Metodologia para dissertação de Mestrado e Tese de Doutorado foco em Universidades Portuguesas. Métodos Cientificos mais usados em Teses e Dissertações.
2. Em vez de se contentar em receber um
pacote pronto e passá-lo adiante, o cientista
abre esse pacote e vai ver o que tem lá
dentro, por que aquelas coisas estão
reunidas daquele jeito, para que elas servem
realmente, para quem elas podem de fato
ser úteis, se elas deviam mesmo estar ali, se
o nome que elas recebem é adequado, etc.
etc.
Bagno, 2010.
3.
4. OBJETIVO DA METODOLOGIA CIENTÍFICA
Introduzir o discente no
mundo dos procedimentos
sistemáticos e racionais, base
da formação estudantil e
profissional.
5. ESTRATÉGIAS E PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS
Leitura Elaboração de
esquemas/
resumos
Sistema de
documentação e
arquivo
Organização do
tempo
Conhecimento das
normas
Aproveitamento
dos estudos e das
aulas
6. LEITURA
• Fator decisivo para o estudo.
• Propicia ampliação dos conhecimentos e obtenção de informações
básicas ou específicas.
• Abre horizontes para mente.
• Permite sistematização do pensamento.
• Enriquece o vocabulário
• Observar título, data de publicação, “orelha” ou contracapa, índice
ou sumário, introdução.
O MATERIAL ADEQUADO PARA LEITURA
7. A LEITURA
• Atenção
• Intenção
• Reflexão
• Espírito crítico
• Análise
• Síntese
De reconhecimento ou prévia – verificar
a existência de determinadas
informações
Exploratória ou pré leitura – localizar
informações
Seletiva - seleção das informações
relevantes
Reflexiva - leitura em profundidade
Crítica – Avalia as informações do
autor
Interpretativa - relaciona informações
do autor com objetivos da pesquisa
Explicativa – verificar fundamentos
Aspectos fundamentais
Fases
8. ELABORAÇÃO DE FICHAMENTOS, ESQUEMAS E
RESUMOS
Modelo de Fichamentos digitais
• Nome do arquivo = Nome do livro
• Primeira página => Referência Bibliográfica completa
• Copiar literalmente as citas mais interessantes e os comentários sugeridos pela
leitura.
• Informar ao final de cada cita a página de onde foi tomada a informação.
• Em caso de um fichamento de um documento web, se acrescenta a data em que
foi tomada a informação.
9.
10. • Capacidade de
condensação de um texto,
parágrafo, frase,
reduzindo-o a seus
elementos de maior
importância.
• Fundamenta-se numa
hierarquia de palavras,
ideias.
• Emerge naturalmente a partir
do trabalho de análise
realizado no texto.
Resumo Esquema
11. EXEMPLO RESUMO
A família brasileira sofreu uma modificação intensa e acelerada na última metade
do século XX, principalmente, nas últimas três décadas. Um conjunto de
transformações sociais, culturais, econômicas e científicas influenciou
decisivamente na (re)configuração da família brasileira. As estruturas sociais
“modernizaram-se” e a família foi se adaptando de forma interativa, como receptora
e agente das mudanças sociais. O impacto das transformações culturais foi
profundo e modificou as estruturas de pensamento da sociedade, ao mesmo
tempo, provocou uma alteração nas relações internas da própria família e, em
consequência, dela com a sociedade. A mulher entrou no mundo laboral e devido
aos avanços da ciência, pôde começar a decidir questões relacionadas à
maternidade. Neste panorama, a família, uma instituição reconhecida por sua
tradição, adota “novas” formas de organização; a tradição é renovada a partir da
opção pessoal e a família se transforma numa instituição complexa e plural.
12. EXEMPLO DE ESQUEMA
1. O caminho para a posta em prática e aceitação de novos modelos
familiares no Brasil.
I. As relações conjugais: o matrimônio e as uniões consensuais
II. Filhos: ter ou não? Quantos?
III. Desatando nós: o divórcio e a dissolução das relações
IV. Redefinição dos papeis na família: do “rol estático” ao “rol flexível”
V. Do tipo ideal a realidade empírica: o caso das famílias brasileiras
13. SISTEMA DE DOCUMENTAÇÃO E ARQUIVO
Titulo del Material Referencia bibliográfica Localización Temas tratados
Privatización de
los proyectos de
vida familiar y
pluralización de
los modos de
convivencia
MEIL, G. L. Privatización
de los proyectos de vida
familiar y pluralización de
los modos de
convivencia. In:
Cuadernos de
Investigación Sociológica.
Madrid, Nº 201, p.1-16,
2003.
Documento completo
en la biblioteca
Políticas y sociología-
L316.356.2(46)MEI
Copia en papel en la
bolsa de documentos
sobre familia.
Resumen Pen drive.
F:Familia (3)
Priva[1]...doc
Algunas tesis sobre la
crisis del matrimonio y
la pérdida de atractivo
del mismo.
Surgimiento de nuevos
modelos de convivencia.
14. APROVEITAMENTO DOS ESTUDOS
• Novas posturas diante das tarefas propostas:
Escolher temas relacionados ao tema escolhido.
Ter uma atitude acadêmico-científica.
Ter um esforço individual e
Autônomo.
Ter foco e compromisso.
Elaborar documentos originais
Desprezar o plágio fazendo as
devidas citações.
Contar com a ajuda e orientação de professores e/ou especialistas
no tema escolhido.
15. CONHECIMENTO DAS NORMAS
• ABNT ou APA
Citações - NBR 10520/2002
Referências Bibliográficas – NBR 6023/2002
Informação e documentação – Trabalhos Acadêmicos -
Apresentação - NBR 14724/ 2011
• Universidade Portuguesas
• Professores e Prof(s) Orientadores
20. O CONHECIMENTO POPULAR
“Modo comum, corrente e espontâneo de conhecer.”
“É o saber que preenche nossa vida diária e que se possui sem o haver
procurado ou estudado, sem a aplicação de um método e sem se haver
refletido sobre algo.”
Se caracteriza por ser:
Superficial
Sensitivo
Subjetivo
Assistemático
Acrítico
(LAKATOS & MARCONI, 2010)
21. CONHECIMENTO FILOSÓFICO
É valorativo - Consiste em hipóteses que não poderão ser submetidas à
observação (experimentação). Hipóteses filosóficas baseiam-se na experiência
e não na experimentação.
Não é verificável – não podem ser confirmados, nem refutados.
É sistemático pois visa uma representação coerente da realidade estudada,
numa tentativa de apreendê-la em sua totalidade.
Esforço da razão pura para questionar os problemas humanos.
Objeto de análise – ideias, relações conceituais, exigências lógicas que
não são redutíveis a realidade material.
A Filosofia emprega o método racional – prevalece o processo dedutivo, que
antecede a experiência, e não exige confirmação experimental, mas somente
a coerência lógica.
(LAKATOS & MARCONI, 2010)
22. CONHECIMENTO RELIGIOSO
• É valorativo - apoia-se em doutrinas e
proposições sagradas.
• São verdades infalíveis e indiscutíveis por
serem revelação divina.
• Suas evidências não são verificadas –
estão condicionadas a fé.
(LAKATOS & MARCONI, 2010)
23. CONHECIMENTO CIENTÍFICO
• É real (factual) – lida com ocorrências ou fatos
• Constitui um conhecimento contingente - tem sua veracidade ou
falsidade conhecidas a partir da experiência.
• É sistemático – saber ordenado logicamente formando um sistema
de ideias.
• Pode ser verificado.
• Constitui-se em conhecimento falível – não é definitivo.
(LAKATOS & MARCONI, 2010)
24. CIÊNCIA
“Uma sistematização de conhecimentos, um conjunto de
proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento
de certos fenômenos que se deseja estudar.”
As ciências possuem:
A. Objetivo ou finalidade
B. Função
C. Objeto Material
Formal
25. MÉTODOS CIENTÍFICOS
• Método = conjunto de atividades sistemáticas e
racionais que, com maior segurança e autonomia,
permitem alcançar um objetivo – conhecimentos
válidos e verdadeiros – traçando o caminho a ser
seguido, detectando erros e auxiliando as decisões
do cientista.
26. MÉTODO INDUTIVO
Método proposto pelos empiristas Bacon, Hobbes, Locke e Hume.
Considera que o conhecimento é fundamentado na experiência, não
levando em conta princípios preestabelecidos. No raciocínio indutivo
a generalização deriva de observações de casos da realidade
concreta. As constatações particulares levam à elaboração de
generalizações (GIL, 1995; LAKATOS & MARCONI, 2010).
Elementos fundamentais:
a) Observação dos fenômenos
b) Descoberta da relação entre eles
c) Generalização desta relação
27.
28. MÉTODO DEDUTIVO
• Método proposto pelos racionalistas Descartes, Spinoza e
Leibniz que pressupõe que só a razão é capaz de levar ao
conhecimento verdadeiro. O raciocínio dedutivo tem o
objetivo de explicar o conteúdo das premissas. Por
intermédio de uma cadeia de raciocínio em ordem
descendente, de análise do geral para o particular, chega a
uma conclusão. (GIL, 1995; LAKATOS & MARCONI, 2010).
32. MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO
Proposto por Popper, consiste na adoção da seguinte linha de
raciocínio: quando os conhecimentos disponíveis sobre determinado
assunto são insuficientes para a explicação de um fenômeno, surge o
problema. Para tentar explicar a dificuldades expressas no problema,
são formuladas conjecturas ou hipóteses.
Das hipóteses formuladas, deduzem-se consequências que deverão
ser testadas ou falseadas. Falsear significa tornar falsas as
consequências deduzidas das hipóteses. Método dedutivo - confirmar
a hipótese ≠ método hipótetico-dedutivo – derrubar hipóteses”
(GIL, 1995, p.30).
conhecimento prévio problema conjecturas falseamento
LAKATOS & MARCONI, 2010, p. 77
33.
34. MÉTODO DIALÉTICO
• Fundamenta-se na dialética proposta por Hegel, na qual as
contradições se transcendem dando origem a novas
contradições que passam a requerer solução.
• É um método de interpretação dinâmica e totalizante da
realidade.
• Considera que os fatos não podem ser considerados fora de
um contexto social, político, econômico, etc.
(GIL, 1995; LAKATOS & MARCONI, 2010).
35.
36.
37. MÉTODO FENOMENOLÓGICO
Preconizado por Husserl, o método fenomenológico não é
dedutivo nem indutivo.
Preocupa-se com a descrição direta da experiência tal como
ela é.
A realidade é construída socialmente e entendida como o
compreendido, o interpretado, o comunicado.
Então, a realidade não é única: existem tantas quantas
forem as suas interpretações e comunicações.
O sujeito/ator é reconhecidamente importante no processo
de construção do conhecimento
(GIL, 1995, p.33)
38.
39.
40.
41. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BAGNO, M. Pesquisa na escola: o que é, como se faz. Edições Loyola, São
Paulo, 2010.
• GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas, 1995.
• KAUARK, F. MANHÃES, F. C. MEDEIROS, C. H. Metodologia da pesquisa : guia
prático. – Itabuna: Via Litterarum, 2010.
• LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A.: Fundamentos de Metodologia Científica. 7
ed. São Paulo. Ed. Atlas, 2010