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LICENÇA
PARENTAL E
SAÚDE MENTAL
CAMINHAM
JUNTAS
E-BOOK 11
SUMÁRIO
Introdução  	  03
Licença: uma pausa para cuidar   	  07
Transformação da cultura do cuidado  	  10
Um benefício para diferentes necessidades  	  16
3
INTRODUÇÃO
A pandemia, mais do que qualquer outro contexto
histórico, acendeu e acelerou discussões no que
tange a Economia do Cuidado, sublinhando a
necessidade de reconhecer o cuidado como pilar
central também na manutenção da sociedade e da
economia. Afinal, se hoje temos adultos saudáveis
e produtivos, isto é, que possuem condições para
gerar conhecimento e riqueza para empresas
e nações, é porque esses mesmos adultos
receberam cuidados mínimos e necessários para se
desenvolver.
	 
A ECONOMIA DO CUIDADO REFERE-SE A TAREFAS
QUE SUSTENTAM A VIDA. ESSAS TAREFAS,
INVISÍVEIS, DESVALORIZADAS E EM GERAL NÃO
REMUNERADAS, SÃO DIVIDIDAS EM:
•	 CUIDADOS DIRETOS: TAREFAS QUE ENVOLVEM A
INTERAÇÃO ENTRE QUEM CUIDA E QUEM É CUIDADO
(POR EXEMPLO, ALIMENTAR A CRIANÇA)
•	 CUIDADOS INDIRETOS: TAREFAS QUE ESTABELECEM
CONDIÇÕES MATERIAIS PARA A REALIZAÇÃO DOS
CUIDADOS DIRETOS (PREPARAR A COMIDA)
•	 GESTÃO DOS CUIDADOS: TAREFAS QUE ENVOLVEM
O PLANEJAMENTO E A COORDENAÇÃO DOS
CUIDADOS DIRETOS E INDIRETOS (PENSAR NA
COMIDA QUE SERÁ PREPARADA, HORÁRIO E
CONDIÇÕES QUE SERÁ SERVIDA, GARANTIR OS
INGREDIENTES E UTENSÍLIOS PARA PREPARÁ-LAS,
QUEM IRÁ PREPARÁ-LA)
4
As tarefas de cuidados, exercidas
predominantemente pelas mulheres, não
foram redistribuídas na mesma proporção
de sua participação como força de trabalho
remunerado.
Não por acaso, o dito “nasce uma mulher,
nasce uma culpa” faz coro nos dias atuais. A
responsabilidade por qualquer excesso ou falta
(ainda) recai sobre a figura feminina, uma vez
que a divisão de tarefas não é equilibrada sob a
perspectiva de gênero e no que cabe à família,
ao Estado e à sociedade.
Para a mulher que se torna mãe, a equação
maternidade e trabalho remunerado apresenta
uma conta emocional difícil de fechar.
A desigualdade de responsabilidades não
favorece sua presença e ascensão no mercado
profissional e contribui para sobrecarga mental,
que pode levar ao adoecimento.
Nenhuma empresa ou nação atingirá o
ODS-5, Objetivo de Desenvolvimento
Sustentável da ONU, que trata sobre a
igualdade de gênero, se não envolverem os
homens nessa questão.
As mulheres só terão igualdade de
oportunidades se, ao lado de serviços e
políticas de proteção social, os homens
forem corresponsáveis na realização das
atividades relacionadas à Economia do
Cuidado.
E OS HOMENS NESSA
EQUAÇÃO?
Equilibra a balança de gênero.
Homens e mulheres que têm condições favoráveis para exercer a parentalidade promovem a saúde
mental de seus filhos e desenvolvem habilidades socioemocionais que melhoram sua produtividade e
desempenho profissional.
Uma sociedade justa e equitativa, na qual as crianças de hoje serão os adultos saudáveis que irão cuidar da
manutenção da sociedade, mercado e economia de forma sustentável.
NO CURTO
PRAZO
NO MÉDIO
PRAZO
NO LONGO
PRAZO
UM DOS CAMINHOS PARA ESSA MUDANÇA É A
LICENÇA-PARENTAL.
A LICENÇA TEM IMPACTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS
E EMOCIONAIS EXTRAORDINÁRIOS:
O Movimento Mulher 360, em parceria com
a Ninguém Cresce Sozinho e a 4daddy,
produziu esse material para apoiar o debate
sobre a relação entre licença-parental e saúde
mental dentro das empresas.
A Ninguém Cresce Sozinho atua na promoção
e prevenção da saúde mental nos primeiros
tempos da parentalidade e da vida. Entre
seus serviços destaca-se o d-licença, que
agrega cuidados na travessia das licenças
maternidade, paternidade e parental.
A 4daddy é uma plataforma
de produção de conteúdo e
conhecimento sobre Parentalidades,
Masculinidades e Economia do
Cuidado. Sua missão é apoiar
sociedade civil, empresas e o Poder
Público no desenvolvimento de ações
e programas que visem equidade
de gênero, valorização da Economia
do Cuidado, combate ao machismo
nos ambientes públicos e privados, e
impacto social.
6
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
7
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
LICENÇA: UMA
PAUSA PARA
CUIDAR
O afastamento remunerado do trabalho
a quem se torna mãe ou pai, pela via do
nascimento ou da adoção, é essencial
para que possam se dedicar aos cuidados,
especialmente os diretos, que envolvem
os pequenos – e, no caso de quem gesta,
também se recuperar do parto. Porém, a
diferença de duração entre as licenças
maternidade e paternidade no Brasil coloca
mães e pais em condições muito desiguais
no que se refere ao tempo disponível para
cuidar. Tal discrepância reflete o modelo
cisheteronormativo de família, pautado na
complementaridade homem/mulher, e atrela
a experiência parental à dupla mãe e pai.
•	 LICENÇA-MATERNIDADE: 120 DIAS, COM
ESTABILIDADE DE EMPREGO ATÉ 5 MESES
APÓS O PARTO OU A GUARDA PARA FINS DE
ADOÇÃO
•	 LICENÇA-PATERNIDADE: 5 DIAS APÓS
O PARTO OU A GUARDA PARA FINS DE
ADOÇÃO, SEM ESTABILIDADE DE EMPREGO
Além de desconsiderar os múltiplos
arranjos familiares (que não são novos,
apenas são mais visibilizados) e, com
isso, tratar as demais configurações
como exceção, essa concepção cristaliza
ao menos duas equivocadas ideias em
relação aos cuidados:
Mulheres, devido à condição
biológica de gestar, parir e
amamentar, são naturalmente
cuidadoras inatas (cuidam por
instinto).
1
As funções materna e
paterna (funções de cuidados
fundantes do ser humano) são
desempenhadas, exclusiva e
respectivamente, por mãe e pai.
2
8
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
52% DAS FAMÍLIAS
NUCLEARES BRASILEIRAS
SÃO REPRESENTADAS PELO
MODELO CISHETERONORMATIVO
(IPEA, 2011)
DESFAZENDO
O EQUÍVOCO
No começo da vida e da convivência familiar, as
relações de cuidado tecem o vínculo, base para o
exercício da parentalidade e o desenvolvimento
infantil. Portanto, o tempo dedicado aos bebês
e crianças neste período é determinante para
o ser humano que está se constituindo, e para
quem exerce as funções de cuidado – a mãe, o
pai ou outro cuidador capaz de se identificar com
as necessidades do bebê/criança e respondê-las.
Aqui, a máxima “mais vale a qualidade do tempo
do que sua quantidade” não se aplica. No começo,
a quantidade de tempo de convívio e de dedicação
faz toda diferença para a instalação e a qualidade
do vínculo, bem como para o que dele resulta.
O cuidado direto não é instintivo, mas construído
na relação. Quem cuida precisa reconhecer as
necessidades de quem é cuidado para poder
atendê-las, o que resulta no encontro do cuidador
com suas próprias experiências prévias de cuidado,
mesmo que não acessadas pela memória. É por
isso que não existe um jeito único de cuidar. É na
relação de cuidados que quem cuida e quem é
cuidado descobrem, juntos, o que, como e quando
fazer. Nessa troca, ambos se (trans)formam.
10
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
TRANSFORMAÇÃO
DA CULTURA DO
CUIDADO
11
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
A romantização e a naturalização dos cuidados desvaloriza
essa tarefa vital, trazendo consequências para todos nós.
Viés de gênero nas relações de cuidados com os filhos
(algumas falas corriqueiras)
QUEM NÃO TEM
PEITO, NÃO CUIDA.L
ELA NÃO DEIXA QUE EU
FAÇA DO MEU JEITO.L
AJUDO NO QUE
POSSO.L
PAI QUE CUIDA É PÃE.
ELA FAZ MELHOR DO
QUE EU.L
QUEM VAI FAZER O PAPEL
DE MÃE E O PAPEL DE
PAI? (NA DUPLA MATERNIDADE OU
PATERNIDADE) IL
ELE NÃO SABE
FAZER.L
12
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
Como atributo feminino, o trabalho
de cuidado centrado na mulher
compromete a empregabilidade
materna e distancia os homens
do papel de cuidadores, privando
aqueles que são pais, e seus filhos,
dessa experiência de troca.
12 meses após o início da licença-
maternidade, 32% das mulheres com
maior escolaridade e 51% com nível
educacional mais baixo encontram-
se fora do mercado; após 24 meses
do término da licença, quase
metade das mulheres está fora do
mercado, a maioria por iniciativa do
empregador e sem justa causa (FGV,
2016).
Mães recebem até 42% menos do
que mulheres sem filhos (Pnad e IBGE,
2020).
13
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
O percentual de pais que trabalham praticamente não se altera antes ou depois do
nascimento de um filho, permanecendo próximo da taxa de 89%; entre mulheres, porém, o
número cai de 60,2% um ano antes da gravidez para 45,4% no primeiro semestre de vida
da criança; três trimestres depois, chega a 41,6% e, após cinco semestres, atinge 43,7%
(IPEA, 2019).
O retorno das mães ao trabalho após o nascimento do bebê entre março e dezembro de
2020 (durante a pandemia) diminuiu em comparação a dezembro de 2019: classe A/B1
(Brasil), de 93% em 2019 para 74% em 2020; classe B2/C com ensino superior completo ou
incompleto (regiões metropolitanas), de 82% em 2019 para 61% em 2020; classe B2/C com
ensino médio completo ou incompleto (interior do Brasil), de 68% em 2019 para 60% em
2020; classe D, de 47% em 2019 para 43% em 2020 ((FMCSV, 2021).
A pesquisa “Pais em casa: impactos da pandemia na divisão do trabalho de cuidado” realizada
entre maio e agosto de 2020 pela 4daddy, Furando a bolha e Tayná Leite com mais de 1.800
famílias, mostra que uma nova geração de homens vem se apoderando das atividades de
cuidado direto. Mas os cuidados indiretos e a gestão mental que envolvem as tarefas de
cuidado ainda são realizados majoritariamente pelas mulheres.
14
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
No que tange a relação paternidade e trabalho,
estudo realizado na FEA-USP (2017), aponta
que para 68% dos homens as aspirações de
carreira mudaram após a paternidade e 71%
afirmam que gostariam de ter mais tempo
para se dedicar aos cuidados com os filhos. A
mesma pesquisa revela que 56% dos homens
acreditam que o ambiente de trabalho não
apresenta uma cultura aberta às discussões e
políticas para integrar trabalho e necessidades
familiares.
Ainda que a passos não tão largos como é
preciso, iniciativas governamentais, como o
Programa Empresa Cidadã ou legislações
estaduais e municipais que ampliam o período
de licença para suas servidoras, em adição
a políticas adotadas por algumas empresas,
como a flexibilidade do trabalho e a extensão
da licença-paternidade, são fundamentais para
a transformação da cultura do cuidado.
O Programa Empresa Cidadã oferece
incentivo fiscal para empresas que optam pela
declaração do lucro real e que concede + 60
dias à licença-maternidade (180 dias) e + 15 à
licença-paternidade (20 dias). Na adoção, são
concedidos à licença-maternidade + 30 dias
quando a criança tem entre 1 e 4 anos (150 dias)
e + 15 dias quando a criança tem entre 4 e 8
anos (135 dias).
Levantamento realizado pela ANDI e RNPI
(2021), tomando como referência informações
do Ministério da Economia, dados da
Receita Federal e da Relação Anual de
Informações Sociais, aponta que apenas 1%
dos estabelecimentos registrados na RAIS
em 2019 aderiram ao Programa. O mesmo
estudo revela que ao final do ano em que a
licença-maternidade foi concedida, 18% das
mulheres que se afastaram, por 180 dias, foram
desvinculadas da instituição.
15
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
O sumário “Licença parental paga e
políticas pró-família” publicado em
2019 pelo Unicef, destaca que a licença
remunerada amplia o empoderamento
econômico das mulheres e sua
capacidade de contribuir para a renda
familiar, gerando mais recursos para as
crianças, com benefícios para a força de
trabalho a longo prazo e aumentando
potencialmente o crescimento e a
competitividade das empresas. No
que se refere à participação do pai nos
cuidados dos filhos, assinala que:
Os pais que participam dos cuidados
tendem a estar menos envolvidos em
comportamentos de risco, além de
reportarem ser este tipo de relação
com filhos uma grande fonte de bem-
estar e felicidade.
A participação paterna nos cuidados
contribui para a construção de
outros modelos de masculinidade
e feminilidade que, espera-se,
valorizem a corresponsabilidade, o
compartilhamento de tarefas e o
exercício da paternidade responsável.
Sendo um benefício que impacta diretamente a experiência parental e
o futuro da mulher, das novas gerações e de toda a sociedade, como
transformar a licença em cuidado à saúde mental?
16
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
UM BENEFÍCIO
PARA DIFERENTES
NECESSIDADES
A licença não é um evento isolado, mas
parte de um processo. Logo, transformá-la
em cuidado implica em reconhecer e atender
às necessidades parentais não apenas no
período do afastamento, mas também antes
e depois dele.
A IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE
SUPORTE À PARENTALIDADE É O QUE
VIABILIZA E SUSTENTA A ATENÇÃO ÀS
NECESSIDADES SINGULARES DA MÃE, DO PAI,
CONSEQUENTEMENTE, DO BEBÊ/CRIANÇA, E
DA EMPRESA. AO MESMO TEMPO, AS AÇÕES
COLETIVAS:
Criam um ambiente
psicologicamente seguro para
que licença e parentalidade
não sejam uma ameaça ao
emprego/carreira.
Permitem que parentalidade e
carreira coexistam de maneira
harmônica e criativa.
Dar aos pais os mesmos benefícios que são
dados às mães e, se possível, estendê-los aos
seus respectivos parceiros ou parceiras.
1 Flexibilizar férias no primeiro ano de vida do
bebê/adoção ou ao término da licença.
5
Proporcionar a mães que viajam e amamentam
suporte para levar o filho nas viagens a
trabalho.
7
Permitir, no caso de programas de extensão
da licença, a modulação do período de
afastamento do trabalho de acordo com as
necessidades de cada família.
6
Flexibilizar e/ou customizar benefícios para
atender às necessidades parentais (por
exemplo: flexibilização de horário/jornada de
trabalho, creche no local de trabalho ou auxílio
babá/creche para mães e pais, sala de lactação,
serviços que facilitem as tarefas domésticas).
8
Normatizar a extensão da licença, aderindo
ao Programa Empresa Cidadã ou criando um
programa próprio.
2
Oferecer licença adicional a quem tem mais de
um filho (gêmeos ou mais velhos) ou tem filho
com necessidade de cuidados especiais.
3
Ampliar o período de licença no caso de perda
parental no parto ou durante a licença.
4
18
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL
A PARTIR DA LICENÇA
BENEFÍCIOS
19
LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
LIDERANÇA
Verificar com quem gesta se existe
desconforto físico, como enjoo
ou sono, em determinada fase da
gestação ou período do dia para
reajuste de tarefas ou agenda.
Estruturar com o(a) colaborador(a) um
plano para a licença e o retorno ao
trabalho.
Preparar e sensibilizar o time tanto
para a saída como para o retorno do(a)
colaborador(a).
Evitar reuniões próximo ao horário de
amamentação e de entrada/saída da
creche.
Criar um processo formal de check-
in no retorno ao trabalho para a
atualização das mudanças ocorridas
durante o afastamento e a revisão
do plano combinado (se necessário,
fazer adaptações a partir das novas
demandas).
INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS
E REDE DE APOIO
Ampliar a discussão sobre
parentalidade e primeira infância
nas diferentes áreas e hierarquias da
empresa.
Incluir na agenda social da empresa
eventos para conscientização de temas
relacionados aos primeiros tempos da
parentalidade e da vida.
Incentivar e dar condições para que
mães e pais estejam presentes nas
consultas e exames de pré-natal e nas
consultas pediátricas.
Dar atenção especial às adversidades
surgidas no período perinatal (por
exemplo: gestação de alto risco, parto
prematuro, diagnóstico de síndrome
ou patologia durante a gestação ou no
pós-parto, perda perinatal).
Estabelecer espaços regulares de
acolhimento que propiciem a mães
e pais trocas e reflexões sobre os
desafios parentais, inclusive durante o
período da licença.
Engajar e conscientizar lideranças
e colegas de trabalho sobre a
importância de torná-los parte da
rede de apoio de mães, pais e outros
cuidadores primordiais.
Flexibilizar agenda de futuras mães
e pais para procedimentos de
reprodução assistida e processos de
adoção.
Apoiar a amamentação e dar
condições para sua continuação no
retorno ao trabalho.
OFERECER A MÃES
E PAIS CONDIÇÕES
EQUÂNIMES PARA
QUE CUIDEM DE
SEUS FILHOS
É CONTRIBUIR COM
A CONSTRUÇÃO DE
UM FUTURO MELHOR
PARA TODOS NÓS!
QUER SABER MAIS?
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Ninguém Cresce Sozinho
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Licença Parental & Saúde Mental - livro digital

  • 2. SUMÁRIO Introdução   03 Licença: uma pausa para cuidar    07 Transformação da cultura do cuidado   10 Um benefício para diferentes necessidades   16
  • 3. 3 INTRODUÇÃO A pandemia, mais do que qualquer outro contexto histórico, acendeu e acelerou discussões no que tange a Economia do Cuidado, sublinhando a necessidade de reconhecer o cuidado como pilar central também na manutenção da sociedade e da economia. Afinal, se hoje temos adultos saudáveis e produtivos, isto é, que possuem condições para gerar conhecimento e riqueza para empresas e nações, é porque esses mesmos adultos receberam cuidados mínimos e necessários para se desenvolver. A ECONOMIA DO CUIDADO REFERE-SE A TAREFAS QUE SUSTENTAM A VIDA. ESSAS TAREFAS, INVISÍVEIS, DESVALORIZADAS E EM GERAL NÃO REMUNERADAS, SÃO DIVIDIDAS EM: • CUIDADOS DIRETOS: TAREFAS QUE ENVOLVEM A INTERAÇÃO ENTRE QUEM CUIDA E QUEM É CUIDADO (POR EXEMPLO, ALIMENTAR A CRIANÇA) • CUIDADOS INDIRETOS: TAREFAS QUE ESTABELECEM CONDIÇÕES MATERIAIS PARA A REALIZAÇÃO DOS CUIDADOS DIRETOS (PREPARAR A COMIDA) • GESTÃO DOS CUIDADOS: TAREFAS QUE ENVOLVEM O PLANEJAMENTO E A COORDENAÇÃO DOS CUIDADOS DIRETOS E INDIRETOS (PENSAR NA COMIDA QUE SERÁ PREPARADA, HORÁRIO E CONDIÇÕES QUE SERÁ SERVIDA, GARANTIR OS INGREDIENTES E UTENSÍLIOS PARA PREPARÁ-LAS, QUEM IRÁ PREPARÁ-LA)
  • 4. 4 As tarefas de cuidados, exercidas predominantemente pelas mulheres, não foram redistribuídas na mesma proporção de sua participação como força de trabalho remunerado. Não por acaso, o dito “nasce uma mulher, nasce uma culpa” faz coro nos dias atuais. A responsabilidade por qualquer excesso ou falta (ainda) recai sobre a figura feminina, uma vez que a divisão de tarefas não é equilibrada sob a perspectiva de gênero e no que cabe à família, ao Estado e à sociedade. Para a mulher que se torna mãe, a equação maternidade e trabalho remunerado apresenta uma conta emocional difícil de fechar. A desigualdade de responsabilidades não favorece sua presença e ascensão no mercado profissional e contribui para sobrecarga mental, que pode levar ao adoecimento. Nenhuma empresa ou nação atingirá o ODS-5, Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que trata sobre a igualdade de gênero, se não envolverem os homens nessa questão. As mulheres só terão igualdade de oportunidades se, ao lado de serviços e políticas de proteção social, os homens forem corresponsáveis na realização das atividades relacionadas à Economia do Cuidado. E OS HOMENS NESSA EQUAÇÃO?
  • 5. Equilibra a balança de gênero. Homens e mulheres que têm condições favoráveis para exercer a parentalidade promovem a saúde mental de seus filhos e desenvolvem habilidades socioemocionais que melhoram sua produtividade e desempenho profissional. Uma sociedade justa e equitativa, na qual as crianças de hoje serão os adultos saudáveis que irão cuidar da manutenção da sociedade, mercado e economia de forma sustentável. NO CURTO PRAZO NO MÉDIO PRAZO NO LONGO PRAZO UM DOS CAMINHOS PARA ESSA MUDANÇA É A LICENÇA-PARENTAL. A LICENÇA TEM IMPACTOS SOCIAIS, ECONÔMICOS E EMOCIONAIS EXTRAORDINÁRIOS:
  • 6. O Movimento Mulher 360, em parceria com a Ninguém Cresce Sozinho e a 4daddy, produziu esse material para apoiar o debate sobre a relação entre licença-parental e saúde mental dentro das empresas. A Ninguém Cresce Sozinho atua na promoção e prevenção da saúde mental nos primeiros tempos da parentalidade e da vida. Entre seus serviços destaca-se o d-licença, que agrega cuidados na travessia das licenças maternidade, paternidade e parental. A 4daddy é uma plataforma de produção de conteúdo e conhecimento sobre Parentalidades, Masculinidades e Economia do Cuidado. Sua missão é apoiar sociedade civil, empresas e o Poder Público no desenvolvimento de ações e programas que visem equidade de gênero, valorização da Economia do Cuidado, combate ao machismo nos ambientes públicos e privados, e impacto social. 6 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS
  • 7. 7 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS LICENÇA: UMA PAUSA PARA CUIDAR
  • 8. O afastamento remunerado do trabalho a quem se torna mãe ou pai, pela via do nascimento ou da adoção, é essencial para que possam se dedicar aos cuidados, especialmente os diretos, que envolvem os pequenos – e, no caso de quem gesta, também se recuperar do parto. Porém, a diferença de duração entre as licenças maternidade e paternidade no Brasil coloca mães e pais em condições muito desiguais no que se refere ao tempo disponível para cuidar. Tal discrepância reflete o modelo cisheteronormativo de família, pautado na complementaridade homem/mulher, e atrela a experiência parental à dupla mãe e pai. • LICENÇA-MATERNIDADE: 120 DIAS, COM ESTABILIDADE DE EMPREGO ATÉ 5 MESES APÓS O PARTO OU A GUARDA PARA FINS DE ADOÇÃO • LICENÇA-PATERNIDADE: 5 DIAS APÓS O PARTO OU A GUARDA PARA FINS DE ADOÇÃO, SEM ESTABILIDADE DE EMPREGO Além de desconsiderar os múltiplos arranjos familiares (que não são novos, apenas são mais visibilizados) e, com isso, tratar as demais configurações como exceção, essa concepção cristaliza ao menos duas equivocadas ideias em relação aos cuidados: Mulheres, devido à condição biológica de gestar, parir e amamentar, são naturalmente cuidadoras inatas (cuidam por instinto). 1 As funções materna e paterna (funções de cuidados fundantes do ser humano) são desempenhadas, exclusiva e respectivamente, por mãe e pai. 2 8 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS 52% DAS FAMÍLIAS NUCLEARES BRASILEIRAS SÃO REPRESENTADAS PELO MODELO CISHETERONORMATIVO (IPEA, 2011)
  • 9. DESFAZENDO O EQUÍVOCO No começo da vida e da convivência familiar, as relações de cuidado tecem o vínculo, base para o exercício da parentalidade e o desenvolvimento infantil. Portanto, o tempo dedicado aos bebês e crianças neste período é determinante para o ser humano que está se constituindo, e para quem exerce as funções de cuidado – a mãe, o pai ou outro cuidador capaz de se identificar com as necessidades do bebê/criança e respondê-las. Aqui, a máxima “mais vale a qualidade do tempo do que sua quantidade” não se aplica. No começo, a quantidade de tempo de convívio e de dedicação faz toda diferença para a instalação e a qualidade do vínculo, bem como para o que dele resulta. O cuidado direto não é instintivo, mas construído na relação. Quem cuida precisa reconhecer as necessidades de quem é cuidado para poder atendê-las, o que resulta no encontro do cuidador com suas próprias experiências prévias de cuidado, mesmo que não acessadas pela memória. É por isso que não existe um jeito único de cuidar. É na relação de cuidados que quem cuida e quem é cuidado descobrem, juntos, o que, como e quando fazer. Nessa troca, ambos se (trans)formam.
  • 10. 10 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS TRANSFORMAÇÃO DA CULTURA DO CUIDADO
  • 11. 11 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS A romantização e a naturalização dos cuidados desvaloriza essa tarefa vital, trazendo consequências para todos nós. Viés de gênero nas relações de cuidados com os filhos (algumas falas corriqueiras) QUEM NÃO TEM PEITO, NÃO CUIDA.L ELA NÃO DEIXA QUE EU FAÇA DO MEU JEITO.L AJUDO NO QUE POSSO.L PAI QUE CUIDA É PÃE. ELA FAZ MELHOR DO QUE EU.L QUEM VAI FAZER O PAPEL DE MÃE E O PAPEL DE PAI? (NA DUPLA MATERNIDADE OU PATERNIDADE) IL ELE NÃO SABE FAZER.L
  • 12. 12 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS Como atributo feminino, o trabalho de cuidado centrado na mulher compromete a empregabilidade materna e distancia os homens do papel de cuidadores, privando aqueles que são pais, e seus filhos, dessa experiência de troca. 12 meses após o início da licença- maternidade, 32% das mulheres com maior escolaridade e 51% com nível educacional mais baixo encontram- se fora do mercado; após 24 meses do término da licença, quase metade das mulheres está fora do mercado, a maioria por iniciativa do empregador e sem justa causa (FGV, 2016). Mães recebem até 42% menos do que mulheres sem filhos (Pnad e IBGE, 2020).
  • 13. 13 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS O percentual de pais que trabalham praticamente não se altera antes ou depois do nascimento de um filho, permanecendo próximo da taxa de 89%; entre mulheres, porém, o número cai de 60,2% um ano antes da gravidez para 45,4% no primeiro semestre de vida da criança; três trimestres depois, chega a 41,6% e, após cinco semestres, atinge 43,7% (IPEA, 2019). O retorno das mães ao trabalho após o nascimento do bebê entre março e dezembro de 2020 (durante a pandemia) diminuiu em comparação a dezembro de 2019: classe A/B1 (Brasil), de 93% em 2019 para 74% em 2020; classe B2/C com ensino superior completo ou incompleto (regiões metropolitanas), de 82% em 2019 para 61% em 2020; classe B2/C com ensino médio completo ou incompleto (interior do Brasil), de 68% em 2019 para 60% em 2020; classe D, de 47% em 2019 para 43% em 2020 ((FMCSV, 2021). A pesquisa “Pais em casa: impactos da pandemia na divisão do trabalho de cuidado” realizada entre maio e agosto de 2020 pela 4daddy, Furando a bolha e Tayná Leite com mais de 1.800 famílias, mostra que uma nova geração de homens vem se apoderando das atividades de cuidado direto. Mas os cuidados indiretos e a gestão mental que envolvem as tarefas de cuidado ainda são realizados majoritariamente pelas mulheres.
  • 14. 14 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS No que tange a relação paternidade e trabalho, estudo realizado na FEA-USP (2017), aponta que para 68% dos homens as aspirações de carreira mudaram após a paternidade e 71% afirmam que gostariam de ter mais tempo para se dedicar aos cuidados com os filhos. A mesma pesquisa revela que 56% dos homens acreditam que o ambiente de trabalho não apresenta uma cultura aberta às discussões e políticas para integrar trabalho e necessidades familiares. Ainda que a passos não tão largos como é preciso, iniciativas governamentais, como o Programa Empresa Cidadã ou legislações estaduais e municipais que ampliam o período de licença para suas servidoras, em adição a políticas adotadas por algumas empresas, como a flexibilidade do trabalho e a extensão da licença-paternidade, são fundamentais para a transformação da cultura do cuidado. O Programa Empresa Cidadã oferece incentivo fiscal para empresas que optam pela declaração do lucro real e que concede + 60 dias à licença-maternidade (180 dias) e + 15 à licença-paternidade (20 dias). Na adoção, são concedidos à licença-maternidade + 30 dias quando a criança tem entre 1 e 4 anos (150 dias) e + 15 dias quando a criança tem entre 4 e 8 anos (135 dias). Levantamento realizado pela ANDI e RNPI (2021), tomando como referência informações do Ministério da Economia, dados da Receita Federal e da Relação Anual de Informações Sociais, aponta que apenas 1% dos estabelecimentos registrados na RAIS em 2019 aderiram ao Programa. O mesmo estudo revela que ao final do ano em que a licença-maternidade foi concedida, 18% das mulheres que se afastaram, por 180 dias, foram desvinculadas da instituição.
  • 15. 15 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS O sumário “Licença parental paga e políticas pró-família” publicado em 2019 pelo Unicef, destaca que a licença remunerada amplia o empoderamento econômico das mulheres e sua capacidade de contribuir para a renda familiar, gerando mais recursos para as crianças, com benefícios para a força de trabalho a longo prazo e aumentando potencialmente o crescimento e a competitividade das empresas. No que se refere à participação do pai nos cuidados dos filhos, assinala que: Os pais que participam dos cuidados tendem a estar menos envolvidos em comportamentos de risco, além de reportarem ser este tipo de relação com filhos uma grande fonte de bem- estar e felicidade. A participação paterna nos cuidados contribui para a construção de outros modelos de masculinidade e feminilidade que, espera-se, valorizem a corresponsabilidade, o compartilhamento de tarefas e o exercício da paternidade responsável. Sendo um benefício que impacta diretamente a experiência parental e o futuro da mulher, das novas gerações e de toda a sociedade, como transformar a licença em cuidado à saúde mental?
  • 16. 16 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS UM BENEFÍCIO PARA DIFERENTES NECESSIDADES
  • 17. A licença não é um evento isolado, mas parte de um processo. Logo, transformá-la em cuidado implica em reconhecer e atender às necessidades parentais não apenas no período do afastamento, mas também antes e depois dele. A IMPLEMENTAÇÃO DE PROGRAMAS DE SUPORTE À PARENTALIDADE É O QUE VIABILIZA E SUSTENTA A ATENÇÃO ÀS NECESSIDADES SINGULARES DA MÃE, DO PAI, CONSEQUENTEMENTE, DO BEBÊ/CRIANÇA, E DA EMPRESA. AO MESMO TEMPO, AS AÇÕES COLETIVAS: Criam um ambiente psicologicamente seguro para que licença e parentalidade não sejam uma ameaça ao emprego/carreira. Permitem que parentalidade e carreira coexistam de maneira harmônica e criativa.
  • 18. Dar aos pais os mesmos benefícios que são dados às mães e, se possível, estendê-los aos seus respectivos parceiros ou parceiras. 1 Flexibilizar férias no primeiro ano de vida do bebê/adoção ou ao término da licença. 5 Proporcionar a mães que viajam e amamentam suporte para levar o filho nas viagens a trabalho. 7 Permitir, no caso de programas de extensão da licença, a modulação do período de afastamento do trabalho de acordo com as necessidades de cada família. 6 Flexibilizar e/ou customizar benefícios para atender às necessidades parentais (por exemplo: flexibilização de horário/jornada de trabalho, creche no local de trabalho ou auxílio babá/creche para mães e pais, sala de lactação, serviços que facilitem as tarefas domésticas). 8 Normatizar a extensão da licença, aderindo ao Programa Empresa Cidadã ou criando um programa próprio. 2 Oferecer licença adicional a quem tem mais de um filho (gêmeos ou mais velhos) ou tem filho com necessidade de cuidados especiais. 3 Ampliar o período de licença no caso de perda parental no parto ou durante a licença. 4 18 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL A PARTIR DA LICENÇA BENEFÍCIOS
  • 19. 19 LICENÇA PARENTAL E SAÚDE MENTAL CAMINHAM JUNTAS LIDERANÇA Verificar com quem gesta se existe desconforto físico, como enjoo ou sono, em determinada fase da gestação ou período do dia para reajuste de tarefas ou agenda. Estruturar com o(a) colaborador(a) um plano para a licença e o retorno ao trabalho. Preparar e sensibilizar o time tanto para a saída como para o retorno do(a) colaborador(a). Evitar reuniões próximo ao horário de amamentação e de entrada/saída da creche. Criar um processo formal de check- in no retorno ao trabalho para a atualização das mudanças ocorridas durante o afastamento e a revisão do plano combinado (se necessário, fazer adaptações a partir das novas demandas).
  • 20. INTEGRAÇÃO DE CUIDADOS E REDE DE APOIO Ampliar a discussão sobre parentalidade e primeira infância nas diferentes áreas e hierarquias da empresa. Incluir na agenda social da empresa eventos para conscientização de temas relacionados aos primeiros tempos da parentalidade e da vida. Incentivar e dar condições para que mães e pais estejam presentes nas consultas e exames de pré-natal e nas consultas pediátricas. Dar atenção especial às adversidades surgidas no período perinatal (por exemplo: gestação de alto risco, parto prematuro, diagnóstico de síndrome ou patologia durante a gestação ou no pós-parto, perda perinatal). Estabelecer espaços regulares de acolhimento que propiciem a mães e pais trocas e reflexões sobre os desafios parentais, inclusive durante o período da licença. Engajar e conscientizar lideranças e colegas de trabalho sobre a importância de torná-los parte da rede de apoio de mães, pais e outros cuidadores primordiais. Flexibilizar agenda de futuras mães e pais para procedimentos de reprodução assistida e processos de adoção. Apoiar a amamentação e dar condições para sua continuação no retorno ao trabalho.
  • 21. OFERECER A MÃES E PAIS CONDIÇÕES EQUÂNIMES PARA QUE CUIDEM DE SEUS FILHOS É CONTRIBUIR COM A CONSTRUÇÃO DE UM FUTURO MELHOR PARA TODOS NÓS! QUER SABER MAIS? Acesse nosso banco de práticas e ouça nosso podcast MM360Cast. Se preferir, envie um e-mail para contato@movimentomulher360.com.br Movimento Mulher 360 movimentomulher360.com.br contato@movimentomulher360.com.br Ninguém Cresce Sozinho ninguemcrescesozinho.com.br contato@ninguemcrescesozinho.com.br 4daddy 4daddy.com.br contato@4daddy. com.br