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PromoçãodaAutonomia
O que é? 	Criar técnicas e métodos para que a criança consiga alcançar a sua independência, ter  vontade própria, iniciar actividades sem ajuda e sem lhe ser solicitado. 	Este processo e um trabalho continuo e gradual, para que este obtenha sucesso é preciso muito trabalho e dedicação. 	E importante que exista uma boa coordenação entre escola/família e família/escola.
10 Regras para desenvolver a autonomia  Infantil  1.Não crie dependência de si durante muitos anos; 2.Proporcione á criança liberdade de exercer totalmente as competências de intimidade, consciência e espontaneidade; 3.Não impeça as crianças de manifestarem de forma honesta o seu amor, ou a falta dele. Incentive-as a pedir, dar, aceitar e rejeitar afectos, bem como  se auto-valorizar; 4.Dar valor aos seus sentimentos, ao seu pensamento e intuições. Devemos responder as suas exigências quando eles nos pedem;
5.Nunca minta as crianças, se existir a necessidade de o fazer devemos explicar-lhes a razão de o fazer; 6.Deixe a criança aprender usando todos os seus sentidos (visão, olfacto, tacto, paladar e audição) livremente excepto se puser a sua integridade física em causa; 7.Dê à criança uma oportunidade de tentar sozinha antes de ir “ajudá-la”; 8.Não ensine as crianças a competir. Elas aprenderão o suficiente utilizando os media. Ensine-as, por exemplo, a cooperar.
9.Não deixe que os seus filhos ocupem todo o seu tempo. Você tem direito a tempo, espaço e uma vida amorosa separada deles. Exija que suas necessidades sejam levadas em consideração; eles o farão por que o amam. 10.Confie na natureza humana e acredite nos seus filhos. No seu crescimento vão aprender a recompensa-lo dessa confiança.
São várias as questões que os pais tem dificuldade de lidar. Hoje amplia-se o debate sobre a autonomia das crianças e, com o passar do tempo, a preocupação dos pais com a liberdade de fazer escolhas dos filhos surge em idade cada vez mais precoce. 	Às vezes os pais pensam, erroneamente, que poupar os  seus filhos dos sofrimentos ou frustrações é a melhor forma de educa-los ou seja, evitando conflitos. Educar os filhos é uma tarefa árdua. Para chegar à autonomia e à liberdade de escolha o pequeno precisa dos limites carinhosos dos adultos para amadurecer com saúde. Este cuidado é expresso no amparo e no atendimento às necessidades da criança.
A criança precisa aprender a lidar com o “não” e com as frustrações. Os pais, com bom senso, devem acompanhar o crescimento do filho orientando-o e preservando-o de uma autonomia para qual ele ainda é imaturo para lidar. A escolha de roupas, dormir na casa dos amiguinhos são exemplos de situações em que a orientação é fundamental. 	Chamo de “abraço do limite” o ato de educar, colocar limites claros e coerentes mas, com muito amor.
Isto não significa que o seu filho não se  possa  expressar, ser ouvido, ter espaço para a sua criatividade, ele pode surpreender  os seus pais. Entretanto, o processo de amadurecimento do ser humano é gradativo e os pais devem assegurar que o seu filhinho ou filhinha vivencie, com tranquilidade, recebendo os cuidados ambientais necessários, todas as etapas desse processo para um crescimento emocional saudável.
Autoridade e autonomia: uma relação entre a criança e a família, no contexto infantil…
[object Object],[object Object]
Como a escola e a família integram o meio social, a parceria e o diálogo entre elas é  cada vez mais presente e necessário no contexto do quotidiano escolar infantil.  A escola e a família se preocupam com a melhor maneira de educar as crianças ao desafiarem e possibilitarem que elas construam seus conhecimentos, buscando com isso torná-las responsáveis em suas acções e reacções.  Numa prática que efectiva a acção da criança sobre os objectos, as pessoas e o meio, a criação de espaços que possibilitem e permitam à criança apreender sobre tudo isso é relevante. A criança deve se tornar, à medida do possível, produtora de seu conhecimento na acção.
A autonomia só é real quando a criança é segura no agir.  A segurança só acontece quando ela deixa de ser dependente de um adulto.  É o adulto a orienta para que ela tenha uma autonomia mais tarde.  É quase irreal falar em autonomia se os adultos não as deixam experimentar e viver situações de desafios, de busca, de criação, de segurança e insegurança.  Os pais, educadoras e auxiliares devem gradualmente promover tais situações que as levem a ser autónomas.
[object Object]
Antes de as crianças terem liberdade para realizar os seus desejos, escolher as suas tarefas e tomar as suas próprias decisões perante o grupo, necessitam da orientação e não de uma autoridade autoritária do adulto.
As crianças precisam de apoio, de opções, de realizar escolhas e de experimentar uma autonomia própria. ,[object Object]
[object Object]
–CÁTIA: “tu, Marcos, fazes queixinhas dos colegas. Não podes.”
Marcos muda de lugar.
 Ronaldo vai até a educadora e diz-lhe a ela que ele mudou de lugar.

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  • 2. O que é? Criar técnicas e métodos para que a criança consiga alcançar a sua independência, ter vontade própria, iniciar actividades sem ajuda e sem lhe ser solicitado. Este processo e um trabalho continuo e gradual, para que este obtenha sucesso é preciso muito trabalho e dedicação. E importante que exista uma boa coordenação entre escola/família e família/escola.
  • 3. 10 Regras para desenvolver a autonomia Infantil 1.Não crie dependência de si durante muitos anos; 2.Proporcione á criança liberdade de exercer totalmente as competências de intimidade, consciência e espontaneidade; 3.Não impeça as crianças de manifestarem de forma honesta o seu amor, ou a falta dele. Incentive-as a pedir, dar, aceitar e rejeitar afectos, bem como se auto-valorizar; 4.Dar valor aos seus sentimentos, ao seu pensamento e intuições. Devemos responder as suas exigências quando eles nos pedem;
  • 4. 5.Nunca minta as crianças, se existir a necessidade de o fazer devemos explicar-lhes a razão de o fazer; 6.Deixe a criança aprender usando todos os seus sentidos (visão, olfacto, tacto, paladar e audição) livremente excepto se puser a sua integridade física em causa; 7.Dê à criança uma oportunidade de tentar sozinha antes de ir “ajudá-la”; 8.Não ensine as crianças a competir. Elas aprenderão o suficiente utilizando os media. Ensine-as, por exemplo, a cooperar.
  • 5. 9.Não deixe que os seus filhos ocupem todo o seu tempo. Você tem direito a tempo, espaço e uma vida amorosa separada deles. Exija que suas necessidades sejam levadas em consideração; eles o farão por que o amam. 10.Confie na natureza humana e acredite nos seus filhos. No seu crescimento vão aprender a recompensa-lo dessa confiança.
  • 6. São várias as questões que os pais tem dificuldade de lidar. Hoje amplia-se o debate sobre a autonomia das crianças e, com o passar do tempo, a preocupação dos pais com a liberdade de fazer escolhas dos filhos surge em idade cada vez mais precoce. Às vezes os pais pensam, erroneamente, que poupar os seus filhos dos sofrimentos ou frustrações é a melhor forma de educa-los ou seja, evitando conflitos. Educar os filhos é uma tarefa árdua. Para chegar à autonomia e à liberdade de escolha o pequeno precisa dos limites carinhosos dos adultos para amadurecer com saúde. Este cuidado é expresso no amparo e no atendimento às necessidades da criança.
  • 7. A criança precisa aprender a lidar com o “não” e com as frustrações. Os pais, com bom senso, devem acompanhar o crescimento do filho orientando-o e preservando-o de uma autonomia para qual ele ainda é imaturo para lidar. A escolha de roupas, dormir na casa dos amiguinhos são exemplos de situações em que a orientação é fundamental. Chamo de “abraço do limite” o ato de educar, colocar limites claros e coerentes mas, com muito amor.
  • 8. Isto não significa que o seu filho não se possa expressar, ser ouvido, ter espaço para a sua criatividade, ele pode surpreender os seus pais. Entretanto, o processo de amadurecimento do ser humano é gradativo e os pais devem assegurar que o seu filhinho ou filhinha vivencie, com tranquilidade, recebendo os cuidados ambientais necessários, todas as etapas desse processo para um crescimento emocional saudável.
  • 9. Autoridade e autonomia: uma relação entre a criança e a família, no contexto infantil…
  • 10.
  • 11. Como a escola e a família integram o meio social, a parceria e o diálogo entre elas é cada vez mais presente e necessário no contexto do quotidiano escolar infantil. A escola e a família se preocupam com a melhor maneira de educar as crianças ao desafiarem e possibilitarem que elas construam seus conhecimentos, buscando com isso torná-las responsáveis em suas acções e reacções. Numa prática que efectiva a acção da criança sobre os objectos, as pessoas e o meio, a criação de espaços que possibilitem e permitam à criança apreender sobre tudo isso é relevante. A criança deve se tornar, à medida do possível, produtora de seu conhecimento na acção.
  • 12. A autonomia só é real quando a criança é segura no agir. A segurança só acontece quando ela deixa de ser dependente de um adulto. É o adulto a orienta para que ela tenha uma autonomia mais tarde. É quase irreal falar em autonomia se os adultos não as deixam experimentar e viver situações de desafios, de busca, de criação, de segurança e insegurança. Os pais, educadoras e auxiliares devem gradualmente promover tais situações que as levem a ser autónomas.
  • 13.
  • 14. Antes de as crianças terem liberdade para realizar os seus desejos, escolher as suas tarefas e tomar as suas próprias decisões perante o grupo, necessitam da orientação e não de uma autoridade autoritária do adulto.
  • 15.
  • 16.
  • 17. –CÁTIA: “tu, Marcos, fazes queixinhas dos colegas. Não podes.”
  • 18. Marcos muda de lugar.
  • 19. Ronaldo vai até a educadora e diz-lhe a ela que ele mudou de lugar.
  • 20. –CÁTIA: “Marcos, volta para o teu sítio. Não és diferente de nenhum colega.”
  • 21. Ela pega na mão dele e senta-o no seu sítio.
  • 22.
  • 23. “A criança na fase de heteronomia moral concebe as regras sociais como entidades externas às pessoas e aos contextos, com carácter imutável e absoluto. (…) A incapacidade para sair do seu ponto de vista e adoptar o ponto de vista do outro leva a acriança a supor que todos seguem as mesmas regras, ou que a única perspectiva a ter em conta é a da autoridade. Trata-se, pois, de uma autoridade baseada no constrangimento e na obediência que se caracteriza pela adesão estrita das regras e deveres”. (Lino e Vieira, 2007, pp. 201-2).
  • 24. Conclusão Devemos dar total liberdade de escolha as crianças mas sempre orientando-as para o caminho que nos é mais apropriado e acima de tudo faze-los sentirem-se úteis. Não abdicando da nossa vida pessoal e não vivendo só em prole dos nossos filhos.