A Associação Comercial de Pernambuco solicita ao Presidente da República a criação de uma linha de crédito emergencial sem juros nos bancos federais por 3 meses para cobrir custos com folha de pagamento e despesas operacionais das empresas durante a pandemia de COVID-19, a fim de garantir a manutenção dos negócios e empregos.

1. Ofício: ACP 021/2020
Recife-PE, 18 de março de 2020.
Assunto: Solicitação de Linha de
Crédito Emergencial
Excelentíssimo Sr. Presidente da República Jair Messias Bolsonaro,
A Associação Comercial de Pernambuco vem acompanhando com bastante atenção e
preocupação os efeitos da pandemia do COVID-19, sobretudo os efeitos na cadeia econômica, seja
de comércio, serviços ou indústrias, mormente pelo fato de algumas empresas associadas terem
atuação internacional e no ramo de logística.
Nos últimos dias, o Governo Federal anunciou a adoção de algumas medidas que visam
mitigar o impacto socioeconômico da pandemia instalada no país, na ordem de 150 bilhões de
reais.
Também sensível aos danos que vêm sofrendo o setor privado, os principais bancos do
Brasil, dentre eles o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, anunciaram a prorrogação do
pagamento de dívidas das pessoas físicas e das micro e pequenas empresas por 60 dias.
Entretanto, apesar de bastante louváveis e oportunas, as providências são insuficientes para
a sustentabilidade de alguns negócios, que já amargam prejuízos incalculáveis, ainda na fase inicial
da propagação do vírus.
Diante do exposto, sobretudo para amenizar os efeitos ainda mais devastadores que a
pandemia vai gerar na economia, especialmente nos postos de trabalho, propomos que seja criada
uma linha de crédito emergencial sem juros, pelo menos nos bancos federais, para os próximos 03
meses, com a finalidade de cobrir custos com a folha de funcionários e despesas operacionais
(aluguel, tributos, energia elétrica e etc.) para que as empresas possam garantir a manutenção do
seu negócio, além do emprego, renda e pagamento de tributos.
Aproveitamos a oportunidade para registrar os votos da mais elevada estima e distinta
consideração.
Atenciosamente,
Tiago Alencar Carneiro da Silva
Presidente