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MANEJO DA CIGARRINHA
E ENFEZAMENTOS NA
CULTURA DO MILHO
2
APRESENTAÇÃO CARTILHA CIGARRINHA
Com o lançamento da presente cartilha, desenvolvida pela Embrapa Milho e
Sorgo, o Sistema FAEP/SENAR-PR dá mais um passo no sentido de informar
o produtor rural, levando conhecimento técnico. O material orienta para o en-
frentamento da cigarrinha do milho, identificação do problema e o seu correto
combate no campo.
O Paraná é um dos maiores produtores de grãos do Brasil. Esse posto é ocupa-
do em função de uma soma de fatores que tem como denominador comum a
competência e a dedicação dos produtores rurais paranaenses. Nesse cenário,
o milho tem grande importância, não apenas como item da balança comercial,
mas porque o grão se transforma em alimento para movimentar uma pujante
cadeia de carnes, onde o Paraná também ocupa lugar de liderança nos cenários
nacional e mundial.
Porém, nos últimos anos, a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), uma velha co-
nhecida dos milharais, passou a aparecer com força nas lavouras paranaenses,
colocando em risco a cultura. A praga é responsável por “enfezamentos” nas
plantas que levam a redução significativa da produtividade, podendo comprome-
ter até 70% da produção. Atenta a esta questão, o Sistema FAEP/SENAR-PR já
encampou diversas ações para o enfrentamento da praga.
Essa cartilha é mais uma importante ferramenta para auxiliar os agricultores e
fortalecer o combate a praga nas lavouras de milho do Paraná.
Boa leitura!
EXPEDIENTE
Autores: Luciano Viana Cota, Ivênio Rubens de Oliveira, Dagma Dionisia da
Silva,Simone Martins Mendes, Rodrigo Veras da Costa, Isabel Regina Prazeres
de Souza, Alexandre Ferreira da Silva - Embrapa Milho e Sorgo
Revisão: Ana Paula Kowalski e Flaviane Medeiros - Sistema FAEP/SENAR-PR
Fotos: Simone Martins Mendes, Dagma Dionísia da Silva, Isabel Regina Prazeres
de Souza, Alexandre Martins Abdão, Luciano Viana Cota, Alexandre Ferreira da
Silva - Embrapa Milho e Sorgo e Silvino Moreira – Universidade Federal de Lavras
Projeto Gráfico: Fernando dos Santos - Departamento de Comunicação do
Sistema FAEP/SENAR-PR
3
O que são enfezamentos
do milho e qual a sua
importância
Os enfezamentos do milho têm se
destacado entre as doenças mais preo-
cupantes para a cultura nas últimas sa-
fras, com perdas severas em diversas
regiões do país. As perdas devido aos
enfezamentos podem chegar a 100%, em
função da época de infecção e da susce-
tibilidade da cultivar plantada.
Espiga de milho de uma planta com enfezamento (esquerda) e
planta sem sintomas (direita)
Principais sintomas
As plantas com enfezamento apre-
sentam redução de crescimento e desen-
volvimento, entrenós curtos, prolifera-
ção e malformação de espigas, espigas
improdutivas e enfraquecimento dos
colmos com favorecimento às infecções
fúngicas que resultam em tombamento.
De maneira geral, quando a infecção
ocorre cedo, a planta fica pequena e não
cresce, daí o nome de “enfezamento”,
como se a planta ficasse enfezada.
Planta de milho com sintomas do enfezamento pálido (A) e
enfezamento vermelho (B)
4
Quais são os patógenos
responsáveis pela doença
Os enfezamentos são causados por bactérias da
classe Mollicutes, caracterizadas pela ausência de
parede celular. Os Mollicutes infectam as plantas de
forma sistêmica resultante da colonização e infecção
dos tecidos do floema. Em milho, dois sintomas de
enfezamento são conhecidos, enfezamento pálido e o
enfezamento vermelho, ocasionados pelo procarionte
Spiroplasma kunkelii Whitcomb (Corn Stunt Spyro-
plasma) e por Fitoplasma (Maize bushy stunt phyto-
plasma), respectivamente. Ambos os patógenos são
transmitidos de forma persistente propagativa pela ci-
garrinha do milho Dalbulus maidis DeLong & Wolcott)
(Homoptera: Cicadellidae). A cigarrinha é responsável
também pela transmissão do vírus Maize rayado fino
virus – MRFV.
Enfezamento pálido: É causado pelo procarionte
denominado Spiroplasma kunkelii Whitcomb (Corn
Stunt Spyroplasma). Baseado em sua ultraestrutura
e sua morfologia, este espiroplasma é pertencente
ao domínio Bacteria, classe Mollicutes, ordem Ento-
moplasmatales e família Spiroplasmataceae. Os sin-
tomas do enfezamento pálido são estrias cloróticas
delimitadas que se iniciam na base das folhas, plantas
com altura reduzida, encurtamento de entrenós, bro-
tos nas axilas foliares e cor avermelhada em folhas,
podendo ocorrer enfraquecimento dos colmos e pro-
liferação de espigas.
Sintomas do enfezamento pálido em plantas de milho. Planta de milho com sintomas do enfezamento pálido apre-
sentando desenvolvimento prejudicado
5
Enfezamento vermelho
É causado pelo procarionte conhecido pelo
nome comum fitoplasma (Maize bushy stunt phyto-
plasma). Também pertencente à classe dos Molli-
cutes, porém da ordem Acholeplasmatales, família
Acholeplasmataceae e gênero Candidatus Phyto-
plasma. Os sintomas do enfezamento vermelho são
amarelecimento e/ou avermelhamento das folhas,
geralmente iniciando pelas bordas, perfilhamento e
proliferação de espigas por planta.
Sintomas do enfezamento vermelho em plantas de milho.
Risca do milho ou
raiado fino
O agente da risca do milho é o
Maize rayado fino virus – MRFV,
que pertence ao gênero Marafi-
virus, família Tymoviridae sendo
um dos mais importantes vírus
em milho em diversos países.
O sintoma da risca do milho é a
formação de pequenos pontos
cloróticos nas folhas que podem
coalescer com o avanço da do-
ença, formando linhas ao longo
das nervuras (Sabato, 2013). No
Brasil, sua incidência geralmente
está associada à ocorrência dos
enfezamentos, porém sua cor-
relação com os sintomas dos
enfezamentos ainda precisa ser
esclarecida. Quando ocorre in-
fecção precoce por MRFV pode
haver redução de crescimento e
abortamento das gemas florais.
Plantas de milho infectadas com
o MRFV não apresentam a exten-
siva coloração vermelha ou ama-
rela associada à infecção pelos
molicutes.
Sintomas de risca do milho ou raiado fino.
6
Como reconhecer o	
problema no campo
Atualmente o diagnóstico da
doença é feito por análise dos sin-
tomas, microscopia e emprego de
métodos moleculares baseados
em PCR. O diagnóstico baseado
em sintomas nem sempre é con-
clusivo na separação do enfeza-
mento vermelho do pálido e as
vezes ainda pode ocorrer confun-
dimento com outras doenças e de-
ficiências nutricionais. Para imple-
mentação de medidas de manejo
e monitoramento da doença em
condições de campo é necessário
confirmação do diagnostico por
meio de PCR em laboratório espe-
cializado. No laboratório, o DNA do
patógeno é extraído da cigarrinha
e de plantas com sintomas dos
enfezamentos e a reação de PCR
é realizada com primers específi-
cos para detecção de fitoplasma e
espiroplasma.
Gel com produtos de PCR e com primers específicos para detecção de fitoplasma e espiroplasma em plantas de milho.
Quem é a Cigarrinha do milho
Dalbulus maidis
A cigarrinha do milho, Dalbulus maidis (DeLong and
Wolcott) (Hemiptera: Cicadellidae), é considerada uma das
pragas mais importantes da cultura, sendo vetor de três
doenças sistêmicas, o enfezamento pálido, o enfezamento
vermelho e a risca do milho ou raiado fino (Figura 08).
A cigarrinha adulta mede de 3,7 a 4,3 mm de com-
primento, com fêmeas geralmente maiores que machos.
As características da cigarrinha são coloração palha
com manchas negras no abdômen e duas manchas ne-
gras na cabeça, similares a olhos escuros (Figura 08).
Adultos e ninfas vivem em colônias no cartucho e fo-
lhas jovens do milho e ambos sugam a seiva das plantas
onde adquirem os patógenos e posteriormente os trans-
mitem de forma persistente propagativa.
O ciclo de vida da cigarrinha, de ovo a adulto, é em
torno de 45 dias. Sob condições favoráveis de tempe-
ratura, 26 e 32 ºC, o ciclo pode ser completado em 24
dias. Na fase adulta as fêmeas podem depositar cerca
de 14 ovos/dia, totalizando em média, 611 ovos durante
seu ciclo. Assim, considerando o ciclo do milho em tor-
no de 180 dias, as populações podem aumentar devido
às várias gerações de cigarrinhas nesse período. Isto
permite que cigarrinhas de lavouras mais velhas migrem
para lavouras mais novas. As variáveis do ciclo de vida
da Dalbulus maidis, seu comportamento e ecologia são
fundamentais para compreender a interação vetor/pató-
genos/hospedeiro e provavelmente para o desenvolvi-
mento de estratégias de manejo dos enfezamentos.
7
Cigarrinha do milho, Dalbulus maidis
Quais são as plantas 		
hospedeiras da cigarrinha
O milho é o único hospedeiro conhecido da cigarrinha Dal-
bulus maidis no Brasil. Apesar desse inseto poder usar outras
plantas como sorgo, trigo e brachiaria como alojamento.
Se o milho é a única planta
hospedeira, porque esse inseto
permanece no campo quando a
lavoura foi colhida?
O sistema de cultivo do milho no Brasil em duas sa-
fras, no verão (primeira safra) e na safrinha (segunda
safra), permite que haja uma ponte verde da cultura e
permite também que o ciclo de vida da cigarrinha se
complete, favorecendo o aumento de sua população.
Embora possa ocorrer na primeira safra, no perío-
do da segunda safra ou em plantios tardios as popu-
lações de cigarrinha aumentam e resultam em maior
incidência dos enfezamentos. Além disso, em função
do milho com resistência a herbicida, maior dificulda-
de tem sido encontrada para controlar a tiguera, como
é chamado o milho voluntário que fica nas lavouras
durante todo ano.
Assim a manutenção de plantas de milho nas
áreas de lavoura é condição favorável para perma-
nência dos patógenos e do vetor. Daí a importância
de quebra do ciclo biológico de Dalbulus maidis e da
ponte verde na cultura. Na ausência do milho, a cigar-
rinha poderia utilizar a migração por longas distâncias
como estratégia de sobrevivência, bem como a dia-
pausa (espécie de estado de dormência em insetos)
em restos culturais de milho, em plantas alojamentos
e em plantas voluntárias.
8
Como é a transmissão dos	
patógenos pela cigarrinha
A cigarrinha se alimenta da seiva de uma planta
de milho doente e adquire os molicutes, que então se
multiplicam nos seus tecidos, infectando as glândulas
salivares, durante um período de 3 a 4 semanas, po-
dendo esse tempo, denominado período latente, ser re-
duzido em condições de temperaturas elevadas. Essas
cigarrinhas portadoras de molicutes tornam-se então
TRANSMISSORES e, quando se alimentam de plântulas
de milho sadias, transmitem esses patógenos para o
floema dessas plantas.
O período de retenção dos patógenos pelo inseto é
longo, sendo que o mesmo pode transmitir os patóge-
nos por todo seu ciclo de vida. Entretanto, a eficiência
dessa retenção aumenta com o tempo de inoculação
e incubação, que ocorre no intestino dos insetos. Mas
aos 14 dias, esta eficiência já é de 90% e vai variar pou-
co a partir de então, chegando aos 93% após 27 dias.
É muito importante ressaltar que nem todas as ci-
garrinhas que chegam em uma lavoura de milho jovem
são infectantes com molicutes. Por isso, nem de longe
podemos considerar que todas as cigarrinhas transmi-
tem as doenças. Mas ainda não temos uma ferramenta
prática que ajude a identificar a campo, quais estão ou
não infectadas.
Quais condições favorecem a
incidência das cigarrinhas no campo?
Uma vez as cigarrinhas estando contaminadas,
alguns fatores favorecem a incidência e os danos por
enfezamentos, sendo preponderante as condições cli-
máticas com temperaturas elevadas, acima de 17 °C à
noite e de 27 °C de dia, que favorecem a multiplicação
mais rápida dos molicutes, tanto nas cigarrinhas quanto
nas plantas doentes.
Outro fator significante é a ocorrência de muitas
lavouras de milho em diferentes idades, permitindo so-
breposições do ciclo da planta, que favorece a multipli-
cação e a migração das cigarrinhas de lavouras com
plantas adultas para novas lavouras com plântulas nos
estádios iniciais de desenvolvimento, levando consigo
os molicutes e os transmitindo com eficiências a estas
novas plantas.
Também a presença contínua no campo de plantas de
milho oriundas de grãos remanescentes da colheita ante-
rior, denominadas tiguera ou milho-guacho, podem servir
de reservatório tanto de molicutes quanto de cigarrinhas.
Por fim, o nível de suscetibilidade das cultivares de
milho, pode favorecer a multiplicação dos molicutes nas
plantas em que a cigarrinha adquire estes patógenos. Por
tudo isso, tem sido observado maior ocorrência destes
insetos na safrinha (2ª safra) em períodos em que as
plantas nas lavouras se encontram no início de seu de-
senvolvimento, que corresponde até o estádio V4 (quatro
folhas completamente desenvolvidas).
Manejo dos Enfezamentos
Ponte verde e milho tiguera:
Embora possa ocorrer na primeira safra, na se-
gunda safra ou em plantios tardios as populações
de cigarrinha aumentam e resultam em maior inci-
dência dos enfezamentos. Além disso, em função do
milho com resistência a herbicida, maior dificuldade
tem sido encontrada para controlar a tiguera, como
é chamado o milho voluntário que fica nas lavouras
durante todo ano.
Essas plantas são frequentemente observadas em
áreas produtivas (Figura 1) e podem favorecer a perma-
nência dos patógenos e do vetor, sendo fonte de inócu-
lo desses e outros patógenos (Figuras 2 e 3). Assim a
manutenção de plantas de milho nas áreas de lavoura é
condição favorável para permanência dos patógenos e
do vetor. Daí a importância de quebra do ciclo biológico
da cigarrinha e da ponte verde na cultura. É importante
o agricultor realizar monitoramentos constantes na en-
tressafra do milho para identificar presença de plantas
tiguera e eliminá-las. Para facilitar o monitoramento do
milho tiguera a Adapar desenvolveu e disponibilizou um
aplicativo (MonitoraMilho). A ferramenta ajuda a identifi-
car a ocorrência de plantas voluntárias e cigarrinhas do
milho de maneira mais eficiente, e oferece informações
que devem ajudar a subsidiar ações de pesquisa para
estabelecer medidas de manejo adequado.
9
Figura 1. Área de trigo com
presença de milho tiguera
Figura 2. Tiguera com presen-
ça de cigarrinhas
Figura 3. Planta tiguera de milho com
sintomas de enfezamento vermelho
10
Figura 4. Germinação de grãos
de milho em lavoura de soja
Manejo em campo
Para reduzir os danos provocados
pelos enfezamentos na cultura do mi-
lho devem ser empregadas medidas
integradas e preventivas de manejo. O
manejo dos enfezamentos inicia-se na
colheita de milho da safra anterior com
uma boa regulagem das colheitadeiras
para evitar que o mínimo de espigas e
grãos fiquem na área para reduzir a po-
pulação de milho tiguera (Figura 4).
1 - Realizar a colheita de milho bem fei-
ta de forma a minimizar os restos de
grãos no campo;
2 - Eliminar o milho tiguera presente na
área antes da semeadura da cultura do
milho. A eliminação de plantas tiguera
está entre as recomendações mais im-
portantes a ser adotada em áreas com
infestação de cigarrinha e enfezamento,
pois são fonte de inóculo da cigarrinha,
dos molicutes e do vírus do raiado fino
entre lavouras e safras de milho.
3 - Realizar o planejamento dos plan-
tios evitando implantação de lavouras
novas próximas de lavouras mais ve-
lhas (Figura 5). Evitar semeadura em
áreas próximas a lavouras com enfe-
zamentos. Práticas culturais podem
ser associadas ao sistema de manejo
para reduzir os prejuízos causados pe-
los enfezamentos, como a semeadura
em épocas que garantam o desenvol-
vimento das plantas em boas condi-
ções fitossanitárias, evitar semeaduras
sucessivas de milho e plantios tardios.
Em plantios tardios observa-se uma
maior incidência de enfezamentos e
maiores reduções na produção porque
as cigarrinhas tendem a migrar para es-
tas áreas (Figura 6)
Figura 5. Lavoura nova de milho plantada
ao lado de uma lavoura mais velha
Figura 6. Efeito da data de plantio na incidência de enfezamentos e
produção de grãos em milho no Estado do Tocantins, safrinha 2017
15/02/2017 24/02/2017 14/03/2017
11
Figura 7. Perdas na colheita do milho
Controle do milho tiguera
É comum após a colheita de milho ob-
servarmos na área da lavoura restos de
grãos e segmentos de espigas com grãos
com ou sem palha depositadas na superfície
do solo ou compactadas pela roda do tra-
tor (Figura 7 e 8). Estas perdas de colheita
podem dar origem à plantas voluntárias que
se desenvolvem no período de entressafra e/
ou na cultura subsequente e são conhecidas
como tiguera ou plantas guaxas.
Os grãos perdidos, principalmente aque-
les compactados pelo rodado do trator,
tendem a manter a viabilidade de germina-
ção durante todo o período seco (período
invernal). Após início da estação chuvosa
e semeadura da cultura subsequente esses
grãos podem resultar no estabelecimento
de plantas voluntárias. Elas podem ocasio-
nar perdas significativas no rendimento da
cultura, tal como, as plantas daninhas, em
razão da competição pelos recursos do meio
como água, luz e nutrientes.
Resultados de pesquisas indicam que
os segmentos de espigas, diferentemente
de grãos individualizados, apresentam maior
desuniformidade de germinação. Este fato,
indica a maior dificuldade de controle destas
plantas, devido a possibilidade de ocorrer
fluxos sucessivos de emergência ao longo
do desenvolvimento da cultura subsequente.
A perda de grãos ligados às espigas predo-
mina em áreas em que ocorrem tombamen-
to ou quebramento das plantas de milho.
Neste cenário, as plantas de milho voluntário
ocorrem em touceiras ocasionando aumen-
to da competição com a cultura de interesse
econômico.
A ocorrência de milho voluntário na la-
voura de soja sempre foi algo recorrente (Fi-
gura 9). No entanto, a estratégia de manejo
destas plantas teve que ser modificada em
função da adoção de cultivo da soja e milho
resistentes a glifosato (GR). Assim, atual-
mente, é comum a infestação de milho vo-
luntário resistente a herbicidas, nas culturas
semeadas em sucessão ou rotação resisten-
tes aos mesmos mecanismos de ação.
Figura 8. Germinação de grãos de milho
Figura 9. Plantas de milho tiguera em lavoura de soja
12
A presença de plantas voluntárias de milho pode ocasionar
perdas significativas nas culturas semeadas em sucessão. As
perdas de rendimento ocasionadas pelo milho voluntário estão
diretamente relacionadas ao tipo de perda dos grãos, a densi-
dade de plantas por metro quadrado e ao período de convivên-
cia da cultura de interesse econômico com o milho voluntário.
Estudos apontam que as perdas de rendimento na cultura da
soja podem ser superiores a 80%. As plantas voluntárias são
importantes hospedeiras dos molicutes e são usadas como
forma de sobrevivência dos enfezamentos. Sendo importante
seu controle para reduzir os danos dos enfezamentos na cul-
tura do milho.
O glifosato é uma alternativa eficaz para o controle de mi-
lho voluntário oriundo de cultivares que não apresentam resis-
tência a este herbicida. No entanto, a alta adoção de cultivares
de milho GR tem contribuído para o aumento da frequência
destas plantas nas áreas, principalmente, quando a cultura
semeada em sucessão também é resistente ao herbicida.
Para o adequado controle destas plantas deve ser utiliza-
do herbicidas de outros mecanismos de ação, com destaque
para os graminicidas. Os inibidores da acetil-coenzima A-car-
boxilzase (ACCase), se caracterizam por serem efetivos no
controle de diversas gramíneas, dentre elas o milho.
Herbicidas para o manejo				
do milho voluntário
Os herbicidas deste mecanismo de ação podem ser dividi-
dos em três grupos químicos: ariloxifenoxipropionatos (Fops),
ciclohexanodionas (Dims) e fenilpirazolinonas (Dens). De ma-
neira geral, se caracterizam por serem herbicidas pós-emer-
gentes e apresentarem curto efeito residual no solo. Eles são
absorvidos rapidamente pelas folhas e translocam-se para os
pontos de crescimento, paralisando o crescimento da planta
logo após a aplicação (intervalo de 1 a 2 dias). As folhas do
milho inicialmente tornam-se amareladas, evoluindo para uma
coloração arroxeada, com posterior necrose do tecido foliar.
Para a busca de produtos comerciais e/ou ingrediente ati-
vo efetivos no controle de plantas guaxas e registrados para
uso na cultura de interesse econômico, pode-se procurar
por informações na página disponibilizada pelo Ministério da
Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) – Sistema de
Agrotóxico Fitossanitário -AGROFIT-(http://agrofit.agricultura.
gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons), e na página da
Pesquisa Agrotóxicos da Agência de Defesa Agropecuária do
Paraná (Adapar) (http://www.adapar.pr.gov.br/Pagina/Pesqui-
sa-Agrotoxicos#), uma vez que a distribuição e comercializa-
ção de produtos agrotóxicos no Paraná estão condicionados
ao prévio cadastramento perante a Adapar.
O número de aplicações necessárias para o manejo das
plantas de milho voluntário irá depender diretamente do tipo
e da porcentagem de perdas de grãos durante a colheita. Os
produtores devem ficar atentos à mistura em tanque de herbi-
cidas inibidores da ACCase e 2,4-D. Diversos trabalhos apon-
tam a possibilidade de perda de eficácia dos graminicidas no
controle das plantas de milho e outras folhas estreitas quando
aplicado na mistura em tanque com o 2,4-D. Este efeito an-
tagônico pode variar em função do graminicida, dose e do
estádio de desenvolvimento da planta-alvo.
É importante salientar que o primeiro passo para dimi-
nuir problemas com plantas voluntárias de milho é a reali-
zação de uma colheita eficiente, com o menor percentual
possível de perdas de grãos. Para a adequada elaboração
de estratégia de controle é importante consultar um enge-
nheiro agrônomo.
Controle das Cigarrinhas Dalbulus maidis
A recomendação é que seja feito o tratamento de se-
mentes para controle das cigarrinhas nos estádios iniciais
de desenvolvimento das lavouras e complementar com a
aplicação de inseticidas que também deve ser realizada na
fase inicial de desenvolvimento da cultura. Desta forma, a
combinação de plantio de diferentes cultivares pode ser con-
siderada como medida de controle. É importante salientar
aqui que a recomendação para controle da cigarrinha é
que não passe de 40 dias após a emergência. Após esse
período não são observadas vantagens para o controle
dos patógenos em campo.
Outra medida a ser discutida é a adoção do pousio, que
em conjunto com a destruição das plantas de milho voluntá-
rio (tiguera) vai contribuir para a diminuição da sobrevivência
destes insetos no período de entresafra.
De modo geral, medidas para escapar ou ao menos mi-
nimizar a incidência da cigarrinha necessitam ser simultane-
amente adotadas por todos os produtores de milho da região
quando, ocorrendo em alta incidência, estejam causando pre-
juízos expressivos. Em linhas gerais podemos ressaltar que
essas medidas incluem, essencialmente:
- Eliminar o milho tiguera;
- Evitar semeaduras vizinhas às lavouras com alta
incidência das doenças;
- Tratar as sementes com inseticidas;
- Diversificar e rotacionar cultivares de milho;
- Sincronizar ao máximo a época da semeadura;
- Planejar a aplicação de inseticidas de acordo
com a incidência da praga, entre outras.
13
Sobre o tratamento de sementes, a maior parte já vem
pré-tratadas industrialmente, mas é preciso confirmar se in-
clui os produtos registrados para controle da cigarrinha do mi-
lho (Tabela 1). O período residual dos produtos vem reduzindo
e atualmente se estabele de 10 a 15 dias.
Sendo assim, diante da contínua incidência da cigarrinha
depois desse período, pulverizações podem ser adotadas,
principalmente no caso de cultivares não resistentes aos enfe-
zamentos. Os inseticidas registrados para o controle da praga
por pulverização (Tabela 2) permitem adequá-los ao manejo,
uma vez que alguns controlam mais que uma praga. A efetivi-
dade do controle é melhor quando realizado nas fases iniciais
da cultura, e de duas a três aplicações são suficientes.
Ainda não está estabelecido um nível de controle (NC)
para a cigarrinha do milho, e mesmo se houvesse, o NC para
insetos vetores é extremamente baixo. Por isso, Consequen-
temente, inseticidas tem sido indicados, pois um único inseto
infectado pode contaminar várias plantas.
O controle com pulverizações de inseticidas tem demons-
trado efeito na redução da ocorrência de doenças mais tarde,
mesmo que o número de cigarrinhas não diminua significati-
vamente. O mesmo pode ser dito a respeito do tratamento de
sementes. Essas medidas são válidas porque as reinfestações
com a praga podem ocorrer rapidamente. Assim, é grande o
risco de se cultivar milho sobre milho, ou mesmo não realizar
a correta eliminação de milho tiguera.
O controle biológico para a cigarrinha do milho pode
ocorrer naturalmente através de parasitoides de ovos, ninfas
e adultos ou por predadores. Atualmente possuem registro
junto ao MAPA e Adapar, simultaneamente, 16 produtos co-
merciais à base de Beauveria bassiana e 1 à base de Isaria
fumosorosea (Tabela 2) para controle da Dalbulus maidis. A
eficiência de controle pode chegar a 85%, mas está corre-
lacionada ao correto posicionamento dos produtos, que de-
vem ser aplicados nos estádios iniciais de desenvolvimento
da cultura do milho.
Produto Ingrediente Ativo (Grupo Químico)
Classe
Toxicológica Ambiental
Adage 350 FS Tiametoxam (neonicotinóide) 5 III
Cropstar Imidacloprido (neonicotinóide) + Tiodicarbe (metilcarbamato de oxima) 3 II
Cruiser Opti Lambda-cialotrina (piretróide) + Tiametoxam (neonicotinóide) 5 I
Cruiser 350 FS Tiametoxam (neonicotinóide) 5 III
Cruiser 600 FS Tiametoxam (neonicotinóide) Não III
Gaucho FS Imidacloprido (neonicotinóide) 3 III
Imidacloprid Nortox Imidacloprido (neonicotinóide) 5 III
ÍmparBR Tiametoxam (neonicotinóide) Não III
Inside FS Clotianidina (neonicotinóide) 4 III
Much 600 FS Imidacloprido (neonicotinóide) 4 III
Poncho Clotianidina (neonicotinóide) 4 III
Sectia 350 Tiametoxam (neonicotinóide) Não III
Sombrero Imidacloprido (neonicotinóide) 4 III
Tabela 1. Produtos registrados para controle da cigarrinha do milho via tratamento de sementes. Fonte: Agrofit, Adapar (2020)
Produto Ingrediente Ativo (Grupo Químico)
Classe
Toxicológica Ambiental
Bold Acetamiprido (neonicotinóide) + fenpropatrina (piretróide) 3 I
Connect Beta-ciflutrina (piretróide) + Imidacloprido (neonicotinóide) 5 II
Galil SC Bifentrina (piretróide) + Imidacloprido (neonicotinóide) 4 II
Perito 970 SG Acefato (organofosforado) 4 II
Polytrin Cipermetrina (piretróide) + Profenofós (organofosforado) 4 I
Racio Acefato (organofosforado) 4 III
Sperto Acetamiprido (neonicotinóide) + Bifentrina (piretróide) 3 I
Talisman Bifentrina (piretróide) + Carbossulfano (metilcarbamato de benzofuranila) 3 I
Biológicos 16 produtos à base de Beauveria bassiana e 1 produto à base de Isaria fumosorosea - IV
Tabela 2. Produtos registrados para aplicação pós-emergência no cultivo de milho para controle de Dalbulus maidis. Fonte: Agrofit, Adapar (2020)
14
Plantio de Cultivares Resistentes
Os enfezamentos constituem um grupo complexo de doen-
ças sistêmicas de difícil manejo em campo. É consenso entre
técnicos e pesquisadores que o uso de híbridos mais resistentes
é a medida mais efetiva para o manejo dos enfezamentos do mi-
lho. Até o momento, não existem híbridos lançados especifica-
mente para a resistência aos agentes causais dos enfezamentos.
Trabalhos de avaliação da resistência de híbridos comer-
ciais têm sido realizados em diversas regiões do Brasil. No
entanto, têm sido observadas algumas variações na resposta
dos híbridos aos enfezamentos nos trabalhos de caracteriza-
ção da resistência realizados em diferentes regiões. Ou seja,
um híbrido com reação de moderada resistência ou resistên-
cia, em uma região, pode apresentar reação de suscetibilidade
em outras regiões. Esse fato tem intrigado e trazido preocupa-
ções a técnicos e produtores.
A despeito da possibilidade de falhas na identificação dos
sintomas das doenças durante as avaliações, alguns fatores po-
dem explicar essa variação geográfica na resposta dos híbridos.
O primeiro deles é o número de patógenos envolvidos no
complexo dos enfezamentos do milho. Além dos agentes cau-
sais específicos dessas doenças (Fitoplasma e Espiroplas-
ma), existe também a virose do raiado fino, que é transmitida
pelo mesmo inseto vetor e, frequentemente, é encontrada as-
sociada aos molicutes em plantas sintomáticas. Esses três
patógenos podem ser detectados isoladamente ou em combi-
nações de dois ou, até mesmo, os três numa mesma planta.
Como são organismos distintos, o controle genético do milho
a estes patógenos pode ser independente, o que resulta em
variações na reação dos híbridos a estas doenças.
O segundo aspecto diz respeito à possibilidade de haver
predominância de um ou outro patógeno, ou suas combina-
ções, em determinadas regiões. Dessa forma, um híbrido que
apresente uma reação (resistência ou suscetibilidade) em de-
terminada região onde predomine a ocorrência do Fitoplasma,
por exemplo, pode apresentar reação distinta em outra região
onde haja predominância do Espiroplasma, e vice versa. Essa
variação geográfica na ocorrência dos agentes causais dos
enfezamentos está relacionada, provavelmente, às condições
climáticas predominantes em cada região.
Além dos fatores citados acima, é necessário considerar
também a possibilidade da existência de variabilidade genéti-
ca nas populações dos patógenos, resultando em adaptações
específicas destas populações às cultivares de milho.
Dessa forma, tem-se recomendado que trabalhos de ca-
racterização da resistência/suscetibilidade dos híbridos de
milho ao complexo dos enfezamentos sejam realizados em
todas as regiões produtoras do Brasil. Assim, deve-se dar pre-
ferência às tabelas de resistência de híbridos obtidos ao nível
local em detrimento de outras cujas avaliações tenham sido
realizadas em regiões distantes.
Apesar da possibilidade de variações na resposta dos hí-
bridos, tem sido possível detectar materiais com estabilidade
de resistência em diferentes regiões. Estes são os híbridos
considerados prioritários quanto à resistência aos enfezamen-
tos e que devem ser utilizados em regiões com elevada inten-
sidade da doença.
Abaixo são apresentados alguns gráficos de caracteriza-
ção de híbridos aos enfezamentos, obtidas em trabalhos con-
duzidos em algumas regiões do Brasil (gráficos ao lado).
Além da escolha de cultivares com bons níveis de resis-
tência aos enfezamentos, é importante o agricultor plantar
mais de uma cultivar e fazer rotação destas para evitar a que-
bra de resistência dos cultivares e os danos provocados pelos
enfezamentos. Esta medida também é importante para evitar
grandes prejuízos causados pelo cultivo de híbridos suscetí-
veis em regiões com alta incidência de enfezamentos.
Híbrido de milho mais resistentes aos enfezamentos (Esquerda) e híbrido mais suscetível (Direita).
15
Os híbridos identificados com
a mesma cor não diferiram entre
si quanto ao percentual de incidência.
Reação de híbridos de milho ao complexo dos enfezamentos no
Estado do Tocantins, safrinha 2017 (Fonte: Costa et al., 2019.
https://doi.org/10.1590/s1678-3921.pab2019.v54.00872) .
Reação de híbridos de milho ao complexo dos en-
fezamentos em Sete Lagoas, MG, safra 2018/2019
(Fonte: Cota et al, 2018. https://ainfo.cnptia.embrapa.
br/digital/bitstream/item/194219/1/circ-247.pdf).
Híbridos mais resistentes
Híbridos mais suscetíveis
16
Literatura recomendada
ADAPAR. http://www.adapar.pr.gov.br/Pagina/Agrotoxicos-no-Parana. Acesso em: 14 jan. 2021.
AGROFIT. Sistema de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: <http://agrofit.agricultura.gov.
br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acesso em: 05 nov. 2020.
COSTA, R. V. da; SILVA, D. D. da; COTA, L. V.; CAMPOS, L. J. M.; ALMEIDA, R. E. M. de; BERNAR-
DES, F. P
. Incidence of corn stunt disease in off-season corn hybrids in different sowing seasons.
Pesq Agropec Bras, v. 54, e00872, 2019.
COTA, L. V.; SILVA, D. D. da; AGUIAR, F. M.; COSTA, R. V. da. Resistência de genotipos de milho
aos enfezamentos. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2018. 11 p. (Embrapa Milho e Sorgo.
Circular Técnica, 247).
MONITORAMILHO. https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.pr.adapar.alerta
OLIVEIRA, C. M. de; SABATO, E. de O. (Ed.). Doenças em milho: insetos-vetores, molicutes e vírus.
Brasília, DF: Embrapa, 2017. 278 p. il. color. Texto em português e inglês em direções opostas.
Título equivalente: Diseases in maize: insect vectors, mollicutes and viruses.
SABATO, E. de O. Manejo do risco de enfezamentos e da cigarrinha no milho. Sete Lagoas: Embra-
pa Milho e Sorgo, 2018. 18 p. il. (Embrapa Milho e Sorgo. Comunicado Técnico, 226).
SABATO, E. de O.; OLIVEIRA, C. M. de. Cigarrinha, enfezamentos e viroses no milho: identificação
e manejo do risco. Brasília, DF: Embrapa, 2020. 103 p.
SABATO, E.O. Enfezamentos do milho. In: Oliveira, C.M.; Sabato, E.O. (EDs). Doenças em milho:
insetos-vetores, molicutes e viroses. Brasília, DF: Embrapa, 2017. p. 11-24.
SABATO, E.O.; PINTO, N.F.J.A.; FERNANDES, F.T. Identificação e controle de doenças do milho. 2.
Ed. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2013, 145 p.
SILVA, D. D. da; AGUIAR, F. M.; COTA, L. V.; COSTA, R. V. da; MENDES, S. M. Molicutes em milho: a
diversificação de sistemas de produção pode ser a solução? In: MEDEIROS, F. H. V.; PEDROSO, L.
A.; GUIMARÃES, M. de R. F.; SILVA, B. A. A. de S. e; ALMEIDA, L. G. F. de; SILVA, F. de J.; SILVA, R.
L. M. da; FERREIRA, L. C.; PEREIRA, A. K. M.; COUTO, T. B. R.; GOMES, V. A.; MEDEIROS, R. M.;
VEIGA, C. M. de O.; SILVA, M. de F.; FIGUEIREDO, Y. F.; GATTI, G. V. N.; NICOLLI, C. P
. (Ed.). Novos
sistemas de produção. Lavras: Universidade Federal de Lavras, 2017. cap. 4, p. 32-52.
SILVA, D. D. da; COTA, L. V.; MEIRELLES, W. F.; SOUZA, I. R. P
. de; AGUIAR, F. M.; OLIVEIRA, I. R.
de; COSTA, R. V. da; MENDES, S. M. Problemas fitossanitários ocorridos em lavouras de milho na
região de Marechal Cândido Rondon, Oeste do Paraná, na safra 2018/2019 e safrinha 2019. Sete
Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2019. 23 p. Nota técnica.
WAQUIL, J. M. Cigarrinha-do-milho: vetor de molicutes e vírus. Sete Lagoas: Embrapa Milho e
Sorgo, 2004. 7 p. (Embrapa Milho e Sorgo. Circular Técnica, 41).
17
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Cartilha Manejo Cigarrinha

  • 1. MANEJO DA CIGARRINHA E ENFEZAMENTOS NA CULTURA DO MILHO
  • 2. 2 APRESENTAÇÃO CARTILHA CIGARRINHA Com o lançamento da presente cartilha, desenvolvida pela Embrapa Milho e Sorgo, o Sistema FAEP/SENAR-PR dá mais um passo no sentido de informar o produtor rural, levando conhecimento técnico. O material orienta para o en- frentamento da cigarrinha do milho, identificação do problema e o seu correto combate no campo. O Paraná é um dos maiores produtores de grãos do Brasil. Esse posto é ocupa- do em função de uma soma de fatores que tem como denominador comum a competência e a dedicação dos produtores rurais paranaenses. Nesse cenário, o milho tem grande importância, não apenas como item da balança comercial, mas porque o grão se transforma em alimento para movimentar uma pujante cadeia de carnes, onde o Paraná também ocupa lugar de liderança nos cenários nacional e mundial. Porém, nos últimos anos, a cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), uma velha co- nhecida dos milharais, passou a aparecer com força nas lavouras paranaenses, colocando em risco a cultura. A praga é responsável por “enfezamentos” nas plantas que levam a redução significativa da produtividade, podendo comprome- ter até 70% da produção. Atenta a esta questão, o Sistema FAEP/SENAR-PR já encampou diversas ações para o enfrentamento da praga. Essa cartilha é mais uma importante ferramenta para auxiliar os agricultores e fortalecer o combate a praga nas lavouras de milho do Paraná. Boa leitura! EXPEDIENTE Autores: Luciano Viana Cota, Ivênio Rubens de Oliveira, Dagma Dionisia da Silva,Simone Martins Mendes, Rodrigo Veras da Costa, Isabel Regina Prazeres de Souza, Alexandre Ferreira da Silva - Embrapa Milho e Sorgo Revisão: Ana Paula Kowalski e Flaviane Medeiros - Sistema FAEP/SENAR-PR Fotos: Simone Martins Mendes, Dagma Dionísia da Silva, Isabel Regina Prazeres de Souza, Alexandre Martins Abdão, Luciano Viana Cota, Alexandre Ferreira da Silva - Embrapa Milho e Sorgo e Silvino Moreira – Universidade Federal de Lavras Projeto Gráfico: Fernando dos Santos - Departamento de Comunicação do Sistema FAEP/SENAR-PR
  • 3. 3 O que são enfezamentos do milho e qual a sua importância Os enfezamentos do milho têm se destacado entre as doenças mais preo- cupantes para a cultura nas últimas sa- fras, com perdas severas em diversas regiões do país. As perdas devido aos enfezamentos podem chegar a 100%, em função da época de infecção e da susce- tibilidade da cultivar plantada. Espiga de milho de uma planta com enfezamento (esquerda) e planta sem sintomas (direita) Principais sintomas As plantas com enfezamento apre- sentam redução de crescimento e desen- volvimento, entrenós curtos, prolifera- ção e malformação de espigas, espigas improdutivas e enfraquecimento dos colmos com favorecimento às infecções fúngicas que resultam em tombamento. De maneira geral, quando a infecção ocorre cedo, a planta fica pequena e não cresce, daí o nome de “enfezamento”, como se a planta ficasse enfezada. Planta de milho com sintomas do enfezamento pálido (A) e enfezamento vermelho (B)
  • 4. 4 Quais são os patógenos responsáveis pela doença Os enfezamentos são causados por bactérias da classe Mollicutes, caracterizadas pela ausência de parede celular. Os Mollicutes infectam as plantas de forma sistêmica resultante da colonização e infecção dos tecidos do floema. Em milho, dois sintomas de enfezamento são conhecidos, enfezamento pálido e o enfezamento vermelho, ocasionados pelo procarionte Spiroplasma kunkelii Whitcomb (Corn Stunt Spyro- plasma) e por Fitoplasma (Maize bushy stunt phyto- plasma), respectivamente. Ambos os patógenos são transmitidos de forma persistente propagativa pela ci- garrinha do milho Dalbulus maidis DeLong & Wolcott) (Homoptera: Cicadellidae). A cigarrinha é responsável também pela transmissão do vírus Maize rayado fino virus – MRFV. Enfezamento pálido: É causado pelo procarionte denominado Spiroplasma kunkelii Whitcomb (Corn Stunt Spyroplasma). Baseado em sua ultraestrutura e sua morfologia, este espiroplasma é pertencente ao domínio Bacteria, classe Mollicutes, ordem Ento- moplasmatales e família Spiroplasmataceae. Os sin- tomas do enfezamento pálido são estrias cloróticas delimitadas que se iniciam na base das folhas, plantas com altura reduzida, encurtamento de entrenós, bro- tos nas axilas foliares e cor avermelhada em folhas, podendo ocorrer enfraquecimento dos colmos e pro- liferação de espigas. Sintomas do enfezamento pálido em plantas de milho. Planta de milho com sintomas do enfezamento pálido apre- sentando desenvolvimento prejudicado
  • 5. 5 Enfezamento vermelho É causado pelo procarionte conhecido pelo nome comum fitoplasma (Maize bushy stunt phyto- plasma). Também pertencente à classe dos Molli- cutes, porém da ordem Acholeplasmatales, família Acholeplasmataceae e gênero Candidatus Phyto- plasma. Os sintomas do enfezamento vermelho são amarelecimento e/ou avermelhamento das folhas, geralmente iniciando pelas bordas, perfilhamento e proliferação de espigas por planta. Sintomas do enfezamento vermelho em plantas de milho. Risca do milho ou raiado fino O agente da risca do milho é o Maize rayado fino virus – MRFV, que pertence ao gênero Marafi- virus, família Tymoviridae sendo um dos mais importantes vírus em milho em diversos países. O sintoma da risca do milho é a formação de pequenos pontos cloróticos nas folhas que podem coalescer com o avanço da do- ença, formando linhas ao longo das nervuras (Sabato, 2013). No Brasil, sua incidência geralmente está associada à ocorrência dos enfezamentos, porém sua cor- relação com os sintomas dos enfezamentos ainda precisa ser esclarecida. Quando ocorre in- fecção precoce por MRFV pode haver redução de crescimento e abortamento das gemas florais. Plantas de milho infectadas com o MRFV não apresentam a exten- siva coloração vermelha ou ama- rela associada à infecção pelos molicutes. Sintomas de risca do milho ou raiado fino.
  • 6. 6 Como reconhecer o problema no campo Atualmente o diagnóstico da doença é feito por análise dos sin- tomas, microscopia e emprego de métodos moleculares baseados em PCR. O diagnóstico baseado em sintomas nem sempre é con- clusivo na separação do enfeza- mento vermelho do pálido e as vezes ainda pode ocorrer confun- dimento com outras doenças e de- ficiências nutricionais. Para imple- mentação de medidas de manejo e monitoramento da doença em condições de campo é necessário confirmação do diagnostico por meio de PCR em laboratório espe- cializado. No laboratório, o DNA do patógeno é extraído da cigarrinha e de plantas com sintomas dos enfezamentos e a reação de PCR é realizada com primers específi- cos para detecção de fitoplasma e espiroplasma. Gel com produtos de PCR e com primers específicos para detecção de fitoplasma e espiroplasma em plantas de milho. Quem é a Cigarrinha do milho Dalbulus maidis A cigarrinha do milho, Dalbulus maidis (DeLong and Wolcott) (Hemiptera: Cicadellidae), é considerada uma das pragas mais importantes da cultura, sendo vetor de três doenças sistêmicas, o enfezamento pálido, o enfezamento vermelho e a risca do milho ou raiado fino (Figura 08). A cigarrinha adulta mede de 3,7 a 4,3 mm de com- primento, com fêmeas geralmente maiores que machos. As características da cigarrinha são coloração palha com manchas negras no abdômen e duas manchas ne- gras na cabeça, similares a olhos escuros (Figura 08). Adultos e ninfas vivem em colônias no cartucho e fo- lhas jovens do milho e ambos sugam a seiva das plantas onde adquirem os patógenos e posteriormente os trans- mitem de forma persistente propagativa. O ciclo de vida da cigarrinha, de ovo a adulto, é em torno de 45 dias. Sob condições favoráveis de tempe- ratura, 26 e 32 ºC, o ciclo pode ser completado em 24 dias. Na fase adulta as fêmeas podem depositar cerca de 14 ovos/dia, totalizando em média, 611 ovos durante seu ciclo. Assim, considerando o ciclo do milho em tor- no de 180 dias, as populações podem aumentar devido às várias gerações de cigarrinhas nesse período. Isto permite que cigarrinhas de lavouras mais velhas migrem para lavouras mais novas. As variáveis do ciclo de vida da Dalbulus maidis, seu comportamento e ecologia são fundamentais para compreender a interação vetor/pató- genos/hospedeiro e provavelmente para o desenvolvi- mento de estratégias de manejo dos enfezamentos.
  • 7. 7 Cigarrinha do milho, Dalbulus maidis Quais são as plantas hospedeiras da cigarrinha O milho é o único hospedeiro conhecido da cigarrinha Dal- bulus maidis no Brasil. Apesar desse inseto poder usar outras plantas como sorgo, trigo e brachiaria como alojamento. Se o milho é a única planta hospedeira, porque esse inseto permanece no campo quando a lavoura foi colhida? O sistema de cultivo do milho no Brasil em duas sa- fras, no verão (primeira safra) e na safrinha (segunda safra), permite que haja uma ponte verde da cultura e permite também que o ciclo de vida da cigarrinha se complete, favorecendo o aumento de sua população. Embora possa ocorrer na primeira safra, no perío- do da segunda safra ou em plantios tardios as popu- lações de cigarrinha aumentam e resultam em maior incidência dos enfezamentos. Além disso, em função do milho com resistência a herbicida, maior dificulda- de tem sido encontrada para controlar a tiguera, como é chamado o milho voluntário que fica nas lavouras durante todo ano. Assim a manutenção de plantas de milho nas áreas de lavoura é condição favorável para perma- nência dos patógenos e do vetor. Daí a importância de quebra do ciclo biológico de Dalbulus maidis e da ponte verde na cultura. Na ausência do milho, a cigar- rinha poderia utilizar a migração por longas distâncias como estratégia de sobrevivência, bem como a dia- pausa (espécie de estado de dormência em insetos) em restos culturais de milho, em plantas alojamentos e em plantas voluntárias.
  • 8. 8 Como é a transmissão dos patógenos pela cigarrinha A cigarrinha se alimenta da seiva de uma planta de milho doente e adquire os molicutes, que então se multiplicam nos seus tecidos, infectando as glândulas salivares, durante um período de 3 a 4 semanas, po- dendo esse tempo, denominado período latente, ser re- duzido em condições de temperaturas elevadas. Essas cigarrinhas portadoras de molicutes tornam-se então TRANSMISSORES e, quando se alimentam de plântulas de milho sadias, transmitem esses patógenos para o floema dessas plantas. O período de retenção dos patógenos pelo inseto é longo, sendo que o mesmo pode transmitir os patóge- nos por todo seu ciclo de vida. Entretanto, a eficiência dessa retenção aumenta com o tempo de inoculação e incubação, que ocorre no intestino dos insetos. Mas aos 14 dias, esta eficiência já é de 90% e vai variar pou- co a partir de então, chegando aos 93% após 27 dias. É muito importante ressaltar que nem todas as ci- garrinhas que chegam em uma lavoura de milho jovem são infectantes com molicutes. Por isso, nem de longe podemos considerar que todas as cigarrinhas transmi- tem as doenças. Mas ainda não temos uma ferramenta prática que ajude a identificar a campo, quais estão ou não infectadas. Quais condições favorecem a incidência das cigarrinhas no campo? Uma vez as cigarrinhas estando contaminadas, alguns fatores favorecem a incidência e os danos por enfezamentos, sendo preponderante as condições cli- máticas com temperaturas elevadas, acima de 17 °C à noite e de 27 °C de dia, que favorecem a multiplicação mais rápida dos molicutes, tanto nas cigarrinhas quanto nas plantas doentes. Outro fator significante é a ocorrência de muitas lavouras de milho em diferentes idades, permitindo so- breposições do ciclo da planta, que favorece a multipli- cação e a migração das cigarrinhas de lavouras com plantas adultas para novas lavouras com plântulas nos estádios iniciais de desenvolvimento, levando consigo os molicutes e os transmitindo com eficiências a estas novas plantas. Também a presença contínua no campo de plantas de milho oriundas de grãos remanescentes da colheita ante- rior, denominadas tiguera ou milho-guacho, podem servir de reservatório tanto de molicutes quanto de cigarrinhas. Por fim, o nível de suscetibilidade das cultivares de milho, pode favorecer a multiplicação dos molicutes nas plantas em que a cigarrinha adquire estes patógenos. Por tudo isso, tem sido observado maior ocorrência destes insetos na safrinha (2ª safra) em períodos em que as plantas nas lavouras se encontram no início de seu de- senvolvimento, que corresponde até o estádio V4 (quatro folhas completamente desenvolvidas). Manejo dos Enfezamentos Ponte verde e milho tiguera: Embora possa ocorrer na primeira safra, na se- gunda safra ou em plantios tardios as populações de cigarrinha aumentam e resultam em maior inci- dência dos enfezamentos. Além disso, em função do milho com resistência a herbicida, maior dificuldade tem sido encontrada para controlar a tiguera, como é chamado o milho voluntário que fica nas lavouras durante todo ano. Essas plantas são frequentemente observadas em áreas produtivas (Figura 1) e podem favorecer a perma- nência dos patógenos e do vetor, sendo fonte de inócu- lo desses e outros patógenos (Figuras 2 e 3). Assim a manutenção de plantas de milho nas áreas de lavoura é condição favorável para permanência dos patógenos e do vetor. Daí a importância de quebra do ciclo biológico da cigarrinha e da ponte verde na cultura. É importante o agricultor realizar monitoramentos constantes na en- tressafra do milho para identificar presença de plantas tiguera e eliminá-las. Para facilitar o monitoramento do milho tiguera a Adapar desenvolveu e disponibilizou um aplicativo (MonitoraMilho). A ferramenta ajuda a identifi- car a ocorrência de plantas voluntárias e cigarrinhas do milho de maneira mais eficiente, e oferece informações que devem ajudar a subsidiar ações de pesquisa para estabelecer medidas de manejo adequado.
  • 9. 9 Figura 1. Área de trigo com presença de milho tiguera Figura 2. Tiguera com presen- ça de cigarrinhas Figura 3. Planta tiguera de milho com sintomas de enfezamento vermelho
  • 10. 10 Figura 4. Germinação de grãos de milho em lavoura de soja Manejo em campo Para reduzir os danos provocados pelos enfezamentos na cultura do mi- lho devem ser empregadas medidas integradas e preventivas de manejo. O manejo dos enfezamentos inicia-se na colheita de milho da safra anterior com uma boa regulagem das colheitadeiras para evitar que o mínimo de espigas e grãos fiquem na área para reduzir a po- pulação de milho tiguera (Figura 4). 1 - Realizar a colheita de milho bem fei- ta de forma a minimizar os restos de grãos no campo; 2 - Eliminar o milho tiguera presente na área antes da semeadura da cultura do milho. A eliminação de plantas tiguera está entre as recomendações mais im- portantes a ser adotada em áreas com infestação de cigarrinha e enfezamento, pois são fonte de inóculo da cigarrinha, dos molicutes e do vírus do raiado fino entre lavouras e safras de milho. 3 - Realizar o planejamento dos plan- tios evitando implantação de lavouras novas próximas de lavouras mais ve- lhas (Figura 5). Evitar semeadura em áreas próximas a lavouras com enfe- zamentos. Práticas culturais podem ser associadas ao sistema de manejo para reduzir os prejuízos causados pe- los enfezamentos, como a semeadura em épocas que garantam o desenvol- vimento das plantas em boas condi- ções fitossanitárias, evitar semeaduras sucessivas de milho e plantios tardios. Em plantios tardios observa-se uma maior incidência de enfezamentos e maiores reduções na produção porque as cigarrinhas tendem a migrar para es- tas áreas (Figura 6) Figura 5. Lavoura nova de milho plantada ao lado de uma lavoura mais velha Figura 6. Efeito da data de plantio na incidência de enfezamentos e produção de grãos em milho no Estado do Tocantins, safrinha 2017 15/02/2017 24/02/2017 14/03/2017
  • 11. 11 Figura 7. Perdas na colheita do milho Controle do milho tiguera É comum após a colheita de milho ob- servarmos na área da lavoura restos de grãos e segmentos de espigas com grãos com ou sem palha depositadas na superfície do solo ou compactadas pela roda do tra- tor (Figura 7 e 8). Estas perdas de colheita podem dar origem à plantas voluntárias que se desenvolvem no período de entressafra e/ ou na cultura subsequente e são conhecidas como tiguera ou plantas guaxas. Os grãos perdidos, principalmente aque- les compactados pelo rodado do trator, tendem a manter a viabilidade de germina- ção durante todo o período seco (período invernal). Após início da estação chuvosa e semeadura da cultura subsequente esses grãos podem resultar no estabelecimento de plantas voluntárias. Elas podem ocasio- nar perdas significativas no rendimento da cultura, tal como, as plantas daninhas, em razão da competição pelos recursos do meio como água, luz e nutrientes. Resultados de pesquisas indicam que os segmentos de espigas, diferentemente de grãos individualizados, apresentam maior desuniformidade de germinação. Este fato, indica a maior dificuldade de controle destas plantas, devido a possibilidade de ocorrer fluxos sucessivos de emergência ao longo do desenvolvimento da cultura subsequente. A perda de grãos ligados às espigas predo- mina em áreas em que ocorrem tombamen- to ou quebramento das plantas de milho. Neste cenário, as plantas de milho voluntário ocorrem em touceiras ocasionando aumen- to da competição com a cultura de interesse econômico. A ocorrência de milho voluntário na la- voura de soja sempre foi algo recorrente (Fi- gura 9). No entanto, a estratégia de manejo destas plantas teve que ser modificada em função da adoção de cultivo da soja e milho resistentes a glifosato (GR). Assim, atual- mente, é comum a infestação de milho vo- luntário resistente a herbicidas, nas culturas semeadas em sucessão ou rotação resisten- tes aos mesmos mecanismos de ação. Figura 8. Germinação de grãos de milho Figura 9. Plantas de milho tiguera em lavoura de soja
  • 12. 12 A presença de plantas voluntárias de milho pode ocasionar perdas significativas nas culturas semeadas em sucessão. As perdas de rendimento ocasionadas pelo milho voluntário estão diretamente relacionadas ao tipo de perda dos grãos, a densi- dade de plantas por metro quadrado e ao período de convivên- cia da cultura de interesse econômico com o milho voluntário. Estudos apontam que as perdas de rendimento na cultura da soja podem ser superiores a 80%. As plantas voluntárias são importantes hospedeiras dos molicutes e são usadas como forma de sobrevivência dos enfezamentos. Sendo importante seu controle para reduzir os danos dos enfezamentos na cul- tura do milho. O glifosato é uma alternativa eficaz para o controle de mi- lho voluntário oriundo de cultivares que não apresentam resis- tência a este herbicida. No entanto, a alta adoção de cultivares de milho GR tem contribuído para o aumento da frequência destas plantas nas áreas, principalmente, quando a cultura semeada em sucessão também é resistente ao herbicida. Para o adequado controle destas plantas deve ser utiliza- do herbicidas de outros mecanismos de ação, com destaque para os graminicidas. Os inibidores da acetil-coenzima A-car- boxilzase (ACCase), se caracterizam por serem efetivos no controle de diversas gramíneas, dentre elas o milho. Herbicidas para o manejo do milho voluntário Os herbicidas deste mecanismo de ação podem ser dividi- dos em três grupos químicos: ariloxifenoxipropionatos (Fops), ciclohexanodionas (Dims) e fenilpirazolinonas (Dens). De ma- neira geral, se caracterizam por serem herbicidas pós-emer- gentes e apresentarem curto efeito residual no solo. Eles são absorvidos rapidamente pelas folhas e translocam-se para os pontos de crescimento, paralisando o crescimento da planta logo após a aplicação (intervalo de 1 a 2 dias). As folhas do milho inicialmente tornam-se amareladas, evoluindo para uma coloração arroxeada, com posterior necrose do tecido foliar. Para a busca de produtos comerciais e/ou ingrediente ati- vo efetivos no controle de plantas guaxas e registrados para uso na cultura de interesse econômico, pode-se procurar por informações na página disponibilizada pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) – Sistema de Agrotóxico Fitossanitário -AGROFIT-(http://agrofit.agricultura. gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons), e na página da Pesquisa Agrotóxicos da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) (http://www.adapar.pr.gov.br/Pagina/Pesqui- sa-Agrotoxicos#), uma vez que a distribuição e comercializa- ção de produtos agrotóxicos no Paraná estão condicionados ao prévio cadastramento perante a Adapar. O número de aplicações necessárias para o manejo das plantas de milho voluntário irá depender diretamente do tipo e da porcentagem de perdas de grãos durante a colheita. Os produtores devem ficar atentos à mistura em tanque de herbi- cidas inibidores da ACCase e 2,4-D. Diversos trabalhos apon- tam a possibilidade de perda de eficácia dos graminicidas no controle das plantas de milho e outras folhas estreitas quando aplicado na mistura em tanque com o 2,4-D. Este efeito an- tagônico pode variar em função do graminicida, dose e do estádio de desenvolvimento da planta-alvo. É importante salientar que o primeiro passo para dimi- nuir problemas com plantas voluntárias de milho é a reali- zação de uma colheita eficiente, com o menor percentual possível de perdas de grãos. Para a adequada elaboração de estratégia de controle é importante consultar um enge- nheiro agrônomo. Controle das Cigarrinhas Dalbulus maidis A recomendação é que seja feito o tratamento de se- mentes para controle das cigarrinhas nos estádios iniciais de desenvolvimento das lavouras e complementar com a aplicação de inseticidas que também deve ser realizada na fase inicial de desenvolvimento da cultura. Desta forma, a combinação de plantio de diferentes cultivares pode ser con- siderada como medida de controle. É importante salientar aqui que a recomendação para controle da cigarrinha é que não passe de 40 dias após a emergência. Após esse período não são observadas vantagens para o controle dos patógenos em campo. Outra medida a ser discutida é a adoção do pousio, que em conjunto com a destruição das plantas de milho voluntá- rio (tiguera) vai contribuir para a diminuição da sobrevivência destes insetos no período de entresafra. De modo geral, medidas para escapar ou ao menos mi- nimizar a incidência da cigarrinha necessitam ser simultane- amente adotadas por todos os produtores de milho da região quando, ocorrendo em alta incidência, estejam causando pre- juízos expressivos. Em linhas gerais podemos ressaltar que essas medidas incluem, essencialmente: - Eliminar o milho tiguera; - Evitar semeaduras vizinhas às lavouras com alta incidência das doenças; - Tratar as sementes com inseticidas; - Diversificar e rotacionar cultivares de milho; - Sincronizar ao máximo a época da semeadura; - Planejar a aplicação de inseticidas de acordo com a incidência da praga, entre outras.
  • 13. 13 Sobre o tratamento de sementes, a maior parte já vem pré-tratadas industrialmente, mas é preciso confirmar se in- clui os produtos registrados para controle da cigarrinha do mi- lho (Tabela 1). O período residual dos produtos vem reduzindo e atualmente se estabele de 10 a 15 dias. Sendo assim, diante da contínua incidência da cigarrinha depois desse período, pulverizações podem ser adotadas, principalmente no caso de cultivares não resistentes aos enfe- zamentos. Os inseticidas registrados para o controle da praga por pulverização (Tabela 2) permitem adequá-los ao manejo, uma vez que alguns controlam mais que uma praga. A efetivi- dade do controle é melhor quando realizado nas fases iniciais da cultura, e de duas a três aplicações são suficientes. Ainda não está estabelecido um nível de controle (NC) para a cigarrinha do milho, e mesmo se houvesse, o NC para insetos vetores é extremamente baixo. Por isso, Consequen- temente, inseticidas tem sido indicados, pois um único inseto infectado pode contaminar várias plantas. O controle com pulverizações de inseticidas tem demons- trado efeito na redução da ocorrência de doenças mais tarde, mesmo que o número de cigarrinhas não diminua significati- vamente. O mesmo pode ser dito a respeito do tratamento de sementes. Essas medidas são válidas porque as reinfestações com a praga podem ocorrer rapidamente. Assim, é grande o risco de se cultivar milho sobre milho, ou mesmo não realizar a correta eliminação de milho tiguera. O controle biológico para a cigarrinha do milho pode ocorrer naturalmente através de parasitoides de ovos, ninfas e adultos ou por predadores. Atualmente possuem registro junto ao MAPA e Adapar, simultaneamente, 16 produtos co- merciais à base de Beauveria bassiana e 1 à base de Isaria fumosorosea (Tabela 2) para controle da Dalbulus maidis. A eficiência de controle pode chegar a 85%, mas está corre- lacionada ao correto posicionamento dos produtos, que de- vem ser aplicados nos estádios iniciais de desenvolvimento da cultura do milho. Produto Ingrediente Ativo (Grupo Químico) Classe Toxicológica Ambiental Adage 350 FS Tiametoxam (neonicotinóide) 5 III Cropstar Imidacloprido (neonicotinóide) + Tiodicarbe (metilcarbamato de oxima) 3 II Cruiser Opti Lambda-cialotrina (piretróide) + Tiametoxam (neonicotinóide) 5 I Cruiser 350 FS Tiametoxam (neonicotinóide) 5 III Cruiser 600 FS Tiametoxam (neonicotinóide) Não III Gaucho FS Imidacloprido (neonicotinóide) 3 III Imidacloprid Nortox Imidacloprido (neonicotinóide) 5 III ÍmparBR Tiametoxam (neonicotinóide) Não III Inside FS Clotianidina (neonicotinóide) 4 III Much 600 FS Imidacloprido (neonicotinóide) 4 III Poncho Clotianidina (neonicotinóide) 4 III Sectia 350 Tiametoxam (neonicotinóide) Não III Sombrero Imidacloprido (neonicotinóide) 4 III Tabela 1. Produtos registrados para controle da cigarrinha do milho via tratamento de sementes. Fonte: Agrofit, Adapar (2020) Produto Ingrediente Ativo (Grupo Químico) Classe Toxicológica Ambiental Bold Acetamiprido (neonicotinóide) + fenpropatrina (piretróide) 3 I Connect Beta-ciflutrina (piretróide) + Imidacloprido (neonicotinóide) 5 II Galil SC Bifentrina (piretróide) + Imidacloprido (neonicotinóide) 4 II Perito 970 SG Acefato (organofosforado) 4 II Polytrin Cipermetrina (piretróide) + Profenofós (organofosforado) 4 I Racio Acefato (organofosforado) 4 III Sperto Acetamiprido (neonicotinóide) + Bifentrina (piretróide) 3 I Talisman Bifentrina (piretróide) + Carbossulfano (metilcarbamato de benzofuranila) 3 I Biológicos 16 produtos à base de Beauveria bassiana e 1 produto à base de Isaria fumosorosea - IV Tabela 2. Produtos registrados para aplicação pós-emergência no cultivo de milho para controle de Dalbulus maidis. Fonte: Agrofit, Adapar (2020)
  • 14. 14 Plantio de Cultivares Resistentes Os enfezamentos constituem um grupo complexo de doen- ças sistêmicas de difícil manejo em campo. É consenso entre técnicos e pesquisadores que o uso de híbridos mais resistentes é a medida mais efetiva para o manejo dos enfezamentos do mi- lho. Até o momento, não existem híbridos lançados especifica- mente para a resistência aos agentes causais dos enfezamentos. Trabalhos de avaliação da resistência de híbridos comer- ciais têm sido realizados em diversas regiões do Brasil. No entanto, têm sido observadas algumas variações na resposta dos híbridos aos enfezamentos nos trabalhos de caracteriza- ção da resistência realizados em diferentes regiões. Ou seja, um híbrido com reação de moderada resistência ou resistên- cia, em uma região, pode apresentar reação de suscetibilidade em outras regiões. Esse fato tem intrigado e trazido preocupa- ções a técnicos e produtores. A despeito da possibilidade de falhas na identificação dos sintomas das doenças durante as avaliações, alguns fatores po- dem explicar essa variação geográfica na resposta dos híbridos. O primeiro deles é o número de patógenos envolvidos no complexo dos enfezamentos do milho. Além dos agentes cau- sais específicos dessas doenças (Fitoplasma e Espiroplas- ma), existe também a virose do raiado fino, que é transmitida pelo mesmo inseto vetor e, frequentemente, é encontrada as- sociada aos molicutes em plantas sintomáticas. Esses três patógenos podem ser detectados isoladamente ou em combi- nações de dois ou, até mesmo, os três numa mesma planta. Como são organismos distintos, o controle genético do milho a estes patógenos pode ser independente, o que resulta em variações na reação dos híbridos a estas doenças. O segundo aspecto diz respeito à possibilidade de haver predominância de um ou outro patógeno, ou suas combina- ções, em determinadas regiões. Dessa forma, um híbrido que apresente uma reação (resistência ou suscetibilidade) em de- terminada região onde predomine a ocorrência do Fitoplasma, por exemplo, pode apresentar reação distinta em outra região onde haja predominância do Espiroplasma, e vice versa. Essa variação geográfica na ocorrência dos agentes causais dos enfezamentos está relacionada, provavelmente, às condições climáticas predominantes em cada região. Além dos fatores citados acima, é necessário considerar também a possibilidade da existência de variabilidade genéti- ca nas populações dos patógenos, resultando em adaptações específicas destas populações às cultivares de milho. Dessa forma, tem-se recomendado que trabalhos de ca- racterização da resistência/suscetibilidade dos híbridos de milho ao complexo dos enfezamentos sejam realizados em todas as regiões produtoras do Brasil. Assim, deve-se dar pre- ferência às tabelas de resistência de híbridos obtidos ao nível local em detrimento de outras cujas avaliações tenham sido realizadas em regiões distantes. Apesar da possibilidade de variações na resposta dos hí- bridos, tem sido possível detectar materiais com estabilidade de resistência em diferentes regiões. Estes são os híbridos considerados prioritários quanto à resistência aos enfezamen- tos e que devem ser utilizados em regiões com elevada inten- sidade da doença. Abaixo são apresentados alguns gráficos de caracteriza- ção de híbridos aos enfezamentos, obtidas em trabalhos con- duzidos em algumas regiões do Brasil (gráficos ao lado). Além da escolha de cultivares com bons níveis de resis- tência aos enfezamentos, é importante o agricultor plantar mais de uma cultivar e fazer rotação destas para evitar a que- bra de resistência dos cultivares e os danos provocados pelos enfezamentos. Esta medida também é importante para evitar grandes prejuízos causados pelo cultivo de híbridos suscetí- veis em regiões com alta incidência de enfezamentos. Híbrido de milho mais resistentes aos enfezamentos (Esquerda) e híbrido mais suscetível (Direita).
  • 15. 15 Os híbridos identificados com a mesma cor não diferiram entre si quanto ao percentual de incidência. Reação de híbridos de milho ao complexo dos enfezamentos no Estado do Tocantins, safrinha 2017 (Fonte: Costa et al., 2019. https://doi.org/10.1590/s1678-3921.pab2019.v54.00872) . Reação de híbridos de milho ao complexo dos en- fezamentos em Sete Lagoas, MG, safra 2018/2019 (Fonte: Cota et al, 2018. https://ainfo.cnptia.embrapa. br/digital/bitstream/item/194219/1/circ-247.pdf). Híbridos mais resistentes Híbridos mais suscetíveis
  • 16. 16 Literatura recomendada ADAPAR. http://www.adapar.pr.gov.br/Pagina/Agrotoxicos-no-Parana. Acesso em: 14 jan. 2021. AGROFIT. Sistema de agrotóxicos fitossanitários. Disponível em: <http://agrofit.agricultura.gov. br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons>. Acesso em: 05 nov. 2020. COSTA, R. V. da; SILVA, D. D. da; COTA, L. V.; CAMPOS, L. J. M.; ALMEIDA, R. E. M. de; BERNAR- DES, F. P . Incidence of corn stunt disease in off-season corn hybrids in different sowing seasons. Pesq Agropec Bras, v. 54, e00872, 2019. COTA, L. V.; SILVA, D. D. da; AGUIAR, F. M.; COSTA, R. V. da. Resistência de genotipos de milho aos enfezamentos. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2018. 11 p. (Embrapa Milho e Sorgo. Circular Técnica, 247). MONITORAMILHO. https://play.google.com/store/apps/details?id=br.gov.pr.adapar.alerta OLIVEIRA, C. M. de; SABATO, E. de O. (Ed.). Doenças em milho: insetos-vetores, molicutes e vírus. Brasília, DF: Embrapa, 2017. 278 p. il. color. Texto em português e inglês em direções opostas. Título equivalente: Diseases in maize: insect vectors, mollicutes and viruses. SABATO, E. de O. Manejo do risco de enfezamentos e da cigarrinha no milho. Sete Lagoas: Embra- pa Milho e Sorgo, 2018. 18 p. il. (Embrapa Milho e Sorgo. Comunicado Técnico, 226). SABATO, E. de O.; OLIVEIRA, C. M. de. Cigarrinha, enfezamentos e viroses no milho: identificação e manejo do risco. Brasília, DF: Embrapa, 2020. 103 p. SABATO, E.O. Enfezamentos do milho. In: Oliveira, C.M.; Sabato, E.O. (EDs). Doenças em milho: insetos-vetores, molicutes e viroses. Brasília, DF: Embrapa, 2017. p. 11-24. SABATO, E.O.; PINTO, N.F.J.A.; FERNANDES, F.T. Identificação e controle de doenças do milho. 2. Ed. Brasília, DF: Embrapa Informação Tecnológica, 2013, 145 p. SILVA, D. D. da; AGUIAR, F. M.; COTA, L. V.; COSTA, R. V. da; MENDES, S. M. Molicutes em milho: a diversificação de sistemas de produção pode ser a solução? In: MEDEIROS, F. H. V.; PEDROSO, L. A.; GUIMARÃES, M. de R. F.; SILVA, B. A. A. de S. e; ALMEIDA, L. G. F. de; SILVA, F. de J.; SILVA, R. L. M. da; FERREIRA, L. C.; PEREIRA, A. K. M.; COUTO, T. B. R.; GOMES, V. A.; MEDEIROS, R. M.; VEIGA, C. M. de O.; SILVA, M. de F.; FIGUEIREDO, Y. F.; GATTI, G. V. N.; NICOLLI, C. P . (Ed.). Novos sistemas de produção. Lavras: Universidade Federal de Lavras, 2017. cap. 4, p. 32-52. SILVA, D. D. da; COTA, L. V.; MEIRELLES, W. F.; SOUZA, I. R. P . de; AGUIAR, F. M.; OLIVEIRA, I. R. de; COSTA, R. V. da; MENDES, S. M. Problemas fitossanitários ocorridos em lavouras de milho na região de Marechal Cândido Rondon, Oeste do Paraná, na safra 2018/2019 e safrinha 2019. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2019. 23 p. Nota técnica. WAQUIL, J. M. Cigarrinha-do-milho: vetor de molicutes e vírus. Sete Lagoas: Embrapa Milho e Sorgo, 2004. 7 p. (Embrapa Milho e Sorgo. Circular Técnica, 41).