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A LINGUAGEM DE JOSÉ SARNEY EM O DONO DO MAR


                                                   Larisse Araújo Santana de Moraes*


RESUMO


Este artigo aborda a questão da linguagem utilizada na obra “O Dono do Mar”
de autoria de José Sarney,                  visando refletir sobre alguns   aspectos
característicos sobre linguagem, tais como: exprimir com riqueza de detalhes o
modo como os pescadores e moradores da região da praia se comunicavam,
além de expressar em suas linhas a maneira peculiar do falar do Maranhão.
Aspectos estes que foram estudados como forma de entender melhor a
linguagem no âmbito maranhense.
Palavra-chave: linguagem, o dono do mar, pescadores, maranhense.


ABSTRACT
THE LANGUAGE OF JOSÉ SARNEY IN THE OWNER OF THE SEA


This article addresses the issue of language used in the work "The owner of the
Sea" by José Sarney, to reflect on some aspects used by the same
characteristic, such as express in great detail how the fishermen and residents
of beach communicated, and expressed in their lines the way peculiar to speak
of Maranhão. These issues were studied in order to better understand the
language in Maranhão.
Keyword: language, the owner of the sea, fishermen, Maranhão.


1 INTRODUÇÃO


        O Dono do Mar, obra de José Sarney possui arraigado dentro de si
tamanha força que consegue atrair a atenção do leitor desde o primeiro
capítulo, utilizando-se de uma linguagem simples e clara, que pode ser
_____________________________________
*Acadêmica de Letras
7° período
Universidade Estadual do Maranhão – UEMA
Centro de Estudos Superiores de Pedreiras - CESP
E-mail: larysseasmoraes@msn.com
observado facilmente ao longo da narrativa. A primeira demonstração do que
acabamos de mencionar é relato dos acontecimentos no dia da morte de
Jerumenho, outra forma de demonstrar é à maneira de como Capitão Cristório
reage quando lhe chamam de Capitão em um dia de sexta feira, conforme
podemos observar no trecho abaixo:

                     “– Bom dia, capitão Cristório – Saudou Bertolino.
                     – Capitão? Capitão é a puta que pariu. Todo mundo sabe que sexta-
                     feira eu não gosto que me chamem de capitão...
                     ...
                     – Mas capitão!... tentou explicar Bertolino.
                     – Eu já disse que não gosto que me chamem de capitão, na sexta-
                     feira. Vai de novo à puta que pariu. E se repetir, corto a língua...”
                     (págs. 9 e 10)


      Mesmo com uma linguagem clara e coloquial em boa parte do livro, o
autor não deixa de lado a norma culta e também utiliza do lirismo poético ao
longo de sua obra, tornando assim o texto culto e cheio de poesias.
      Com muita sabedoria e perspicácia Sarney faz o entrelaçamento das
linguagens coloquial e culta, através da mistura entre o real e a magia, essa
característica pode ser vista nas personagens, “Querente” que se tratava da
encarnação de um soldado que havia sido lançado ao mar, e de “Arquimundo”
que se dizia detentor do tempo e relatava histórias antigas, os dois foram
encontrados pelo Capitão Cristório em situações não muito convencionais,
além disso, temos as estórias dos fantasmas vistos nas noites de pescarias e
dos bichos que só existem nas lendas, essa última podemos observar no
trecho abaixo:

                     “...Foi quando se viu, na escuridão da lua crescente, com água no
                     peito, aquele cardume de piocos, com luzes vermelhas do olho
                     grande no meio da testa e pescoços cheio de cabelos, uivando em
                     bandos que nem touro amarrado. Era uma procissão de piocos,
                     fedendo a enxofre e bode...”
                     (pág. 60)


      Por esse e outros motivos que a obra analisada torna-se muito
semelhante a um poema épico.
2 A LINGUAGEM MARANHESE


      Outro fato que merece ser destacado na obra “O dono do mar” é a
maneira de como José Sarney trata com particularidade o jeito maranhense de
falar, fazendo dos pescadores a ponte que revela as características peculiares
da nossa região, ou seja, a forma como as personagens falam está nela
embutida gírias, trejeitos, arcaísmos que só existem no Maranhão, conforme
vemos abaixo:


                     “– Camborina, temos uma filha puta debaixo de nosso telhado.
                     Estava no mato mais o Zé Donga.
                     – Não insulte nem difame sua filha, Cristório. Que história é essa de
                     ofender a menina como se ela fosse rapariga?
                     Cristório tremia de cólera e repetia sem controlar as palavras: – É
                     puta, e puta não mora na minha casa.”
                     (pág. 188)

                     ...

                     “...– Já estão ajuntados, Camborina. Deixa que para mim ela já
                     morreu, e morreu pra sempre. Desonrando meu nome... Camborina
                     não tirou os olhos dele. Ficou calada, mas interiormente tomou uma
                     decisão: “Vou me entregar a Querente, coisa que eu sempre quis
                     fazer e não fiz. Deitarei com ele só para mostrar ao capitão Cristório
                     que tem gente que sabe quebrar a fuça..””
                     (pág. 189)


      Palavras como: pixé, ontonte, moça, terecó, sujigar, vira-bosta, etc., são
só alguns dos termos encontrados ao decorrer da obra, e que fazem parte do
nosso vocabulário.
      Desta forma o autor demonstra toda a essência desse povo, fazendo
com que as pessoas que lêem a obra e desconhecem tal linguagem passem a
conhecer e quem sabe até aguçar interesse em pesquisá-la, divulgando assim
nossa cultura, através do mundo da literatura.


3 CAPITÃO CRISTÓRIO E SUAS ESTÓRIAS


      O protagonista da narrativa é o que carrega boa parte da linguagem
abordada na obra analisada, pois o mesmo está praticamente envolvido em
todas as estórias que são narradas, sejam elas as com os seres sobrenaturais,
ou as com os moradores da praia.
      José Sarney faz com que Capitão Cristório seja o propagador da
linguagem coloquial na obra, bem como é através do mesmo que exposta a
simplicidade na comunicação entre os pescadores e moradores da praia.
Assim como o autor expõe o falar maranhense ao longo do texto, a mesma
coisa é feita com a linguagem dos pescadores, pois por diversas vezes
podemos encontrar palavras que só fazem sentido naquele ambiente marítimo,
veja abaixo o exemplo:


                     “...O igarité movimentou-se, o ferro já dentro da embarcação. Jonas
                     foi puxando a corda e a vela subiu. O vento estava bom, embora
                     soprando em direção contrária. Era necessário ir bordejando,
                     cambando e fazendo ziquezague para poder avançar...”
                     (pág. 247)


      Os fantasmas, visões que a personagem principal vê em suas viagens
marítimas fazem partes de figuras retóricas que o autor utiliza como forma de
dar mais ênfase a trama e tornar a leitura mais atrativa.


4 CONSIDERAÇÕES FINAIS


      Diante dos fatos abordados, concluí-se que a linguagem utilizada na
obra “O dono do mar” é um dos fatores principais que tornam a leitura atraente,
levando em conta que à simplicidade e coloquialidade são muito bem
desenvolvidas no decorrer da narrativa.
      Outro fato que merece menção é o da utilização por parte do autor de
figuras retóricas, que também dão um toque de entusiasmo a narrativa e são
as estórias de seres estranhos e fantasmas que prendem o leitor na obra.
Ao longo do texto também foi demonstrado à forma como o maranhense se
comunica, demonstrando os trejeitos e palavras que só fazem sentido e só se
entende o significado no nosso querido Maranhão.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA


HAMMES, Érico João. Orientações E Normas Para Trabalhos Científicos,
disponível:   www.unipac.br/bb/documentos/roteiro_elaboracao_artigo2011.pdf.
Acesso em: 18.12.2011 as 18:39.


HOUAISS, Antonio e VILLAR, Mauro de Salles. Minidicionário Houssais da
língua portuguesa. 3. ed. ver. e aum. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008.


SARNEY, José. O dono do mar. São Paulo: Siciliano, 1995.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE PEDREIRAS - CESP
       LARISSE ARAÚJO SANTANA DE MORAES




                    ARTIGO:
  A LINGUAGEM DE JOSÉ SARNEY EM O DONO DO MAR




                             Artigo apresentado ao curso de Letras da
                             Universidade Estadual do Maranhão           –
                             UEMA, para obtenção da 3ª nota de
                             avaliação da disciplina Literatura Brasileira
                             do     Modernismo        as      Tendências
                             Contemporâneas.
                             Professor esp.: Rubenil da Silva Oliveira




                 PEDREIRAS / MA
                      2011
SUMÁRIO


1 INTRODUÇÃO................................................................................. 03
2 A LINGUAGEM MARANHESE......................................................... 05
3 CAPITÃO CRISTÓRIO E SUAS ESTÓRIAS................................... 05
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................. 06
REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................ 07

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A linguagem de josé sarney em o dono do mar

  • 1. A LINGUAGEM DE JOSÉ SARNEY EM O DONO DO MAR Larisse Araújo Santana de Moraes* RESUMO Este artigo aborda a questão da linguagem utilizada na obra “O Dono do Mar” de autoria de José Sarney, visando refletir sobre alguns aspectos característicos sobre linguagem, tais como: exprimir com riqueza de detalhes o modo como os pescadores e moradores da região da praia se comunicavam, além de expressar em suas linhas a maneira peculiar do falar do Maranhão. Aspectos estes que foram estudados como forma de entender melhor a linguagem no âmbito maranhense. Palavra-chave: linguagem, o dono do mar, pescadores, maranhense. ABSTRACT THE LANGUAGE OF JOSÉ SARNEY IN THE OWNER OF THE SEA This article addresses the issue of language used in the work "The owner of the Sea" by José Sarney, to reflect on some aspects used by the same characteristic, such as express in great detail how the fishermen and residents of beach communicated, and expressed in their lines the way peculiar to speak of Maranhão. These issues were studied in order to better understand the language in Maranhão. Keyword: language, the owner of the sea, fishermen, Maranhão. 1 INTRODUÇÃO O Dono do Mar, obra de José Sarney possui arraigado dentro de si tamanha força que consegue atrair a atenção do leitor desde o primeiro capítulo, utilizando-se de uma linguagem simples e clara, que pode ser _____________________________________ *Acadêmica de Letras 7° período Universidade Estadual do Maranhão – UEMA Centro de Estudos Superiores de Pedreiras - CESP E-mail: larysseasmoraes@msn.com
  • 2. observado facilmente ao longo da narrativa. A primeira demonstração do que acabamos de mencionar é relato dos acontecimentos no dia da morte de Jerumenho, outra forma de demonstrar é à maneira de como Capitão Cristório reage quando lhe chamam de Capitão em um dia de sexta feira, conforme podemos observar no trecho abaixo: “– Bom dia, capitão Cristório – Saudou Bertolino. – Capitão? Capitão é a puta que pariu. Todo mundo sabe que sexta- feira eu não gosto que me chamem de capitão... ... – Mas capitão!... tentou explicar Bertolino. – Eu já disse que não gosto que me chamem de capitão, na sexta- feira. Vai de novo à puta que pariu. E se repetir, corto a língua...” (págs. 9 e 10) Mesmo com uma linguagem clara e coloquial em boa parte do livro, o autor não deixa de lado a norma culta e também utiliza do lirismo poético ao longo de sua obra, tornando assim o texto culto e cheio de poesias. Com muita sabedoria e perspicácia Sarney faz o entrelaçamento das linguagens coloquial e culta, através da mistura entre o real e a magia, essa característica pode ser vista nas personagens, “Querente” que se tratava da encarnação de um soldado que havia sido lançado ao mar, e de “Arquimundo” que se dizia detentor do tempo e relatava histórias antigas, os dois foram encontrados pelo Capitão Cristório em situações não muito convencionais, além disso, temos as estórias dos fantasmas vistos nas noites de pescarias e dos bichos que só existem nas lendas, essa última podemos observar no trecho abaixo: “...Foi quando se viu, na escuridão da lua crescente, com água no peito, aquele cardume de piocos, com luzes vermelhas do olho grande no meio da testa e pescoços cheio de cabelos, uivando em bandos que nem touro amarrado. Era uma procissão de piocos, fedendo a enxofre e bode...” (pág. 60) Por esse e outros motivos que a obra analisada torna-se muito semelhante a um poema épico.
  • 3. 2 A LINGUAGEM MARANHESE Outro fato que merece ser destacado na obra “O dono do mar” é a maneira de como José Sarney trata com particularidade o jeito maranhense de falar, fazendo dos pescadores a ponte que revela as características peculiares da nossa região, ou seja, a forma como as personagens falam está nela embutida gírias, trejeitos, arcaísmos que só existem no Maranhão, conforme vemos abaixo: “– Camborina, temos uma filha puta debaixo de nosso telhado. Estava no mato mais o Zé Donga. – Não insulte nem difame sua filha, Cristório. Que história é essa de ofender a menina como se ela fosse rapariga? Cristório tremia de cólera e repetia sem controlar as palavras: – É puta, e puta não mora na minha casa.” (pág. 188) ... “...– Já estão ajuntados, Camborina. Deixa que para mim ela já morreu, e morreu pra sempre. Desonrando meu nome... Camborina não tirou os olhos dele. Ficou calada, mas interiormente tomou uma decisão: “Vou me entregar a Querente, coisa que eu sempre quis fazer e não fiz. Deitarei com ele só para mostrar ao capitão Cristório que tem gente que sabe quebrar a fuça..”” (pág. 189) Palavras como: pixé, ontonte, moça, terecó, sujigar, vira-bosta, etc., são só alguns dos termos encontrados ao decorrer da obra, e que fazem parte do nosso vocabulário. Desta forma o autor demonstra toda a essência desse povo, fazendo com que as pessoas que lêem a obra e desconhecem tal linguagem passem a conhecer e quem sabe até aguçar interesse em pesquisá-la, divulgando assim nossa cultura, através do mundo da literatura. 3 CAPITÃO CRISTÓRIO E SUAS ESTÓRIAS O protagonista da narrativa é o que carrega boa parte da linguagem abordada na obra analisada, pois o mesmo está praticamente envolvido em
  • 4. todas as estórias que são narradas, sejam elas as com os seres sobrenaturais, ou as com os moradores da praia. José Sarney faz com que Capitão Cristório seja o propagador da linguagem coloquial na obra, bem como é através do mesmo que exposta a simplicidade na comunicação entre os pescadores e moradores da praia. Assim como o autor expõe o falar maranhense ao longo do texto, a mesma coisa é feita com a linguagem dos pescadores, pois por diversas vezes podemos encontrar palavras que só fazem sentido naquele ambiente marítimo, veja abaixo o exemplo: “...O igarité movimentou-se, o ferro já dentro da embarcação. Jonas foi puxando a corda e a vela subiu. O vento estava bom, embora soprando em direção contrária. Era necessário ir bordejando, cambando e fazendo ziquezague para poder avançar...” (pág. 247) Os fantasmas, visões que a personagem principal vê em suas viagens marítimas fazem partes de figuras retóricas que o autor utiliza como forma de dar mais ênfase a trama e tornar a leitura mais atrativa. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos fatos abordados, concluí-se que a linguagem utilizada na obra “O dono do mar” é um dos fatores principais que tornam a leitura atraente, levando em conta que à simplicidade e coloquialidade são muito bem desenvolvidas no decorrer da narrativa. Outro fato que merece menção é o da utilização por parte do autor de figuras retóricas, que também dão um toque de entusiasmo a narrativa e são as estórias de seres estranhos e fantasmas que prendem o leitor na obra. Ao longo do texto também foi demonstrado à forma como o maranhense se comunica, demonstrando os trejeitos e palavras que só fazem sentido e só se entende o significado no nosso querido Maranhão.
  • 5. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA HAMMES, Érico João. Orientações E Normas Para Trabalhos Científicos, disponível: www.unipac.br/bb/documentos/roteiro_elaboracao_artigo2011.pdf. Acesso em: 18.12.2011 as 18:39. HOUAISS, Antonio e VILLAR, Mauro de Salles. Minidicionário Houssais da língua portuguesa. 3. ed. ver. e aum. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008. SARNEY, José. O dono do mar. São Paulo: Siciliano, 1995.
  • 6. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE PEDREIRAS - CESP LARISSE ARAÚJO SANTANA DE MORAES ARTIGO: A LINGUAGEM DE JOSÉ SARNEY EM O DONO DO MAR Artigo apresentado ao curso de Letras da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, para obtenção da 3ª nota de avaliação da disciplina Literatura Brasileira do Modernismo as Tendências Contemporâneas. Professor esp.: Rubenil da Silva Oliveira PEDREIRAS / MA 2011
  • 7. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO................................................................................. 03 2 A LINGUAGEM MARANHESE......................................................... 05 3 CAPITÃO CRISTÓRIO E SUAS ESTÓRIAS................................... 05 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................. 06 REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA........................................................ 07