O documento descreve o sistema cardiovascular, com foco no miocárdio, valvas cardíacas e principais cardiopatias. Resume os tipos de células e estruturas presentes no miocárdio, as artérias coronárias e as quatro valvas cardíacas. Também descreve brevemente cardiopatias congênitas, isquêmica, hipertensiva, valvular e miocardiopatias primárias.
2. MIOCÁRDIO
• Composto de um conjunto de células musculares
especializadas Miócitos cardíacos
Membrana celular (sarcolema) e túbulos T
Condução dos impulsos
Retículo Sarcoplasmático
Reservatório de cálcio
Elementos contráteis
MitocôndriasMaior quantidade do que no músculo esquelético
Núcleo
8. MECANISMOS PRINCIPAIS DAS
DISFUNÇÕES CARDIOVASCULARES
• Falência da Bomba
• Obstrução ao fluxo decorrente de lesão
• Fluxo regurgitante
• Distúrbios da Condução Cardíaca
• Interrupção da continuidade do sistema circulatório
Fatores genéticos e ambientais
9. INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
• Insuficiência Cardíaca Congestiva
– O coração é incapaz de bombear o sangue
proporcionalmente às necessidades dos tecidos
metabolizantes ou é capaz disso somente em
pressões de enchimento elevadas
10. Insuficiência Cardíaca Esquerda
Cardiopatia Isquêmica
Hipertensão
Doença valvular aórtica mitral
Doenças miocárdicas não-isquêmicas
Represamento do sangue dentro da circulação
pulmonar
Diminuição da pressão e do fluxo sanguíneo
periféricos
11. Insuficiência Cardíaca Direita
Conseqüência secundária da ICC esquerda
Hipertensão pulmonar crônica intensa
Cor pulmonale
A Congestão pulmonar é mínima porém pode
haver ingurgitamento dos sistemas venosos
portal e sistêmico
14. Hipertrofia Cardíaca: Fisiopatologia e
Progressão até a Insuficiência
• Miócitos Cardíaco
Altamente Diferenciadas
Perda da capacidade de divisão celular
Sobrecarga Hipertrofia
Síntese protéica
Aumento Sarcômeros
Mitocôndrias
Dimensão dos miócitos
15. O padrão da Hipertrofia depende da natureza
do estímulo
• Hipertrofia por sobrecarga de pressão
– Hipertensão; estenose aórtica
• Hipertrofia por sobrecarga de volume
– Aumento do diâmetro ventricular
Características adaptativas
Alterações Morfológicas e bioquímicas
19. CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
Características Clínicas:
Mal formações que causam shunt da esquerda
para a direita
Mal formações que causam um shunt da
direita para a esquerda
Malformações que causam um obstrução
20. Shunts da Esquerda para a Direita
Defeito no Septo Atrial
(DAS)
Abertura anormal no
septo atrial
Comunicação do sangue
entre os átrios esquerdo
e direito
21. Shunts da Esquerda para a Direita
Defeito do Septo
Ventricular (DSV)
Fechamento incompleto
do Septo ventricular
Comunicação entre os
ventrículos
22. Shunts da Esquerda para a Direita
Persistência do canal Arterial
Canal arterial permanece aberto
após o nascimento
Doença Vascular Pulmonar
obstrutiva
23. Shunts da Esquerda para a Direita
Defeito do Septo
Atrioventricular (DSAV)
Desenvolvimento anormal do
canal AV embrionário-
formação defeituosa das
valvas mitral e tricúspide
Hipertrofia por sobrecarga
de volume
24. Shunts da Direita para a Esquerda
Tetralogia de Fallot:
DSV
Estenose subpulmonar
Uma aorta que se sobrepõe ao DSV
Hipertrofia do ventrículo direito
27. CARDIOPATIA ISQUÊMICA
Infarto do Miocárdio (IM)
Angina Pectoris
Cardiopatia Isquêmica Crônica com insuficiência
cardíaca
Morte súbita cardíaca
28. • Arteriosclerose espessamento e
enrijecimento da parede arterial.
– Diâmetro do lúmen arterial reduzido
– Parede rígida da artéria perde a capacidade de
contração e relaxamento
Arteriolosclerose: espessamento e
enrijecimento das arteríolas.
29. • Aterosclerose doença degenerativa específica que
acomete as artérias de grande e médio calibre, incide
mais como doença na túnica íntima, mas o
envolvimento da túnica média leva ao espessamento e
ao enrijecimento da parede arterial. É a causa mais
comum de arteriosclerose de artérias de grande e
médio calibres.
Arteriolosclerose de pequenas artérias normalmente é
conseqüência dos efeitos da hipertensão sistêmica
prolongada.
Ateroma deposição de material rico em lipídeos na
íntima das artérias, formando placas. Há várias
hipóteses quanto a sua patogênese.
30.
31. – Hipótese trombogênica
– Hipótese da proliferação clonal
– Hipótese da insudação lipídica
– Hipótese da resposta à lesão
Conseqüências clínicopatológicas do ateroma:
– Redução do fluxo sangüíneo nas artérias
– Predisposição à trombose
– Sangramento na placa
– Enfraquecimento da parede do vaso e formação de
aneurisma
35. Principais conseqüências da arteriosclerose
resultam de uma combinação de fatores:
–Redução do tamanho do lúmen
–Trombos
–Aneurismas
36. • Aneurismas dilatação focal anômala de
uma artéria. Principais complicações são
rompimento e predisposição à trombose.
Doenças que danificam a média das artérias
predispõem formação de aneurismas.
O “aneurisma dissecante” não é um
aneurisma verdadeiro.
38. • Hipertensão pode ser primária ou
secundária a uma causa conhecida.
– Hipertensão primária (essencial): elevação da
pressão sangüínea com a idade, sem causa
aparente.
– Hipertensão secundária: decorrente de uma causa
identificável, geralmente doença renovascular.
39. Dependendo do curso da doença tanto a hipertensão
primária quanto a secundária podem ser classificadas
em hipertensão benigna ou hipertensão galopante
(maligna).
– Hipertensão benigna: alterações nos vasos ocorrem
gradativamente, ao longo de anos. Caracteriza-se
pelo espessamento da parede arterial e
arteriolosclerose hialina.
– Hipertensão maligna: torna-se grave em curto
espaço de tempo; ocorre destruição das paredes dos
pequenos vasos.
41. Várias doenças podem causar hipertensão:
– Estenose de artéria renal
– Nefropatia difusa
– Feocromocitoma (tumor secretor de adrenalina-
noradrenalina)
– Coarctação da aorta
– Doenças adreno-corticais
– Pré-eclâmpsia
– Causa neurogênica
– Doença pulmonar ou cardíaca do lado esquerdo
→ hipertensão arterial pulmonar
45. Caso típico do IM
• Alteração da morfologia de uma placa ateromatosa
• Agregação plaquetária
• Vasoespasmo
• Via extrínseca da coagulação- aumentando o
volume do trombo
• Trombo evolui ocluindo totalmente o lúmen do
vaso coronariano
64. DOENÇA CARDÍACA VALVULAR
• Estenose
– Falha em uma valva em abrir-se completamente,
impedindo o fluxo para frente
• Insuficiência
– Falha em uma valva em fechar-se completamente,
permitindo um fluxo invertido
69. Degeneração Mixomatosa da Valva Mitral
(Prolapso da Valva Mitral)
• Folhetos Mitrais estão “Frouxos”
70. Febre Reumática e Cardiopatia
Reumática
• Febre Reumática
Doença Inflamatória aguda Multissistêmica
Após faringite por Streptococos do grupo A
• Cardiopatia reumática
– Cardite reumática aguda torna-se crônica
74. Endocardite Infecciosa (EI)
• Colonização ou invasão das valvas cardíacas
ou do endocárdio mural por um micróbio
– Formação de vegetações friáveis e volumosas
75.
76. COMPARAÇÃO DAS LESÕES
FORMAS PRINCIPAIS DA ENDOCARDITE
VEGETATIVA
Endocardite reumática endocardite bacteriana e. trombótica não bacteriana LES
77. Vegetações não infectadas
• Endocardite Trombótica Não-Bacteriana
(ETNB)
– Deposição de pequenas massas de fibrina,
plaquetas... sobre os folhetos das valvas cardíacas
• Endocardite do Lúpus Eritematoso Sistêmico
(Doença de Libman-Sacks)
– Valvulite tricúspide e mitral com pequenas
vegetações estéreis
89. Outras causa Específicas de doença
Miocárdica
Adriamicina e Outras Drogas
Catecolaminas
Amiloidose
Sobrecarga de Ferro
Hipertireoidismo e Hipotireoidismo
99. Desenvolvimento, Crescimento e
remodelamento dos Vasos
Angiogenese
Diferenciação Proliferação Interação
Células endoteliais Musculares lisas
Formação de novos
vasos sanguíneos
maduros
100. DOENÇAS ARTERIAIS
• ANOMALIAS CONGÊNITAS
• ARTERIOESCLEROSE E ATEROSCLEROSE
• COMPLICAÇÕES DA ARTERIOESCLEROSE E
ATEROSCLEROSE:
– TROMBOS
– ANEURISMAS
– RUPTURAS
– SANGRAMENTOS INTRA-PLACA
• HIPERTENSÃO ARTERIAL
• VASCULITES
105. Aneurisma da Aorta Abdominal
• Aneurismas inflamatórios da aorta abdominal
• Aneurismas Micóticos da aorta abdominal
106. Aneurisma da Aorta Abdominal
Conseqüências clínicas:
Ruptura da cavidade peritoneal ou dos tecidos
retroperitoneais, com hemorragia maciça e
potencialmente fatal
Obstrução de um vaso, ramos iliacos, renais,
mesentéricos ou vertebrais que irrigam a medula
espinhal, provocando lesão tecidual isquêmica.
107. Embolia a partir de ateroma ou trombo mural
Compressão de uma estrutura adjacente,
como de um ureter ou erosão de vértebra
Massa abdominal- pulsátil- que simula um
tumor
109. Dissecção Aórtica
(Hematoma Dissecante)
Dissecção do sangue entre os planos
lâminares da média e ao longo deles
formando um canal preenchido por sangue
no interior da parede da aorta
Este canal se rompe, provocando
hemorragia maciça.
110. VASCULITE
• inflamação e dano às paredes dos vasos. As
síndromes vasculíticas constituem grupo
heterogêneo de doenças que compromete
todos os tipos de vasos sangüíneos.
111.
112. Arterite de Células Gigantes
(Temporal)
Forma mais comum de vasculite sistêmica em
adultos
é uma inflamação aguda e crônica
freqüentemente granulomatosa
das artérias de grande e pequeno calibre
113. Arterite de Takayasu
• Arterite granulomatosa de calibres médio e grande
Distúrbios oculares e acentuado
enfraquecimento dos pulsos nas extremidades
superiores
Vasculite, espessamento fibroso da aorta- arco
da aórta e seus ramos
com estreitamento ou obliteração das origens ou
porções mais distais
114. Poliarterite Nodosa (PAN)
• È uma vasculite sistêmica das artérias
musculares de pequeno ou médio calibres
Vasos renais ou vísceras
Isquemia e infarto dos tecidos e órgão atingidos
115. Doença de kawasaki (Síndrome do
Linfonodo Mucocutâneo)
Arterite que envolve as artérias coronárias
Acomete crianças com menos de 4 anos
Síndrome do linfonodo mucocutâneo
Febre, erosão, eritema conjuntival e oral, edema
nas mãos e pés, eritema das palmas e solas,
exantema cutâneo com descamação e
linfonodomegalia cervical
117. Granulomatose de Wegener
Vasculite Necrosante caracterizada pela tríade
Granulomas necrosantes agudos trato
respiratório superior/inferior ou ambos
Vasculite granulomatosa ou necrosante
afetando vasos de pequeno e médio calibres,
pulmões e vias aéreas superiores
Doença renal, na forma de glomerulite
necrosante focal
118. Vasculite Associada a outros Distúrbios
Poliarterite Nodosa (PAN) Artrite reumatóide
Vasculite reumatóide
120. Fenômeno de Raynaud
Palidez ou cianose paroxísmica dos dedos das
mão e dos pés
Vasoconstrição induzida pelo frio
artérias digitais, arteríolas pré-capilares e
shunts arteriovenosos cutâneos
122. ANORMALIDADES VENOSAS
ESTRUTURAIS
• Dilatação e congestão
• Veias varicosas veias periféricas persistentemente
distendidas.
• Hemorróidas veias do plexo hemorroidal interno das veias
submucosas distendidas no canal anal e na junção anorretal.
• Varicocele distensão persistente das veias do plexo
pampiniforme
• Varizes esofágicas canais venosos distendidos
123. Veias Varicosas
• Veias anormalmente dilatadas
• Posição dependente
Pressões venosas acentuadas
Estase, edema Podal, dermatite por estase,
ulcerações, vulnerabilidade a lesões e feridas
com cicatrização deficiente
124. Tromboflebite e Flebotrombose
Predisposições Clínicas
Insuficiência cardíaca, neoplasia, gestação,
obesidade, estados pós-operatórios e repouso
acamado ou imobilização prolongada
Tromboflebite migratória
Embolia Pulmonar
125. Síndromes das Veias Cava Superior e
Inferior
• Síndrome da veia cava Superior
Neoplasias que comprimem ou invadem a
veia cava superior
-Linfoma mediastinal
– Cianose acentuada e dilatação preminente das
veias da cabeça pescoço e braços- Veias
pulmonaresAngústia respiratória
126. Síndromes das Veias Cava Superior e
Inferior
Síndrome da Veia Cava Inferior
Neoplasias que comprimem ou penetram as
paredes da veia cava inferior, ou por trombo
na veia femoral ou ilíca
- Carcinoma Hepatocelular
- Edema acentuado das pernas, distensão das veias
colaterais superfíciais do abdome inferior e renais
- Proteinuria Maciça
127. Linfagite e Linfedema
• Linfagite
Infecções bacterianas podem se espalhar
para o interior e através dos linfáticos
-Estreptococos beta-hemolíticos
• Linfedema Obstrutivo
Oclusão dos drenos linfáticos seguida por
acúmulo anormal de líquido intersticial nas
paredes afetadas
128. TUMORES E MALFORMAÇÕES
VASCULARES
• Angiomas ou hemangiomas espaços vasculares dilatados.
– Angiomas capilares: pequenos vasos semelhantes a capilares
– Angiomas cavernosos: grandes vasos semelhantes a veias.
– Angiomas mistos
• Malformações arteriovenosas (MAV) causa importante de
hemorragia intracerebral.
• Tumor glômico (glomangioma) tumor vascular verdadeiro
que se apresenta como nódulo sensível no dedo, próximo à
unha.
131. Tumores de Grau Intermediário
(Limítrofes, malignos de baixo grau)
• Sarcoma de Kaposi
– Linfadenopático
– Associado a transplante ou a imunossupressão
– Associado a AIDS
• Hemangioendotelioma
133. • Angiossarcoma tumor maligno de endotélio.
• Hemangioendotelioma comportam-se como tumores
malignos de baixo grau e derivam de células endoteliais.
• Hemangiopericitomas também comportam-se como malignos
e derivam de pericitos ao redor dos vasos.
• Sarcoma de Kaposi origem em células endoteliais.
– Sarcoma de Kaposi endêmico: encontrado na África.
– Sarcoma de Kaposi clássico: tumor raro nos MMII de idosos.
– Sarcoma de Kaposi na imunossupressão: semelhante ao clássico.
– Sarcoma de Kaposi epidêmico: encontrado em doentes de Aids.
135. Fatores que contribuem para o
sucesso dos Transplantes Cardíacos
Seleção Cuidadosa dos Candidatos
Tratamento de manutenção (ciclosporina A,
esteróides e outras drogas)
Diagnóstico histopatológico precoce da rejeição
aguda do aloenxerto- Biópsia endomiocárdica
seqüencial