SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 21
Prof. Me. Jany Éric
A escrita, atualmente, faz parte da nossa vida.
Hoje, a escrita não é mais domínio exclusivo dos
escrivães e dos eruditos. [...] A prática da escrita
de fato se generalizou: além dos trabalhos
escolares ou eruditos, é utilizadas para o
trabalho, a comunicação, a gestão da vida
pessoal e doméstica.
(BARRÉ-DE-MINIAC, 2006 apud KOCH & ELIAS,
2009,p31)
Você concorda com o autor? Dê exemple de situações que ele
apresenta.
O que é a escrita?
 Responder a esta questão é
tarefa difícil porque a atividade
de escrita envolve aspectos de
natureza diversos (linguístico,
cognitivo, pragmática, sócio-
histórica e cultural).
 Além disso, há muitos estudos
sobre a escrita, sob diversas
perspectivas, que
proporcionam diferentes
modos de responder a questão.
Escrita é a expressão do
pensamento no papel
ou em outro suporte
Escrita é o domínio de
regras da língua
Escrita é trabalho que
requer a utilização de
diversas estratégias da
parte do produtor.
Escrita é uma atividade
para alguns poucos
privilegiados.
Escrita é inspiração
À FORMA COMO ENTENDEMOS A ESCRITA
SUBJAZ UMA CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM, DE
TEXTO E DE SUJEITO.
KOCH & ELIAS, 2009
• FOCO NA LÍNGUA
• FOCO NO ESCRITOR
• FOCO NA INTERAÇÃO
ESCRITA
ESCRITA: FOCO NA LÍNGUA
SUBJAZ a concepção
• de sujeito como (pré)determinação pelo sistema;
• de texto como um simples produto de uma codificação realizada pelo escrito a ser
decodificada pelo leitor;
• de que o conhecimento linguístico é suficiente para a codificação e decodificação do
texto (mensagem);
1. Acredita-se que o conhecimento das regras gramaticais, de um bom vocabulário, da
ortografia são suficientes para se ter uma escrita ideal, os quais são critérios para
uma boa produção textual.
2. Toma-se a escrita dos grandes escritores como modelo, e o ‘erro’ só seria
considerado aceitável se estivesse presente na escrita de algum desses escritores.
3. Cabe aos escritores não consagrados seguir o que preconiza a gramática normativa.
ESCRITA: FOCO NO ESCRITOR
SUBJAZ a concepção
• de escrita como expressão do pensamento. “Escrever é expressar o pensamento no
papel”.
• O sujeito é visto como um ser psicológico, individual, dono e controlador de sua
vontade e de suas ações.
• Sujeito é um ego que constrói uma representação mental, ‘transpõe’ essa
representação para o papel e deseja que esta seja ‘captada’ pelo leitor da maneira
como foi mentalizada.
1. A língua é a representação o pensamento.
2. O texto é produto – lógico – do pensamento do escritor.
3. A escrita é entendida como atividade que expressa as intenções e o pensamento de
quem escreve.
4. Procurava-se descobrir quais as intenções do produtor/escritor.
ESCRITA: FOCO NA INTERAÇÃO
SUBJAZ a concepção
• de linguagem como interação social (dialógica).
• O texto é visto como processo co-construído pelo autor e leitor.
• Os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais, sujeitos ativos que –
dialogicamente – se constroem e são construídos no texto.
1. O produtor , de forma ‘não linear’, ‘pensa” no que vai escrever e em seu leitor,
depois escreve, lê o que escreveu, revê ou reescreve o que julga necessário em um
movimento constante e on-line guiado pelo princípio interacional.
2. Há lugar, no texto, para toda gama de implícitos, dos mais variados tipos, somente
observáveis quando se tem, como pano de fundo, o contexto sociocognitivo dos
participantes da interação.
Escrita como interação
Ativação de
conhecimentos sobre
os componentes da
situação comunicativa
(interlocutores, tópico
a ser desenvolvido e
configuração textual
adequada à interação
em foco).
Seleção, organização e
desenvolvimento de
ideias, de modo a
garantir a continuidade
do tema e sua
progressão.
Revisão da escrita ao
longo de todo o
processo guiada pelo
objetivo da produção e
pela interação que o
escritor pretende
estabelecer com o
leitor.
“balanceamento” entre
informações explícitas
e implícitas; entre
informações “novas” e
“dadas”, levando em
conta o
compartilhamento de
informações com o
leitor e o objetivo da
escrita.
Para
alguém
Com que
intenção?
Quando?
Onde?
Como?
Algo a
dizer
produtor
leitor
escrita
Suporte, estratégias linguísticas, textuais,
pragmáticas, cognitivas, discursivas e
interacionais.
Escrita e ativação de conhecimentos
linguístico
enciclopédico
De textos
interacionais
Conhecimento
ortográfico
O uso da acentuação gráfica no plano da escrita é um recurso que funciona como um
sinalizador a mais a ser considerado na produção de sentido.
A pontuação é vista como “marcas do
ritmo da escrita”, por meio dos quais
o “escrevente sinaliza para o leitor as
relações entre as partes da oração,
bem como uma forma preferencial de
leitura” (CHACON, 1998,p133).
“Além de aspectos ortográfico e gramaticais, os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao léxico,
ou seja, ao inventário total de palavras disponíveis para os falantes, embora isso não signifique que
devamos entender o léxico apenas como uma longa lista de palavras, mas, sim, como um conjunto de
recursos lexicais que incluem os processos disponíveis na língua para a construção de palavras.”
(KOCH E ELIAS, 2009,p. 41)
CONHECIMENTO ENCICLOPÉDICO
São os conhecimentos sobre as coisas do mundo que se encontram armazenadas em nossa memória, como se
tivéssemos uma enciclopédia em nossa mente.
Conhecimento de textos
São os conhecimentos que possuímos de “modelos” sobre as práticas comunicativas
configuradas em textos, levando em conta os elementos de sua composição, além de
aspectos do conteúdo, estilo, função e suporte de veiculação.
Conhecimentos interacionais
São aqueles relacionados às práticas interacionais diversas, histórica e culturalmente
constituídas. Com base nesses conhecimentos o produtor:
a) Configura na escrita a sua intenção, possibilitando ao leitor reconhecer o objetivo
ou propósito pretendido no quadro interacional desenhado.
b) Determina a quantidade de informação necessária, numa situação comunicativa
concreta, para que o leitor seja capaz de reconstruir o objetivo da produção do
texto.
c) Seleciona a variante linguística adequada à situação de interação.
d) Faz adequação do gênero textual à situação comunicativa.
e) Assegura a compreensão da escrita para conseguir a aceitação do leitor quanto
ao objetivo desejado, utilizando-se de vários tipos de ações linguísticas
configuradas no texto, por meio da introdução de sinais ou apoios textuais,
atividades de formulação ou construção textual.
A escrita como interação social
A escrita como interação social

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literaturaAndriane Cursino
 
Linguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoLinguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoPré Master
 
Ensino da lingua portuguesa
Ensino da  lingua portuguesaEnsino da  lingua portuguesa
Ensino da lingua portuguesaGerdian Teixeira
 
Bronckart - os gêneros e tipos de discurso
Bronckart - os gêneros e tipos de discursoBronckart - os gêneros e tipos de discurso
Bronckart - os gêneros e tipos de discursoRaquel Salcedo Gomes
 
Linguagem,+LíNgua+E+Fala
Linguagem,+LíNgua+E+FalaLinguagem,+LíNgua+E+Fala
Linguagem,+LíNgua+E+Falajayarruda
 
Fatores de Coerência - Linguística Textual
Fatores de Coerência - Linguística Textual Fatores de Coerência - Linguística Textual
Fatores de Coerência - Linguística Textual Talita Schweig
 
Compreensão e interpretação de textos
Compreensão e interpretação de textosCompreensão e interpretação de textos
Compreensão e interpretação de textoswelton santos
 
Leitura e Produção Textual
Leitura e Produção TextualLeitura e Produção Textual
Leitura e Produção TextualEwerton Gindri
 
O que são memórias literárias
O que são memórias literáriasO que são memórias literárias
O que são memórias literáriasEloy Souza
 
GÊNEROS DISCURSIVOS
GÊNEROS DISCURSIVOSGÊNEROS DISCURSIVOS
GÊNEROS DISCURSIVOSmarianna65
 
Tipologia e gênero textual
Tipologia e gênero textualTipologia e gênero textual
Tipologia e gênero textualAndriane Cursino
 
Os tipos de textos
Os tipos de textosOs tipos de textos
Os tipos de textosangelafreire
 
Coerência textual
Coerência textualCoerência textual
Coerência textualCarla Souto
 
Informações Implícitas
Informações ImplícitasInformações Implícitas
Informações ImplícitasTaïs Bressane
 

Mais procurados (20)

Slide elaborado a construção do texto
Slide elaborado   a construção do textoSlide elaborado   a construção do texto
Slide elaborado a construção do texto
 
Introdução à literatura
Introdução à literaturaIntrodução à literatura
Introdução à literatura
 
Texto e textualidade
Texto e textualidadeTexto e textualidade
Texto e textualidade
 
Linguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E TextoLinguagem, Discurso E Texto
Linguagem, Discurso E Texto
 
português instrumental
  português instrumental  português instrumental
português instrumental
 
Elementos de coerência
Elementos de coerênciaElementos de coerência
Elementos de coerência
 
Ensino da lingua portuguesa
Ensino da  lingua portuguesaEnsino da  lingua portuguesa
Ensino da lingua portuguesa
 
Bronckart - os gêneros e tipos de discurso
Bronckart - os gêneros e tipos de discursoBronckart - os gêneros e tipos de discurso
Bronckart - os gêneros e tipos de discurso
 
Linguagem,+LíNgua+E+Fala
Linguagem,+LíNgua+E+FalaLinguagem,+LíNgua+E+Fala
Linguagem,+LíNgua+E+Fala
 
Fatores de Coerência - Linguística Textual
Fatores de Coerência - Linguística Textual Fatores de Coerência - Linguística Textual
Fatores de Coerência - Linguística Textual
 
Compreensão e interpretação de textos
Compreensão e interpretação de textosCompreensão e interpretação de textos
Compreensão e interpretação de textos
 
Leitura e Produção Textual
Leitura e Produção TextualLeitura e Produção Textual
Leitura e Produção Textual
 
O que são memórias literárias
O que são memórias literáriasO que são memórias literárias
O que são memórias literárias
 
Aula coerência textual
Aula coerência textualAula coerência textual
Aula coerência textual
 
GÊNEROS DISCURSIVOS
GÊNEROS DISCURSIVOSGÊNEROS DISCURSIVOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
 
Tipologia e gênero textual
Tipologia e gênero textualTipologia e gênero textual
Tipologia e gênero textual
 
Arte e literatura
Arte e literaturaArte e literatura
Arte e literatura
 
Os tipos de textos
Os tipos de textosOs tipos de textos
Os tipos de textos
 
Coerência textual
Coerência textualCoerência textual
Coerência textual
 
Informações Implícitas
Informações ImplícitasInformações Implícitas
Informações Implícitas
 

Semelhante a A escrita como interação social

Cultura escrita e sociedade letrada
Cultura escrita e sociedade letradaCultura escrita e sociedade letrada
Cultura escrita e sociedade letradaOlivaldo Ferreira
 
Slide prod. e compreens. escrita (quase)
Slide prod. e compreens. escrita (quase)Slide prod. e compreens. escrita (quase)
Slide prod. e compreens. escrita (quase)Ana Camila
 
Levantamento de características de gêneros textuais
Levantamento de características de gêneros textuaisLevantamento de características de gêneros textuais
Levantamento de características de gêneros textuaisAna Paula
 
Slides jornada 1
Slides jornada 1Slides jornada 1
Slides jornada 1cfvila
 
SLIDE 1- CONCEITO DE TEXTO, LEITURA E ESCRITA.pptx
SLIDE 1- CONCEITO DE TEXTO, LEITURA E ESCRITA.pptxSLIDE 1- CONCEITO DE TEXTO, LEITURA E ESCRITA.pptx
SLIDE 1- CONCEITO DE TEXTO, LEITURA E ESCRITA.pptxAlineGomes625789
 
Caderno competencias oficina_producao_textos
Caderno competencias oficina_producao_textosCaderno competencias oficina_producao_textos
Caderno competencias oficina_producao_textosThais F. G. Rocha
 
Projeto - Módulo II Versão final - Gênero textual - tirinha
Projeto - Módulo II Versão final - Gênero textual - tirinhaProjeto - Módulo II Versão final - Gênero textual - tirinha
Projeto - Módulo II Versão final - Gênero textual - tirinhaAline Santana
 
Atividade avaliativa de encontro presencial
Atividade avaliativa de encontro presencialAtividade avaliativa de encontro presencial
Atividade avaliativa de encontro presencialLOCIMAR MASSALAI
 
LETRAMENTO, GÊNERO E DISCURSO: CENAS DE CONVERSA(S) COM MALU MATENCIO
LETRAMENTO, GÊNERO E DISCURSO:CENAS DE CONVERSA(S)COM MALU MATENCIOLETRAMENTO, GÊNERO E DISCURSO:CENAS DE CONVERSA(S)COM MALU MATENCIO
LETRAMENTO, GÊNERO E DISCURSO: CENAS DE CONVERSA(S) COM MALU MATENCIOAmábile Piacentine
 
Texto complementar ipt_taizoliveira_22012016
Texto complementar ipt_taizoliveira_22012016Texto complementar ipt_taizoliveira_22012016
Texto complementar ipt_taizoliveira_22012016polly8809
 

Semelhante a A escrita como interação social (20)

Cultura escrita e sociedade letrada
Cultura escrita e sociedade letradaCultura escrita e sociedade letrada
Cultura escrita e sociedade letrada
 
Slide prod. e compreens. escrita (quase)
Slide prod. e compreens. escrita (quase)Slide prod. e compreens. escrita (quase)
Slide prod. e compreens. escrita (quase)
 
Tp4
Tp4Tp4
Tp4
 
Leitura e escrita
Leitura e escritaLeitura e escrita
Leitura e escrita
 
Levantamento de características de gêneros textuais
Levantamento de características de gêneros textuaisLevantamento de características de gêneros textuais
Levantamento de características de gêneros textuais
 
Ferreira e dias_2005
Ferreira e dias_2005Ferreira e dias_2005
Ferreira e dias_2005
 
Lingua Portuguesa Pcop Ana Luisa
Lingua Portuguesa Pcop Ana LuisaLingua Portuguesa Pcop Ana Luisa
Lingua Portuguesa Pcop Ana Luisa
 
Slides jornada 1
Slides jornada 1Slides jornada 1
Slides jornada 1
 
SLIDE 1- CONCEITO DE TEXTO, LEITURA E ESCRITA.pptx
SLIDE 1- CONCEITO DE TEXTO, LEITURA E ESCRITA.pptxSLIDE 1- CONCEITO DE TEXTO, LEITURA E ESCRITA.pptx
SLIDE 1- CONCEITO DE TEXTO, LEITURA E ESCRITA.pptx
 
Generos textuais
Generos textuais Generos textuais
Generos textuais
 
Caderno competencias oficina_producao_textos
Caderno competencias oficina_producao_textosCaderno competencias oficina_producao_textos
Caderno competencias oficina_producao_textos
 
SLIDE JAYSLA.pptx
SLIDE JAYSLA.pptxSLIDE JAYSLA.pptx
SLIDE JAYSLA.pptx
 
Tp3
Tp3Tp3
Tp3
 
Tp3
Tp3Tp3
Tp3
 
Planejamento do texto
Planejamento do textoPlanejamento do texto
Planejamento do texto
 
Projeto - Módulo II Versão final - Gênero textual - tirinha
Projeto - Módulo II Versão final - Gênero textual - tirinhaProjeto - Módulo II Versão final - Gênero textual - tirinha
Projeto - Módulo II Versão final - Gênero textual - tirinha
 
Atividade avaliativa de encontro presencial
Atividade avaliativa de encontro presencialAtividade avaliativa de encontro presencial
Atividade avaliativa de encontro presencial
 
LETRAMENTO, GÊNERO E DISCURSO: CENAS DE CONVERSA(S) COM MALU MATENCIO
LETRAMENTO, GÊNERO E DISCURSO:CENAS DE CONVERSA(S)COM MALU MATENCIOLETRAMENTO, GÊNERO E DISCURSO:CENAS DE CONVERSA(S)COM MALU MATENCIO
LETRAMENTO, GÊNERO E DISCURSO: CENAS DE CONVERSA(S) COM MALU MATENCIO
 
Produção de Texto
Produção de Texto Produção de Texto
Produção de Texto
 
Texto complementar ipt_taizoliveira_22012016
Texto complementar ipt_taizoliveira_22012016Texto complementar ipt_taizoliveira_22012016
Texto complementar ipt_taizoliveira_22012016
 

Último

Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfIvoneSantos45
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalJacqueline Cerqueira
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfMarianaMoraesMathias
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxkarinedarozabatista
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassAugusto Costa
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelGilber Rubim Rangel
 
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptxSEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptxCompartilhadoFACSUFA
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...EvandroAlvesAlves1
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfjanainadfsilva
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficasprofcamilamanz
 

Último (20)

Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdfinterfaces entre psicologia e neurologia.pdf
interfaces entre psicologia e neurologia.pdf
 
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem OrganizacionalGerenciando a Aprendizagem Organizacional
Gerenciando a Aprendizagem Organizacional
 
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdfPROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
PROGRAMA DE AÇÃO 2024 - MARIANA DA SILVA MORAES.pdf
 
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptxAD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
AD2 DIDÁTICA.KARINEROZA.SHAYANNE.BINC.ROBERTA.pptx
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
A poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e CaracterísticassA poesia - Definições e Característicass
A poesia - Definições e Característicass
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim RangelDicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
 
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptxSEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL -  PPGEEA - FINAL.pptx
SEMINÁRIO QUIMICA AMBIENTAL - PPGEEA - FINAL.pptx
 
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...caderno de matematica  com  as atividade  e refrnciais de matematica ara o fu...
caderno de matematica com as atividade e refrnciais de matematica ara o fu...
 
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdfPortfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
Portfolio_Trilha_Meio_Ambiente_e_Sociedade.pdf
 
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas GeográficasAtividades sobre Coordenadas Geográficas
Atividades sobre Coordenadas Geográficas
 

A escrita como interação social

  • 2. A escrita, atualmente, faz parte da nossa vida.
  • 3. Hoje, a escrita não é mais domínio exclusivo dos escrivães e dos eruditos. [...] A prática da escrita de fato se generalizou: além dos trabalhos escolares ou eruditos, é utilizadas para o trabalho, a comunicação, a gestão da vida pessoal e doméstica. (BARRÉ-DE-MINIAC, 2006 apud KOCH & ELIAS, 2009,p31) Você concorda com o autor? Dê exemple de situações que ele apresenta.
  • 4. O que é a escrita?  Responder a esta questão é tarefa difícil porque a atividade de escrita envolve aspectos de natureza diversos (linguístico, cognitivo, pragmática, sócio- histórica e cultural).  Além disso, há muitos estudos sobre a escrita, sob diversas perspectivas, que proporcionam diferentes modos de responder a questão. Escrita é a expressão do pensamento no papel ou em outro suporte Escrita é o domínio de regras da língua Escrita é trabalho que requer a utilização de diversas estratégias da parte do produtor. Escrita é uma atividade para alguns poucos privilegiados. Escrita é inspiração
  • 5. À FORMA COMO ENTENDEMOS A ESCRITA SUBJAZ UMA CONCEPÇÃO DE LINGUAGEM, DE TEXTO E DE SUJEITO. KOCH & ELIAS, 2009 • FOCO NA LÍNGUA • FOCO NO ESCRITOR • FOCO NA INTERAÇÃO ESCRITA
  • 6. ESCRITA: FOCO NA LÍNGUA SUBJAZ a concepção • de sujeito como (pré)determinação pelo sistema; • de texto como um simples produto de uma codificação realizada pelo escrito a ser decodificada pelo leitor; • de que o conhecimento linguístico é suficiente para a codificação e decodificação do texto (mensagem); 1. Acredita-se que o conhecimento das regras gramaticais, de um bom vocabulário, da ortografia são suficientes para se ter uma escrita ideal, os quais são critérios para uma boa produção textual. 2. Toma-se a escrita dos grandes escritores como modelo, e o ‘erro’ só seria considerado aceitável se estivesse presente na escrita de algum desses escritores. 3. Cabe aos escritores não consagrados seguir o que preconiza a gramática normativa.
  • 7. ESCRITA: FOCO NO ESCRITOR SUBJAZ a concepção • de escrita como expressão do pensamento. “Escrever é expressar o pensamento no papel”. • O sujeito é visto como um ser psicológico, individual, dono e controlador de sua vontade e de suas ações. • Sujeito é um ego que constrói uma representação mental, ‘transpõe’ essa representação para o papel e deseja que esta seja ‘captada’ pelo leitor da maneira como foi mentalizada. 1. A língua é a representação o pensamento. 2. O texto é produto – lógico – do pensamento do escritor. 3. A escrita é entendida como atividade que expressa as intenções e o pensamento de quem escreve. 4. Procurava-se descobrir quais as intenções do produtor/escritor.
  • 8. ESCRITA: FOCO NA INTERAÇÃO SUBJAZ a concepção • de linguagem como interação social (dialógica). • O texto é visto como processo co-construído pelo autor e leitor. • Os sujeitos são vistos como atores/construtores sociais, sujeitos ativos que – dialogicamente – se constroem e são construídos no texto. 1. O produtor , de forma ‘não linear’, ‘pensa” no que vai escrever e em seu leitor, depois escreve, lê o que escreveu, revê ou reescreve o que julga necessário em um movimento constante e on-line guiado pelo princípio interacional. 2. Há lugar, no texto, para toda gama de implícitos, dos mais variados tipos, somente observáveis quando se tem, como pano de fundo, o contexto sociocognitivo dos participantes da interação.
  • 9. Escrita como interação Ativação de conhecimentos sobre os componentes da situação comunicativa (interlocutores, tópico a ser desenvolvido e configuração textual adequada à interação em foco). Seleção, organização e desenvolvimento de ideias, de modo a garantir a continuidade do tema e sua progressão. Revisão da escrita ao longo de todo o processo guiada pelo objetivo da produção e pela interação que o escritor pretende estabelecer com o leitor. “balanceamento” entre informações explícitas e implícitas; entre informações “novas” e “dadas”, levando em conta o compartilhamento de informações com o leitor e o objetivo da escrita.
  • 10.
  • 11. Para alguém Com que intenção? Quando? Onde? Como? Algo a dizer produtor leitor escrita Suporte, estratégias linguísticas, textuais, pragmáticas, cognitivas, discursivas e interacionais.
  • 12. Escrita e ativação de conhecimentos linguístico enciclopédico De textos interacionais
  • 14. O uso da acentuação gráfica no plano da escrita é um recurso que funciona como um sinalizador a mais a ser considerado na produção de sentido.
  • 15. A pontuação é vista como “marcas do ritmo da escrita”, por meio dos quais o “escrevente sinaliza para o leitor as relações entre as partes da oração, bem como uma forma preferencial de leitura” (CHACON, 1998,p133).
  • 16. “Além de aspectos ortográfico e gramaticais, os conhecimentos linguísticos dizem respeito ao léxico, ou seja, ao inventário total de palavras disponíveis para os falantes, embora isso não signifique que devamos entender o léxico apenas como uma longa lista de palavras, mas, sim, como um conjunto de recursos lexicais que incluem os processos disponíveis na língua para a construção de palavras.” (KOCH E ELIAS, 2009,p. 41)
  • 17. CONHECIMENTO ENCICLOPÉDICO São os conhecimentos sobre as coisas do mundo que se encontram armazenadas em nossa memória, como se tivéssemos uma enciclopédia em nossa mente.
  • 18. Conhecimento de textos São os conhecimentos que possuímos de “modelos” sobre as práticas comunicativas configuradas em textos, levando em conta os elementos de sua composição, além de aspectos do conteúdo, estilo, função e suporte de veiculação.
  • 19. Conhecimentos interacionais São aqueles relacionados às práticas interacionais diversas, histórica e culturalmente constituídas. Com base nesses conhecimentos o produtor: a) Configura na escrita a sua intenção, possibilitando ao leitor reconhecer o objetivo ou propósito pretendido no quadro interacional desenhado. b) Determina a quantidade de informação necessária, numa situação comunicativa concreta, para que o leitor seja capaz de reconstruir o objetivo da produção do texto. c) Seleciona a variante linguística adequada à situação de interação. d) Faz adequação do gênero textual à situação comunicativa. e) Assegura a compreensão da escrita para conseguir a aceitação do leitor quanto ao objetivo desejado, utilizando-se de vários tipos de ações linguísticas configuradas no texto, por meio da introdução de sinais ou apoios textuais, atividades de formulação ou construção textual.

Notas do Editor

  1. Quem produziu_intenção de oferecer um produto do itau. Utilizou a estratégias de um bilhete, possivelmente produzido por uma criança (tipo de letra, abreviações, conteúdo...etc...são pistas). 3 o produtor faz o anuncio com foco no anúncio de que não existe imprevisto previsível, por isso, a saída é contar com o itaú, um banco com crédito disponível para cobrir imprevistos.