Este documento fornece orientações sobre limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde. Ele descreve os tipos de limpeza concorrente e terminal, a periodicidade recomendada de acordo com a classificação de áreas, os métodos e equipamentos de limpeza, e princípios básicos de controle de infecção.
1. SUMÁRIO
Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto-SP
Secretaria Municipal da Saúde Pág.
INTRODUÇÃO ......................................... 6
Comissão de Controle de Infecção CAPÍTULO I
(CCI-SMS) 1 Limpeza ................................................. 7
2 Classificação de Áreas ............................. 7
Recomendações importantes para áreas
críticas e semicríticas ............................... 8
3 Tipos de Limpeza ..................................... 9
3.1 Limpeza Concorrente .......................... 9
3.2 Limpeza Terminal .............................. 11
LIMPEZA E
4 Métodos e Equipamentos de Limpeza de
LIMPEZA E superfícies ..............................................
4.1 Limpeza Úmida ..................................
14
14
DESINFECÇÃO
DESINFECÇÃO
4.2 Limpeza Molhada ...............................
4.3 Limpeza Seca ....................................
14
14
DE SUPERFÍCIES
DE SUPERFÍCIES
5
6
Regras Básicas ........................................
Periodicidade da Limpeza .........................
15
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EM SERVIÇOS DE SAÚDE
EM SERVIÇOS DE SAÚDE
7
8
Procedimentos ........................................
Considerações Gerais ...............................
17
18
CAPÍTULO II
1 Desinfecção ............................................ 20
2 Técnica de Desinfecção ............................ 20
3 Princípios Básicos do Controle de Infecção
em Unidades de Saúde ............................. 23
1ª Edição 3.1 Equipamento de Proteção Individual –
EPI ........................................................ 23
3.2 Higienização das Mãos ........................ 25
3.3 Imunizações .................................... 26
3.4 Riscos Ocupacionais e Acidentes de
Trabalho ................................................ 26
2006 Bibliografia Consultada ............................ 27
II
2. Comissão de Controle de Infecção da Marlene Duarte Mendes – Enfermeira
SMS Ribeirão Preto-SP. Marta Cristiane Alves Pereira – Enfermeira
(Portaria nº 111/06)
Marta Maria Noccioli Sanches – Enfermeira
Mônica Penteado Trentin Lazzarini – Enfermeira
Alessandra Claudia Castellucci – Cirurgiã-Dentista
Otília Guilhermina Heer Oshiro – Enfermeira
Ana Lúcia de Azevedo Barilli – Cirurgiã-Dentista
Paula de Oliveira Tinoco – Técnica de Enfermagem
Anazilda Carvalho da Silva – Enfermeira
Rita Silvana Andreoli – Farmacêutica
Aparecida Heloísa Capellaro Ferreira – Enfermeira
Silvana Pastore Do Carmo – Médica
Carmelita Ap. de Oliveira Zanin Felix – Enfermeira
Silvia Renata Cicconi Barbin – Enfermeira
Danilo Paiva – Cirurgião-Dentista
Stênio José Correia Miranda – Médico
Deise Therezinha Merlin – Enfermeira
Dra. Maria das Dores Vale Oba – Enfermeira
Eidí Terezinha Lausmann Gomes – Enfermeira
Eliana Redigolo - Farmacêutica
Fernanda Ferreira Costa – Farmacêutica
Gianny Bordin Catta Couto – Médica
Gilza Marques do Nascimento – Enfermeira
Jane Aparecida Cristina – Enfermeira
Luci Rodrigues da Silva – Farmacêutica
Luciana Mazucato Fontes Patrocínio – Enfermeira
Margarete Marin Corat – Agente Administrativa
Maria Cristina Jordão Ferrari – Enfermeira
Maria Helena Abud da Silva – Enfermeira
III IV
3. AUTORES LIMPEZA E DESINFECÇÃO DE
SUPERFÍCIES EM SERVIÇOS DE SAÚDE
Sub-comissão de Protocolos da CCI-SMS
INTRODUÇÃO
Mônica Penteado Trentin Lazzarini O objetivo desta norma técnica é orientar os
auxiliares de serviço, da Secretaria Municipal da
Alessandra Claudia Castelucci Saúde, para o melhor uso dos métodos de
Ana Lúcia de Azevedo Barilli limpeza e desinfecção, a seleção eficiente e eficaz
dos produtos de limpeza, e a racionalização do
Eidí Terezinha Lausmann Gomes
dispêndio de esforços, recursos e tempo.
Marta Cristiane Alves Pereira Além do desperdício de produtos, com alto custo
Marlene Duarte Mendes aquisitivo no sistema de saúde, existem o
desgaste e a corrosão precoce de artigos e
Silvia Renata Cicconi Barbin superfícies, bem como os problemas da toxicidade
para os manuseadores e os usuários,
contribuindo, inclusive, para a poluição ambiental.
O processamento descrito nesta norma técnica
REVISÃO refere-se aos métodos de limpeza e desinfecção
de superfícies.
Como superfície, entendem-se mobiliários
Alcyr Barbin Filho-Médico (bancadas, pias, macas, divãs, suporte para soro,
balança, computadores), pisos, paredes,
divisórias, portas e maçanetas, tetos, janelas,
vidros, equipamentos, instalações sanitárias,
grades de aparelho de ar condicionado,
ventilador, exaustor, luminárias, bebedouro,
aparelho telefônico e outros.
V 6
4. CAPÍTULO I
1 - LIMPEZA Áreas não-críticas (NC) - são todas aquelas
Definição áreas não ocupadas por pacientes e onde não se
A Limpeza Técnica é o processo de remoção de realizam procedimentos, como as áreas
sujidades, mediante a aplicação de energias administrativas e de circulação.
química, mecânica ou térmica, num determinado
período de tempo. Consiste-se na limpeza de RECOMENDAÇÕES IMPORTANTES PARA
todas as superfícies fixas (verticais e horizontais) ÁREAS CRÍTICAS E SEMI-CRÍTICAS
e equipamentos permanentes, das diversas áreas
das Unidades de Saúde. É imprescindível que 1. Os procedimentos de limpeza, a serem adotados,
utilizem-se critérios de classificação das áreas deverão observar as práticas da técnica e das normas da
legislação vigente, no que tange ao controle de infecção.
para o adequado procedimento de limpeza.
2. Os serviços serão executados em todas as superfícies,
tais como: pisos, paredes/divisórias, teto, porta/visores,
luminárias, mobiliários e demais instalações.
2 - CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS
3. Os profissionais de limpeza deverão estar habilitados
Áreas críticas (C) - são as que oferecem maior para o uso de equipamento específico destinado à limpeza
risco de transmissão de infecções, ou seja, áreas das áreas críticas, semicríticas, não-críticas, da infra-
onde se realizam procedimentos invasivos e/ou estrutura externa e da área comum.
que possuem pacientes de risco ou com sistema
4. As mãos deverão ser lavadas, antes e após, a utilização
imunológico comprometido, ou ainda, aquelas das luvas, bem como as luvas de PVC.
áreas que por sua especificidade devem ter a
presença de microorganismos patogênicos 5. As luvas de PVC, utilizadas para limpeza do mobiliário,
minimizada. deverão ser de cor diferente da luva de PVC utilizada na
limpeza geral (pisos, paredes, sanitários).
Áreas semicríticas (SC) - são áreas ocupadas 6. Usar panos, luvas, baldes, escovas e outros,
por pacientes com doenças infecciosas de baixa padronizados para cada procedimento.
transmissibilidade e doenças não infecciosas, isto 7. É proibido o processo de varredura seca dentro da
é, aquelas ocupadas por pacientes que não exijam Unidade de Saúde.
cuidados intensivos ou de isolamento.
7 8
5. 8. Todos os utensílios utilizados na prestação de serviços
(panos de mobília e piso, escovas, baldes etc.), deverão FREQÜÊNCIA DE LIMPEZA CONCORRENTE
ser lavados em locais designados pela chefia imediata, CLASSIFICAÇÃO DAS FREQÜÊN- OBSERVAÇÃO
após o término de cada turno de trabalho. ÁREAS CIA
9. Os materiais em tecido deverão retornar, limpos e ÁREAS CRÍTICAS 3X POR DIA data e horário pré-
secos, para uso nas áreas. estabelecidos, e
sempre que
10. A coleta de resíduos deverá ser realizada, pelo necessário
menos, três vezes ao dia, ou quando o conteúdo ocupar SEMICRÍTICAS 2X POR DIA data e horário pré-
2/3 do volume total. Os resíduos deverão ser estabelecidos, e
transportados conforme o protocolo do Gerenciamento de sempre que
Resíduos, específico para o tipo de resíduo gerado, em necessário
recipiente fechado, com tampa, lavável, seguindo toda a NÃO-CRÍTICAS 1X POR DIA data e horário pré-
legislação vigente. estabelecidos, e
sempre que
necessário
ÁREAS COMUNS 1X POR Dia data e horário pré-
estabelecidos, e
3 - TIPOS DE LIMPEZA sempre que
necessário
3.1 Limpeza concorrente: é o processo de ÁREAS EXTERNAS 2X POR data e horário pré-
limpeza diária de todas as áreas da Unidade de SEMANA estabelecidos, e
Saúde, objetivando a manutenção do asseio, o sempre que
abastecimento e a reposição dos materiais de necessário
consumo diário (sabonete líquido, papel higiênico,
papel toalha interfolhado etc.), a coleta de
resíduos de acordo com a sua classificação e a
higienização molhada dos banheiros,
proporcionando ambientes limpos e agradáveis.
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6. MÉTODO DE LIMPEZA CONCORRENTE Deverá ser realizada ao final de cada
1. limpeza úmida para todas superfícies, procedimento que envolva exposição de
utilizando baldes de cores diferenciadas secreções, supervisionada por Enfermeiro.
(um contendo solução detergente e
MÉTODO outro, água limpa). Trocar a solução,
FREQÜÊNCIA DE LIMPEZA TERMINAL
dos baldes, a cada ambiente.
CLASSIFICAÇÃO FREQÜÊN OBSERVAÇÃO
2. limpeza do banheiro (lavar).
DAS ÁREAS CIA
1. iniciar sempre da área mais limpa ÁREAS CRÍTICAS SEMANAL data, horário, dia da
para a mais suja. semana pré-estabelecido
TÉCNICA 2. utilizar movimento único, em um só
SEMICRÍTICAS QUINZENAL data, horário, dia da
sentido, para a limpeza de todas as
semana pré-estabelecido
superfícies.
3. do mais distante para o mais próximo. NÃO-CRÍTICAS MENSAL data, horário, dia da
4. do fundo para a porta. semana pré-estabelecido
ÁREAS COMUNS MENSAL data, horário, dia da
semana pré-estabelecido
3.2 Limpeza terminal: é o procedimento de
limpeza e/ou desinfecção, de todas as áreas da ÁREAS SEMANAL data, horário, dia da
EXTERNAS semana pré-estabelecido
Unidade de Saúde, objetivando a redução da
sujidade e, consequentemente, da população
microbiana, reduzindo a possibilidade de MÉTODO DE LIMPEZA TERMINAL
1. Reunir e organizar todo o material necessário no
contaminação ambiental. É realizada carrinho de limpeza.
periodicamente de acordo com a criticidade das
2. Colocar o carrinho de limpeza do lado da porta de
áreas (crítica, semicrítica e não-crítica), com data, entrada do ambiente, sempre do lado de fora.
dia da semana e horário pré-estabelecidos em
cronograma mensal. Inclui todas as superfícies e 3. Utilizar os EPIs necessários e indicados para a
realização do procedimento de limpeza.
mobiliários. Portanto, é realizada em todas as
superfícies horizontais e verticais, das áreas 4. Realizar, quando necessárias, a
desinfecção/descontaminação de matéria orgânica,
críticas, semicríticas, não-críticas, infra-estrutura
conforme as normas vigentes.
e área comum. 5. Trocar as luvas para execução das demais etapas.
11 12
7. 6. Recolher os sacos de lixo do local, separados,
fechando-os com dois nós e depositando-os, seguindo o 4 - MÉTODOS E EQUIPAMENTOS DE
Protocolo de Gerenciamento de Resíduo da SMS.
7. Iniciar a limpeza pelo mobiliário com solução LIMPEZA DE SUPERFÍCIES
detergente para remoção da sujidade.
4.1 Limpeza úmida: consiste-se em passar pano
8. Realizar o enxágüe e sempre que necessário, realizar
ou esponja, umedecidos em solução detergente
fricção com álcool 70%.
ou desinfetante, enxaguando, em seguida, com
9. Proceder a limpeza da porta, do visor e da maçaneta
pano umedecido em água limpa. Esse
com solução detergente.
procedimento é indicado para a limpeza de
10. Proceder a limpeza do piso com solução padronizada
paredes, divisórias, mobiliários e de
pela SMS.
equipamentos de grande porte.
11. Realizar a limpeza do banheiro, iniciando pela pia, o
É importante ressaltar que a limpeza úmida é
box, o vaso sanitário e por último o piso e ralos (não
esquecer de limpar o porta papel toalha, o porta papel considerada a mais adequada e higiênica, todavia
higiênico, o espelho, a válvula de descarga. Reorganizar o ela é limitada para a remoção de sujidade muito
ambiente. aderida. Na limpeza terminal é necessária a
12. Desprezar as soluções, dos baldes, no local indicado utilização de métodos mais eficientes para a
pela chefia imediata.
remoção de sujidades, como a mecanizada.
13. Realizar a higienização dos baldes.
4.2 Limpeza molhada: consiste-se na limpeza
14. Proceder a limpeza do recipiente para resíduos, com
solução detergente, em local específico.
de pisos e de outras superfícies fixas e de
mobiliários, por meio de esfregação e de enxágüe
15. Repor os sacos de lixo, conforme Política de com água abundante, sendo utilizada
Gerenciamento dos Resíduos.
principalmente na limpeza terminal. Na sua
16. Retirar e lavar as luvas. realização em pisos recomenda-se o uso de
17. Lavar as mãos. máquinas automáticas que lavam, enxáguam e
18. Repor os produtos de higiene pessoal (sabonete, aspiram ao mesmo tempo, principalmente em
papel toalha e higiênico). áreas que não possuam ralos.
4.3 Limpeza seca: consiste-se na retirada de
sujidade, pó ou poeira, mediante a utilização de
vassoura (varreduras seca), e/ou aspirador.
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8. 8. Limpar em único sentido, de cima para baixo e
em linhas paralelas, nunca em movimentos de vai
A limpeza com vassouras é recomendável em áreas e vem.
externas, sendo proibido o seu uso em áreas 9. Nos banheiros, lavar por último o vaso
internas de atendimento. sanitário, onde será desprezada toda água suja
(contaminada).
10. Todo material usado para limpeza (baldes,
5 - REGRAS BÁSICAS panos, vassouras etc.), deverá ser limpo e
1. Utilizar equipamento de proteção individual guardado em local apropriado.
(EPI), sempre.
2. Começar do ambiente menos contaminado para
o mais contaminado. 6 - PERIODICIDADE DAS LIMPEZAS
3. Iniciar a limpeza da área menos contaminada
MANHÃ TARDE NOITE
para a mais contaminada.
Recepção. Limpeza úmida das Limpeza
4. Iniciar a limpeza pelo teto. Sala de espera. secretarias e outros úmida do chão
5. Proceder a varredura úmida. Consultórios. móveis de fácil das áreas
6. Corredores: dividir corredor ao meio, deixando Móveis. acesso e carros dos comuns.
um lado livre para o trânsito de pessoal enquanto Aparelhos. vários aparelhos Limpeza e
Corredores. existentes no desinfecção
procede a limpeza do outro.
Banheiros. serviço. da unidade do
7. Usar a técnica de dois ou três baldes: Superfícies. Limpeza das áreas doente.
• Área crítica, usar três baldes: Recolhimento de comuns Limpeza e
Balde 1: Água pura; resíduos conforme (corredores). desinfecção
Balde 2: Água e sabão; técnica padronizada Limpeza e de qualquer
pela SMS. desinfecção da superfície.
Balde 3: Com solução padronizada pela
Desinfecção da unidade do doente. Recolhimento
SMS. unidade do doente. Limpeza e de resíduos
• Área semicrítica e não-crítica, usar dois Limpeza e arrumação desinfecção de conforme
baldes: da copa após cada qualquer superfície. técnica
Balde 1: Água pura uso. Limpeza da sala de padronizada
Limpeza e arrumação espera . pela SMS.
Balde 2: Água e sabão.
da sala de reuniões. Recolhimento de
Limpeza das pias das resíduos conforme
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9. salas e despejos. técnica padronizada
pela SMS.
7 – PROCEDIMENTOS Retirar materiais passando-os
para caixa de isopor com gelo;
EQUIPAMENTO ATUAÇÃO desligar o refrigerador;
Unidade do doente: Lavar com água Refrigeradores: fazer a limpeza interna e
cama, mesa, suporte de e sabão. Alimentos externa com água e sabão;
soro, escada, biombos, Secar bem. secar bem com pano limpo;
braçadeira. ligar e verificar a temperatura;
Devem ter cobertura recolocar os materiais;
Impermeável. fazê-la quinzenalmente.
Colchão, almofada Lavar com água e sabão. Secar Refrigeradores: Para refrigeradores que
bem. medicamentos ou contenham medicamentos,
Passar álcool 70% 3x imunobiológicos fazer esta limpeza sob
Na alta do paciente supervisão do enfermeiro/
Lavar com água e sabão próprio farmacêutico
Chão para limpeza pesada, Bebedouro Lavar com água e sabão. Secar
padronizado pela SMS. bem.
Lavar com água e sabão. Maçanetas e telefones. Conforme o preconizado pela
Banheira e lavatório Desinfetar conforme o SMS.
preconizado pela SMS. OBSERVAÇÃO: se houver derrame de sangue e/ou matéria
orgânica, seguir o protocolo da SMS.
8 – Considerações Gerais
Não utilizar material de limpeza de pisos e
banheiros, na limpeza de móveis e de outras
superfícies.
Nas áreas ocupadas por pacientes em isolamento,
por doença infecto-contagiosa, o material de
limpeza deverá ser de uso exclusivo desta área.
A técnica de limpeza deverá respeitar sempre a
seqüência do mais limpo para o mais sujo.
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10. Começar das superfícies superiores para as
inferiores e das superfícies mais afastadas, para CAPÍTULO II
as mais próximas das portas.
Ao término da limpeza de cada área, o material 1 - DESINFECÇÃO
deverá ser lavado em água corrente, com Definição
detergente neutro, assim como proceder à troca Processo aplicado às superfícies inertes, que
da água e/ou da solução utilizada. elimina microorganismos na forma vegetativa,
Freezer e geladeiras deverão ser limpos não garantindo a eliminação total dos esporos
quinzenalmente, após elaboração de cronograma bacterianos. Pode ser realizada por meio de
de todas as áreas e sob supervisão e orientação processos químicos ou físicos.
da chefia imediata da unidade.
Manter todos os pisos higienizados.
Os equipamentos metálicos ou de madeira, são 2 – TÉCNICA DE DESINFECÇÃO
limpos com água e pano úmido, usando A desinfecção de superfícies fixas horizontais
detergente conforme a necessidade. consiste-se em, com luvas apropriadas,:
Os equipamentos elétricos e eletrônicos devem 1. Proceder à limpeza da superfície com água e
ser limpos com pano seco/preconizado pela SMS. sabão;
Os corredores são limpos após todas as outras 2. Enxaguar a superfície, utilizando pano
superfícies. embebido em água potável;
As águas são renovadas de sala para sala, os 3. Secar a superfície;
panos devem ser higienizados de superfície para 4. Aplicar álcool 70%, unidirecional (em uma só
superfície. direção), e por três vezes consecutivas, deixando
secar naturalmente.
Não tocar em maçanetas, telefones ou superfícies limpas
calçando as luvas de trabalho.
19 20
11. FLUXO – LIMPEZA DE SUPERFÍCIE SEM FLUXO – LIMPEZA DE SUPERFÍCIE COM
MATÉRIA ORGÂNICA: MATÉRIA ORGÂNICA:
Limpar a superfície com água e Com luvas descartáveis, de látex,
detergente neutro (luvas de PVC) remover a matéria orgânica,
utilizando-se de papel absorvente.
Desprezar tudo, inclusive as luvas
Enxaguar a superfície, utilizando
pano embebido em água limpa
Limpar a superfície com água e
detergente neutro (luvas de PVC)
Secar cuidadosamente
Enxaguar a superfície, utilizando
pano embebido em água limpa
Secar cuidadosamente
Mobiliários Pisos e paredes
Aplicar álcool 70%, Nada
unidirecional, por três
vezes consecutivas
21 22
12. Deve cobrir boca e nariz, permitindo
3 – PRINCÍPIOS BÁSICOS DO CONTROLE DE respiração normal sem irritar a pele. Deve
ser descartável, com tripla camada de
INFECÇÃO EM UNIDADES DE SAÚDE proteção, sendo trocada no final de cada
MÁSCARA período de trabalho ou se ficar umedecida
Os profissionais de saúde estão expostos a ou quando observar-se contaminação. No
diversos riscos ocupacionais. A adoção de atendimento a pacientes com tuberculose
medidas de precaução-padrão ou universais, ativa e no manuseio de produtos químicos,
medidas básicas de prevenção adotadas utilizar máscaras especiais.
indistintamente ou em todos os atendimentos de Utilizado nos procedimentos de limpeza e
desinfecção de superfícies quando houver
saúde, são normas de biossegurança que
risco de contaminação por secreções,
impedem que os profissionais se infectem ou aerossóis e produtos químicos. Protege os
sirvam como vetores para transmitir doenças para olhos do impacto de partículas volantes, de
PROTETOR
outros pacientes ou para seus familiares. Dentre OCULAR
luminosidade intensa, de radiação
essas medidas estão o uso de equipamento de ultravioleta e de respingos de produtos
químicos e material biológico. Deve ser
proteção individual (EPI), a imunização dos
confortável, ter boa vedação, ser
profissionais de saúde e a lavagem criteriosa das transparente, permitir lavagem com água e
mãos. sabão e desinfecção quando indicada.
3.1 Equipamento de Proteção Individual–EPI A escolha do EPI dependerá do procedimento a ser
realizado pelo profissional.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Protege contra o contato com sangue e ATENÇÃO: Os EPI não descartáveis são de uso
outros fluidos orgânicos e contra umidade
individual. Quando for atingido por
gerada pelo aerossol e respingos
provenientes do atendimento ao paciente e sangue/secreções, deve ser higienizado após o
dos procedimentos de limpeza e uso.
AVENTAL
desinfecção de artigos e superfícies, e de Diariamente os calçados, luvas e avental de
acidente térmico, mecânico e químico. O borracha, devem ser lavados, desinfetados, secos
impermeável deve ser usado nos
e armazenados em local arejado.
procedimentos de limpeza e desinfecção de
artigos e superfícies, sendo que para o
profissional de limpeza protege a roupa
contra umidade.
23 24
13. 3.2 Higienização das mãos: ato simples e 3.3 Imunizações ou bloqueio epidemiológico
fundamental para prevenção e controle de da transmissão de infecções e proteção dos
infecção nos serviços de saúde. profissionais: a vacinação é uma das mais
Lavar as mãos com água e sabonete líquido, com importantes medidas de prevenção de infecções
técnica correta, pode interromper a cadeia de Procurar a sala de vacina mais próxima
transmissão de infecção entre pacientes e
profissionais da área da saúde.
Praticada entre procedimentos, antes e após o 3.4 Riscos ocupacionais e Acidentes de
atendimento individual, ao adentrar e antes de trabalho: os profissionais de saúde, como os
sair do ambiente de trabalho, antes e após uso do demais trabalhadores, estão sujeitos a riscos
banheiro. ocupacionais, portanto, expostos a acidentes do
Antes de calçar as luvas, para não contaminá-las, trabalho, às doenças profissionais e às doenças do
deve-se higienizar as mãos. Após o uso de luvas trabalho. A transmissão ocupacional do HIV e dos
também, pois essas freqüentemente têm micro vírus das hepatites B e C, pelo seu caráter grave,
furos. exige sua inclusão como acidente de trabalho
Devem ser retirados os acessórios que podem seguindo o protocolo da SMS-Ribeirão Preto.
servir de reservatório para microorganismos Iniciar as medidas profiláticas conforme
(anéis, pulseiras, relógios de pulso). orientações do Protocolo da SMS, Kit-Cat, e do
As unhas devem estar sempre aparadas pois Ministério da Saúde do Brasil para Acidentes com
podem abrigar microorganismos causadores de Materiais Biológicos, 1999.
infecção.
ATENÇÃO: Os profissionais, quando acidentados,
HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS devem comunicar seus acidentes em formulário
1. Abrir a torneira com a mão não dominante e próprio, denominado CAT - Comunicação de
molhar as mãos, sem encostar-se à pia ou lavatório. Acidente de Trabalho, em 24 horas e encaminhados
2. Ensaboar as mãos, friccionando a palma, o dorso, aos setores competentes.
PASSOS os espaços interdigitais, polegar, articulações, unhas e
extremidades, dedos, punhos.
3. Enxaguar as mãos.
4. Fechar a torneira com o auxílio de papel toalha.
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14. Bibliografia Consultada
Brasil. Bahia. Secretaria de Saúde do Estado.
Prevenção e Controle de Infecção Hospitalar. APOIO
Orientações Básicas. 1ª Edição. Bahia. 1998.
Brasil. Processamento de Artigos e Superfícies em SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Estabelecimentos de Saúde.2 Ed. Brasília-DF. 1994. DEPARTAMENTO ADMINISTRATIVO E
FINANCEIRO
Brasil. Rio de Janeiro Secretaria de Saúde do Estado.
DIVISÃO DE ENFERMAGEM
Coordenação Estadual de Controle de Infecção
Hospitalar. Guia Prático de Controle de Infecção
PROGRAMA MUNICIPAL DE DST/AIDS DE
Hospitalar. 1999. RIBEIRÃO PRETO
Caldana R.P. Memorial Descritivo SMS-RP. 2006.
Fernandes A.T. e Cols. Infecção Hospitalar e suas
interfaces na Área da Saúde. São Paulo. Ed Atheneu,
2000. “Uma visão sem ação não passa
Goodman e Gilman. Bases Farmacológicas da de um sonho”.
Terapêutica. Rio de Janeiro: G. Koogan, 1991.
Uma ação sem visão é apenas um
Mozachi N. O hospital: manual do ambiente hospitalar.
2.ed. Curitiba: Os Autores, 2005.
passatempo.
Oppermann, C.M. & Pires L.C. Manual de
Mas uma visão com ação pode
biossegurança para serviços de saúde — Porto Alegre mudar o mundo”
PMPA/SMS/CGVS, 2003. (Autor Desconhecido)
Rodrigues E.A. et al. Infecções Hospitalares:
Prevenção e Controle. São Paulo: Savier.ed, 1997.
Secretaria Municipal da Saúde de Ribeirão Preto.
Versão do manual aprovada em reunião da CCI-SMS
Manual de Limpeza, Desinfecção e Esterilização em
de 12/09/2006.
Unidades de Saúde. 2004
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