1. JB NEWSRede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
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Informativo Nr. 1.130
Filiado à ABIM sob nr. 007/JV
Loja Templários da Nova Era nr. 91
Quintas-feiras às 20h00 - Templo: Obreiros da Paz - Canasvieiras
Editoria: IrJeronimo Borges – JP-2307-MT/SC
Florianópolis (SC) - domingo, 06 de outubro de 2013
Índice:
Bloco 1 - Almanaque
Bloco 2 - Opinião: Ir Sergio Quirino - Tríplice Aliança Maçônica (Expedição)
Bloco 3 - IrJoão Ivo Girardi - Verbete da Semana: "São Francisco de Assis, um rebelde católico"
Bloco 4 - IrAquilino R. Leal - Números „Misteriosos‟: Pi, Phi e a Série de Fibonacci
Bloco 5 - Ir Barbosa Nunes - Vale do Araguaia Maçônico
Bloco 6 - IrPedro Juk - Perguntas e Respostas ( Ir Sergio Alvarim "Orador e Instalação" )
Bloco 7 - Destaques JB - Hoje com versos do Irmão Sinval Santos da Silveira
Pesquisas e artigos desta edição:
Arquivo próprio - Internet - Colaboradores
– Blogs - http:pt.wikipedia.org - Imagens: próprias e www.google.com.br
Os artigos constantes desta edição não refletem necessariamente a opinião
deste informativo, sendo plena a responsabilidade de seus autores.
Hoje, 06 de outubro de 2013, 278º dia do calendário gregoriano. Faltam 87 para acabar o ano.
Dia do Tecnólogo
Se não deseja receber mais este informativo ou alterou o seu endereço eletrônico, por favor, comunique-nos
2. 891 - É eleito o Papa Formoso.
1807 - Humphry Davy inicia primeiras experiências com a eletrólise com a obtenção do elemento
químico potássio.
1831 - Revolta no Corpo de Artilharia da Marinha do Brasil, na Ilha das Cobras, repelida pela
Guarda Nacional.
1846 - João Carlos de Saldanha de Oliveira e Daun (futuro Duque de Saldanha) toma posse como
primeiro-ministro de Portugal, substituindo Pedro de Sousa Holstein.
1889 - Hans Meyer, Ludwig Purtscheller e o guia Yohana Lauwo alcançam o topo do
Kilimanjaro.
1923 - Manuel Teixeira Gomes substitui António José de Almeida no cargo de Presidente da
República Portuguesa.
1927 - O Cantor de Jazz, primeiro filme falado da história, tem pré-estréia em Nova York.
1965 - O presidente Castelo Branco envia ao Congresso medidas para endurecer o regime
ditatorial no Brasil
1973 - Guerra do Yom Kippur.
1974 - Emerson Fittipaldi conquista o mundial de Fórmula 1 pela segunda vez.
1977 - Primeiro vôo do avião de caça MiG-29.
1990 - Lançamento do videogame Game Gear no Japão.
1991 - Elizabeth Taylor se casa com Larry Fortensky, seu oitavo marido.
1992 - Início das transmissões da rede de TV portuguesa SIC.
2002 - Canonização de Josemaría Escrivá, fundador da Opus Dei.
Dia Nacional do Circulista
Dia do tecnólogo.
Aniversário de Coronel Freitas - Santa Catarina
Dia do Prefeito
Dia Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes - Mato
Grosso do Sul[1]
.
Santos do Dia
São Bruno - Monge fundador da Ordem dos Cartuxos.
1 - almanaque
Eventos Históricos
Aprofunde seu conhecimento clicando nas palavras sublinhadas.
feriados e eventos cíclicos
fatos maçônicos do dia
3. (Fontes: “O Livro dos Dias” 17ª edição e arquivo pessoal)
1799 Nasce o Ir Evaristo da Veiga, autor do Hino da Independência com D. Pedro, e fundador do
Jornal Aurora Fluminense.
1866 Iniciado o Ir. Hermes da Fonseca, futuro Presidente do Brasil
1932 Fundada a Grande Loja de Pernambuco
1981 Fundada a Loja Professor Clementino de Brito nr. 2115 de Florianópolis, que trabalha no
REAA – GOB/SC
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EXPEDIÇÃO TRÍPLICE ALIANÇA
MAÇÔNICA
Primeiro dia - 04/10/2013
Chegada
Saudações, estimado Irmão!
Hoje iniciamos uma nova comprovação
de nossa universalidade, este trabalho chamamos de
TRÍPLICE ALIANÇA MAÇÔNICA
Estamos de partida para mais uma Expedição Maçônica realizada
pela ARLS Presidente Roosevelt n. 25, jurisdicionada à GLMMG.
Depois de Portugal, Peru, Estados Unidos e Itália, completamos a
quinta experiência de verdadeira confraternização maçônica, desta
vez, para um fraterno encontro com los hermanos de Buenos Aires e
Montevidéu.
O grupo formado por 26 membros da família maçônica mineira, saiu
de Belo Horizonte, hoje, sexta-feira, 04 de outubro, do aeroporto de
Confins, com destino a Buenos Aires, mas com troca de aeronave em
são Paulo.
2 - OPINIão
" Expedição Tríplice Aliança Maçônica - Chegada" ( Ir Sergio Quirino )
5. Chegando a Buenos Aires, por volta das cinco e meia da tarde, no
aeroporto de Ezeiza, em dia ainda claro na cidade portenha.
Após os procedimentos de alfândega, sem complicações, a guia,
Soledad Olivera, que já nos aguardava no saguão de desembarque,
nos encaminhou ao hotel Pulitzer, um 4 estrelas bacana, no centro da
cidade.
No percurso, nosso Irmão Paulo Queiroga fez as recomendações de
praxe aos Irmãos e cunhadas sobre segurança, cuidados com os
documentos e precauções com dinheiro falso, trocos, contas etc.
Na primeira noite em Buenos Aires, alguns, já cansados preferiram ir
dormir imediatamente, mas há sempre aquele grupo que dá uma
esticadinha para um lanche, um vinho, uma cerveja, afinal a noite é
uma criança......
Amanhã, sairemos cedo para um passeio pelos principais pontos da
cidade e, claro, você estimado irmão, nos acompanhará, espero ter
tempo e recursos tecnológicos para compartilhar o que vamos ver,
vivenciar e aprender.
Buenos Aires vela alguns segredos muito interessantes. O livro “O
Símbolo Perdido” é o quinto livro de ficção do escritor norte-
americano Dan Brown. O livro aborda a Maçonaria nos Estados
Unidos e seus vários símbolos ocultos, bem como os fundadores da
nação americana envolvidos com a irmandade.
Os leitores ficaram maravilhados com a simbologia do chamado
Triângulo Federal formado pela Casa Branca, o Capitólio e o
6. Monumento a George Washington, mas poucos sabem que também
na capital argentina encontramos um grande triângulo formado pelas
três sedes dos poderes do Estado.
A leste a Casa Rosada, ao norte o Palácio Tribunales e a oeste o
Palácio do Congresso, ora alguém pode pensar: - Se tenho três
pontos de referencia, facilmente traço um triângulo. Seria simples se
não houvesse um ponto ao centro (sede da maçonaria argentina) e
no caminho um grande Obelisco.
Mas esta história, ainda pretendo pesquisar e contar, afinal é muito
interessante o Triângulo Energético da Cidade de Buenos Aires e o
Obelisco, cujo arquiteto foi Alberto Prebisch que além de tucumano,
curiosamente era maçom................
Até amanhã.
TFA
Quirino
7. O autor, Ir. João Ivo Girardi ( joaogira@terra.com.br ) é da
Loja “Obreiros de Salomão” nr. 39 (Blumenau). Acompanhe
todos os domingos no JB News, um dos mais de 3.000 verbetes
de sua obra de 700 páginas intitulada “Vade-Mécum Maçônico –
Do Meio-Dia à Meia-Noite", cujo artigo de hoje foi extraído.
São Francisco de Assis, Um rebelde católico.
Além das nove Cruzadas houve uma décima, a Cruzada sem sangue de São Francisco de Assis.
Nessa Cruzada, o calmo e pequeno bardo de Deus procurou converter não só os muçulmanos, mas
também os cristãos à religião de Cristo. Nessa tentativa veremos que não foi muito feliz. São
Francisco, ou para lhe dar o seu nome italiano, Francesco Bernardone, desejava imitar a vida de
Cristo. O que na realidade conseguiu, porém, foi imitar a vida de Buda, embora seja quase certo
que jamais ouviu falar no profeta hindu. A história de São Francisco apresenta semelhanças
extraordinárias com a biografia de Buda. Ambos renunciaram à vida de conforto para dividir sua
moradia com Dona Pobreza; ambos acusaram a propriedade privada como a fonte de todo mal;
ambos viajaram pelo mundo para alisar as rugas na testa da humanidade; ambos compreenderam a
piedade e a beleza da vida; ambos consideravam-se, com os outros seres vivos, como participantes
de uma única cadeia harmoniosa no poema da criação. Finalmente ambos, quando agonizantes,
pediram a seus amigos que os sepultassem na terra nua, pois ambos sentiam-se felicíssimos quando
estavam o menos possível onerados de bens, isto é, coisas más deste mundo.
Francisco de Assis (1182-1226) era filho de Pietro Bernardone, próspero negociante de fazendas
da Úmbria. Quando menino, Francisco era um tanto irrequieto, extravagante, impulsivo, rebelde e
generoso demais. Não tinha noção do valor do dinheiro. Gastava-o a torto e a direito - geralmente
em prazeres de outrem. Julgava ser, mais razoável proporcionar a seus amigos horas agradáveis
com o dinheiro de seu pai, do que vê-lo armazenado no cofre de seu progenitor. Sua mãe, esposa
econômica de um marido ambicioso, observava freqüentemente com amargura que Francisco agia
como um príncipe e nunca como filho de um lojista italiano. Quanto ao pai, pensava que o rapaz
jamais chegaria a ser alguém. Mas se sua mãe e seu pai lhe mostravam más perspectivas, os jovens
de Assis adoravam-no.
Descuidado da própria vida, quanto o era do dinheiro, esbelto, de olhos negros, brilhante e sempre
alegre, tornou-se o chefe em suas diversões, suas modas, nas diabruras e nos amores. Semelhante
ao jovem Buda, e ao jovem Tolstoi, era tido por seus camaradas como um companheiro excelente.
Durante a adolescência, sua cidade estava empenhada numa daquelas intermináveis guerras
medievais contra Perúgia, cidade rival na Itália. O antigo Império Romano fora desmembrado em
numerosos principados independentes, cada qual constituído de uma cidade provida de muralhas e
governada por um senhor feudal, e, cada um destes, mantendo como feudos perpétuos as cidades
vizinhas. Os romanos, confiantes na espada, em seu empenho de unir o mundo, conseguiram apenas
dividi-lo. Suas guerras absurdas de grande envergadura cederam lugar a pequenas refregas
3 - Verbete da Semana do váde-mecum maçônico
""Do Meio-Dia à Meia-Noite": São Francisco de Assis, um rebelde católico - Ir João Ivo Girardi
8. inúteis. A carnificina em grande escala fora substituída pela carnificina em pequenas doses. Cada
cidade vivia em antagonismo com as demais, Veneza contra Florença, Florença contra Assis, Assis
contra Perúgia, Perúgia contra Veneza e assim por diante, por toda a Europa. Mil pequenos césares
tinham herdado a ambição, mas não a imaginação do primeiro César. A civilização da Idade Média
estava apodrecendo nos pequeninos e intermináveis duelos entre as cidades. Quando Perúgia e
Assis iniciaram um desses ridículos duelos, o jovem e impetuoso Francisco alistou-se sob a
bandeira de sua cidade natal. Experimentara muitas aventuras de paz e achou-as a seu gosto.
Estava então ansioso por experimentar as aventuras mais excitantes da guerra. Estas, porém, não
foram de seu agrado. Em uma das batalhas foi aprisionado e, por mais de um ano, teve
oportunidade de estudar o lado menos sedutor da guerra, mas não o menos selvagem, numa prisão
de guerra medieval. Aí curou-se do militarismo para o resto da vida. Quando voltou da prisão,
adoeceu tão gravemente que, durante algum tempo, duvidou-se de que ele recuperasse a saúde.
Venceu a crise e durante a convalescença, deitado no leito, pôde analisar a vida de um ponto de
vista novo. O céu, a terra, os pássaros, as árvores, os aborrecimentos e as aflições de seus
engraçados irmãozinhos da raça humana, tudo tomou uma significação diferente, em sua
contemplação exercida de uma posição nova e horizontal de relaxamento tranqüilo. Havia
exagerado empenho por um nada, uma corrida excessiva atrás de coisas destituídas de valor,
muitas lutas por causas mais insignificantes ainda. Ali mesmo e naquela hora, resolveu abandonar a
vida tola das pessoas que o cercavam e levar uma vida razoável. Assim, recusou-se a voltar ao
exército, quando melhorava de saúde. Seus antigos companheiros começaram a abandoná-lo, um
por um. Consideravam-no como um covarde, um inerte e um pacifista. Ele, porém, sorria ante seus
abusos. Com efeito, suportou-os como uma coroa. Provara a alegria de sofrer por não querer
causar sofrimentos a outrem. Era para ele uma nova experiência e uma nova modalidade de
aventura e, coisa estranha, achou-a de todas as aventuras a mais interessante. Um dia, galopando
pelos campos da Úmbria, encontrou um leproso pela estrada. Durante toda a sua vida sentira-se
horrorizado à vista desses cadáveres vivos. Poeta sensível como era, afastava-se sempre de tudo
que era feio, sentindo uma dor quase que corporal. Mas, durante sua moléstia, ficara muito
intimamente associado ao horror do sofrimento e à fealdade da doença, para sentir algo que não
fosse compaixão pelas doenças e sofrimentos alheios. Quando viu o leproso avançar em sua direção
apeou do cavalo, e não só lhe deu dinheiro, mas a sua própria pessoa, a seu irmão aflito. Estreitou-
o em seus braços e falou-lhe como a um amigo e companheiro. Até então encontrara uma espécie
de felicidade tumultuosa em companhia dos homens felizes. A partir daquele momento
experimentava uma alegria mais serena, mas muito mais profunda, escolhendo a companhia dos
desamparados. Deixou os bem-afortunados tomarem conta de si próprios e dedicou-se ao serviço
dos destituídos da sorte. Seu coração procurava de preferência os fracassados, os ineptos e os
deformados, os que não podiam avançar na vida, os fracos que ninguém queria empregar, os
humildes dos quais ninguém queria se ocupar. Ele escuta, diziam a seu respeito, os que o próprio
Deus não quer escutar. Sim, e foi mesmo além deste ponto. Embora fosse um católico devoto,
tinha a temeridade de corrigir os enganos do céu, procurando tornar os homens mais felizes do
que o céu aparentemente pretendia que o fossem. Era um católico devoto, porém não um filho
obediente da Igreja. Tampouco era um filho obediente a seu pai. Procurava fazer tudo a seu modo.
Mais depressa obedecia aos ditames do seu coração que às ordens de seus superiores, e acontecia
que seu coração tinha sempre mais razão do que seus superiores. Certa vez, para obter o dinheiro
para a execução de um ato de caridade, vendeu seu cavalo e uma peça de fazenda pertencente à
loja de seu pai. Este chamou-o de ladrão e passou-lhe um sermão longo, salientando os sacrifícios
dos pais e a ingratidão dos filhos. Ora, tudo que Francisco possuía, frisou, até mesmo a roupa que
usava, devia à generosidade de seus progenitores. Francisco então despiu-se e atirou suas roupas
ao rosto do pai. Resolveu não mais depender da bondade alheia, se fosse possível - sobretudo
quando as pessoas tomavam tantos cuidados especiais de lembrar a eterna dívida que fora por ele
9. contraída. Vestindo um manto roto, saiu de casa para a rua gelada - estava-se no inverno - e,
segundo consta, cantando pelo caminho. Renunciara a toda propriedade e, como o mendigo da
fábula que não tinha camisa, estava extremamente feliz, após achar-se desembaraçado das cargas
de propriedade. Se é verdade que o homem rico é aquele que está satisfeito com o pouco que tem,
Francisco Bernardone foi o mais rico dos homens, porque se sentia mais contente quando possuía
menos. Isso não foi uma mera atitude sua, nem tampouco o desejo de fazer o papel de mártir. São
Francisco foi um asceta. Era abnegado nem tanto pelo amor de Deus, como pelo seu amor ao
próximo. Sentia-se realmente envergonhado de estar bem, enquanto outros irmãos seus estavam
passando mal, e de comer, quando tantos entre eles estavam morrendo de fome. Assim sendo, em
vez de ir como um eremita acabrunhado para o deserto, andava entre os humildes, os pobres, os
doentes, restaurando-lhes a esperança e o orgulho, alimentando os famintos, e consolando os
sofredores. Sua felicidade era imensa, porque ele pensava mui pouco em si e muito nos outros.
Quando recebia alimentos, reservava a menor e a pior porção para si e distribuía o resto. Quanto à
indumentária, envolvia-se, tanto no verão como no inverno, em sua túnica marrom, usada, amarrada
na cintura por uma corda. Essa túnica tornou-se o uniforme regular dos franciscanos, os estranhos
soldados de Cristo, que São Francisco conduzia em sua cruzada de alívio e misericórdia.
A princípio conseguiu apenas dois adeptos. Construíram uma cabana perto da colônia de leprosos, e
serviam de mensageiros de vida para os que se haviam resignado a uma morte em vida. Em três
anos, o número de franciscanos - os pequenos irmãos de São Francisco - subiu a doze. Com
Francisco à testa, empreenderam uma romaria ao Papa - e conseguiram quase fazer dele um
cristão. Em todo caso, o pontífice permitiu-lhes levar avante sua obra cristã, contanto que nada
fizessem para interferir na disciplina rígida da igreja organizada. Francisco estava tão ocupado
em fazer o bem, que não se preocupava com a política dos sacerdotes, concordando em não
molestar o Papa contanto que este também não o perturbasse. Depois de seu entendimento com o
Papa, Francisco fez outra viagem - desta vez ao palácio do chefe dos sarracenos. Por esta ocasião,
a quinta Cruzada estava em seu apogeu. Francisco, todavia, desarmado, foi à presença do Sultão e
procurou fazer dele um cristão, como tentara fazer um cristão do Papa. O Sultão recebeu-o com
amabilidade, e, como o Papa, disse-lhe que prosseguisse em sua missão. Francisco voltou à Itália, e
o Sultão e o Papa continuaram a lutar.
São Francisco tinha pouca educação. Acreditava com a fé de uma criança e amava com a
ingenuidade de um menino, com todo o seu coração. Semelhante aos primeiros filósofos pagãos,
era também, embora não o admitisse, um panteísta ou um panzoísta. Para ele tudo tinha vida e
tudo estava interrelacionado. Como uma criança, considerava as aves como irmãzinhas, o vento e o
sol como irmãos, e a terra como a mãe viva de todos eles. Encontramos essa mesma personificação
e humanização de tudo nos remotos escritores homéricos, que saudavam a terra como a mãe dos
homens e a esposa dos céus estrelados. E, para apresentar um exemplo de outro período primitivo,
inteiramente diferente, encontramo-lo também entre os índios Pawnees, que cantam hinos a seu
pai, o sol, e ouvem a voz de sua mãe, o trigo gerador. Nos índios, possivelmente em Homero,
certamente em São Francisco, o reconhecimento de um estreito parentesco entre todos os seres
animados e inanimados é muito mais do que uma mera forma de retórica poética. É uma bela,
embora um tanto ingênua, inclusão do mundo na família humana. São Francisco não só fala de suas
irmãzinhas, as aves, mas também lhes dirige a palavra. Quando voltou de sua visita aos sarracenos
que procurava converter, deparou com um bando de pássaros, em seu caminho, e com a
simplicidade e a sinceridade de uma criança, procurou converter as aves ao cristianismo.
Encantado com as musicas com que suas irmãzinhas o entretinham, sentiu que ele também possuía
uma música, melhor do que a delas, com que podia entretê-las, por sua vez. Irmãzinhas, disse com
a sua meiga voz, se tivestes oportunidade de falar, é tempo agora que eu também seja ouvido. Em
seguida proferiu um sermão a essa alada congregação, a fim de lhes salvar as pequeninas almas. Se
10. isto parecer ao leitor experimentado coisa que se aproxime do ridículo, consideremos outra
invocação de São Francisco, sua invocação a seu irmão, o fogo, que sem dúvida se aproxima do
sublime. Estava ele perdendo a vista, quando os médicos lhe disseram que o único meio de salvá-lo
da cegueira era a cauterização de um dos olhos: isto é, devia queimá-lo com ferro em brasa.
Quando tiravam o ferro da fornalha, ele se ergueu, e dirigindo-se ao fogo, com gesto meigo, falou-
lhe como se este fosse um companheiro vivo e gentil, que se dispunha a cumprir com um dever
desagradável. Irmão Fogo, disse, Deus te fez belo, forte e útil. Peço-te sejas gentil comigo. A
gentileza foi talvez a nota predominante do caráter de São Francisco. Nisso era também
semelhante a Buda. Tratava as menores criaturas com tanta consideração como as maiores. Sentia
mais inclinação de pedir desculpas a um mendigo, do que propensão de curvar-se diante de um
imperador. Houve, com certeza, momentos que silenciava a sua voz até na presença de árvores e
de flores, para não lhes perturbar o sono. Sua humildade não era a de um sentimento de
inferioridade, mas a humildade causada pela ausência completa do egoísmo. Ele simplesmente não
tinha tempo e tampouco vontade de cuidar de si mesmo. Deleitava-se muito mais, preocupando-se
com a sorte de seus semelhantes. O mundo inteiro era para ele um mundo de reis e ele o único
súdito de boa vontade.
Após uma vida de peregrinações, praticando o bem, voltou à sua terra. Era então um homem velho -
tinha quarenta e quatro anos pelo cálculo cronológico, mas tinha séculos se fossem consideradas as
boas ações e seus nobres sentimentos. A despeito de sua visão falha, prosseguia, como trovador
de Deus, a peregrinar cantando, até que por fim as forças lhe faltaram e ele voltou a Assis para
terminar seus dias. Se fordes a algum lugar fazer qualquer peregrinação, disse ele, voltai sempre
ao vosso lar, pois é aí a santa mansão de Deus. E assim, cercado por seus amigos, deitou afinal em
sua terra natal e nela adormeceu. Corria o ano de 1226. Morreu um homem desiludido. É uma triste
ironia que São Francisco, em toda sua vida sempre desejou o entendimento unânime dos homens,
morresse no meio de um desacordo crescente. Tinha feito um voto de pobreza extrema.
Anarquista e pacifista que era, sempre preveniu seus frades franciscanos contra o perigo de
possuírem propriedades, pois, como ele lhes dizia, se nós tivéssemos quaisquer posses,
necessitaríamos de armamentos e leis para defendê-las. Um trovador de Deus, insistia não deveria
possuir nada além de sua harpa. Contudo, viveu o suficiente para ver ricos mosteiros erguerem-se
em seu nome, e os franciscanos se esquecerem de seus votos de pobreza nas suas contendas para
a aquisição dos direitos à propriedade de suas igrejas. Muitos dos franciscanos, todavia,
continuaram fiéis aos ensinamentos de São Francisco. Retribuía-se-lhes com ódios e perseguições.
Poucos anos depois da morte de São Francisco, nada menos de cem franciscanos fiéis foram
queimados vivos. (A História da Raça Humana, Henry Thomas).
Oração de São Francisco de Assis:
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz. /Onde houver ódio, que eu leve o amor; /Onde houver
ofensa, que eu leve o perdão; /Onde houver discórdia, que eu leve a união; /Onde houver dúvida,
que eu leve a fé; /Onde houver erro, que eu leve a verdade; /Onde houver desespero, que eu leve a
esperança; /Onde houver tristeza, que eu leve a alegria; /Onde houver trevas, que eu leve a luz.
/Ó Mestre, Fazei que eu procure mais /Consolar, que ser consolado; /compreender, que ser
compreendido; /amar, que ser amado. /Pois, é dando que se recebe, /é perdoando que se é
perdoado, /e é morrendo que se vive para a vida eterna.
Rituais: (...) levai à choupana, onde a miséria e o infortúnio fazem gemer e chorar, o amparo de
vossa inteligência e o supérfluo de vossas condições sociais. (RA). No dia 4 de Outubro os
católicos celebram São Francisco de Assis. Neste dia o Papa homenageou o santo no qual se
inspirou para escolher o nome com que comanda a Igreja. E pediu a católicos mais cuidados
com os pobres.
11. O Ir Aquilino R. Leal *
escreve neste espaço às
quarta-feiras e domingos
NÚMEROS ‘MISTERIOSOS’: PI, PHI E A SÉRIE DE FIBONACCI
Material originalmente publicado nas edições 197 e 198, respectivamente
20/06/2009 e 27/06/2009, do semanário eletrônica FOLHA MAÇÔNICA e mais
recentemente no semanário espanhol RETALES DE MASONERÍA - AÑOIII -
NUM. 25 – ABRIL 2013 – originais ligeiramente modificados para este número
do diário JB NEWS.
Aquilino R. Leal
Fato 1: Todos nós já ouvimos falar no número pi (lê-se „pi‟, símbolo ), sem sombra de
dúvidas o número irracional mais famoso da história e da matemática básica: ele
representa a razão, constante, entre o comprimento de qualquer circunferência
(„perímetro‟) e o seu diâmetro. Numericamente equivale ao valor
3,141592653589793238462643383279502884197169399375..., mas é vulgarmente
conhecido como 3,1416 ou, simplesmente, 3,14.
O número não deve ser confundido com o número phi que, aproximadamente,vale
1,618. O número phi (letra grega que se lê „fi‟) apesar de não ser tão conhecido, tem
um significado muito mais interessante, não se restringindo apenas aos meios
acadêmicos, nem sendo o „terror‟ da maioria dos estudantes da matemática básica.
É sabido que durante anos o homem procurou a beleza perfeita, a proporção ideal. Os
gregos criaram então o retângulo de ouro; essencialmente um retângulo apresentando
uma proporção especial entre seus dois lados, ou seja, a razão entre o comprimento de
seu do lado maior pelo lado menor é de aproximadamente 1,618; a partir dessa
proporção tudo era construído. Assim eles fizeram o Parthenon: a proporção do
retângulo que forma a face central e lateral bem como a profundidade dividida pelo
comprimento ou altura, tudo seguia uma proporção ideal de 1,618.
Os Egípcios fizeram o mesmo com as pirâmides: cada pedra era 1,618 menor do que a
pedra de baixo, ou seja, a pedra da segunda fileira era 1,618 vezes menor que a da
primeira fileira; por sua vez esta, a segunda, era1,618 vezes maior que a da terceira
fileira e assim por diante – a inclinação das faces também segue esse valor.
Durante milênios, a arquitetura clássica grega prevaleceu: o retângulo de ouro era
padrão, mas depois de muito tempo veio a construção gótica com formas arredondadas
que não utilizavam retângulo de ouro grego.
Por volta de 1200 Leonardo Fibonacci, um matemático que estudava o crescimento das
populações de coelhos, observou àquela que é provavelmente a mais famosa
4 - Aquilino r. leal -
" Números „Misteriosos‟: Pi, Phi e a Série de Fibonacci
"
12. sequência matemática, a série de Fibonacci.
Iniciando por um par de coelhos, Fibonacci foi contando como eles aumentavam a
partir da reprodução de várias gerações e chegou a uma sequência numérica onde
qualquer elemento da série, a partir do segundo, é igual à soma dos dois elementos
numéricos imediatamente anteriores, obtendo-se a formação sequencial1 1 2 3 5 8 13
21 34 55 89 144... Onde,
1
1+1=2
2+1=3
3+2=5
5+3=8
8+5=13
13+8=21
21+13=34
34 + 21 = 55
55 + 34 = 89 e assim por diante.
Aparentemente nada de novo na série numérica. Mas se dividirmos qualquer elemento
pelo anterior, a partir do segundo, obteremos resultados cuja proporção média se
aproxima de 1,618; os valores variam um pouco acima às vezes, um pouco abaixo em
outros casos, mas tendendo, cada vez mais do número phi! De fato:
2 ÷ 1 = 2
3 ÷ 2 = 1,5
5 ÷ 3 = 1,666666667
8 ÷ 5 = 1,6
13 ÷ 8 = 1,625
21 ÷ 13 = 1,615384615
34 ÷ 21 = 1,619047619
55 ÷ 34 = 1,617647059
89 ÷ 55 = 1,618181818
144 ÷ 89 = 1,617977528 etc. Exatamente a proporção da inclinação das pirâmides do
Egito e do retângulo de ouro dos gregos.
A descoberta de Fibonacci abriu uma nova ideia de tal proporção que os cientistas
começaram a estudar a natureza em termos matemáticos e começaram a descobrir
coisas fantásticas.
Conclusão 1: Para o simbolismo o número talvez seja o valor numérico mais
importante que se tem conhecimento, em especial para todas as partes físicas
(dimensões) sob o jugo da nossa Ordem; elas obedecem, ou deveriam, obedecer, a
proporção dourada (1:1,618): o Pav de Mos; as dimensões do próprio Templo; o
Delta SagradoI
; os painéis da Loja; todos as mesasII
, em especial a mesa dos JJ; a
abertura do esquadro e compasso sob a mesa dos JJ etc.
“Os números governam o mundo.” (Pitágoras)
13. III
Fato 2: Estudos mostram que o número phi ()IV
também se manifesta nas seguintes
situações:
Na proporção de abelhas fêmeas em comparação com abelhas machos numa colmeia.
A proporção que aumenta o tamanho das espirais de um caracol é de 1,618.
A proporção em que aumenta o diâmetro das espirais sementes de um girassol é de
1,618.
A proporção em que se diminuem as folhas de uma árvore à medida que subimos de
altura é de 1,618.
E não só na Terra se encontra tal proporção. Nas galáxias as estrelas se distribuem em
torno de um astro principal numa espiral obedecendo a proporção de 1,618.
Talvez por essa última manifestação, o número phi ficou conhecido como a „divina
proporção‟ porque os historiadores descrevem que foi a beleza perfeita que Deus teria
escolhido para fazer o mundo!
Com a vinda do renascentismo por volta de 1500, a cultura clássica voltou à moda.
Artistas renomados da época como Michelangelo e, principalmente, Leonardo da Vinci,
grandes amantes da cultura pagã, colocaram esta proporção natural em suas obras.
Da Vinci foi ainda mais longe; ele, como cientista, analisava cadáveres para medir a
proporção do corpo e descobriu que nenhuma outra coisa obedece tanto à divina
proporção do que o corpo humano. A obra prima!
Entre outras situações que nós próprios poderemos verificar a presença do número :
A razão entre nossa altura e a altura do umbigo até o chão: o resultado é 1,618.
O comprimento do braço („inteiro‟) dividido pelo tamanho do cotovelo até o dedo: o
resultado é 1,618.
Para os dedos: o comprimento do dedo inteiro dividido pelo comprimento da dobra
central até a ponta fornece o resultado 1,618. Esse valor também vale para a razão
entre o comprimento da dobra central até a ponta e o comprimento da segunda dobra.
Medindo a perna inteira e dividindo pelo tamanho do joelho até o chão, obtém-se o
valor 1,618.
A altura do crânio dividido pelo tamanho da mandíbula até o alto da cabeça: 1,618.
Da cintura até a cabeça e depois só o tórax dá como resultado o número phi –
acompanhar pela imagem ao final do texto.
Nos casos acima há de considerarem-se eventuais erros de medida do equipamento
de medição bem como da metodologia utilizada; de qualquer forma o valor obtido
estará próximo ao valor de phi, mostrando que o corpo humano é regido pela divina
proporção.
Até hoje essa é considerada a mais perfeita das proporções que aplica, consciente ou
inconscientemente, em outras situações.
Obtenha o valor largura/altura do cartão de crédito, livro, jornal, foto revelada... Lá está
ele, o phi! Lembrar de considerar erros de medida oriundos da régua ou fita métrica
que não são objetos acurados de medição.
Encontramos ainda o número phi nas famosas sinfonias como a 9ª. de Beethoven e em
14. outras diversas obras.
Conclusão 2: Teria o Criador usado seu conceito maior de beleza em sua maior
criação feita à sua imagem e semelhança?
Coelhos, abelhas, caramujos, constelações, girassóis, árvores, arte e o homem; coisas
teoricamente diferentes, todas ligadas numa proporção em comum! Ou isso tudo é uma
mera coincidência?...Ou será o conceito de Unidade aplicado em todas as coisas
sendo cada vez mais esclarecido para nós?
“Com abelhas ou sem abelhas, os problemas mais interessantes da matemática têm,
para o pesquisador, a doçura do mel.” (Ary Quintella)
V
Material assinado pelo Ir Aquilino R. Leal, engenheiro eletricista, professor
universitário, iniciado em 03 de setembro de 1976 no Templo Tiradentes (São
Cristóvão – Rio de Janeiro - Brasil), elevado em 28 de abril de 1978 e exaltado em
23 de março de 1979 ocupando o veneralato em 05 de julho de 1988.
É fundador de duas Lojas Maçônicas, entre elas a Loja Stanislas de Guaita 165 - Rio
de Janeiro, ambas trabalhando no REAA, coincidentemente no mesmo dia da
semana.
Desde 2008 é colaborador permanente do FOLHA MAÇÔNICA
(folhamaconica@gmail.com), atualmente com a responsabilidade de três colunas
semanais: A POLÊMICA NA FOLHA, EUREKA (TUREKA E NÓSREKA) e ENQUETE
INÚTIL. Gerencia o ‘Ponto Cultural do FolhaMaçônica’ (http://sdrv.ms/QobWqH)
onde estão postados mais de 15 mil títulos sobre a Ordem e afins para livremente
baixar.
Também colaborador permanente, desde março de 2013, com duas colunas
mensais, do mensário espanhol RETALES DE MASONERÍA.
15. 15
INFORMATIVO BARBOSA NUNES
VALE DO ARAGUAIA MAÇÔNICO
Artigo 139 de Barbosa Nunes publicado no Jornal Diário da Manhã, edição de 05 de outubro de 2013.
Vale é uma depressão alongada mais ou menos larga, cavada por um rio.
Planície entre montes ou no sopé de um monte. Várzea ou planície a beira de um
rio. Figuradamente, vale de lágrimas. Definindo o mundo como lugar de
sofrimento. Vale de Josafá, sitio onde os mortos, segundo as escrituras, hão de
ressuscitar no dia do Juízo Final.
Neste vale sobre o qual inicio o artigo deste sábado corre um rio que tem
maravilhas e belezas, um por do sol das mais belas imagens da natureza. É o Rio
Araguaia, - Rio das Araras Vermelhas. Serenamente vai deslizando entre Goiás e
Mato Grosso, guardando segredos, enigmático, nessa sina de ser rio – fronteira,
seguindo adiante e marcando também os limites entre os Estados do Tocantins e
Pará. Após percorrer dois mil cento e quinze quilômetros deságua no irmão, Rio
Tocantins.
Chego então ao Vale do Araguaia, região compreendida entre os Estados
de Goiás e Mato Grosso, uma das principais bacias hidrográficas do País,
conhecida por suas belezas naturais, voltada para atividade pecuária com rebanho
5 -vale do araguaia maçônico -
Ir Barbosa Nunes
16. 16
bovino superior a seis milhões e uma população com aproximadamente
quinhentos mil habitantes.
Agora sim, chego ao título “Vale do Araguaia Maçônico”. Nesta região está
plantada uma Maçonaria ativa, representativa e em caso único no Brasil, realiza o
“Encontro das Lojas Maçônicas do Vale do Araguaia”, desde 1983. Sem
interrupção em um ano sequer, todo mês de agosto ocorre o evento. Neste ano,
em 18 de agosto a cidade de São Luis de Montes Belos sediou o trigésimo
primeiro, já definido o trigésimo segundo em 2014 em Fazenda Nova.
São realizados com planejamento, pauta antecipadamente definida sobre
assuntos locais estaduais e nacionais, além do foco no cidadão, família, juventude
e especialmente temas sociais.
Recebi do Coordenador Regional Maçônico do Vale do Araguaia,
Albertino Luiz Ferreira, uma coletânea das teses apresentadas, discutidas e
aprovadas. Pontuo, um por um,alguns parágrafos.
Loja Maçônica Alvorada de Aragarças: Abordou Maçonaria Contra as
Drogas e Prevenção pelo Esporte assim se pronunciando: “Segundo o Professor
de Educação Física Augusto Cesar Carneiro Borges, a prática esportiva combate a
depressão e o vicio, liberando neurotransmissores que respondem pelo prazer e
pelo bom humor”.
Loja Maçônica Aprendizes do Bem (Piranhas), assim se posicionou: “Nos
últimos dias temos acompanhado através dos meios de comunicação as
manifestações em todo território nacional, em que os manifestantes procuram
serem ouvidos pelos políticos que insistem em ignorar os movimentos que visam
acabar com a corrupção”.
Da Loja Aurora de Caiapônia ouviu se a afirmativa: “Colocando em outras
palavras, é imperioso conhecer o obstáculo, para ultrapassando-o, atingir o bem-o
progresso. Conhecer-se para progredir é algo que permeia a filosofia maçônica, o
aperfeiçoamento e investigação constante da verdade”.
Loja Dimas Nasser (Bom Jardim de Goiás): “Observe neste instante e veja
imensidão que o rodeia. Veja cada objeto, peça e acessório em uso e o ambiente
em que se encontra e tente imaginar quantos trabalhadores estiveram envolvidos
no processo de produção desses utensílios, que significam o trabalho que dignifica
o homem”.
Loja Estrela Montebelense (São Luis de Montes Belos), Expôs e discutiu o
texto maçônico: ”Não deveis combater somente as vossas paixões, mas ainda há
outros inimigos da humanidade, como sejam, os hipócritas que a enganam, os
pérfidos que a defraudam, os fanáticos, que a oprimem, os ambiciosos, que a
usurpam e os corruptos e sem princípios que abusam da confiança do povo”.
Loja Planalto do Bem (Firminópolis), sobre a falta do amor: “Dia a dia
estamos presenciando o distanciamento das pessoas causado principalmente pela
ganância e pelo materialismo, pois nos encontramos na era das máquinas, era da
morte pela violência desenfreada e a era dos problemas e dos conflitos”.
Loja Plenitude do Sigilo (Jussara),fez pronunciamento sobre a lealdade que
17. 17
no dicionário maçônico é atributo virtuoso exigido pelos participantes de um
grupo em Loja, despertando-os para um universo de bons propósitos.
Loja Segredo e Vigilância (Paraúna), “Descreveu a corrupção no Brasil e
sua repercussão social, afirmando que o brasileiro está cansado e se manifestou e
precisa continuar lutando em favor de uma mudança no quadro político
brasileiro”.
Loja União de Iporá (Iporá), levou ao plenário o tema Cooperação pela
Água, conclamando: “A conservação das nascentes e matas ciliares existentes e a
recuperação daquelas degradas é algo inevitável para melhorar e aumentar a
disposição dos recursos hídricos, imprescindíveis à manutenção de toda forma de
vida no planeta”.
Loja União e Sigilo (Fazenda Nova), Cantou, sensibilizou pelo significado
da palavra irmão, apresentando o poema já musicado e de sucesso, “Não preciso
nem dizer, Tudo isso que eu lhe digo, Mas é muito bom saber que eu tenho um
grande irmão”.
Loja Vale do Rio Claro (Montes Claros de Goiás), concluiu as abordagens
com a página “cultive o amor”. Em um dos parágrafos “não descuide do amor ele
é poderoso medicamento na cura das dores da alma. Ninguém pode suprir a
ânsia do coração a não ser com o amor. Não lute contra o coração. Siga as suas
leis. Valorizar o amor é aprender a viver”.
A Maçonaria do Vale do Araguaia tem capilaridade, está presente, muito
representativa e atenta com os problemas da região e tem extensão social e
política no Grão-Mestre Estadual Luis Carlos de Castro Coelho, na coordenação
regional de Albertino Luis Ferreira e nos Veneráveis Mestres das onze Lojas do
Vale do Araguaia, Cleber Victor de Oliveira, João Pereira Goulart, João Bosco
Carneiro Vilela, Cloves da Silva, Rubens Gonçalves Ramos,José Lici Lourenço
de Oliveira, José Rubens de Mendonça, Marcos Fernando Braga, João Batista
Alves, Valtoir Benedito de Oliveira e José Geraldo do Nascimento.
Pelo Vale do Araguaia corre permanentemente uma maçonaria
comprometida com participação social e respeitada pelo seu interesse humano e
comunitário.
Barbosa Nunes, advogado, ex-radialista, membro da AGI, delegado de polícia
aposentado, professor e maçom do Grande Oriente do Brasil -
barbosanunes@terra.com.br.
18. 18
Este bloco é produzido pelo Ir. Pedro Juk,
Loja Estrela de Morretes, 3159 - Morretes - PR
É apresentado às terças, quintas, sábados e domingos
orador e a instalação
O Respeitável Irmão Sérgio Alvarim, Mestre instalado da Loja Cavaleiros Templários,
4.427, GOB, Oriente de São Paulo, Capital, apresenta a seguinte questão:
sergio.vendas@metalma.ind.br
Estava participando de uma instalação em outra Loja, quando outro
Mestre Instalado a meu lado comentou que após a instalação do novo Venerável
Mestre, é dada posse para sua administração, inclusive o Orador.
Se esse Orador da Loja não for um Mestre Instalado, como ele pode declarar que
os trabalhos foram “JJ e PP” se não participou de grande parte da sessão?
Confesso que não soube responder e apelo para Irmãos mais experientes como é
vosso caso
CONSIDERAÇÕES:
Essas são contradições que, dentre outras, acabam por aparecer na Sessão
Magna de Instalação e Posse – às vezes por omissão do Ritual e outras pela falta
de interpretação do mesmo.
Uma boa parte dessas anomalias é a questão da adaptação. Digo isso porque
tradicionalmente Instalação só existe no costume inglês (Craft). Como
6 - Perguntas e Respostas
Ir Pedro Juk
19. 19
inventaram esse processo de Instalação em ritos que não há possui, como é o
caso do Rito Escocês Antigo e Aceito, esse processo acabou sendo copiado e
passou a ser consuetudinário também no Grande Oriente do Brasil desde o ano
de 1.968.
Tudo bem. Se hoje esse processo é uma realidade e faz parte legalmente nas
Obediências brasileiras, esse fato precisaria pelo menos ser mais bem estudado
e adaptado.
Entendo eu que nesse processo a Sessão de Instalação, por ser um Conselho de
Mestres Instalados, deveria se distinguir da Sessão de Posse da nova diretoria.
Nesse sentido, o Conselho de Mestres Instalados se encerra imediatamente após
a cerimônia de Instalação do novo Venerável, cuja cerimônia só tem início por
ocasião da abertura do Conselho – aquela onde ficam presentes apenas Mestres
Instalados.
Nesse processo de Instalação, antes de ser declarado encerrado o Conselho, o
Orador (Mestre Instalado) daria as suas conclusões e seria confeccionada a ata
do Conselho pelo Secretário (Mestre Instalado). Findado o processo e declarado
concluído o Conselho, dar-se-ia então o ingresso dos demais na forma
costumeira, cujo novo Venerável agora dirigindo a Sessão daria a esta
continuidade auxiliado pela Comissão Instaladora (que não é mais o Conselho).
Ainda no particular do Conselho e a Comissão Instaladora.
a) Uma Comissão Instaladora deveria ser composta por “sete Mestres
Instalados”.
b) Abrindo-se o Conselho com apenas os integrantes da Comissão (atuais
três) e não mais existindo Mestres Instalados na oportunidade (isso é uma
realidade em uma imensa maioria das Lojas)? Quem seria o Cobridor
Mestre Instalado? Quem seriam o Orador e o Secretário Mestres
Instalados? E O Mestre de Cerimônias? Não precisaria este também ser um
Mestre Instalado?
c) Um Conselho se reúne em Loja. Em qualquer circunstância uma Loja só
pode ser aberta com sete Mestres – nesse caso Instalados.
d) Uma Loja aberta, além dos outros seis, carece impreterivelmente de pelo
menos um Cobridor.
e) Um Orador e um Secretário Mestres Instalados cumpririam os seus ofícios
no Conselho.
f) O Mestre de Cerimônias é imprescindível no ato.
g) Um Conselho de Mestres Instalados só existe para a Instalação do novo
Venerável. Encerrado este ele deixa de existir.
h) A Comissão designada por ato e composta por no mínimo sete Mestres
Instalados daria autenticidade lógica ao Conselho.
i) Prever que na oportunidade possam existir outros Mestres Instalados, isso
não é uma realidade, pois não existe a obrigatoriedade de uma Loja
Simbólica existir com mais de um Mestre Instalado (o Venerável).
j) Mestres Instalados por ocasião do ato e integrantes da Comissão
inquestionavelmente devem pertencer à Obediência à que pertence a Loja.
Dentre outros, esses tópicos elencados pelo menos deveriam ser observados
para diminuir o grande número de elementos contraditórios.
Já na questão da posse da Diretoria da Loja, além dos respectivos Oficiais e
Comissões, esta se desenvolveria normalmente (com é a prática atual) após a
Instalação do novo Venerável, já que essa é uma obrigação particular da Loja,
20. 20
embora a Comissão permaneça em auxílio até que os cargos do Quadro estejam
na oportunidade ocupados.
Nesse sentido, em breve estariam empossados o novo Orador e o novo
Secretário da Loja. Assim sendo o Orador de ofício declararia se a Sessão de
Posse fora Justa e Perfeita e o Secretário redigiria a ata pertinente ao ato.
Se esses procedimentos viessem ser bem observados, penso que muitas
contradições seriam resolvidas, ou pelo menos amenizadas – uma ata redigida
por ocasião do Conselho e outra no final da Sessão redigida pelo novo Secretário
empossado.
Outros podem ainda pensar que adaptar o ritual é um verdadeiro “sacrilégio”,
todavia é sempre bom lembrar que nos ritos de vertente latina, esse fato não
seria uma mudança, senão uma obra de bom-senso, já que o original mesmo é a
Instalação no Craft inglês e, por extensão no americano. Nos ritos latinos isso é
mesmo um “enxerto” que acabou virando Lei. Como essa impreterivelmente deve
ser cumprida, pelo menos vamos tentar dar sentido aos fatos.
Ah! Nunca é demais lembrar que Mestre Instalado não é Grau Simbólico, senão
um título distintivo, assim como uma Instalação é um ato solene e individual –
Instalação “em grupo” é um processo lamentavelmente equivocado – eu não
creio nas bruxas, porém que elas existem; existem.
T.F.A.
PEDRO JUK
jukirm@hotmail.com
JULHO/2013
Na dúvida pergunte ao JB News ( jbnews@floripa.com.br ) que o Ir Pedro Juk responde (
jukirm@hotmail.com )
Não esqueça: envie sua pergunta identificada pelo nome completo, Loja, Oriente, Rito e Potência.
21. 21
Loja Templários da Nova Era
Agora, o Desafio da Semana: (6)
Rádio Sintonia 33 e JB News.
Música, Cultura e Informação o ano inteiro.
Rede Catarinense de Comunicação da Maçonaria Universal
Visite o Portal da Rádio Sintonia e navegue, navegue...
www.radiosintonia33.com.br
7 - destaques jb
Resenha Geral
DESAFIO 6
Aquilino R. Leal
Resolvemos fazer uma pequena economia... Começaremos hoje depositando em um
pequeno cofre três moedas: uma de um Real e as outras duas de 10 centavos cada uma.
Nos dias seguintes, como economia diária, duplicaremos as moedas do dia anterior, ou
seja, o dobro do depósito feito no dia anterior. Qual será a quantidade amealhada daqui a
7 dias quando da publicação do próximo desafio?
Solução:
Na próxima sexta-feira; enquanto isso mande-nos tua resposta justificada que a
publicaremos no decorrer da semana.
Este mais é um desafio enviado pelo Irmão Aquilino R. Leal que escreve todas as
quartas-feiras e domingos para oJB NEWS.
A resposta/solução juntamente com o enunciado, para reavivar a mente do leitor, será
fornecida na próxima sexta-feira, prazo suficiente para pensar-se em uma solução.
Tais desafios poderão ocorrer esporadicamente ainda que, no máximo,semanais.
Pronto... sobrou de novo para o Editor que vai ter que quebrar a cabeça!!
22. 22
1 - Für Elise on glass harp (Pour Elise)
http://www.youtube.com/watch?v=47TGXJoVhQ8
2 - Muito bom!
Bxfp/debme/moc.ebutuoy.www//:ptth5=ler?sTK-tu0
3 - Chevaux en Espagne. - Granada (Espanha).
Alem de lindos e’ impressionante o trote q. eles desenvolvem!
https://www.youtube-nocookie.com/embed/Y5XJbSqwriM?rel=0
4 - A morte tem seu preço. Filme western legendado
http://www.youtube.com/watch?v=UoUllAFDrf4
23. 23
O Ir Sinval Santos da Silveira,
Grande Orador da GLSC e MI da
ARLS Alferes Tiradentes nr. 20
escreve aos domingos neste espaço
Conto poético: O DOCE BEIJO DO MESTRE.
Que reencontro emocionante, tive esta semana, numa das
esquinas da vida.
Meu querido professor de geografia, nas felizes épocas
do, então, curso ginasial.
Que emoção, meu Deus !
Procuramos um banco de jardim, que pudesse nos acolher,
pois a conversa prometia estender-se, por um longo tempo.
Tratou-me, ainda, de "meu filho", como antigamente.
Recordamos os velhos tempos, os alunos e o destino
que tomaram...
fechando a cortina
24. 24
Estava bem informado.
Perguntei-lhe coisas óbvias.
Disse-me:
"Todas as noites rezo por vocês, queridos alunos.
Jamais deixaram de ser meus filhos amados.
Vocês são a minha vida, as minhas lembranças...
No decorrer do meu trabalho, apaixonei-me por uma
aluna, tua colega, sabes disto, tenho certeza.
Foi um escândalo, nesta Cidade.
Mas o amor venceu, foi mais forte.
Estamos casados há mais de 50 anos, mais de meio
século de plena felicidade !
Algumas pessoas, chamadas de "tradicionais," quase
destruíram este sonho de fada.
Sabe, meu filho, a partir de certa idade, quando paramos
as atividades profissionais, resta um enorme tesouro,
as lembranças de tudo o que passamos na vida.
Vocês, meus alunos, são este tesouro.
E tu, és parte dele
Lembro-me de cada sorriso, inocente ou maroto.
Sei que o tempo deve ter modificado, e muito, esta
inocência de que falo.
É natural que seja assim.
Naquele prédio, hoje funciona outra escola mas, de
vez em quando, volto lá, por ordem da saudade.
Ainda escuto as vozes dos meus alunos, o toque da
"sineta", e me vejo lecionando..."
Terminada a conversa, aquele mestre, tão enérgico
no passado, abraçou-me, em lágrimas, e me beijou.
Foi o único beijo que ganhei de um professor, em toda
a minha vida... um doce, e inesquecível beijo !
Veja mais poemas do autor, Clicando no seu BLOG: http://poesiasinval.blogspot.com/
* Sinval Santos da Silveira - Obreiro da ARLS.·.
Alferes Tiradentes nr. 20 e Grande Orador da GLSC
25. 25
NOTAS:
I
Não concordamos com o estabelecido no Ritual do Aprendiz Maçom, Grau I, pág. 12,
REAA, Rio de Janeiro, GLMERJ, 1995, de que o triângulo sob a cabeça do VM seja
um triângulo equilátero. Em nosso entender deveria ser um triângulo de ouro de ângulos 108o
,
36o
e 36o
– temos razões para afirmar isso as quais,oportunamente,serão apresentadas.
II
Preferimos o uso de „mesa‟ em vez de „altar‟ para evitar qualquer conotação religiosa.
III
Imagem retirada do mesário eletrônico RETALES DE MASONERÍA - AÑOIII - NUM. 25 –
ABRIL 2013, disponível para baixar no link http://sdrv.ms/QobWqH, pasta FOLHAS
MAÇÔNICAS, POLÊMICAS E EUREKAS/AQUILINO FORA DA FOLHA.
IV
Em verdade são dois os valores envolvidos para phi: e , um sendo o inverso do outro –
interessante notar que a dízima, não periódica, é a mesma em ambos os casos, ou seja, tanto
para o número de ouro como para o seu recíproco (inverso)!
V
Imagem retirada do mesário eletrônico RETALES DE MASONERÍA - AÑOIII - NUM. 25 –
ABRIL 2013, disponível para baixar no link http://sdrv.ms/QobWqH, pasta FOLHAS
MAÇÔNICAS, POLÊMICAS E EUREKAS/AQUILINO FORA DA FOLHA.