O documento discute a influência do líder na formação de equipes. Apresenta os conceitos de equipe e grupo, destacando que equipes são mais objetivas e produtivas do que grupos. Também descreve diferentes estilos de liderança e como eles afetam o desempenho da equipe, concluindo que um líder competente que sabe organizar equipes pode alcançar melhores resultados.
1. A influência do líder na formação de equipes
Alex Negrello¹
Leandro Pereira Cardoso²
Resumo: com advento das teorias administrativas novos modelos de gestão estão
surgindo, sendo de suma relevância as pessoas como diferencial para as
organizações, o desafio atual é fazer com que pessoas de culturas diferentes,
idades diferentes e ramos diferentes desenvolvam atividades conjuntamente de
forma produtiva por isso, o líder pode influenciar pessoas para que sejam produtivas
ou ineficientes, depende como coordena a equipe, o conceito de equipe que nos
dias atuais muito se discute e diferente ao de grupo, equipes são mais objetivas, tem
planejamento são orientadas, tem um bom líder e geralmente são mais produtivas,
já os grupos podem ser informais ou não, coordenados ou não, depreende-se então
que um líder competente que sabe organizar e gerir equipes cresce
profissionalmente, desenvolve seus subordinados, e consequentemente alcança os
resultados esperados.
Palavras chave: líder, equipe, pessoas, diferencial.
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¹ Alex Negrello, Acadêmico do Curso de Administração da Faculdade de Educação de
Colorado do Oeste.
² Leandro Pereira Cardoso, Professor da Faculdade de Educação de Colorado do
Oeste, bacharel em Administração – FAEC
2. Introdução
O estudo será elaborado através de pesquisas bibliográficas e tem por
objetivo levar o leitor a fazer uma analise sobre, a influencia de um líder na
equipe podendo ser de forma positiva ou negativa, mais especificamente a
influencia de um gestor de pessoas na formação de equipe, a importância do
trabalho em equipe para o colaborador e para a empresa.
A síntese nos trará a diferenciação de equipes e grupos, e alguns tipos
de liderança com pontos fortes e fracos de cada estilo, e como isso influencia
uma organização.
Abordar-se-á o desafio das organizações em gerir pessoas, organizar os
talentos e desenvolve-los, fazendo com que trabalhem com outras e que
compartilhem suas ideias e produzam juntas, que possam se desenvolver e
desenvolver a organização. Diante das inúmeras transformações ocorridas na
sociedade, e preciso analisar esse novo panorama de gestão para que se possa
estabelecer estratégias de mercado, estratégias para sair da crise atual e das
futuras crises, analisar-se-á, a importância das pessoas como diferencial
competitivo das organizações.
O papel do líder como formador de equipes
Quando se trata de formar equipes produtivas e comprometidas com a
organização, o processo de recrutamento e seleção de pessoas é fundamental,
para agregar novos colaboradores e para a futura formação de uma equipe de
trabalho, mas também sabemos da importância que um bom líder trás para uma
equipe, conforme seu comportamento, modo de liderar, e de enxergar o futuro,
podendo diferenciar uma equipe produtiva de uma equipe ruim, não fosse por
menos equipes ruins com bons lideres podem ser treinadas, desenvolvidas e
lideradas oferecendo bons resultados, até melhores do que equipes boas com
gestores ruins.
A atualidade nos trás a ideia da importância de um líder dentro de uma
organização, tema já estudado pelas diversas teorias administrativas, mas que
ainda não se sabe na integra quanto as empresas deixam de ganhar ou perdem
por falta de uma boa gestão, o qual é comum em empresas relatos como; “temos
3. bons colaboradores que conhecem muito mas, não conseguimos transformar
tudo isso em produção, lucratividade”.
O líder tem o papel de influenciar e motivar as pessoas ao seu redor para
que as mesmas trabalhem com um objetivo comum fazer a organização ser
eficiente eficaz produtiva e inovadora, nesse panorama organizacional sabe-se
que maioria do tempo não se administra negócios, e sim conflitos, ideias,
conceitos, que a posterior são os próprios negócios.
Um bom líder sabe como alinhar os objetivos organizacionais aos
individuais e é esse o desafio do líder do futuro fazer com que grandes talentos
não apaguem outros talentos, mas que haja uma sincronia, soma que produza
resultados satisfatórios a organização e ao profissional, mantendo as habilidades
de cada colaborador que em casos de conflitos internos mal administrados
podem comprometer, o desempenho de um colaborador e até de toda a
organização, por isso o papel do líder é fundamental.
Liderança
A liderança é capacidade que alguns indivíduos têm de fazer com
pessoas trabalhem em um objetivo comum, o papel do líder e o mesmo
independente da organização seja ela com fins lucrativos ou não, o papel do
líder é, orientar, influenciar, motivar e conduzir a equipe a um bom trabalho,
sendo eficiente e eficaz.
Chiavenato (1994, p. 147) entende que:
A liderança é um fenômeno tipicamente social que ocorre
exclusivamente em grupos sociais. Também pode-se defini-
la como uma influência interpessoal exercida numa dada
situação e dirigida através do processo de comunicação
humana para a consecução de um ou mais objetivos
específicos. ”[...] a liderança é um tipo de influenciação
entre pessoas: [...] na qual uma pessoa age no sentido de
provocar o comportamento de outra, de maneira intencional.
Maximiano (2000, p.331) afirma que "a liderança é uma função, papel,
tarefa ou responsabilidade que qualquer pessoa precisa desempenhar, quando é
responsável pelo desempenho de um grupo".
Para Hunter (2006), liderar significa conquistar as pessoas, envolvê-las
para trabalharem entusiasticamente a serviço de um objetivo, fazendo com que
se empenhem ao máximo nessa missão.
4. De acordo com Bergamini (1994) a liderança:
Esta ligada a um fenômeno grupal, que envolvam duas ou
mais pessoas e; fica evidente tratar-se de um processo de
influenciação exercido de forma intencional por parte dos
líderes sobre seus liderados, não existindo líderes sem
seguidores.
Liderança e um assunto tão estuado debatido nas organizações que
discorrer sobre o tema parece clichê, diante de tamanha literatura e teorias
administrativas que versam sobre o tema, novas formas de gestão surgem
constantemente influenciadas pelo desenvolvimento da tecnologia e da
sociedade, ha a necessidade de adaptarmos a essas novas organizações que
estão surgindo, criando estratégias de gestão que se alinhe as novas
necessidades individuais e organizacionais.
Estilos de liderança
Ao abordar sobre a evolução do homem organizacional, faz-se um
paralelo junto as necessidades descritas na pirâmide de Maslow, conforme as
coisas mudam as necessidades vão se transformando e o que era necessidade
hoje amanha não é mais, por isso a necessidade de novos lideres.
Quando se trabalha com pessoas, são evidentes as diferenças
comportamentais, modos de pensar e agir, por isso a necessidade de tipos
variados de liderança, dentre elas as mais comuns são; lideres autocráticos,
democráticos, liberais.
Segundo Maximiano (2000, p.343) estilo de liderança é:
A forma como o líder se relaciona com os integrantes da
equipe, seja em interações grupais ou pessoa a pessoa. O
estilo pode ser autocrático, democrático ou liberal,
dependendo de o líder centralizar ou compartilhar a
autoridade com seus liderados.
Modelo autocrático
O estilo de liderança autocrático faz com que o gestor centralize as
decisões, nesse modelo não há participação do grupo, o mesmo advém de uma
estrutura piramidal o qual as decisões são concentradas em um determinado
5. cargo, uma determinada pessoa, isso faz com a chance de cometer erros seja
maior, pois o gestor não dispõe de uma visão holística da organização, e como
sua comunicação com o grupo e ruim ele também não recebe o feedback da
equipe.
De acordo com Bonome (2008, p.60) na liderança autocrática como a chefia
determina o que deve fazer, escolhendo os membros, elogiando ou criticando, não
se envolvendo pessoalmente com os indivíduos.
Já Maximiano (2000, p. 344) diz que no comportamento autocrático:
"Quanto mais concentrada a autoridade no líder, mais
autocrático seu comportamento ou estilo. Muitas formas do
comportamento autocrático abrangem prerrogativas da
gerência, como as decisões que independem de participação
ou aceitação. Infelizmente, o estilo autocrático pode degenerar
e tornar-se patológico, transformando-se no autoritarismo.
Arbitrariedade, despotismo e tirania, que representam
violências contra os liderados, são exemplos de
comportamentos autoritários."
Modelo democrático
Na democracia o poder e exercido pelo povo que apesar de não tomar as
decisões elegem os governantes para tal, podendo os cidadãos participar nas
ações governamentais de forma direta e indireta. Similar é o modelo de
liderança democrática o qual o povo é representado pelos colaboradores.
O líder age de forma impessoal delegando as tarefas a todos que
participam do processo e expõem o feedback fechando o ciclo e permitindo a
reformulação das novas ações. O modelo democrático permite um maior
desenvolvimento do colaborador e da organização, como também estimula a
criatividade e a inovação.
Maximiano (2000, p.344) diz a respeito do comportamento democrático que:
Quanto mais as decisões forem influenciadas pelos integrantes
do grupo, mais democrático é o comportamento do líder. Os
comportamentos democráticos envolvem alguma espécie de
influência ou participação dos liderados no processo de
decisão ou de uso da autoridade por parte do dirigente.
6. Já Bonome (2008, p.60) diz que, o líder porta-se de modo impessoal, com
orientação e decisão em grupo, o grupo escolhe e divide o trabalho por si mesmo. O
líder elogio o grupo e não os indivíduos.
Ao analisarmos o modelo de liderança democrática vimos à participação de
todos, porem quando não há um líder orientador e responsável não estamos diante
de democracia, mas sim de desorganização, similar a um barco sem leme, sem
capitão, assim e a liderança liberal, os subordinados tem intimidade para tomar as
decisões do jeito que eles quiserem, não da forma que esta de acordo com o que
preceitua a organização. Percebe-se que há o comprometimento do planejamento,
pois o líder não cobra não acompanha, não há o retorno da informação não sendo
possível melhorar o processo decisório.
Modelo liberal, Lasseiz-faire
Esse modelo é ariscado, pois fica evidente a camaradagem,
antiprofissionalíssimo e a pessoalidade em que o líder se porta perante seus
subordinados, fatores que comprometem o recrutamento a seleção a formação e o
desenvolvimento de uma equipe competente e produtiva.
Bonome (2008, p.60) comenta que, o líder liberal da completa liberdade,
nada faz para interferir no trabalho do grupo. Não ha crítica, elogio ou orientação ao
grupo. Os indivíduos mostram-se confusos.
Para Minicucci (1995), esta liderança produz resultados insatisfatórios,
pois o grupo não promove socialização, e as decisões tornam-se individualistas.
Ainda de acordo com (KRON; GRAY, 1998).
Quando uma pessoa é designada como líder e não
desempenha a liderança ou se a faz é de maneira mínima,
as pessoas rapidamente perderão o senso de iniciativa e o
senso de realização. O líder sendo permissivo, com pouco
ou sem controle, o trabalho em pouco tempo se
demonstrará desorganizado, as pessoas não sabem nem se
importam com aquilo que devem fazer.
Os principais modelos de liderança propostos e estudados pelas teorias
administrativas e aderidos pelas empresas influenciam de maneira geral o
comportamento organizacional, pois a forma que o líder conduz a equipe
interfere na formação das mesmas, da produtividade e também do clima
organizacional, fator que influencia muito as empresas.
7. Equipes
Ao analisarmos o conceito de organização nos deparamos com a
seguinte ideia de um conjunto de pessoas, que são orientadas e trabalham em
um objetivo comum, semelhante ao conceito de equipes, que são pessoas que
convivem em ambientes organizacionais, ou não.
Equipe é um pequeno número de pessoas com conhecimentos
complementares, compromissados com propósito, metas de performance e
abordagem comuns, e pelos quais se mantém mutuamente responsáveis
(KATZENBACH; SMITH, 1994, p.42).
Também de acordo com Robbins, Judge e Sobral (2010), Equipe de
trabalho são grupos em que os esforços resultam em um nível de desempenho
maior do que a soma das contribuições individuais.
Luecke (2010, p. 17),nos oferece o conceito de equipe como: um
pequeno número de pessoas com habilidades complementares que são
comprometidas com uma meta comum pela qual se consideram mutuamente
responsáveis.
Benefícios do trabalho em equipe
O trabalho em equipe se torna fundamental, pois lidamos com diversos
profissionais com suas características culturais, costumes e até mesmo
nacionalidades diferentes, daí surge a necessidade de se manter um bom
relacionamento interpessoal e organizacional.
Quando se consegue administrar equipes de trabalho os benefícios são
muitos, pois se desenvolve o individuo como pessoa, e profissional, além de
desenvolver a organização em que o mesmo trabalha.
Segundo Donnellon (2006, p. 7) as vantagens de trabalhar com equipes
são:
a) Melhor desempenho, a partir de uma base mais ampla de
conhecimentos e experiência;
b) Maior criatividade, em uma perspectiva mais aberta e mais eficiência
na abordagem aos problemas;
c) Disposição para reagir ás mudanças e assumir riscos;
8. d) Responsabilidade partilhada, em relação ás tarefas, e compromisso
comum, em relação aos objetivos;
e) Delegação mais eficiente das diversas tarefas;
f) Um ambiente mais estimulante e motivador para todos os membros da
equipe.
Grupos
Percebe-se que há um embaraço provocado pelo conceito de grupo, que
geralmente é confundido com equipe, mas ao analisarmos percebemos a
diferença entre eles, uma vez que os grupos podem ser formais ou informais,
geralmente compostos por pessoas quem tem gostos, ideias e visões de mundo
similares, pessoas que saem para andar de bicicleta, grupos de amigos e outros,
essa relação entre os componentes do grupo pode ser duradoura ou passageira.
Schein (1982): define grupo como sendo:
O conjunto de pessoas que interagem umas com as outras,
são psicologicamente conscientes umas das outras e
percebem-se como um grupo. Eles podem ser formais e
informais. Os formais são criados por gestores e líderes
para cuidar de mudanças rápidas de contextos ou resolver
problemas simples e ajudar na tomada de decisões. Já os
informais surgem da necessidade de relacionamento entre
os membros da organização e o desenvolvimento saudável
desse tipo de grupos pode ser muito importante na eficácia
da organização.
Geralmente nos grupos não e perceptível a presença de uma meta
definida como também de um líder, diferente de uma equipe, por exemplo, no
futebol o objetivo e ganhar o jogo, há uma ação planejada para a atividade, e é
muito visível a presença do técnico que rege e comando toda a equipe.
Considerações
Quando trabalhamos com a temática equipe é um desafio muito grande,
pois as pessoas apesar de estarem mais conectadas através dos meios de
comunicação, internet, agem de forma mais individualista daí a dificuldade de
faze-las trabalhar em equipes, algo fundamente pois em projetos grandes há
necessidade de uma gama de profissionais de diversas áreas e setores.
9. Percebe-se que o desempenho de uma equipe e corolário ao papel
exercido pelo lidera sua atitude afeta diretamente os resultados das
organizações e ao analisar as proposições entende-se que é preciso mesclar
todos os conhecimento e as teorias, pois cada uma tem seus benefícios, sendo
seu uso determinado por um conjunto de fatores como, cultura organizacional,
ambiente organizacional, nicho de mercado e região de atuação.
Referencias
BERGAMINI, C. W. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas,
1994.
BONOME, J. B. V. Introdução à Administração. Curitiba: IESDE Brasil S.A.,
2008.
CHIAVENATO, I. Gerenciando pessoas: o passo decisivo para a administração
participativa. 2. ed. São Paulo: Makron Books, 1994.
DONNELLON, A Liderança de equipes: escolha sua equipe, comunique as
metas, defina as funções, crie um clima de confiança: soluções práticas para os
desafios do trabalho. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
HUNTER, James C. Como se tornar um líder servidor: Os princípios de
liderança de o monge e o executivo. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2006.
LUECKE, R. Criando equipes. 2. ed. Rio de Janeiro: Record, 2010.
KATZENBACH, J. R.; SMITH, D. K. A força e o poder das equipes: Como
formar, liderar e manter equipes com alta performance e com força para assumir
riscos e desafios. São Paulo: Makron Books, 1994.
10. KRON, T; GRAY, A. Administração dos cuidados de enfermagem ao
paciente. Colocando em ação as habilidades de liderança. Tradução Erly
Bom Consendey, Fernando Diniz Mundim; supervisão da tradução, Maria
Dolores Lins de Andrade. 6 ed., Rio de Janeiro; Interlivros, 1994, 320 p.
MONTANA, J. P., CHARNOV, H. B. Administração. São Paulo: Saraiva, 1998.
MAXIMIANO, A.C.A. Teoria Geral da Administração: da escola científica à
competitividade na economia globalizada. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.
MINICUCCI, Agostinho. Psicologia Aplicada à Administração. 5ª ed. São
Paulo: Atlas, 1995.
ROBBINS, STEPHENS P., TIMOTHY A. JUDGE E FILIPE SOBRAL –
Comportamento Organizacional: teoria e pratica no context Brasileiro. 14º
edição, São Paulo: Editora Pearson, 2010.
SCHEIN, H. Edgar. Psicologia Organizacional. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do
Brasil, 1982.