem faz uso dele. Desde
1995 a camisinha tem certificação compulsória pelo
Inmetro. De lá para cada, os índices de não con-
formidade - próximos de 100% no início da década de
90, antes da implantação do programa - vêm caindo
de forma tão contundente que nos últimos seis meses
chegaram a zero. Ou seja, não foi encontrado, em fis-
calizações e testes, nada que pudesse colocar o usuá-
rio em risco.
- A certificação é uma evidência de que o pre-
servativo é seguro. Nos últimos três anos, as falhas
que encontramos nas fiscalizações e ensaios são re-
lacionadas à falta de informações na rotulagem, e
mesmo estas já foram regularizadas - afirma Marcelo
Monteiro, gerente da Divisão de Fiscalização e Ve-
rificação da Conformidade do Inmetro.
Para cada lote de preservativos fabricado ou im-
portado pelo Brasil, são feitos 1.100 testes, segundo
Janaína Dallas Fonseca da Silva, tecnologista e res-
ponsável técnica do laboratório onde são realizados
os ensaios, no Instituto Nacional de Tecnologia (IN-
T). São comercializadas, no país, 4.200 marcas de ca-
misinhas certificadas, não só pelo INT, mas por
outros laboratórios acreditados pelo Inmetro.
Os ensaios realizados nos preservativos apre-
Saúde na mídia pg.1

2. Saúde na mídia Brasília, 20 de julho de 2011
O Globo/BR
Ministério da Saúde | Institucional
Continuação: Foi bom para você
sentados nesta terceira reportagem da série sobre os Saúde, de 2008, o percentual de jovens de 15 a 24
bastidores do Inmetro garantem ao produto uma cer- anos que declarou usar preservativo em todas as re-
tificação de saúde. Não por acaso, o programa está li- lações nos últimos 12 meses era de 32,6%. Na faixa
gado ao Ministério da Saúde. O uso de preservativo de 50 a 64 anos esse percentual caiu a 10,5%.
é considerado tão estratégico para a proteção dos ci-
dadãos contra doenças sexualmente transmissíveis, Ellen ressalta ainda que é preciso saber qual o pre-
especialmente a Aids, que o governo federal tem hoje servativo mais adequado. Isso porque, explica, a es-
uma fábrica do produto, em Xapuri, no Acre, a Natex. colha errada da largura da camisinha é responsável
Lá são produzidas cem milhões de camisinhas por pelos dois problemas mais frequentes relativos a mau
ano, número que deve dobrar até 2015, mas ainda uso: estouro e falta de aderência.
muito aquém do volume distribuído gratuitamente
pela rede pública: 1,2 bilhão de unidades. - Nas embalagens é informada uma largura nominal,
que, fique claro, não é tamanho. Um adolescente, por
Escolha do produto adequado garante a se- exemplo, não pode usar um preservativo com largura
gurança do usuário de 52mm, pois pode escorregar. Da mesma forma, o
uso de uma largura menor que a adequada pode levar
O produto está garantido pelo selo, mas a segurança a estouro. O preservativo deve ser visto como um
do usuário dependerá do uso adequado do pre- acessório que se deveria experimentar antes de usar
servativo, destaca Ellen Zita, assessora técnica do para ver qual o mais adequado, o de 49, 52 ou 55 mi-
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do límetros de largura - diz Ellen.
Ministério da Saúde:
Também é importante, lembra ela, guardar cor-
- Usar preservativo em todas as relações sexuais é retamente o preservativo:
questão de educação. E isso ainda não é a realidade.
Uma vez que se deixe de usar é o suficiente para trans- - Ao guardar no bolso e na carteira, é preciso verificar
missão do HIV. É preciso adotar o uso do pre- se a embalagem está danificada antes do uso. A ex-
servativo como qualidade de vida. É preciso educar posição ao sol também pode degradar o preservativo.
para que os jovens iniciem sua vida sexual usando-o.
O mais difícil é trabalhar com quem iniciou sua vida José Edson Ferreira, agente fiscalizador do Instituto
sexual nos anos 60, em meio à liberação sexual e o de Pesos e Medidas do Rio (Ipem-RJ), ensina o que se
uso de anticoncepcional. Tanto é que o número de deve verificar, a exemplo do que é feito na fis-
pessoas com Aids na faixa de 70, 80 anos vem cres- calização, na hora de comprar:
cendo.
- Primeiro, se há o selo do Inmetro na embalagem, de-
Na última Pesquisa de Comportamento, Atitudes e pois as instruções de uso e, por fim, a validade.
Práticas da População Brasileira do Ministério da
Saúde na mídia pg.2