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HSA- HIGIENE E SEGURANÇA
ALIMENTAR
CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS
-Noções de microbiologia
-higiene pessoal
-higiene dos utensílios
Um alimento pode tornar-se não seguro e,
consequentemente, causar doença, se estiver
contaminado com pelo menos um dos seguintes
agentes (perigos alimentares):
 1 - Microbiológicos;
 2 - Químicos;
 3 - Físicos.
Perigos
Microbiológicos
Químicos
Físico
Perigos Microbiológicos
- Bactérias – Listeri monocytogenes;
Salmonella spp; - Staphylococcus
aureus; E. coli
-Toxinas - toxina estafilocócica; -
micotoxinas
- Vírus - hepatite A
Perigos Físicos
-Vidro
- Metal
- Plástico
-Tinta
-Joias
-Cabelos, pelos
-Ossos, Espinhas
-Pele
-Caroços
-Sementes
Perigos Químicos
- Resíduos de pesticidas
- Agentes de limpeza e desinfeção
- Metais pesados
- Óleos, Lubrificantes
Os microrganismos
O QUE SÃO OS MICRORGANISMOS?
São seres vivos não visíveis a olho nu, com
ciclos de vida muito organizados,
presentes em toda a natureza.
Muitos são completamente inofensivos
para o homem tendo até funções
benéficas, tais como:
-Os que existem naturalmente no tubo
digestivo facilitando a digestão e absorção dos
alimentos;
-Os que asseguram a destruição dos cadáveres na
natureza;
-Os que podem ser utilizados na produção de
alimentos.
Exemplos: queijos, bebidas alcoólicas, iogurtes,
pão, etc.,
Outros podem causar doenças, sendo
por isso designados de patogénicos.
Grupo de
Microrganismos
de Interesse na
Indústria
Alimentar
Bactérias
Bolores
Leveduras
Vírus
Parasitas
De todos os microrganismos que
referimos, as bactérias, são os
microrganismos de maior
importância, pois são responsáveis
pela ocorrência de um elevado
número de toxinfeções alimentares.
BACTÉRIAS
São seres de dimensões reduzidas, o seu
tamanho é da ordem do micro.
São apenas observadas ao microscópio e
apresentam várias formas consoante a
espécie.
O que faz as bactérias desenvolverem-se?
As bactérias precisam de alimento, água, temperatura e tempo para se
desenvolverem:
1 - Alimento e Água: as bactérias crescem muito bem em alimentos ricos em
proteínas e água (carne, peixe, gelados, ovos);
2 - Temperatura: a maior parte das bactérias precisam de temperaturas
mornas para se desenvolverem. As patogénicas crescem melhor à
temperatura de 37ºC (temperatura corporal) mas conseguem crescer entre
os 5 e os 65ºC (esta é a chamada zona de risco de temperaturas);
3 - Tempo: se as restantes condições forem adequadas (alimento, água e
temperatura) as bactérias podem desenvolver-se muito rapidamente,
duplicando o seu número em cada 20 minutos.
Se um alimento for deixado na zona de risco, uma só bactéria pode
multiplicar-se em 2 milhões apenas em 7 horas.
Multiplicação dos microrganismos
BOLORES
Este grupo de microrganismos apresenta como
principal características o facto de se desenvolverem
apenas na presença de oxigénio.
A sua estrutura é constituída por filamentos
ramificados.
O tempo necessário para o desenvolvimento dos
bolores varia em função da temperatura, humidade e
da higiene do local onde se encontram os alimentos.
LEVEDURAS
São fungos microscópicos de forma ovoide e tamanho
superior ao das bactérias, apenas observáveis ao
microscópio.
Têm um papel de destaque na indústria alimentar.
Participam no fabrico de numerosos produtos
alimentares como é o caso da cerveja, da cidra, do
vinho, dos queijos e na produção industrial de
proteínas.
As leveduras intervêm frequentemente
como agentes de contaminação e
degradação dos produtos alimentares
sobretudo dos acidificados, açucarados e
alcoolizados, provocando a sua
deterioração.
VÍRUS
Vírus são pequenos seres parasitas formados
por uma cápsula proteica que podem infetar
organismos vivos (seres humanos ou
animais).
PARASITAS
Os parasitas são seres vivos
que retiram de outros
organismos os recursos
necessários para a sua
sobrevivência.
Os microrganismos, como qualquer ser vivo,
necessitam de determinadas condições para
viverem e se multiplicarem.
Fatores que influenciam o
desenvolvimento dos microrganismos
Estes fatores podem ser divididos em:
- Intrínsecos, quando dizem respeito
diretamente ao produto,
nomeadamente à sua natureza,
composição em nutrientes e teor em
água;
- Extrínsecos, quando dizem respeito
ao ambiente que rodeia os produtos
(temperatura e a humidade).
O PH
 É uma medida indicadora do grau de acidez de um
produto. Varia entre 0 e 14, sendo o pH:
 Ácido, quando o valor se situa entre 1 e 6 (limão;
vinagre);
 Neutro, quando o valor é próximo de 7 (água pura);
 Alcalino ou básico, quando o valor se situa entre 8 e
14.
Fatores intrínsecos
A atividade da Água
As bactérias necessitam de água para se multiplicarem
no entanto, a falta de água não os destrói, apenas
inibe o seu desenvolvimento.
Nutrientes
Os alimentos pela sua natureza animal ou vegetal
fornecem os nutrientes necessários para o
desenvolvimento microbiano, uma vez que dispõem
de diversos constituintes que são fontes de energia,
tais como: as proteínas, os glúcidos, os sais minerais,
entre outros.
Os microrganismos, por sua vez não os utilizam estes
fatores do mesmo modo.
Os bolores e as leveduras são menos exigentes em
água do que as bactérias por isso conseguem
desenvolver-se em alimentos mais secos.
As bactérias desenvolvem-se de preferência sobre
géneros alimentícios de origem animal (carne,
pescado, ovos, produtos lácteos) que lhes fornecem
glúcidos, proteínas, gorduras, vitaminas e outros
fatores de crescimento. Estes são considerados
alimentos de alto risco.
A Temperatura
Os microrganismos podem
crescer num gama muito vasta
de temperaturas.
Para isso, teremos que ter em
conta as temperaturas
favoráveis ou mesmo as
temperaturas ótimas, assim
como o efeito dos dois tipos de
temperaturas desfavoráveis, isto
é o calor e o frio.
Fatores extrínsecos
GRUPO DE
MICRORGANISMOS
TEMPERATURA
ÓTIMA
GAMA OSERVAÇÕES
Psicrófilos +15ºC 0 a + 20ºC Neste grupo estão
incluídos os
microrganismos que
causam alterações
aos produtos
acondicionamento
nas câmaras de
refrigeração.
Psicrotróficos +20ºc a +30ºc 0 a +35ºc Neste Grupo estão
incluídos o
Clostridium botulino
Listeria
monocytogenes,
Yersinia
enterocolitica.
GRUPO DE MICRORGANISMOS TEMPERATURA
ÓTIMA
GAMA OSERVAÇÕES
Mesofilos +20ºC a +45ºC +15ºC a +45ºC
Neste grupo
encontram-se as
bactérias
patogénicas
causadoras de
intoxicações
alimentares.
Termófilos +55ºC a +65ºC +45ºC a +80ºC
Neste grupo
encontram-se as
bactérias que são
resistentes ao calor.
As temperaturas “mornas” convêm bastante às
bactérias patogénicas, por isso, deve-se evitar a
manutenção dos alimentos, sobretudo, pratos
cozinhados e de origem animal, +5ºc e +65ºc.
O calor mata os microrganismos
Humidade Relativa
Este parâmetro é importante porque condiciona o
desenvolvimento dos microrganismos, principalmente à
superfície do produto.
Assim, quando se armazena um produto seco, numa
atmosfera com elevada humidade relativa (HR), verifica-se
uma captação dessa água ambiental pelo alimento, o que
favorece a multiplicação dos microrganismos
O efeito Conservador do frio
O frio aumenta o tempo de geração das bactérias. A
temperatura baixas, entre os 0ºC e os +5ºC o
desenvolvimento bacteriano é muito lento.
Abaixo de -12ºC, as bactérias não se multiplicam mas
também não morrem, permanecem ativas. Só a
temperaturas próximas dos – 18ºC é que se verifica
paragem do seu crescimento, ficando “adormecidas”,
podendo no entanto, retomar a sua atividade se
houver qualquer variação na temperatura.
O efeito destruidor do calor
A partir de uma certa
temperatura, aplicada
durante um determinado
tempo, as bactérias são
destruídas.
Verifica-se que à temperatura
de ebulição da água
(+100ºC) durante 15
minutos, a maioria dos
microrganismos são
destruídos, assim como a
maioria das suas substâncias
tóxicas- Toxinas.
Fontes de contaminação dos
alimentos
O Homem
Os seres humanos possuem no seu organismo
microrganismos inofensivos para si mas que poderão
tornar-se patogénicos quando em contacto com os
alimentos.
Os animais
Os animais são particularmente importantes em
relação à higiene, não só porque a pele e os
intestinos são reservatórios habituais de
microrganismos, como podem ser vetores de
contaminação para os produtos de origem vegetal ou
animal.
A água
A água, onde praticamente todos os microrganismos
vivem com facilidade, tem extrema importância na
restauração, sendo de salientar a que é utilizada nas
lavagens e desinfeções. Quando conspurcada é uma
fonte de contaminação importante.
As Toxinfecções Alimentares
As doenças transmitidas pelos
alimentos, constituem um dos
maiores problemas de saúde
pública dos nossos dias, não só
pelo número de pessoas afetadas
mas também pelas consequências
económicas para as empresas ou
estabelecimentos responsáveis
pela origem da doença.
As toxinfeções podem ser divididas em:
-Intoxicações alimentares, onde os microrganismos
presentes nos alimentos produzem toxinas que vão
causar a doença aquando da ingestão do alimento.
-Infeções alimentares, os microrganismos presentes no
alimento ao serem ingeridos multiplicam-se no
organismo do hospedeiro e causam a doença.
Microrganismos Agentes de Toxinfecções
As toxinfeções alimentares são provocadas por
bactérias, fungos, vírus e parasitas que quando
presentes nos alimentos ingeridos podem provocar
uma reação adversa para o consumidor.
Os microrganismos que mais frequentemente estão
envolvidos em casos de toxinfeções alimentares são:
Staphylococcus aureus ; Salmonella spp;Escherichia coli
Clostridium botulinum ;Bacilos cereus
Shigella sonnei
Medidas preventivas
A prevenção deste tipo de intoxicações
esta associado a:
-Boas práticas de Higiene e
manipulação dos alimentos
-Impedir a contaminação dos
alimentos pelo Homem e animais
domésticos
-Vigiar o estado de saúde dos
manipuladores
-Manter os alimentos fora da
temperatura perigosa (+5ºC a
+65ºC).
MICRORGANISMOS
ALIMENTOS
IMPLICADOS
SINTOMAS
PERÍODO DE
INCUBAÇÃO
PREVENÇÃO
Staphylococcus
aureus
Carne, frango,
saladas,
maionese,
alimentos
conservados,
fora do
frigorifico
Náuseas,vómitos,
dores abdominais,
diarreia
2 a 4 h
Higiene geral;
Refrigeração
rápida adequada;
Aquecimento
apropriado
Salmonella
Carnes, frango
ovos, leite e
produtos
lácteos
Náuseas, vómitos,
diarreia e febre
12 a 36 h
Higiene geral;
Respeitar cadeia
de frio;
Separar os crus
dos cozinhados.
MICRORGANISMOS
ALIMENTOS
IMPLICADOS
SINTOMAS
PERÍODO DE
INCUBAÇÃO
PREVENÇÃO
Escherichia coli
Carnes e
alimentos com
muita
água(leite e
produtos
lácteos)
Náuseas, vómitos,
diarreia
1 a 3 dias
Higiene geral;
Separar os crus
dos cozinhados.
Clostridium
botulinum
Conservas de
carne, vegetais
e de peixe
Náuseas, vómitos,
fraqueza, visão
dupla, paralisia doa
músculos
12 a 36 h
Verificar
integridade dos
enlatados;
Lavar e
desinfectar
vegetais.
MICRORGANISMOS
ALIMENTOS
IMPLICADOS
SINTOMAS
PERÍODO DE
INCUBAÇÃO
PREVENÇÃO
Bacilos cereus
Amido, Cereais,
batata, arroz,
massa
Náuseas, vómitos,
diarreia
1 a 6 h
Toxina diarreica
8 a 16h
Toxina emética
Higiene geral;
Arrefecimento
rápido do arroz;
Preparar
pequenas
quantidades.
Shigella sonnei
Charcutaria,
cremes
mariscos
saladas e
pratos
preparados
Cólicas, fezes
ensanguentadas e
purulentas,
diarreia, febre e
vómitos
12 a 50 h
Higiene do
pessoal;
Arrefecimento
rápido dos
alimentos;
Combate a
insetos e
roedores (vetores
de transmissão);
Desinfeção dos
Higiene Pessoal
“Qualquer pessoa, mesmo que seja saudável, pode
contaminar os alimentos com microrganismos que
poderão causar doenças a quem consome esses
alimentos. Microrganismos são seres vivos muito
pequenos, que só se conseguem ver ao microscópio e
que incluem bolores, leveduras, vírus e bactérias.”
Muitos dos microrganismos vivem
em diversas partes do nosso corpo,
onde normalmente não causam
doenças, mas quando presentes
nos alimentos podem causar
infeções ou intoxicações.
Um manipulador de alimentos tem
que manter uma higiene cuidada,
para não transmitir
microrganismos aos alimentos.
Estes, quando encontram as
condições adequadas para se
multiplicarem, podendo causar
doenças graves nos consumidores.
Os profissionais de restauração têm a
responsabilidade de servirem aos seus
“clientes” uma alimentação saudável preparada
em boas condições de higiene. Para que isto se
verifique é necessário que:
As refeições tenham qualidade nutritiva e
organoléticas;
Tenham qualidade higiénica, não pondo em risco
a saúde dos consumidores.
EXAMES MÉDICOS
No início da sua atividade profissional e
pelo menos uma vez por ano, o pessoal
do sector alimentar deve efetuar um
exame médico completo.
Na existência de feridas e Cortes, interessa
impedir que a ferida entre em contacto
com os alimentos.
Proteção de Feridas
Assim os colaboradores devem:
-Cobrir as feridas e cortes com pensos
impermeáveis de cores vivas;
-Utilizar dedeiras ou luvas descartáveis.
FARDAMENTO
 Utilizar vestuário exclusivo e adequado às tarefas a
desempenhar.
 Todo o pessoal da produção deve usar
obrigatoriamente proteção para a cabeça (touca), e
ganchos de cabelo quando necessário.
 O vestuário deve ser mantido limpo, engomado e
protegido.
 Usar calçado adequado (cómodo e antiderrapante),
resistente e de uso exclusivo dentro das
instalações.
Não usar outras peças do vestuário por
cima do fardamento.
Sempre que abandonem as instalações
durante o período de trabalho, não
devem levar as peças de fardamento
vestidas.
Não usar joias nem adornos (anéis,
pulseiras, fios e brincos).
Hábitos de Higiene Pessoal
•Manter as mãos e antebraços
perfeitamente limpos.
•Usar as unhas curtas, limpas e sem
verniz.
•Manter o cabelo limpo, de
preferência curto e bem protegido.
•Não deve usar perfumes e
aftershaves fortes.
Como lavar as mãos?
-Molhar muito bem as mãos e antebraços com água
corrente, quente e potável;
-Ensaboar bem as mãos com o sabão líquido, lavando bem
os espaços interdigitais, as palmas das mãos, os polegares e
os antebraços;
-Lavar as unhas com escova própria (que deverá ser
mantida limpa e seca entre as utilizações);
-Passar por água corrente, quente e potável para remover
todo o sabão;
-Deitar o líquido desinfetante nas mãos e espalhar
bem pelas próprias e pelos antebraços (esta operação
deverá demorar entre 20 a 30 segundos);
-Passar abundantemente por água quente, corrente e
potável;
-Secar as mãos com toalhetes de papel descartável.
Quando se devem lavar as mãos?
•Antes de iniciar o trabalho.
•Depois de utilizar os sanitários.
•Depois de transportar lixo.
•Quando se muda de preparação (tarefa).
•Após manipulação de alimentos crus.
•Antes e após as refeições.
•Quando mexe no nariz, olhos, cabelo ou qualquer outra parte
do corpo.
•Depois de proteger espirro ou tosse.
•Depois de usar o lenço….
•Depois de manipular produto de limpeza.
•Sempre que se considere necessário.
5-Proibições
•Não soprar para partes de utensílios ou equipamentos que
entrem em contacto com os alimentos.
•Evitar tossir ou espirrar para cima dos alimentos.
•Não cuspir ou expetorar dentro das instalações.
•Falar o mínimo indispensável e não muito alto.
•Não fumar nos locais de trabalho.
•Não comer ou mascar pastilhas nos locais de trabalho.
REGRAS PRÁTICAS DE HIGIENE E SEGURANÇA
DIÁRIAS
O que deve fazer no início e fim do dia de
trabalho em qualquer estabelecimento de
restauração coletiva:
NO INÍCIO DO DIA:
 Só deve entrar e permanecer num local onde se
manipulam alimentos, se estiver de boa saúde
(feridas infetadas, furúnculos, diarreia, anginas,
etc., podem ser uma fonte importante de
contaminação dos alimentos);
 As feridas devem ser protegidas com pensos
impermeáveis. Quando necessário usar luvas de
borracha ou dedeiras;
 Verificar a presença de algum cheiro anormal,
por exemplo gás. Se tal acontecer, abrir as
janelas e portas e verificar as torneiras de
segurança.
 Não acender as luzes, enquanto o cheiro
persistir;
 Equipar-se corretamente, usar exclusivamente o
vestuário de trabalho, incluindo sapatos próprios e
proteção de cabeça que cubra efetivamente o cabelo.
Deixar as roupas e objetos pessoas devidamente
arrumados nos armários individuais;
 Limpar as superfícies de trabalho e colocar bem
acessíveis todos os instrumentos e utensílios
necessários às tarefas que se vão realizar;
 Lavar bem as mãos.
NO FIM DO DIA
 Lavar, secar e arrumar a loiça ao abrigo de
poeiras e possíveis visitantes noturnos (baratas,
ratos, etc.);
 Colocar os sacos de lixo, devidamente fechados,
em local onde possam ser recolhidos, mas
protegidos do acesso dos animais da rua;
 Lavar os contentores, desinfetá-los e deixá-los
de forma invertida para secarem (não se deve
colocar novos sacos de plástico com os
contentores molhados);
 Lavar as superfícies de trabalho, paredes e chão. Não
varrer a seco. Para além da limpeza e desinfeção
diárias, efetuar-se-ão periodicamente limpezas
profundas (segundo um plano de higiene/limpeza);
 Verificar se as torneiras de segurança do gás e da
água estão fechadas. Apagar as luzes;
 Finalmente dirigir-se aos vestiários, mudar o
vestuário, efetuar a sua “toilette” pessoal e sair das
instalações.
HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES,
UTENSÍLIOS, MATERIAIS
E EQUIPAMENTOS
 A importância da limpeza tem início, logo na receção de
mercadorias, pois é aí, que os alimentos têm o seu
primeiro contacto com os elementos físicos de uma
unidade de Restauração.
Devemos de uma forma geral, ter em atenção que os(as):
PAVIMENTOS
Devem estar limpos e desinfetados, sem
mosaicos partidos, sem fissuras ou
descontinuidades, nem qualquer tipo de buraco
ou fratura; sendo que qualquer ralo de ligação
ao esgoto, deve possuir tampas ou grades de
proteção. A higienização deve ser prevista em
programa específico.
PAREDES
Têm de estar limpas, tendo especial atenção
as que são revestidas de azulejo, pois deve
ter-se o cuidado de não deixar que entre as
frestas se acumulem gorduras ou bolores. Por
esta razão, aconselha-se que as paredes sejam
revestidas com um material liso, até à altura
adequada às operações.
TETOS E JANELAS
Tetos –não podem ter indícios de humidade nem
proliferação de bolores. Devem, igualmente,
estar isentos de teias de aranha.
Janelas – não devem ter acumulação de sujidade,
devendo estar protegidas com redes
mosquiteiras para impedirem a entrada de insetos. Os
vidros devem estar sempre impecavelmente limpos.
PORTAS E ESCADAS
Portas– as portas e respetivos manípulos devem ter
cuidados permanentes de limpeza.
Escadas, elevadores e equipamentos acessórios – não
devem ser menos cuidados em
procedimentos de higiene e desinfeção que os outros
locais.
Limpeza e Desinfeção
Pessoal de Limpeza
•Deve usar roupa adequada e exclusiva para esse fim
•Não deve contactar diretamente com a produção de
alimentos
Superfícies de Trabalho,
Materiais, Utensílios e
Equipamentos
1-O conjunto dos materiais,
utensílios e equipamentos
em contacto direto com os
alimentos devem ser limpos
e desinfetados logo após a
sua utilização, para evitar a
contaminação dos
alimentos.
3-Os equipamentos de frio devem ser limpos e
desinfetados a fundo uma vez por semana.
4-Os exaustores devem ser limpos com uma periodicidade
que permita evitar a formação de gotas de gordura e
acumulação de pós e detritos.
2-As máquinas em contacto direto com os alimentos
devem ser desmontadas e higienizadas devidamente
após a sua utilização. Devem ser protegidas com
sacos plásticos.
5-Os recipientes de lixo devem ser lavados e desinfetados
diariamente para evitar a acumulação excessiva de detritos.
6-Os equipamentos portáteis tais como, colheres, batedoras,
panelas, frigideiras, etc., deveriam ser protegidos de
qualquer contaminação (ex: película plástica).
LAVAGEM DE LOIÇA GROSSA À MÃO
Com o objetivo de assegurar uma
loiça impecável e reduzir ao
máximo os riscos de toxinfeções
deve fazer-se:
 Realizar a operação numa zona
separada da produção;
 Proceder à operação de modo a
evitar que os restos de alimentos
fiquem incrustados.
MODO DE OPERAR
1º- Lavagem
Realizar com água o mais quente possível;
Com um detergente próprio e não abusar deste.
2º- Enxaguamento- com água quente.
3º- Secagem- é preferível não utilizar panos para realizar esta
operação. O mais indicado será deixar a loiça secar por
escorrência sobre uma grelha própria e invertida.
4º- Arrumação- deve arrumar-se em local próprio, separada e
arrumada ao contrário (para não se realizarem depósitos de
pó e outros no seu interior).
LAVAGEM DE LOIÇA FINA NA MÁQUINA
Modo de Operar:
1º- Assegurar que o equipamento está em ordem para
um perfeito funcionamento:
 Verificar os bicos de lavagem do equipamento
(sujidade, calcário, etc.), cesto próprio, etc.;
 Utilizar detergente próprio e adaptado à dureza da
água;
 Respeitar as doses recomendadas pelo fabricante;
 Verificar a temperatura da água. É necessário fazê-lo
para garantir a eliminação de microrganismos
nocivos e outros.
2º- Eliminação dos dejetos da loiça.
3º- Pré-lavagem manual de loiça.
4º- Lavagem na máquina - por tipo de loiça
-Respeitar as recomendações do fabricante;
-Demasiada loiça ou loiça sobreposta pode
comprometer uma lavagem bem realizada.
5º- Controlo- no final de cada lavagem deve-se controlar o
resultado:
-Todo o material que tenha ficado com sujidade,
deve passar na máquina novamente e sofrer uma
nova lavagem;
A loiça lavada deve ser arrumada num local próprio
e seco.
6º- Limpeza da Máquina
Após a operação, a máquina deve ser limpa, consoante as
instruções do fabricante (cestos e filtros).
Utensílios e Produtos Utilizados na Limpeza e Desinfeção
•Material de manutenção e de limpeza, deve ser mantido
e armazenado separado dos restantes produtos;
•As substâncias perigosas devem ser armazenadas em salas
ou armários fechados à chave;
•Devem ser mantidos nos recipientes
de armazém devidamente
identificados;
•Não utilizar recipientes de produtos
alimentares para armazenar os
produtos de limpeza;
•Seguir as instruções constantes dos
rótulos dos produtos de limpeza e
desinfeção.
Evacuação dos Resíduos
•Os resíduos alimentares devem ser colocados em
recipientes laváveis, munidos de tampa e de
comando não manual, revestido de sacos
impermeáveis de uso único.
•Deve, ser evacuados logo que estejam cheios
ou após cada período de trabalho.
•Lavar e desinfetar os contentores do lixo e deixar
a secar de forma invertida. Não se deve colocar sacos
novos
de plástico em os contentores molhados
CONTROLO DE PRAGAS
Deve ser assegurado que:
As instalações se encontram protegidas contra a
entrada de insetos e roedores;
É solicitado a desinfestação quando se observar sinais
de presença destas pragas;
Quando se proceder à desbaratização e desratização são
tomadas as precauções necessárias para evitar
qualquer contaminação, uma vez que os produtos
químicos utilizados poderão ser tóxicos para o homem;
Os produtos químicos para combater as pragas são
utilizados, aplicados e registados unicamente por
pessoal técnico especializado.
ÁGUA
-Ser suficiente.
-Deve corresponder às características
da qualidade de água para consumo
humano.
-Permitir uma utilização que garanta a
não contaminação dos géneros
alimentícios.
SUPERFÍCIE A SER LIMPA SOLUÇÃO DE LIMPEZA SOLUÇÃO DE DESINFECÇÃO
MÃOS
LAVAR COM SABÃO E ÁGUA QUENTE (40-50ºC)
N-PROPANOL OU ISOPROPANOL
IODÓFOROS OU COMPOSTOS ORGÂNICOS
CLORADOS;
70% ETANOL
VIDRO E LOUÇA
DETERGENTES ALCALINOS NÃO IÓNICOS
HIPOCLORETOS, COMPOSTOS ORGÂNICOS
CLORADOS
AÇO INOXIDÁVEL
DETERGENTES ALCALINOS NÃO IÓNICOS
DETERGENTES DESINFECTANTES OU
MISTURAS DE DETERGENTES ÁCIDOS PARA
REMOVER PRECIPITADOS DE LACTICÍNIOS
IODÓFOROS
PLÁSTICO, BORRACHA, MADEIRA,
TINTA
DETERGENTES ALCALINOS NÃO IÓNICOS;
DETERGENTES DESINFECTANTES
HIPOCLORETOS COMPOSTOS ORGÂNICOS
CLORADOS;
IODÓFOROS, COMPOSTOS DE AMÓNIO
QUATERNÁRIO
ALGODÃO OU FIBRAS SINTÉTICAS
ÁGUA ALCALINA QUENTE (77-80ºC)
DETERGENTES NÃO IÓNICOS
HIPOCLORETOS OU COMPOSTOS ORGÂNICOS
CLORADOS
 Corredores, sanitários, vestiários e outras áreas…
 Detergente com pH alcalino e com cloro. Água entre 0º / 60º C.
Diariamente.
 Câmaras de armazenamento em frio
 Detergentes desengordorantes tensoactivos não iónicos. Água a
cerca de 25º C
 Máquinas e equipamentos
 Detergentes neutros, seguido de enxaguamento e secagem. Água
quente acima dos 60º C. Diariamente. Escovar e esfregar
 Superfícies de trabalho
 Detergentes tensoactivos neutros, iónicos e não iónicos. Água
entre 50º / 60ºC. No final do dia de trabalho, entre paragens e
sempre que necessário.

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Hsa

  • 1. HSA- HIGIENE E SEGURANÇA ALIMENTAR
  • 2. CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS -Noções de microbiologia -higiene pessoal -higiene dos utensílios
  • 3. Um alimento pode tornar-se não seguro e, consequentemente, causar doença, se estiver contaminado com pelo menos um dos seguintes agentes (perigos alimentares):  1 - Microbiológicos;  2 - Químicos;  3 - Físicos.
  • 5. Perigos Microbiológicos - Bactérias – Listeri monocytogenes; Salmonella spp; - Staphylococcus aureus; E. coli -Toxinas - toxina estafilocócica; - micotoxinas - Vírus - hepatite A
  • 6.
  • 7. Perigos Físicos -Vidro - Metal - Plástico -Tinta -Joias -Cabelos, pelos -Ossos, Espinhas -Pele -Caroços -Sementes
  • 8.
  • 9. Perigos Químicos - Resíduos de pesticidas - Agentes de limpeza e desinfeção - Metais pesados - Óleos, Lubrificantes
  • 10.
  • 12. O QUE SÃO OS MICRORGANISMOS? São seres vivos não visíveis a olho nu, com ciclos de vida muito organizados, presentes em toda a natureza.
  • 13. Muitos são completamente inofensivos para o homem tendo até funções benéficas, tais como: -Os que existem naturalmente no tubo digestivo facilitando a digestão e absorção dos alimentos;
  • 14. -Os que asseguram a destruição dos cadáveres na natureza; -Os que podem ser utilizados na produção de alimentos. Exemplos: queijos, bebidas alcoólicas, iogurtes, pão, etc.,
  • 15. Outros podem causar doenças, sendo por isso designados de patogénicos.
  • 16. Grupo de Microrganismos de Interesse na Indústria Alimentar Bactérias Bolores Leveduras Vírus Parasitas
  • 17. De todos os microrganismos que referimos, as bactérias, são os microrganismos de maior importância, pois são responsáveis pela ocorrência de um elevado número de toxinfeções alimentares.
  • 18. BACTÉRIAS São seres de dimensões reduzidas, o seu tamanho é da ordem do micro. São apenas observadas ao microscópio e apresentam várias formas consoante a espécie.
  • 19. O que faz as bactérias desenvolverem-se? As bactérias precisam de alimento, água, temperatura e tempo para se desenvolverem: 1 - Alimento e Água: as bactérias crescem muito bem em alimentos ricos em proteínas e água (carne, peixe, gelados, ovos); 2 - Temperatura: a maior parte das bactérias precisam de temperaturas mornas para se desenvolverem. As patogénicas crescem melhor à temperatura de 37ºC (temperatura corporal) mas conseguem crescer entre os 5 e os 65ºC (esta é a chamada zona de risco de temperaturas);
  • 20. 3 - Tempo: se as restantes condições forem adequadas (alimento, água e temperatura) as bactérias podem desenvolver-se muito rapidamente, duplicando o seu número em cada 20 minutos. Se um alimento for deixado na zona de risco, uma só bactéria pode multiplicar-se em 2 milhões apenas em 7 horas. Multiplicação dos microrganismos
  • 21.
  • 22. BOLORES Este grupo de microrganismos apresenta como principal características o facto de se desenvolverem apenas na presença de oxigénio. A sua estrutura é constituída por filamentos ramificados. O tempo necessário para o desenvolvimento dos bolores varia em função da temperatura, humidade e da higiene do local onde se encontram os alimentos.
  • 23. LEVEDURAS São fungos microscópicos de forma ovoide e tamanho superior ao das bactérias, apenas observáveis ao microscópio. Têm um papel de destaque na indústria alimentar. Participam no fabrico de numerosos produtos alimentares como é o caso da cerveja, da cidra, do vinho, dos queijos e na produção industrial de proteínas.
  • 24. As leveduras intervêm frequentemente como agentes de contaminação e degradação dos produtos alimentares sobretudo dos acidificados, açucarados e alcoolizados, provocando a sua deterioração.
  • 25. VÍRUS Vírus são pequenos seres parasitas formados por uma cápsula proteica que podem infetar organismos vivos (seres humanos ou animais).
  • 26. PARASITAS Os parasitas são seres vivos que retiram de outros organismos os recursos necessários para a sua sobrevivência.
  • 27. Os microrganismos, como qualquer ser vivo, necessitam de determinadas condições para viverem e se multiplicarem. Fatores que influenciam o desenvolvimento dos microrganismos
  • 28. Estes fatores podem ser divididos em: - Intrínsecos, quando dizem respeito diretamente ao produto, nomeadamente à sua natureza, composição em nutrientes e teor em água; - Extrínsecos, quando dizem respeito ao ambiente que rodeia os produtos (temperatura e a humidade).
  • 29. O PH  É uma medida indicadora do grau de acidez de um produto. Varia entre 0 e 14, sendo o pH:  Ácido, quando o valor se situa entre 1 e 6 (limão; vinagre);  Neutro, quando o valor é próximo de 7 (água pura);  Alcalino ou básico, quando o valor se situa entre 8 e 14. Fatores intrínsecos
  • 30.
  • 31. A atividade da Água As bactérias necessitam de água para se multiplicarem no entanto, a falta de água não os destrói, apenas inibe o seu desenvolvimento.
  • 32. Nutrientes Os alimentos pela sua natureza animal ou vegetal fornecem os nutrientes necessários para o desenvolvimento microbiano, uma vez que dispõem de diversos constituintes que são fontes de energia, tais como: as proteínas, os glúcidos, os sais minerais, entre outros.
  • 33. Os microrganismos, por sua vez não os utilizam estes fatores do mesmo modo. Os bolores e as leveduras são menos exigentes em água do que as bactérias por isso conseguem desenvolver-se em alimentos mais secos. As bactérias desenvolvem-se de preferência sobre géneros alimentícios de origem animal (carne, pescado, ovos, produtos lácteos) que lhes fornecem glúcidos, proteínas, gorduras, vitaminas e outros fatores de crescimento. Estes são considerados alimentos de alto risco.
  • 34. A Temperatura Os microrganismos podem crescer num gama muito vasta de temperaturas. Para isso, teremos que ter em conta as temperaturas favoráveis ou mesmo as temperaturas ótimas, assim como o efeito dos dois tipos de temperaturas desfavoráveis, isto é o calor e o frio. Fatores extrínsecos
  • 35. GRUPO DE MICRORGANISMOS TEMPERATURA ÓTIMA GAMA OSERVAÇÕES Psicrófilos +15ºC 0 a + 20ºC Neste grupo estão incluídos os microrganismos que causam alterações aos produtos acondicionamento nas câmaras de refrigeração. Psicrotróficos +20ºc a +30ºc 0 a +35ºc Neste Grupo estão incluídos o Clostridium botulino Listeria monocytogenes, Yersinia enterocolitica.
  • 36. GRUPO DE MICRORGANISMOS TEMPERATURA ÓTIMA GAMA OSERVAÇÕES Mesofilos +20ºC a +45ºC +15ºC a +45ºC Neste grupo encontram-se as bactérias patogénicas causadoras de intoxicações alimentares. Termófilos +55ºC a +65ºC +45ºC a +80ºC Neste grupo encontram-se as bactérias que são resistentes ao calor.
  • 37. As temperaturas “mornas” convêm bastante às bactérias patogénicas, por isso, deve-se evitar a manutenção dos alimentos, sobretudo, pratos cozinhados e de origem animal, +5ºc e +65ºc.
  • 38. O calor mata os microrganismos Humidade Relativa Este parâmetro é importante porque condiciona o desenvolvimento dos microrganismos, principalmente à superfície do produto. Assim, quando se armazena um produto seco, numa atmosfera com elevada humidade relativa (HR), verifica-se uma captação dessa água ambiental pelo alimento, o que favorece a multiplicação dos microrganismos
  • 39. O efeito Conservador do frio O frio aumenta o tempo de geração das bactérias. A temperatura baixas, entre os 0ºC e os +5ºC o desenvolvimento bacteriano é muito lento. Abaixo de -12ºC, as bactérias não se multiplicam mas também não morrem, permanecem ativas. Só a temperaturas próximas dos – 18ºC é que se verifica paragem do seu crescimento, ficando “adormecidas”, podendo no entanto, retomar a sua atividade se houver qualquer variação na temperatura.
  • 40. O efeito destruidor do calor A partir de uma certa temperatura, aplicada durante um determinado tempo, as bactérias são destruídas. Verifica-se que à temperatura de ebulição da água (+100ºC) durante 15 minutos, a maioria dos microrganismos são destruídos, assim como a maioria das suas substâncias tóxicas- Toxinas.
  • 41. Fontes de contaminação dos alimentos
  • 42. O Homem Os seres humanos possuem no seu organismo microrganismos inofensivos para si mas que poderão tornar-se patogénicos quando em contacto com os alimentos.
  • 43. Os animais Os animais são particularmente importantes em relação à higiene, não só porque a pele e os intestinos são reservatórios habituais de microrganismos, como podem ser vetores de contaminação para os produtos de origem vegetal ou animal.
  • 44. A água A água, onde praticamente todos os microrganismos vivem com facilidade, tem extrema importância na restauração, sendo de salientar a que é utilizada nas lavagens e desinfeções. Quando conspurcada é uma fonte de contaminação importante.
  • 45. As Toxinfecções Alimentares As doenças transmitidas pelos alimentos, constituem um dos maiores problemas de saúde pública dos nossos dias, não só pelo número de pessoas afetadas mas também pelas consequências económicas para as empresas ou estabelecimentos responsáveis pela origem da doença.
  • 46. As toxinfeções podem ser divididas em: -Intoxicações alimentares, onde os microrganismos presentes nos alimentos produzem toxinas que vão causar a doença aquando da ingestão do alimento. -Infeções alimentares, os microrganismos presentes no alimento ao serem ingeridos multiplicam-se no organismo do hospedeiro e causam a doença.
  • 47. Microrganismos Agentes de Toxinfecções As toxinfeções alimentares são provocadas por bactérias, fungos, vírus e parasitas que quando presentes nos alimentos ingeridos podem provocar uma reação adversa para o consumidor. Os microrganismos que mais frequentemente estão envolvidos em casos de toxinfeções alimentares são: Staphylococcus aureus ; Salmonella spp;Escherichia coli Clostridium botulinum ;Bacilos cereus Shigella sonnei
  • 48. Medidas preventivas A prevenção deste tipo de intoxicações esta associado a: -Boas práticas de Higiene e manipulação dos alimentos -Impedir a contaminação dos alimentos pelo Homem e animais domésticos -Vigiar o estado de saúde dos manipuladores -Manter os alimentos fora da temperatura perigosa (+5ºC a +65ºC).
  • 49. MICRORGANISMOS ALIMENTOS IMPLICADOS SINTOMAS PERÍODO DE INCUBAÇÃO PREVENÇÃO Staphylococcus aureus Carne, frango, saladas, maionese, alimentos conservados, fora do frigorifico Náuseas,vómitos, dores abdominais, diarreia 2 a 4 h Higiene geral; Refrigeração rápida adequada; Aquecimento apropriado Salmonella Carnes, frango ovos, leite e produtos lácteos Náuseas, vómitos, diarreia e febre 12 a 36 h Higiene geral; Respeitar cadeia de frio; Separar os crus dos cozinhados.
  • 50. MICRORGANISMOS ALIMENTOS IMPLICADOS SINTOMAS PERÍODO DE INCUBAÇÃO PREVENÇÃO Escherichia coli Carnes e alimentos com muita água(leite e produtos lácteos) Náuseas, vómitos, diarreia 1 a 3 dias Higiene geral; Separar os crus dos cozinhados. Clostridium botulinum Conservas de carne, vegetais e de peixe Náuseas, vómitos, fraqueza, visão dupla, paralisia doa músculos 12 a 36 h Verificar integridade dos enlatados; Lavar e desinfectar vegetais.
  • 51. MICRORGANISMOS ALIMENTOS IMPLICADOS SINTOMAS PERÍODO DE INCUBAÇÃO PREVENÇÃO Bacilos cereus Amido, Cereais, batata, arroz, massa Náuseas, vómitos, diarreia 1 a 6 h Toxina diarreica 8 a 16h Toxina emética Higiene geral; Arrefecimento rápido do arroz; Preparar pequenas quantidades. Shigella sonnei Charcutaria, cremes mariscos saladas e pratos preparados Cólicas, fezes ensanguentadas e purulentas, diarreia, febre e vómitos 12 a 50 h Higiene do pessoal; Arrefecimento rápido dos alimentos; Combate a insetos e roedores (vetores de transmissão); Desinfeção dos
  • 53. “Qualquer pessoa, mesmo que seja saudável, pode contaminar os alimentos com microrganismos que poderão causar doenças a quem consome esses alimentos. Microrganismos são seres vivos muito pequenos, que só se conseguem ver ao microscópio e que incluem bolores, leveduras, vírus e bactérias.”
  • 54. Muitos dos microrganismos vivem em diversas partes do nosso corpo, onde normalmente não causam doenças, mas quando presentes nos alimentos podem causar infeções ou intoxicações. Um manipulador de alimentos tem que manter uma higiene cuidada, para não transmitir microrganismos aos alimentos. Estes, quando encontram as condições adequadas para se multiplicarem, podendo causar doenças graves nos consumidores.
  • 55. Os profissionais de restauração têm a responsabilidade de servirem aos seus “clientes” uma alimentação saudável preparada em boas condições de higiene. Para que isto se verifique é necessário que: As refeições tenham qualidade nutritiva e organoléticas; Tenham qualidade higiénica, não pondo em risco a saúde dos consumidores.
  • 56. EXAMES MÉDICOS No início da sua atividade profissional e pelo menos uma vez por ano, o pessoal do sector alimentar deve efetuar um exame médico completo.
  • 57. Na existência de feridas e Cortes, interessa impedir que a ferida entre em contacto com os alimentos. Proteção de Feridas
  • 58. Assim os colaboradores devem: -Cobrir as feridas e cortes com pensos impermeáveis de cores vivas; -Utilizar dedeiras ou luvas descartáveis.
  • 59. FARDAMENTO  Utilizar vestuário exclusivo e adequado às tarefas a desempenhar.  Todo o pessoal da produção deve usar obrigatoriamente proteção para a cabeça (touca), e ganchos de cabelo quando necessário.  O vestuário deve ser mantido limpo, engomado e protegido.  Usar calçado adequado (cómodo e antiderrapante), resistente e de uso exclusivo dentro das instalações.
  • 60. Não usar outras peças do vestuário por cima do fardamento. Sempre que abandonem as instalações durante o período de trabalho, não devem levar as peças de fardamento vestidas. Não usar joias nem adornos (anéis, pulseiras, fios e brincos).
  • 61. Hábitos de Higiene Pessoal •Manter as mãos e antebraços perfeitamente limpos. •Usar as unhas curtas, limpas e sem verniz. •Manter o cabelo limpo, de preferência curto e bem protegido. •Não deve usar perfumes e aftershaves fortes.
  • 62. Como lavar as mãos? -Molhar muito bem as mãos e antebraços com água corrente, quente e potável; -Ensaboar bem as mãos com o sabão líquido, lavando bem os espaços interdigitais, as palmas das mãos, os polegares e os antebraços; -Lavar as unhas com escova própria (que deverá ser mantida limpa e seca entre as utilizações); -Passar por água corrente, quente e potável para remover todo o sabão;
  • 63. -Deitar o líquido desinfetante nas mãos e espalhar bem pelas próprias e pelos antebraços (esta operação deverá demorar entre 20 a 30 segundos); -Passar abundantemente por água quente, corrente e potável; -Secar as mãos com toalhetes de papel descartável.
  • 64. Quando se devem lavar as mãos? •Antes de iniciar o trabalho. •Depois de utilizar os sanitários. •Depois de transportar lixo. •Quando se muda de preparação (tarefa). •Após manipulação de alimentos crus. •Antes e após as refeições. •Quando mexe no nariz, olhos, cabelo ou qualquer outra parte do corpo. •Depois de proteger espirro ou tosse. •Depois de usar o lenço…. •Depois de manipular produto de limpeza. •Sempre que se considere necessário.
  • 65. 5-Proibições •Não soprar para partes de utensílios ou equipamentos que entrem em contacto com os alimentos. •Evitar tossir ou espirrar para cima dos alimentos. •Não cuspir ou expetorar dentro das instalações. •Falar o mínimo indispensável e não muito alto. •Não fumar nos locais de trabalho. •Não comer ou mascar pastilhas nos locais de trabalho.
  • 66. REGRAS PRÁTICAS DE HIGIENE E SEGURANÇA DIÁRIAS O que deve fazer no início e fim do dia de trabalho em qualquer estabelecimento de restauração coletiva:
  • 67. NO INÍCIO DO DIA:  Só deve entrar e permanecer num local onde se manipulam alimentos, se estiver de boa saúde (feridas infetadas, furúnculos, diarreia, anginas, etc., podem ser uma fonte importante de contaminação dos alimentos);  As feridas devem ser protegidas com pensos impermeáveis. Quando necessário usar luvas de borracha ou dedeiras;
  • 68.  Verificar a presença de algum cheiro anormal, por exemplo gás. Se tal acontecer, abrir as janelas e portas e verificar as torneiras de segurança.  Não acender as luzes, enquanto o cheiro persistir;
  • 69.  Equipar-se corretamente, usar exclusivamente o vestuário de trabalho, incluindo sapatos próprios e proteção de cabeça que cubra efetivamente o cabelo. Deixar as roupas e objetos pessoas devidamente arrumados nos armários individuais;  Limpar as superfícies de trabalho e colocar bem acessíveis todos os instrumentos e utensílios necessários às tarefas que se vão realizar;  Lavar bem as mãos.
  • 70. NO FIM DO DIA  Lavar, secar e arrumar a loiça ao abrigo de poeiras e possíveis visitantes noturnos (baratas, ratos, etc.);  Colocar os sacos de lixo, devidamente fechados, em local onde possam ser recolhidos, mas protegidos do acesso dos animais da rua;  Lavar os contentores, desinfetá-los e deixá-los de forma invertida para secarem (não se deve colocar novos sacos de plástico com os contentores molhados);
  • 71.  Lavar as superfícies de trabalho, paredes e chão. Não varrer a seco. Para além da limpeza e desinfeção diárias, efetuar-se-ão periodicamente limpezas profundas (segundo um plano de higiene/limpeza);  Verificar se as torneiras de segurança do gás e da água estão fechadas. Apagar as luzes;  Finalmente dirigir-se aos vestiários, mudar o vestuário, efetuar a sua “toilette” pessoal e sair das instalações.
  • 73.  A importância da limpeza tem início, logo na receção de mercadorias, pois é aí, que os alimentos têm o seu primeiro contacto com os elementos físicos de uma unidade de Restauração. Devemos de uma forma geral, ter em atenção que os(as):
  • 74. PAVIMENTOS Devem estar limpos e desinfetados, sem mosaicos partidos, sem fissuras ou descontinuidades, nem qualquer tipo de buraco ou fratura; sendo que qualquer ralo de ligação ao esgoto, deve possuir tampas ou grades de proteção. A higienização deve ser prevista em programa específico.
  • 75. PAREDES Têm de estar limpas, tendo especial atenção as que são revestidas de azulejo, pois deve ter-se o cuidado de não deixar que entre as frestas se acumulem gorduras ou bolores. Por esta razão, aconselha-se que as paredes sejam revestidas com um material liso, até à altura adequada às operações.
  • 76. TETOS E JANELAS Tetos –não podem ter indícios de humidade nem proliferação de bolores. Devem, igualmente, estar isentos de teias de aranha. Janelas – não devem ter acumulação de sujidade, devendo estar protegidas com redes mosquiteiras para impedirem a entrada de insetos. Os vidros devem estar sempre impecavelmente limpos.
  • 77. PORTAS E ESCADAS Portas– as portas e respetivos manípulos devem ter cuidados permanentes de limpeza. Escadas, elevadores e equipamentos acessórios – não devem ser menos cuidados em procedimentos de higiene e desinfeção que os outros locais.
  • 78. Limpeza e Desinfeção Pessoal de Limpeza •Deve usar roupa adequada e exclusiva para esse fim •Não deve contactar diretamente com a produção de alimentos
  • 79. Superfícies de Trabalho, Materiais, Utensílios e Equipamentos 1-O conjunto dos materiais, utensílios e equipamentos em contacto direto com os alimentos devem ser limpos e desinfetados logo após a sua utilização, para evitar a contaminação dos alimentos.
  • 80. 3-Os equipamentos de frio devem ser limpos e desinfetados a fundo uma vez por semana.
  • 81. 4-Os exaustores devem ser limpos com uma periodicidade que permita evitar a formação de gotas de gordura e acumulação de pós e detritos.
  • 82. 2-As máquinas em contacto direto com os alimentos devem ser desmontadas e higienizadas devidamente após a sua utilização. Devem ser protegidas com sacos plásticos.
  • 83. 5-Os recipientes de lixo devem ser lavados e desinfetados diariamente para evitar a acumulação excessiva de detritos. 6-Os equipamentos portáteis tais como, colheres, batedoras, panelas, frigideiras, etc., deveriam ser protegidos de qualquer contaminação (ex: película plástica).
  • 84. LAVAGEM DE LOIÇA GROSSA À MÃO Com o objetivo de assegurar uma loiça impecável e reduzir ao máximo os riscos de toxinfeções deve fazer-se:  Realizar a operação numa zona separada da produção;  Proceder à operação de modo a evitar que os restos de alimentos fiquem incrustados.
  • 85. MODO DE OPERAR 1º- Lavagem Realizar com água o mais quente possível; Com um detergente próprio e não abusar deste. 2º- Enxaguamento- com água quente. 3º- Secagem- é preferível não utilizar panos para realizar esta operação. O mais indicado será deixar a loiça secar por escorrência sobre uma grelha própria e invertida. 4º- Arrumação- deve arrumar-se em local próprio, separada e arrumada ao contrário (para não se realizarem depósitos de pó e outros no seu interior).
  • 86. LAVAGEM DE LOIÇA FINA NA MÁQUINA Modo de Operar: 1º- Assegurar que o equipamento está em ordem para um perfeito funcionamento:  Verificar os bicos de lavagem do equipamento (sujidade, calcário, etc.), cesto próprio, etc.;  Utilizar detergente próprio e adaptado à dureza da água;  Respeitar as doses recomendadas pelo fabricante;  Verificar a temperatura da água. É necessário fazê-lo para garantir a eliminação de microrganismos nocivos e outros.
  • 87. 2º- Eliminação dos dejetos da loiça. 3º- Pré-lavagem manual de loiça. 4º- Lavagem na máquina - por tipo de loiça -Respeitar as recomendações do fabricante; -Demasiada loiça ou loiça sobreposta pode comprometer uma lavagem bem realizada.
  • 88. 5º- Controlo- no final de cada lavagem deve-se controlar o resultado: -Todo o material que tenha ficado com sujidade, deve passar na máquina novamente e sofrer uma nova lavagem; A loiça lavada deve ser arrumada num local próprio e seco. 6º- Limpeza da Máquina Após a operação, a máquina deve ser limpa, consoante as instruções do fabricante (cestos e filtros).
  • 89. Utensílios e Produtos Utilizados na Limpeza e Desinfeção •Material de manutenção e de limpeza, deve ser mantido e armazenado separado dos restantes produtos; •As substâncias perigosas devem ser armazenadas em salas ou armários fechados à chave;
  • 90. •Devem ser mantidos nos recipientes de armazém devidamente identificados; •Não utilizar recipientes de produtos alimentares para armazenar os produtos de limpeza; •Seguir as instruções constantes dos rótulos dos produtos de limpeza e desinfeção.
  • 91. Evacuação dos Resíduos •Os resíduos alimentares devem ser colocados em recipientes laváveis, munidos de tampa e de comando não manual, revestido de sacos impermeáveis de uso único. •Deve, ser evacuados logo que estejam cheios ou após cada período de trabalho. •Lavar e desinfetar os contentores do lixo e deixar a secar de forma invertida. Não se deve colocar sacos novos de plástico em os contentores molhados
  • 92. CONTROLO DE PRAGAS Deve ser assegurado que: As instalações se encontram protegidas contra a entrada de insetos e roedores; É solicitado a desinfestação quando se observar sinais de presença destas pragas; Quando se proceder à desbaratização e desratização são tomadas as precauções necessárias para evitar qualquer contaminação, uma vez que os produtos químicos utilizados poderão ser tóxicos para o homem; Os produtos químicos para combater as pragas são utilizados, aplicados e registados unicamente por pessoal técnico especializado.
  • 93. ÁGUA -Ser suficiente. -Deve corresponder às características da qualidade de água para consumo humano. -Permitir uma utilização que garanta a não contaminação dos géneros alimentícios.
  • 94. SUPERFÍCIE A SER LIMPA SOLUÇÃO DE LIMPEZA SOLUÇÃO DE DESINFECÇÃO MÃOS LAVAR COM SABÃO E ÁGUA QUENTE (40-50ºC) N-PROPANOL OU ISOPROPANOL IODÓFOROS OU COMPOSTOS ORGÂNICOS CLORADOS; 70% ETANOL VIDRO E LOUÇA DETERGENTES ALCALINOS NÃO IÓNICOS HIPOCLORETOS, COMPOSTOS ORGÂNICOS CLORADOS AÇO INOXIDÁVEL DETERGENTES ALCALINOS NÃO IÓNICOS DETERGENTES DESINFECTANTES OU MISTURAS DE DETERGENTES ÁCIDOS PARA REMOVER PRECIPITADOS DE LACTICÍNIOS IODÓFOROS PLÁSTICO, BORRACHA, MADEIRA, TINTA DETERGENTES ALCALINOS NÃO IÓNICOS; DETERGENTES DESINFECTANTES HIPOCLORETOS COMPOSTOS ORGÂNICOS CLORADOS; IODÓFOROS, COMPOSTOS DE AMÓNIO QUATERNÁRIO ALGODÃO OU FIBRAS SINTÉTICAS ÁGUA ALCALINA QUENTE (77-80ºC) DETERGENTES NÃO IÓNICOS HIPOCLORETOS OU COMPOSTOS ORGÂNICOS CLORADOS
  • 95.  Corredores, sanitários, vestiários e outras áreas…  Detergente com pH alcalino e com cloro. Água entre 0º / 60º C. Diariamente.  Câmaras de armazenamento em frio  Detergentes desengordorantes tensoactivos não iónicos. Água a cerca de 25º C  Máquinas e equipamentos  Detergentes neutros, seguido de enxaguamento e secagem. Água quente acima dos 60º C. Diariamente. Escovar e esfregar  Superfícies de trabalho  Detergentes tensoactivos neutros, iónicos e não iónicos. Água entre 50º / 60ºC. No final do dia de trabalho, entre paragens e sempre que necessário.