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COESÃO COERÊNCIA
1. COESÃO TEXTUAL
1. O que é?
É um dos meios que garante a unidade
semântica e a organização de um
enunciado.
Dito de forma mais simples: a coesão
textual tem a ver com a maneira como se
processa a ligação entre os componentes de
um texto (palavras, orações, frases e
parágrafos), de modo a transmitir-se
correctamente a ideia apresentada.
TEXTUAL
Exemplo de não
coesão:
Osmeus colegas e
eu vou a Lloret de
Mar, em viagem de
finalistas.
[frase agramatical,
não coesa, pois o
núcleo verbal não
concorda emnúmero
com o sujeito
composto da frase.]
COESÃO COERÊNCIA
1. 1. MECANISMOS DE COESÃO
1.1.1. COESÃO FRÁSICA
Mecanismo que permite ligar os diversos constituintes de uma oração
ou de uma frase simples, de modo a torná-los unos. Recorre aos
seguintes processos:
Ordenação das palavras e das funções sintácticas na oração/
frase.
[Det + nome + adjectivo + verbo + det + nome…/ Suj + Pred + Comp]
Concordânciadas palavras em géneroe número.
Regências.
Presença de complementos regidos pelos verbos.
TEXTUAL
Exemplode coesão:
Eleoptouporcriar uma
fundação.
[frase coesa, uma vez que é
seguida a ordenação
sintáctica; a concordância;
a regência; e os
complementos exigidos
pelo verbo]
Exemplode não
coesão:
Oadministrador
decidiu não abdicarao
cargo.
[frase não coesa, pois não
se respeita a regência
verbal, que exige o uso da
preposição de.]
COESÃO COERÊNCIA
1. 1. MECANISMOS DE COESÃO
1.1.2. COESÃO INTERFRÁSICA
TEXTUAL
Exemplode coesão:
Comeceicomo
ajudante, passeia
factor e, depois, a
maquinista.
[frase coesa, devido,
sobretudo, aos
organizadores do discurso,
que permitem ordenar
temporalmente as
situações representadas.]
Mecanismo que permite ligar frases simples, frases complexas e
parágrafos, garantindo a sua unidade semântica e traduzindo as
diversas dependências existentes entre si. Recorre aos seguintes
processos:
Coordenação(assindética ou sindética).
Subordinação.
Marcadores /Conectores e organizadoresdo discurso.
Veraqui quais são.
Pontuação.
COESÃO COERÊNCIA
1. 1. MECANISMOS DE COESÃO
1.1.3. COESÃO ASPECTO-TEMPORAL
Mecanismo que coordena os enunciados, de acordo com uma lógica
de ordenação temporal das situações. Recorre aos seguintes
processos:
Usocorrelativo dosmodos e tempos verbais, atendendo ao seu
valor.
Recursoa advérbios e/ou locuçõesadverbiais.
Utilização de expressõespreposicionaiscom valor temporal.
Usode datas e marcas temporais.
Recursoa articuladores indicativos de ordenação.
TEXTUAL
Exemplode frase
coesa:
Quandome levouà
Camilo,omeu pai já
tinha deixadoomeu
irmão noinfantário.
[frase coesa, porque
estamos perante duas
situações distintas cuja
ordenação é indicada pelos
tempos verbais e pela
conjunção temporal e pelo
advérbio de tempo.]
Exemplode frase
não coesa:
QuandooJoãonasceu,
a Anateve cincoanos.
COESÃO COERÊNCIA
1. 1. MECANISMOS DE COESÃO
1.1.4. COESÃO REFERENCIAL
Mecanismo que assenta na existência de cadeias de referência ou
anafóricas, constituídas por um elemento linguístico – o referente –
que é retomado por outro(s) - co-referente(s), cujo entendimento só é
possível atendendo ao significado do referente. Recorre aos seguintes
processos:
Anáfora – processo pelo qual os termos anafóricos retomam, no decorrer
do discurso, o antecedente já mencionado e respectivo valor, mantendo-se
activo durante a progressãotextual.
Aosair da clínica, encontrei oJoãoe ele disse-me que o seu
médico oatendera logo.
[Partindo do referente João, encontramos como termos anafóricos os
pronomes ele e o e o determinante possessivo seu. Ora, estes elementos
são co-referentes e, em conjunto com o referente, que os antecede
(sozinhos não têm sentido), configuram uma cadeia anafórica ou
referencial.]
TEXTUAL
Outroexemplo de
anáfora:
OJoãocasou-senodia
3 de Maio de2011.
Nodia seguintepartiu
para uma longa
viagemdenúpcias.
[anáfora temporal]
COESÃO COERÊNCIA
Catáfora – processo semelhante ao da anáfora, mas em que o(s) termo(s)
co-referente(s) surge(s) antes do elemento linguístico que indica oreferente.
Apósa consulta e considerando oque omédico lhe dissera, o
Joãoficou mais tranquilo.
[O pronome lhe é um co-referente catafórico, porque sóganha sentido se
tivermosem conta oreferente João,que lhe é posterior, no enunciado.]
Co-referência não anafórica – processo que consiste na utilização de
duas ou maus expressões relativas ao mesmo referente, mas sem que
nenhuma delas dependa da outra, facto apenas detectável por elementos
linguísticos ou contextuais.
Omédico tranquilizou oJoão.ODr.Silveira é uma sumidade.
[Os elementos linguísticos “médico” e “Dr. Silveira” identificam a mesma
entidade, sem que nenhum deles funcione como termo anafórico; logo,
sãoco-referentes não anafóricos.]
TEXTUAL
Outro exemplo de
catáfora:
Aminha irmã olhou-o
e disse:-João,estás
com melhoraspecto.
Outro exemplo de
co-referência não
anafórica:
OJoãoficou mais
tranquilo.Finalmente,
oirmão da Anapôde
viverem paz.
COESÃO COERÊNCIA TEXTUAL
Elipse – processo em que o(s) termo(s) anafórico(s) ou catafórico(s)não
surge(m) lexicalmente realizado(s), ou seja,subentendem-se.
OJoãofoi à consulta e […]ficou sossegado. Até a […]irmã
estranhou!
[Nestesegmentotextual, verifica-sea elipsedosujeitoda segundaoração e
a elipse dodeterminante possessivo,na segundafrase.
Adêixis textual – que demarca e organiza anafórica ou cataforicamenteo
tempo e o espaço do próprioenunciado.
Aideia antes exposta…/ comose referiu nocapítulo anterior… / o
assuntoem epígrafe… / comose demonstrou em cima…./ a
matéria supramencionada…
Remissão anafórica
Veremos seguidamente… Comoconstataremos mais à frente…
Remissãocatafórica
COESÃO COERÊNCIA
1. 1. MECANISMOS DE COESÃO
1.1.5. COESÃO LEXICAL
Mecanismo que envolve a relação entre palavras/termos que remetem
para o mesmo referente (co-referencialidade). Pode ser conseguida através
da:
TEXTUAL
Coesão lexical:
* Repetição
* Sinonímia
* Antonímia
* Hiperonímia
* Hiponímia
* Holonímia
* Meronímia
Sinonímia Antonímia
Holonímia
Meronímia
Hiperonímia
Hiponímia
Repetição
COESÃO COERÊNCIA
1. 1. MECANISMOS DE COESÃO
1.1.5. COESÃO LEXICAL
Repetição -por não ser possível a sua substituição, a repetição da
mesma unidade lexical ao longo do texto pode revelar-se
necessária para a coesão do texto.
OTejoé mais belo que orio que corre pela minha aldeia,
Mas oTejonãoé mais belo que orio que corre pela minha aldeia
Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia.
Sinonímia
Expansãoportuguesa….Aventura portuguesa …
descobrimentos
portugueses…descobertas portuguesas…
TEXTUAL
Coesão lexical:
* Repetição
* Sinonímia
COESÃO COERÊNCIA
Natureza hierárquica – Hiperonímia ehiponímia.
Quandochegoua casa, oRui viuum carro estacionadoem frente
da sua garagem. Ficouintrigado: oveículo nãolhe era familiar.
A substituição da palavra carro (hipónimo) pela palavra veículo
(hiperónimo) assegura coesão lexical e garante simultaneamente
identidade referencial (o carro e o veículo designam o mesmoobjecto).
TEXTUAL
Coesãolexical:
Antonímia
Hiperoními
a E
hiponímia
1. 1. MECANISMOS DE COESÃO
1.1.5. COESÃO LEXICAL
Antonímia.
Amaior parte das vítimas de violência doméstica é constituída por
mulheres. Oshomens, quando agredidos, raramente denunciam a
situação.
COESÃO COERÊNCIA TEXTUAL
Coesão lexical:
Holonímia
e
meronímia
1. 1. MECANISMOS DE COESÃO
1.1.5. COESÃO LEXICAL
Relaçõessemânticas de inclusão– Holonímia e meronímia.
Meronímia - Relação de
inclusão semântica entre
duas unidades lexicais: o
merónimo constitui a parte
de um todo (holónimo) e
com ele cria uma relação de
dependência.
Exemplo: a unidade lexical
«dedo» (merónimo) implica a
unidade lexical «mão»
(holónimo).
Holonímia -Relação de
inclusão semântica entre
duas unidades lexicais: o
holónimo, que é o todo, não
impõe necessariamente as
suas prioridades semânticas
ao merónimo, considerado a
sua parte.
Exemplo: carro/volante –
carroestabelece uma relação
de holonímia com volante,
sem porém lhe impor as suas
propriedades. O mesmo
acontece com corpo e braço;
e barcoe vela.
COESÃO COERÊNCIA
2. COERÊNCIA TEXTUAL
Tem a ver com o sentido ou o conteúdo de
um enunciado. Para haver coerência, o texto
tem de formar um todo compreensível aos
olhos do leitor, devendo ser o resultado da
não contradição entre as suas partes texto e
a ideia que temos do mundo.
Para que a coerência de um texto seja
efectiva, é necessária a organização textual,
assente numa estrutura, normalmente
tripartida, que relacione as ideias entre si,
de modo a configurá-las como uma
totalidade una e significativa.
TEXTUAL
Exemplo de
incoerênci
a textual:
Estão a derrubar
muitas árvores e
por isso a floresta
consegue
sobreviver.
[frase incoerente,
porque as frasesnão
podem estar ligadas
pela locução “por
isso”.]
COESÃO COERÊNCIA
2. COERÊNCIA TEXTUAL
COERÊNCIA LÓGICO-CONCEPTUAL
Há este tipo de coerência, quando as ideias do texto estão de
acordo com o mundo tal como o concebemos, assente em
relações de índole diversa (tempo, espaço, causa, fim,
meio…), e que, portanto, respeita princípios referentes à
natureza lógica e regular dos conceitos. Esses princípios são:
Aregra da não contradição, também no emprego do tempo,
modo e pessoa verbais.
A regra da não tautologia (repetição da mesma ideia, mesmo
que por palavras diferentes).
Aregra da relevância.
TEXTUAL
*Regra danão
contradição
*Regra danão
tautologia
*Regrada
relevância
COESÃO COERÊNCIA
Tem a ver com a intenção comunicativa, com o objectivo que
o locutor pretende atingir com o seu enunciado. Por isso,
esta forma de coerência está intrinsecamente ligada aos
actos ilocutórios.
TEXTUAL
Acoerência
pragmático-
funcional e os
actos ilocutórios.
2. COERÊNCIA TEXTUAL
COERÊNCIA PRAGMÁTICO-FUNCIONAL
Veja, a seguir,um exemplo de incoerência.
COESÃO COERÊNCIA TEXTUAL
Exemplo de
incoerência textual.
Incoerência 1: otextoé contraditório,quandosediz que asagênciassão
maravilhosas e, depois,é dito que elas não conseguem satisfazer os clientes.
Incoerência 2: otextoinicia nopresente,misturando-se,depois, formas no
futuroe nopretérito.
Incoerência 3: otextoé incoerenteem relação à pessoagramatical: passa-
seda 3.ª pessoapara a 1.ª doplural.
Incoerência 4: ilogicidade,aquandoda falta de sequênciade raciocínio
(existirãomaravilhosasagênciase outra é oconhecimento de novosvocábulos).
Incoerência 5: Conclusãosem nexo.
Exemplode INCOERÊNCIATEXTUAL
Oturismo oferece muitas vantagens. Algumas delas e para quem trabalha muito e
não conseguia organizar uma agenda de viagens, para isso existirão as
maravilhosas agências e outra é o conhecimento de novos vocábulos. Depois que
voltamos para nossaterra natal é que sedá odevido valor para onossohabitat, na
verdade o que ficam mesmo são fotos, filmagens e lembranças e nem sempre as
agências conseguemsatisfazer osclientes.Avidaé feita para servivida.
De entre as várias incoerências, destacam-se:

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coerência e coesão textual

  • 1. COESÃO COERÊNCIA 1. COESÃO TEXTUAL 1. O que é? É um dos meios que garante a unidade semântica e a organização de um enunciado. Dito de forma mais simples: a coesão textual tem a ver com a maneira como se processa a ligação entre os componentes de um texto (palavras, orações, frases e parágrafos), de modo a transmitir-se correctamente a ideia apresentada. TEXTUAL Exemplo de não coesão: Osmeus colegas e eu vou a Lloret de Mar, em viagem de finalistas. [frase agramatical, não coesa, pois o núcleo verbal não concorda emnúmero com o sujeito composto da frase.]
  • 2. COESÃO COERÊNCIA 1. 1. MECANISMOS DE COESÃO 1.1.1. COESÃO FRÁSICA Mecanismo que permite ligar os diversos constituintes de uma oração ou de uma frase simples, de modo a torná-los unos. Recorre aos seguintes processos: Ordenação das palavras e das funções sintácticas na oração/ frase. [Det + nome + adjectivo + verbo + det + nome…/ Suj + Pred + Comp] Concordânciadas palavras em géneroe número. Regências. Presença de complementos regidos pelos verbos. TEXTUAL Exemplode coesão: Eleoptouporcriar uma fundação. [frase coesa, uma vez que é seguida a ordenação sintáctica; a concordância; a regência; e os complementos exigidos pelo verbo] Exemplode não coesão: Oadministrador decidiu não abdicarao cargo. [frase não coesa, pois não se respeita a regência verbal, que exige o uso da preposição de.]
  • 3. COESÃO COERÊNCIA 1. 1. MECANISMOS DE COESÃO 1.1.2. COESÃO INTERFRÁSICA TEXTUAL Exemplode coesão: Comeceicomo ajudante, passeia factor e, depois, a maquinista. [frase coesa, devido, sobretudo, aos organizadores do discurso, que permitem ordenar temporalmente as situações representadas.] Mecanismo que permite ligar frases simples, frases complexas e parágrafos, garantindo a sua unidade semântica e traduzindo as diversas dependências existentes entre si. Recorre aos seguintes processos: Coordenação(assindética ou sindética). Subordinação. Marcadores /Conectores e organizadoresdo discurso. Veraqui quais são. Pontuação.
  • 4. COESÃO COERÊNCIA 1. 1. MECANISMOS DE COESÃO 1.1.3. COESÃO ASPECTO-TEMPORAL Mecanismo que coordena os enunciados, de acordo com uma lógica de ordenação temporal das situações. Recorre aos seguintes processos: Usocorrelativo dosmodos e tempos verbais, atendendo ao seu valor. Recursoa advérbios e/ou locuçõesadverbiais. Utilização de expressõespreposicionaiscom valor temporal. Usode datas e marcas temporais. Recursoa articuladores indicativos de ordenação. TEXTUAL Exemplode frase coesa: Quandome levouà Camilo,omeu pai já tinha deixadoomeu irmão noinfantário. [frase coesa, porque estamos perante duas situações distintas cuja ordenação é indicada pelos tempos verbais e pela conjunção temporal e pelo advérbio de tempo.] Exemplode frase não coesa: QuandooJoãonasceu, a Anateve cincoanos.
  • 5. COESÃO COERÊNCIA 1. 1. MECANISMOS DE COESÃO 1.1.4. COESÃO REFERENCIAL Mecanismo que assenta na existência de cadeias de referência ou anafóricas, constituídas por um elemento linguístico – o referente – que é retomado por outro(s) - co-referente(s), cujo entendimento só é possível atendendo ao significado do referente. Recorre aos seguintes processos: Anáfora – processo pelo qual os termos anafóricos retomam, no decorrer do discurso, o antecedente já mencionado e respectivo valor, mantendo-se activo durante a progressãotextual. Aosair da clínica, encontrei oJoãoe ele disse-me que o seu médico oatendera logo. [Partindo do referente João, encontramos como termos anafóricos os pronomes ele e o e o determinante possessivo seu. Ora, estes elementos são co-referentes e, em conjunto com o referente, que os antecede (sozinhos não têm sentido), configuram uma cadeia anafórica ou referencial.] TEXTUAL Outroexemplo de anáfora: OJoãocasou-senodia 3 de Maio de2011. Nodia seguintepartiu para uma longa viagemdenúpcias. [anáfora temporal]
  • 6. COESÃO COERÊNCIA Catáfora – processo semelhante ao da anáfora, mas em que o(s) termo(s) co-referente(s) surge(s) antes do elemento linguístico que indica oreferente. Apósa consulta e considerando oque omédico lhe dissera, o Joãoficou mais tranquilo. [O pronome lhe é um co-referente catafórico, porque sóganha sentido se tivermosem conta oreferente João,que lhe é posterior, no enunciado.] Co-referência não anafórica – processo que consiste na utilização de duas ou maus expressões relativas ao mesmo referente, mas sem que nenhuma delas dependa da outra, facto apenas detectável por elementos linguísticos ou contextuais. Omédico tranquilizou oJoão.ODr.Silveira é uma sumidade. [Os elementos linguísticos “médico” e “Dr. Silveira” identificam a mesma entidade, sem que nenhum deles funcione como termo anafórico; logo, sãoco-referentes não anafóricos.] TEXTUAL Outro exemplo de catáfora: Aminha irmã olhou-o e disse:-João,estás com melhoraspecto. Outro exemplo de co-referência não anafórica: OJoãoficou mais tranquilo.Finalmente, oirmão da Anapôde viverem paz.
  • 7. COESÃO COERÊNCIA TEXTUAL Elipse – processo em que o(s) termo(s) anafórico(s) ou catafórico(s)não surge(m) lexicalmente realizado(s), ou seja,subentendem-se. OJoãofoi à consulta e […]ficou sossegado. Até a […]irmã estranhou! [Nestesegmentotextual, verifica-sea elipsedosujeitoda segundaoração e a elipse dodeterminante possessivo,na segundafrase. Adêixis textual – que demarca e organiza anafórica ou cataforicamenteo tempo e o espaço do próprioenunciado. Aideia antes exposta…/ comose referiu nocapítulo anterior… / o assuntoem epígrafe… / comose demonstrou em cima…./ a matéria supramencionada… Remissão anafórica Veremos seguidamente… Comoconstataremos mais à frente… Remissãocatafórica
  • 8. COESÃO COERÊNCIA 1. 1. MECANISMOS DE COESÃO 1.1.5. COESÃO LEXICAL Mecanismo que envolve a relação entre palavras/termos que remetem para o mesmo referente (co-referencialidade). Pode ser conseguida através da: TEXTUAL Coesão lexical: * Repetição * Sinonímia * Antonímia * Hiperonímia * Hiponímia * Holonímia * Meronímia Sinonímia Antonímia Holonímia Meronímia Hiperonímia Hiponímia Repetição
  • 9. COESÃO COERÊNCIA 1. 1. MECANISMOS DE COESÃO 1.1.5. COESÃO LEXICAL Repetição -por não ser possível a sua substituição, a repetição da mesma unidade lexical ao longo do texto pode revelar-se necessária para a coesão do texto. OTejoé mais belo que orio que corre pela minha aldeia, Mas oTejonãoé mais belo que orio que corre pela minha aldeia Porque o Tejo não é o rio que corre pela minha aldeia. Sinonímia Expansãoportuguesa….Aventura portuguesa … descobrimentos portugueses…descobertas portuguesas… TEXTUAL Coesão lexical: * Repetição * Sinonímia
  • 10. COESÃO COERÊNCIA Natureza hierárquica – Hiperonímia ehiponímia. Quandochegoua casa, oRui viuum carro estacionadoem frente da sua garagem. Ficouintrigado: oveículo nãolhe era familiar. A substituição da palavra carro (hipónimo) pela palavra veículo (hiperónimo) assegura coesão lexical e garante simultaneamente identidade referencial (o carro e o veículo designam o mesmoobjecto). TEXTUAL Coesãolexical: Antonímia Hiperoními a E hiponímia 1. 1. MECANISMOS DE COESÃO 1.1.5. COESÃO LEXICAL Antonímia. Amaior parte das vítimas de violência doméstica é constituída por mulheres. Oshomens, quando agredidos, raramente denunciam a situação.
  • 11. COESÃO COERÊNCIA TEXTUAL Coesão lexical: Holonímia e meronímia 1. 1. MECANISMOS DE COESÃO 1.1.5. COESÃO LEXICAL Relaçõessemânticas de inclusão– Holonímia e meronímia. Meronímia - Relação de inclusão semântica entre duas unidades lexicais: o merónimo constitui a parte de um todo (holónimo) e com ele cria uma relação de dependência. Exemplo: a unidade lexical «dedo» (merónimo) implica a unidade lexical «mão» (holónimo). Holonímia -Relação de inclusão semântica entre duas unidades lexicais: o holónimo, que é o todo, não impõe necessariamente as suas prioridades semânticas ao merónimo, considerado a sua parte. Exemplo: carro/volante – carroestabelece uma relação de holonímia com volante, sem porém lhe impor as suas propriedades. O mesmo acontece com corpo e braço; e barcoe vela.
  • 12. COESÃO COERÊNCIA 2. COERÊNCIA TEXTUAL Tem a ver com o sentido ou o conteúdo de um enunciado. Para haver coerência, o texto tem de formar um todo compreensível aos olhos do leitor, devendo ser o resultado da não contradição entre as suas partes texto e a ideia que temos do mundo. Para que a coerência de um texto seja efectiva, é necessária a organização textual, assente numa estrutura, normalmente tripartida, que relacione as ideias entre si, de modo a configurá-las como uma totalidade una e significativa. TEXTUAL Exemplo de incoerênci a textual: Estão a derrubar muitas árvores e por isso a floresta consegue sobreviver. [frase incoerente, porque as frasesnão podem estar ligadas pela locução “por isso”.]
  • 13. COESÃO COERÊNCIA 2. COERÊNCIA TEXTUAL COERÊNCIA LÓGICO-CONCEPTUAL Há este tipo de coerência, quando as ideias do texto estão de acordo com o mundo tal como o concebemos, assente em relações de índole diversa (tempo, espaço, causa, fim, meio…), e que, portanto, respeita princípios referentes à natureza lógica e regular dos conceitos. Esses princípios são: Aregra da não contradição, também no emprego do tempo, modo e pessoa verbais. A regra da não tautologia (repetição da mesma ideia, mesmo que por palavras diferentes). Aregra da relevância. TEXTUAL *Regra danão contradição *Regra danão tautologia *Regrada relevância
  • 14. COESÃO COERÊNCIA Tem a ver com a intenção comunicativa, com o objectivo que o locutor pretende atingir com o seu enunciado. Por isso, esta forma de coerência está intrinsecamente ligada aos actos ilocutórios. TEXTUAL Acoerência pragmático- funcional e os actos ilocutórios. 2. COERÊNCIA TEXTUAL COERÊNCIA PRAGMÁTICO-FUNCIONAL Veja, a seguir,um exemplo de incoerência.
  • 15. COESÃO COERÊNCIA TEXTUAL Exemplo de incoerência textual. Incoerência 1: otextoé contraditório,quandosediz que asagênciassão maravilhosas e, depois,é dito que elas não conseguem satisfazer os clientes. Incoerência 2: otextoinicia nopresente,misturando-se,depois, formas no futuroe nopretérito. Incoerência 3: otextoé incoerenteem relação à pessoagramatical: passa- seda 3.ª pessoapara a 1.ª doplural. Incoerência 4: ilogicidade,aquandoda falta de sequênciade raciocínio (existirãomaravilhosasagênciase outra é oconhecimento de novosvocábulos). Incoerência 5: Conclusãosem nexo. Exemplode INCOERÊNCIATEXTUAL Oturismo oferece muitas vantagens. Algumas delas e para quem trabalha muito e não conseguia organizar uma agenda de viagens, para isso existirão as maravilhosas agências e outra é o conhecimento de novos vocábulos. Depois que voltamos para nossaterra natal é que sedá odevido valor para onossohabitat, na verdade o que ficam mesmo são fotos, filmagens e lembranças e nem sempre as agências conseguemsatisfazer osclientes.Avidaé feita para servivida. De entre as várias incoerências, destacam-se: