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Sistemática dos Seres
Vivos
Considera-se que o número de espécies de seres vivos que existem na
Terra pode estar compreendido entre 5 e 100 milhões.
Este valor representa uma fração da biodiversidade que existiu.
Perante tal biodiversidade os biólogos
sentiram necessidade de os
classificar, agrupando-os de acordo
com determinados critérios.
Dessa tentativa de “organizar” os
seres vivos surgiu a
Sistemática.
♦Ciência que faz o estudo
científico dos seres, das suas
relações evolutivas e desenvolve
sistemas de classificação que
refletem essas relações.
Dentro da Sistemática existe um ramo especializado da
classificação dos seres vivos e da nomenclatura (atribuição dos
nomes) que se designa de Taxonomia.
Sistemática = Taxonomia
+
Biologia
Evolutiva
A Sistemática encontra-se
em constante atualização
já que novos dados são
descobertos todos os dias
que levam a novas
reinterpretações dos
seres vivos e das suas
relações evolutivas.
Sistemas de Classificação
Os sistemas de classificação não são algo que a natureza tenha
originado, surgem de uma necessidade humana de “arrumar a casa”.
Como tal existe uma grande
multiplicidade de sistemas de
classificação.
Um bom sistema de classificação deve assentar em bons critérios.
Classificações Práticas
Desde sempre o Homem agrupou os seres
vivos.
Quando os Homens primitivos distinguiam
animais venenosos de animais não
venenosos, comestíveis ou não comestíveis e
plantas com valor económico ou sem valor.
Isto são formas de classificar.
No entanto estas classificações baseiam-se na
utilidade dos seres vivos para o Homem,
normalmente alimentação, defesa ou valor
económico.
Estas classificações denominam-se de Classificações
Práticas.
Uso imediato.
Propriedades que tinham interesse para os humanos.
Satisfação de necessidades básicas.
A sedentarização do Homem levou a que estes tivessem outras
preocupações além das que se os animais eram ou não perigosos.
Dedicou-se então ao estudo das características dos seres vivos, sendo
que na antiga Grécia, Aristóteles, foi um dos primeiros a desenvolver
um sistema de classificação que procurava agrupar os seres vivos de
acordo com critérios morfológicos e fisiológicos.
A Sistemática teve um grande impulso no século XVII, com Carl Von
Linné (1707-1778), um botânico.
Tanto os sistemas de classificação de
Aristóteles e de Lineu são
considerados sistemas de
classificação racionais já que têm
uma base racional, pois utilizam
características dos seres vivos em
estudo.
Alguns sistemas de classificação racionais baseiam-se num pequeno
número de características, pelo que se formam grupos muito
heterogéneos. São constituídos por indivíduos que diferem em muitas
outras características.
Nesse caso designamos este processo de sistemas de
classificação artificiais.
Eram os casos dos sistemas de Aristóteles e Lineu
Nas classificações artificiais como os caracteres são escolhidos
arbitrariamente, ignorando todos os outros, e são em pequeno
número, ficam reunidos no mesmo grupo organismos pouco
relacionados entre si.
Este tipo de classificação é característico do período pré-
lineano das classificações.
Na realidade podemos distinguir quatro períodos nas
classificações:
Pré-Lineano
Pós-Lineano
Pré-Darwiniano
Pós-Darwiniano
Com a descoberta de novas terras houve também a descoberta de
novos animais e plantas, pelo que sentiu-se a necessidade de
desenvolver novas classificações que assentassem no maior número de
características.
Estas classificações denominam-se classificações naturais, no
entanto são pós-lineanas mas pré-darwinianas, logo não têm em conta
a vertente evolucionista.
Nas classificações naturais os grupos formados reunem
organismos com maior grau de semelhança.
Este sistema de classificação é por vezes complicado de
efetuar uma vez que para tal é necessário conhecer de forma
pormenorizada as características dos indivíduos.
Até ao século XVIII, no entanto, imperavam as ideias fixistas, e
portanto as classificações refletiam esta ideologia, não levavam a
filogenia em conta.
Filogenia – estudo das relações evolutivas dos seres vivos.
Eram classificações estáticas que privilegiavam as características
estruturais, não tendo em conta o fator tempo.
Assim consideram-se estas classificações horizontais ou
fenéticas, pois apenas se baseiam em caracteres diretamente
observáveis.
Com Darwin os sistemas de classificação levam nova reestruturação,
tem que se contar com o fator tempo.
Os seres vivos evoluem, mudam são dinâmicos.
Estes novos sistemas de classificação que tentam organizar os
indivíduos segundo os seus graus de parentesco são ditas
classificações evolutivas ou filogenéticas.
Mas também como levam em linha de conta o fator tempo
dizem-se classificações verticais, filogenéticas ou filéticas.
Sendo características do período pós-darwiniano.
Dentro destas existem as classificações cladísticas.
As relações eram representadas por cladogramas.
As características utilizadas para a criação dos cladogramas eram
divididas em dois grupos distintos.
Um em que as características primitivas ou ancestrais eram partilhadas
por um grupo de organismos que descendiam de um ancestral comum em
que essas características estavam presentes.
Outro era baseado nas características derivadas que estavam presentes nos
indivíduos de uma linhagem mas não estavam presentes no ancestral dessa
linhagem, o que mostra ter havido separação de um novo ramo ou grupo de
indivíduos.
Outro tipo de classificação filética é a classificação evolutiva.
Conciliam critérios filéticos e fenéticos.
Os organismos são agrupados por grau de parentesco.
São utilizados todos os tipos de dados…
Citológicos, Embriológicos, Genéticos, Bioquímicos, Fenéticos…
Estas classificações são representadas por árvores filogenéticas
ou árvores evolutivas.
O grau de semelhança entre os grupos reflete o tempo em que a
divergência ocorreu, sendo essa divergência tanto maior quanto maior
for o tempo que decorreu.
Para a construção destas árvores recorre-se ao maior
número de características:
Fósseis;
Semelhanças estruturais;
Dados Bioquímicos;
Embriologia…
Os sistemas de classificação atuais
ainda refletem a influência dos
trabalhos de Lineu.
Os estudos de Lineu foram publicados
sobre o nome de Systema Naturae.
Neste sistema os seres vivos são
agrupados em dois grandes grupos, os
Reinos, que se subdividem em diversas
subcategorias cada vez mais específicas.
De outra perspetiva o modelo lineano de ordenação dos seres vivos é
feito de um modo ascendente a partir da espécie.
Constitui um sistema hierárquico de classificação.
Apresenta 7 níveis.
Taxa
taxonómicas
Na hierarquia das classificações biológicas, cada uma das categorias
taxonómicas é também conhecida como taxon (taxa no plural).
Além das sete taxa principais, os investigadores utilizam categorias
intermédias, que se diferenciam pelos sufixos super, sub e infra.
Por exemplo no filo Chordata, distingue-se o subfilo Vertebrata.
Género
A espécie constitui a unidade básica de classificação, sendo
constituída por um grupo natural de indivíduos
morfologicamente semelhantes e que partilham o mesmo
fundo genético, cruzando-se entre si e originando
descendência fértil.
Taxa
taxonómicas
Os indivíduos de espécies diferentes não se
cruzam normalmente entre si, isto é,
encontram-se isolados reprodutivamente.
A formação de grupos taxonómicos depende
do julgamento humano, pois não existe
nenhuma característica biológica que os
delimite objetivamente.
Assim espécies semelhantes agrupam-se
num Género, por sua vez Géneros
semelhantes agrupam-se numa Família…
Cada taxon está inserido no que lhe fica imediatamente acima e
contem todos os que lhe ficam abaixo.
Assim dois indivíduos são tanto mais semelhantes quantos mais taxa
partilharem.
Por outras palavras, dois indivíduos são tanto mais semelhantes
quanto mais restrito for o taxon que se encontram.
Portugal: Pirilampos
Brasil: Vaga-lume
Inglês: Fireflies (Moscas do fogo) Libelinha/Tira-
olhos/Lavadeira/Libélula Helicóptero/Papa-
fumo/Cavalinho-do-judeu Dragonflie (Mosca
dragão)
O uso dos nomes vulgares nos seres vivos acarreta um problema no
mundo das ciências.
A diversidade de línguas no planeta e mesmo a diversidade cultural
dentro de cada país faz com que cada ser vivo possa ter diversos
nomes, dependendo do local.
género
Taxa
género
Reinos da Vida
Desde Aristóteles até meados do século XIX que os seres vivos
dividiam-se em dois Reinos: Plantae e Animalia.
Plantae – abrange uma grande diversidade de organismos:
seres vivos fotossintéticos, sem locomoção e sem ingestão;
bactérias e fungos.
Animalia – abrange seres não fotossintéticos que têm
locomoção e obtêm os alimentos por ingestão. Incluem:
seres unicelulares (protozoários) e seres multicelulares
(metazoários).
Em 1866, Ernest Haeckel, após o desenvolvimento do
microscópio e da descoberta de seres microscópicos, propõe
um terceiro reino, o Reino Protista.
Este reino incluía formas mais primitivas e ambíguas como
bactérias, protozoários e fungos, cujas características não
são claramente de animais nem de vegetais.
Já no século XX, Herbert Copeland, propõe um sistema dividido em
quatro reinos, onde se acrescentaria o Monera.
O Reino Protista abrangia muitos seres vivos, misturando por vezes seres vivos
que nada tinham uns com os outros.
Houve então necessidade de separar alguns dos seres vivos do Reino Protista.
A criação do Reino
Monera, fez com que se
separassem as
bactérias dos restantes
seres vivos do Reino
Protista.
Assim o Reino Monera
incluía todos os seres
procariontes (bactérias).
No Reino Protista estavam
todos os seres eucariontes
unicelulares.
Na década de 60 do século XX, devido, principalmente, aos
conhecimentos obtidos por técnicas bioquímicas e pela
microscopia eletrónica, desenvolveu-se um novo sistema de
classificação.
Em 1969 Whittaker desenvolveu um sistema de cinco reinos.
Tendo sido adicionado o Reino Fungi, onde figuram os fungos
que antes faziam parte do Reino Plantae.
A classificação de Whittaker assentava nos seguintes critérios:
Nível de organização celular
Considera o tipo de organização celular, procarionte ou
eucarionte, e se há unicelularidade ou multicelularidade.
Tipos de nutrição
Tem como base o processo de obtenção do alimento.
Interações nos ecossistemas
Os tipos de nutrição relacionam-se com as interações
alimentares que os organismos estabelecem nos
ecossistemas.
Níveis de organização celular
Estrutura celular procariótica – Reino Monera
Estrutura celular eucariótica – os restantes reinos.
Tipos de nutrição
Reino Monera – fotoautotróficos, quimioautotróficos e heterotróficos
(não existe ingestão neste reino).
Reino Protista – heterotróficos por absorção ou ingestão,
fotossintéticos.
Reino Plantae – fotossintéticos.
Reino Fungi – heterotróficos por absorção.
Reino Animalia – heterotróficos por ingestão.
Classificação de Whittaker 1969
A classificação de Whittaker de 1969 representa um importante
desenvolvimento face às anteriores, já que entre outras razões se
encontra de acordo com a interpretação da estrutura e funcionamento
dos ecossistemas.
No entanto esta classificação apresentava limitações, algumas das
quais indicadas mesmo pelo próprio autor.
Um deles era relativo à separação entre eucariontes unicelulares e
os eucariontes multicelulares.
As algas verdes por exemplo incluem seres unicelulares, coloniais e
multicelulares, logo podiam ser incluídas em dois Reinos (Protista e
Plantae).
Classificação de Whittaker 1979
Assim em 1979, Whittaker refaz o seu sistema.
As principais alterações ocorreram no Reino Protista.
Tendo passado este Reino a englobar grupo de seres flagelados e todas as algas,
quer as unicelulares como as multicelulares.
Assim o Reino Protista passou a conter, também, seres eucariontes
multicelulares, embora com baixo grau de diferenciação.
Dessa forma alguns autores defendem que o reino se deveria denominar de
Reino Protoctista.
A interação de todos os seres vivos dos cinco reinos, e as suas relação bióticas
permitem o normal funcionamento do Ecossistema.
Os Domínios da Vida
Nenhum sistema de classificação é definitivo, e
com o progressivo desenvolvimento das
técnicas biológicas, grupos que aparentavam
ser naturais afinal não são.
Um dos reinos menos alterado era o Reino
Monera… Porque!?
Em 1970, Carl Woese, baseando-se em estudos de
sequenciação de RNA ribossómico propôs que existem
basicamente dois grupos distintos de procariontes:
Arquebactérias e Eubactérias.
Presentemente, a maioria dos sistematas usam um nível
superior ao reino, chamado Domínio, baseado em diferenças
moleculares entre arquebactérias, eubactérias e eucariontes.
Segundo esta classificação existem duas linhagens nos
procariontes.
Essas linhagens terão divergido muito cedo na história
evolutiva dando origem ao Domínio Bacteria, onde se
encontram as Eubacteria, e ao Domínio Archaea, onde se
encontram as Archaebacteria.
É da linhagem das Archaea que evolui o Domínio Eukarya,
com os reinos Protista, Plantae, Fungi e Animalia.
Bacteria
Eucarya
Archaea
Sistema de classificação em 3 domínios de Woese (1990)
Baseado, essencialmente, em comparações de sequências de RNA
ribossómico, Woese e seus colegas concluíram que os procariontes não
eram um grupo coeso do ponto de vista evolutivo, mas antes composto
por dois subgrupos principais, cada um dos quais difere entre si e dos
eucariontes.
Sistemática em aberto…
Como se pode ver a Sistemática é uma ciência que não parou, muito
pelo contrário continua em constante progresso.
Uma vez que todas as árvores filogenéticas são hipóteses, e que os
sistemas de classificação se baseiam atualmente nesta perspetiva
então, também todas as classificações são hipotéticas.

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  • 2. Considera-se que o número de espécies de seres vivos que existem na Terra pode estar compreendido entre 5 e 100 milhões. Este valor representa uma fração da biodiversidade que existiu. Perante tal biodiversidade os biólogos sentiram necessidade de os classificar, agrupando-os de acordo com determinados critérios.
  • 3. Dessa tentativa de “organizar” os seres vivos surgiu a Sistemática. ♦Ciência que faz o estudo científico dos seres, das suas relações evolutivas e desenvolve sistemas de classificação que refletem essas relações. Dentro da Sistemática existe um ramo especializado da classificação dos seres vivos e da nomenclatura (atribuição dos nomes) que se designa de Taxonomia.
  • 4.
  • 5.
  • 6. Sistemática = Taxonomia + Biologia Evolutiva A Sistemática encontra-se em constante atualização já que novos dados são descobertos todos os dias que levam a novas reinterpretações dos seres vivos e das suas relações evolutivas.
  • 7. Sistemas de Classificação Os sistemas de classificação não são algo que a natureza tenha originado, surgem de uma necessidade humana de “arrumar a casa”. Como tal existe uma grande multiplicidade de sistemas de classificação. Um bom sistema de classificação deve assentar em bons critérios.
  • 8. Classificações Práticas Desde sempre o Homem agrupou os seres vivos. Quando os Homens primitivos distinguiam animais venenosos de animais não venenosos, comestíveis ou não comestíveis e plantas com valor económico ou sem valor. Isto são formas de classificar. No entanto estas classificações baseiam-se na utilidade dos seres vivos para o Homem, normalmente alimentação, defesa ou valor económico. Estas classificações denominam-se de Classificações Práticas. Uso imediato. Propriedades que tinham interesse para os humanos. Satisfação de necessidades básicas.
  • 9. A sedentarização do Homem levou a que estes tivessem outras preocupações além das que se os animais eram ou não perigosos. Dedicou-se então ao estudo das características dos seres vivos, sendo que na antiga Grécia, Aristóteles, foi um dos primeiros a desenvolver um sistema de classificação que procurava agrupar os seres vivos de acordo com critérios morfológicos e fisiológicos.
  • 10. A Sistemática teve um grande impulso no século XVII, com Carl Von Linné (1707-1778), um botânico. Tanto os sistemas de classificação de Aristóteles e de Lineu são considerados sistemas de classificação racionais já que têm uma base racional, pois utilizam características dos seres vivos em estudo. Alguns sistemas de classificação racionais baseiam-se num pequeno número de características, pelo que se formam grupos muito heterogéneos. São constituídos por indivíduos que diferem em muitas outras características. Nesse caso designamos este processo de sistemas de classificação artificiais. Eram os casos dos sistemas de Aristóteles e Lineu
  • 11. Nas classificações artificiais como os caracteres são escolhidos arbitrariamente, ignorando todos os outros, e são em pequeno número, ficam reunidos no mesmo grupo organismos pouco relacionados entre si. Este tipo de classificação é característico do período pré- lineano das classificações. Na realidade podemos distinguir quatro períodos nas classificações: Pré-Lineano Pós-Lineano Pré-Darwiniano Pós-Darwiniano
  • 12. Com a descoberta de novas terras houve também a descoberta de novos animais e plantas, pelo que sentiu-se a necessidade de desenvolver novas classificações que assentassem no maior número de características. Estas classificações denominam-se classificações naturais, no entanto são pós-lineanas mas pré-darwinianas, logo não têm em conta a vertente evolucionista.
  • 13. Nas classificações naturais os grupos formados reunem organismos com maior grau de semelhança. Este sistema de classificação é por vezes complicado de efetuar uma vez que para tal é necessário conhecer de forma pormenorizada as características dos indivíduos.
  • 14. Até ao século XVIII, no entanto, imperavam as ideias fixistas, e portanto as classificações refletiam esta ideologia, não levavam a filogenia em conta. Filogenia – estudo das relações evolutivas dos seres vivos. Eram classificações estáticas que privilegiavam as características estruturais, não tendo em conta o fator tempo. Assim consideram-se estas classificações horizontais ou fenéticas, pois apenas se baseiam em caracteres diretamente observáveis.
  • 15. Com Darwin os sistemas de classificação levam nova reestruturação, tem que se contar com o fator tempo. Os seres vivos evoluem, mudam são dinâmicos. Estes novos sistemas de classificação que tentam organizar os indivíduos segundo os seus graus de parentesco são ditas classificações evolutivas ou filogenéticas. Mas também como levam em linha de conta o fator tempo dizem-se classificações verticais, filogenéticas ou filéticas.
  • 16. Sendo características do período pós-darwiniano. Dentro destas existem as classificações cladísticas. As relações eram representadas por cladogramas. As características utilizadas para a criação dos cladogramas eram divididas em dois grupos distintos. Um em que as características primitivas ou ancestrais eram partilhadas por um grupo de organismos que descendiam de um ancestral comum em que essas características estavam presentes. Outro era baseado nas características derivadas que estavam presentes nos indivíduos de uma linhagem mas não estavam presentes no ancestral dessa linhagem, o que mostra ter havido separação de um novo ramo ou grupo de indivíduos.
  • 17. Outro tipo de classificação filética é a classificação evolutiva. Conciliam critérios filéticos e fenéticos. Os organismos são agrupados por grau de parentesco. São utilizados todos os tipos de dados… Citológicos, Embriológicos, Genéticos, Bioquímicos, Fenéticos… Estas classificações são representadas por árvores filogenéticas ou árvores evolutivas.
  • 18. O grau de semelhança entre os grupos reflete o tempo em que a divergência ocorreu, sendo essa divergência tanto maior quanto maior for o tempo que decorreu. Para a construção destas árvores recorre-se ao maior número de características: Fósseis; Semelhanças estruturais; Dados Bioquímicos; Embriologia…
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  • 27. Os sistemas de classificação atuais ainda refletem a influência dos trabalhos de Lineu. Os estudos de Lineu foram publicados sobre o nome de Systema Naturae. Neste sistema os seres vivos são agrupados em dois grandes grupos, os Reinos, que se subdividem em diversas subcategorias cada vez mais específicas.
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  • 29. De outra perspetiva o modelo lineano de ordenação dos seres vivos é feito de um modo ascendente a partir da espécie. Constitui um sistema hierárquico de classificação. Apresenta 7 níveis.
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  • 32. Na hierarquia das classificações biológicas, cada uma das categorias taxonómicas é também conhecida como taxon (taxa no plural). Além das sete taxa principais, os investigadores utilizam categorias intermédias, que se diferenciam pelos sufixos super, sub e infra. Por exemplo no filo Chordata, distingue-se o subfilo Vertebrata. Género
  • 33. A espécie constitui a unidade básica de classificação, sendo constituída por um grupo natural de indivíduos morfologicamente semelhantes e que partilham o mesmo fundo genético, cruzando-se entre si e originando descendência fértil. Taxa taxonómicas
  • 34. Os indivíduos de espécies diferentes não se cruzam normalmente entre si, isto é, encontram-se isolados reprodutivamente. A formação de grupos taxonómicos depende do julgamento humano, pois não existe nenhuma característica biológica que os delimite objetivamente. Assim espécies semelhantes agrupam-se num Género, por sua vez Géneros semelhantes agrupam-se numa Família…
  • 35. Cada taxon está inserido no que lhe fica imediatamente acima e contem todos os que lhe ficam abaixo. Assim dois indivíduos são tanto mais semelhantes quantos mais taxa partilharem. Por outras palavras, dois indivíduos são tanto mais semelhantes quanto mais restrito for o taxon que se encontram.
  • 36. Portugal: Pirilampos Brasil: Vaga-lume Inglês: Fireflies (Moscas do fogo) Libelinha/Tira- olhos/Lavadeira/Libélula Helicóptero/Papa- fumo/Cavalinho-do-judeu Dragonflie (Mosca dragão) O uso dos nomes vulgares nos seres vivos acarreta um problema no mundo das ciências. A diversidade de línguas no planeta e mesmo a diversidade cultural dentro de cada país faz com que cada ser vivo possa ter diversos nomes, dependendo do local.
  • 38. Taxa
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  • 45. Desde Aristóteles até meados do século XIX que os seres vivos dividiam-se em dois Reinos: Plantae e Animalia. Plantae – abrange uma grande diversidade de organismos: seres vivos fotossintéticos, sem locomoção e sem ingestão; bactérias e fungos. Animalia – abrange seres não fotossintéticos que têm locomoção e obtêm os alimentos por ingestão. Incluem: seres unicelulares (protozoários) e seres multicelulares (metazoários).
  • 46. Em 1866, Ernest Haeckel, após o desenvolvimento do microscópio e da descoberta de seres microscópicos, propõe um terceiro reino, o Reino Protista. Este reino incluía formas mais primitivas e ambíguas como bactérias, protozoários e fungos, cujas características não são claramente de animais nem de vegetais.
  • 47. Já no século XX, Herbert Copeland, propõe um sistema dividido em quatro reinos, onde se acrescentaria o Monera. O Reino Protista abrangia muitos seres vivos, misturando por vezes seres vivos que nada tinham uns com os outros. Houve então necessidade de separar alguns dos seres vivos do Reino Protista. A criação do Reino Monera, fez com que se separassem as bactérias dos restantes seres vivos do Reino Protista. Assim o Reino Monera incluía todos os seres procariontes (bactérias). No Reino Protista estavam todos os seres eucariontes unicelulares.
  • 48. Na década de 60 do século XX, devido, principalmente, aos conhecimentos obtidos por técnicas bioquímicas e pela microscopia eletrónica, desenvolveu-se um novo sistema de classificação. Em 1969 Whittaker desenvolveu um sistema de cinco reinos. Tendo sido adicionado o Reino Fungi, onde figuram os fungos que antes faziam parte do Reino Plantae.
  • 49. A classificação de Whittaker assentava nos seguintes critérios: Nível de organização celular Considera o tipo de organização celular, procarionte ou eucarionte, e se há unicelularidade ou multicelularidade. Tipos de nutrição Tem como base o processo de obtenção do alimento. Interações nos ecossistemas Os tipos de nutrição relacionam-se com as interações alimentares que os organismos estabelecem nos ecossistemas.
  • 50. Níveis de organização celular Estrutura celular procariótica – Reino Monera Estrutura celular eucariótica – os restantes reinos. Tipos de nutrição Reino Monera – fotoautotróficos, quimioautotróficos e heterotróficos (não existe ingestão neste reino). Reino Protista – heterotróficos por absorção ou ingestão, fotossintéticos. Reino Plantae – fotossintéticos. Reino Fungi – heterotróficos por absorção. Reino Animalia – heterotróficos por ingestão.
  • 51. Classificação de Whittaker 1969 A classificação de Whittaker de 1969 representa um importante desenvolvimento face às anteriores, já que entre outras razões se encontra de acordo com a interpretação da estrutura e funcionamento dos ecossistemas. No entanto esta classificação apresentava limitações, algumas das quais indicadas mesmo pelo próprio autor. Um deles era relativo à separação entre eucariontes unicelulares e os eucariontes multicelulares. As algas verdes por exemplo incluem seres unicelulares, coloniais e multicelulares, logo podiam ser incluídas em dois Reinos (Protista e Plantae).
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  • 53. Classificação de Whittaker 1979 Assim em 1979, Whittaker refaz o seu sistema. As principais alterações ocorreram no Reino Protista. Tendo passado este Reino a englobar grupo de seres flagelados e todas as algas, quer as unicelulares como as multicelulares. Assim o Reino Protista passou a conter, também, seres eucariontes multicelulares, embora com baixo grau de diferenciação. Dessa forma alguns autores defendem que o reino se deveria denominar de Reino Protoctista. A interação de todos os seres vivos dos cinco reinos, e as suas relação bióticas permitem o normal funcionamento do Ecossistema.
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  • 56. Os Domínios da Vida Nenhum sistema de classificação é definitivo, e com o progressivo desenvolvimento das técnicas biológicas, grupos que aparentavam ser naturais afinal não são. Um dos reinos menos alterado era o Reino Monera… Porque!?
  • 57. Em 1970, Carl Woese, baseando-se em estudos de sequenciação de RNA ribossómico propôs que existem basicamente dois grupos distintos de procariontes: Arquebactérias e Eubactérias.
  • 58. Presentemente, a maioria dos sistematas usam um nível superior ao reino, chamado Domínio, baseado em diferenças moleculares entre arquebactérias, eubactérias e eucariontes. Segundo esta classificação existem duas linhagens nos procariontes. Essas linhagens terão divergido muito cedo na história evolutiva dando origem ao Domínio Bacteria, onde se encontram as Eubacteria, e ao Domínio Archaea, onde se encontram as Archaebacteria. É da linhagem das Archaea que evolui o Domínio Eukarya, com os reinos Protista, Plantae, Fungi e Animalia.
  • 59. Bacteria Eucarya Archaea Sistema de classificação em 3 domínios de Woese (1990) Baseado, essencialmente, em comparações de sequências de RNA ribossómico, Woese e seus colegas concluíram que os procariontes não eram um grupo coeso do ponto de vista evolutivo, mas antes composto por dois subgrupos principais, cada um dos quais difere entre si e dos eucariontes.
  • 60. Sistemática em aberto… Como se pode ver a Sistemática é uma ciência que não parou, muito pelo contrário continua em constante progresso. Uma vez que todas as árvores filogenéticas são hipóteses, e que os sistemas de classificação se baseiam atualmente nesta perspetiva então, também todas as classificações são hipotéticas.