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24 de novembro de 2021
Destaque Depec-Bradesco
1
Detalhando o cenário para o mercado de crédito em 2022
Renan Bassoli Diniz
Myriã Bast
Vitor Vidal
A crise econômica gerada pela pandemia não se converteu em uma crise de crédito do setor
privado. Em meio às incertezas com o tamanho dos impactos, as empresas buscaram aumentar caixa,
reduzir custos e otimizar as operações no início da pandemia. O mercado de capitais aquecido, diante da
menor taxa Selic da história, favoreceu o financiamento das grandes empresas e os programas
emergenciais, como o Peac-FGC e Pronampe, ofereceram crédito às micro, pequenas e médias empresas
no momento em que os impactos da pandemia tiveram os maiores reflexos sobre a atividade econômica.
Como resultado, o volume de pedidos de recuperação judicial está próximo à mínima histórica (Gráfico 1)
e as empresas listadas apresentam níveis recordes de baixo endividamento (Gráfico 2).
O baixo endividamento das empresas é preponderante neste momento, em que a perspectiva é
de alta da taxa de juros nos próximos meses. O menor nível de endividamento tende a produzir
efeitos menores da alta da Selic sobre o balanço das grandes empresas, que geralmente tomam crédito
com taxas pós-fixadas. Ao mesmo tempo, a permanência do Pronampe e o quadro geral da carteira de
crédito favorável para o apetite dos bancos deve continuar dando suporte também às empresas de
menor porte. Assim, não há sinais de reversão acentuada do quadro de baixa inadimplência para 2022.
Contudo, é importante observar que se houve uma melhora do balanço privado, por outro lado, houve a
piora do balanço público, o que pode ter implicações relevantes sobre o mercado de crédito nos
próximos anos.
Do lado das famílias, há considerações importantes a fazer em relação ao nível de
endividamento. Desde o início da pandemia, houve, de fato, o aumento da carteira de crédito às
pessoas físicas, seja para fins precaucionais, seja para o consumo de bens em geral, inclusive para
aquisição de imóveis (Gráfico 3, linha vermelha). No entanto, nos chamou a atenção o comportamento
da série utilizada para medir a massa salarial ampliada (Gráfico 3, linha cinza). Em julho, o endividamento
das famílias foi de 59,2% da renda anual (Gráfico 4), segundo os dados divulgados pelo Banco Central
na última nota de crédito, que consideram os dados da PNAD Contínua. Ao nosso ver, os desafios
metodológicos enfrentados pelo IBGE durante a pandemia podem criar distorções baixistas para o
denominador dessa métrica.
Gráfico 1: Empresas em recuperação judicial
2012 a 2021, acumulado no ano
Gráfico 2: Dívida líquida / EBITDA
Empresas listadas
Fonte: Serasa, Bradesco Fonte: BCB, Bradesco
-
200
400
600
800
1,000
1,200
1,400
1,600
1,800
2,000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
TOTAL
máximo média 2020 2021 mínimo
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Assim, simulamos dois cenários contrafactuais para o nível de endividamento das famílias
(Gráfico 5). No primeiro, para simular a massa de rendimentos das famílias, substituímos a série de
ocupação de trabalho no setor privado com carteira assinada da PNAD Contínua pela série de empregos
formais do Caged. Neste caso, o nível de endividamento seria de 54,6%, ou seja, 4,6 pontos percentuais
menor do que a série do Banco Central. No segundo cenário, além da substituição da série de ocupação
formal, consideramos o valor do Auxílio Emergencial no cálculo da massa de salários. Neste caso, o nível
de endividamento das famílias seria de 51,4%, isto é, 7,8 pontos percentuais abaixo da estatística oficial.
É importante ressaltar que, por padrão, a estatística de massa salarial ampliada do Banco Central não
considera esse tipo de recurso na composição da renda das famílias. Contudo, diante da grande
abrangência do programa e da natureza da crise, entendemos como oportuno visualizar o endividamento
sob esse ângulo, a fim de entender melhor o baixo nível de inadimplência, que nos surpreendeu
positivamente o ano inteiro. Outro aspecto não capturado nas estatísticas foi o aumento da poupança
das famílias durante a crise de Covid. Ainda que não possamos mensurá-la adequadamente, é certo que
essa poupança contribuiu para se contrapor, do ponto de vista patrimonial, ao aumento do
endividamento observado no período, também minimizando, assim, o aumento da inadimplência.
Gráfico 5: Cenários contrafactuais para o endividamento das famílias
Fonte: IBGE, Ministério da Economia, BCB e Bradesco (*) em um dos casos substituímos o emprego formal da PNAD pelo Caged e, no outro,
acrescentamos o valor do Auxílio Emergencial no cálculo da massa de salários
Portanto, acreditamos que o endividamento e a inadimplência não serão grandes temas para
2022. Mesmo com menor crescimento da economia e a alta da taxa de juros, esperamos criação de cerca
de 5 milhões de postos de trabalho entre este trimestre e o final de 2022 (Gráfico 6), refletindo-se em
ampliação da massa de renda e queda da taxa de desemprego. Projetamos as taxas de inadimplência do
SFN próximas ao observado no pré-pandemia.
2
Gráfico 3: Endividamento das famílias
Dívida sobre massa salarial acumulada em 12 meses
Gráfico 4: Endividamento vs. comprometimento
Em % das rendas anual e mensal, respectivamente (até jul/21)
Fonte: BCB, Bradesco Fonte: BCB, Bradesco
59.2
30.1
15.00
20.00
25.00
30.00
35.00
40.00
45.00
50.00
55.00
60.00
65.00
06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Endividamento das famílias
Comprometimento de renda
-
500
1,000
1,500
2,000
2,500
3,000
3,500
4,000
05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Milhares
Título do Gráfico
Dívida Massa salarial ampliada
59.2%
51.4%
54.6%
40.0%
45.0%
50.0%
55.0%
60.0%
65.0%
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21
Título
Banco Central
Apenas Caged (*)
Caged + AE (*)
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Gráfico 6: Taxa de desemprego
Taxa média anual (em destaque: vagas de empregos geradas no ano)
Fonte: IBGE, Bradesco
Até setembro, observamos as concessões em ritmo bem superior ao observado entre 2017 e 2019
(Gráfico 7). Na abertura por segmento, destaca-se o desempenho do crédito à pessoa física,
impulsionado pelas linhas de crédito não consignado e imobiliário. Para o ano que vem, o crescimento
dessa carteira deve desacelerar gradualmente, principalmente nas linhas de crédito não consignado,
refletindo a alta da taxa de juros e a moderação da atividade econômica. No caso dos financiamentos de
automóveis, as restrições de oferta no setor automotivo devem permanecer, ao menos, até o final do
primeiro semestre do ano que vem, o que deve seguir limitando a concessão de crédito para essa
finalidade. Projetamos crescimento de 9,1% da carteira de crédito com recursos livres para pessoas
físicas em 2022, desacelerando de uma alta de 17,0%.
Gráfico 7: Concessões de crédito – Total SFN
Em R$ bi constantes
Fonte: BCB, Bradesco
No segmento das pessoas jurídicas, a carteira de crédito deve seguir desacelerando, mas em ritmo
inferior ao observado na carteira de pessoa física. Diante do mercado de capitais aquecido (Gráfico
8), interrupção de parte dos programas emergenciais e das grandes empresas já capitalizadas, a carteira
de crédito de pessoa jurídica vem apresentando moderação no ritmo de expansão desde o início do ano.
Na abertura por porte, destaca-se o desempenho das linhas voltadas para as micro, pequenas e médias
empresas (Gráfico 9), que reflete em grande medida os programas emergenciais de crédito para esse
público-alvo. Essas tendências devem ser mantidas no ano que vem, mas o arrefecimento do mercado de
capitais pode impulsionar a migração da demanda das grandes empresas para o crédito bancário. Para a
carteira de pessoa jurídica com recursos livres, esperamos crescimento de 12,5% em 2021 e de 8,0% em
2022.
3
11,5%
12,7%
12,3%
11,9%
13,5%
13,2%
12,2%
10,5%
11,0%
11,5%
12,0%
12,5%
13,0%
13,5%
14,0%
14,5%
2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
6,8 mm
4,6 mm
200
250
300
350
400
450
jan feb mar apr may jun jul aug sep oct nov dec
2021 2020 Max 2017-2019 Avg. 2017-2019 Min 2017-2019
Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos
Projetamos crescimento ao redor de 7,5% da carteira total de crédito do SFN em 2022. A expansão
do crédito deve seguir apoiando a retomada da atividade econômica nos próximos meses. A prorrogação
dos empréstimos durante a pandemia, a mudança no perfil dos tomadores, juros baixos e os programas
emergenciais de manutenção do emprego e da renda explicam o crescimento do crédito e as baixas taxas
de inadimplência do Sistema Financeiro Nacional. Para 2022, a piora do orçamento das famílias e a alta
dos juros deve produzir taxas de inadimplência mais próximas do observado antes da pandemia, mas
ainda em níveis compatíveis com o crescimento saudável da carteira de crédito. Assim, ainda que haja
alguma moderação no ritmo de expansão à frente, o nível de concessões continuará elevado. No caso de
pessoas jurídicas, os níveis recordes de baixo endividamento sugerem que há espaço para ampliação dos
investimentos se o nível de incerteza doméstica diminuir.
Gráfico 10: Projeções DEPEC para o crédito SFN
Fonte: BCB, Bradesco
4
Gráfico 8: Crédito total ampliado
Estoque em R$ bilhões
Gráfico 9: Crédito para empresas
Por porte
Fonte: BCB, Bradesco Fonte: BCB, Bradesco
15,4%
21,2%
15,6% 15,9%
17,0%
12,5%
13,5%
10,0%
9,1%
8,0% 7,5%
5,0%
0,0%
5,0%
10,0%
15,0%
20,0%
25,0%
Livres PF Livres PJ Total Direcionados
Título do Gráfico
2020 2021 2022
0
1,000
2,000
3,000
4,000
5,000
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7,000
8,000
9,000
10,000
13 14 15 16 17 18 19 20 21
Milhares
TítulodoGráfico
Mercado de capitais + dívida externa Crédito total SFN
27.0%
12.3%
2.9%
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-20.0%
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30.0%
40.0%
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Micro, Pequena e Média
PJ Total
Grande
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Mercado de Crédito em 2022

  • 1. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos 1,5 1,5 1,7 1,9 2,1 2,3 2,5 2,7 2,9 3,1 3,3 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 24 de novembro de 2021 Destaque Depec-Bradesco 1 Detalhando o cenário para o mercado de crédito em 2022 Renan Bassoli Diniz Myriã Bast Vitor Vidal A crise econômica gerada pela pandemia não se converteu em uma crise de crédito do setor privado. Em meio às incertezas com o tamanho dos impactos, as empresas buscaram aumentar caixa, reduzir custos e otimizar as operações no início da pandemia. O mercado de capitais aquecido, diante da menor taxa Selic da história, favoreceu o financiamento das grandes empresas e os programas emergenciais, como o Peac-FGC e Pronampe, ofereceram crédito às micro, pequenas e médias empresas no momento em que os impactos da pandemia tiveram os maiores reflexos sobre a atividade econômica. Como resultado, o volume de pedidos de recuperação judicial está próximo à mínima histórica (Gráfico 1) e as empresas listadas apresentam níveis recordes de baixo endividamento (Gráfico 2). O baixo endividamento das empresas é preponderante neste momento, em que a perspectiva é de alta da taxa de juros nos próximos meses. O menor nível de endividamento tende a produzir efeitos menores da alta da Selic sobre o balanço das grandes empresas, que geralmente tomam crédito com taxas pós-fixadas. Ao mesmo tempo, a permanência do Pronampe e o quadro geral da carteira de crédito favorável para o apetite dos bancos deve continuar dando suporte também às empresas de menor porte. Assim, não há sinais de reversão acentuada do quadro de baixa inadimplência para 2022. Contudo, é importante observar que se houve uma melhora do balanço privado, por outro lado, houve a piora do balanço público, o que pode ter implicações relevantes sobre o mercado de crédito nos próximos anos. Do lado das famílias, há considerações importantes a fazer em relação ao nível de endividamento. Desde o início da pandemia, houve, de fato, o aumento da carteira de crédito às pessoas físicas, seja para fins precaucionais, seja para o consumo de bens em geral, inclusive para aquisição de imóveis (Gráfico 3, linha vermelha). No entanto, nos chamou a atenção o comportamento da série utilizada para medir a massa salarial ampliada (Gráfico 3, linha cinza). Em julho, o endividamento das famílias foi de 59,2% da renda anual (Gráfico 4), segundo os dados divulgados pelo Banco Central na última nota de crédito, que consideram os dados da PNAD Contínua. Ao nosso ver, os desafios metodológicos enfrentados pelo IBGE durante a pandemia podem criar distorções baixistas para o denominador dessa métrica. Gráfico 1: Empresas em recuperação judicial 2012 a 2021, acumulado no ano Gráfico 2: Dívida líquida / EBITDA Empresas listadas Fonte: Serasa, Bradesco Fonte: BCB, Bradesco - 200 400 600 800 1,000 1,200 1,400 1,600 1,800 2,000 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez TOTAL máximo média 2020 2021 mínimo
  • 2. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Assim, simulamos dois cenários contrafactuais para o nível de endividamento das famílias (Gráfico 5). No primeiro, para simular a massa de rendimentos das famílias, substituímos a série de ocupação de trabalho no setor privado com carteira assinada da PNAD Contínua pela série de empregos formais do Caged. Neste caso, o nível de endividamento seria de 54,6%, ou seja, 4,6 pontos percentuais menor do que a série do Banco Central. No segundo cenário, além da substituição da série de ocupação formal, consideramos o valor do Auxílio Emergencial no cálculo da massa de salários. Neste caso, o nível de endividamento das famílias seria de 51,4%, isto é, 7,8 pontos percentuais abaixo da estatística oficial. É importante ressaltar que, por padrão, a estatística de massa salarial ampliada do Banco Central não considera esse tipo de recurso na composição da renda das famílias. Contudo, diante da grande abrangência do programa e da natureza da crise, entendemos como oportuno visualizar o endividamento sob esse ângulo, a fim de entender melhor o baixo nível de inadimplência, que nos surpreendeu positivamente o ano inteiro. Outro aspecto não capturado nas estatísticas foi o aumento da poupança das famílias durante a crise de Covid. Ainda que não possamos mensurá-la adequadamente, é certo que essa poupança contribuiu para se contrapor, do ponto de vista patrimonial, ao aumento do endividamento observado no período, também minimizando, assim, o aumento da inadimplência. Gráfico 5: Cenários contrafactuais para o endividamento das famílias Fonte: IBGE, Ministério da Economia, BCB e Bradesco (*) em um dos casos substituímos o emprego formal da PNAD pelo Caged e, no outro, acrescentamos o valor do Auxílio Emergencial no cálculo da massa de salários Portanto, acreditamos que o endividamento e a inadimplência não serão grandes temas para 2022. Mesmo com menor crescimento da economia e a alta da taxa de juros, esperamos criação de cerca de 5 milhões de postos de trabalho entre este trimestre e o final de 2022 (Gráfico 6), refletindo-se em ampliação da massa de renda e queda da taxa de desemprego. Projetamos as taxas de inadimplência do SFN próximas ao observado no pré-pandemia. 2 Gráfico 3: Endividamento das famílias Dívida sobre massa salarial acumulada em 12 meses Gráfico 4: Endividamento vs. comprometimento Em % das rendas anual e mensal, respectivamente (até jul/21) Fonte: BCB, Bradesco Fonte: BCB, Bradesco 59.2 30.1 15.00 20.00 25.00 30.00 35.00 40.00 45.00 50.00 55.00 60.00 65.00 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Endividamento das famílias Comprometimento de renda - 500 1,000 1,500 2,000 2,500 3,000 3,500 4,000 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Milhares Título do Gráfico Dívida Massa salarial ampliada 59.2% 51.4% 54.6% 40.0% 45.0% 50.0% 55.0% 60.0% 65.0% 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Título Banco Central Apenas Caged (*) Caged + AE (*)
  • 3. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Gráfico 6: Taxa de desemprego Taxa média anual (em destaque: vagas de empregos geradas no ano) Fonte: IBGE, Bradesco Até setembro, observamos as concessões em ritmo bem superior ao observado entre 2017 e 2019 (Gráfico 7). Na abertura por segmento, destaca-se o desempenho do crédito à pessoa física, impulsionado pelas linhas de crédito não consignado e imobiliário. Para o ano que vem, o crescimento dessa carteira deve desacelerar gradualmente, principalmente nas linhas de crédito não consignado, refletindo a alta da taxa de juros e a moderação da atividade econômica. No caso dos financiamentos de automóveis, as restrições de oferta no setor automotivo devem permanecer, ao menos, até o final do primeiro semestre do ano que vem, o que deve seguir limitando a concessão de crédito para essa finalidade. Projetamos crescimento de 9,1% da carteira de crédito com recursos livres para pessoas físicas em 2022, desacelerando de uma alta de 17,0%. Gráfico 7: Concessões de crédito – Total SFN Em R$ bi constantes Fonte: BCB, Bradesco No segmento das pessoas jurídicas, a carteira de crédito deve seguir desacelerando, mas em ritmo inferior ao observado na carteira de pessoa física. Diante do mercado de capitais aquecido (Gráfico 8), interrupção de parte dos programas emergenciais e das grandes empresas já capitalizadas, a carteira de crédito de pessoa jurídica vem apresentando moderação no ritmo de expansão desde o início do ano. Na abertura por porte, destaca-se o desempenho das linhas voltadas para as micro, pequenas e médias empresas (Gráfico 9), que reflete em grande medida os programas emergenciais de crédito para esse público-alvo. Essas tendências devem ser mantidas no ano que vem, mas o arrefecimento do mercado de capitais pode impulsionar a migração da demanda das grandes empresas para o crédito bancário. Para a carteira de pessoa jurídica com recursos livres, esperamos crescimento de 12,5% em 2021 e de 8,0% em 2022. 3 11,5% 12,7% 12,3% 11,9% 13,5% 13,2% 12,2% 10,5% 11,0% 11,5% 12,0% 12,5% 13,0% 13,5% 14,0% 14,5% 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 6,8 mm 4,6 mm 200 250 300 350 400 450 jan feb mar apr may jun jul aug sep oct nov dec 2021 2020 Max 2017-2019 Avg. 2017-2019 Min 2017-2019
  • 4. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Projetamos crescimento ao redor de 7,5% da carteira total de crédito do SFN em 2022. A expansão do crédito deve seguir apoiando a retomada da atividade econômica nos próximos meses. A prorrogação dos empréstimos durante a pandemia, a mudança no perfil dos tomadores, juros baixos e os programas emergenciais de manutenção do emprego e da renda explicam o crescimento do crédito e as baixas taxas de inadimplência do Sistema Financeiro Nacional. Para 2022, a piora do orçamento das famílias e a alta dos juros deve produzir taxas de inadimplência mais próximas do observado antes da pandemia, mas ainda em níveis compatíveis com o crescimento saudável da carteira de crédito. Assim, ainda que haja alguma moderação no ritmo de expansão à frente, o nível de concessões continuará elevado. No caso de pessoas jurídicas, os níveis recordes de baixo endividamento sugerem que há espaço para ampliação dos investimentos se o nível de incerteza doméstica diminuir. Gráfico 10: Projeções DEPEC para o crédito SFN Fonte: BCB, Bradesco 4 Gráfico 8: Crédito total ampliado Estoque em R$ bilhões Gráfico 9: Crédito para empresas Por porte Fonte: BCB, Bradesco Fonte: BCB, Bradesco 15,4% 21,2% 15,6% 15,9% 17,0% 12,5% 13,5% 10,0% 9,1% 8,0% 7,5% 5,0% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% Livres PF Livres PJ Total Direcionados Título do Gráfico 2020 2021 2022 0 1,000 2,000 3,000 4,000 5,000 6,000 7,000 8,000 9,000 10,000 13 14 15 16 17 18 19 20 21 Milhares TítulodoGráfico Mercado de capitais + dívida externa Crédito total SFN 27.0% 12.3% 2.9% -30.0% -20.0% -10.0% 0.0% 10.0% 20.0% 30.0% 40.0% 14 15 16 17 18 19 20 21 Micro, Pequena e Média PJ Total Grande
  • 5. Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos Equipe Técnica O DEPEC – BRADESCO não se responsabiliza por quaisquer atos/decisões tomadas com base nas informações disponibilizadas por suas publicações e projeções. Todos os dados ou opiniões dos informativos aqui presentes são rigorosamente apurados e elaborados por profissionais plenamente qualificados, mas não devem ser tomados, em nenhuma hipótese, como base, balizamento, guia ou norma para qualquer documento, avaliações, julgamentos ou tomadas de decisões, sejam de natureza formal ou informal. Desse modo, ressaltamos que todas as consequências ou responsabilidades pelo uso de quaisquer dados ou análises desta publicação são assumidas exclusivamente pelo usuário, eximindo o BRADESCO de todas as ações decorrentes do uso deste material. Lembramos ainda que o acesso a essas informações implica a total aceitação deste termo de responsabilidade e uso. A reprodução total ou parcial desta publicação é expressamente proibida, exceto com a autorização do Banco BRADESCO ou a citação por completo da fonte (nomes dos autores, da publicação e do Banco BRADESCO) economiaemdia.com.br Diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos Fernando Honorato Barbosa Economistas Ana Beatriz Moreira dos Santos / Constantin Jancsó / Fabiana D’Atri/ Felipe Wajskop França / Myriã Tatiany Neves Bast / Priscila Pacheco Trigo / Renan Bassoli Diniz / Thiago Coraucci de Angelis / Vitor Vidal Costa Velho Estagiários Bruna Andreata Valentino / Gabriel Sartor Ganzarolli / Henrique Monteiro de Souza Rangel / Lorena Pires Sene / Lucas Daniel Duarte / Rafaela de Sousa Silva 5