2. Introdução
As primeiras formas de classificação baseavam-se em detalhes superficiais
ou usavam poucos critérios, dando margem para muitos erros. Esses
sistemas eram chamados sistemas de classificação artificial.
• Aristóteles: Distribuía os organismos
em aquáticos, terrestres e aéreos.
• Santo Agostinho: Classificava em úteis,
nocivos e indiferentes.
Carl von Linné, ou Lineu, criou o primeiro
sistema de classificação mais elaborado
e com base científica. Ele se baseava em padrões anatômicos e de
organização corporal e é considerado um sistema de classificação
biológica natural. Porém, Lineu não procurava estabelecer parentesco
evolutivo entre as espécies, pois ele era adepto da teoria fixista – Os seres
vivos foram criados por uma entidade divina, mantendo-se inalterados
desde então.
3. Taxonomia e Sistemática
• Taxonomia: Parte da
biologia voltada para a
identificação, nomenclatura e
classificação hierárquica.
Táxon: Qualquer agrupamento
de indivíduos baseados em
semelhanças.
• Sistemática: Tem o objetivo
de estudar e compreender a
diversidade da vida,
evidenciando os parentescos
evolutivos por meio de
diagramas (filogenias), que
relaciona a sequência de
surgimento das espécies
atuais e as relações com seus
ancestrais já extintos.
4.
5. O sistema de classificação de Lineu
Lineu apresentou um sistema de classificação biológico
baseado na comparação entre características físicas
e semelhanças estruturais relevantes.
No sistema de classificação proposto por Lineu, os
seres vivos foram dispostos em categorias hierárquicas.
A unidade básica de classificação era a espécie, depois
estabeleceu o gênero (agrupamento de espécies
semelhantes), ordem (gêneros semelhantes), classe
(ordens semelhantes) e reino (classes semelhantes).
Assim, ele considerava cinco categorias de
classificação.
A utilização desse sistema possibilitou que os
pesquisadores padronizassem a nomenclatura dos seres
vivos, independentemente do idioma ou das diferenças
de nomes populares empregados em diferentes regiões
de um país.
Espécie
Gênero
Ordem
Classe
Reino
6. Classificação atual dos seres vivos
Os grupos propostos por Lineu foram ampliados e
mais surgiram. As modificações ocorreram devido à
aceitação das ideias evolutivas.
Essa forma de classificação mostra claramente as
correlações evolutivas existentes entre as mais
diferentes formas de vida. Foram acrescentadas duas
categorias – filo e família.
Espécie
Gênero
Família
Ordem
Classe
Filo
Reino
7. Sistemas de classificação natural
• Ernst Haeckel: Seu sistema apresentava três reinos – Animal, Vegetal e
Protista. Nesse último reino, ficavam seres com características tanto
animal, quanto vegetal; Daí surgiram dúvidas quanto à correta
classificação das bactérias e dos fungos.
• Copeland: Com o aperfeiçoamento do microscópio, tornou-se óbvio que
havia organismo que não se encaixavam nos três reinos; Criando, assim, o
quarto reino – Monera.
• Whittaker: Utilizando evidências bioquímicas, genéticas e evolutivas,
desenvolveu um sistema com cinco reinos – Monera, Protoctista, Fungi,
Plantae e Animalia.
Esse sistema de classificação possui bases evolutivas e filogenéticas;
Demonstrando que a diversidade dos seres vivos existentes hoje é resultante
de processos biológicos de especiação.
8.
9.
10. Novos grupos de classificação
Evidências moleculares,
sugerem que o esquema de
cinco reinos também é muito
simples. Alguns biológos
acreditam que o reino Monera
demonstra ser formado por dois
grupos bioquimicamente muito
distintos de organismos
procariontes: As arqueas e as
eubactérias. Criando um nível
maior e superior ao reino, o
domínio. São três – Bacteria,
Archaea e o Eukarya.
11. Nomenclatura dos seres vivos
Para descrever qualquer nova espécie, uma série de regras devem ser
seguidas.
• O idioma empregado deve ser latim.
• Sempre são utilizadas duas palavras (sistema binomial). A primeira é o
epíteto genérico, que se refere ao gênero, deve ser escrito com a
primeira letra maiúscula. A segunda palavra refere-se ao epíteto
específico, a espécie, sendo escrito com a primeira letra minúscula.
• Ambos os termos devem ser destacados do restante do texto. Esses
destaques podem ser feito colocando o binômio em itálico, negrito ou
sublinhado.
• O nome genérico pode ser escrito sozinho, caso venha acompanhado de
uma abreviatura. Basta acrescentar a abreviatura “sp” após o gênero,
quando for se referir a várias espécies de um gênero, deve-se acrescentar
a abreviatura “spp”.
12. • O epíteto específico nunca deve ser escrito sozinho. Isso evita que ocorra
confusão, pois refere-se à espécie e pode ser comum a diferentes
espécies de organismos.
• Ao aparecer pela primeira vez no texto, o nome científico deve ser
escrito de forma completa. Nas outras vezes que aparecer, o epíteto
genérico pode ser abreviado. Ex – H. sapiens.
13. Os cinco reinos
Reino
Representantes e
Características
Monera
Bactérias e Arqueobactérias; São
unicelulares e procariontes, podem ser
autótrofas ou heterótrofas.
Protoctista
Protozoários e Algas; São eucariontes e
heterótrofos ou autótrofos. Podem ser
uni ou pluricelulares.
Fungi
Fungos; São eucariontes, uni ou
pluricelulares e heterótrofos.
Plantae
Plantas; São eucariontes, multicelulares
e autotróficos fotossintetizantes.
Animalia
Animais; São eucariontes,
multicelulares e heterotróficos.
14. Os vírus, por outro lado, não estão incluídos em nenhum dos cincos reinos,
pois são acelulares e constituídos basicamente por uma ou poucas
moléculas de ácidos nucleicos envoltas por moléculas de proteínas. A
ausência de célula faz dos vírus parasitas intracelulares obrigatórios.
Reino Célula Nutrição Organização Reprodução Mobilidade
Monera Procariótica
Absortiva ou
fotossintética
Unicelular ou
colonial.
Assexual por
fissão
Movéis –
Flagelos
Protoctista Eucariótica Fotossintética Unicelular
Sexual ou
Assexual
Imóveis ou
Móveis
Plantae Eucariótica Fotossintética Multicelular
Sexual ou
Assexual
Imóveis
Fungi Eucariótica Absortiva Multicelular
Sexual ou
Assexual
Imóveis
Animalia Eucariótica Ingestiva Multicelular Sexual
Móveis –
Fibras
contráteis