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APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 1
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Compreensão ou Intelecção de Texto – consiste em
analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar
dados do texto. O enunciado normalmente assim se
apresenta:
As considerações do autor se voltam para...
Segundo o texto está correta...
De acordo com o texto, está incorreta...
Tendo em vista o texto, está incorreta...
O autor sugere ainda que..
De acordo com o texto é certo...
O autor afirma que ...
Interpretação de Texto – consiste em saber o que se
infere (conclui) do que está escrito. O enunciado
normalmente é encontrado da seguinte maneira:
O texto possibilita o entendimento de que...
Com apoio no texto, infere-se que...
O texto encaminha o leitor para...
Pretende o texto mostrar que o leitor...
O texto possibilita deduzir que...
VOCABULÁRIO
Todo leitor deve preocupar-se em melhorar
constantemente a sua capacidade de identificar palavras-
chaves e palavras de complementação periférica do
texto. Estas tornam a percepção mais aguda e profunda,
mas não chegam a comprometer o resultado geral da
leitura. Já aquelas (palavras-chaves) podem impedir a
compreensão do sentido geral do texto. Nos dois casos,
é necessário atentar para as pistas contextuais e ler
diariamente, para ampliar o conhecimento vocabular.
INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS
São consideradas implícitas todas as
informações que uma sentença veicula, sem que o
falante se comprometa explicitamente com sua verdade.
Essas informações precisam ser inferidas a partir da
sentença por meio de algum raciocínio que parte da
própria sentença.
Pressupostos são ideias não expressas de maneira
explícita, que decorrem logicamente do sentido de certas
palavras ou expressões contidas na frase.Se alguém nos
disser que o carro parou de trepidar depois que foi ao
mecânico, concluímos que o carro morria antes de ir ao
mecânico; se esse mesmo alguém nos disser que o carro
não parou de trepidar apesar de ter ido ao mecânico,
também concluiremos que o carro trepidava antes.
Sempre que um certo conteúdo está presente tanto na
sentença como em sua negação, dizemos que a
sentença pressupõe esse conteúdo.
ILARI, Rodolfo. Introdução à semântica: brincando com a
gramática. S. Paulo: Contexto, 2012, p. 85.
Observe, nas frases seguintes, quais as informações
explícitas e implícitas.
1. André tornou-se um antitabagista convicto.
2. Pedro é o último convidado a chegar à festa.
3. Todos vieram; até Maria.
4. Julinha foi minha primeira filha.
5. A produção agropecuária brasileira está
totalmente nas mãos dos brasileiros.
6. Os brasileiros, que não se importam com a
coletividade, só se preocupam com o seu bem-
estar e, por isso, jogam lixo na rua.
7. Frequentei a Universidade, mas aprendi
bastante
PASSOS PARA LEITURA E INTERPRETAÇÃO
1) Não extrapole o que está escrito no texto. Muitas
vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato
interpreta o que não está escrito. Deve-se ater
somente às informações que estão relatadas.
2) Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto
deve ser considerado como um todo, não se atenha à
parte dele.
3) Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar
de se entender justamente o contrário do que está
escrito. Leia duas vezes o comando da questão, para
saber realmente o que se pede. Tome cuidado com
algumas palavras, como: pode, deve, não, sempre,
todos, nunca, é necessário, correta, incorreta,
exceto, erro etc.
4) Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noção do
assunto, a segunda para prestar atenção às partes.
Lembre-se de que cada parágrafo desenvolve uma
ideia.
5) Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que é
absurdo. Geralmente um terço das afirmativas o são.
6) Se o comando pede a ideia principal ou tema,
normalmente deve situar-se no primeiro ou no último
parágrafo - introdução e conclusão.
7) Se o comando busca argumentação, deve localizar-se
nos parágrafos intermediários - desenvolvimento.
8) Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais
significativo e/ou fazer observações à margem do
texto.
9) Não levar em consideração o que o autor quis dizer,
mas sim o que ele disse; escreveu.
10) Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que
remetem a outros vocábulos do texto: pronomes
relativos, pronomes pessoais, pronomes
demonstrativos, etc.
TEORIA GRAMATICAL
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
O acento gráfico existe para evitar confusões e
dificuldades na leitura e entendimento de certas palavras
escritas. Veja a confusão que esta frase pode causar se a
mãe, ao escrever este bilhete, não souber acentuar
corretamente:
Informo à secretaria que meu filho não pode trazer os
documentos.
A quem os documentos devem ser entregues: à
secretária ou à secretaria? Ele não pode (no presente)
ou não pôde (no passado) trazer os documentos?
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/20152
ACENTUAÇÃO TÔNICA
Sílaba tônica: é a sílaba pronunciada com mais
intensidade.
Oxítonas : são palavras cuja sílaba tônica é a última .
ali, procurar, urubus, Nobel, refém
Paroxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a
penúltima.
preto, álbum, repórter, rubrica, gratuito
Proparoxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a
antepenúltima.
trânsito, tóxico, nítido, êxodo, ínterim.
* Monossílabos Tônicos : pronunciados
intensamente; têm carga semântica, por isso não se
apoiam nos vocábulos próximos.
Exs.: Vou pôr os pacotes ali.
Querem que eu dê uma contribuição.
* Monossílabos Átonos : pronunciados fracamente,
apoiam-se nos vocábulos próximos.
Exs: Vou seguir por ali.
Precisam de colaboração.
REGRAS GERAIS
1. Acentuação das proparoxítonas
São todas acentuadas graficamente: bússola,
meteorológico, amáramos, propuséssemos.
2. Acentuação das paroxítonas
São acentuadas graficamente as terminadas em:
a) i , is, u , us: júri, grátis, bônus, Vênus
b) l, n , r , x , ps: amável, fusível, abdômen, caráter,
clímax, bíceps
c) om , ons: iândom(espécie de avestruz) , íons,
elétrons
d) ã , ãs , ão , ãos: ímã, órfãs, órgão, sótãos
e) um , uns: álbuns, médiuns, quórum, ultimátum
f) ditongo oral (crescente ou decrescente, seguido ou
não de -s): jóquei, pônei, vôlei, vácuo, história, área,
Glória, gênio
Obs.: a) Não se acentua a sílaba tônica dos verbos
terminados em que / quem: delinquem.
b)Não se acentuam os prefixos paroxítonos em r e i:
super-homem, semi-interno.
3. Acentuação das oxítonas
Acentuam-se as terminadas em:
a) a , as; e, es; o, os: guaraná, atrás, buquê, você,
cipó, retrós
b) em , ens : armazém, retém, também, vaivém,
vaivéns (duas ou mais sílabas)
4. Acentuação dos Monossílabos
Acentuam-se os terminadas em:
a) a , as: cá, já, gás, Brás
b) e, es: pé, mês, três, vês
c) o , os : pó, só, vós, nós, pôs
5. Acentuação de Hiatos
Acentuam-se o i e o u (2ª vogal tônica) dos hiatos,
quando estiverem sozinhos na sílaba ou seguidos de S:
baú, egoísmo, país, saída.
ATENÇÃO
1. ruim, cair, Raul, raiz caiu
2. tainha, moinho, rainha - hiato seguido de NH
3. xiita, sucuuba (espécie de árvore)- hiatos formados
por vogais idênticas- não se acentuam.
* Acentua-se a primeira vogal tônica dos hiatos ôo / êe:
crêem, enjôo, abençôo, revêem.
MAS: compreendem, perdoou, semeeis
6. Acentuação dos ditongos(antes da REFORMA
ORTOGRÁFICA)
Acentuam-se os ditongos tônicos abertos eu (s), éi(s),
oi(s): assembléia, hotéis, constrói, fogaréu, chapéus,
fiéis
7. Acentuação dos verbos
* Nos verbos TER e VIR , coloca-se acento circunflexo
na 3ª pessoa do plural, do presente do indicativo:
ele tem - eles têm // ele vem - eles vêm
* Nos derivados: ele mantém - eles mantêm//
ele provém - eles provêm
ele contém - eles contêm //
ele intervém - eles intervêm
8. Acentos diferencias (lei 5765 / dez.1971)(antes da
REFORMA ORTOGRÁFICA)
* pôde (pret. perf. ind.) - pode (presente ind.)
* pára (verbo) - para (preposição)
* pôr (verbo) - por (preposição)
* côa, côas (verbo coar)- coa, coas (contração com +
a(as))
* pêlo (substantivo) - pélo (verbo) - pelo (preposição)
*pôlo (substantivo - gavião) - pólo (substantivo:
extremidades, esporte) – polo (contração– per + o)
* pêra (substantivo) -péra (substantivo: pedra) - pera
(prep. arcaica)
Estrangeirismos e Latinismos
As palavras latinas e estrangeiras, quando não
incorporadas ao nosso idioma, não são acentuadas
graficamente, como versus, sui generis etc. Entretanto
há forma já incorporadas, ou seja, aportuguesadas, como
álibi, quórum, médium, fórum, déficit que seguem as
regras de acentuação.
ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA
PORTUGUESA
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi
assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por
Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por
Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo
Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995.
Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto,
restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum
aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as
diferenças ortográficas observadas nos países que têm a
língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo
em direção à pretendida unificação ortográfica desses
países.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 3
Mudanças no alfabeto
O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram
reintroduzidas as letras k, w e y.
O alfabeto completo passa a ser:
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z
As letras k, w e y, que na verdade não tinham
desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua,
são usadas em várias situações. Por exemplo:
a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km
(quilômetro), kg (quilograma), W (watt);
b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros
(e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf,
etc.
Trema
Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra
u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos
gue, gui, que, qui.
Como era Como fica
agüentar aguentar
argüir arguir
bilíngüe bilíngue
Atenção: o trema permanece apenas nas palavras
estrangeiras e em suas derivadas.
Exemplos: Müller, mülleriano.
Mudanças nas regras de acentuação
1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói
das palavras paroxítonas (palavras que têm acento
tônico na penúltima sílaba).
Como era Como fica
alcalóide alcaloide
alcatéia alcateia
andróide androide
apóia (verbo apoiar) apoia
apóio (verbo apoiar) apoio
asteróide asteroide
bóia boia
celulóide celuloide
clarabóia claraboia
colméia colmeia
Atenção: essa regra é válida somente para palavras
paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as
palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis.
Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento
no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Como era Como fica
baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
cauíla cauila
feiúra feiura
Atenção: se a palavra for oxítona e o i
ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o
acento permanece.
Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em
êem e ôo(s).
Como era Como fica
abençôo abençoo
crêem (verbo crer) creem
dêem (verbo dar) deem
dôo (verbo doar) doo
enjôo enjoo
lêem (verbo ler) leem
magôo (verbo magoar) magoo
perdôo (verbo perdoar) perdoo
povôo (verbo povoar) povoo
vêem (verbo ver) veem
vôos voos
zôo zoo
4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares
pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s)
e pêra/pera.
Como era Como fica
Ele pára o carro. Ele para o carro.
Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte.
Ele gosta de jogar pólo Ele gosta de jogar polo.
Esse gato tem pêlos Esse gato tem pelos.
Comi uma pêra. Comi uma pera.
Atenção:
• Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito
perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular.
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa
do singular.
Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje
ele pode.
• Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é
verbo. Por é preposição.
Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.
• Permanecem os acentos que diferenciam o singular do
plural dos verbos ter e vir, assim como de seus
derivados (manter, deter, reter, conter, convir,
intervir, advir etc.). Exemplos:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos
estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em
todas as aulas.
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar
as palavras forma/ fôrma.
Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais
clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma
do bolo?
5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das
formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente
do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/20154
6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados
em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar,
desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc.
Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas
formas do presente do indicativo, do presente do
subjuntivo e também do imperativo.
Veja:
a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas
formas devem ser acentuadas.
Exemplos:
verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua,
enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem.
verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque,
delínquem; delínqua, delínquas, delínquam.
b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas
deixam de ser acentuadas.
Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser
pronunciada mais fortemente que as outras):
verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua,
enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem.
verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem;
delinqua, delinquas, delinquam.
Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a
primeira, aquela com a e i tônicos.
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DOUGLAS TUFANO
EMPREGO DO HÍFEN
1. Nas formações com prefixos (como: ante-, anti-
, circum-, contra-, entre-,extra-, hiper-,infra-, intra-, pós-,
pré-,pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-,... ou falsos
prefixos,de origem grega ou latina,(como: aero-, agro-,
arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, hidro-, inter-,
macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, pan-, neo-, pluri-,
pseudo-, retro-, semi-,tele-..., emprega-se o hífen nos
seguintes casos:
a) Quando o segundo elemento começa por h:
anti-higiênico,circum-hospitalar, co-herdeiro,
extra-humano, pré-história, sub-hepático, pré-
história, geo-história, pan-helenismo, semi-
hospitalar.
Obs.: Não se usa o hífen quando des- e in-
são seguidos de elemento que perdeu o h
inicial: desumano, desumidificar,inábil, inumano.
b) Quando o prefixo ou pseudoprefixo termina na
Mesma vogal com que se inicia o segundo
elemento: anti-ibérico, contra-almirante, supra-
auricular, auto-observação, micro-onda, semi-
interno.
Obs.: Co- aglutina-se em geral com o segundo
elemento, mesmo quando iniciado por o :
coobrigação, coordenar, coocupante, cooperar.
c) Quando circum- e pan- antecedem vogal, m
ou n : circum-murado, circum-navegação, pan-
africano, pan-mágico, pan-negritude.
d) Quando hiper- , inter-, e super- antecedem r:
hiper-requintado, inter-resistente, super-revista.
e) Após sota-, soto-, vice-, vizo-, ex- ( com
sentido de estado anterior ou cessamento) : ex-
almirante, ex-hospedeira, vice-presidente, ex-rei,
vice-reitor, sota-piloto.
f) Com os prefixos tônicos pós-, pré-, pró-,
quando o segundo elemento tem vida à parte:
pós-graduação, pós-tônico, pré-escolar, pré-
natal, pró-europeu. Mas: pospor,
prever,promover.
2. Não se emprega o hífen
a) Quando o prefixo ou falso prefixo termina em
vogal e o segundo elemento começa por r ou
s, devendo estas consoantes duplicarem-se:
antissemita, contrarregra, antirreligioso,
cosseno, minissaia, biossatélite, microssistema,
microrradiografia.
b) Quando o prefixo ou pseudo prefixo termina em
vogal e o segundo elemento começa por vogal
diferente: antiaéreo, coeducação, extraescolar,
aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem,
agroindustrial, hidroelétrico, plurianual.
Fonte: Pimentel, Ernani. Acordo Ortográfico da Língua
Portuguesa/ Vestcon (2008)
ORTOGRAFIA
Ortografia é a parte da Gramática que se ocupa
da correta representação escrita das palavras. Grafar
corretamente uma palavra significa adequar-se a um
padrão estabelecido por lei.
Na língua portuguesa, diversos fatores dificultam a
escrita correta de certas palavras. Um desses fatores, por
exemplo, relaciona-se à possibilidade de alguns fonemas
admitirem diferentes grafias .
Há alguns procedimentos que podem diminuir as
dificuldades relativas à ortografia
conhecer as orientações ortográficas;
consultar, sempre que necessário, o dicionário;
memorizar a grafia das palavras por meio da leitura e
da escrita contínua.
ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS
1. A Letra X e o Dígrafo CH
Usa-se a letra X
após um ditongo: caixa , trouxa , paixão. Exceção :
recauchutar e seus derivados
após o grupo inicial en: enxada, enxame, enxaqueca,
enxurrada, enxugar
Exceção: encher e seus derivados ; palavras iniciadas
por ch que recebem en-: encharcar (de charco)
após o grupo inicial me : mexer, mexicano , mexerico.
Exceção : mecha
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 5
nas palavras de origem indígena ou africana e nas
palavras inglesas aportuguesadas: xavante, xingar,
xerife, xampu, xará.
2. As Letras G e J
Usa-se a letra G
nos substantivos terminados em -agem, igem - ugem:
barragem, contagem, fuligem, ferrugem, vertigem .
Exceções: pajem, lambujem, lajem
nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio,
-úgio: contágio, colégio, prestígio, relógio, refúgio
Usa-se a letra J
nas formas dos verbos terminados em -jar : arranjar
(arranjo, arranjem), enferrujar (enferrujem)
nas palavras oriundas do tupi, africana e árabe ou de
origem exótica: jibóia, pajé, jirau, canjica, Moji.
3. As Letras S ou Z
Usa-se a letra S
nas palavras que derivam de outras com S : alisar
(liso), pesquisar (pesquisa), analisar (análise)
nos sufixos :
- -ês, -esa ( indicação de nacionalidade, título, origem):
chinês, marquesa, duquesa, baronesa
- - ense, -oso, -osa (formadores de adjetivos) :
paranaense, amoroso, gasoso, nervosa
- -isa (formação de feminino) : poetisa, profetisa,
sacerdotisa, diaconisa
após ditongos: lousa, coisa, ausência, Neusa
nas formas dos verbos pôr (e derivados) e querer:
pus, puséssemos, repusera, quisesse, quiséssemos
nas formas dos verbos com radicais terminados em
ND, RG, RT, CORR, SENT, PEL: repreender =
repreensão, imergir = imersão , reverter = reversão,
recorrer = recurso, consentir = consenso, impelir =
impulso.
Usa-se a letra SS
* verbos cujos radicais terminam em CED, GRED, PRIM,
TIR: conceder = concessão, regredir = regressão,
reprimir = repressão, admitir = admissão
Usa-se a letra Z
nas palavras derivadas de outras em que já existe Z :
deslize - delizar; razão - razoável
nos sufixos
- -ez , -eza (formadores de substantivos abstratos a
partir de adjetivos) : rijo - rijeza; rígido - rigidez ;
nobre - nobreza ; surdo - surdez ; inválido - invalidez ;
macio - maciez
-- izar (formador de verbos) e -ização (formador de
substantivos): civilizar , civilização ; colonizar,
colonização ; realizar , realização.
4.
5. As Letras E e I
Os verbos com infinitivos terminados em -oar e -uar
são grafados com e: abençoe, magoe, atue, continue,
efetue
Os verbos terminados em -air, -oer e -uir são grafados
com i: cai, sai, mói, corrói, possui, atribui.
SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
Semântica é o estudo da significação das palavras.
Sinônimos e Antônimos
Sinônimos são palavras que têm um sentido geral
comum, porém distinguem por particularidades e se
empregam em situações diferentes.
Ex.: cara, face, rosto, fisionomia - todas significam parte
da cabeça, todavia não se usaria indistintamente uma
pela outra. Cara - palavra mais vulgar; rosto - expressão
mais delicada; face - termo culto, próprio do estilo literário
e fisionomia - sentimentos que transparecem no rosto.
Adversário – antagonista
Transformação – metamorfose
Antônimos são palavras de significação oposta.
Ordem - anarquia
Largo - estreito
Riqueza - pobreza
Louvar – censurar
Polissemia quando a palavra tem mais de um sentido.
Mangueira ( tubo de borracha ou de plástico para regar
as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande
curral de gado)
Homônimos e Parônimos
Homônimos são palavras que apresentam a mesma
grafia e/ou a mesma pronúncia, com significados
diferentes.
- homógrafos - apresentam a mesma grafia, mas
pronúncias diferentes.
colher (verbo) - colher (substantivo)
esforço (verbo) - esforço (substantivo)
molho (caldo) - molho ( de chaves)
jogo (verbo) - jogo (substantivo)
- homófonos - possuem a mesma pronúncia, mas
grafias diferentes.
conserto- concerto
senso - censo
incipiente - insipiente
sessão - seção - cessão
Parônimos são palavras parecidas que apresentam
grafias ou pronúncias diferentes. sentido.
flagrante - fragrante
vultoso - vultuoso
pleito - preito
eminente - iminente
infligir - infringir
ratificar - retificar
deferir - diferir
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/20156
Denotação e Conotação
Denotação é o emprego da palavra em seu sentido
próprio(usada quando se quiser dar caráter técnico ou
científico ao texto)
Conotação é o uso da palavra em sentido figurado,
dando ao texto várias interpretações ( nas obras
literárias, os autores valem-se desse artifício)
Construí um muro de pedra. (sentido denotativo)
Ele tem um coração de pedra. (sentido conotativo)
Particularidades Gramaticais
1. Porque / porquê / por que / por quê
* Porque - conjunção (resposta)
- equivale a "pois", "uma vez que", "pelo fato"
- Ex.: Não vim à aula porque estava doente.
* Porquê - substantivo
- antecedido de artigo, pronome, preposição
- substituir "o motivo"
- Ex.: Não sei o porquê de sua ausência.
* Por que
- nas perguntas
- Ex.: Por que você não veio à festa?
- quando se subentender a palavra "motivo"
- Ex.: Ele não me disse por que (motivo) faltou à aula.
- quando puder ser substituído por "pelo qual" e flexões.
Ex.: Não vou dizer as razões por que deixei de vir à
aula.
* Por quê
- no final de frase.
- Ex.: Você não veio à festa por quê?
- Muitos estavam na passeata sem saber por quê.
2. Mau / Mal
Mau - contrário de "bom"
Ex.: Ele estava de mau humor.
Mal - contrário de "bem"
Ex.: Ele é muito mal-humorado.
3. Ao invés de / Em vez de
Ao invés de - significa "ao contrário de "
Ex.: Ao invés de chorar, ele sorria.
Em vez de - significa "em lugar de".
Ex.: Em vez de estudar, preferiu ver televisão.
4. Acerca de / a cerca de / cerca de / há cerca de
Acerca de = sobre, a respeito de
Ex.: Não disse nada acerca do plano econômico que
elaborou.
A cerca de = aproximadamente (distância)
Ex.: Minha casa fica a cerca de cem metros da praia.
Cerca de = durante; aproximadamente
Ex.: Falamos cerca de duas horas.
Há cerca de = faz aproximadamente (tempo), existe
aproximadamente
Exs.: Há cerca de dez anos que eles estudam esse
assunto.
Há cerca de mil alunos lá fora.
5. Há / A
* Usa-se A - para exprimir distância ou tempo futuro.
Ex.: Daqui a cinco anos estarei formado.
Minha escola fica a duzentos metros de casa.
Usa-se Há - para tempo passado .Para saber se seu
emprego está correto, substitua o verbo haver por
fazer.
Ex.: Há (faz) oito anos que não o vejo.
Atenção:
* Diferença entre a tempo e há tempo:
Ex.: Chegou a tempo de fazer as malas.
Ele está na Austrália há (faz) tempo.
6. Mas / Mais
Mas - conjunção coordenativa adversativa; equivale a
contudo, porém, todavia.
Ex.: O time terminou o campeonato sem derrota, mas
não foi o campeão.
Mais - pronome ou advérbio de intensidade. Tem por
antônimo menos.
Ex.: Ela era a aluna mais simpática da classe.
7. Cessão / sessão / secção / seção
Cessão - ato de ceder, ato de dar.
Ex.: A cessão do terreno para a construção do estádio
agradou a todos os torcedores.
Sessão - intervalo de tempo que dura uma reunião, uma
assembleia, um evento.
Ex.: Assistimos a uma sessão de cinema.
Secção e seção - parte de um todo, um segmento, uma
subdivisão.
Ex.: Lemos a notícia na seção de esportes.
8. Ao encontro / De encontro
Ao encontro ( rege a preposição de ) significa a favor de
Ex.: Aquelas atitudes vão ao encontro do que eles
pregavam.
De encontro (rege preposição a) significa contra
Ex.: Sua atitude veio de encontro ao que eu esperava.
9. A fim de / Afim
A fim de é uma locução prepositiva que indica finalidade.
Ex.: Ele saiu cedo a fim de poder chegar a tempo.
Afim é adjetivo e significa semelhante, por afinidade.
Exs.: O genro é um parente afim.
Tratava-se de ideias afins.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 7
10. Tampouco / Tão pouco
Tampouco - é advérbio e significa também não.
Ex.: Não realizou a tarefa, tampouco apresentou
qualquer justificativa.
Tão pouco - advérbio de intensidade tão modificando
pouco.
Ex.: Tenho tão pouco entusiasmo
11. Onde / Aonde
Aonde - emprega-se com os verbos que dão ideia de
movimento. Equivale sempre a para onde
Ex.: Aonde nos leva com tal rapidez? Aonde você vai?
Onde - emprega-se com verbos que não dão ideia de
movimento. Refere-se a lugar, equivale a em que. no
qual.
Ex.: Não sei o local onde te encontrar.
12. À toa / À toa
À toa - é um adjetivo, refere-se, pois, a um substantivo e
significa impensado, inútil, desprezível.
Ex.: Ninguém lhe dava valor: era uma pessoa à toa.
À toa - é um advérbio de modo e significa a esmo, sem
razão, inutilmente.
Ex.: Andava à toa pela rua.
13. À medida que / na medida em que
À medida que - dá ideia de proporção.
Ex.: Vai melhorar à medida que (à proporção que) for
tomando esse remédio.
Na medida em que - da ideia de causa.
Ex.: Vamos seguir o regulamento na medida em que
(uma vez que) ele foi aprovado.
14. Todo / Todo o
Todo - sem o artigo, generaliza o objeto, significa
qualquer.
Ex.: Todo livro traz sempre algum benefício ao leitor.
Todo o - com o artigo, particulariza o objeto, significa
inteiro, integral.
Ex.: Todo o livro é perfeito. (o livro a que me refiro é
perfeito do começo ao fim)
15. Junto a
Junto a - significa adido a
Ex.: Ele é nosso representante junto à FIFA.
Atenção:
Já esta frase não está correta : Você tem de se
explicar junto ao banco.
O certo é abandonar a palavra "junto" e usar a
preposição exigida pelo verbo.
Ex.:Você tem de se explicar ao banco.
16.Demais / De mais
Demais- pron. indefinido = outros
Ex.: Chame os demais alunos.
- adv. de intensidade = excessivamente
Ex.: Ele fala demais.
- palavra continuativa = além disso
Ex.: Demais, quem trabalhou fui eu..
De mais – loc. Adjetiva = muito
Exs.: Comi pão de mais.
Não tem nada de mais sair cedo.
17.Se não / senão
Se não
- conjunção + advérbio= caso não
Ex.: Se não pagas, não entras.
= quando não
Ex.: Ele foi grosseiro, se não mal educado.
Senão
- substantivo = defeito
Ex.: Ela não tem um senão de que possa falar.
-
- mas também
Ex.: Não só me ajudou, senão defendeu-me.
- palavra de exclusão = exceto
Ex.: A quem, senão a meu pai, devo recorrer?
- caso contrário
Ex.: Estude, senão não passará no concurso.
18. Ao nível de / Em nível de
Ao nível de = à mesma altura
Ex.: O barco estava ao nível do mar.
Em nível de = hierarquia
Ex.: Isso foi resolvido em nível de governo estadual.
19. Em princípio / a princípio
Em princípio = em geral
Ex.: Em princípio, concordo com tudo isso.
A princípio = no início
Ex.: A princípio, eu lecionava inglês; agora, leciono
francês.
CUIDADO COM AS SEGUINTES PALAVRAS:
conquanto = embora; se bem que; ainda que
Ex.:Li tudo, conquanto não me interessasse o assunto.
contanto = dado que; sob condição de que; uma vez
que
Ex.: Contanto que você chegue cedo, fico feliz.
contudo = não obstante; porém; todavia.
Ex.: Poderia falar, contudo preferi ficar calado.
enquanto = ao passo que
Ex.: Tu dormes, enquanto eu trabalho.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/20158
malgrado = apesar de (se não estiver seguido de
preposição)
Ex.: Malgrado o edital, passei.
mau grado = apesar de ( se estiver seguido de
preposição)
Ex.: Mau grado ao tempo, sairei.
= contra a vontade
Ex.:Ele trabalha de mau grado.
porventura = por acaso
Ex.: Avise-me se porventura sair.
por ventura = por sorte
Ex.: Não estudei; passei por ventura feliz.
porquanto = visto que; porque; uma vez que
Ex.: Apresso-me, porquanto o tempo voa.
portanto = por conseguinte ; logo
Ex.: Nada fazes, portanto nada podes esperar.
sobretudo = especialmente; principalmente
Ex.: Estudei muito,sobretudo porque pretendo passar no
concurso.
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
São os seguintes os elementos mórficos ou estruturais
das palavras.
1. RAIZ: é o elemento originário e irredutível em que se
concentra a significação das palavras, consideradas do
ângulo histórico. Geralmente monossilábica, a raiz
encerra sentido lato e geral comum às palavras da
mesma família etimológica.
Assim, a raiz noc (do latim nocere = prejudicar) tem a
significação geral de causar dano e a ela se prendem,
pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade,
inocente, inocentar, inócuo, etc.
2. RADICAL: é o elemento básico e significativo das
palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e
prático dentro da língua portuguesa atual.
CERT-o, CERT-eza, in-CERT-eza
3. TEMA: é o radical acrescido de uma vogal (chamada
vogal temática).
Verbos: CANTA-r, BATE-r, PARTI-r
Nomes: CAÇA-dor, FINGI-mento, PERDOÁ-vel, FERVE-
nte
4. AFIXOS: são elementos secundários que se agregam
a um radical ou tema para formar palavras derivadas.
Chamam-se prefixos quando antepostos ao radical ou
tema e sufixos quando pospostos.
Prefixo Radical Sufixo
In at ivo
Em pobr ecer
Inter nacion al
5. DESINÊNCIA: são elementos terminais indicativos das
flexões das palavras.
As desinências nominais indicam as flexões de gênero
(masc. e femin.) e de número (singular e plural).
Exs.: menin-o , menina-s.
As desinências verbais indicam as flexões de número e
pessoa e de modo e tempo dos verbos.
Exs.: ama-va, amá-va-mos
6. VOGAL TEMÁTICA: é o elemento que, acrescido ao
radical, forma o tema de nomes e verbos. Nos verbos
distinguem-se três vogais temáticas: a – vogal temática
da 1ª. conjugação; e – vogal temática da 2ª. conjugação; i
– vogal temática da 3ª. conjugação.
7. VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO : são
fonemas que, em certas palavras derivadas ou
compostas, se inserem entre os elementos mórficos, em
geral por motivo de eufonia, isto é, para facilitar a
pronúncia de tais palavras.
Exs.: silv-í-cola, café-t-eira, cha-l-eira, cafe-i-cultura, gas-
ô-metro.
FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
Em nossa língua, há dois processos gerais para a
formação de palavras: derivação e composição.
1. DERIVAÇÃO: consiste em formar palavra nova
(derivadas) a partir de outra já existente(primitiva).
Realiza-se de quatro maneiras:
por sufixação: acrescentando-se um sufixo ao
radical: dentista, jogador, realizar
por prefixação: acrescentando-se um prefixo ao
radical: incapaz, desligar, supersônico, pré-
história
por derivação parassintética: anexando-se, ao
mesmo tempo, um prefixo e um sufixo ao
radical: envergonhar (em+vergonha+ar),
empalidecer (em+pálido+ecer), desalmado
(des+alma+do).
É importante fazer distinção:
Descarregar (des + carregar) – prefixação
Achatamento (achatar + mento) – sufixação
Amaciar (a + macio + ar) – parassíntese
por derivação regressiva: substituindo-se a
terminação de um verbo pelas desinências –a, -
o ou –e: mudar – muda; atacar – ataque; pescar
– pesca; chorar – choro; abalar – abalo.
Além desses processos de derivação propriamente dita,
existe ainda o da derivação imprópria, que consiste em
mudar a classe de uma palavra, estendendo-lhe a
significação. Os adjetivos passam a substantivos: os
bons, o verde; os particípios passam a subst. ou
adjetivos: um feito heroico, ente querido, filho amado; os
verbos passam a substantivos: o andar, o sorrir, o viver.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
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Atualizada 15/07/2015 9
2. COMPOSIÇÃO
Pelo processo de composição associam-se duas ou mais
palavras ou dois ou mais radicais para formar palavra
nova. Pode ser :
por justaposição: unindo-se duas ou mais
palavras (ou radicais) sem lhes alterar a
estrutura: passatempo, girassol, televisão,
rodovia, sempre-viva, cor-de-rosa.
Por aglutinação: unindo-se dois ou mais
vocábulos ou radicais, com supressão de um ou
mais de um de seus elementos fonéticos:
aguardente (água + ardente), planalto (plano +
alto), embora (em + boa + hora)
3. REDUÇÃO
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma
plena, uma forma reduzida: cinema (por cinematografia);
foto (por fotografia), moto (por motocicleta)
4. HIBRIDISMO
São palavras em cuja formação entram elementos de
línguas diferentes : monocultura (mono + cultura, grego e
latim); televisão (tele + visão, grego e latim); alcoômetro
(álcool +metro, árabe e grego)
5. ONOMATOPÉIA
São palavras que reproduzem os sons e as vozes dos
seres: estralejar (chicote); gorgolejar (água); coaxar (rã);
arrulhar (pombo).
CLASSES GRAMATICAIS (EMPREGO)
SUBSTANTIVO
O substantivo é uma das classes de palavras
essenciais da língua. É responsável pela nomeação de
seres e coisas que estão à nossa volta, bem como de
nossos sentimentos e ideias. Além disso, é essencial
para atender à necessidade humana de ordenar,
classificar, distinguir, hierarquizar, etc. Sem os
substantivos, como faríamos, por exemplo, para nos
referirmos a seres distintos, como o peixe e o homem, a
terra e o mar, o sal e o mel?
Os mais terríveis monstros não estão na África; estão
nos países em guerra.
Toda palavra que venha antecedida de artigo é um
substantivo: o não , o saber, o CEASA
ADJETIVO
Assim como os substantivos designam, organizam,
distinguem e hierarquizam os seres que estão à nossa
volta, ou nossos sentimentos e desejos, os adjetivos
também participam dessa tarefa, modificando os
substantivos, atribuindo-lhe características específicas.
Desse modo, no plano da linguagem, é por meio de
adjetivos que distinguimos realidades diversas como mar
limpo de mar poluído; direito preservado de direito
ultrajado; criança protegida de criança abandonada.
Ex.:A mulher perdoa a fealdade, os cabelos brancos e as
doenças repugnantes; mas o que nunca a mulher
perdoa é a estupidez.
A anteposição ou a posposição de alguns adjetivos aos
substantivos implica mudança de sentido.
alto funcionário ( funcionário de posição elevada)
Funcionário alto (funcionário de elevada estatura)
comum acordo (acordo relativo a todos)
acordo comum (acordo corriqueiro)
pobre gente (gente infeliz)
gente pobre (gente sem recursos)
Alguns nomes são pronomes adjetivos quando
antepostos aos substantivos e adjetivos puros quando
pospostos; nesse caso há mudança de significado.
certo homem (determinado homem)
homem certo (homem adequado)
diversos modelos (alguns modelos)
modelos diversos (modelos diferentes)
todo homem (qualquer homem)
homem todo (homem inteiro)
É comum usar-se o adjetivo com valor de substantivo.
Para tanto, basta fazê-lo anteceder de um artigo.
Ex.:O brasileiro é um apaixonado do futebol.
ARTIGO
Os artigos não são meros acompanhantes dos
substantivos. Quase sempre o uso ou a falta dos artigos
assumem um papel decisivo na precisão do sentido que
se pretende dar a um texto. Podem, por exemplo,
particularizar ou generalizar, como em Gostaria de ter um
filho novamente / Gostaria de ter o filho novamente;
podem se referir à parte ou ao todo, como em A
comissão foi formada por moradores da rua (alguns) / A
comissão foi formada pelos moradores da rua (todos)
Ex.:Mal começaram a existir a prudência e a
perspicácia, nasceu a hipocrisia.
EMPREGO:
1. Não se usa artigo antes de nomes ou expressões de
sentido generalizado.
Ex.:Amor é sacrifício. Avareza não é economia.
2. Outro, em sentido determinado, é precedido de artigo;
não, quando indeterminado:
Exs.:Fiquem dois aqui; os outros podem ir.
Uns estavam atentos; outros conversavam.
3. Emprega-se o artigo definido com o superlativo
Não consegui resolver as questões mais difíceis.
Obs.: Considera-se errada, neste caso, a repetição do
artigo.
Ex.:Não consegui resolver as questões as mais difíceis.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/201510
4. Repete-se o artigo:
Nas oposições entre pessoas e coisas: o rico e o
pobre, a alegria e a tristeza.
Na qualificação antonímica do mesmo substantivo: O
bom e o mau ladrão, o homem antigo e o moderno, o
Novo e o Velho Testamento.
Na distinção de gênero e número: o patrão e os
operários, o genro e a nora.
5. Não se repete o artigo:
Quando há sinonímia, indicada pela explicativa ou: a
botânica ou fitologia.
Quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo: a
clara, persuasiva e discreta exposição dos fatos.
6. Nomes de continentes, países, regiões, montes, rios,
mares, constelações, etc., usam-se com o artigo:
a América, o Brasil, os Andes, o São Francisco, a Via-
Láctea
Dizemos: o Sol, a Terra, a Lua. MAS: Saturno, Marte,
Netuno, etc
7. Casa, significando lar, não sofre determinação, como
se vê nas frases seguintes :
Ex.:Fique em casa. / Não saia de casa.
8. É obrigatório o emprego do artigo definido entre o
numeral ambos e o substantivo a que se refere.
Ex.:O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges.
9. Não se emprega artigo diante da maioria dos nomes
de lugar.
Exs.:Passaram o carnaval em Salvador. / Brasília é a
capital da República.
Obs.: Se o nome de lugar vier qualificado, o uso do
artigo será obrigatório.
Exs.:A bela Florianópolis é capital de Santa Catarina. /
Estavam na Roma antiga.
10. É facultativo o emprego do artigo definido diante dos
pronomes possessivos.
Ex.:Deixaram meu livro na sala. = Deixaram o meu livro
na sala.
NUMERAL
Numeral é a palavra que expressa quantidade exata
de pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa
determinada sequência.
Em textos, sempre que possível, devem ser
empregados os numerais. Entretanto, números de
telefone, datas, dados estatísticos e outros costumam ser
escritos em algarismos.
Às vezes, é difícil precisar se a palavra um é artigo ou
numeral. Nesses casos, somente o contexto pode
resolver a dúvida. Se a intenção de quem fala ou escreve
é informar a quantidade precisa de alguma coisa, trata-se
de um numeral. Se a intenção é generalizar ou dar uma
ideia vaga do substantivo, trata-se de artigo indefinido.
Quando o contexto não é claro, não se consegue
depreender a intenção do falante. Consequentemente,
torna-se impossível precisar a classe gramatical da
palavra um.
Posição dos ordinais
Os ordinais colocam-se antes ou depois do
substantivo, preferentemente antes, quando se quer
designar as partes antes do todo.
Exs.:No quinto mês do ano.
O primeiro século depois de Cristo.
Mas também se diz:
Ex.:A invasão dos árabes foi no século oitavo.
Na nomenclatura de Papas, reis e na designação dos
séculos, capítulos, etc., usam-se os ordinais até
décimo,e, daí por diante, as formas cardinais, quando
houver posposição:
Exs.:Capítulo terceiro. // D.João I (primeiro) // Pio nono.
Mas:
Capítulo XIII (treze) // Luís XV (quinze) // Século XX
(vinte)
Anteposto, é de rigor a forma própria ordinal: o trigésimo
capítulo, o décimo quinto século.
PRONOME
Definição: É a palavra variável em gênero, número e
pessoa que representa ou acompanha o substantivo,
indicando-o como pessoa do discurso.
Representa o substantivo Acompanha o substantivo
Exs.:Ele chegou.
Convidei-o.
Esta casa é antiga.
Alguns amigos virão aqui.
Classificação dos pronomes:
PESSOAIS:
eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e formas oblíquas
me,mim,comigo, etc;
e os de tratamento Você. Senhor (a), Vossa Senhoria,
Vossa Excelência, e outros.
POSSESSIVOS:
meu, teu, seu, nosso,vosso,seu e flexões;
DEMONSTRATIVOS:
este, esse, aquele, e flexões, isto, isso, aquilo, o, a;
RELATIVOS:
o qual, cujo, quanto e flexões, que, quem onde;
INDEFINIDOS:
algum, nenhum, todo, muito, pouco, certo, tanto,
quanto, qualquer, vários e flexões, alguém, ninguém,
tudo, outrem ,nada, cada, algo;
INTERROGATIVOS:
que, quem, qual, quanto, empregados em frases
interrogativas.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 11
PRONOMES PESSOAIS
QUADRO DOS PRONOMES PESSOAIS
Retos Oblíquos
átonos tônicos
singular
1ª pessoa eu me, mim, comigo
2ª pessoa tu te, ti, contigo
3ª pessoa ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo
plural
1ª pessoa nós nos, conosco
2ª pessoa vós vos, convosco
3ª pessoa eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo
Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS podem assumir
as seguintes formas
a) lo, la, los, las : depois de verbos terminados em R, S,
Z
Exs.:Quando ele retornar de sua licença, vou recebê-lo
como amigo. (receber + o)
Meu filho brincava. Fi-lo estudar. (fiz + o)
O cão entrou na sala. Fizemo-lo sair. (fizemos+o)
b) no, na, nos, nas : depois de verbos terminados em
ditongo nasal (am, em, ão, õe)
Exs.:O lápis caiu. Peguem-no. (peguem + o)
Os lavradores não vendem estes produtos. Dão-nos
aos pobres. (Dão + os)
Você não tem certeza dessas resoluções. Supõe-nas
apenas .(supõe + as)
EMPREGO
1. As formas tônicas vêm sempre precedidas de
preposição
Exs.: Esses últimos tempos foram muito pesados para
mim.
Tinha dentro de si uma espécie de vazio.
Portanto : a tradição gramatical exige que se diga
entre mim e ti.
Ex.: Há um parentesco entre mim e ti.
2. Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele/ela, nós, vós,
eles) devem ser empregados na função sintática de
sujeito. Esses pronomes geralmente são omitidos, pois
as desinências verbais indicam a pessoa e o número do
sujeito.
Exs.: Ele compareceu à festa.
Éramos muito jovens e não sabíamos ficar calados.
MAS: esses pronomes podem funcionar como objeto
direto, quando precedidos de todo(s), toda(s), só,
apenas ou quando forem seguidos por um numeral
Exs.: Conheço-as - Conheço todas elas.
Vi-os - Vi só eles.
Chamaram-nos - Chamaram nós duas.
3. As formas oblíquas o, a, os, as são sempre
empregadas como complementos de verbos transitivos
diretos, ao passo que as formas lhe, lhes são
empregadas como complementos de verbos transitivos
indiretos.
Exs.: O menino convidou-a para sair.(VTD)
O filho desobedece-lhe. (VTI)
4. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo
pode funcionar como sujeito. Isso ocorre com os verbos
deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver (verbos
causativos e sensitivos)seguidos de infinitivo; o pronome
oblíquo será sujeito desse infinitivo.
Exs.: Deixei-o sair. (= Deixei que ele saísse)
"Sofia deixou-se estar à janela." (M.de Assis)
5. Os pronomes pessoais oblíquos átonos podem ser
utilizados com sentido possessivo.
Exs.: Pouco a pouco o sono começou a pesar-lhe nas
pálpebras.(nas suas pálpebras)
A vida não se conforma com o vazio, e a imagem da
moça encheu-me os dias.(os meus dias)
6. A forma consigo só se utiliza quando o sujeito da frase
for uma 3ª pessoa e o pronome referir-se a esse mesmo
sujeito.
Exs.: (...) ele manteve consigo os filhos, após separar-
se da mulher.
Ela trazia uma bolsa consigo.
7.A forma conosco e convosco será substituída por
com nós e com vós se vierem seguidas de numeral ou
de palavras como todos, outros, mesmo, próprios,
ambos.
Exs.: Aos sábados ela almoça conosco.
Aos sábados ela almoça com nós todos.
Partirei com vós outros.
8.Alguns pronomes pessoais podem indicar que quem
pratica também recebe a ação, isto é, que a ação
praticada pelo sujeito "volta" ao próprio sujeito. Em tais
casos, os pronomes denominam-se reflexivos.
Ex,: Ele feriu-se.
São recíprocos os pronomes que exprimem fato ou ação
mútua, recíproca.
Ex.: Eles se abraçaram
Obs: Para se prevenir possível falta de clareza quanto à
compreensão da reflexividade, ou da reciprocidade,
verifique a seguir:
a) Reflexividade: a si mesmo – a si próprio
b) Reciprocidade: um ao outro – reciprocamente –
mutuamente.
Comparem-se:
Exs.:Como penitência, os monges se açoitaram a si
próprios.
Como penitência, os monges se açoitaram um ao
outro.
PRONOME DEMONSTRATIVO
São pronomes que situam o ser no espaço, no tempo
e no contexto linguístico, tomando como ponto de
referência as três pessoas gramaticais.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/201512
QUADRO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Variáveis Invariáveis
este, esta, estes, estas isto
esse, essa, esses, essas isso
aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo
EMPREGO
1. Indicar posição espacial do termo a que se referem,
em relação às pessoas gramaticais.
a) este, esta, isto indicam que o ser está perto do
falante.
Ex.: ...sempre que cruzo este rio
costumo tomar a ponte... (João Cabral de Melo Neto)
1ª pessoa (este aqui)
b) esse, essa, isso indicam que o ser está perto do
ouvinte.
Ex.: ...sempre que cruzo esse rio
costumo tomar a ponte...
2ª pessoa ( esse aí)
c) aquele, aquela, aquilo indicam que o ser a que se
refere o pronome está longe do falante e do ouvinte.
Ex.: ... sempre que cruzo aquele rio
costumo tomar a ponte...
3ª pessoa ( aquele lá )
2. Indicar posição temporal
a) este, esta, isto indicam o tempo presente em relação
ao falante.
Ex.: A concorrência também aumentou: no ano passado,
eram 12 candidatos por vaga. Este ano são 13.
b) esse, essa, isso indicam o tempo passado ou o futuro
pouco distantes em relação à pessoa que fala.
Ex.: Procurei Frederico Paciência essa noite e contei
tudo.
c) aquele, aquela, aquilo indicam tempo muito distante
em relação ao falante.
Ex.: Durante todo aquele tempo em que fui aluno de um
colégio de padres, aqui no Rio, ia à missa dominical.
2. Indicar a posição textual do referente, ou seja, se o
referente já apareceu no texto ou ainda aparecerá.. É a
função mais importante dos demonstrativos, pois
contribui para a articulação do texto.
a) esse, essa, isso, empregados de preferência para
situar o que já foi anteriormente expresso no enunciado.
Ex.: Fazem parte do nosso dicionário palavras como
poluente, entulho, resíduo, tóxico, efluente. (...) Esses
termos surgiram junto com a sociedade do bem-estar.
b) este, esta, isto para introduzir uma informação nova
no enunciado.
Exs.: O fato é este: nos matadouros e em todo lugar
onde se mata um animal para comer (...) essa eliminação
é feita de modo cruel.
É isto: estou cansado de mim, não me aguento mais.
Observações:
1)Quando se retomam dois dados já enunciados numa
frase, utilizamos aquele para o termo mencionado em
primeiro lugar e este para o termo mencionado em último
lugar.
Exs.: ... tudo ele podia esperar: a liberdade ou a morte,
mais esta do que aquela.
Rio de Janeiro e Salvador são belas cidades; aquela é
caracterizada pelas belas praias que possui; esta, pela
comida típica.
2)O pronome demonstrativo neutro O pode representar
um termo ou o conteúdo de uma oração inteira.
Exs.: Ia dizer-lhe umas palavras duras, mas não o fiz.
Quiseram gratificar-me, o que me deixou constrangido.
O jantar ia ser um desastre, todos o pressentiam.
3)Para evitar a repetição de um verbo anteriormente
expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo
fazer, chamado verbo vicário(= que substitui, que faz as
vezes de...).
Ex.:Ele ajudava os pobres e o fazia sem alarde.
PRONOMES POSSESSIVOS
São os que dão ideia de posse, em relação às pessoas
do discurso.
Elisabete chegou com nossos filhos.
Os pronomes pessoais me, te, nos, vos, lhe (e
variação) podem aparecer indicando posse, embelezando
o estilo.
Exs.:Rasgaram-me a camisa. = Rasgaram a minha
camisa.
Roubaram-nos o dinheiro. = Roubaram o nosso
dinheiro.
O possessivo seu (e variações) pode causar
ambiguidade de sentido.
Ex.: Manuel foi ao cinema com sua mãe.
Mãe de Manuel ou da mãe da pessoa com quem se está
falando? Para evitar a ambiguidade, usam-se as formas
dele (e variações) , de você ou do senhor.
Os pronomes possessivos geralmente vêm anteposto
ao substantivo; quando se pospõem, podem mudar de
significado a expressão de que fazem parte.
Exs.:Suas notícias chegaram = notícias transmitidas
por você(s)
Tivemos notícias suas = notícias a respeito d e
vocês.
Em caso de concordância
Um só possessivo pode determinar vários substantivos,
em concordância com o que lhe esteja mais próximo.
Exs.:Nossa culpa e arrependimento. // Teus anseios e
esperanças.
Em expressões de tratamento
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 13
Sua, Vossa
Vossa Excelência (em tratamento direto),
Sua Excelência (em referência):
Exs.:A Vossa Excelência remeto, nesta data, os dados
que recolhi.
Estive com Sua Senhoria em seu escritório.
PRONOMES INDEFINIDOS
São os que se referem a 3ª pessoa de modo vago ou
impreciso.
Ex.:Alguém entrou no recinto.
Em frases negativas, algum (e variações), posposto
ao nome, passa a ter valor de nenhum (ou variações)
Ex.:Não tenho dinheiro algum.
Todo, no singular e junto de artigo, significa inteiro;
sem artigo, significa qualquer.
Exs.:Todo o edifício será pintado = O edifício inteiro
será pintado
Todo edifício será pintado = Qualquer edifício será
pintado.
Seguido de numeral , todos somente aceita artigo
quando há substantivo expresso: todos os três
relógios, todas as cinco meninas. Não vindo expresso
o substantivo, dispensa-se o artigo.
Ex.:Encontrei casualmente na rua: Paschoal, Ivã e
Luísa; todos três são velhos e bons amigos.
PRONOMES RELATIVOS
Pronomes relativos são aqueles que retomam um
termo da oração que já apareceu antes (antecedente)
projetando-o em outra oração.
Exs.: As tradições populares brasileiras falam no
curupira.
O curupira tem corpo de menino e pés virados para
trás.
Ex.:As tradições populares brasileiras falam no
curupira que tem corpo de menino e pés virados para
trás.
Os pronomes relativos são os seguintes:
Variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais
cujo, cuja, cujos, cujas
quanto , quanta, quantos, quantas
Invariáveis: que, quem, onde, como
Emprego dos Pronomes Relativos
Os pronomes relativos virão antecedidos de preposição
se a regência verbal assim determinar.
Exs.: Este é o autor a cuja obra me refiro.
(referir-se a algo)
Este é o autor de cuja obra gosto.
(gostar de algo)
São opiniões em que penso.
(pensar em algo)
O pronome relativo quem é empregado com referência
a pessoas.
Exs.:Não conheço a menina de quem você falou.
Este é o rapaz a quem você se referiu.
Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem
virá sempre precedido de preposição.
Ex.:Lúcia era a mulher a quem ele amava.
É comum empregar-se o relativo quem sem
antecedente claro. Neste caso, ele é classificado como
relativo indefinido.
Ex.:"Quem nasce lá na Vila / Nem sequer vacila"
(Noel Rosa)
(Aquele que nasce lá na Vila...)
O pronome relativo que(=o qual, aqual) pode ser
empregado com referência a pessoas ou coisas.
Exs.:Não conheço o rapaz que saiu.(o qual saiu)
Esta é a casa que comprei.
O pronome relativo que é empregado quando
precedido de preposição monossilábica. Com as
preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o
qual (e flexões)
Exs.:Esta é a pessoa de que lhe falei.
Esta é a pessoa sobre a qual lhe falei.
Com as preposições sem e sob , usa-se de
preferência o relativo o qual (e flexões).
Exs.:O professor nos apresentou uma condição sem a
qual o trabalho não terá sentido.
Este é o móvel sob o qual ficou escondido o
documento.
O pronome relativo que pode ter por antecedente o
pronome demonstrativo o (e flexões)
Ex.:Sei o que estou dizendo.
O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo
possessivo, equivalendo a do qual (e flexões) . Deve
concordar com a coisa possuída e não admite a
posposição de artigo.
Exs.:Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei.
(casa da pessoa)
Feliz é o pai cujos filhos são ajuizados.
(filhos do pai)
O pronome relativo quanto (e flexões) normalmente
tem por antecedente os indefinidos tudo, tanto, etc; daí
seu valor indefinido.
Ex.:Falou tudo quanto queria.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/201514
Quanto pode ser empregado sem antecedente. Esse
emprego é comum em certos documentos jurídicos.
Ex.:Saibam quantos lerem este edital...
O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a
em que, no qual.
Exs.:Esta é a casa onde moro.
Não conheço o lugar aonde você irá.
Onde é empregado com verbos que não dão ideia de
movimento.
Ex.:Sempre morei na cidade onde nasci.
Aonde é empregado com verbos que dão ideia de
movimento e equivale a para onde, sendo resultado da
combinação da preposição a + onde.
Ex.:Aonde eu for, virás comigo.
Onde pode ser usado sem antecedente
Ex.:Fique onde está.
PREPOSIÇÃO
As principais preposições são: a, ante, até, após, de,
com, contra, desde, em entre, para, perante, por (per)
sem, sob, sobre, trás.
Ex.:Sairemos após o jantar.
Locuções prepositivas: ao lado de, além de, depois de,
através de, dentro de, abaixo de, a par de.
Ex.:Antes de sair, feche portas e janelas.
Valor semântico da preposição
As preposições, além de seu papel de ligar palavras
entre si, têm valor semântico, isto é, significado próprio.
Assim, o valor semântico da preposição é evidenciado
pela relação que ele estabelece ente dois termos.
De acordo com essa relação, inúmeros são os valores
semânticos que as preposições exprimem. Entre eles,
citam-se:
assunto: O sacerdote falou da fraternidade.
causa: A criança estava trêmula de frio.
origem: As tulipas vêm da Holanda.
matéria: Ganhou uma correntinha de ouro.
direção contrária: Agiu contra todos.
posse: Esta casa é de meu pai.
lugar: Os livros estão sobre a mesa da sala.
meio: Vim de ônibus.
delimitação: É uma pessoa rica de virtudes.
conformidade: Como é teimoso! Saiu ao avô.
instrumento: Redigiu os artigos a lápis.
fim: Saíram para pescar bem cedinho.
distância no espaço: Daqui a dois quilômetros há um
bar.
VERBO
1. Conceito
Verbo é a palavra que exprime ação, estado, mudança
de estado, fenômeno natural e outros processos,
flexionando-se em pessoas, número, modo, tempo e voz.
Os três exemplos seguintes foram retirados da obra de
Fernando Pessoa:
"Todos os amantes beijaram-se na minh'alma".(ação)
"Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida"
(estado)
"Ah, na minha alma sempre chove." (fenômeno da
natureza)
2. Flexões
O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior
número de possibilidades de flexão na língua portuguesa.
Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em si
diversas informações.
A forma falávamos , por exemplo, indica, por meio de
seus morfemas:
a) a ação de falar (fal-);
b) o tempo em que tal ação ocorre: pretérito imperfeito ( -
va)
c) a pessoa gramatical que pratica essa ação: 1ª pessoa
do plural, nós (- mos)
d) o modo como é encarada essa ação: modo indicativo,
pois expressa um fato realmente ocorrido no passado;
e) que o sujeito - nós - pratica a ação expressa pelo
verbo: voz ativa
2.1. Flexão de Número
A flexão de número indica a quantidade de seres
envolvidos no processo verbal. São dois os números: o
singular e o plural. O verbo admite singular e plural,
concordando com seu sujeito.
Exs.:A tartaruga desapareceu.
As tartarugas desapareceram.
2.2. Flexão de Pessoa
A flexão de pessoa indica as pessoas do discurso (1ª ,
2ª e 3ª). As três pessoas gramaticais servem de sujeito
ao verbo.
1ª pessoa: aquela que fala, ou seja, o emissor ou falante
e corresponde aos pronomes pessoais eu (singular) e
nós (plural).
Eu respondo. Nós respondemos.
2ª pessoa : aquela com quem se fala (receptor ou
ouvinte) e corresponde aos pronomes tu (singular) e nós
(plural).
Tu respondes. Vós respondeis.
3ª pessoa: aquela de quem se fala e corresponde aos
pronomes pessoais ele, ela (singular) e eles, elas
(plural).
Ele responde. Eles respondem.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 15
2.3. Flexão de Modo
A flexão de modo indica a maneira, o modo como o fato
se realiza. São três os modos do verbo: o indicativo, o
subjuntivo e o imperativo. Além dos modos, existem as
formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio.
2.4. Flexão de Tempo
A flexão de tempo indica o momento ou a época em que
se realiza o fato. São três os tempos: o presente, o
pretérito e o futuro. Somente o pretérito e o futuro são
divisíveis.
Eis o esquema dos tempos simples em Português:
INDICATIVO
Presente : eu falo
Pretérito perfeito: eu falei
Pretérito imperfeito : eu falava
Pretérito mais que perfeito: eu falara
Futuro do presente: eu falarei
Futuro do pretérito: eu falaria
SUBJUNTIVO
Presente: que eu fale
Pretérito imperfeito: se eu falasse
Futuro: quando eu falar
IMPERATIVO
Imperativo Afirmativo : fala tu, fale você
Imperativo Negativo: não fales tu, não fale você
FORMAS NOMINAIS
Infinitivo impessoal: falar
pessoal : falar eu, falares tu
Gerúndio: falando
Particípio : falado
3. Voz
É a maneira como se apresenta a ação expressa pelo
verbo em relação ao sujeito. São três as vozes verbais:
3.1. ativa: nela, o sujeito se diz agente, porque é
praticante da ação verbal.
Ex.:O carroceiro disse um palavrão.
Suj ag.
3.2. passiva: nela , o sujeito se diz paciente, porque é o
recebedor da ação verbal
Um palavrão foi dito pelo carroceiro.
Suj. pac.
A voz passiva pode ser:
* analítica: formada com os verbos ser, estar e ficar,
seguidos de particípio.
Ex.:Uma mensagem foi enviada pelo
mensageiro.
* sintética: formada com um verbo transitivo direto
acompanhado do pronome SE, que se diz apassivador.
Ex.:Enviou-se uma mensagem.
Obs. O pronome SE também é chamado de partícula
apassivadora e somente acompanha verbos transitivos
diretos(VTD) ou verbos transitivos diretos e
indiretos.(VTDI)
Exs.: Plastificam-se documentos.
Pagam-se os salários aos funcionários.
3.3. reflexiva: nela, o sujeito se diz agente e paciente,
pois é ao mesmo tempo o praticante e o recebedor da
ação verbal .
Ex.: O carroceiro machucou-se.
suj ag./ pac.
4. Conjugações
São três as conjugações, caracterizadas pela vogal
temática:
1ª conjugação
caracterizada pela vogal temática a - am - a - r
2ª conjugação
caracterizada pela vogal temática e - vend - e - r
3ª conjugação
caracterizada pela vogal temática i - part - i - r
Obs.: Os verbos com a terminação –or pertencem à
segunda conjugação: pôr (antigo poer)
5. Locução Verbal
É o conjunto de verbo auxiliar + verbo principal (no
gerúndio ou no infinitivo) . recebe ainda a denominação
de perífrase verbal ou conjugação perifrástica.
Nossa língua não dispõe de flexões próprias
suficientes para exprimir com rigor todos os momentos do
processo verbal. Vale-se , então, dos verbos auxiliares,
que se usam para exprimir os mais diferentes aspectos
da ação.
OBS.: Não se confunde a noção de locução verbal com
a de tempo composto. O tempo composto sempre
traz o verbo principal no particípio, além do que, faz
parte da conjugação normal, possui um nome (pretérito
perfeito composto, futuro do presente composto, etc) ; a
locução verbal tem o verbo principal no gerúndio ou
no infinitivo e é empregada para enunciar aspectos ou
modos da ação.
6. Formas
* Rizotônicas: são as formas verbais em que o acento
tônico cai no radical. Por exemplo: amo, parto, bebam,
etc.
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PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/201516
* Arrizotônicas: são as formas verbais em que o
acento tônico não cai no radical, e sim na terminação.
Por exemplo: amarei, partirás, beberíamos, etc.
MODOS VERBAIS E FORMAS NOMINAIS: EMPREGO
Modos Verbais
A atitude do falante em relação ao fato expresso pelo
verbo pode ser explicitada pelo modo verbal.
O falante emprega o modo indicativo quando afirma,
interroga ou nega fatos, considerando que eles
ocorreram, ocorrem ou ocorrerão.
Ex.:Voltarão logo para casa.
O modo subjuntivo expressa um fato considerado pelo
falante como uma possibilidade, um receio, um desejo:
Ex.:Talvez voltem logo para casa.
O modo imperativo, o falante dirige-se a um ouvinte
para dar uma ordem, um conselho ou fazer um pedido.
Ex.:Volte logo para casa.
MODO INDICATIVO
Presente
a) Expressa um fato que ocorre no momento em que se
fala.
Ex.:As águas atingem um metro, afirma o locutor da
TV.
b) Expressa uma verdade científica, uma lei, um fato
real que data de muito tempo e deve durar por tempo
indefinido. É chamado de presente durativo:
Ex.:O interior do planeta Terra gira mais depressa.
c) Expressa uma ação habitual ou frequente. Nesse
caso, é chamado de presente habitual ou
frequentativo.
Ex.:Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã
(Chico Buarque)
d) Expressas fatos passados. É chamado de presente
narrativo ou histórico. É bastante utilizado em textos
jornalísticos, principalmente nas manchetes, para
transmitir ao leitor a impressão de que os fatos são
recentes.
Ex.: Enchente provoca estado de emergência no Paraná.
e) É utilizado em lugar de futuro.
Ex.:Volto terça-feira que vem.
f) É utilizado para substituir o imperativo, expressando
de forma delicada um pedido ou ordem. Compare as
duas frases:
Exs.:Resolva o problema. (imperativo)
Você me resolve o problema? (presente)
g) Substitui o futuro do subjuntivo
Exs.:Se você vem, traga-me o material. (presente)
Se você vier, traga-me o material. (futuro do subjuntivo)
Pretérito Imperfeito
a) Expressa um fato não concluído no passado.
Ex.:Nos primeiros anos do século XX, o restrito círculo
das sociedades industrializadas vivia momentos de
euforia.
b) Expressa um fato habitual ou repetido no passado. É
chamado de pretérito imperfeito frequentativo.
Ex.:Há sérios indícios de que os membros da realeza
se casavam e se acasalavam no seio da mesma família.
c) Quando se expressam dois fatos concomitantes, o
processo que estava ocorrendo e que cessa quando
ocorre outro é expresso pelo pretérito imperfeito:
Ex.:O ônibus fazia a linha Rio-SP e tombou quando o
motorista desviou do engavetamento.
d) É utilizado para iniciar narrativas, lendas, fábulas, em
geral com o verbo ser, indicando tempo vago, impreciso:
Ex.:Era uma vez um menino maluquinho...
e) Substitui o futuro do pretérito
Ex.:Se eu pudesse ficar sem escrever, não escrevia .
Escrevo porque não tem jeito.
f) Substitui o presente do indicativo para conotar maior
polidez
Ex.:Queria que vocês caprichassem mais nos
trabalhos (Quero que vocês caprichem mais...)
g) É utilizado na linguagem infantil, principalmente para
definir papéis nas brincadeiras.
Ex.:Agora eu era o herói.
E o meu cavalo só falava inglês...(Chico Buarque)
Pretérito Perfeito
a) Indica um processo completamente concluído em
relação ao momento em que se fala.
Ex.:O europeu chegou ao Novo Mundo com uma
bagagem repleta de superstições e preconceitos e atirou-
se às conquistas, sob a justificativa de estar a serviço de
Deus e de Sua Majestade.
b) A forma composta expressa um processo passado que
se repetiu ou se repete até o presente.
Ex.:Não tenho estudado música.
Pretérito mais-que-perfeito
a) Expressa um fato passado, que ocorreu antes de
outro, também passado. Portanto, o mais-que-perfeito
exprime um fato duplamente passado.
é passado em relação ao momento em que se fala;
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APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 17
é passado em relação ao momento em que se realizou
outro fato.
Ex.:Mentiu outra vez ao afirmar que falara tudo ao
presidente do clube.
b) Na linguagem literária, pode substituir o futuro do
pretérito.
Ex.:Descrever o abalo que sofreu Inocência ao dar, cara
a cara, com Manecão fora impossível.
c) É usado em orações optativas
Ex.:Quisera entender meu som tropical.
d) Na linguagem coloquial prefere-se a forma composta
Exs.:Quando eu entrei na sala , o professor já entrara.
Quando eu entrei na sala, o professor já tinha entrado.
Futuro do Presente
a) Exprime um fato (realizável ou não) posterior ao
momento em que se fala. Portanto, no momento da fala,
o fato é ainda inexistente.
Ex.:Grêmio terá time completo contra o Penharol.
b) Pode evidenciar incerteza a respeito de um fato
presente.
Ex.:Terá o atual prefeito a mesma ousadia do anterior?
c) Pode substituir o imperativo
com valor categórico
Ex.:Serás derrotado, meu compadre!
com valor de sugestão
Ex.:Você fará tudo para ser aprovado no concurso , não
é mesmo?
A forma composta pode ser empregada:
a) para indicar que uma ação futura será realizada antes
de outra.
Ex.:Vocês serão vítimas das próprias armadilhas que
terão construído.
b) para indicar a certeza de uma ação futura.
Ex.:Aí sim teremos compensado todos os nossos
esforços.
c) para indicar incerteza diante de um fato passado.
Ex.:Essa última administração terá resolvido os
problemas básicos da cidade.
Futuro do Pretérito
a) Expressa um fato futuro em relação a outro já
passado.
Ex.:O proprietário deixou claro que haveria dificuldades.
b)Substitui o presente do indicativo, para atenuar uma
ordem ou um pedido.
Ex.:Pediria que todos se manifestassem a respeito do
assunto.
c) Pode ser substituído pelo pretérito imperfeito do
indicativo.
Ex.:Ah! se eu fosse você, eu voltava para mim.
d) Pode expressar incerteza, dúvida, possibilidade.
Ex.:Seria ele o responsável pelo fracasso da
assembleia?
A forma composta é empregada para
a) indicar a possibilidade de um fato passado ter ocorrido.
Ex.: Presumiu que teria visto o cometa.
b) para indicar incerteza a respeito de um fato passado.
Ex.:O acidente teria ocorrido na Rodovia dos
Bandeirantes?
MODO SUBJUNTIVO
O modo subjuntivo expressa um fato considerado pelo
falante como uma possibilidade, um receio, um desejo.
Ex.:É possível que tudo se resolva logo.
Em seus diversos tempos, o modo subjuntivo aparece
geralmente em orações dependentes, mas pode ocorrer
também em orações independentes.
Ex.:Não vamos deixar / que a inflação volte.
1ª oração 2ª oração depende da 1ª
Ex.:Deus te ouça! (oração independente)
TEMPOS DO SUBJUNTIVO
A localização temporal expressa pelos tempos do
subjuntivo é menos nítida que a dos tempos do indicativo.
Como geralmente o subjuntivo ocorre numa oração
dependente, o tempo empregado vai depender do tempo
verbal da oração principal.
Presente
Nos vários empregos estudados anteriormente, o
presente do subjuntivo vai expressar tempo presente ou
futuro, dependendo do tempo do verbo da oração
principal.
Usa-se o presente do subjuntivo quando o verbo da
oração principal estiver no:
a) presente do indicativo
Ex.:É inevitável / que cedo ou tarde estas qualidades
sejam valorizadas.
b) imperativo
Ex.:Faça a revisão do carro / para que viaje tranquilo.
c) futuro do presente
Ex.: Fará a revisão do carro / para que viaje tranquilo.
Pretérito Imperfeito
Expressa fatos, presente ou futuro, e ocorre quando o
verbo da oração principal estiver no:
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APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/201518
a) pretérito imperfeito do indicativo
Ex.: Desejávamos / que tudo não passasse de um
grande engano.
b) pretérito perfeito do indicativo
Ex.:Desejei / que tudo não passasse de um grande
engano.
c) futuro do pretérito
Ex.: Desejaria / que tudo não passasse de um grande
engano.
Pretérito Perfeito
Esse tempo só existe na forma composta. Expressa um
fato já ocorrido quando o verbo da oração principal
estiver no presente do indicativo.
Ex.:Desejo que todo esse sofrimento não tenha sido em
vão.
Pretérito Mais - que - perfeito
Esse tempo só existe na forma composta. É empregado
para exprimir uma ação que deveria ter ocorrido no
passado, anterior a outro fato, também passado. Ocorre
quando o verbo da oração principal estiver no pretérito
imperfeito do indicativo ou no futuro do pretérito do
indicativo.
Ex.:Queria que ela tivesse saído do colégio.
Ficaria feliz se elas houvessem saído do colégio.
Futuro
A forma simples é empregada em orações que
expressem um fato eventual, hipotético. Aparece apenas
em orações dependentes, junto com orações principais
que tenham verbo no presente ou no futuro.
Exs.:Vou se quiser. (indica condição) Irei se quiser.
Vou como quiser. (indica modo) Irei como quiser.
Vou quando quiser . (indica tempo) Irei quando quiser
A forma composta expressa um fato que será concluído
no futuro, em relação a outro fato, também futuro.
Ex.: Só ficarei sossegado quando tiverem terminado
a reforma da casa.
MODO IMPERATIVO
No imperativo o falante dirige-se a um ouvinte na
tentativa de fazer com que este realize o processo
expresso pelo verbo. Portanto, o imperativo exprime:
a) ordem
Ex.:Saiam já da quadra - ordenou o inspetor de alunos.
b) conselho
Ex.:Olhe; um conselho: faça-se forte aqui, faça-se forte.
c) solicitação
Ex.:Por favor, chegue mais perto do microfone.
d) súplica
Ex.:Ó máquina, orai por nós.
e) sugestão
Ex.:Não grite com ele, que tudo dará certo.
O imperativo pode ser substituído
a) por interjeição
Ex.:Silêncio!
b) pelo presente do indicativo
Ex.:Você aí , me diz a verdade...
c) pelo futuro do presente
Ex.:Não matarás.
d) pelo imperfeito do subjuntivo
Ex.:E se todos falassem mais baixo?
e) pelo infinitivo
Ex.:Não virar à esquerda.
f) pelo gerúndio
Ex.:Circulando! Circulando! A polícia chegou.
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
1. Quanto à função
Quanto à função, o verbo pode ser auxiliar ou
principal.
Verbo auxiliar é aquele que, perdendo seu significado
próprio, é utilizado para auxiliar a conjugação de outro,
chamado de verbo principal.
Ex.:Não parece que ela está rindo?
Os auxiliares mais comuns são: ter, haver, ser e estar.
Alguns verbos podem funcionar, ocasionalmente, como
auxiliares: ir, vir, andar.
Compare as duas frases:
Exs.: Ele anda a pé. (andar - verbo principal)
Ele anda falando mal de todo mundo. (andar - verbo
auxiliar)
Compare ainda:
Exs.:Ela queria mais espaço para dançar.
(queria - verbo principal)
Curiosos queriam ver as tartaruguinhas.
(queria - verbo auxiliar)
2. Quanto à flexão
a) Regulares
São aqueles que seguem um paradigma, isto é, um
modelo de conjugação.
O radical desses verbos permanece inalterado em
todas as formas. Exemplos de verbos regulares: amar,
falar, comprar, vender, partir.
amo , amas, amássemos, amarei, amado...
venço, vencerei, venceríamos, vencestes...
b) Irregulares
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 19
São aqueles que não seguem o paradigma dos verbos
de sua conjugação, sofrendo alterações no radical ou na
terminação. São irregulares, por exemplo, os verbos
fazer, dar, pedir, ir, poder, etc.
faço , fiz, feito
posso, podes, poderíamos
c) Anômalos
São os que, durante a conjugação, apresentam
radicais distintos. Existem apenas dois:
Ser (sou, és, fui)
Ir (vou, ia, fui)
d) Defectivos
São aqueles que não são conjugados em todos os
tempos, modos e pessoas. Os principais são estes:
1) todos os verbos impessoais e unipessoais;
2) adequar e precaver, que só se conjugam nas formas
arrizotônicas;
3) computar, que não possui a 1ª, a 2ª e a 3ª pessoa do
singular do presente do indicativo e, consequentemente,
todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo
negativo; do imperativo afirmativo só possui esta pessoa:
computai;
4) viger, que só se conjuga nas pessoas que mantêm a
vogal temática E; é mais usado nas terceiras pessoas, do
singular e do plural;
5) feder e soer, que não possuem a 1ª pessoa do
singular do pres. do ind. e, consequentemente, todo o
pres. do subj. e todo o imperativo negativo;
6) reaver, derivado de haver, que só se conjuga nas
formas em que este conserva a letra V;
7) abolir, falir e uma série de outros da 3ª conjugação .
Classificam-se os verbos da 3ª conjugação em dois
grandes grupos:
1º - os que seguem a conjugação de abolir, que não
possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo
e, consequentemente, todo o presente do subjuntivo e
todo o imperativo negativo
Indicativo, presente (- , aboles, abole, abolimos,
abolis, abolem)
Imperativo afirm. (abole, aboli)
Os principais verbos que seguem essa conjugação
são: aturdir, banir, bramir, brunir, carpir, colorir, comedir,
delinqüir, delir, demolir, descomedir, desmedir, esculpir,
exaurir, explodir, extorquir, fremir, fundir, jungir, pungir,
refulgir, retorquir, ruir, urgir.
2º - os que seguem a conjugação de falir, que só se usa
nas formas arrizotônicas, não possuindo também todo o
presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo.
Indicativo, presente (falimos, falis)
Imperativo afirmativo. (fali)
Os principais verbos que seguem essa conjugação
são: adir, aguerrir, combalir, embair, empedernir,
esbaforir-se, escandir, espavorir, florir, foragir-se, garrir,
rangir, reflorir, remir, renhir, ressarcir, ressequir, e transir.
e) Abundantes
São aqueles que possuem duas ou mais formas
equivalentes. Geralmente essas formas aparecem no
particípio. Ex.: havemos, e hemos, haveis e heis,
acendido e aceso, soltado e solto.
Dos particípios, o que termina em -do é regular; o outro
é irregular.
Os particípios regulares são usados na voz ativa, ou
seja, com ter e haver; os irregulares são empregados na
voz passiva, ou seja, com ser, estar, ficar, etc.; nem
sempre, porém, a língua contemporânea segue tal
norma.
Exs.:O deputado tinha aceitado um acordo; depois
arrependeu-se.
O acordo foi aceito pelo deputado.
Já estava aceito o acordo quando ele se arrependeu.
Com os auxiliares:
Ter e Haver - emprega-se o particípio regular.
Ex: Minha mãe já havia fritado os ovos.
Ser e Estar – emprega-se o particípio irregular.
Ex: Os ovos já estão fritos.
Observações:
1. Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr,
ver, vir e seus derivados possuem apenas o particípio
irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto,
visto, vindo.
2. Na língua contemporânea, há uma certa tendência
pelo uso dos particípios irregulares, o que justifica o
desuso de ganhado, gastado e pagado.
3. Quanto à existência ou não do sujeito.
a) Pessoais
São aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito
ou explícito. A maior parte dos verbos de nossa língua
são pessoais.
Ex.:O Nino apareceu na porta.
b) Impessoais
São aqueles que não se referem a qualquer sujeito
implícito ou explícito. Esses verbos são utilizados sempre
na 3ª pessoa. Consideram-se como impessoais:
1. verbos que indicam fenômenos meteorológicos:
chover, nevar, ventar, etc.
Ex.:Garoava na madrugada roxa.
(Alcântara Machado)
2. o verbo haver, no sentido de existir, ocorrer,
acontecer.
Exs.: Houve um espetáculo ontem.
Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais
Anica com seus olhos claros. (Bernardo Élis)
Há alunos na sala.
3. o verbo fazer, indicando tempo decorrido ou fenômeno
meteorológico.
Exs.:Fazia dois anos que eu estava casado.
Faz muito frio nesta região.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/201520
OBS.: Alguns desses verbos podem ser empregados em
sentido figurado. Nesse caso, são pessoais, uma vez que
podem apresentar sujeito.
Exs.:O orador trovejava ameaças.
Choveram canivetes.
TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS
1. Derivados do presente do indicativo:
a) Presente do subj. (1ª.conj: e-es-e-emos-eis-em , 2ª.e3ª.conj: a-as-a-amos-ais-am)
b) Imperativo afirmativo(tu e vós = Presente indic.menos o S / você,nós, vocês = Presente subj.)
c) Imperativo negativo - (exatamente igual ao Presente do subjuntivo).
Observe o quadro:
Derivados do Presente do Indicativo
Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo
radical da 1ª pessoa do presente do indicativo
Faç o xxxxxxxxxxxxx Faça xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Fazes Faze tu faças Não faças tu
Faz Faça você Faça Não faça você
Fazemos Façamos nós façamos Não façamos nós
Fazeis Fazei vós façais Não façais vós
Fazem Façam vocês façam Não façam vocês
Exercite
Verbo:
Presente Indicativo. Imperativo Afirmativo Presente subjuntivo Imperativo negativo
Imperativo Afirmativo Pronomes Correspondente Imperativo Negativo (não)
eu não há ----- eu não há
tu pres. (ind.) –s te, teu (s), tua (s) tu pres. (subj..)
você pres. (subj.) lhe, se, seu, sua você pres. (subj.)
nós pres. (subj.) nos, conosco, nosso nós pres. (subj.)
vós pres. (ind.) -s vos, convosco, vosso vós pres. (subj.)
vocês pres. (subj.) lhes, se, seus, suas vocês pres. (subj.)
Uniformidade de Tratamento
Quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento
escolhido inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de você, não poderemos usar o te ou teu, e os
verbos vão para a 3
a
pessoa.
Frase errada:
Ex.:Medi vossas forças antes de te entregar à luta.
Frase correta:
Ex.:Medi vossas forças antes de vos entregardes à luta.
2.Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo
a) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo (tema + ra, ras, ra, ramos, reis, ram)
b) Pretérito imperfeito do subjuntivo (tema + sse, sses, sse, ssemos, sseis, ssem)
c) Futuro do subjuntivo (tema + r, res, r, rmos, rdes, rem)
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 21
Observe:
Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo
Pret. Perfeito
do indicativo
Pret. Mais-que-Perf.
do indicativo
Pret. Imperfeito
do subjuntivo
Futuro do subjuntivo
tema do pretérito perfeito (2ª. pessoa do singular) menos -STE
Fiz fize ra fize sse fize r
Fizeste fize ras fize sses fize res
Fez fize ra fize sse fize r
Fizemos fizé ramos fizé ssemos fize rmos
Fizestes fizé reis fizé sseis fize rdes
Fizeram fize ram fize ssem fize rem
EXERCITE
Verbo:
Pret.Perfeito indicativo Pret.Mais-que-perfeito ind Pret.Imperfeito subjuntivo Futuro subjuntivo
3. Derivados do Infinitivo
a) Pretérito Imperfeito Indicativo (radical + ava,avas,ava,ávamos,áveis,avam 1ª.conj.)(radical + ia,ias,ia,íamos,íeis, iam -
1ª. e 2ª. conj.);
b) Futuro do Presente (tema + rei, rás, rá, remos, reis, rão);
c) Futuro do Pretérito (tema + ria, rias, ria, ríamos, ríeis, riam);
d) Particípio (radical + ado - 1ª. conj. / radical + ido - 2ª. e 3ª. conj.
e) Gerúndio (tema + ndo )
Observe:
Derivados do Infinitivo - 1ª. Conjug
radical tema
cant -ar canta - r
cant-ado cant ava canta rei canta ria
cant avas canta rás canta rias
cant ava canta rá canta ria
cant ávamos canta remos canta ríamos
cant áveis canta reis canta ríes
cant avam canta rão canta riam
Derivados do Infinitivo - 2ª. e 3ª. conjugações
radical tema
pod er / ped ir pode r / pedi r
pod ido pod ia ped ia pode rei pedi rei pode ria pedi ria
pod ias ped ias pode rás pedi rás pode rias pedi rias
pod ia ped ia pode rá pedi rá pode ria pedi ria
pod íamos ped íamos pode remos pedi remos pode ríamos pedi ríamos
ped ido pod íeis ped íeis pode reis pedi reis pode ríeis pedi ríeis
pod iam ped iam pode rão pedi rão pode riam pedi riam
Observações:
1. Os verbos fazer, dizer e trazer, bem como seus derivados, perdem a sílaba “zê’’ no futuro do presente e no futuro do
pretérito. farei (fazerei); direi (dizerei), trarei (trazerei)
faria (fazeria); diria (dizeria); traria (trazeria)
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/201522
2. Os verbos ter, vir e pôr, seus derivados, têm desinências próprias para o pretérito imperfeito do indicativo: tinha (e não
tia); vinha (e não via); punha (e não poía).
EXERCITE
Verbo:
Infinitivo: Pret.Imperfeito indic. Futuro do Presente Futuro do Pretérito
Particípio:
Gerúndio:
ADVÉRBIO
Advérbios são palavras modificadoras do verbo. Servem
para expressar as várias circunstâncias que cercam a
significação verbal. Alguns advérbios, chamados de
intensidade, podem também prender-se a adjetivos, ou a
outros advérbios, para indicar-lhes o grau: muito belo (=
belíssimo), vender muito barato (= baratíssimo).
Alguns há, até, que não acompanham a verbos, mas
somente a adjetivos e Advérbios – tais como, tão, quão,
que, em frases assim:
Exs.:Nunca vi olhos tão lindos.
Quão belas estás!
Porque chegaste tão cedo?
Atente-se especialmente para o advérbio de
intensidade QUE, figurante em frases exclamativas como
estas.
Exs.:Que generoso coração!
Que lua maravilhosa!
Classificação
Distribuem-se os advérbios pelas seguintes espécies:
1. de dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura,
provavelmente,eventualmente, etc
2. de intensidade: muito, pouco, assaz, bastante,
demais, excessivamente, demasiadamente, etc.
3. de lugar: abaixo, acima, além, aí, ali, aqui, cá, dentro,
lá, avante, atrás, fora, longe, perto, etc.
4. de modo: bem, mal, assim, etc.(e muitos adjetivos
adverbializados com o sufixo mente ou sem ele)
5. de tempo: ainda, agora, amanhã, ontem, logo, já,
tarde, cedo, outrora, então, antes, depois,
imediatamente, anteriormente, diariamente, etc.
Locução adverbial:
Duas ou mais palavras que funcionem como um advérbio
constituem uma locução adverbial: às vezes, às cegas,
às claras, às escondidas, às pressas, às tontas,de
propósito, de frente, de repente, de um golpe, de viva
voz, em mão (e não em mãos), por atacado, por milagre.
Advérbios-Relativos
São os advérbios - onde, quando, como -, empregados
com antecedente, em orações adjetivas.
Exs.:Fica ali a encruzilhada / onde ergueram uma cruz
de pedra.
Era no tempo/ quando os bichos falavam...
Merece elogios o modo / como trata os mais velhos.
SINTAXE DE ORAÇÃO E PERÍODO
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO - SUJEITO E
PREDICADO
Tipos de SUJEITO
1.Simples:
Ex.:As rosas têm espinhos . (um núcleo)
2.Composto:
Ex.:O pai e o filho eram duas faces da mesma moeda.
(dois ou mais núcleos)
3.Oculto ou desinencial:
Ex.:Concordamos com suas ideias. (não está expresso,
mas é reconhecido pelo verbo)
3.Indeterminado:
*Verbo na 3ª pessoa do plural
Ex.:Mandaram os acidentados para o hospital.
*Verbo na 3ª. pessoa do singular + SE (índice de
indeterminação do sujeito)
Exs.:Vive-se bem no campo. (V.I + SE)
Precisa-se de carpinteiros.(V.T.I. + SE)
Só raramente se assiste a bons filmes. (V.T.I + SE)
É-se feliz. (V.Ligação + SE)
Pegou-se da espada e começou a lutar (T.T.D prepos. +
SE)
4.Inexistente:
Verbos impessoais
Exs.:Houve algum problema com você? (haver =
acontecer)
Há muitos sonegadores ainda impunes. (haver = existir)
Faz dias que o carteiro não aparece.
Era cedo quando ele chegou.
Estava um dia chuvoso.
Choveu muito ontem. Basta de reclamar.
Tipos de PREDICADO
1.Verbal: informa a ação.
Exs.:Os operários lutam por melhores salários.(núcleo)
Acenderam-se as luzes.(núcleo)
2.Nominal: informa um estado do sujeito.
Com verbos de ligação ser, estar, parecer, permanecer,
ficar, andar, continuar, torna-se.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 23
Com predicativo do sujeito (qualidade,estado do
sujeito).
Exs.: Aquelas esculturas eram valiosas. (núcleo)
A população permanecia apreensiva.(núcleo)
*Predicativo do sujeito: atribui característica ao sujeito.
Ex.: As crianças continuam felizes.
OBS. O predicativo. do sujeito pode aparecer com outros
verbos.
Exs.:As crianças saíram satisfeitas. (V.I. )
Os bancários terminaram o trabalho aliviados. (V.T.D.)
3.Verbo-nominal: expressa dupla informação: ação e
estado.
Ex.:Os operários chegaram cansados.
*Predicativo do objeto: atribui característica ao objeto.
Exs.: Os colegas consideram Daniel inteligente. (objeto
direto)
Chama-lhe ingrato. (objeto indireto)
______________________________________________
Distinção entre Predicativo do objeto e Adjunto
adnominal
* O Predicativo. do Objeto não pertence ao mesmo
termo do objeto.
Ex.: Os alunos acharam a prova fácil. (Os alunos
acharam-na fácil)
* O Adjunto adnominal pertence ao mesmo termo do
objeto.
Ex.: Os alunos fizeram uma prova fácil. (Os alunos
fizeram-na.)
______________________________________________
Estrutura do Predicado Verbal: formado de verbo
transitivo(VT) e verbo.intransitivo(VI).
V. Intransitivo: Ex.:As árvores florescem na primavera.
V.T.Direto:Ex.: Os pássaros fazem seus ninhos.(fazem-
nos)
V.T.Indireto:Ex.: O imóvel pertence aos herdeiros.
(pertence-lhes)
V.T.D.I. :Ex.: Certos alunos escrevem poesias à
namorada.
Sujeito e Vozes do Verbo
*Sujeito Agente - voz ativa .
Ex.:O menino quebrou o copo.
*Sujeito Paciente - voz passiva.
O copo foi quebrado pelo menino.
Exs.: O edifício ficou deteriorado pelo tempo.(analítica)
Reproduziu-se o acidente no depoimento.(sintética)
*Sujeito Agente e Paciente - voz reflexiva.
Ex.: A garota pintou-se rapidamente.
Termos Integrantes - Complementos Verbais /
Complemento Nominal / Agente da Passiva
Complementos verbais
* Objeto Direto(sem preposição) :
Ex.:O cheiro de tinta contaminou o ar.(contaminou-o)
* Objeto Indireto(com preposição) :
Ex.:A notícia não agradou ao povo ( não lhe agradou)
* Objeto Direto Preposicionado:
Exs.:Amar a Deus sobre todas as coisas (amá-lo)
Estimava aos parentes. (estimava-os)
A Abel matou Caim . (nas inversões)
O capitão arrancou da espada.(colorido semântico)
É o homem a quem amo. (amo-o)
A notícia sensibilizou a todos.
* Objeto Pleonástico:
Exs.:Meus sobrinhos, eu não os vejo há algum tempo.
Ao gato, o que lhe demos foi bolinho de carne.
Complemento Nominal:completa substantivo, adjetivo
ou advérbio.(com preposição)
Exs.: A lembrança do passado martelava-lhe na cabeça.
O porão da casa estava cheio de ratos.
Os bons políticos agiram favoravelmente ao povo.
Agente da Passiva: termo que indica quem pratica a
ação sofrida pelo verbo.(sujeito paciente)
Exs.: A cidade estava rodeada de saqueadores.
Elenira era respeitada pelos companheiros do patrão.
A grama fora cortada por Marilisa.
Termos Acessórios: Adjunto Adnominal / Adjunto
Adverbial / Aposto / Vocativo
Adjunto Adnominal: acompanha o nome
São adjuntos adnominais: artigo, pronome, numeral e
adjetivo.
Ex.: As nossas três pipas coloridas contrastavam com o
céu azul.
Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento
Nominal
* Adjunto adnominal - termo preposicionado apresenta
ideia de agente.
Ex.: A redação do aluno foi perfeita. (o aluno redige)
* Complemento Nominal - termo preposicionado
apresenta ideia de paciente
Ex.: A redação da lei não foi bem interpretada. (a lei foi
redigida)
______________________________________________
Adjunto Adverbial: indica circunstância do verbo, do
adjetivo ou do advérbio.
Exs.: O tempo passou rapidamente. / Flávio é muito bom
goleiro. / O pessoal saiu bem depressa.
Aposto: termo que explica, resume, esclarece outro
termo da oração.
Exs.:São Paulo, a maior capital do Brasil, vive hoje
problemas sociais.
Aqui está a mercadoria pedida: arroz, feijão e
material de limpeza.
O rio Amazonas é o maior do país.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/201524
Os convidados não foram à festa, o que deixou o
aniversariante frustrado.
Vocativo: desligado da estrutura da oração, usado para
chamar/interpelar a pessoa.
Exs.: Companheiros, a decretação da greve será
necessária.
Tenham cuidado com os copos, meus filhos.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E
SUBORDINAÇÃO
Tipos de Oração:
Oração Absoluta - forma o período simples.
Ex.: Hoje as lojas estão movimentadas.
Oração Coordenada - mantém relação de
independência.
Ex.:Agachou-se, apanhou uma pedra e atirou-a
Oração Subordinada - depende sintaticamente de outra
oração.
Ex.:Sílvia esperou que o marido voltasse.
Oração Principal - é aquela da qual a oração
subordinada depende.
Ex.: Procurei quem digitasse o trabalho.
ORAÇÃO COORDENADA
1.Assindética - sem conjunção
Ex.:Chegou, gostou, ficou para sempre.
2.Sindética - com conjunção coordenativa
1)aditivas: ideia de adição (e, nem, mas também, mas
ainda, como também...).
Ex.: Os cubanos não só conheciam a música mas
também a literatura brasileira.
2) adversativas: ideia de contraste, de oposição.(mas,
porém, todavia, contudo, entretanto, no
entanto,senão...)
Ex.:Aquela estrada era perigosa, entretanto era muito
usada.
3)alternativas: ideia de alternância.(ou, ou...ou,
ora...ora, já...já...).
Ex.: Ora chama pela mãe, ora procura o pai.
4)explicativas: expressam motivo, razão, explicação.
(porque, que, pois (antes do verbo).
Ex.:É bom ser criticado, porque assim crescemos
interiormente.
5)conclusivas: ideia de conclusão.(logo, portanto, por
conseguinte, pois (depois do verbo).
Ex.:Falta carne no mercado; conheça, pois, a comida
vegetariana.
ORAÇÃO SUBORDINADA
1.Oração Subordinada Substantiva - tem função
sintática.
Conector: Conj. Integrante: que e se (substituível por
ISTO)
1)Subjetiva: sujeito da Or.. Principal .
Exs.:É necessário que você compareça.
Constatou-se que os remédios eram falsos.
2)Objetiva Direta: O.D. da Or..Princ. (sem prep.)
Exs.:O mestre exigia que todos estivessem presentes.
O fiscal verificou se tudo estava em ordem.
3)Objetiva Indireta: O.I. da Or.Princ.(com prep.)
Exs.: Não me oponho a que você viaje.
Lembre-se de que a vida é breve.
4)Completiva Nominal: C.N. da O.P. (com prep.)
Exs.:Estamos desejosos de que a paz seja duradoura.
Mariana teve a sensação de que alguém a observava.
5)Predicativa: Pred. do Suj. da O.P. (com v. ligação)
Exs.:Nossa esperança é que os povos vivam em paz.
Arnaldo foi quem trabalhou menos.
6) Apositiva: aposto da O.P.
Exs.:Queremos somente isto: que a distribuição de renda
seja mais justa.
Só desejo uma coisa : que vivam felizes.
7)Agente da Passiva: agente da passiva. da O.P
Exs.:.Seremos julgados por quem nos criou.
O quadro foi comprado por quem o fez.
2.Oração Subordinada Adjetiva - tem a função do
adjetivo.
Conector: Pronome Relativo (que=o qual ; quem, cujo,
onde)
Ex.:Assistimos a cenas que deprimem (cenas
deprimentes)
1) Restritivas: restringem o sentido do termo a que se
referem.
Exs.:Os homens que são honestos merecem nosso
diálogo.
Este é o motivo pelo qual desisti do torneio.
2) Explicativas: tomam o termo a que se referem no seu
sentido amplo (à semelhança de um aposto).
Sempre isoladas por vírgulas.
Exs.: Os homens, que são seres racionais, merecem
nosso diálogo.
Deus, que é nosso pai, nos salvará.
3.Oração Subordinada Adverbial- tem a função de
advérbio e funciona como adjunto adverbial da O.P.
Classificação feita segundo o sentido da circunstância
adverbial que expressa.
1)Causais:ideia de causa,motivo,razão.(porque, visto
que, já que, porquanto, na medida em que, como,
uma vez que...)
Exs.:Chegou cansado, visto que seu trabalho fora muito
pesado.
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir.
2)condicionais: ideia de condição. (se, caso, contanto
que, desde que...)
Exs.: Viajaremos ainda hoje, desde que o tempo
continue bom.
Você pode ir, contanto que volte cedo.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/2015 25
3) consecutivas: ideia de consequência.( que(tal, tanto,
tamanho, tão), de sorte que,de modo que, de forma
que...)
Exs.: Estávamos tão cansados na viagem que víamos
imagens duplas.
Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos.
4)conformativas: ideia de conformidade.(como,
conforme, segundo, consoante...)
Exs.: Segundo dizem os cientistas, a sociedade das
formigas tem uma perfeita organização.
Como diz o povo, tristeza não paga dívidas.
5) concessivas: ideia contrária , exprimem um fato que
se concede, em oposição ao da oração
principal.(embora, ainda que, se bem que, por mais
que, posto que, conquanto, não obstante,em que
pese a ...).
Exs.:Por mais que gritasse, não me ouviram.
.Cumpriremos o nosso dever, mesmo que nos critiquem.
6)comparativas:apresentam o 2º termo da
comparação.(como, mais.. do que, menos...que,
tão...como, tanto...quanto...)
Exs.:Nós corríamos como lebres assustadas.(correm).
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o
ferro.
7)proporcionais: ideia de proporção. (à medida que, à
proporção que, ao passo que, quanto mais..tanto
mais, quanto menos ...tanto menos.)
Exs.: À proporção que limpávamos os livros, o cheiro de
bolor sumia.
Quanto maior for a altura, maior será o tombo.
8) finais: ideia da finalidade, objetivo do fato expresso
na O.P.(a fim de que, para que...)
Exs.: Fiz minha autocrítica a fim de que me sentisse
melhor.
Fiz-lhe sinal para que se calasse.
9)temporais:ideia do tempo em que ocorre o fato.
(quando, logo que, até que, sempre que,
enquanto, assim que, mal,desde que ...)
Exs.:Eu ficaria lendo até que o sono viesse.
Sempre que vou à cidade, passo pelas livrarias.
ORAÇÕES REDUZIDAS
Oração Reduzida é a que se apresenta sem conectivo e
com o verbo numa forma nominal.
Há três tipos de Orações Reduzidas:
a)de infinitivo: analisam-se como as desenvolvidas
Exs.: Fui à cidade para consultar o médico.
Para consultar o médico: or. Subordinada adverbial
final, reduzida de infinitivo
Penso estar preparado (Penso que estou preparado)
Estar preparado:or. Subordinada substantiva objetiva
direta, reduzida de infinitivo.
b)de gerúndio:
Exs.: Passaram guardas conduzindo presos (=guardas
que conduziam presos)
Conduzindo presos: or. Subordinada adjetiva restritiva,
reduzida de gerúndio.
Chegando lá, avise-me. (= quando chegar lá, avise-me)
Chegando lá: or. Subordinada adverbial temporal,
reduzida de gerúndio.
c)de particípio
Exs.: Esta é a notícia divulgada pela imprensa.(= que foi
divulgada pela imprensa)
Divulgada pela imprensa: or. Subordinada adjetiva
restritiva, reduzida de particípio)
Mesmo oprimidos, não cederemos.(= mesmo que
sejamos oprimidos, não cederemos)
Mesmo oprimidos: or. Subordinada adverbial concessiva,
reduzida de particípio)
Classificação das orações - dicas
1. orações coordenadas: identificar conjunção e seu
valor semântico.
2. orações sub. substantivas: analisar os termos da
oração que faltam na OP.
3. orações sub.adverbiais: identificar conjunção e seu
valor semântico.
4. orações sub. adjetivas: identificar o pronome relativo.
5. orações reduzidas: desenvolvê-las e classificá-las (v.
gerúndio, infinitivo, particípio).
SINTAXE DE COLOCAÇÃO
COLOCAÇÃO DE PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS
Os pronomes oblíquos podem ser colocados em três
posições:
Próclise – antes do verbo
Ex.:Jamais me esquecerei de você.
Ênclise – depois do verbo
Ex.:O gerente lembrou-lhe o dia do contrato.
Mesóclise – no meio do verbo
Ex.:Avisar-lhe-ei a hora da partida.
PRINCÍPIOS BÁSICOS
1. Desde que não inicie oração, a colocação do pronome
antes do verbo estará, quase sempre, correta.
Ex.:As competições se iniciaram na hora marcada.
Observação:
O pronome átono, no entanto, pode iniciar orações
interferentes.
Ex.:As férias de julho, me diziam as crianças, foram as
melhores.
APROVA
APOSTILA BÁSICA
PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA
Atualizada 15/07/201526
2. Depois dos infinitivos invariáveis, a colocação será
correta, mas não obrigatória.
Exs.:Não lhe dizer a verdade, será pior.
Não dizer-lhe a verdade, será pior.
ATENÇÃO
3. É proibida a colocação do pronome depois de
verbos no particípio, no futuro de presente ou no
futuro do pretérito.
Exs.:Tenho dedicado- me ao trabalho.(incorreto)
Tenho – me dedicado ao trabalho. (correto)
Exs.:Avisarei-te assim que chegarem. (incorreto)
Avisar-te- ei assim que chegarem.(correto)
PRÓCLISE
Casos Obrigatórios
1. Orações negativas, exclamativas, interrogativas e
optativas
Exs.:Ninguém o chamou aqui.
Como te iludes! Meu amigo.
Onde nos informarão a hora certa?
Bons ventos o levem. (!)
2. Orações subordinadas com a conjunção clara ou
subentendida.
Exs.:O resultado será divulgado hoje, segundo me
informaram.
Solicitamos nos informem o resultado. (que nos
informem)
3. Com pronomes substantivos:
a) Indefinidos –
Ex.:Todos nos elogiavam, mas ninguém nos defendia.
b) Relativos –
Ex.: O “artista” a quem te referes é o Tiririca.
c) Interrogativos –
Ex.:Quando me convencerás desta necessidade?
d) Demonstrativo –
Ex.:Isto me pertence.
4. Com advérbios de qualquer tipo.
Exs.:Talvez lhe interesse este produto.
Lá nos acusam de fraqueza.
Depois o informaremos do objetivo da reunião.
5. Com o gerúndio preposicionado (prep EM +
gerúndio)
Ex.:O zagueiro adversário, em se defendendo, cortou-lhe
a frente.
6. Com verbos no infinitivo flexionado.
Ex.:Não serás criticado por me dizeres a verdade.
Próclise Facultativa
1. Estando o sujeito expresso
Ex.:Os alunos se arrependeram / arrependeram-se de
não terem estudado.
2. Com infinitivos invariáveis
Ex.:O meu propósito era não lhe obedecer / obedecer-
lhe mais.
3. Com as orações coordenadas sindéticas
Ex.:Ela chegou e me perguntou / perguntou – me pelo
filho.
ÊNCLISE
Casos Obrigatórios
1. Períodos iniciados por verbo
Ex.:“Vai-se a primeira pomba despertada!”
2. Pronomes o, a, os, as – seguidos de infinitivos com
as preposições “a” e “por”.
Exs.: Sabe ele se tornará a vê- los algum dia?
Encontrei a madrasta a maltratá- las.
Ansiava por encontrá- lo.
3. Orações imperativas afirmativas
Ex.:Procure suas amigas e convide-as.
MESÓCLISE
A mesóclise será obrigatória com verbos no futuro do
indicativo, desde que não haja caso de próclise
obrigatória.
Exs.:Afinal, ter – se – ão obtido os melhores resultados.
Encontrar- nos – íamos ainda uma vez
MAS: Jamais o levaria comigo.(com palavra atrativa)
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES
VERBAIS
1. Não havendo caso de próclise: será livre a colocação
Exs.:O diretor nos deve oferecer o prêmio.
O diretor deve-nos oferecer o prêmio.
O diretor deve oferecer- nos o prêmio.
2. Havendo caso de próclise: o pronome será colocado
antes ou depois da locução verbal, isto é, não poderá
ficar entre os verbos.
Exs.:O rapaz não se deve casar hoje.
O rapaz não deve casar-se hoje.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL NOS TEMPOS
COMPOSTOS
Verbos ter ou haver + particípio
Os pronomes se juntam ao verbo auxiliar e jamais ao
particípio.
Exs.:Os presos tinham-se revoltado.
Haviam – no declarado vencedor.
OBSERVAÇÃO:
A sintaxe Brasileira, isto é, a colocação do pronome
oblíquo “solto” entre os verbos, mesmo havendo fatores
de próclise, vem sendo consagrada por escritores e
gramáticos de renome, mas ainda não foi definitivamente
aceita pelos padrões clássicos da língua.
Exs.: Os alunos ainda não tinham nos informado a data.
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APOSTILA DE PORTUGUÊS SOBRE COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO

  • 1. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 1 COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTO Compreensão ou Intelecção de Texto – consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. O enunciado normalmente assim se apresenta: As considerações do autor se voltam para... Segundo o texto está correta... De acordo com o texto, está incorreta... Tendo em vista o texto, está incorreta... O autor sugere ainda que.. De acordo com o texto é certo... O autor afirma que ... Interpretação de Texto – consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. O enunciado normalmente é encontrado da seguinte maneira: O texto possibilita o entendimento de que... Com apoio no texto, infere-se que... O texto encaminha o leitor para... Pretende o texto mostrar que o leitor... O texto possibilita deduzir que... VOCABULÁRIO Todo leitor deve preocupar-se em melhorar constantemente a sua capacidade de identificar palavras- chaves e palavras de complementação periférica do texto. Estas tornam a percepção mais aguda e profunda, mas não chegam a comprometer o resultado geral da leitura. Já aquelas (palavras-chaves) podem impedir a compreensão do sentido geral do texto. Nos dois casos, é necessário atentar para as pistas contextuais e ler diariamente, para ampliar o conhecimento vocabular. INFORMAÇÕES IMPLÍCITAS São consideradas implícitas todas as informações que uma sentença veicula, sem que o falante se comprometa explicitamente com sua verdade. Essas informações precisam ser inferidas a partir da sentença por meio de algum raciocínio que parte da própria sentença. Pressupostos são ideias não expressas de maneira explícita, que decorrem logicamente do sentido de certas palavras ou expressões contidas na frase.Se alguém nos disser que o carro parou de trepidar depois que foi ao mecânico, concluímos que o carro morria antes de ir ao mecânico; se esse mesmo alguém nos disser que o carro não parou de trepidar apesar de ter ido ao mecânico, também concluiremos que o carro trepidava antes. Sempre que um certo conteúdo está presente tanto na sentença como em sua negação, dizemos que a sentença pressupõe esse conteúdo. ILARI, Rodolfo. Introdução à semântica: brincando com a gramática. S. Paulo: Contexto, 2012, p. 85. Observe, nas frases seguintes, quais as informações explícitas e implícitas. 1. André tornou-se um antitabagista convicto. 2. Pedro é o último convidado a chegar à festa. 3. Todos vieram; até Maria. 4. Julinha foi minha primeira filha. 5. A produção agropecuária brasileira está totalmente nas mãos dos brasileiros. 6. Os brasileiros, que não se importam com a coletividade, só se preocupam com o seu bem- estar e, por isso, jogam lixo na rua. 7. Frequentei a Universidade, mas aprendi bastante PASSOS PARA LEITURA E INTERPRETAÇÃO 1) Não extrapole o que está escrito no texto. Muitas vezes, por se tratar de fatos reais, o candidato interpreta o que não está escrito. Deve-se ater somente às informações que estão relatadas. 2) Não valorize apenas uma parte do contexto. O texto deve ser considerado como um todo, não se atenha à parte dele. 3) Sublinhe as palavras-chave do enunciado, para evitar de se entender justamente o contrário do que está escrito. Leia duas vezes o comando da questão, para saber realmente o que se pede. Tome cuidado com algumas palavras, como: pode, deve, não, sempre, todos, nunca, é necessário, correta, incorreta, exceto, erro etc. 4) Leia duas vezes o texto. A primeira para ter noção do assunto, a segunda para prestar atenção às partes. Lembre-se de que cada parágrafo desenvolve uma ideia. 5) Leia duas vezes cada alternativa para eliminar o que é absurdo. Geralmente um terço das afirmativas o são. 6) Se o comando pede a ideia principal ou tema, normalmente deve situar-se no primeiro ou no último parágrafo - introdução e conclusão. 7) Se o comando busca argumentação, deve localizar-se nos parágrafos intermediários - desenvolvimento. 8) Durante a leitura, pode-se sublinhar o que for mais significativo e/ou fazer observações à margem do texto. 9) Não levar em consideração o que o autor quis dizer, mas sim o que ele disse; escreveu. 10) Tomar cuidado com os vocábulos relatores (os que remetem a outros vocábulos do texto: pronomes relativos, pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc. TEORIA GRAMATICAL ACENTUAÇÃO GRÁFICA O acento gráfico existe para evitar confusões e dificuldades na leitura e entendimento de certas palavras escritas. Veja a confusão que esta frase pode causar se a mãe, ao escrever este bilhete, não souber acentuar corretamente: Informo à secretaria que meu filho não pode trazer os documentos. A quem os documentos devem ser entregues: à secretária ou à secretaria? Ele não pode (no presente) ou não pôde (no passado) trazer os documentos?
  • 2. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/20152 ACENTUAÇÃO TÔNICA Sílaba tônica: é a sílaba pronunciada com mais intensidade. Oxítonas : são palavras cuja sílaba tônica é a última . ali, procurar, urubus, Nobel, refém Paroxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a penúltima. preto, álbum, repórter, rubrica, gratuito Proparoxítonas: são palavras cuja sílaba tônica é a antepenúltima. trânsito, tóxico, nítido, êxodo, ínterim. * Monossílabos Tônicos : pronunciados intensamente; têm carga semântica, por isso não se apoiam nos vocábulos próximos. Exs.: Vou pôr os pacotes ali. Querem que eu dê uma contribuição. * Monossílabos Átonos : pronunciados fracamente, apoiam-se nos vocábulos próximos. Exs: Vou seguir por ali. Precisam de colaboração. REGRAS GERAIS 1. Acentuação das proparoxítonas São todas acentuadas graficamente: bússola, meteorológico, amáramos, propuséssemos. 2. Acentuação das paroxítonas São acentuadas graficamente as terminadas em: a) i , is, u , us: júri, grátis, bônus, Vênus b) l, n , r , x , ps: amável, fusível, abdômen, caráter, clímax, bíceps c) om , ons: iândom(espécie de avestruz) , íons, elétrons d) ã , ãs , ão , ãos: ímã, órfãs, órgão, sótãos e) um , uns: álbuns, médiuns, quórum, ultimátum f) ditongo oral (crescente ou decrescente, seguido ou não de -s): jóquei, pônei, vôlei, vácuo, história, área, Glória, gênio Obs.: a) Não se acentua a sílaba tônica dos verbos terminados em que / quem: delinquem. b)Não se acentuam os prefixos paroxítonos em r e i: super-homem, semi-interno. 3. Acentuação das oxítonas Acentuam-se as terminadas em: a) a , as; e, es; o, os: guaraná, atrás, buquê, você, cipó, retrós b) em , ens : armazém, retém, também, vaivém, vaivéns (duas ou mais sílabas) 4. Acentuação dos Monossílabos Acentuam-se os terminadas em: a) a , as: cá, já, gás, Brás b) e, es: pé, mês, três, vês c) o , os : pó, só, vós, nós, pôs 5. Acentuação de Hiatos Acentuam-se o i e o u (2ª vogal tônica) dos hiatos, quando estiverem sozinhos na sílaba ou seguidos de S: baú, egoísmo, país, saída. ATENÇÃO 1. ruim, cair, Raul, raiz caiu 2. tainha, moinho, rainha - hiato seguido de NH 3. xiita, sucuuba (espécie de árvore)- hiatos formados por vogais idênticas- não se acentuam. * Acentua-se a primeira vogal tônica dos hiatos ôo / êe: crêem, enjôo, abençôo, revêem. MAS: compreendem, perdoou, semeeis 6. Acentuação dos ditongos(antes da REFORMA ORTOGRÁFICA) Acentuam-se os ditongos tônicos abertos eu (s), éi(s), oi(s): assembléia, hotéis, constrói, fogaréu, chapéus, fiéis 7. Acentuação dos verbos * Nos verbos TER e VIR , coloca-se acento circunflexo na 3ª pessoa do plural, do presente do indicativo: ele tem - eles têm // ele vem - eles vêm * Nos derivados: ele mantém - eles mantêm// ele provém - eles provêm ele contém - eles contêm // ele intervém - eles intervêm 8. Acentos diferencias (lei 5765 / dez.1971)(antes da REFORMA ORTOGRÁFICA) * pôde (pret. perf. ind.) - pode (presente ind.) * pára (verbo) - para (preposição) * pôr (verbo) - por (preposição) * côa, côas (verbo coar)- coa, coas (contração com + a(as)) * pêlo (substantivo) - pélo (verbo) - pelo (preposição) *pôlo (substantivo - gavião) - pólo (substantivo: extremidades, esporte) – polo (contração– per + o) * pêra (substantivo) -péra (substantivo: pedra) - pera (prep. arcaica) Estrangeirismos e Latinismos As palavras latinas e estrangeiras, quando não incorporadas ao nosso idioma, não são acentuadas graficamente, como versus, sui generis etc. Entretanto há forma já incorporadas, ou seja, aportuguesadas, como álibi, quórum, médium, fórum, déficit que seguem as regras de acentuação. ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 1995. Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação ortográfica desses países.
  • 3. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 3 Mudanças no alfabeto O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k, w e y. O alfabeto completo passa a ser: A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z As letras k, w e y, que na verdade não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são usadas em várias situações. Por exemplo: a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma), W (watt); b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus derivados): show, playboy, playground, windsurf, etc. Trema Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, gui, que, qui. Como era Como fica agüentar aguentar argüir arguir bilíngüe bilíngue Atenção: o trema permanece apenas nas palavras estrangeiras e em suas derivadas. Exemplos: Müller, mülleriano. Mudanças nas regras de acentuação 1. Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba). Como era Como fica alcalóide alcaloide alcatéia alcateia andróide androide apóia (verbo apoiar) apoia apóio (verbo apoiar) apoio asteróide asteroide bóia boia celulóide celuloide clarabóia claraboia colméia colmeia Atenção: essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói, óis. Exemplos: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. 2. Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no u tônicos quando vierem depois de um ditongo. Como era Como fica baiúca baiuca bocaiúva bocaiuva cauíla cauila feiúra feiura Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: tuiuiú, tuiuiús, Piauí. 3. Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem e ôo(s). Como era Como fica abençôo abençoo crêem (verbo crer) creem dêem (verbo dar) deem dôo (verbo doar) doo enjôo enjoo lêem (verbo ler) leem magôo (verbo magoar) magoo perdôo (verbo perdoar) perdoo povôo (verbo povoar) povoo vêem (verbo ver) veem vôos voos zôo zoo 4. Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera. Como era Como fica Ele pára o carro. Ele para o carro. Ele foi ao pólo Norte. Ele foi ao polo Norte. Ele gosta de jogar pólo Ele gosta de jogar polo. Esse gato tem pêlos Esse gato tem pelos. Comi uma pêra. Comi uma pera. Atenção: • Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular. Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Ontem, ele não pôde sair mais cedo, mas hoje ele pode. • Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é verbo. Por é preposição. Exemplo: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. • Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.). Exemplos: Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros. Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba. Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra. Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes. Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas. • É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/ fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo? 5. Não se usa mais o acento agudo no u tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo dos verbos arguir e redarguir.
  • 4. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/20154 6. Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias em algumas formas do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo. Veja: a) se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas. Exemplos: verbo enxaguar: enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxáguem. verbo delinquir: delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua, delínquas, delínquam. b) se forem pronunciadas com u tônico, essas formas deixam de ser acentuadas. Exemplos (a vogal sublinhada é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras): verbo enxaguar: enxaguo, enxaguas, enxagua, enxaguam; enxague, enxagues, enxaguem. verbo delinquir: delinquo, delinques, delinque, delinquem; delinqua, delinquas, delinquam. Atenção: no Brasil, a pronúncia mais corrente é a primeira, aquela com a e i tônicos. Guia Reforma Ortografica CP.indd 15 uia 10/7/2008 DOUGLAS TUFANO EMPREGO DO HÍFEN 1. Nas formações com prefixos (como: ante-, anti- , circum-, contra-, entre-,extra-, hiper-,infra-, intra-, pós-, pré-,pró-, sobre-, sub-, super-, supra-, ultra-,... ou falsos prefixos,de origem grega ou latina,(como: aero-, agro-, arqui-, auto-, bio-, eletro-, geo-, hidro-, hidro-, inter-, macro-, maxi-, micro-, mini-, multi-, pan-, neo-, pluri-, pseudo-, retro-, semi-,tele-..., emprega-se o hífen nos seguintes casos: a) Quando o segundo elemento começa por h: anti-higiênico,circum-hospitalar, co-herdeiro, extra-humano, pré-história, sub-hepático, pré- história, geo-história, pan-helenismo, semi- hospitalar. Obs.: Não se usa o hífen quando des- e in- são seguidos de elemento que perdeu o h inicial: desumano, desumidificar,inábil, inumano. b) Quando o prefixo ou pseudoprefixo termina na Mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: anti-ibérico, contra-almirante, supra- auricular, auto-observação, micro-onda, semi- interno. Obs.: Co- aglutina-se em geral com o segundo elemento, mesmo quando iniciado por o : coobrigação, coordenar, coocupante, cooperar. c) Quando circum- e pan- antecedem vogal, m ou n : circum-murado, circum-navegação, pan- africano, pan-mágico, pan-negritude. d) Quando hiper- , inter-, e super- antecedem r: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista. e) Após sota-, soto-, vice-, vizo-, ex- ( com sentido de estado anterior ou cessamento) : ex- almirante, ex-hospedeira, vice-presidente, ex-rei, vice-reitor, sota-piloto. f) Com os prefixos tônicos pós-, pré-, pró-, quando o segundo elemento tem vida à parte: pós-graduação, pós-tônico, pré-escolar, pré- natal, pró-europeu. Mas: pospor, prever,promover. 2. Não se emprega o hífen a) Quando o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicarem-se: antissemita, contrarregra, antirreligioso, cosseno, minissaia, biossatélite, microssistema, microrradiografia. b) Quando o prefixo ou pseudo prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente: antiaéreo, coeducação, extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual. Fonte: Pimentel, Ernani. Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa/ Vestcon (2008) ORTOGRAFIA Ortografia é a parte da Gramática que se ocupa da correta representação escrita das palavras. Grafar corretamente uma palavra significa adequar-se a um padrão estabelecido por lei. Na língua portuguesa, diversos fatores dificultam a escrita correta de certas palavras. Um desses fatores, por exemplo, relaciona-se à possibilidade de alguns fonemas admitirem diferentes grafias . Há alguns procedimentos que podem diminuir as dificuldades relativas à ortografia conhecer as orientações ortográficas; consultar, sempre que necessário, o dicionário; memorizar a grafia das palavras por meio da leitura e da escrita contínua. ORIENTAÇÕES ORTOGRÁFICAS 1. A Letra X e o Dígrafo CH Usa-se a letra X após um ditongo: caixa , trouxa , paixão. Exceção : recauchutar e seus derivados após o grupo inicial en: enxada, enxame, enxaqueca, enxurrada, enxugar Exceção: encher e seus derivados ; palavras iniciadas por ch que recebem en-: encharcar (de charco) após o grupo inicial me : mexer, mexicano , mexerico. Exceção : mecha
  • 5. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 5 nas palavras de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas aportuguesadas: xavante, xingar, xerife, xampu, xará. 2. As Letras G e J Usa-se a letra G nos substantivos terminados em -agem, igem - ugem: barragem, contagem, fuligem, ferrugem, vertigem . Exceções: pajem, lambujem, lajem nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: contágio, colégio, prestígio, relógio, refúgio Usa-se a letra J nas formas dos verbos terminados em -jar : arranjar (arranjo, arranjem), enferrujar (enferrujem) nas palavras oriundas do tupi, africana e árabe ou de origem exótica: jibóia, pajé, jirau, canjica, Moji. 3. As Letras S ou Z Usa-se a letra S nas palavras que derivam de outras com S : alisar (liso), pesquisar (pesquisa), analisar (análise) nos sufixos : - -ês, -esa ( indicação de nacionalidade, título, origem): chinês, marquesa, duquesa, baronesa - - ense, -oso, -osa (formadores de adjetivos) : paranaense, amoroso, gasoso, nervosa - -isa (formação de feminino) : poetisa, profetisa, sacerdotisa, diaconisa após ditongos: lousa, coisa, ausência, Neusa nas formas dos verbos pôr (e derivados) e querer: pus, puséssemos, repusera, quisesse, quiséssemos nas formas dos verbos com radicais terminados em ND, RG, RT, CORR, SENT, PEL: repreender = repreensão, imergir = imersão , reverter = reversão, recorrer = recurso, consentir = consenso, impelir = impulso. Usa-se a letra SS * verbos cujos radicais terminam em CED, GRED, PRIM, TIR: conceder = concessão, regredir = regressão, reprimir = repressão, admitir = admissão Usa-se a letra Z nas palavras derivadas de outras em que já existe Z : deslize - delizar; razão - razoável nos sufixos - -ez , -eza (formadores de substantivos abstratos a partir de adjetivos) : rijo - rijeza; rígido - rigidez ; nobre - nobreza ; surdo - surdez ; inválido - invalidez ; macio - maciez -- izar (formador de verbos) e -ização (formador de substantivos): civilizar , civilização ; colonizar, colonização ; realizar , realização. 4. 5. As Letras E e I Os verbos com infinitivos terminados em -oar e -uar são grafados com e: abençoe, magoe, atue, continue, efetue Os verbos terminados em -air, -oer e -uir são grafados com i: cai, sai, mói, corrói, possui, atribui. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Semântica é o estudo da significação das palavras. Sinônimos e Antônimos Sinônimos são palavras que têm um sentido geral comum, porém distinguem por particularidades e se empregam em situações diferentes. Ex.: cara, face, rosto, fisionomia - todas significam parte da cabeça, todavia não se usaria indistintamente uma pela outra. Cara - palavra mais vulgar; rosto - expressão mais delicada; face - termo culto, próprio do estilo literário e fisionomia - sentimentos que transparecem no rosto. Adversário – antagonista Transformação – metamorfose Antônimos são palavras de significação oposta. Ordem - anarquia Largo - estreito Riqueza - pobreza Louvar – censurar Polissemia quando a palavra tem mais de um sentido. Mangueira ( tubo de borracha ou de plástico para regar as plantas ou apagar incêndios; árvore frutífera; grande curral de gado) Homônimos e Parônimos Homônimos são palavras que apresentam a mesma grafia e/ou a mesma pronúncia, com significados diferentes. - homógrafos - apresentam a mesma grafia, mas pronúncias diferentes. colher (verbo) - colher (substantivo) esforço (verbo) - esforço (substantivo) molho (caldo) - molho ( de chaves) jogo (verbo) - jogo (substantivo) - homófonos - possuem a mesma pronúncia, mas grafias diferentes. conserto- concerto senso - censo incipiente - insipiente sessão - seção - cessão Parônimos são palavras parecidas que apresentam grafias ou pronúncias diferentes. sentido. flagrante - fragrante vultoso - vultuoso pleito - preito eminente - iminente infligir - infringir ratificar - retificar deferir - diferir
  • 6. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/20156 Denotação e Conotação Denotação é o emprego da palavra em seu sentido próprio(usada quando se quiser dar caráter técnico ou científico ao texto) Conotação é o uso da palavra em sentido figurado, dando ao texto várias interpretações ( nas obras literárias, os autores valem-se desse artifício) Construí um muro de pedra. (sentido denotativo) Ele tem um coração de pedra. (sentido conotativo) Particularidades Gramaticais 1. Porque / porquê / por que / por quê * Porque - conjunção (resposta) - equivale a "pois", "uma vez que", "pelo fato" - Ex.: Não vim à aula porque estava doente. * Porquê - substantivo - antecedido de artigo, pronome, preposição - substituir "o motivo" - Ex.: Não sei o porquê de sua ausência. * Por que - nas perguntas - Ex.: Por que você não veio à festa? - quando se subentender a palavra "motivo" - Ex.: Ele não me disse por que (motivo) faltou à aula. - quando puder ser substituído por "pelo qual" e flexões. Ex.: Não vou dizer as razões por que deixei de vir à aula. * Por quê - no final de frase. - Ex.: Você não veio à festa por quê? - Muitos estavam na passeata sem saber por quê. 2. Mau / Mal Mau - contrário de "bom" Ex.: Ele estava de mau humor. Mal - contrário de "bem" Ex.: Ele é muito mal-humorado. 3. Ao invés de / Em vez de Ao invés de - significa "ao contrário de " Ex.: Ao invés de chorar, ele sorria. Em vez de - significa "em lugar de". Ex.: Em vez de estudar, preferiu ver televisão. 4. Acerca de / a cerca de / cerca de / há cerca de Acerca de = sobre, a respeito de Ex.: Não disse nada acerca do plano econômico que elaborou. A cerca de = aproximadamente (distância) Ex.: Minha casa fica a cerca de cem metros da praia. Cerca de = durante; aproximadamente Ex.: Falamos cerca de duas horas. Há cerca de = faz aproximadamente (tempo), existe aproximadamente Exs.: Há cerca de dez anos que eles estudam esse assunto. Há cerca de mil alunos lá fora. 5. Há / A * Usa-se A - para exprimir distância ou tempo futuro. Ex.: Daqui a cinco anos estarei formado. Minha escola fica a duzentos metros de casa. Usa-se Há - para tempo passado .Para saber se seu emprego está correto, substitua o verbo haver por fazer. Ex.: Há (faz) oito anos que não o vejo. Atenção: * Diferença entre a tempo e há tempo: Ex.: Chegou a tempo de fazer as malas. Ele está na Austrália há (faz) tempo. 6. Mas / Mais Mas - conjunção coordenativa adversativa; equivale a contudo, porém, todavia. Ex.: O time terminou o campeonato sem derrota, mas não foi o campeão. Mais - pronome ou advérbio de intensidade. Tem por antônimo menos. Ex.: Ela era a aluna mais simpática da classe. 7. Cessão / sessão / secção / seção Cessão - ato de ceder, ato de dar. Ex.: A cessão do terreno para a construção do estádio agradou a todos os torcedores. Sessão - intervalo de tempo que dura uma reunião, uma assembleia, um evento. Ex.: Assistimos a uma sessão de cinema. Secção e seção - parte de um todo, um segmento, uma subdivisão. Ex.: Lemos a notícia na seção de esportes. 8. Ao encontro / De encontro Ao encontro ( rege a preposição de ) significa a favor de Ex.: Aquelas atitudes vão ao encontro do que eles pregavam. De encontro (rege preposição a) significa contra Ex.: Sua atitude veio de encontro ao que eu esperava. 9. A fim de / Afim A fim de é uma locução prepositiva que indica finalidade. Ex.: Ele saiu cedo a fim de poder chegar a tempo. Afim é adjetivo e significa semelhante, por afinidade. Exs.: O genro é um parente afim. Tratava-se de ideias afins.
  • 7. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 7 10. Tampouco / Tão pouco Tampouco - é advérbio e significa também não. Ex.: Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa. Tão pouco - advérbio de intensidade tão modificando pouco. Ex.: Tenho tão pouco entusiasmo 11. Onde / Aonde Aonde - emprega-se com os verbos que dão ideia de movimento. Equivale sempre a para onde Ex.: Aonde nos leva com tal rapidez? Aonde você vai? Onde - emprega-se com verbos que não dão ideia de movimento. Refere-se a lugar, equivale a em que. no qual. Ex.: Não sei o local onde te encontrar. 12. À toa / À toa À toa - é um adjetivo, refere-se, pois, a um substantivo e significa impensado, inútil, desprezível. Ex.: Ninguém lhe dava valor: era uma pessoa à toa. À toa - é um advérbio de modo e significa a esmo, sem razão, inutilmente. Ex.: Andava à toa pela rua. 13. À medida que / na medida em que À medida que - dá ideia de proporção. Ex.: Vai melhorar à medida que (à proporção que) for tomando esse remédio. Na medida em que - da ideia de causa. Ex.: Vamos seguir o regulamento na medida em que (uma vez que) ele foi aprovado. 14. Todo / Todo o Todo - sem o artigo, generaliza o objeto, significa qualquer. Ex.: Todo livro traz sempre algum benefício ao leitor. Todo o - com o artigo, particulariza o objeto, significa inteiro, integral. Ex.: Todo o livro é perfeito. (o livro a que me refiro é perfeito do começo ao fim) 15. Junto a Junto a - significa adido a Ex.: Ele é nosso representante junto à FIFA. Atenção: Já esta frase não está correta : Você tem de se explicar junto ao banco. O certo é abandonar a palavra "junto" e usar a preposição exigida pelo verbo. Ex.:Você tem de se explicar ao banco. 16.Demais / De mais Demais- pron. indefinido = outros Ex.: Chame os demais alunos. - adv. de intensidade = excessivamente Ex.: Ele fala demais. - palavra continuativa = além disso Ex.: Demais, quem trabalhou fui eu.. De mais – loc. Adjetiva = muito Exs.: Comi pão de mais. Não tem nada de mais sair cedo. 17.Se não / senão Se não - conjunção + advérbio= caso não Ex.: Se não pagas, não entras. = quando não Ex.: Ele foi grosseiro, se não mal educado. Senão - substantivo = defeito Ex.: Ela não tem um senão de que possa falar. - - mas também Ex.: Não só me ajudou, senão defendeu-me. - palavra de exclusão = exceto Ex.: A quem, senão a meu pai, devo recorrer? - caso contrário Ex.: Estude, senão não passará no concurso. 18. Ao nível de / Em nível de Ao nível de = à mesma altura Ex.: O barco estava ao nível do mar. Em nível de = hierarquia Ex.: Isso foi resolvido em nível de governo estadual. 19. Em princípio / a princípio Em princípio = em geral Ex.: Em princípio, concordo com tudo isso. A princípio = no início Ex.: A princípio, eu lecionava inglês; agora, leciono francês. CUIDADO COM AS SEGUINTES PALAVRAS: conquanto = embora; se bem que; ainda que Ex.:Li tudo, conquanto não me interessasse o assunto. contanto = dado que; sob condição de que; uma vez que Ex.: Contanto que você chegue cedo, fico feliz. contudo = não obstante; porém; todavia. Ex.: Poderia falar, contudo preferi ficar calado. enquanto = ao passo que Ex.: Tu dormes, enquanto eu trabalho.
  • 8. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/20158 malgrado = apesar de (se não estiver seguido de preposição) Ex.: Malgrado o edital, passei. mau grado = apesar de ( se estiver seguido de preposição) Ex.: Mau grado ao tempo, sairei. = contra a vontade Ex.:Ele trabalha de mau grado. porventura = por acaso Ex.: Avise-me se porventura sair. por ventura = por sorte Ex.: Não estudei; passei por ventura feliz. porquanto = visto que; porque; uma vez que Ex.: Apresso-me, porquanto o tempo voa. portanto = por conseguinte ; logo Ex.: Nada fazes, portanto nada podes esperar. sobretudo = especialmente; principalmente Ex.: Estudei muito,sobretudo porque pretendo passar no concurso. ESTRUTURA DAS PALAVRAS São os seguintes os elementos mórficos ou estruturais das palavras. 1. RAIZ: é o elemento originário e irredutível em que se concentra a significação das palavras, consideradas do ângulo histórico. Geralmente monossilábica, a raiz encerra sentido lato e geral comum às palavras da mesma família etimológica. Assim, a raiz noc (do latim nocere = prejudicar) tem a significação geral de causar dano e a ela se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, inócuo, etc. 2. RADICAL: é o elemento básico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prático dentro da língua portuguesa atual. CERT-o, CERT-eza, in-CERT-eza 3. TEMA: é o radical acrescido de uma vogal (chamada vogal temática). Verbos: CANTA-r, BATE-r, PARTI-r Nomes: CAÇA-dor, FINGI-mento, PERDOÁ-vel, FERVE- nte 4. AFIXOS: são elementos secundários que se agregam a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Chamam-se prefixos quando antepostos ao radical ou tema e sufixos quando pospostos. Prefixo Radical Sufixo In at ivo Em pobr ecer Inter nacion al 5. DESINÊNCIA: são elementos terminais indicativos das flexões das palavras. As desinências nominais indicam as flexões de gênero (masc. e femin.) e de número (singular e plural). Exs.: menin-o , menina-s. As desinências verbais indicam as flexões de número e pessoa e de modo e tempo dos verbos. Exs.: ama-va, amá-va-mos 6. VOGAL TEMÁTICA: é o elemento que, acrescido ao radical, forma o tema de nomes e verbos. Nos verbos distinguem-se três vogais temáticas: a – vogal temática da 1ª. conjugação; e – vogal temática da 2ª. conjugação; i – vogal temática da 3ª. conjugação. 7. VOGAIS E CONSOANTES DE LIGAÇÃO : são fonemas que, em certas palavras derivadas ou compostas, se inserem entre os elementos mórficos, em geral por motivo de eufonia, isto é, para facilitar a pronúncia de tais palavras. Exs.: silv-í-cola, café-t-eira, cha-l-eira, cafe-i-cultura, gas- ô-metro. FORMAÇÃO DAS PALAVRAS Em nossa língua, há dois processos gerais para a formação de palavras: derivação e composição. 1. DERIVAÇÃO: consiste em formar palavra nova (derivadas) a partir de outra já existente(primitiva). Realiza-se de quatro maneiras: por sufixação: acrescentando-se um sufixo ao radical: dentista, jogador, realizar por prefixação: acrescentando-se um prefixo ao radical: incapaz, desligar, supersônico, pré- história por derivação parassintética: anexando-se, ao mesmo tempo, um prefixo e um sufixo ao radical: envergonhar (em+vergonha+ar), empalidecer (em+pálido+ecer), desalmado (des+alma+do). É importante fazer distinção: Descarregar (des + carregar) – prefixação Achatamento (achatar + mento) – sufixação Amaciar (a + macio + ar) – parassíntese por derivação regressiva: substituindo-se a terminação de um verbo pelas desinências –a, - o ou –e: mudar – muda; atacar – ataque; pescar – pesca; chorar – choro; abalar – abalo. Além desses processos de derivação propriamente dita, existe ainda o da derivação imprópria, que consiste em mudar a classe de uma palavra, estendendo-lhe a significação. Os adjetivos passam a substantivos: os bons, o verde; os particípios passam a subst. ou adjetivos: um feito heroico, ente querido, filho amado; os verbos passam a substantivos: o andar, o sorrir, o viver.
  • 9. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 9 2. COMPOSIÇÃO Pelo processo de composição associam-se duas ou mais palavras ou dois ou mais radicais para formar palavra nova. Pode ser : por justaposição: unindo-se duas ou mais palavras (ou radicais) sem lhes alterar a estrutura: passatempo, girassol, televisão, rodovia, sempre-viva, cor-de-rosa. Por aglutinação: unindo-se dois ou mais vocábulos ou radicais, com supressão de um ou mais de um de seus elementos fonéticos: aguardente (água + ardente), planalto (plano + alto), embora (em + boa + hora) 3. REDUÇÃO Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida: cinema (por cinematografia); foto (por fotografia), moto (por motocicleta) 4. HIBRIDISMO São palavras em cuja formação entram elementos de línguas diferentes : monocultura (mono + cultura, grego e latim); televisão (tele + visão, grego e latim); alcoômetro (álcool +metro, árabe e grego) 5. ONOMATOPÉIA São palavras que reproduzem os sons e as vozes dos seres: estralejar (chicote); gorgolejar (água); coaxar (rã); arrulhar (pombo). CLASSES GRAMATICAIS (EMPREGO) SUBSTANTIVO O substantivo é uma das classes de palavras essenciais da língua. É responsável pela nomeação de seres e coisas que estão à nossa volta, bem como de nossos sentimentos e ideias. Além disso, é essencial para atender à necessidade humana de ordenar, classificar, distinguir, hierarquizar, etc. Sem os substantivos, como faríamos, por exemplo, para nos referirmos a seres distintos, como o peixe e o homem, a terra e o mar, o sal e o mel? Os mais terríveis monstros não estão na África; estão nos países em guerra. Toda palavra que venha antecedida de artigo é um substantivo: o não , o saber, o CEASA ADJETIVO Assim como os substantivos designam, organizam, distinguem e hierarquizam os seres que estão à nossa volta, ou nossos sentimentos e desejos, os adjetivos também participam dessa tarefa, modificando os substantivos, atribuindo-lhe características específicas. Desse modo, no plano da linguagem, é por meio de adjetivos que distinguimos realidades diversas como mar limpo de mar poluído; direito preservado de direito ultrajado; criança protegida de criança abandonada. Ex.:A mulher perdoa a fealdade, os cabelos brancos e as doenças repugnantes; mas o que nunca a mulher perdoa é a estupidez. A anteposição ou a posposição de alguns adjetivos aos substantivos implica mudança de sentido. alto funcionário ( funcionário de posição elevada) Funcionário alto (funcionário de elevada estatura) comum acordo (acordo relativo a todos) acordo comum (acordo corriqueiro) pobre gente (gente infeliz) gente pobre (gente sem recursos) Alguns nomes são pronomes adjetivos quando antepostos aos substantivos e adjetivos puros quando pospostos; nesse caso há mudança de significado. certo homem (determinado homem) homem certo (homem adequado) diversos modelos (alguns modelos) modelos diversos (modelos diferentes) todo homem (qualquer homem) homem todo (homem inteiro) É comum usar-se o adjetivo com valor de substantivo. Para tanto, basta fazê-lo anteceder de um artigo. Ex.:O brasileiro é um apaixonado do futebol. ARTIGO Os artigos não são meros acompanhantes dos substantivos. Quase sempre o uso ou a falta dos artigos assumem um papel decisivo na precisão do sentido que se pretende dar a um texto. Podem, por exemplo, particularizar ou generalizar, como em Gostaria de ter um filho novamente / Gostaria de ter o filho novamente; podem se referir à parte ou ao todo, como em A comissão foi formada por moradores da rua (alguns) / A comissão foi formada pelos moradores da rua (todos) Ex.:Mal começaram a existir a prudência e a perspicácia, nasceu a hipocrisia. EMPREGO: 1. Não se usa artigo antes de nomes ou expressões de sentido generalizado. Ex.:Amor é sacrifício. Avareza não é economia. 2. Outro, em sentido determinado, é precedido de artigo; não, quando indeterminado: Exs.:Fiquem dois aqui; os outros podem ir. Uns estavam atentos; outros conversavam. 3. Emprega-se o artigo definido com o superlativo Não consegui resolver as questões mais difíceis. Obs.: Considera-se errada, neste caso, a repetição do artigo. Ex.:Não consegui resolver as questões as mais difíceis.
  • 10. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/201510 4. Repete-se o artigo: Nas oposições entre pessoas e coisas: o rico e o pobre, a alegria e a tristeza. Na qualificação antonímica do mesmo substantivo: O bom e o mau ladrão, o homem antigo e o moderno, o Novo e o Velho Testamento. Na distinção de gênero e número: o patrão e os operários, o genro e a nora. 5. Não se repete o artigo: Quando há sinonímia, indicada pela explicativa ou: a botânica ou fitologia. Quando adjetivos qualificam o mesmo substantivo: a clara, persuasiva e discreta exposição dos fatos. 6. Nomes de continentes, países, regiões, montes, rios, mares, constelações, etc., usam-se com o artigo: a América, o Brasil, os Andes, o São Francisco, a Via- Láctea Dizemos: o Sol, a Terra, a Lua. MAS: Saturno, Marte, Netuno, etc 7. Casa, significando lar, não sofre determinação, como se vê nas frases seguintes : Ex.:Fique em casa. / Não saia de casa. 8. É obrigatório o emprego do artigo definido entre o numeral ambos e o substantivo a que se refere. Ex.:O juiz solicitou a presença de ambos os cônjuges. 9. Não se emprega artigo diante da maioria dos nomes de lugar. Exs.:Passaram o carnaval em Salvador. / Brasília é a capital da República. Obs.: Se o nome de lugar vier qualificado, o uso do artigo será obrigatório. Exs.:A bela Florianópolis é capital de Santa Catarina. / Estavam na Roma antiga. 10. É facultativo o emprego do artigo definido diante dos pronomes possessivos. Ex.:Deixaram meu livro na sala. = Deixaram o meu livro na sala. NUMERAL Numeral é a palavra que expressa quantidade exata de pessoas ou coisas ou o lugar que elas ocupam numa determinada sequência. Em textos, sempre que possível, devem ser empregados os numerais. Entretanto, números de telefone, datas, dados estatísticos e outros costumam ser escritos em algarismos. Às vezes, é difícil precisar se a palavra um é artigo ou numeral. Nesses casos, somente o contexto pode resolver a dúvida. Se a intenção de quem fala ou escreve é informar a quantidade precisa de alguma coisa, trata-se de um numeral. Se a intenção é generalizar ou dar uma ideia vaga do substantivo, trata-se de artigo indefinido. Quando o contexto não é claro, não se consegue depreender a intenção do falante. Consequentemente, torna-se impossível precisar a classe gramatical da palavra um. Posição dos ordinais Os ordinais colocam-se antes ou depois do substantivo, preferentemente antes, quando se quer designar as partes antes do todo. Exs.:No quinto mês do ano. O primeiro século depois de Cristo. Mas também se diz: Ex.:A invasão dos árabes foi no século oitavo. Na nomenclatura de Papas, reis e na designação dos séculos, capítulos, etc., usam-se os ordinais até décimo,e, daí por diante, as formas cardinais, quando houver posposição: Exs.:Capítulo terceiro. // D.João I (primeiro) // Pio nono. Mas: Capítulo XIII (treze) // Luís XV (quinze) // Século XX (vinte) Anteposto, é de rigor a forma própria ordinal: o trigésimo capítulo, o décimo quinto século. PRONOME Definição: É a palavra variável em gênero, número e pessoa que representa ou acompanha o substantivo, indicando-o como pessoa do discurso. Representa o substantivo Acompanha o substantivo Exs.:Ele chegou. Convidei-o. Esta casa é antiga. Alguns amigos virão aqui. Classificação dos pronomes: PESSOAIS: eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles/elas e formas oblíquas me,mim,comigo, etc; e os de tratamento Você. Senhor (a), Vossa Senhoria, Vossa Excelência, e outros. POSSESSIVOS: meu, teu, seu, nosso,vosso,seu e flexões; DEMONSTRATIVOS: este, esse, aquele, e flexões, isto, isso, aquilo, o, a; RELATIVOS: o qual, cujo, quanto e flexões, que, quem onde; INDEFINIDOS: algum, nenhum, todo, muito, pouco, certo, tanto, quanto, qualquer, vários e flexões, alguém, ninguém, tudo, outrem ,nada, cada, algo; INTERROGATIVOS: que, quem, qual, quanto, empregados em frases interrogativas.
  • 11. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 11 PRONOMES PESSOAIS QUADRO DOS PRONOMES PESSOAIS Retos Oblíquos átonos tônicos singular 1ª pessoa eu me, mim, comigo 2ª pessoa tu te, ti, contigo 3ª pessoa ele, ela o, a, lhe, se, si, consigo plural 1ª pessoa nós nos, conosco 2ª pessoa vós vos, convosco 3ª pessoa eles, elas os, as, lhes, se, si, consigo Os pronomes oblíquos O, A, OS, AS podem assumir as seguintes formas a) lo, la, los, las : depois de verbos terminados em R, S, Z Exs.:Quando ele retornar de sua licença, vou recebê-lo como amigo. (receber + o) Meu filho brincava. Fi-lo estudar. (fiz + o) O cão entrou na sala. Fizemo-lo sair. (fizemos+o) b) no, na, nos, nas : depois de verbos terminados em ditongo nasal (am, em, ão, õe) Exs.:O lápis caiu. Peguem-no. (peguem + o) Os lavradores não vendem estes produtos. Dão-nos aos pobres. (Dão + os) Você não tem certeza dessas resoluções. Supõe-nas apenas .(supõe + as) EMPREGO 1. As formas tônicas vêm sempre precedidas de preposição Exs.: Esses últimos tempos foram muito pesados para mim. Tinha dentro de si uma espécie de vazio. Portanto : a tradição gramatical exige que se diga entre mim e ti. Ex.: Há um parentesco entre mim e ti. 2. Os pronomes pessoais retos (eu, tu, ele/ela, nós, vós, eles) devem ser empregados na função sintática de sujeito. Esses pronomes geralmente são omitidos, pois as desinências verbais indicam a pessoa e o número do sujeito. Exs.: Ele compareceu à festa. Éramos muito jovens e não sabíamos ficar calados. MAS: esses pronomes podem funcionar como objeto direto, quando precedidos de todo(s), toda(s), só, apenas ou quando forem seguidos por um numeral Exs.: Conheço-as - Conheço todas elas. Vi-os - Vi só eles. Chamaram-nos - Chamaram nós duas. 3. As formas oblíquas o, a, os, as são sempre empregadas como complementos de verbos transitivos diretos, ao passo que as formas lhe, lhes são empregadas como complementos de verbos transitivos indiretos. Exs.: O menino convidou-a para sair.(VTD) O filho desobedece-lhe. (VTI) 4. Há pouquíssimos casos em que o pronome oblíquo pode funcionar como sujeito. Isso ocorre com os verbos deixar, fazer, ouvir, mandar, sentir, ver (verbos causativos e sensitivos)seguidos de infinitivo; o pronome oblíquo será sujeito desse infinitivo. Exs.: Deixei-o sair. (= Deixei que ele saísse) "Sofia deixou-se estar à janela." (M.de Assis) 5. Os pronomes pessoais oblíquos átonos podem ser utilizados com sentido possessivo. Exs.: Pouco a pouco o sono começou a pesar-lhe nas pálpebras.(nas suas pálpebras) A vida não se conforma com o vazio, e a imagem da moça encheu-me os dias.(os meus dias) 6. A forma consigo só se utiliza quando o sujeito da frase for uma 3ª pessoa e o pronome referir-se a esse mesmo sujeito. Exs.: (...) ele manteve consigo os filhos, após separar- se da mulher. Ela trazia uma bolsa consigo. 7.A forma conosco e convosco será substituída por com nós e com vós se vierem seguidas de numeral ou de palavras como todos, outros, mesmo, próprios, ambos. Exs.: Aos sábados ela almoça conosco. Aos sábados ela almoça com nós todos. Partirei com vós outros. 8.Alguns pronomes pessoais podem indicar que quem pratica também recebe a ação, isto é, que a ação praticada pelo sujeito "volta" ao próprio sujeito. Em tais casos, os pronomes denominam-se reflexivos. Ex,: Ele feriu-se. São recíprocos os pronomes que exprimem fato ou ação mútua, recíproca. Ex.: Eles se abraçaram Obs: Para se prevenir possível falta de clareza quanto à compreensão da reflexividade, ou da reciprocidade, verifique a seguir: a) Reflexividade: a si mesmo – a si próprio b) Reciprocidade: um ao outro – reciprocamente – mutuamente. Comparem-se: Exs.:Como penitência, os monges se açoitaram a si próprios. Como penitência, os monges se açoitaram um ao outro. PRONOME DEMONSTRATIVO São pronomes que situam o ser no espaço, no tempo e no contexto linguístico, tomando como ponto de referência as três pessoas gramaticais.
  • 12. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/201512 QUADRO DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS Variáveis Invariáveis este, esta, estes, estas isto esse, essa, esses, essas isso aquele, aquela, aqueles, aquelas aquilo EMPREGO 1. Indicar posição espacial do termo a que se referem, em relação às pessoas gramaticais. a) este, esta, isto indicam que o ser está perto do falante. Ex.: ...sempre que cruzo este rio costumo tomar a ponte... (João Cabral de Melo Neto) 1ª pessoa (este aqui) b) esse, essa, isso indicam que o ser está perto do ouvinte. Ex.: ...sempre que cruzo esse rio costumo tomar a ponte... 2ª pessoa ( esse aí) c) aquele, aquela, aquilo indicam que o ser a que se refere o pronome está longe do falante e do ouvinte. Ex.: ... sempre que cruzo aquele rio costumo tomar a ponte... 3ª pessoa ( aquele lá ) 2. Indicar posição temporal a) este, esta, isto indicam o tempo presente em relação ao falante. Ex.: A concorrência também aumentou: no ano passado, eram 12 candidatos por vaga. Este ano são 13. b) esse, essa, isso indicam o tempo passado ou o futuro pouco distantes em relação à pessoa que fala. Ex.: Procurei Frederico Paciência essa noite e contei tudo. c) aquele, aquela, aquilo indicam tempo muito distante em relação ao falante. Ex.: Durante todo aquele tempo em que fui aluno de um colégio de padres, aqui no Rio, ia à missa dominical. 2. Indicar a posição textual do referente, ou seja, se o referente já apareceu no texto ou ainda aparecerá.. É a função mais importante dos demonstrativos, pois contribui para a articulação do texto. a) esse, essa, isso, empregados de preferência para situar o que já foi anteriormente expresso no enunciado. Ex.: Fazem parte do nosso dicionário palavras como poluente, entulho, resíduo, tóxico, efluente. (...) Esses termos surgiram junto com a sociedade do bem-estar. b) este, esta, isto para introduzir uma informação nova no enunciado. Exs.: O fato é este: nos matadouros e em todo lugar onde se mata um animal para comer (...) essa eliminação é feita de modo cruel. É isto: estou cansado de mim, não me aguento mais. Observações: 1)Quando se retomam dois dados já enunciados numa frase, utilizamos aquele para o termo mencionado em primeiro lugar e este para o termo mencionado em último lugar. Exs.: ... tudo ele podia esperar: a liberdade ou a morte, mais esta do que aquela. Rio de Janeiro e Salvador são belas cidades; aquela é caracterizada pelas belas praias que possui; esta, pela comida típica. 2)O pronome demonstrativo neutro O pode representar um termo ou o conteúdo de uma oração inteira. Exs.: Ia dizer-lhe umas palavras duras, mas não o fiz. Quiseram gratificar-me, o que me deixou constrangido. O jantar ia ser um desastre, todos o pressentiam. 3)Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, chamado verbo vicário(= que substitui, que faz as vezes de...). Ex.:Ele ajudava os pobres e o fazia sem alarde. PRONOMES POSSESSIVOS São os que dão ideia de posse, em relação às pessoas do discurso. Elisabete chegou com nossos filhos. Os pronomes pessoais me, te, nos, vos, lhe (e variação) podem aparecer indicando posse, embelezando o estilo. Exs.:Rasgaram-me a camisa. = Rasgaram a minha camisa. Roubaram-nos o dinheiro. = Roubaram o nosso dinheiro. O possessivo seu (e variações) pode causar ambiguidade de sentido. Ex.: Manuel foi ao cinema com sua mãe. Mãe de Manuel ou da mãe da pessoa com quem se está falando? Para evitar a ambiguidade, usam-se as formas dele (e variações) , de você ou do senhor. Os pronomes possessivos geralmente vêm anteposto ao substantivo; quando se pospõem, podem mudar de significado a expressão de que fazem parte. Exs.:Suas notícias chegaram = notícias transmitidas por você(s) Tivemos notícias suas = notícias a respeito d e vocês. Em caso de concordância Um só possessivo pode determinar vários substantivos, em concordância com o que lhe esteja mais próximo. Exs.:Nossa culpa e arrependimento. // Teus anseios e esperanças. Em expressões de tratamento
  • 13. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 13 Sua, Vossa Vossa Excelência (em tratamento direto), Sua Excelência (em referência): Exs.:A Vossa Excelência remeto, nesta data, os dados que recolhi. Estive com Sua Senhoria em seu escritório. PRONOMES INDEFINIDOS São os que se referem a 3ª pessoa de modo vago ou impreciso. Ex.:Alguém entrou no recinto. Em frases negativas, algum (e variações), posposto ao nome, passa a ter valor de nenhum (ou variações) Ex.:Não tenho dinheiro algum. Todo, no singular e junto de artigo, significa inteiro; sem artigo, significa qualquer. Exs.:Todo o edifício será pintado = O edifício inteiro será pintado Todo edifício será pintado = Qualquer edifício será pintado. Seguido de numeral , todos somente aceita artigo quando há substantivo expresso: todos os três relógios, todas as cinco meninas. Não vindo expresso o substantivo, dispensa-se o artigo. Ex.:Encontrei casualmente na rua: Paschoal, Ivã e Luísa; todos três são velhos e bons amigos. PRONOMES RELATIVOS Pronomes relativos são aqueles que retomam um termo da oração que já apareceu antes (antecedente) projetando-o em outra oração. Exs.: As tradições populares brasileiras falam no curupira. O curupira tem corpo de menino e pés virados para trás. Ex.:As tradições populares brasileiras falam no curupira que tem corpo de menino e pés virados para trás. Os pronomes relativos são os seguintes: Variáveis: o qual, a qual, os quais, as quais cujo, cuja, cujos, cujas quanto , quanta, quantos, quantas Invariáveis: que, quem, onde, como Emprego dos Pronomes Relativos Os pronomes relativos virão antecedidos de preposição se a regência verbal assim determinar. Exs.: Este é o autor a cuja obra me refiro. (referir-se a algo) Este é o autor de cuja obra gosto. (gostar de algo) São opiniões em que penso. (pensar em algo) O pronome relativo quem é empregado com referência a pessoas. Exs.:Não conheço a menina de quem você falou. Este é o rapaz a quem você se referiu. Quando possuir antecedente, o pronome relativo quem virá sempre precedido de preposição. Ex.:Lúcia era a mulher a quem ele amava. É comum empregar-se o relativo quem sem antecedente claro. Neste caso, ele é classificado como relativo indefinido. Ex.:"Quem nasce lá na Vila / Nem sequer vacila" (Noel Rosa) (Aquele que nasce lá na Vila...) O pronome relativo que(=o qual, aqual) pode ser empregado com referência a pessoas ou coisas. Exs.:Não conheço o rapaz que saiu.(o qual saiu) Esta é a casa que comprei. O pronome relativo que é empregado quando precedido de preposição monossilábica. Com as preposições de mais de uma sílaba, usa-se o relativo o qual (e flexões) Exs.:Esta é a pessoa de que lhe falei. Esta é a pessoa sobre a qual lhe falei. Com as preposições sem e sob , usa-se de preferência o relativo o qual (e flexões). Exs.:O professor nos apresentou uma condição sem a qual o trabalho não terá sentido. Este é o móvel sob o qual ficou escondido o documento. O pronome relativo que pode ter por antecedente o pronome demonstrativo o (e flexões) Ex.:Sei o que estou dizendo. O pronome relativo cujo (e flexões) é relativo possessivo, equivalendo a do qual (e flexões) . Deve concordar com a coisa possuída e não admite a posposição de artigo. Exs.:Esta é a pessoa em cuja casa me hospedei. (casa da pessoa) Feliz é o pai cujos filhos são ajuizados. (filhos do pai) O pronome relativo quanto (e flexões) normalmente tem por antecedente os indefinidos tudo, tanto, etc; daí seu valor indefinido. Ex.:Falou tudo quanto queria.
  • 14. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/201514 Quanto pode ser empregado sem antecedente. Esse emprego é comum em certos documentos jurídicos. Ex.:Saibam quantos lerem este edital... O relativo onde é usado para indicar lugar e equivale a em que, no qual. Exs.:Esta é a casa onde moro. Não conheço o lugar aonde você irá. Onde é empregado com verbos que não dão ideia de movimento. Ex.:Sempre morei na cidade onde nasci. Aonde é empregado com verbos que dão ideia de movimento e equivale a para onde, sendo resultado da combinação da preposição a + onde. Ex.:Aonde eu for, virás comigo. Onde pode ser usado sem antecedente Ex.:Fique onde está. PREPOSIÇÃO As principais preposições são: a, ante, até, após, de, com, contra, desde, em entre, para, perante, por (per) sem, sob, sobre, trás. Ex.:Sairemos após o jantar. Locuções prepositivas: ao lado de, além de, depois de, através de, dentro de, abaixo de, a par de. Ex.:Antes de sair, feche portas e janelas. Valor semântico da preposição As preposições, além de seu papel de ligar palavras entre si, têm valor semântico, isto é, significado próprio. Assim, o valor semântico da preposição é evidenciado pela relação que ele estabelece ente dois termos. De acordo com essa relação, inúmeros são os valores semânticos que as preposições exprimem. Entre eles, citam-se: assunto: O sacerdote falou da fraternidade. causa: A criança estava trêmula de frio. origem: As tulipas vêm da Holanda. matéria: Ganhou uma correntinha de ouro. direção contrária: Agiu contra todos. posse: Esta casa é de meu pai. lugar: Os livros estão sobre a mesa da sala. meio: Vim de ônibus. delimitação: É uma pessoa rica de virtudes. conformidade: Como é teimoso! Saiu ao avô. instrumento: Redigiu os artigos a lápis. fim: Saíram para pescar bem cedinho. distância no espaço: Daqui a dois quilômetros há um bar. VERBO 1. Conceito Verbo é a palavra que exprime ação, estado, mudança de estado, fenômeno natural e outros processos, flexionando-se em pessoas, número, modo, tempo e voz. Os três exemplos seguintes foram retirados da obra de Fernando Pessoa: "Todos os amantes beijaram-se na minh'alma".(ação) "Sou livre, contra a sociedade organizada e vestida" (estado) "Ah, na minha alma sempre chove." (fenômeno da natureza) 2. Flexões O verbo é a classe de palavras que apresenta o maior número de possibilidades de flexão na língua portuguesa. Graças a isso, uma forma verbal pode trazer em si diversas informações. A forma falávamos , por exemplo, indica, por meio de seus morfemas: a) a ação de falar (fal-); b) o tempo em que tal ação ocorre: pretérito imperfeito ( - va) c) a pessoa gramatical que pratica essa ação: 1ª pessoa do plural, nós (- mos) d) o modo como é encarada essa ação: modo indicativo, pois expressa um fato realmente ocorrido no passado; e) que o sujeito - nós - pratica a ação expressa pelo verbo: voz ativa 2.1. Flexão de Número A flexão de número indica a quantidade de seres envolvidos no processo verbal. São dois os números: o singular e o plural. O verbo admite singular e plural, concordando com seu sujeito. Exs.:A tartaruga desapareceu. As tartarugas desapareceram. 2.2. Flexão de Pessoa A flexão de pessoa indica as pessoas do discurso (1ª , 2ª e 3ª). As três pessoas gramaticais servem de sujeito ao verbo. 1ª pessoa: aquela que fala, ou seja, o emissor ou falante e corresponde aos pronomes pessoais eu (singular) e nós (plural). Eu respondo. Nós respondemos. 2ª pessoa : aquela com quem se fala (receptor ou ouvinte) e corresponde aos pronomes tu (singular) e nós (plural). Tu respondes. Vós respondeis. 3ª pessoa: aquela de quem se fala e corresponde aos pronomes pessoais ele, ela (singular) e eles, elas (plural). Ele responde. Eles respondem.
  • 15. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 15 2.3. Flexão de Modo A flexão de modo indica a maneira, o modo como o fato se realiza. São três os modos do verbo: o indicativo, o subjuntivo e o imperativo. Além dos modos, existem as formas nominais: infinitivo, gerúndio e particípio. 2.4. Flexão de Tempo A flexão de tempo indica o momento ou a época em que se realiza o fato. São três os tempos: o presente, o pretérito e o futuro. Somente o pretérito e o futuro são divisíveis. Eis o esquema dos tempos simples em Português: INDICATIVO Presente : eu falo Pretérito perfeito: eu falei Pretérito imperfeito : eu falava Pretérito mais que perfeito: eu falara Futuro do presente: eu falarei Futuro do pretérito: eu falaria SUBJUNTIVO Presente: que eu fale Pretérito imperfeito: se eu falasse Futuro: quando eu falar IMPERATIVO Imperativo Afirmativo : fala tu, fale você Imperativo Negativo: não fales tu, não fale você FORMAS NOMINAIS Infinitivo impessoal: falar pessoal : falar eu, falares tu Gerúndio: falando Particípio : falado 3. Voz É a maneira como se apresenta a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito. São três as vozes verbais: 3.1. ativa: nela, o sujeito se diz agente, porque é praticante da ação verbal. Ex.:O carroceiro disse um palavrão. Suj ag. 3.2. passiva: nela , o sujeito se diz paciente, porque é o recebedor da ação verbal Um palavrão foi dito pelo carroceiro. Suj. pac. A voz passiva pode ser: * analítica: formada com os verbos ser, estar e ficar, seguidos de particípio. Ex.:Uma mensagem foi enviada pelo mensageiro. * sintética: formada com um verbo transitivo direto acompanhado do pronome SE, que se diz apassivador. Ex.:Enviou-se uma mensagem. Obs. O pronome SE também é chamado de partícula apassivadora e somente acompanha verbos transitivos diretos(VTD) ou verbos transitivos diretos e indiretos.(VTDI) Exs.: Plastificam-se documentos. Pagam-se os salários aos funcionários. 3.3. reflexiva: nela, o sujeito se diz agente e paciente, pois é ao mesmo tempo o praticante e o recebedor da ação verbal . Ex.: O carroceiro machucou-se. suj ag./ pac. 4. Conjugações São três as conjugações, caracterizadas pela vogal temática: 1ª conjugação caracterizada pela vogal temática a - am - a - r 2ª conjugação caracterizada pela vogal temática e - vend - e - r 3ª conjugação caracterizada pela vogal temática i - part - i - r Obs.: Os verbos com a terminação –or pertencem à segunda conjugação: pôr (antigo poer) 5. Locução Verbal É o conjunto de verbo auxiliar + verbo principal (no gerúndio ou no infinitivo) . recebe ainda a denominação de perífrase verbal ou conjugação perifrástica. Nossa língua não dispõe de flexões próprias suficientes para exprimir com rigor todos os momentos do processo verbal. Vale-se , então, dos verbos auxiliares, que se usam para exprimir os mais diferentes aspectos da ação. OBS.: Não se confunde a noção de locução verbal com a de tempo composto. O tempo composto sempre traz o verbo principal no particípio, além do que, faz parte da conjugação normal, possui um nome (pretérito perfeito composto, futuro do presente composto, etc) ; a locução verbal tem o verbo principal no gerúndio ou no infinitivo e é empregada para enunciar aspectos ou modos da ação. 6. Formas * Rizotônicas: são as formas verbais em que o acento tônico cai no radical. Por exemplo: amo, parto, bebam, etc.
  • 16. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/201516 * Arrizotônicas: são as formas verbais em que o acento tônico não cai no radical, e sim na terminação. Por exemplo: amarei, partirás, beberíamos, etc. MODOS VERBAIS E FORMAS NOMINAIS: EMPREGO Modos Verbais A atitude do falante em relação ao fato expresso pelo verbo pode ser explicitada pelo modo verbal. O falante emprega o modo indicativo quando afirma, interroga ou nega fatos, considerando que eles ocorreram, ocorrem ou ocorrerão. Ex.:Voltarão logo para casa. O modo subjuntivo expressa um fato considerado pelo falante como uma possibilidade, um receio, um desejo: Ex.:Talvez voltem logo para casa. O modo imperativo, o falante dirige-se a um ouvinte para dar uma ordem, um conselho ou fazer um pedido. Ex.:Volte logo para casa. MODO INDICATIVO Presente a) Expressa um fato que ocorre no momento em que se fala. Ex.:As águas atingem um metro, afirma o locutor da TV. b) Expressa uma verdade científica, uma lei, um fato real que data de muito tempo e deve durar por tempo indefinido. É chamado de presente durativo: Ex.:O interior do planeta Terra gira mais depressa. c) Expressa uma ação habitual ou frequente. Nesse caso, é chamado de presente habitual ou frequentativo. Ex.:Todo dia ela faz tudo sempre igual Me sacode às seis horas da manhã Me sorri um sorriso pontual E me beija com a boca de hortelã (Chico Buarque) d) Expressas fatos passados. É chamado de presente narrativo ou histórico. É bastante utilizado em textos jornalísticos, principalmente nas manchetes, para transmitir ao leitor a impressão de que os fatos são recentes. Ex.: Enchente provoca estado de emergência no Paraná. e) É utilizado em lugar de futuro. Ex.:Volto terça-feira que vem. f) É utilizado para substituir o imperativo, expressando de forma delicada um pedido ou ordem. Compare as duas frases: Exs.:Resolva o problema. (imperativo) Você me resolve o problema? (presente) g) Substitui o futuro do subjuntivo Exs.:Se você vem, traga-me o material. (presente) Se você vier, traga-me o material. (futuro do subjuntivo) Pretérito Imperfeito a) Expressa um fato não concluído no passado. Ex.:Nos primeiros anos do século XX, o restrito círculo das sociedades industrializadas vivia momentos de euforia. b) Expressa um fato habitual ou repetido no passado. É chamado de pretérito imperfeito frequentativo. Ex.:Há sérios indícios de que os membros da realeza se casavam e se acasalavam no seio da mesma família. c) Quando se expressam dois fatos concomitantes, o processo que estava ocorrendo e que cessa quando ocorre outro é expresso pelo pretérito imperfeito: Ex.:O ônibus fazia a linha Rio-SP e tombou quando o motorista desviou do engavetamento. d) É utilizado para iniciar narrativas, lendas, fábulas, em geral com o verbo ser, indicando tempo vago, impreciso: Ex.:Era uma vez um menino maluquinho... e) Substitui o futuro do pretérito Ex.:Se eu pudesse ficar sem escrever, não escrevia . Escrevo porque não tem jeito. f) Substitui o presente do indicativo para conotar maior polidez Ex.:Queria que vocês caprichassem mais nos trabalhos (Quero que vocês caprichem mais...) g) É utilizado na linguagem infantil, principalmente para definir papéis nas brincadeiras. Ex.:Agora eu era o herói. E o meu cavalo só falava inglês...(Chico Buarque) Pretérito Perfeito a) Indica um processo completamente concluído em relação ao momento em que se fala. Ex.:O europeu chegou ao Novo Mundo com uma bagagem repleta de superstições e preconceitos e atirou- se às conquistas, sob a justificativa de estar a serviço de Deus e de Sua Majestade. b) A forma composta expressa um processo passado que se repetiu ou se repete até o presente. Ex.:Não tenho estudado música. Pretérito mais-que-perfeito a) Expressa um fato passado, que ocorreu antes de outro, também passado. Portanto, o mais-que-perfeito exprime um fato duplamente passado. é passado em relação ao momento em que se fala;
  • 17. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 17 é passado em relação ao momento em que se realizou outro fato. Ex.:Mentiu outra vez ao afirmar que falara tudo ao presidente do clube. b) Na linguagem literária, pode substituir o futuro do pretérito. Ex.:Descrever o abalo que sofreu Inocência ao dar, cara a cara, com Manecão fora impossível. c) É usado em orações optativas Ex.:Quisera entender meu som tropical. d) Na linguagem coloquial prefere-se a forma composta Exs.:Quando eu entrei na sala , o professor já entrara. Quando eu entrei na sala, o professor já tinha entrado. Futuro do Presente a) Exprime um fato (realizável ou não) posterior ao momento em que se fala. Portanto, no momento da fala, o fato é ainda inexistente. Ex.:Grêmio terá time completo contra o Penharol. b) Pode evidenciar incerteza a respeito de um fato presente. Ex.:Terá o atual prefeito a mesma ousadia do anterior? c) Pode substituir o imperativo com valor categórico Ex.:Serás derrotado, meu compadre! com valor de sugestão Ex.:Você fará tudo para ser aprovado no concurso , não é mesmo? A forma composta pode ser empregada: a) para indicar que uma ação futura será realizada antes de outra. Ex.:Vocês serão vítimas das próprias armadilhas que terão construído. b) para indicar a certeza de uma ação futura. Ex.:Aí sim teremos compensado todos os nossos esforços. c) para indicar incerteza diante de um fato passado. Ex.:Essa última administração terá resolvido os problemas básicos da cidade. Futuro do Pretérito a) Expressa um fato futuro em relação a outro já passado. Ex.:O proprietário deixou claro que haveria dificuldades. b)Substitui o presente do indicativo, para atenuar uma ordem ou um pedido. Ex.:Pediria que todos se manifestassem a respeito do assunto. c) Pode ser substituído pelo pretérito imperfeito do indicativo. Ex.:Ah! se eu fosse você, eu voltava para mim. d) Pode expressar incerteza, dúvida, possibilidade. Ex.:Seria ele o responsável pelo fracasso da assembleia? A forma composta é empregada para a) indicar a possibilidade de um fato passado ter ocorrido. Ex.: Presumiu que teria visto o cometa. b) para indicar incerteza a respeito de um fato passado. Ex.:O acidente teria ocorrido na Rodovia dos Bandeirantes? MODO SUBJUNTIVO O modo subjuntivo expressa um fato considerado pelo falante como uma possibilidade, um receio, um desejo. Ex.:É possível que tudo se resolva logo. Em seus diversos tempos, o modo subjuntivo aparece geralmente em orações dependentes, mas pode ocorrer também em orações independentes. Ex.:Não vamos deixar / que a inflação volte. 1ª oração 2ª oração depende da 1ª Ex.:Deus te ouça! (oração independente) TEMPOS DO SUBJUNTIVO A localização temporal expressa pelos tempos do subjuntivo é menos nítida que a dos tempos do indicativo. Como geralmente o subjuntivo ocorre numa oração dependente, o tempo empregado vai depender do tempo verbal da oração principal. Presente Nos vários empregos estudados anteriormente, o presente do subjuntivo vai expressar tempo presente ou futuro, dependendo do tempo do verbo da oração principal. Usa-se o presente do subjuntivo quando o verbo da oração principal estiver no: a) presente do indicativo Ex.:É inevitável / que cedo ou tarde estas qualidades sejam valorizadas. b) imperativo Ex.:Faça a revisão do carro / para que viaje tranquilo. c) futuro do presente Ex.: Fará a revisão do carro / para que viaje tranquilo. Pretérito Imperfeito Expressa fatos, presente ou futuro, e ocorre quando o verbo da oração principal estiver no:
  • 18. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/201518 a) pretérito imperfeito do indicativo Ex.: Desejávamos / que tudo não passasse de um grande engano. b) pretérito perfeito do indicativo Ex.:Desejei / que tudo não passasse de um grande engano. c) futuro do pretérito Ex.: Desejaria / que tudo não passasse de um grande engano. Pretérito Perfeito Esse tempo só existe na forma composta. Expressa um fato já ocorrido quando o verbo da oração principal estiver no presente do indicativo. Ex.:Desejo que todo esse sofrimento não tenha sido em vão. Pretérito Mais - que - perfeito Esse tempo só existe na forma composta. É empregado para exprimir uma ação que deveria ter ocorrido no passado, anterior a outro fato, também passado. Ocorre quando o verbo da oração principal estiver no pretérito imperfeito do indicativo ou no futuro do pretérito do indicativo. Ex.:Queria que ela tivesse saído do colégio. Ficaria feliz se elas houvessem saído do colégio. Futuro A forma simples é empregada em orações que expressem um fato eventual, hipotético. Aparece apenas em orações dependentes, junto com orações principais que tenham verbo no presente ou no futuro. Exs.:Vou se quiser. (indica condição) Irei se quiser. Vou como quiser. (indica modo) Irei como quiser. Vou quando quiser . (indica tempo) Irei quando quiser A forma composta expressa um fato que será concluído no futuro, em relação a outro fato, também futuro. Ex.: Só ficarei sossegado quando tiverem terminado a reforma da casa. MODO IMPERATIVO No imperativo o falante dirige-se a um ouvinte na tentativa de fazer com que este realize o processo expresso pelo verbo. Portanto, o imperativo exprime: a) ordem Ex.:Saiam já da quadra - ordenou o inspetor de alunos. b) conselho Ex.:Olhe; um conselho: faça-se forte aqui, faça-se forte. c) solicitação Ex.:Por favor, chegue mais perto do microfone. d) súplica Ex.:Ó máquina, orai por nós. e) sugestão Ex.:Não grite com ele, que tudo dará certo. O imperativo pode ser substituído a) por interjeição Ex.:Silêncio! b) pelo presente do indicativo Ex.:Você aí , me diz a verdade... c) pelo futuro do presente Ex.:Não matarás. d) pelo imperfeito do subjuntivo Ex.:E se todos falassem mais baixo? e) pelo infinitivo Ex.:Não virar à esquerda. f) pelo gerúndio Ex.:Circulando! Circulando! A polícia chegou. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS 1. Quanto à função Quanto à função, o verbo pode ser auxiliar ou principal. Verbo auxiliar é aquele que, perdendo seu significado próprio, é utilizado para auxiliar a conjugação de outro, chamado de verbo principal. Ex.:Não parece que ela está rindo? Os auxiliares mais comuns são: ter, haver, ser e estar. Alguns verbos podem funcionar, ocasionalmente, como auxiliares: ir, vir, andar. Compare as duas frases: Exs.: Ele anda a pé. (andar - verbo principal) Ele anda falando mal de todo mundo. (andar - verbo auxiliar) Compare ainda: Exs.:Ela queria mais espaço para dançar. (queria - verbo principal) Curiosos queriam ver as tartaruguinhas. (queria - verbo auxiliar) 2. Quanto à flexão a) Regulares São aqueles que seguem um paradigma, isto é, um modelo de conjugação. O radical desses verbos permanece inalterado em todas as formas. Exemplos de verbos regulares: amar, falar, comprar, vender, partir. amo , amas, amássemos, amarei, amado... venço, vencerei, venceríamos, vencestes... b) Irregulares
  • 19. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 19 São aqueles que não seguem o paradigma dos verbos de sua conjugação, sofrendo alterações no radical ou na terminação. São irregulares, por exemplo, os verbos fazer, dar, pedir, ir, poder, etc. faço , fiz, feito posso, podes, poderíamos c) Anômalos São os que, durante a conjugação, apresentam radicais distintos. Existem apenas dois: Ser (sou, és, fui) Ir (vou, ia, fui) d) Defectivos São aqueles que não são conjugados em todos os tempos, modos e pessoas. Os principais são estes: 1) todos os verbos impessoais e unipessoais; 2) adequar e precaver, que só se conjugam nas formas arrizotônicas; 3) computar, que não possui a 1ª, a 2ª e a 3ª pessoa do singular do presente do indicativo e, consequentemente, todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo; do imperativo afirmativo só possui esta pessoa: computai; 4) viger, que só se conjuga nas pessoas que mantêm a vogal temática E; é mais usado nas terceiras pessoas, do singular e do plural; 5) feder e soer, que não possuem a 1ª pessoa do singular do pres. do ind. e, consequentemente, todo o pres. do subj. e todo o imperativo negativo; 6) reaver, derivado de haver, que só se conjuga nas formas em que este conserva a letra V; 7) abolir, falir e uma série de outros da 3ª conjugação . Classificam-se os verbos da 3ª conjugação em dois grandes grupos: 1º - os que seguem a conjugação de abolir, que não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e, consequentemente, todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo Indicativo, presente (- , aboles, abole, abolimos, abolis, abolem) Imperativo afirm. (abole, aboli) Os principais verbos que seguem essa conjugação são: aturdir, banir, bramir, brunir, carpir, colorir, comedir, delinqüir, delir, demolir, descomedir, desmedir, esculpir, exaurir, explodir, extorquir, fremir, fundir, jungir, pungir, refulgir, retorquir, ruir, urgir. 2º - os que seguem a conjugação de falir, que só se usa nas formas arrizotônicas, não possuindo também todo o presente do subjuntivo e todo o imperativo negativo. Indicativo, presente (falimos, falis) Imperativo afirmativo. (fali) Os principais verbos que seguem essa conjugação são: adir, aguerrir, combalir, embair, empedernir, esbaforir-se, escandir, espavorir, florir, foragir-se, garrir, rangir, reflorir, remir, renhir, ressarcir, ressequir, e transir. e) Abundantes São aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes. Geralmente essas formas aparecem no particípio. Ex.: havemos, e hemos, haveis e heis, acendido e aceso, soltado e solto. Dos particípios, o que termina em -do é regular; o outro é irregular. Os particípios regulares são usados na voz ativa, ou seja, com ter e haver; os irregulares são empregados na voz passiva, ou seja, com ser, estar, ficar, etc.; nem sempre, porém, a língua contemporânea segue tal norma. Exs.:O deputado tinha aceitado um acordo; depois arrependeu-se. O acordo foi aceito pelo deputado. Já estava aceito o acordo quando ele se arrependeu. Com os auxiliares: Ter e Haver - emprega-se o particípio regular. Ex: Minha mãe já havia fritado os ovos. Ser e Estar – emprega-se o particípio irregular. Ex: Os ovos já estão fritos. Observações: 1. Os verbos abrir, cobrir, dizer, escrever, fazer, pôr, ver, vir e seus derivados possuem apenas o particípio irregular: aberto, coberto, dito, escrito, feito, posto, visto, vindo. 2. Na língua contemporânea, há uma certa tendência pelo uso dos particípios irregulares, o que justifica o desuso de ganhado, gastado e pagado. 3. Quanto à existência ou não do sujeito. a) Pessoais São aqueles que se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. A maior parte dos verbos de nossa língua são pessoais. Ex.:O Nino apareceu na porta. b) Impessoais São aqueles que não se referem a qualquer sujeito implícito ou explícito. Esses verbos são utilizados sempre na 3ª pessoa. Consideram-se como impessoais: 1. verbos que indicam fenômenos meteorológicos: chover, nevar, ventar, etc. Ex.:Garoava na madrugada roxa. (Alcântara Machado) 2. o verbo haver, no sentido de existir, ocorrer, acontecer. Exs.: Houve um espetáculo ontem. Havia o céu, havia a terra, muita gente e mais Anica com seus olhos claros. (Bernardo Élis) Há alunos na sala. 3. o verbo fazer, indicando tempo decorrido ou fenômeno meteorológico. Exs.:Fazia dois anos que eu estava casado. Faz muito frio nesta região.
  • 20. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/201520 OBS.: Alguns desses verbos podem ser empregados em sentido figurado. Nesse caso, são pessoais, uma vez que podem apresentar sujeito. Exs.:O orador trovejava ameaças. Choveram canivetes. TEMPOS PRIMITIVOS E DERIVADOS 1. Derivados do presente do indicativo: a) Presente do subj. (1ª.conj: e-es-e-emos-eis-em , 2ª.e3ª.conj: a-as-a-amos-ais-am) b) Imperativo afirmativo(tu e vós = Presente indic.menos o S / você,nós, vocês = Presente subj.) c) Imperativo negativo - (exatamente igual ao Presente do subjuntivo). Observe o quadro: Derivados do Presente do Indicativo Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo radical da 1ª pessoa do presente do indicativo Faç o xxxxxxxxxxxxx Faça xxxxxxxxxxxxxxxxxxx Fazes Faze tu faças Não faças tu Faz Faça você Faça Não faça você Fazemos Façamos nós façamos Não façamos nós Fazeis Fazei vós façais Não façais vós Fazem Façam vocês façam Não façam vocês Exercite Verbo: Presente Indicativo. Imperativo Afirmativo Presente subjuntivo Imperativo negativo Imperativo Afirmativo Pronomes Correspondente Imperativo Negativo (não) eu não há ----- eu não há tu pres. (ind.) –s te, teu (s), tua (s) tu pres. (subj..) você pres. (subj.) lhe, se, seu, sua você pres. (subj.) nós pres. (subj.) nos, conosco, nosso nós pres. (subj.) vós pres. (ind.) -s vos, convosco, vosso vós pres. (subj.) vocês pres. (subj.) lhes, se, seus, suas vocês pres. (subj.) Uniformidade de Tratamento Quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do tratamento escolhido inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de você, não poderemos usar o te ou teu, e os verbos vão para a 3 a pessoa. Frase errada: Ex.:Medi vossas forças antes de te entregar à luta. Frase correta: Ex.:Medi vossas forças antes de vos entregardes à luta. 2.Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo a) Pretérito mais-que-perfeito do indicativo (tema + ra, ras, ra, ramos, reis, ram) b) Pretérito imperfeito do subjuntivo (tema + sse, sses, sse, ssemos, sseis, ssem) c) Futuro do subjuntivo (tema + r, res, r, rmos, rdes, rem)
  • 21. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 21 Observe: Derivados do Pretérito Perfeito do Indicativo Pret. Perfeito do indicativo Pret. Mais-que-Perf. do indicativo Pret. Imperfeito do subjuntivo Futuro do subjuntivo tema do pretérito perfeito (2ª. pessoa do singular) menos -STE Fiz fize ra fize sse fize r Fizeste fize ras fize sses fize res Fez fize ra fize sse fize r Fizemos fizé ramos fizé ssemos fize rmos Fizestes fizé reis fizé sseis fize rdes Fizeram fize ram fize ssem fize rem EXERCITE Verbo: Pret.Perfeito indicativo Pret.Mais-que-perfeito ind Pret.Imperfeito subjuntivo Futuro subjuntivo 3. Derivados do Infinitivo a) Pretérito Imperfeito Indicativo (radical + ava,avas,ava,ávamos,áveis,avam 1ª.conj.)(radical + ia,ias,ia,íamos,íeis, iam - 1ª. e 2ª. conj.); b) Futuro do Presente (tema + rei, rás, rá, remos, reis, rão); c) Futuro do Pretérito (tema + ria, rias, ria, ríamos, ríeis, riam); d) Particípio (radical + ado - 1ª. conj. / radical + ido - 2ª. e 3ª. conj. e) Gerúndio (tema + ndo ) Observe: Derivados do Infinitivo - 1ª. Conjug radical tema cant -ar canta - r cant-ado cant ava canta rei canta ria cant avas canta rás canta rias cant ava canta rá canta ria cant ávamos canta remos canta ríamos cant áveis canta reis canta ríes cant avam canta rão canta riam Derivados do Infinitivo - 2ª. e 3ª. conjugações radical tema pod er / ped ir pode r / pedi r pod ido pod ia ped ia pode rei pedi rei pode ria pedi ria pod ias ped ias pode rás pedi rás pode rias pedi rias pod ia ped ia pode rá pedi rá pode ria pedi ria pod íamos ped íamos pode remos pedi remos pode ríamos pedi ríamos ped ido pod íeis ped íeis pode reis pedi reis pode ríeis pedi ríeis pod iam ped iam pode rão pedi rão pode riam pedi riam Observações: 1. Os verbos fazer, dizer e trazer, bem como seus derivados, perdem a sílaba “zê’’ no futuro do presente e no futuro do pretérito. farei (fazerei); direi (dizerei), trarei (trazerei) faria (fazeria); diria (dizeria); traria (trazeria)
  • 22. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/201522 2. Os verbos ter, vir e pôr, seus derivados, têm desinências próprias para o pretérito imperfeito do indicativo: tinha (e não tia); vinha (e não via); punha (e não poía). EXERCITE Verbo: Infinitivo: Pret.Imperfeito indic. Futuro do Presente Futuro do Pretérito Particípio: Gerúndio: ADVÉRBIO Advérbios são palavras modificadoras do verbo. Servem para expressar as várias circunstâncias que cercam a significação verbal. Alguns advérbios, chamados de intensidade, podem também prender-se a adjetivos, ou a outros advérbios, para indicar-lhes o grau: muito belo (= belíssimo), vender muito barato (= baratíssimo). Alguns há, até, que não acompanham a verbos, mas somente a adjetivos e Advérbios – tais como, tão, quão, que, em frases assim: Exs.:Nunca vi olhos tão lindos. Quão belas estás! Porque chegaste tão cedo? Atente-se especialmente para o advérbio de intensidade QUE, figurante em frases exclamativas como estas. Exs.:Que generoso coração! Que lua maravilhosa! Classificação Distribuem-se os advérbios pelas seguintes espécies: 1. de dúvida: talvez, quiçá, acaso, porventura, provavelmente,eventualmente, etc 2. de intensidade: muito, pouco, assaz, bastante, demais, excessivamente, demasiadamente, etc. 3. de lugar: abaixo, acima, além, aí, ali, aqui, cá, dentro, lá, avante, atrás, fora, longe, perto, etc. 4. de modo: bem, mal, assim, etc.(e muitos adjetivos adverbializados com o sufixo mente ou sem ele) 5. de tempo: ainda, agora, amanhã, ontem, logo, já, tarde, cedo, outrora, então, antes, depois, imediatamente, anteriormente, diariamente, etc. Locução adverbial: Duas ou mais palavras que funcionem como um advérbio constituem uma locução adverbial: às vezes, às cegas, às claras, às escondidas, às pressas, às tontas,de propósito, de frente, de repente, de um golpe, de viva voz, em mão (e não em mãos), por atacado, por milagre. Advérbios-Relativos São os advérbios - onde, quando, como -, empregados com antecedente, em orações adjetivas. Exs.:Fica ali a encruzilhada / onde ergueram uma cruz de pedra. Era no tempo/ quando os bichos falavam... Merece elogios o modo / como trata os mais velhos. SINTAXE DE ORAÇÃO E PERÍODO TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO - SUJEITO E PREDICADO Tipos de SUJEITO 1.Simples: Ex.:As rosas têm espinhos . (um núcleo) 2.Composto: Ex.:O pai e o filho eram duas faces da mesma moeda. (dois ou mais núcleos) 3.Oculto ou desinencial: Ex.:Concordamos com suas ideias. (não está expresso, mas é reconhecido pelo verbo) 3.Indeterminado: *Verbo na 3ª pessoa do plural Ex.:Mandaram os acidentados para o hospital. *Verbo na 3ª. pessoa do singular + SE (índice de indeterminação do sujeito) Exs.:Vive-se bem no campo. (V.I + SE) Precisa-se de carpinteiros.(V.T.I. + SE) Só raramente se assiste a bons filmes. (V.T.I + SE) É-se feliz. (V.Ligação + SE) Pegou-se da espada e começou a lutar (T.T.D prepos. + SE) 4.Inexistente: Verbos impessoais Exs.:Houve algum problema com você? (haver = acontecer) Há muitos sonegadores ainda impunes. (haver = existir) Faz dias que o carteiro não aparece. Era cedo quando ele chegou. Estava um dia chuvoso. Choveu muito ontem. Basta de reclamar. Tipos de PREDICADO 1.Verbal: informa a ação. Exs.:Os operários lutam por melhores salários.(núcleo) Acenderam-se as luzes.(núcleo) 2.Nominal: informa um estado do sujeito. Com verbos de ligação ser, estar, parecer, permanecer, ficar, andar, continuar, torna-se.
  • 23. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 23 Com predicativo do sujeito (qualidade,estado do sujeito). Exs.: Aquelas esculturas eram valiosas. (núcleo) A população permanecia apreensiva.(núcleo) *Predicativo do sujeito: atribui característica ao sujeito. Ex.: As crianças continuam felizes. OBS. O predicativo. do sujeito pode aparecer com outros verbos. Exs.:As crianças saíram satisfeitas. (V.I. ) Os bancários terminaram o trabalho aliviados. (V.T.D.) 3.Verbo-nominal: expressa dupla informação: ação e estado. Ex.:Os operários chegaram cansados. *Predicativo do objeto: atribui característica ao objeto. Exs.: Os colegas consideram Daniel inteligente. (objeto direto) Chama-lhe ingrato. (objeto indireto) ______________________________________________ Distinção entre Predicativo do objeto e Adjunto adnominal * O Predicativo. do Objeto não pertence ao mesmo termo do objeto. Ex.: Os alunos acharam a prova fácil. (Os alunos acharam-na fácil) * O Adjunto adnominal pertence ao mesmo termo do objeto. Ex.: Os alunos fizeram uma prova fácil. (Os alunos fizeram-na.) ______________________________________________ Estrutura do Predicado Verbal: formado de verbo transitivo(VT) e verbo.intransitivo(VI). V. Intransitivo: Ex.:As árvores florescem na primavera. V.T.Direto:Ex.: Os pássaros fazem seus ninhos.(fazem- nos) V.T.Indireto:Ex.: O imóvel pertence aos herdeiros. (pertence-lhes) V.T.D.I. :Ex.: Certos alunos escrevem poesias à namorada. Sujeito e Vozes do Verbo *Sujeito Agente - voz ativa . Ex.:O menino quebrou o copo. *Sujeito Paciente - voz passiva. O copo foi quebrado pelo menino. Exs.: O edifício ficou deteriorado pelo tempo.(analítica) Reproduziu-se o acidente no depoimento.(sintética) *Sujeito Agente e Paciente - voz reflexiva. Ex.: A garota pintou-se rapidamente. Termos Integrantes - Complementos Verbais / Complemento Nominal / Agente da Passiva Complementos verbais * Objeto Direto(sem preposição) : Ex.:O cheiro de tinta contaminou o ar.(contaminou-o) * Objeto Indireto(com preposição) : Ex.:A notícia não agradou ao povo ( não lhe agradou) * Objeto Direto Preposicionado: Exs.:Amar a Deus sobre todas as coisas (amá-lo) Estimava aos parentes. (estimava-os) A Abel matou Caim . (nas inversões) O capitão arrancou da espada.(colorido semântico) É o homem a quem amo. (amo-o) A notícia sensibilizou a todos. * Objeto Pleonástico: Exs.:Meus sobrinhos, eu não os vejo há algum tempo. Ao gato, o que lhe demos foi bolinho de carne. Complemento Nominal:completa substantivo, adjetivo ou advérbio.(com preposição) Exs.: A lembrança do passado martelava-lhe na cabeça. O porão da casa estava cheio de ratos. Os bons políticos agiram favoravelmente ao povo. Agente da Passiva: termo que indica quem pratica a ação sofrida pelo verbo.(sujeito paciente) Exs.: A cidade estava rodeada de saqueadores. Elenira era respeitada pelos companheiros do patrão. A grama fora cortada por Marilisa. Termos Acessórios: Adjunto Adnominal / Adjunto Adverbial / Aposto / Vocativo Adjunto Adnominal: acompanha o nome São adjuntos adnominais: artigo, pronome, numeral e adjetivo. Ex.: As nossas três pipas coloridas contrastavam com o céu azul. Distinção entre Adjunto Adnominal e Complemento Nominal * Adjunto adnominal - termo preposicionado apresenta ideia de agente. Ex.: A redação do aluno foi perfeita. (o aluno redige) * Complemento Nominal - termo preposicionado apresenta ideia de paciente Ex.: A redação da lei não foi bem interpretada. (a lei foi redigida) ______________________________________________ Adjunto Adverbial: indica circunstância do verbo, do adjetivo ou do advérbio. Exs.: O tempo passou rapidamente. / Flávio é muito bom goleiro. / O pessoal saiu bem depressa. Aposto: termo que explica, resume, esclarece outro termo da oração. Exs.:São Paulo, a maior capital do Brasil, vive hoje problemas sociais. Aqui está a mercadoria pedida: arroz, feijão e material de limpeza. O rio Amazonas é o maior do país.
  • 24. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/201524 Os convidados não foram à festa, o que deixou o aniversariante frustrado. Vocativo: desligado da estrutura da oração, usado para chamar/interpelar a pessoa. Exs.: Companheiros, a decretação da greve será necessária. Tenham cuidado com os copos, meus filhos. PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO Tipos de Oração: Oração Absoluta - forma o período simples. Ex.: Hoje as lojas estão movimentadas. Oração Coordenada - mantém relação de independência. Ex.:Agachou-se, apanhou uma pedra e atirou-a Oração Subordinada - depende sintaticamente de outra oração. Ex.:Sílvia esperou que o marido voltasse. Oração Principal - é aquela da qual a oração subordinada depende. Ex.: Procurei quem digitasse o trabalho. ORAÇÃO COORDENADA 1.Assindética - sem conjunção Ex.:Chegou, gostou, ficou para sempre. 2.Sindética - com conjunção coordenativa 1)aditivas: ideia de adição (e, nem, mas também, mas ainda, como também...). Ex.: Os cubanos não só conheciam a música mas também a literatura brasileira. 2) adversativas: ideia de contraste, de oposição.(mas, porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto,senão...) Ex.:Aquela estrada era perigosa, entretanto era muito usada. 3)alternativas: ideia de alternância.(ou, ou...ou, ora...ora, já...já...). Ex.: Ora chama pela mãe, ora procura o pai. 4)explicativas: expressam motivo, razão, explicação. (porque, que, pois (antes do verbo). Ex.:É bom ser criticado, porque assim crescemos interiormente. 5)conclusivas: ideia de conclusão.(logo, portanto, por conseguinte, pois (depois do verbo). Ex.:Falta carne no mercado; conheça, pois, a comida vegetariana. ORAÇÃO SUBORDINADA 1.Oração Subordinada Substantiva - tem função sintática. Conector: Conj. Integrante: que e se (substituível por ISTO) 1)Subjetiva: sujeito da Or.. Principal . Exs.:É necessário que você compareça. Constatou-se que os remédios eram falsos. 2)Objetiva Direta: O.D. da Or..Princ. (sem prep.) Exs.:O mestre exigia que todos estivessem presentes. O fiscal verificou se tudo estava em ordem. 3)Objetiva Indireta: O.I. da Or.Princ.(com prep.) Exs.: Não me oponho a que você viaje. Lembre-se de que a vida é breve. 4)Completiva Nominal: C.N. da O.P. (com prep.) Exs.:Estamos desejosos de que a paz seja duradoura. Mariana teve a sensação de que alguém a observava. 5)Predicativa: Pred. do Suj. da O.P. (com v. ligação) Exs.:Nossa esperança é que os povos vivam em paz. Arnaldo foi quem trabalhou menos. 6) Apositiva: aposto da O.P. Exs.:Queremos somente isto: que a distribuição de renda seja mais justa. Só desejo uma coisa : que vivam felizes. 7)Agente da Passiva: agente da passiva. da O.P Exs.:.Seremos julgados por quem nos criou. O quadro foi comprado por quem o fez. 2.Oração Subordinada Adjetiva - tem a função do adjetivo. Conector: Pronome Relativo (que=o qual ; quem, cujo, onde) Ex.:Assistimos a cenas que deprimem (cenas deprimentes) 1) Restritivas: restringem o sentido do termo a que se referem. Exs.:Os homens que são honestos merecem nosso diálogo. Este é o motivo pelo qual desisti do torneio. 2) Explicativas: tomam o termo a que se referem no seu sentido amplo (à semelhança de um aposto). Sempre isoladas por vírgulas. Exs.: Os homens, que são seres racionais, merecem nosso diálogo. Deus, que é nosso pai, nos salvará. 3.Oração Subordinada Adverbial- tem a função de advérbio e funciona como adjunto adverbial da O.P. Classificação feita segundo o sentido da circunstância adverbial que expressa. 1)Causais:ideia de causa,motivo,razão.(porque, visto que, já que, porquanto, na medida em que, como, uma vez que...) Exs.:Chegou cansado, visto que seu trabalho fora muito pesado. Como ele estava armado, ninguém ousou reagir. 2)condicionais: ideia de condição. (se, caso, contanto que, desde que...) Exs.: Viajaremos ainda hoje, desde que o tempo continue bom. Você pode ir, contanto que volte cedo.
  • 25. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/2015 25 3) consecutivas: ideia de consequência.( que(tal, tanto, tamanho, tão), de sorte que,de modo que, de forma que...) Exs.: Estávamos tão cansados na viagem que víamos imagens duplas. Fazia tanto frio que meus dedos estavam endurecidos. 4)conformativas: ideia de conformidade.(como, conforme, segundo, consoante...) Exs.: Segundo dizem os cientistas, a sociedade das formigas tem uma perfeita organização. Como diz o povo, tristeza não paga dívidas. 5) concessivas: ideia contrária , exprimem um fato que se concede, em oposição ao da oração principal.(embora, ainda que, se bem que, por mais que, posto que, conquanto, não obstante,em que pese a ...). Exs.:Por mais que gritasse, não me ouviram. .Cumpriremos o nosso dever, mesmo que nos critiquem. 6)comparativas:apresentam o 2º termo da comparação.(como, mais.. do que, menos...que, tão...como, tanto...quanto...) Exs.:Nós corríamos como lebres assustadas.(correm). A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o ferro. 7)proporcionais: ideia de proporção. (à medida que, à proporção que, ao passo que, quanto mais..tanto mais, quanto menos ...tanto menos.) Exs.: À proporção que limpávamos os livros, o cheiro de bolor sumia. Quanto maior for a altura, maior será o tombo. 8) finais: ideia da finalidade, objetivo do fato expresso na O.P.(a fim de que, para que...) Exs.: Fiz minha autocrítica a fim de que me sentisse melhor. Fiz-lhe sinal para que se calasse. 9)temporais:ideia do tempo em que ocorre o fato. (quando, logo que, até que, sempre que, enquanto, assim que, mal,desde que ...) Exs.:Eu ficaria lendo até que o sono viesse. Sempre que vou à cidade, passo pelas livrarias. ORAÇÕES REDUZIDAS Oração Reduzida é a que se apresenta sem conectivo e com o verbo numa forma nominal. Há três tipos de Orações Reduzidas: a)de infinitivo: analisam-se como as desenvolvidas Exs.: Fui à cidade para consultar o médico. Para consultar o médico: or. Subordinada adverbial final, reduzida de infinitivo Penso estar preparado (Penso que estou preparado) Estar preparado:or. Subordinada substantiva objetiva direta, reduzida de infinitivo. b)de gerúndio: Exs.: Passaram guardas conduzindo presos (=guardas que conduziam presos) Conduzindo presos: or. Subordinada adjetiva restritiva, reduzida de gerúndio. Chegando lá, avise-me. (= quando chegar lá, avise-me) Chegando lá: or. Subordinada adverbial temporal, reduzida de gerúndio. c)de particípio Exs.: Esta é a notícia divulgada pela imprensa.(= que foi divulgada pela imprensa) Divulgada pela imprensa: or. Subordinada adjetiva restritiva, reduzida de particípio) Mesmo oprimidos, não cederemos.(= mesmo que sejamos oprimidos, não cederemos) Mesmo oprimidos: or. Subordinada adverbial concessiva, reduzida de particípio) Classificação das orações - dicas 1. orações coordenadas: identificar conjunção e seu valor semântico. 2. orações sub. substantivas: analisar os termos da oração que faltam na OP. 3. orações sub.adverbiais: identificar conjunção e seu valor semântico. 4. orações sub. adjetivas: identificar o pronome relativo. 5. orações reduzidas: desenvolvê-las e classificá-las (v. gerúndio, infinitivo, particípio). SINTAXE DE COLOCAÇÃO COLOCAÇÃO DE PRONOMES OBLÍQUOS ÁTONOS Os pronomes oblíquos podem ser colocados em três posições: Próclise – antes do verbo Ex.:Jamais me esquecerei de você. Ênclise – depois do verbo Ex.:O gerente lembrou-lhe o dia do contrato. Mesóclise – no meio do verbo Ex.:Avisar-lhe-ei a hora da partida. PRINCÍPIOS BÁSICOS 1. Desde que não inicie oração, a colocação do pronome antes do verbo estará, quase sempre, correta. Ex.:As competições se iniciaram na hora marcada. Observação: O pronome átono, no entanto, pode iniciar orações interferentes. Ex.:As férias de julho, me diziam as crianças, foram as melhores.
  • 26. APROVA APOSTILA BÁSICA PROFª NOELY LANDARIN LÍNGUA PORTUGUESA Atualizada 15/07/201526 2. Depois dos infinitivos invariáveis, a colocação será correta, mas não obrigatória. Exs.:Não lhe dizer a verdade, será pior. Não dizer-lhe a verdade, será pior. ATENÇÃO 3. É proibida a colocação do pronome depois de verbos no particípio, no futuro de presente ou no futuro do pretérito. Exs.:Tenho dedicado- me ao trabalho.(incorreto) Tenho – me dedicado ao trabalho. (correto) Exs.:Avisarei-te assim que chegarem. (incorreto) Avisar-te- ei assim que chegarem.(correto) PRÓCLISE Casos Obrigatórios 1. Orações negativas, exclamativas, interrogativas e optativas Exs.:Ninguém o chamou aqui. Como te iludes! Meu amigo. Onde nos informarão a hora certa? Bons ventos o levem. (!) 2. Orações subordinadas com a conjunção clara ou subentendida. Exs.:O resultado será divulgado hoje, segundo me informaram. Solicitamos nos informem o resultado. (que nos informem) 3. Com pronomes substantivos: a) Indefinidos – Ex.:Todos nos elogiavam, mas ninguém nos defendia. b) Relativos – Ex.: O “artista” a quem te referes é o Tiririca. c) Interrogativos – Ex.:Quando me convencerás desta necessidade? d) Demonstrativo – Ex.:Isto me pertence. 4. Com advérbios de qualquer tipo. Exs.:Talvez lhe interesse este produto. Lá nos acusam de fraqueza. Depois o informaremos do objetivo da reunião. 5. Com o gerúndio preposicionado (prep EM + gerúndio) Ex.:O zagueiro adversário, em se defendendo, cortou-lhe a frente. 6. Com verbos no infinitivo flexionado. Ex.:Não serás criticado por me dizeres a verdade. Próclise Facultativa 1. Estando o sujeito expresso Ex.:Os alunos se arrependeram / arrependeram-se de não terem estudado. 2. Com infinitivos invariáveis Ex.:O meu propósito era não lhe obedecer / obedecer- lhe mais. 3. Com as orações coordenadas sindéticas Ex.:Ela chegou e me perguntou / perguntou – me pelo filho. ÊNCLISE Casos Obrigatórios 1. Períodos iniciados por verbo Ex.:“Vai-se a primeira pomba despertada!” 2. Pronomes o, a, os, as – seguidos de infinitivos com as preposições “a” e “por”. Exs.: Sabe ele se tornará a vê- los algum dia? Encontrei a madrasta a maltratá- las. Ansiava por encontrá- lo. 3. Orações imperativas afirmativas Ex.:Procure suas amigas e convide-as. MESÓCLISE A mesóclise será obrigatória com verbos no futuro do indicativo, desde que não haja caso de próclise obrigatória. Exs.:Afinal, ter – se – ão obtido os melhores resultados. Encontrar- nos – íamos ainda uma vez MAS: Jamais o levaria comigo.(com palavra atrativa) COLOCAÇÃO PRONOMINAL NAS LOCUÇÕES VERBAIS 1. Não havendo caso de próclise: será livre a colocação Exs.:O diretor nos deve oferecer o prêmio. O diretor deve-nos oferecer o prêmio. O diretor deve oferecer- nos o prêmio. 2. Havendo caso de próclise: o pronome será colocado antes ou depois da locução verbal, isto é, não poderá ficar entre os verbos. Exs.:O rapaz não se deve casar hoje. O rapaz não deve casar-se hoje. COLOCAÇÃO PRONOMINAL NOS TEMPOS COMPOSTOS Verbos ter ou haver + particípio Os pronomes se juntam ao verbo auxiliar e jamais ao particípio. Exs.:Os presos tinham-se revoltado. Haviam – no declarado vencedor. OBSERVAÇÃO: A sintaxe Brasileira, isto é, a colocação do pronome oblíquo “solto” entre os verbos, mesmo havendo fatores de próclise, vem sendo consagrada por escritores e gramáticos de renome, mas ainda não foi definitivamente aceita pelos padrões clássicos da língua. Exs.: Os alunos ainda não tinham nos informado a data.