SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 15
Baixar para ler offline
A
interpretação
das culturas
1/15
Parte I, capítulo 1( I a VIII)
Clifford
Geertz
ANTROPÓLOGO ESTADUNIDENSE
3/15
1926 - 2006
Fundador de uma das vertentes da antropologia
CONTEMPORÂNEA – Hermenêutica ou
interpretativa.
Ênfase sobre a experiência
etnográfica
Estudo das práticas
simbólicas e dos discursos
embasados nas diferenças e
suas fronteiras
Tema principal: a
interpretação dos "nativos"
sobre sua própria cultura
Interpretação de segunda ou
terceira mão [*]
Antropologia
interpretativa
2/15
Prefácio
4/15
Revisita suas
publicações e
reúne aquelas
que têm relação
direta com a
cultura
Fala do
incômodo em se
distanciar "das
imediações da
vida social"/
ênfase empírica
Traz a visada
crítica e
temporal das
pesquisas/
Indica a
necessidade de
alterações, mas
nada substancial
Sublinha a
dinâmica das
teorias / a
descida e a
subida de
postos, os riscos
da popularidade
excessiva
Limites teóricos
4/15
O conceito de cultura é fundante para a
Antropologia. Geertz se preocupa em
limitar, especificar, enfocar e conter, ou
seja, fazer uma redução a uma dimensão
justa, que realmente assegure a sua
importância continuada em vez de debilitar
o conceito
pot-au-feu
Para E. Taylor, cultura é totalidade da vida social do homem.
Traz problemas, dificulta a análise
Cultura
4/15
“o homem é um
animal amarrado
a teias de
significados que
ele mesmo
teceu” /Max
Weber
A cultura é a TEIA de signos
e a sua análise. Não busca-se
leis como na ciência
experimental. Busca- se o
significado (ciência
interpretativa)
O antropólogo é o intérprete
que se esforça para traduzir
os significados construídos
pelos sujeitos sociais
Uma descrição densa
POR UMA TEORIA INTERPRETATIVA DA CULTURA
6/15
O que é?
É um método de observação
que objetiva proporcionar a
compreensão das estruturas
significantes implicadas na
ação social observada, que
necessita primeiramente ser
apreendida para depois ser
apresentada.
O antropólogo deve
descrever seu objeto de
estudo em suas mais
diversas particularidades,
levando em conta todos os
pequenos fatos que cercam
sua vida social e a ação
social destes fatos.
Uma descrição densa
POR UMA TEORIA INTERPRETATIVA DA CULTURA
6/15
Como se realiza?
02
Por meio da ETNOGRAFIA.
“Praticar a etnografia é
estabelecer relações, selecionar
informantes, transcrever textos,
levantar genealogias, mapear
campos, manter um diário e
assim por diante” (GEERTZ,
2008, p. 4).
Mas não são as técnicas e os
processos
determinados que definem o
empreendimento. “O que
define a etnografia é o tipo
de esforço intelectual que o
método etnográfico
representa, o risco elaborado
para realizar uma "descrição
densa""
[*]
Uma descrição densa
POR UMA TEORIA INTERPRETATIVA DA CULTURA
6/15
Quais as diferenças
entre etnografia e
etnologia
03
“etnografia é o estudo profundo de um grupo
cultural particular”, enquanto a “etnologia é o
estudo comparativo dos dados etnográficos,
da sociedade e da cultura”.
As estruturas
significantes das
piscadelas (RyLe)
4/15
1 2 3
4
Tique Conspiração Imitação
Ensaio
As diferenças figuradas nas piscadelas denunciam o
riscos “da superfície”. Devemos buscar os significados
de que precisamos dentro de determinada cultura,
levando em conta todas as suas características. Quanto
mais densa é a descrição, mais meios o antropólogo
possui para legitimar suas teorias
4/15
Da incursão
das ovelhas
para os
signos
regionais
4/15
4/15
Conversa
com vovó
Bernaldina
4/15
Quasi estruturas de significação foram
TECIDAS na descrição daquela
experiência? Para Geertz a escolha dessas
estruturas não é tanto um ato de
decifração de códigos culturais.
Na dúvida, apenas se perguntem: como
isso está acontecendo e como esses
significados se conectam a outros?
4/15
doenças e magias
habilidades e inveja
meu saber (e violências simbólicas)
percurso subversivo ao planejo
(irregular e inexplícito)
apropriações cambiantes de crenças
não existe dia de folga etnográfica no
campo
Cultura é CON(TEXTO) a ser descrito de
forma de forma inteligível, densa.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Antropologia: O trabalho de campo etnográfico
Antropologia: O trabalho de campo etnográficoAntropologia: O trabalho de campo etnográfico
Antropologia: O trabalho de campo etnográficoFlávia De Mattos Motta
 
Slide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaSlide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaCamilla Follador
 
Apresentação paulo freire
Apresentação paulo freireApresentação paulo freire
Apresentação paulo freiremarciafgd
 
Estrutura e Estratificação Social
Estrutura e Estratificação Social Estrutura e Estratificação Social
Estrutura e Estratificação Social Carlos Benjoino Bidu
 
Diversidade cultural e multiculturalismo
Diversidade cultural e multiculturalismoDiversidade cultural e multiculturalismo
Diversidade cultural e multiculturalismoEdenilson Morais
 
Pesquisas educacionais
Pesquisas educacionaisPesquisas educacionais
Pesquisas educacionaisAna Rodrigues
 
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)Israel serique
 
O SURDO - Uma abordagem social e compreensiva
O SURDO - Uma abordagem social e compreensivaO SURDO - Uma abordagem social e compreensiva
O SURDO - Uma abordagem social e compreensivaSeducCEARA
 
A Classificação Decimal de Dewey - CDD
A Classificação Decimal de Dewey - CDDA Classificação Decimal de Dewey - CDD
A Classificação Decimal de Dewey - CDDCarla Façanha de Brito
 
A cultura e a sociedade
A cultura e a sociedadeA cultura e a sociedade
A cultura e a sociedadeDanusy Déia
 
Movimentos sociais e serviço social
Movimentos sociais e serviço socialMovimentos sociais e serviço social
Movimentos sociais e serviço socialRosane Domingues
 
Malinowisk slideshare
Malinowisk slideshareMalinowisk slideshare
Malinowisk slideshareDebora Bluhu
 

Mais procurados (20)

Antropologia: O trabalho de campo etnográfico
Antropologia: O trabalho de campo etnográficoAntropologia: O trabalho de campo etnográfico
Antropologia: O trabalho de campo etnográfico
 
Antropologia: conceitos basicos
 Antropologia: conceitos basicos Antropologia: conceitos basicos
Antropologia: conceitos basicos
 
Os pais fundadores da etnografia
Os pais fundadores da etnografiaOs pais fundadores da etnografia
Os pais fundadores da etnografia
 
Teoria Crítica
Teoria CríticaTeoria Crítica
Teoria Crítica
 
Slide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogiaSlide introduçao a pedagogia
Slide introduçao a pedagogia
 
Sociologia
SociologiaSociologia
Sociologia
 
Apresentação paulo freire
Apresentação paulo freireApresentação paulo freire
Apresentação paulo freire
 
Estrutura e Estratificação Social
Estrutura e Estratificação Social Estrutura e Estratificação Social
Estrutura e Estratificação Social
 
Diversidade cultural e multiculturalismo
Diversidade cultural e multiculturalismoDiversidade cultural e multiculturalismo
Diversidade cultural e multiculturalismo
 
Pesquisas educacionais
Pesquisas educacionaisPesquisas educacionais
Pesquisas educacionais
 
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)
1 Resumo: cultura, um conceito antropológico (LARAIA)
 
O que é antropologia
O que é antropologiaO que é antropologia
O que é antropologia
 
Exclusão na escola
Exclusão na escolaExclusão na escola
Exclusão na escola
 
O SURDO - Uma abordagem social e compreensiva
O SURDO - Uma abordagem social e compreensivaO SURDO - Uma abordagem social e compreensiva
O SURDO - Uma abordagem social e compreensiva
 
A Classificação Decimal de Dewey - CDD
A Classificação Decimal de Dewey - CDDA Classificação Decimal de Dewey - CDD
A Classificação Decimal de Dewey - CDD
 
A cultura e a sociedade
A cultura e a sociedadeA cultura e a sociedade
A cultura e a sociedade
 
Teorias do curriculo
Teorias do curriculoTeorias do curriculo
Teorias do curriculo
 
Movimentos sociais e serviço social
Movimentos sociais e serviço socialMovimentos sociais e serviço social
Movimentos sociais e serviço social
 
Malinowisk slideshare
Malinowisk slideshareMalinowisk slideshare
Malinowisk slideshare
 
Excluidos no interior
Excluidos no interiorExcluidos no interior
Excluidos no interior
 

Semelhante a a interpretaçao das culturas clifford gertz.pdf

Antropologia 126496 Un1.pdf
Antropologia 126496 Un1.pdfAntropologia 126496 Un1.pdf
Antropologia 126496 Un1.pdfRenataTamares1
 
Cempi – aula antropologia cultural 1
Cempi – aula antropologia cultural  1Cempi – aula antropologia cultural  1
Cempi – aula antropologia cultural 1Geani Pedrosa
 
Teste para futuras edições
Teste para futuras ediçõesTeste para futuras edições
Teste para futuras ediçõesRafael Camargo
 
A abordagem etnográfica na investigação científica
A abordagem etnográfica na investigação científicaA abordagem etnográfica na investigação científica
A abordagem etnográfica na investigação científicaVera Lúcia Casteleins
 
Reflexões sobre a resistência indígena
Reflexões sobre a resistência indígenaReflexões sobre a resistência indígena
Reflexões sobre a resistência indígenaDaniel Silva
 
SOBRE AUTORES E AUTORIDADES NA ANTROPOLOGIA
SOBRE AUTORES E AUTORIDADES NA ANTROPOLOGIASOBRE AUTORES E AUTORIDADES NA ANTROPOLOGIA
SOBRE AUTORES E AUTORIDADES NA ANTROPOLOGIAJosep Segarra
 
Teoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade VTeoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade VHarutchy
 
A antropologia urbana josé guilherme cantor magnani
A antropologia urbana josé guilherme cantor magnaniA antropologia urbana josé guilherme cantor magnani
A antropologia urbana josé guilherme cantor magnaniHelena Chagas
 
24.02 atividade sociologia_3_b_douglas
24.02 atividade sociologia_3_b_douglas24.02 atividade sociologia_3_b_douglas
24.02 atividade sociologia_3_b_douglasDouglasElaine Moraes
 
dokumen.tips_c-geertz-etnografia.ppt
dokumen.tips_c-geertz-etnografia.pptdokumen.tips_c-geertz-etnografia.ppt
dokumen.tips_c-geertz-etnografia.pptGustavo612928
 
Slides - Aula 01 - O surgimento da Antropologia e as suas escolas.pdf
Slides - Aula 01 - O surgimento da Antropologia e as suas escolas.pdfSlides - Aula 01 - O surgimento da Antropologia e as suas escolas.pdf
Slides - Aula 01 - O surgimento da Antropologia e as suas escolas.pdfNatan Baptista
 
Multiculturalismo (1)
Multiculturalismo (1)Multiculturalismo (1)
Multiculturalismo (1)Luiz Dias
 

Semelhante a a interpretaçao das culturas clifford gertz.pdf (20)

Antropologia 1.pptx
Antropologia 1.pptxAntropologia 1.pptx
Antropologia 1.pptx
 
Antropologia 126496 Un1.pdf
Antropologia 126496 Un1.pdfAntropologia 126496 Un1.pdf
Antropologia 126496 Un1.pdf
 
parte-2
parte-2parte-2
parte-2
 
Antropologia da religião 2
Antropologia da religião 2Antropologia da religião 2
Antropologia da religião 2
 
Estudos culturais e antropologicos
Estudos culturais e antropologicosEstudos culturais e antropologicos
Estudos culturais e antropologicos
 
Cempi – aula antropologia cultural 1
Cempi – aula antropologia cultural  1Cempi – aula antropologia cultural  1
Cempi – aula antropologia cultural 1
 
1376282672487
13762826724871376282672487
1376282672487
 
Teste para futuras edições
Teste para futuras ediçõesTeste para futuras edições
Teste para futuras edições
 
A abordagem etnográfica na investigação científica
A abordagem etnográfica na investigação científicaA abordagem etnográfica na investigação científica
A abordagem etnográfica na investigação científica
 
Reflexões sobre a resistência indígena
Reflexões sobre a resistência indígenaReflexões sobre a resistência indígena
Reflexões sobre a resistência indígena
 
SOBRE AUTORES E AUTORIDADES NA ANTROPOLOGIA
SOBRE AUTORES E AUTORIDADES NA ANTROPOLOGIASOBRE AUTORES E AUTORIDADES NA ANTROPOLOGIA
SOBRE AUTORES E AUTORIDADES NA ANTROPOLOGIA
 
Estruturalismo funcionalismo
Estruturalismo funcionalismoEstruturalismo funcionalismo
Estruturalismo funcionalismo
 
Teoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade VTeoria da comunicação Unidade V
Teoria da comunicação Unidade V
 
A antropologia urbana josé guilherme cantor magnani
A antropologia urbana josé guilherme cantor magnaniA antropologia urbana josé guilherme cantor magnani
A antropologia urbana josé guilherme cantor magnani
 
24.02 atividade sociologia_3_b_douglas
24.02 atividade sociologia_3_b_douglas24.02 atividade sociologia_3_b_douglas
24.02 atividade sociologia_3_b_douglas
 
Antropologia
AntropologiaAntropologia
Antropologia
 
Antropologia
AntropologiaAntropologia
Antropologia
 
dokumen.tips_c-geertz-etnografia.ppt
dokumen.tips_c-geertz-etnografia.pptdokumen.tips_c-geertz-etnografia.ppt
dokumen.tips_c-geertz-etnografia.ppt
 
Slides - Aula 01 - O surgimento da Antropologia e as suas escolas.pdf
Slides - Aula 01 - O surgimento da Antropologia e as suas escolas.pdfSlides - Aula 01 - O surgimento da Antropologia e as suas escolas.pdf
Slides - Aula 01 - O surgimento da Antropologia e as suas escolas.pdf
 
Multiculturalismo (1)
Multiculturalismo (1)Multiculturalismo (1)
Multiculturalismo (1)
 

Último

SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholacleanelima11
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoGentil Eronides
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfFrancisco Márcio Bezerra Oliveira
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobremaryalouhannedelimao
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdfLeloIurk1
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfEmanuel Pio
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesFabianeMartins35
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdfBlendaLima1
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxMauricioOliveira258223
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...Rosalina Simão Nunes
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMHELENO FAVACHO
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfWagnerCamposCEA
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......suporte24hcamin
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfHELENO FAVACHO
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?AnabelaGuerreiro7
 

Último (20)

SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanholaSLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
SLIDE DE Revolução Mexicana 1910 da disciplina cultura espanhola
 
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimentoBNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
BNCC Geografia.docx objeto de conhecimento
 
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdfRecomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
Recomposiçao em matematica 1 ano 2024 - ESTUDANTE 1ª série.pdf
 
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobreAULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
AULA DE CARIOLOGIA TSB introdução tudo sobre
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
3-Livro-Festa-no-céu-Angela-Lago.pdf-·-versão-1.pdf
 
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptxSlides sobre as Funções da Linguagem.pptx
Slides sobre as Funções da Linguagem.pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEMPRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS GESTÃO DA APRENDIZAGEM
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdfReta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
Reta Final - CNU - Gestão Governamental - Prof. Stefan Fantini.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......Introdução a Caminhada do Interior......
Introdução a Caminhada do Interior......
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
Urso Castanho, Urso Castanho, o que vês aqui?
 

a interpretaçao das culturas clifford gertz.pdf

  • 2. Clifford Geertz ANTROPÓLOGO ESTADUNIDENSE 3/15 1926 - 2006 Fundador de uma das vertentes da antropologia CONTEMPORÂNEA – Hermenêutica ou interpretativa.
  • 3. Ênfase sobre a experiência etnográfica Estudo das práticas simbólicas e dos discursos embasados nas diferenças e suas fronteiras Tema principal: a interpretação dos "nativos" sobre sua própria cultura Interpretação de segunda ou terceira mão [*] Antropologia interpretativa 2/15
  • 4. Prefácio 4/15 Revisita suas publicações e reúne aquelas que têm relação direta com a cultura Fala do incômodo em se distanciar "das imediações da vida social"/ ênfase empírica Traz a visada crítica e temporal das pesquisas/ Indica a necessidade de alterações, mas nada substancial Sublinha a dinâmica das teorias / a descida e a subida de postos, os riscos da popularidade excessiva
  • 5. Limites teóricos 4/15 O conceito de cultura é fundante para a Antropologia. Geertz se preocupa em limitar, especificar, enfocar e conter, ou seja, fazer uma redução a uma dimensão justa, que realmente assegure a sua importância continuada em vez de debilitar o conceito pot-au-feu Para E. Taylor, cultura é totalidade da vida social do homem. Traz problemas, dificulta a análise
  • 6. Cultura 4/15 “o homem é um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu” /Max Weber A cultura é a TEIA de signos e a sua análise. Não busca-se leis como na ciência experimental. Busca- se o significado (ciência interpretativa) O antropólogo é o intérprete que se esforça para traduzir os significados construídos pelos sujeitos sociais
  • 7. Uma descrição densa POR UMA TEORIA INTERPRETATIVA DA CULTURA 6/15 O que é? É um método de observação que objetiva proporcionar a compreensão das estruturas significantes implicadas na ação social observada, que necessita primeiramente ser apreendida para depois ser apresentada. O antropólogo deve descrever seu objeto de estudo em suas mais diversas particularidades, levando em conta todos os pequenos fatos que cercam sua vida social e a ação social destes fatos.
  • 8. Uma descrição densa POR UMA TEORIA INTERPRETATIVA DA CULTURA 6/15 Como se realiza? 02 Por meio da ETNOGRAFIA. “Praticar a etnografia é estabelecer relações, selecionar informantes, transcrever textos, levantar genealogias, mapear campos, manter um diário e assim por diante” (GEERTZ, 2008, p. 4). Mas não são as técnicas e os processos determinados que definem o empreendimento. “O que define a etnografia é o tipo de esforço intelectual que o método etnográfico representa, o risco elaborado para realizar uma "descrição densa"" [*]
  • 9. Uma descrição densa POR UMA TEORIA INTERPRETATIVA DA CULTURA 6/15 Quais as diferenças entre etnografia e etnologia 03 “etnografia é o estudo profundo de um grupo cultural particular”, enquanto a “etnologia é o estudo comparativo dos dados etnográficos, da sociedade e da cultura”.
  • 10. As estruturas significantes das piscadelas (RyLe) 4/15 1 2 3 4 Tique Conspiração Imitação Ensaio
  • 11. As diferenças figuradas nas piscadelas denunciam o riscos “da superfície”. Devemos buscar os significados de que precisamos dentro de determinada cultura, levando em conta todas as suas características. Quanto mais densa é a descrição, mais meios o antropólogo possui para legitimar suas teorias 4/15
  • 12. Da incursão das ovelhas para os signos regionais 4/15
  • 14. 4/15 Quasi estruturas de significação foram TECIDAS na descrição daquela experiência? Para Geertz a escolha dessas estruturas não é tanto um ato de decifração de códigos culturais. Na dúvida, apenas se perguntem: como isso está acontecendo e como esses significados se conectam a outros?
  • 15. 4/15 doenças e magias habilidades e inveja meu saber (e violências simbólicas) percurso subversivo ao planejo (irregular e inexplícito) apropriações cambiantes de crenças não existe dia de folga etnográfica no campo Cultura é CON(TEXTO) a ser descrito de forma de forma inteligível, densa.