Portugal estava passando por uma crise financeira severa em 2011, com agências de classificação de risco rebaixando repetidamente o rating de crédito do país e os bancos se recusando a comprar mais títulos da dívida pública portuguesa. Os principais políticos portugueses admitiram que o país precisaria solicitar um resgate financeiro internacional do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia.
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ABRIL
Maria João Rodri-
gues, conselheira
europeia, diz que o
País está perante
um estrangulamento
financeiro.A Stan-
dard & Poor's volta
a baixar o rating da
República, agora para
BBB-
Teixeira dos Santos
admite que Portugal
pode ser obrigado
a acionar o fundo
de resgate da União
Europeia e do FMI.
Cavaco aceita,
formalmente, a
demissão de José
Sócrates
A Fitch segue a
Standard & Poor's
e baixa o rating de
Portugal para BBB-
Os líderes dos
maiores bancos por-
tugueses reúnem-se
com o governador
do Banco de Por-
tugal. Decidem não
comprar mais dívida
pública portuguesa.
Mesmo com a
ajuda do Fundo da
Segurança Social,
a emissão de dívida
pública não corre
como o esperado.
Teixeira dos Santos
admite que Portugal
terá de pedir ajuda
ao fundo do FMI e
da União Europeia
Pedro Passos
Coelho «abre a por-
ta» a um pedido de
ajuda internacional
Pela primeira vez, os
banqueiros apelam
para o recurso de
Portugal ao fundo
de ajuda e retiram
o apoio ao Governo
(grande parte da
dívida pública estava
a ser adquirida pelos
bancos portugue-
ses).A Moody's
volta a rever a no-
tação da República,
baixando-a para
Baa1
congelam as pensões mais baixas, vai ge-
rar-se mal-estar social.» O economista
argumenta com o regresso da inflação,
que,emmarço,atingiuumvalorhomólo-
gode4porcento.«JáaumentámosoIVA,
jácortámossalários.NoIVA,nãogostaria
que se mexesse muito mais, para não afe-
tarosbensessenciais»,acrescenta.
O DESASTRE DADIVISÃO
«OquevemaíéoPECIVmaisumaenor-
me austeridade nas finanças públicas»,
acredita Ricardo Reis, economista e
professor na Universidade de Columbia
(EUA). Ou seja, cortes na Administra-
ção Pública, quer a nível da despesa quer
no número de funcionários, redução dos
apoios sociais e aumento da idade da re-
forma, além de novas subidas do IVA.
O PS, como se ouviu no congresso do
partido,nofimdesemana,andacomoPEC
IVnapontadalíngua.OPSDprefereredu-
zir o défice, atacando pelo lado da despesa
ou privatizando empresas e serviços. Mas
não descarta a subida de impostos sobre o
consumo, como já assumiu Pedro Passos
Coelho. Depois de dizer que apoiaria o pe-
didodeajudafeitopeloGovernodegestão,
o líder do PSD pouco falou e falará sobre
as propostas sociais-democratas porque
alimenta a expectativa de que a Europa
mantenhaemabertoumacertamargemde
manobra que permita ao próximo Executi-
vo aplicar as suas medidas. «É importante