technical presentations
(October 26):
Alan da Silva Andrade Mendes – International Reserves Department
André Minella – Research Department (also present on October 27)
André de Oliveira Amante – Open Market Operations Department
Fabia Aparecida de Carvalho – International Affairs Department
Ricardo Sabbadini – Economic Department
Rogério Antônio Lucca – Banking Operations and Payment Systems Department
Other participants
(October 27):
Antonio Paulo Pinto Mergulhão – Senior Advisor to the Director of Monetary Policy
Arnildo da Silva Correa – Chief Economic Advisor to the President
Eduardo José Araú
1. 1 bcb.gov.br
Ata da Reunião do
Comitê de Política Monetária — Copom
26 e 27 de outubro de 2021
242ª
2. 242ª Reunião
COPOM
26 e 27 de outubro
2 bcb.gov.br
Os membros do Copom analisaram a evolução recente e as perspectivaspara a economia brasileira
e para a economia internacional, no contexto do regime de política monetária, cujo objetivo é
atingir as metas fixadas pelo Conselho Monetário Nacional para a inflação.
Data: 26 e 27 de outubro de 2021
Local: Sala de reuniões do 8º andar do Edifício-sede do Banco Central do Brasil – Brasília – DF
Horários de início
e término:
26 de outubro: 10h20 – 13h15; 14h40 – 18h14
27 de outubro: 14h40 – 18h35
Presentes:
Membros do Copom Roberto Oliveira Campos Neto – Presidente
Bruno Serra Fernandes
Carolina de Assis Barros
Fabio Kanczuk
Fernanda Magalhães Rumenos Guardado
João Manoel Pinho de Mello
Maurício Costa de Moura
Otávio Ribeiro Damaso
Paulo Sérgio Neves de Souza
Chefes de
Departamento
responsáveis por
apresentações técnicas
(26 de outubro):
Alan da Silva Andrade Mendes – Departamento de Reservas Internacionais
André Minella – Departamento de Estudos e Pesquisas (também presente em 27 de outubro)
André de Oliveira Amante – Departamento de Operações de Mercado Aberto
Fabia Aparecida de Carvalho – Departamento de Assuntos Internacionais
Ricardo Sabbadini – Departamento Econômico
Rogério Antônio Lucca – Departamento de Operações Bancárias e de Sistemas de Pagamentos
Demais participantes
(27 de outubro):
Antonio Paulo Pinto Mergulhão – Assessor Sênior no Gabinete do Diretor de Política Monetária
Arnildo da Silva Correa – Chefe da Assessoria Econômica ao Presidente
Eduardo José Araújo Lima – Chefe de Gabinete do Diretor de Política Econômica
Euler Pereira Gonçalves de Mello – Chefe Adjunto do Departamento de Estudos e Pesquisas
Leonardo Martins Nogueira – Secretário Executivo
Olavo Lins Romano Pereira – Chefe Adjunto do Departamento de Assuntos Internacionais
Pedro Henrique da Silva Castro – Chefe Adjunto do Departamento Econômico
Rafael Mendonça Travassos Andrezo – Chefe de Gabinete do Presidente
3. 242ª Reunião
COPOM
26 e 27 de outubro
3 bcb.gov.br
A) Atualização da conjuntura econômica e do cenário básico do Copom1
1. No cenário externo, o ambiente tem se tornado menos favorável, refletindo a
persistência do processo inflacionário e a consequente reação dos bancos centrais. O
próximo ano deve ser caracterizado por menor crescimento, com a reversão dos impulsos
fiscais e avanço nos processos de normalização da política monetária. Para as economias
emergentes, essa combinação implica um cenário mais desafiador.
2. Em relação à atividade econômica brasileira, indicadores recentemente divulgados da
produção industrial e do comércio apresentaram resultados negativos e abaixo do
esperado. Por outro lado, os segmentos do setorde serviços mais atingidos pela pandemia
continuam em trajetória de recuperação robusta. O Comitê manteve a expectativa de uma
retomada da atividade no segundo semestre, ainda que menos intensa e mais concentrada
no setorde serviços. Essareavaliação reflete oimpactodaslimitações na oferta de insumos
em determinadas cadeias produtivas, que devem perdurar até o próximo ano.
3. Para 2022, se por um lado a elevação dos prêmios de risco e o aperto das condições
financeiras atuam desestimulando a atividade econômica, por outro, o Copom avalia que
o crescimento tende a ser beneficiado por três fatores: a continuação da recuperação do
mercado de trabalho e do setor de serviços; o desempenho de setores menos ligados ao
ciclo de negócios, como agropecuária e indústria extrativa; e os resquícios do processo de
normalização da economia conforme a crise sanitária arrefece.
4. A inflação ao consumidor segue elevada e tem se mostrado mais persistente que o
antecipado. A alta dos preços está mais disseminada e abrange também componentes
mais associados à inflação subjacente. A alta nos preços dos bens industriais ainda não
arrefeceu e deve persistir no curto prazo, enquanto a inflação de serviços acelerou,
refletindo a gradual normalização da atividade no setor, dinâmica que já era esperada.
Além desses desenvolvimentos, desde a última reunião houve alta substancial dos
preços internacionais de commodities energéticas, cujo impacto inflacionário é
amplificado pela depreciação do real, sendo essa combinação o fator preponderante
para a elevação das projeções de inflação do Comitê tanto para 2021 quanto para 2022.
5. As diversas medidas de inflação subjacente apresentam-se acima do intervalo
compatível com o cumprimento da meta para a inflação. As expectativas de inflação para
2021, 2022 e 2023 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 9,0%, 4,4% e
3,3%, respectivamente.
6. No cenário básico, com trajetória para a taxa de juros extraída da pesquisa Focus e taxa
de câmbio partindo de USD/BRL 5,602
, e evoluindo segundo a paridade do poder de
compra (PPC), as projeções de inflação do Copom situam-se em torno de 9,5% para 2021,
4,1% para 2022 e 3,1% para 2023. Esse cenário supõe trajetória de juros que se eleva para
8,75% a.a. neste ano e para 9,75% a.a. durante 2022, terminando o ano em 9,50% a.a., e
reduz-se para 7,00% a.a. em 2023. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços
administrados são de 17,1% para 2021, 5,2% para 2022 e 5,1% para 2023. Adota-se a
hipótese de bandeiras tarifárias “escassez hídrica” em dezembro de 2021 e “vermelha
patamar 2” em dezembro de 2022 e dezembro de 2023.
B) Riscos em torno do cenário básico para a inflação
7. O cenário básico do Copom para a inflação envolve fatores de risco em ambas as
direções.
1
A menos de menção explícita em contrário, esta atualização leva em conta as mudanças ocorridas desde a
reunião do Copom em setembro (241ª reunião).
2
Valor obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio USD/BRL
observada nos cinco dias úteis encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.
4. 242ª Reunião
COPOM
26 e 27 de outubro
4 bcb.gov.br
8. Por um lado, uma possível reversão, ainda que parcial, do aumento recente nos
preços das commodities internacionais em moeda local produziria trajetória de inflação
abaixo do cenário básico.
9. Por outro lado, novos prolongamentos das políticas fiscais de resposta à pandemia
que pressionem a demanda agregada e piorem a trajetória fiscal podem elevar os
prêmios de risco do país.
10. Apesar do desempenho mais positivo das contas públicas, o Comitê avalia que
recentes questionamentos em relação ao arcabouço fiscal elevaram o risco de
desancoragem das expectativas de inflação, aumentando a assimetria altista no balanço
de riscos. Isso implica maior probabilidade de trajetórias para inflação acima do
projetado de acordo com o cenário básico.
C) Discussão sobre a condução da política monetária
11. As contas públicas têm tido desempenho melhor do que o esperado. Supondo a
manutenção dos marcos fiscais vigentes, em particular o controle do crescimento dos
gastos, as projeções do Copom preveem trajetória cadente da dívida pública como
fração do produto. No entanto, surgiram, entre as reuniões do Comitê,
questionamentos relevantes em relação ao futuro do arcabouço fiscal atual, resultando
em elevação dos prêmios de risco. Esses questionamentos também elevaram o risco de
desancoragem das expectativas de inflação, aumentando a assimetria altista no balanço
de riscos. Isso implica atribuir maior probabilidade para cenários alternativos que
considerem taxas neutras de juros mais elevadas.
12. O Copom reitera que o processo de reformas e ajustes necessários na economia
brasileira é essencial para o crescimento sustentável da economia. Esmorecimento no
esforço de reformas estruturais e alterações de caráter permanente no processo de
ajuste das contas públicas podem elevar a taxa de juros estrutural da economia.
13. O Copom passou à discussão da implementação da política monetária,
considerando não somente o cenário básico como também o balanço de riscos para a
inflação. De acordo com o cenário básico, que utiliza a trajetória para a taxa de juros
extraída da pesquisa Focus e o câmbio seguindo a paridade do poder de compra, as
projeções de inflação estão acima da meta para 2022 e ao redor da meta para 2023. O
Comitê ponderou que a assimetria no balanço de riscos, resultante dos
desenvolvimentos no cenário fiscal, implica elevação do risco altista para as projeções
do seu cenário básico, e avalia que esse viés de alta é agora maior do que o
anteriormente considerado. Como consequência, o Comitê concluiu que o grau
apropriado de aperto monetário é significativamente mais contracionista do que o
utilizado no cenário básico.
14. Diante desse resultado, o Copom avaliou o ritmo apropriado de elevação dos juros.
Para tal, analisou a convergência da inflação para as metas utilizando simulações com
diferentes trajetórias de política monetária, sob diferentes cenários alternativos. O
Comitê observou que, neste período do ano, choques nos preços das commodities em
reais já têm efeito direto na inflação de 2022, elevando a volatilidade dessas projeções.
Apesar disso, o Comitê entende que um processo de desancorarem de expectativas
pode gerar elevados custos econômicos de longo prazo, motivando o Copom a escolher
uma trajetória de elevação de juros compatível com a convergência da inflação para a
meta ainda em 2022.
15. O Comitê avaliou, inclusive, cenários com ritmos de ajuste maiores do que 1,50
ponto percentual. Prevaleceu, no entanto, a visão de que trajetórias de aperto da
política monetária com passos de 1,50 ponto percentual, considerando taxas terminais
diferentes, são consistentes, neste momento, com a convergência da inflação para a
meta em 2022, mesmo considerando a atual assimetria no balanço de riscos.
5. 242ª Reunião
COPOM
26 e 27 de outubro
5 bcb.gov.br
D) Decisão de política monetária
16. Considerando o cenário básico, o balanço de riscos e o amplo conjunto de
informações disponíveis, o Copom decidiu, por unanimidade, elevar a taxa básica de
juros em 1,50 ponto percentual, para 7,75% a.a. O Comitê entende que essa decisão
reflete seu cenário básico e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para
a inflação prospectiva e é compatível com a convergência da inflação para as metas no
horizonte relevante, que inclui os anos-calendário de 2022 e 2023. Sem prejuízo de seu
objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também
implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno
emprego.
17. O Copom considera que, diante da deterioração no balanço de riscos e do aumento
de suas projeções, esse ritmo de ajuste é o mais adequado para garantir a convergência
da inflação para as metas no horizonte relevante. Neste momento, o cenário básico e o
balanço de riscos do Copom indicam ser apropriado que o ciclo de aperto monetário
avance ainda mais no território contracionista.
18. Para a próxima reunião, o Comitê antevê outro ajuste da mesma magnitude. O
Copom enfatiza que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para
assegurar o cumprimento da meta de inflação e dependerão da evolução da atividade
econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o
horizonte relevante da política monetária.
19. Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Roberto Oliveira
Campos Neto (presidente), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fabio
Kanczuk, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, João Manoel Pinho de Mello,
Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza.
6. 1 bcb.gov.br
Minutes of the Meeting of the
Monetary Policy Committee — Copom
October 26-27, 2021
242nd
7. 242nd
Meeting
COPOM
October 26-27
2 bcb.gov.br
The members of Copom analyzed the recent performance and prospects for the Brazilian and
international economies, under the monetary policy framework, whose objective is to comply with
the inflation targets established by the National Monetary Council. This document represents
Copom's best effort to provide an English version of its policy meeting minutes. In case of
inconsistency, the Portuguese version prevails.
Date: October 26-27, 2021
Place: BCB Headquarters’ meeting rooms on the 8th
floor – Brasilia – DF – Brazil
Starting and ending
times:
October 26: 10:20 AM – 1:15 PM; 2:40 PM – 6:14 PM
October 27: 2:40 PM – 6:35 PM
In attendance:
Members of Copom Roberto Oliveira Campos Neto – Governor
Bruno Serra Fernandes
Carolina de Assis Barros
Fabio Kanczuk
Fernanda Magalhães Rumenos Guardado
João Manoel Pinho de Mello
Maurício Costa de Moura
Otávio Ribeiro Damaso
Paulo Sérgio Neves de Souza
Department Heads in
charge of technical
presentations (October
26):
Alan da Silva Andrade Mendes – Department of Foreign Reserves
André Minella – Research Department (also present on October 27)
André de Oliveira Amante – Open Market Operations Department
Fabia Aparecida de Carvalho – Department of International Affairs
Ricardo Sabbadini – Department of Economics
Rogério Antônio Lucca – Department of Banking Operations and Payments System
Other participants
(October 27):
Antonio Paulo Pinto Mergulhão – Senior Advisor at the Office of the Deputy Governor for
Monetary Policy
Arnildo da Silva Correa – Head of the Office of Economic Advisor
Eduardo José Araújo Lima – Head of the Deputy Governor for Economic Policy’s Office
Euler Pereira Gonçalves de Mello – Deputy Head of the Research Department
Leonardo Martins Nogueira – Executive Secretary
Olavo Lins Romano Pereira – Deputy Head of the Department of International Affairs
Pedro Henrique da Silva Castro – Deputy Head of the Department of Economics
Rafael Mendonça Travassos Andrezo – Deputy Head of the Governor’s Office
8. 242nd
Meeting
COPOM
October 26-27
3 bcb.gov.br
A) Update of economic outlook and Copom’s baseline scenario1
1. Regarding the global outlook, the environment is becoming less favorable, reflecting
the persistent inflation and the consequent central banks’ reaction. Growth in 2022
should be lower, with the reversal of fiscal stimuli and advance in the process of
monetary policy normalization. This combination implies a more challenging scenario
for emerging markets.
2. Turning to the Brazilian economy, recently released industrial output and trade
indicators show negative and below-expected results. On the other hand, the services
segments hardest hit by the pandemic continue on a robust recovery trajectory. The
Committee maintained the expectation of a recovery in activity in the second half of
the year, although less intense and more concentrated in the services sector. This
reassessment reflects the impact of supply shortages of inputs in some productive
chains, which should persist until 2022.
3. For 2022, if on the one hand the rise in risk premia and the tightening of financial
conditions act stifling the economic activity, on the other Copom considers that
economic growth will be benefited by three tailwinds: the continued recovery of the
labor market and the services sector; the performance of sectors less dependent on the
business cycles – such as agriculture and livestock and the extractive industry; and the
remaining effects of the normalization of the economy as the health crisis recedes.
4. Consumer inflation remains high and has been more persistent than anticipated.
Price increases are more widespread and also include items more associated with
core inflation. The increase of industrial prices has not slowed down and should persist
in the short term, whereas services inflation accelerated due to the gradual
normalization in the sector’s activity, as expected. Besides these developments, since
the previous Copom meeting there has been a substantial increase in international
energy commodity prices, whose inflationary impact is amplified by the BRL
depreciation. Combined, they are the preponderant factor for the increase in the
Committee's inflation projections for both 2021 and 2022.
5. The various measures of core inflation are above the range compatible with meeting
the inflation target. Inflation expectations for 2021, 2022, and 2023 collected by the
Focus survey are around 9.0%, 4.4%, and 3.3%, respectively.
6. Copom's inflation projections in its baseline scenario, with interest rate path
extracted from the Focus survey and exchange rate starting at USD/BRL 5.602
and
evolving according to the purchase power parity (PPP), stand around 9.5% for 2021,
4.1% for 2022, and 3.1% for 2023. This scenario assumes a path for the Selic rate that
rises to 8.75% p.a. in 2021 and to 9.75% p.a. in 2022, ending the year at 9.50% p.a., and
drops to 7.00% p.a. during 2023. In this scenario, inflation projections for administered
prices are 17.1% for 2021, 5.2% for 2022, and 5.1% for 2023. The energy flag is assumed
to be “water scarcity” in December 2021 and “red level 2” in December of 2022 and
2023.
B) Risks around the baseline inflation scenario
7. The Copom’s baseline scenario for inflation encompasses risk factors in both
directions.
8. On the one hand, a possible reversion, even if partial, of the recent increase in the
price of international commodities measured in local currency would produce a lower-
than-projected inflation in the baseline scenario.
1
Unless explicitly stated otherwise, this update takes into account changes that occurred since the
September Copom meeting (241st
meeting).
2
Value obtained according to the usual procedure of rounding the average USD/BRL exchange rate
observed on the five business days ending on the last day of the week before the Copom meeting.
9. 242nd
Meeting
COPOM
October 26-27
4 bcb.gov.br
9. On the other hand, further extensions of fiscal policy responses to the pandemic that
increase aggregate demand and deteriorate the fiscal path may pressure the country's
risk premium.
10. Despite the more positive public accounts data, the Committee assesses that recent
questioning regarding the fiscal framework increased the risk of deanchoring inflation
expectations, raising the upward asymmetry in the balance of risks. This implies a higher
probability of inflation paths above the one projected under the baseline scenario.
C) Discussion about the conduct of monetary policy
11. The public accounts have performed better than expected. Assuming the current
fiscal framework is maintained, in particular the control of spending growth, Copom's
projections foresee a falling trajectory for the public debt as a percentage of GDP.
However, between Copom's meetings, relevant questionings arose regarding the
future of the current fiscal framework, resulting in higher risk premia. These
questionings have also raised the risk of deanchoring inflation expectations, increasing
the upward asymmetry in the balance of risks for the conduct of monetary policy. This
implies assigning greater probability to alternative scenarios that consider higher
neutral interest rates.
12. The Committee reiterates that the process of reforms and necessary adjustments
in the Brazilian economy is essential for a sustainable economic growth. Weaknesses in
the structural reform effort and permanent changes to the fiscal consolidation process
could result in an increase in the structural interest rate.
13. Next, Copom discussed the implementation of monetary policy, considering not
only the baseline scenario, but also the balance of risks for inflation. According to the
baseline scenario, which uses the interest rate path extracted from the Focus survey
and the exchange rate at purchase power parity, the inflation projections are above the
target for 2022 and around the target for 2023. The Committee pondered that the
asymmetry in the balance of risks resulting from the developments in the fiscal scenario
implies an increase in the upward risk to its baseline scenario projections and assessed
that this upside bias is now larger than previously considered. Therefore, the
Committee concluded that the appropriate degree of monetary tightening is
significantly more contractionary than that used in the baseline scenario.
14. In view of this, Copom assessed the appropriate pace of interest rate hikes. To this
end, it analyzed the convergence of inflation to targets using simulations with different
monetary policy paths under different alternative scenarios. The Committee pondered
that, at this moment, shocks in BRL-denominated commodity prices already impact the
2022 projections, raising their volatility. Nevertheless, Copom understands that a
process of deanchoring inflation expectations may cause high economic costs in the
long term and thus decided to choose a pace of interest rate hikes compatible with the
convergence of inflation to the target still in 2022.
15. The Committee also considered scenarios with adjustments greater than 1.50 p.p.
The prevailing view, however, was that monetary policy tightening paths with 1.50 p.p.
steps, considering different ending rates, are consistent with inflation converging to
the target in 2022, even considering the current asymmetry of the balance of risks.
10. 242nd
Meeting
COPOM
October 26-27
5 bcb.gov.br
D) Monetary policy decision
16. Taking into account the baseline scenario, the balance of risks, and the broad array
of available information, the Copom unanimously decided to increase the Selic rate by
1.50 p.p. to 7.75% p.a. The Committee judges that this decision reflects its baseline
scenario for prospective inflation, a higher-than-usual variance in the balance of risks,
and it is consistent with convergence of inflation to the targets over the relevant
horizon for monetary policy, which includes 2022 and 2023. Without compromising its
fundamental objective of ensuring price stability, this decision also implies smoothing
of economic fluctuations and fosters full employment.
17. The Committee considers that, given the deterioration of the balance of risks and
the increase in its inflation projections, this pace is the most appropriate to guarantee
inflation convergence to the targets at the relevant horizon. At this moment, the
Copom’s baseline scenario and balance of risks indicate as appropriate to advance the
process of monetary tightening even further into the restrictive territory.
18. For the next meeting, the Committee foresees another adjustment of the same
magnitude. Copom emphasizes that its future policy steps could be adjusted to ensure
the achievement of the inflation target and will depend on the evolution of economic
activity, on the balance of risks, and on inflation expectations and projections for the
relevant horizon for monetary policy.
19. The following members of the Committee voted for this decision: Roberto Oliveira
Campos Neto (Governor), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Fabio
Kanczuk, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, João Manoel Pinho de Mello,
Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso, and Paulo Sérgio Neves de Souza.