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Concurso
Câmara Municipal
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Ensino Médio - 2016
É proibida a sua comercialização por terceiros e a sua reprodução total ou parcial, por
qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais.
Todos os direitos desta Edição reservados à Associação Brasileira de Concursos Públicos,
uma entidade sem fins lucrativos que busca a justa e ética realização de concursos no
território nacional.
LÍNGUA PORTUGUESA
1. ORTOGRAFIA
Apesar dos vários dialetos e das muitas gírias existentes na
Língua Portuguesa, existe uma ortografia oficial e é
fundamental que você a conheça para atingir a sonhada
aprovação no concurso. Verdade é que o efetivo estudo da
ortografia advém de muita leitura; ou seja, quanto mais
você ler, mais habituado estará com a língua portuguesa.
Assim, praticamente não há fórmulas prontas de estudo da
ortografia da Língua Portuguesa.
O que iremos fazer aqui é chamar sua atenção à grafia correta de determinadas
palavras e expressões que são mais cobradas em concursos. Existem algumas regras úteis
que também serão apresentadas:
1.1. REGRAS ÚTEIS
Como dito anteriormente, a leitura é fundamental para que você fique por dentro
da ortografia correta da língua portuguesa. Caso consiga, separe um tempo diário de
leitura e anote as palavras que soarem estranhas aos olhos. Vá formando um banco de
palavras difíceis e as releia diariamente.
Vamos destacar aqui algumas palavras que confundem inclusive pessoas super
habituadas com a língua, ok?
X ou CH J ou G C/Ç ou S/SS EX ou ES Z ou S
Enxaguar Cerejeira Prosseguir Expansão Pesquisa
Exame Agitar Discurso Extensão Poetisa
Enxada Gesto Expulsão Estanho Esperteza
Recauchutar Tigela Impulso Estender Análise
Enchente Jeito Pretensão Espectro Quis (querer)
Encher Majestade Sucessão Espontâneo Maisena
Enxaqueca Gorjeta Ascensão Extravasar Horrorosa
Manchete Viagem Exceção Esdrúxulo Crise
Sabemos que o tempo é escasso para se familiarizar com todas as palavras até a
prova do concurso. Por isso, iremos destacar agora umas regras úteis de ortografia. O
tempo é curto, portanto, prenda-se nas regras mais difíceis ou mais importantes:
Primeiramente, destacamos algumas regras mais simples e por fim as mais difíceis:
 Quando estamos diante de uma palavra derivada, tente encontrar a sua palavra de
origem. Muitas vezes nesta (na palavra de origem), a grafia correta é mais facilmente
encontrada.
“Ortografia é a parte da
gramática que trata da
escrita correta das
palavras.”
(Leila Sarmento)
Exemplo: Complete a lacuna com “s” ou “z”: “Feli__ardo”. A palavra em questão é
derivada da palavra “feliz”, certo? Logo, “felizardo” também deverá ser grafado com “z”.
A mesma lógica ocorre com “zelo” – “zelador”, “gás” – “gasoso”, “sal” – “salobra”.
 Em regra, após ditongo, emprega-se a letra “x” (em vez de “ch”): Assim temos
“ameixa”, “caixa”, “peixe”.
 Os substantivos que terminam em “gem” serão sempre grafados com “g” nesta
sílaba: Como, por exemplo, “viagem”, “coragem”, “ferrugem”.
 Em regra, após a sílaba inicial da palavra “me”, emprega-se a letra “x”: Assim temos
“mexer”, “México”, “mexilhão”. A única exceção é a palavra “mecha” (de cabelo).
 Nas palavras terminadas em “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio” e “úgio”, deverá ser
empregado a letra “g”: Assim, o correto é escrever “pedágio”, “deságio”, “prestígio”,
“relógio”, “sacrilégio”.
 Utiliza-se o “ç” em palavras derivadas de vocábulos terminados em “to”: Aqui está o
grande motivo da palavra “exceção” ser escrita com “ç”, pois deriva de “exceto”. Outros
exemplos: canto – canção; intento – intenção.
 Utiliza-se o “s” em palavras derivadas de verbos terminados em “nder”, “ndir”,
“erter" ou “ertir”: Por exemplo: “pretender” – “pretensão”, “repreender” – “repreensão”,
“expandir” – “expansão”, “converter” – “conversão”, “divertir” – “diversão”.
A ortografia correta das palavras possui forte relação com suas origens. Portanto,
o melhor jeito de estudarmos esta parte do conteúdo é praticando:
(FUNDEP/2014) Assinale a alternativa em que há ERRO de ortografia
a) Acesso permitido apenas aos funcionários do setor.
b) A exposição não deve exceder a dois segundos.
c) O prazo de pagamento expira no último dia útil do mês.
d) Embalamos refeições para viajem.
Resolução: Através das regras expostas acima conseguimos resolver essa questão, concorda? Tente resolvê-
la dando uma espiadinha nas regras úteis! Nosso objetivo aqui é ser aprovado no concurso, certo? Você não
precisa ter certeza da correção de todas as alternativas, apenas precisa ter certeza da ocorrência de um erro
em alguma. Nosso erro aqui está na alternativa “D”, em “viajem” (palavras substantivas terminadas em “gem”
devem ser escritas com “g”). A questão tentou confundir o candidato com o verbo “viajar” (com “j”, assim como
suas conjugações). Você ficará craque em substantivos e “viagem” na alternativa “D” é um deles e, portanto,
deve ser escrito com “g”. Gabarito: Letra “D”.
ACENTUAÇÃO
A sílaba tônica de uma palavra é aquela
pronunciada mais fortemente. A grande maioria
das palavras da língua portuguesa possui uma
sílaba acentuada, ou seja, possui uma sílaba
tônica – não necessariamente com um acento
gráfico. Porém, há palavras sem sílaba tônica.
Repare na frase a seguir, cujos grifos
representam as sílabas tônicas das palavras: “Perdi meu chinelo”. Há algum acento
gráfico na frase? Não! Existem sílabas tônicas? Existem! Vamos analisá-las: em “Perdi”,
temos uma sílaba átona “per” e uma sílaba tônica “di”; em “meu” temos uma única
sílaba tônica; em “chinelo”, temos duas sílabas átonas “chi” e “lo” e uma sílaba tônica
“ne”.
1.2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ACENTO TÔNICO
Quanto à posição da sílaba tônica de uma palavra composta por mais de uma
sílaba, ela pode ser classificada em oxítona, paroxítona ou proparoxítona – não
confunda com a classificação do número de sílabas vista no capítulo anterior! Os
monossílabos (palavras de uma única sílaba), por sua vez, podem ser átonos ou
tônicos. Vamos às especificações:
OXÍTONAS
Nas palavras oxítonas, a sílaba tônica é a última. Ou seja, a sílaba forte da
palavra é sua última sílaba. Pronuncie em voz alta os exemplos: Anzol, atum, café. A
última sílaba sai com mais força que as demais, correto? Repare que nem sempre existe o
acento gráfico na sílaba forte.
PAROXÍTONAS
Nas palavras paroxítonas, a sílaba tônica (forte) é a penúltima. Exemplos:
Agasalho, baía, escola.
PROPAROXÍTONAS
Nas palavras proparoxítonas, a sílaba tônica é a antepenúltima. Ou seja, a sílaba
forte da palavra está na antepenúltima sílaba. Exemplos: Exército, mágico, pântano.
MONOSSÍLABOS
Os monossílabos podem ser tônicos (fortes) ou átonos (fracos).
Como exemplo, temos os artigos “o” (s), “a” (s); os pronomes oblíquos “me”, “te”, “se”;
entre outros.
“A língua portuguesa utiliza alguns
sinais gráficos para indicar a
pronúncia correta das palavras e
auxiliar na escrita. Esses sinais
recebem o nome de notações léxicas
(acentos gráficos).”
(Gramática em Textos, Leila Sarmento)
Iremos citar aqui as palavras monossílabas átonas. Para decorar? Não vai precisar.
Após o estudo das tônicas, você verá que fica clara a diferença exposta pelo Celso e pelo
Lindley que as átonas “se apoiam no acento
tônico de outro vocábulo”.
São monossílabos átonos:
I. Artigos;
II. Pronomes Pessoais Oblíquos;
III. Pronome relativo “que” – os demais são
tônicos;
IV. Preposições “a”, “com”, “de”, “em”, “por”,
“sem”, “sob” - inclusive quando combinadas aos
artigos (“à”, “ao”, “da”, ...)
V. Conjunções “e”, “mas”, “nem”, “ou”, “que” e “se”;
VI. Formas de tratamento (“dom”, “frei”,...)
Os monossílabos tônicos são independentes de outros vocábulos, apresentam
acento próprio. Sua classificação é facilmente encontrada por exclusão: os monossílabos
que não são átonos são tônicos! Como exemplo, podemos citar: Meu, pá, má, lã, pão.
Nem toda sílaba tônica carrega um acento gráfico. Porém, há regras definidas na
gramática que trazem situações especiais nas quais o acento gráfico é obrigatório!
Vamos estudá-las?
1.3. REGRAS DE ACENTUAÇÃO
Sabemos que nem sempre a sílaba precisará conter um acento gráfico para ser
tônica, certo? Mas há casos em que a utilização de notação léxica é obrigatória. São eles:
1ª) MONOSSÍLABOS TÔNICOS terminados em “a” (s), “e” (s) e “o” (s).
Já vimos quais são os monossílabos tônicos. Destes, os que terminam em “a” (s)
aberto, “e” (s) ou “o” (s) semiabertos obrigatoriamente levam acento agudo. Exemplos:
pá, má, pé, dó.
Dos monossílabos tônicos, os que terminam em “e” (s) ou “o” (s) semifechado
obrigatoriamente levam acento circunflexo: Lês, mês, xô.
2ª) OXÍTONAS terminadas em “a” (s), “e” (s), “o” (s), “em” (“ens”).
IMPORTANTE: Os monossílabos átonos jamais serão acentuados. Os
monossílabos tônicos podem ou não ser acentuados, dependerá, somente, de sua
terminação.
Os monossílabos átonos “são
aqueles pronunciados tão
fracamente que, na frase, precisam
apoiar-se no acento tônico de um
vocábulo sozinho, formando, por
assim dizer, uma sílaba deste”
(Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e
Lindley Cintra).
Nem todas as palavras oxítonas são acentuadas, certo? Delas, levam acento
aquelas que terminam em “a” (s), “e” (s) “o” (s) ou “em” (“ens”). Exemplos: jacaré,
cajá, parabéns, mantém.
Aqui, cabe a mesma regra dos monossílabos tônicos: as que terminam em “a” (s)
aberto, “e” (s) ou “o” (s) semiabertos obrigatoriamente levam acento agudo; as que terminam
em “e” (s) ou “o” (s) semifechado obrigatoriamente levam acento circunflexo. Exemplos:
jacaré, cajá, parabéns, mantém.
CUIDADO:
A conjugação dos compostos dos verbos “ter” e “vir” na terceira pessoa do
singular do presente do indicativo recebem acento agudo devido à regra
das oxítonas terminadas em “em” – “mantém”, “convém”. Quando
conjugados na terceira pessoa do plural, recebem acento circunflexo,
justificado pela mesma regra, a troca da notação léxica é apenas para
diferenciar a conjugação (singular e plural). Como veremos abaixo em
“Acentos Diferenciais”, não há que se falar em acento diferencial nesse caso.
Já nos próprios verbos “ter” e “vir”, há uma observação importante: as palavras
monossílabas são acentuadas quando terminadas em “a” (s), “e” (s) ou “o” (s),
certo? A regra, diferentemente das oxítonas, não engloba monossílabos
terminados em “em”. Logo, a conjugação na terceira pessoa do singular no
presente do indicativo não levará acento algum – “tem”, “vem”. Porém, aqui
também é adotado o acento circunflexo para diferenciar a conjugação verbal
(singular e plural); na terceira pessoa do plural no presente do indicativo, ter-
se-á as formas “têm” e ”vêm”.
3ª) PAROXÍTONAS terminadas em “i” (s), “u” (s), “l”, “n”, “r”, “x”, “um” (“uns”), “ão” (“ãos”), “ã”
(“ãs”), “ps”, ditongo (s).
Primeiramente, se preferir, decore as terminações acima. Caso contrário, dou a
seguinte dica: na hora da questão, procure outras palavras com a mesma terminação –
geralmente existe pelo menos uma de cada terminação cujo acento é habitual. Por
exemplo: A palavra “alumen” tem acento? Sabendo-se que é uma palavra paroxítona e
“hífen” - como paroxítona terminada em “n” - tem acento, logo “alúmen” também o tem. O
mesmo vale para “córtex” e “fênix”.
CONCLUSÃO IMPORTANTE: Nunca existirá uma palavra oxítona
terminada “a” (s), “e” (s), “o” (s) ou “em” (“ens”) que não leve
notação léxica.
Aqui cabem algumas OBSERVAÇÕES MUITO IMPORTANTES:
I. Repare que paroxítonas terminadas em “m” não levam notação léxica, apenas as
terminadas em “um”. Exemplo: Álbum, batom.
II. Apenas as palavras paroxítonas terminadas em “n” são acentuadas, as terminadas
em “ns” não. Portanto, o plural de diversas palavras perde a notação léxica devido
a esta regra. Exemplo: Hífen – hifens; pólen – polens.
III. Não há mais acento gráfico nas vogais “e” e “o” semiabertas dos ditongos “ei” e
“oi” quando sílaba tônica em paroxítona. Exemplo: Ideia, jiboia, hebreia.
IV. As palavras paroxítonas terminadas em “oo” ou “ee” não levam mais acento.
Exemplos: voo – leem – enjoo.
O jeito mais fácil de não errar novamente regras de acentuação é praticando. Vamos,
então?
(VUNESP/2012) Seguem a mesma regra de acentuação gráfica relativa às palavras paroxítonas:
a) probatório; condenatório; crédito.
b) máquina; denúncia; ilícita.
c) denúncia; funcionário; improcedência.
d) máquina; improcedência; probatório.
e) condenatório; funcionário; frágil.
Resolução: Vamos classificar cada palavra de acordo com a posição da sílaba tônica – desta forma já
excluiremos alternativas, pois ele pede as paroxítonas-, em seguida, identificar a regra de acentuação: a)
probatório – paroxítona terminada em ditongo, condenatório – paroxítona terminada em ditongo, crédito –
proparoxítona. Alternativa incorreta. b) máquina – proparoxítona, denúncia – paroxítona terminada em ditongo,
ilícita – proparoxítona. Alternativa incorreta. c) denúncia – paroxítona terminada em ditongo, funcionário –
paroxítona terminada em ditongo, improcedência – paroxítona terminada em ditongo. Nosso gabarito. d)
máquina – proparoxítona, improcedência – paroxítona terminada em ditongo, probatório – paroxítona terminada
em ditongo. Item incorreto. e) condenatório – paroxítona terminada em ditongo, funcionário – paroxítona
terminada em ditongo, frágil – paroxítona terminada em “l”. Item incorreto. Portanto, gabarito: letra “C”.
4ª) PROPAROXÍTONAS
Todas as proparoxítonas são acentuadas. Fácil, não? Ou seja, caso uma palavra
possua acento tônico em sua antepenúltima sílaba, a palavra obrigatoriamente levará
acento gráfico. Exemplo: lâmpada, câmara, máquina. A contrario sensu, se uma palavra
não possui acento gráfico, ela não é proparoxítona.
CUIDADO: Os ditongos “éi”, “éu” e “ói" quando tônicos em palavras
proparoxítonas ou oxítonas continuam sendo acentuados normalmente –
regra estudada abaixo. Exemplo: Chapéu (oxítona), aracnóideo
(proparoxítona).
5ª) DITONGOS ABERTOS
Como já mencionado, os ditongos abertos “éi” (s), “éu" (s) e “ói" (s), quando
tônicos em palavras oxítonas ou proparoxítonas, são acentuados. Exemplo: chapéu,
bacharéis, papéis.
Não esqueça que os localizados em sílaba tônica de palavra paroxítona não mais
levam acento gráfico. Exemplo: Ideia, joia, heroico.
6ª) HIATOS
Primeiro, é importante destacar que nem todos os hiatos levam notação léxica. A
regra de acento gráfico obrigatório apenas se aplica quando houver vogal “i” (s) ou “u”
(s) como a segunda vogal tônica do hiato. Exemplo: saída, conteúdo, saúde, coelho (sem
acento), coado (sem acento).
Repare que as vogais “i” e “u” não formam ditongos com as vogais anteriores. São
elas vogais independentes, sozinhas em uma silabada tônica: “sa-í-da”, “con-te-ú-do”, “sa-ú-
de”.
Importante lembrar também que a letra que pode acompanhar a vogal tônica do
hiato é “s”, não qualquer outra. Portanto, acentua-se a palavra “país”, mas não a palavra
“juiz”. Assim como não se acentua a palavra “juiz”, mas sim a palavra “juízes” – nesta, a
vogal tônica “i” está sozinha em uma sílaba.
Agora, responda “certo” ou “errado”:
(CESPE/2013) A ocorrência de hiato justifica o emprego do acento agudo nas vogais i e u nas palavras
“construída” e “conteúdos”.
Resolução: Vamos separar as sílabas das palavras: “cons-tru-í-da” e “con-te-ú-do”. Resposta fica clara assim.
Temos exatamente em ambas o caso de acento gráfico obrigatório em “i” e “u” tônicos dos hiatos. Gabarito:
Certo.
Vamos analisar a grande mudança oriunda do Novo Acordo Ortográfico: Quando
essas vogais “i” e “u” tônicas de hiatos ocorrerem em palavras paroxítonas (o “i” ou o “u”
tônico está na penúltima sílaba) e os antecede um ditongo, aquelas não recebem acento
gráfico. Exemplos: feiura.
Cabe destacar que a exceção não se aplica quando a vogal tônica “i” ou “u” está em
palavras proparoxítonas ou oxítonas. Exemplos: bauínia, tuiuiús.
CUIDADO para não confundir esta exceção à dos ditongos abertos em palavras
paroxítonas. A palavra “ideia” não mais leva acento pela regra dos ditongos
abertos – “i-dei-a” –, nada tem a ver com a “exceção” dos hiatos; aqui a sílaba
tônica é à que pertence o ditongo. Assim como em “feiura” não leva acento pela
regra dos hiatos – “fei-u-ra”; aqui a sílaba tônica é a da vogal “u” do hiato.
Dúvidas?
Não menos importante, é a outra alteração do Acordo Ortográfico: não se acentuam
mais a primeira vogal tônica dos hiatos “ee” e “oo”. Exemplos: coo, voo, creem, leem,
reveem.
7ª) ACENTOS DIFERENCIAIS
“Não têm acento diferencial as palavras homógrafas paroxítonas.” (Celso Cunha e
Lindley Cintra). O que isso quer dizer? O Novo Acordo Ortográfico facilitou o estudo dos
concurseiros. Palavras homógrafas são palavras de sentidos diferentes com grafias iguais,
podendo ter pronúncias iguais ou diferentes: “O pelo do cachorro está comprido.” e “O
animal escapou pelo bueiro.”; “Para de reclamar!” e “São flores para você.”
Grave: Só restaram dois acentos diferenciais após o acordo: 1) Por (preposição) –
Pôr (verbo); 2) Pode (verbo presente indicativo) – Pôde (verbo pretérito perfeito indicativo).
Não mais há de se falar em acento diferencial em “para”, “pela”, “pelo”, “pera" e
“polo".
Hora de aquecermos:
(CONSULPAM/2015) Consoante ao Novo Acordo Ortográfico vigente (em vigor desde 2009 e obrigatório a
partir de 2016), na sequência de versos “As cartas de amor, se há amor/Têm de ser /ridículas” (texto 1), o
vocábulo “têm” está grafado:
a) De maneira INCORRETA, uma vez que o acento diferencial que distingue a 3ª pessoa do singular/plural do
verbo TER não poderá mais ser utilizado
b) De maneira CORRETA, uma vez que a obrigatoriedade do acento diferencial instituído a partir do Novo
Acordo Ortográfico foi devidamente utilizado nesse caso.
c) De maneira CORRETA, já que o acento circunflexo empregado na conjugação dos verbos ter e manter foi
inalterado porque já era utilizado antes da promulgação do Novo Acordo.
d) De maneira INCORRETA, pois o acento diferencial instituído pelo Novo Acordo Ortográfico não pode ser
aplicado aos verbos defectivos.
Resolução: O Novo Acordo Ortográfico em nada alterou a utilização do acento circunflexo para diferenciar a
conjugação dos verbos “ter”, “ver” e seus compostos. Ficamos, então, entre as alternativas “B” e “C”. A banca
querendo “pegar” o candidato, na alternativa “B” diz que o acento diferencial é mantido pelo Novo Acordo
Ortográfico. Muito bem, o acordo realmente mantém o acento diferencial. Agora, a utilização do acento
circunflexo nesses verbos é caso de acento diferencial? NÃO!!! Conforme destacado na regra referente às
palavras oxítonas. Lembre-se: os únicos acentos diferenciais que restaram foram “pôr” e “pôde”. Portanto,
gabarito: letra “C”.
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO
1. (CESGRANRIO/2016) O grupo de palavras que obedecem às normas de acentuação da
Língua Portuguesa é
a) raizes, dificil, século
b) rúbrica, saúva, amavel
c) também, possível, êxito
d) idolo, parabéns, ciencia
e) indústria, saude, ninguem
2. (CESGRANRIO/2016) Assim como apaixonados (Texto II, l. 12), também se
escreve corretamente com x o substantivo
a) pixação
b) xicote
c) bruxa
d) deboxe
e) flexa
3. (CESGRANRIO/2016) Das palavras acentuadas (todas retiradas do Texto II) reúne,
países, águas, última e vêm, as duas que recebem acento por seguirem a mesma norma
ortográfica são:
a) águas e vêm
b) última e vêm
c) reúne e águas
d) reúne e países
e) países e última
4. (CESGRANRIO/2016) A palavra em destaque está grafada corretamente em:
a) É preciso reavaliar o prosesso.
b) O bancos fortalecem a estrutura finançeira do país.
c) O mercado é sencível ao consumo.
d) Sempre se deve fazer esse tipo de inspeção.
e) A tacha de juros será mantida nesse percentual.
5. (CESGRANRIO/2015) A palavra que deve ser acentuada graficamente, de acordo com as
regras da norma-padrão do Português, é
a) ali
b) antes
c) difícil
d) pacto
e) potente
6. (CESGRANRIO/2014) A palavra que precisa ser acentuada graficamente para estar
correta quanto às normas em vigor está destacada na seguinte frase:
a) Todo torcedor tem um sentimento especial em relação à seleção.
b) Muita gente do exterior vem ao Brasil para ver a Copa do Mundo.
c) Há árbitros que costumam supor que são os principais artistas do espetáculo.
d) Alguns jogadores dizem nas entrevistas que eles sempre se doam nos jogos.
e) Os jornalistas de emissoras diferentes também se reunem ao final do trabalho.
7. (CESGRANRIO/2014) Assim como pichação, também se escreve corretamente com ch o
substantivo
a) caichote
b) frouchidão
c) achado
d) luchação
e) micharia
8. (CESGRANRIO/2014) Das palavras acentuadas (todas retiradas do Texto II) códigos,
símbolos, também, década e até, três delas recebem acento porque seguem a regra que
diz:
a) as palavras proparoxítonas são sempre acentuadas.
b) os ditongos recebem acento quando tônicos.
c) as palavras de três sílabas sempre são acentuadas.
d) os monossílabos tônicos terminados em vogal são acentuados.
e) as palavras oxítonas terminadas em vogal aberta são acentuadas.
9. (CESGRANRIO/2014) O acento diferencial é aquele utilizado para distinguir certas
palavras homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia.
Ocorre esse tipo de acento em:
a) é
b) está
c) fórmula
d) pôr
e) análise
10. (CESGRANRIO/2014) No trecho do Texto I “tenho a impressão de que entrei numa
estação de metrô”. (L. 13-14), a palavra em destaque é acentuada graficamente segundo a
mesma regra que a palavra
a) funcionário
b) recaída
c) safári
d) até
e) incrédulo
GABARITO
1 C
2 C
3 D
4 D
5 C
6 E
7 C
8 A
9 D
10 D
2. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS
Este capítulo equivale a um item de seu edital. Contudo, não é uma matéria
estritamente gramatical. Ela compreende muito de seu conhecimento já adquirido ao longo
de sua vida, principalmente no que diz respeito aos sinônimos e antônimos.
Seria humanamente impossível que você decorasse os sinônimos e os antônimos de
todas as palavras de língua portuguesa, certo? Então a ideia aqui é saber a definição de
cada um deles e praticar através de questões:
2.1. SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS
Sinônimos são palavras diferentes que possuem o mesmo significado na língua
portuguesa. Um meio de você encontrar a alternativa correta ou, pelo menos, excluir
alguma alternativa incorreta é através do seguinte preceito: As palavras sinônimas devem
necessariamente pertencer à mesma classe gramatical.
Geralmente, a palavra, cujo sinônimo é exigido pela questão, encontra-se no texto de
referência desta. Ou seja, na maioria das vezes, as questões de sinônimos serão resolvidas
pelo contexto no qual a palavra se encontra. O mesmo ocorrerá com os antônimos.
Antônimos são palavras diferentes que possuem significados exatamente
opostos! São opostos – não meio apostos! Portanto, o contexto aqui também será
fundamental para a resolução da questão. Vamos a uma:
(CESGRANRIO/2008)
Resolução: Quantas vezes você já ouviu a palavra “modorra”? Provavelmente poucas ou nenhuma. E
geralmente as questões solicitam sinônimos de palavras estranhas; ela não quer você saiba o significado de
todas as palavras da língua, mas que interprete o contexto em que se encontra. Vejamos: No parágrafo em
destaque do texto, reparamos que o autor repete várias vezes o termo “impasse” – isso gera uma tendência do
autor utilizar outros termos com o mesmo significado (podendo ser um deles a palavra “modorra”. Além disso,
no texto, o autor afirma que o profissional perdeu o “brilho da carreira”, até quer ajudar, mas não sabe como –
temos aí o impasse referido no primeiro período do texto. “Como superar isso? Como superar essa modorra?”,
repare que o pronome demonstrativo “essa” remete-nos ao que o autor disse anteriormente: há o “impasse”
destacado nas primeiras linhas, causado pela falta de vontade do profissional. “Modorra” nitidamente é um
termo com sentido negativo, correto? Não é algo bom, precisa ser superado. Desta forma conseguimos excluir
as alternativas “a” e “d” de cara. Verdade é que as palavras “prostração”, “argúcia” e “ladineza” são menos
conhecidas: “argúcia é sinônimo de “perspicácia”; “ladineza” é sinônimo de “esperteza”. Logo, apenas pelo
sentido das alternativas, percebemos que quatro das cinco alternativas possuem sentido positivo (algo bom),
não condizente com o contexto. Gabarito: letra “b”.
2.2. HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Aqui cabe um pouco mais de atenção no estudo, pois existe a possibilidade de você
estudar as palavras mais cobradas em concursos. São homônimas as palavras iguais em
pronúncia ou grafia, mas que tem significados distintos. Por exemplo: “colher”
(substantivo) e “colher” (verbo) ou “concerto” (de teatro) ou “conserto” (de manutenção).
São parônimas as palavras que são muito parecidas na pronúncia e na escrita,
mas possuem sentidos diferentes. Por exemplo: “comprimento” (extensão) e
“cumprimento” (saudação ou efetivação).
Abaixo será disponibilizada uma tabela com os parônimos e homônimos mais
cobrados em provas de concurso:
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO
1. (CURSIVA/2015) Assinale o item em que as palavras completam adequadamente os
espaços abaixo:
I. Trouxeram-me um ramalhete de flores__________.
II. A justiça _________a pena merecida aos desordeiros.
III. Devemos ser fiéis ao __________do dever.
IV. A _________ de terras compete ao Estado.
a) Fragrantes – infligiu – cumprimento – cessão
b) Fragrantes – infrigiu – comprimento – cessão
c) Flagrantes – infligiu – cumprimento – cessão
d) Fragrantes – infligiu – comprimento - sessão
2. (CURSIVA/2015) Levando em consideração o significado contextual de palavras e
expressões, assinale a alternativa em que há correlação correta de sentido:
a) concertar (combinar) - consertar (ajustar)
b) espirar (soprar) - expirar (exalar)
c) espiar (observar) - expiar (pagar pena)
d) incerto (não certo) - inserto (impreciso)
3. (IESES/2015) Observe as sentenças.
I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz.
II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo.
III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais difícil para os carros e os
pedestres.
Assinale a alternativa correta quanto ao uso adequado de homônimos e parônimos.
a) I e III.
b) II e III.
c) II apenas.
d) Todas incorretas.
4. (CONPASS/2015) Assinale a alternativa cuja palavra destacada foi empregada de forma
incorreta:
a) O barão do Rio Branco foi um iminente brasileiro
b) Quero emigrar para os Estados Unidos, mas não deixam!
c) Procure não infringir as regras de trânsito.
d) Esse detalhe me passou inteiramente despercebido.
e) Sejam todos bem-vindos à minha casa!
5. (MPE-RS/2015) Assinale a alternativa que apresenta as formas verbais adequadas para
preencher as lacunas dos enunciados abaixo, na ordem em que aparecem.
1. O meliante furtou uma ________ soma em dinheiro.
2. Atendendo aos argumentos da defesa, que pleiteava uma decisão urgente, o magistrado
_______ o requerimento do advogado.
3. Entendendo que não houve má intenção por parte do acusado, o juiz ________ a ação
que lhe era imputada.
a) vultosa - deferiu - discriminou
b) vultuosa - deferiu - descriminou
c) vultosa - diferiu - discriminou
d) vultuosa - diferiu - descriminou
e) vultosa - deferiu - descriminou
GABARITO
1 A
2 C
3 C
4 A
5 E
3. ESTUDO DOS PRONOMES E DOS VERBOS
3.1. ORIENTAÇÃO DE ESTUDO
A parte das “Classes de Palavras” ocupa, geralmente, mais de metade das páginas
de uma gramática – além das mais de quatrocentas mil palavras catalogadas em um
dicionário. É óbvio que você não precisará saber as funções morfológicas de todas as
palavras da Língua Portuguesa. Aliás, elas nem serão cobradas diretamente em sua prova.
Na realidade, aqui começa a grande lógica da língua portuguesa. Inclusive, as
pessoas deveriam trocar as palavras cruzadas pela análise morfossintática das orações.
Grave apenas uma coisa a partir de agora: O contexto é rei!
A língua portuguesa possui a belíssima gama de variabilidade das palavras: “Limpo
todos os dias o quintal.”, “O quintal está limpo.”, “Limpo não é o bastante.”. Nas frases, a
palavra “limpo” adquire classes gramaticais diferentes – verbo, adjetivo e substantivo,
respectivamente. Não podemos definir perpetuamente classes gramaticais determinadas às
palavras. Ou seja, a lógica do estudo das classes gramaticais é o contexto! Ok?
Verdade é que todas as palavras possuem sua classe gramatical usual: “Trabalhar”
nitidamente se trata de um verbo. Mas, veja: “O trabalhar me motiva”, pronto, substantivou-
se o verbo “trabalhar”.
Uma boa forma para estudar as classes gramaticais é através da classificação das
palavras em frases aleatórias. Pegue um trecho de uma notícia em um jornal pela manhã,
um trecho de seu livro favorito, ou este próprio período que está lendo agora na apostila e
classifique termo a termo. Podemos corrigir juntos pelo e-mail, ok? Não esqueça que o
português está em praticamente tudo o que você lê.
Em sua prova, serão exigidas basicamente duas classes gramaticais: os pronomes e
os verbos. Estudá-los-emos em suas minúcias a seguir:
3.2. PRONOMES
Os pronomes constituem um programa extenso; vamos simplificar direcionando o
estudo para a prova, certo? Comecemos então pela diferença entre pronomes substantivos
e pronomes adjetivos.
Os pronomes basicamente indicam pessoas do discurso.
Os pronomes adjetivos são aqueles que acompanham um substantivo. São
pronomes substantivos os que aparecem isoladamente na frase. Vamos analisar os
exemplos: “Muitos alunos saíram mais cedo da aula.” e “Muitos saíram mais cedo.”. Na
primeira oração, podemos observar que o pronome “muitos” acompanha o substantivo
“alunos” – a ideia central, na verdade, é o substantivo “alunos” -, sendo, portanto um
pronome adjetivo; na segunda, não existe um substantivo, reparou? O próprio pronome
“muitos” exerce a função de pronome substantivo.
É fundamental que você saiba que os pronomes são classificados em seis
tipos: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, interrogativos e indefinidos.
Veremos a partir de agora os aspectos principais de cada um:
PRONOMES PESSOAIS
Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso: a pessoa que fala, com quem
se fala e de quem se fala. Trata-se, respectivamente, das pessoas gramaticais: primeira
pessoa, segunda pessoa e terceira pessoa, na seguinte forma:
PRONOMES PESSOAIS RETOS
PESSOA PRONOME SINGULAR PRONOME PLURAL
Primeira pessoa Eu Nós
Segunda pessoa Tu Vós
Terceira pessoa Ele Eles
Os pronomes pessoais podem ser retos ou oblíquos. Os pronomes pessoais retos
são utilizados como sujeitos das orações (APENAS OS PRONOMES RETOS PODEM
SER SUJEITOS); os oblíquos como objeto ou termo acessório.
Quanto à acentuação, os pronomes pessoais podem ser átonos ou tônicos,
divididos da seguinte forma:
PRONOMES PESSOAIS
PESSOA RETOS OBLÍQUOS ÁTONOS OBLÍQUOS TÔNICOS
Primeira pessoa Eu/Nós Me, nos Mim, comigo, nós,
conosco
Segunda pessoa Tu / Vós Te, vos Ti, contigo, vós,
convosco
Terceira pessoa Ele / Eles O,a, lhe, se, os, as, lhes Si, consigo, ele, ela, eles,
elas
Os pronomes “se”, “si” e “consigo” são utilizados geralmente como pronomes
reflexivos OU recíprocos para a teceira pessoa (singular ou plural). São reflexivos ou
recíprocos quando estiverem se referindo diretamente ao sujeito da oração. Importante
destacar que há diferença entre “reflexão” e “reciprocidade”:
“Lúcio e Márcia se enganaram”. Quem enganou quem? Os ambos se engaram com
um terceiro? Fica confuso, não? Temos nesse caso tanto a interpretação “engaram um ao
outro” (recíproco), como “engaram a si mesmos” (reflexivo).
Os pronomes retos de terceira pessoa (ele, ela, eles, elas) podem contrair-se com as
preposições “de” e “em”, nas formas: dele, dela, deles, delas, nele, nela, neles e nelas.
CUIDADO: Os pronomes “eu” e “tu” não podem vir antecedidos por
preposição, devendo ser substituídos pelos equivalentes oblíquos “mim”
e “ti”. Assim, é correto dizer que “a conversa ficará entre mim e ele” ou
“entre mim e ti” e, nunca, “entre tu e eu” ou “entre eu e ele”.
A partir dessa observação, podemos concluir que quando os pronomes “ele (s)”,
“ela (s), nós e vós vierem precedidos de preposição, serão, em regra, pronomes
oblíquos tônicos.
Em um texto, geralmente os pronomes apresentam algum referencial, podendo ser
uma única palavra, uma expressão ou até um período.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL
Muito importante para sua prova! Com certeza, terá no mínimo uma questão cobre a
colocação pronominal. Então vejamos:
Os pronomes pessoais átonos podem estar colocados antes, depois ou no meio do
verbo, correto? Em regra, a colocação do pronome será conforme a vontade do autor.
Contudo, existem casos de uso obrigatório em determinada posição, e é exatamente isso
que devemos saber!
Dá-se o nome de próclise a colocação do pronome átono antes do verbo -
GRAVE: Pró – Pré (vem antes). Dá-se o nome de ênclise a colocação do pronome
átono depois do verbo. Dá-se o nome de mesóclise a colocação do pronome no meio
do verbo.
A seguir, destacaremos os casos obrigatórios de cada um. Qualquer outra situação
que não se encaixar em nenhum caso obrigatório de colocação será, obviamente, de
colocação facultativa.
PRÓCLISE OBRIGATÓRIA:
1) Quando o verbo for precedido por advérbio, inclusive de negação.
Por exemplo: Não se desespere!
Ontem me perdi.
2) Quando o verbo for precedido por um pronome indefinido, pronome relativo ou
pronome interrogativo.
Por exemplo: Alguém se interessou pelo problema.
O homem que te perguntou é meu pai.
Quem te perguntou?
3) Quando o verbo estiver no gerúndio e for precedido por preposição.
Por exemplo: Em se tratando de futebol...
4) Quando o verbo for precedido por uma conjunção subordinativa.
Por exemplo: Espero que te recebam bem.
ÊNCLISE OBRIGATÓRIA
1) Quando o verbo inicia oração.
Por exemplo: Cuide-se!
CUIDADO: Pronomes oblíquos átonos nunca iniciam frases!
2) Quando o verbo estiver no infinitivo pessoal
Por exemplo: Espero encontra-lo em breve.
MESÓCLISE OBRIGATÓRIA
1) A mesóclise será obrigatória quando cumpridos cumulativamente os seguintes
requisitos: I. Não existir caso obrigatório de próclise; II. O verbo estiver no futuro do
presente ou do pretérito.
Por exemplo: Esperá-lo-ia se não estivesse cansada.
Mas: Não o esperaria se estivesse cansada.
PRONOMES DE TRATAMENTO
São inúmeros os pronomes de tratamento, vou destacar aqui dois tópicos importantes
que você precisa dominar:
 Qualquer pronome de tratamento que for utilizado, estar-se-á dando tratamento de
terceira pessoa. O que isso significa? Que toda concordância verbal ou uso de pronomes
oblíquos relacionados deverá estar em consonância com a terceira pessoa do singular.
Assim, é correto dizermos: “Vossa Senhoria precisa que eu o ajude?”, repare que é
incorreto dizer “precisas” / “precisais” ou “te” / “vos”. Portanto, grave: a pessoa a ser
utilizada quando usamos um pronome de tratamento (qualquer que seja) será a
terceira pessoa.
 Utiliza-se muito, dependendo da região do país, o pronome de tratamento “você”. E como
pronome de tratamento, ele seguirá também a regra acima elencada (utiliza-se concordância
em terceira pessoa do discurso). Há uma coisa que precisa cuidar: Os pronomes “tu” e
“você” são ambos utilizados como segunda pessoa (“com quem se fala”); contudo, a
concordância do pronome de tratamento “você” será de terceira pessoa. Assim, é correto
FIQUE ATENTO: 1) Em locuções verbais em que o verbo
principal esteja no infinitivo ou no gerúndio, ocorrerá a ênclise; 2)
Quando anteriormente à locução verbal vier um termo que exija
próclise, dar-se-á a próclise (“Não se tenha dado por vencido”);
3) Quando o verbo principal estiver no particípio, o pronome
átono não poderá vir depois dele, ou seja, a colocação
pronominal dar-se-á em relação ao verbo auxiliar (antes, no
meio, ou depois deste).
falar: “Quero te acompanhar, mas tu não deixas” ou “Quero o acompanhar, mas você não
deixa”.
Cabe uma observação aqui: o termo “a gente” também é largamente empregado hoje em
dia, mas ele não se classifica como um pronome de tratamento. Quando utilizado,
contudo, sua concordância também se dará com a terceira pessoa do singular: “A gente vai
se encontrar no cinema”.
PRONOMES POSSESSIVOS
O nome é muito sugestivo: os pronomes possessivos indicam posse de alguma
pessoa do discurso. Os pronomes possessivos são divididos da seguinte forma entre as
pessoas do discurso:
PRONOMES POSSESSIVOS
PESSOA SINGULAR PLURAL
Primeira pessoa Meu, minha, nosso, nossa Meus, minhas, nossos, nossas
Segunda pessoa Teu, tua, vosso, vossa Teus, tuas, vossos, vossas
Terceira pessoa Seu, sua Seus, suas
Há uma diferença básica da variação de gênero e da variação de número do pronome
possessivo: 1) A variação de gênero (feminino/masculino) irá sempre se referir ao objeto
possuído (“meu celular”, “minha revista”); 2) A variação de número se dará com a
quantidade do objeto possuído (“meus celulares”). Repare que a escolha do pronome
possessivo (da pessoa utilizada) irá variar de acordo com a pessoa que possui o objeto
(“minha câmera” ou “tua câmera”). Repare nas brilhantes palavras de Celso Cunha e Lindley
Cintra:
“O pronome possessivo concorda em gênero e número com o substantivo que designa o
objeto possuído; e, em pessoa, com o possuidor do objeto em causa (...)”
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Os pronomes demonstrativos situam as pessoas gramaticais, seja no espaço, seja no
tempo. Existem formas masculinas (este, esse, aquele), formas femininas (esta, essa,
aquela) e formas invariáveis (isto, isso, aquilo). As formas invariáveis sempre serão
pronomes substantivos.
Vejamos as aplicações:
 Pronome demonstrativo no espaço: Vamos supor que Ana está conversando com Bia e
Cláudia encontra-se no outro lado da sala de aula. Cada uma está segurando um caderno.
Caso Ana diga: “Este é mais bonito”, significa que o caderno que está segurando é mais
bonito (o mais próximo de quem fala). Caso Ana diga para Bia: “Esse é mais bonito”, Ana
estará dizendo que o caderno que Bia está segurando é mais bonito (o mais próximo de
com quem se fala). Agora, se Ana disser para Bia: “Aquele é mais bonito”, estarão
invejando o caderno de Cláudia, pois Ana estará se referindo ao caderno que Cláudia está
segurando (o mais próximo de quem se fala)
 Pronome demonstrativo no tempo: Quando se quer indicar fala presente, utiliza-se os
pronomes “este”, “esta” ou “isto”: “Este ano está demorando a passar”; Quando se quer
indicar um tempo que não o presente, mas próximo, utiliza-se “esse”, “essa” e “isso”: “Acho
que me saí bem nessa entrevista” (entrevista ocorreu há pouco tempo); Quando se quer
indicar um tempo distante, utiliza-se “aquele”, “aquela” ou “aquilo”: “Aqueles dias me trazem
saudade”.
 Pronome demonstrativo no texto: Os pronomes demonstrativos no texto são utilizados
para fazer referência a algo já dito ou a algo que se irá dizer. Preste atenção a esses
casos especiais de uso: 1) Emprega-se “este”, “esta” e “isto” em referência a algo que
ainda não foi dito e que será dito em breve (“Só sei disto: aproveitarei a viagem ao
máximo”); 2) Emprega-se “esse”, “essa” ou “isso” ao que já foi dito anteriormente (“Vou
aproveitar a viagem ao máximo. Só sei disso!). 3) Quando houver dois elementos citados
anteriormente no texto que se deseja retomar, deve-se utilizar o pronome “este”, “esta” ou
“isto” para o mais próximo e “aquele”, “aquela” ou “aquilo” para o mais distante. Quando
houver três elementos, aplica-se essa regra, sendo o elemento do meio retomado pelo
pronome “esse”, “essa” ou “isso”. Vejamos um exemplo abaixo:
“Na festa tinha pipoca, rapadura e paçoca; Não comi esta; essa estava crua; aquela,
contudo, estava uma delícia!”. Agora conseguimos entender que o locutor gostou da pipoca
da festa e que não comeu a paçoca.
PRONOMES INDEFINIDOS
Os pronomes demonstrativos são utilizados para se referir a terceiras pessoas alheias
ao discurso de forma vaga ou indeterminada. Eles podem ser variáveis ou invariáveis,
divididos da seguinte forma:
PRONOMES INDEFINIDOS
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
Algum, nenhum, certo, muito, todo,
outro, pouco, tanto, vário, qualquer,
bastante, quanto, tal, qual, diverso.
Algo, alguém, ninguém, tudo, nada, cada,
outrem, quem, mais, menos
Por ser pronome, os indefinidos também podem ser classificados em substantivos
ou adjetivos. Pode-se afirmar que os pronomes “alguém”, “ninguém”, “outrem”, “algo”
e “nada” somente são usados como pronomes substantivos – ou seja, eles não
acompanham um substantivo. Já o pronome “certo” só é utilizado como pronome
adjetivo: “Certas pessoas não sabem o que dizem”. Lembre-se que o pronome adjetivo
deverá concorda em número e gênero com o substantivo ao qual se refere.
FIQUE ATENTO: Às vezes, pode-se utilizar as partículas “o” (s) e
“a” (s) como pronomes demonstrativos – sempre substantivos!
Observe: “O que o faz rir irrita-me.” (“Aquilo que o faz rir irrita-
me.”), temos um pronome demonstrativo iniciando a frase.
Incrível, não?
Existem, também, locuções pronominais indefinidas, como, por exemplo: “cada
um”, “qualquer um”, “quem quer que”, “todo aquele que”.
IMPORTANTÍSSIMO: Diferenciaremos agora os pronomes indefinidos adjetivos dos
advérbios. Verdade é que ainda não estudamos os advérbios, mas você precisa saber
basicamente duas coisas: 1) O pronome adjetivo relaciona-se sempre com um
substantivo; o advérbio com um verbo, adjetivo ou outro advérbio; 2) O pronome
adjetivo concordará com o substantivo a que se relaciona; os advérbios são
invariáveis.
Analise as frases a seguir: a) “Muitas pessoas estão reclamando”; b) “As pessoas
estão reclamando muito”. Na letra “a”, temos o termo “muitas” se relacionando a um
substantivo (“pessoas”); portanto, não se trata de advérbio! Ainda, o termo “muitas” está
variando. Então temos um pronome indefinido adjetivo. Na letra “b”, o termo “muito” está se
relacionando a um verbo (“estão reclamando”) e, ainda, é invariável. Logo, em “b”, temos um
advérbio de intensidade. Fácil, não?
PRONOMES INTERROGATIVOS
São os pronomes “quem”, “que”, “qual” e “quanto” empregados em frases
interrogativas, diretas ou indiretas. Os pronomes interrogativos também podem ser
empregados como pronomes substantivos ou adjetivos, conforme os exemplos respectivos:
“Quem foi promovido?” (pronome interrogativo substantivo) e “Qual empregado foi
promovido?” (pronome interrogativo adjetivo).
Muitas vezes os pronomes interrogativos são utilizados em exclamações: “Que
medo!”.
PRONOMES RELATIVOS
Chegamos a uma grande dor de cabeça dos concurseiros: os pronomes relativos.
Vamos tentar simplificar ao máximo o aprendizado.
São chamados de pronomes relativos, pois eles se relacionam a outra expressão do
texto (são “relativos” a outra expressão), em geral, a um termo anterior. “Como assim,
professora?” Pois bem, analise a frase: “O time para que torço venceu o campeonato”.
Nessa frase temos duas orações: “O time ... venceu o campeonato” e “para que torço”. O
pronome relativo “que” puxa o termo “time” da primeira oração para a segunda, da seguinte
forma: “O time... venceu o campeonato” (primeira ideia) e “torço para o time” (segunda
ideia). Para não parecermos uma voz robótica falando (“Torço para o time. O time vendeu o
campeonato.”), as orações são unidas por um elemento coesivo: o pronome relativo!
FIQUE ATENTO: As expressões “quando”, “como”, “onde” e “por
que” utilizadas em frases interrogativas são advérbios, que
formam frases interrogativas. Portanto, não se trata de
pronome interrogativo! Exemplo: “Como você está?” (“Como” =
advérbio de modo)
Vamos organizar o estudo dos pronomes relativos da seguinte forma: I. Quais são os
pronomes relativos; II. Equivalência dos pronomes relativos; III. Utilização da preposição em
conjunto com o pronome relativo. O estudo das funções sintáticas dos pronomes relativos
estará dentro do capítulo de funções sintáticas. Portanto, vamos lá:
I. Os pronomes relativos são os seguintes:
PRONOMES RELATIVOS
VARIÁVEIS INVARIÁVEIS
O qual, cujo, quanto Que, quem, onde, quando
O pronome relativo a ser utilizado dependerá do termo que é retomado. Assim,
caso tivermos um termo retomado que remete à ideia de lugar, utilizaremos o pronome
“onde” (“A casa onde cresci está impecável”). Caso tivermos uma ideia de posse, utiliza-se o
pronome “cujo” (“O livro, sobre cujo autor comentei, foi publicado ontem”).
A concordância dos pronomes relativos variáveis dar-se-á da seguinte forma: Os
pronomes relativos “o qual” e “quanto” variam de acordo com o termo a que retomam – por
exemplo, “as casas as quais foram pintadas estão fechadas”; Por sua vez, o pronome
relativo “cujo” concordará com o termo seguinte, como, por exemplo, em “os livros cujas
capas estão rabiscadas foram doados”.
II. Existem pronomes equivalentes e, portanto, podem ser substituídos. No exemplo “a
cada onde cresci está impecável”, o pronome “onde” pode ser corretamente substituído por
“em que” (“A casa em que cresci está impecável”). Bem como o pronome “que” poderá ser
substituído em qualquer caso por “o qual” e suas variações (“A casa na qual cresci está
impecável”).
O pronome “cujo” (e variações) define uma ideia de posse com o termo antecedente,
certo? “Os cachorros cujos donos...”, ou seja, “os donos dos cachorros”. São equivalentes
ao pronome relativo “cujo” os seguintes: “do qual”, “de quem” e “de que” – “Os cachorros dos
quais os donos...”.
III. Por último, mas não menos importante, é aprendermos a utilizar a preposição em
conjunto com o pronome relativo. A preposição será exigida pela oração a que o
pronome relativo pertence. Preste atenção no primeiro exemplo: “O time para que torço
venceu o campeonato”. Como vimos, temos duas orações, sendo que o pronome relativo
pertence à que está sublinhada. Entrando em regência verbal, “quem torce, torce para o
time”, correto? Logo, como o pronome relativo “que” substitui a expressão “o time”, ele
também deverá ser precedido da preposição “para”, exigida pela regência do verbo “torcer”.
O mesmo ocorre quando digo: “O time de que gosto venceu o jogo”. “Gosto do time”,
portanto, “time de que gosto”. Assim, você deverá observar a regência da oração a que
FIQUE ATENTO: O pronome “cujo” (e variações) é sempre um
pronome adjetivo. Não se pode empregar artigo após esse
pronome. Incorreto: “Os cachorros cujos os donos...”;
Correto: “Os cachorros cujos donos....”
pertence o pronome relativo, que poderá ser regência verbal e nominal, conforme será
especificado na análise sintática das partículas “que” mais à frente.
Existem pronomes relativos cuja preposição está implícita. É o caso do pronome
“onde”, que quando substituído deverá ser acrescentada preposição na forma “em que”.
Resumindo, devemos analisar os seguintes aspectos quando estamos diante de
um pronome relativo:
 O pronome relativo concordará em número e gênero (quando variável) com o
termo que é retomado (antecedente), exceto o pronome relativo “cujo”, que concordará
com o termo subsequente.
 Existem pronomes relativos equivalentes, devendo-se atentar primordialmente à
utilização correta das preposições na substituição.
 Quando houver preposição que deva acompanhar o pronome relativo, ela será
determinada a partir da oração a que o pronome relativo pertence.
3.3. VERBOS
Pronto! Mais uma pedra no sapata do concurseiro! A matéria é extensa, portanto, a
ideia aqui é estudarmos os principais pontos passíveis de serem cobrados em sua prova.
Primeiro ponto importante é que o verbo é uma palavra variável (até demais!) e ele
exprime uma ação ou um estado no tempo. O verbo é uma classe gramatical tão
importante que ele tem o poder de transformar uma frase em oração. Assim, por exemplo,
em “Que horror!”, não há verbo (dá-se o nome de frase nominal); contudo, em “Que horror
foi isso!”, o verbo “foi” (“ser”) gerou uma oração e, consequentemente, é possível uma
completa análise sintática desta última.
Toda essa (louca) variação do verbo dá-se em número (plural ou singular), pessoa
(primeira, segunda ou terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e tempo (passado,
presente e futuro). Analise minuciosamente este esquema muito importante para você
se situar na matéria:
VERBO VARIA
EM:
PESSOA (conjugado
em):
PRIMEIRA PESSOA (EU/NÓS)
SEGUNDA PESSOA (TU/VÓS)
TERCEIRA PESSOA (ELE/ELES)
NÚMERO (conjugado
no):
SINGULAR (EU/TU/ELE)
PLURAL (NÓS, VÓS, ELES)
MODO/TEMPO:
INDICATIVO
Presente
Pretérito Perfeito
Pretérito Imperfeito
Pretérito mais-que-perfeito
Futuro do Pretérito
Futuro do Presente
SUBJUNTIVO
Presente
Pretérito
Futuro
IMPERATIVO Presente
Saiba que chamam-se verbos de primeira conjugação os verbos terminados em “ar”
(cantar, dançar, nadar); de segunda conjugação os verbos terminados em “er” (comer,
beber, correr); e de terceira conjugação os verbos terminados em “ir” (partir, dormir, sair). O
verbo “por” é considerado de segunda conjugação, pois deriva da forma “poer”.
CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS
Os verbos se classificam de acordo com a flexão que sofrem ao longo de todas
as suas formas de conjugação. Definem-se “flexão” as alterações que o verbo sofre em
sua estrutura. Sabe-se que o verbo contém basicamente os seguintes elementos em sua
estrutura conforme esquema abaixo (exemplo: verbo “esperar” na primeira pessoa do plural
do pretérito imperfeito do indicativo):
ESPER Á VA MOS
Radical Vogal temática Desinência
modo-temporal
Desinência
número-pessoal
Tema
Nem todos os verbos apresentarão todos os elementos. E, de acordo com a
variação dessas estruturas ao longo da conjugação, os verbos são classificados em cinco
tipos, conforme abaixo especificado:
 REGULARES: Os verbos regulares não apresentam modificações no radical nem nas
desinências; os verbos de mesma conjugação (primeira, segunda ou terceira) vão
apresentar estruturas equivalentes em todos os tempos e modos. A regra é os verbos
serem regulares – a grande maioria o é.
 IRREGULARES: Estes não seguem um modelo de conjugação. Eles sofrem alterações
no radical ou nas desinências. Exemplos: dar, estar, fazer, pedir.
 ANÔMALOS: Os verbos anômalos sofrem profundas alterações em seus radicais. Ou
seja, são verbos irregulares, com enormes variações no radical. São dois: ser e ir.
 DEFECTIVOS: “Defectivo” é sinônimo de “defeituoso”. São verbos que não apresentam
algumas conjugações, como, por exemplo, “colorir” (não existe “eu coloro”). Os verbos
impessoais (indicam fenômenos da natureza – chover, ventar, ...) são considerados
defectivos.
 ABUNDANTES: Em contramão dos verbos defectivos, os abundantes apresentam mais
de uma forma para a mesma pessoa. No geral, ocorre no particípio do vero (impresso,
imprimido).
Agora, cabem alguns cuidados com os verbos reaver e precaver: 1) No presente do
indicativo, conjugam-se apenas na primeira e na segunda pessoa do plural (reavemos,
reaveis) – não existe “reavo”, “reaves”, “reave”, “reavem”. 2) No imperativo afirmativo,
CUIDADO: Os verbos que sofrem modificações na grafia apenas
para manter a uniformidade fonética são regulares. Por exemplo:
Dirigir – dirijo.
conjugam-se apenas na segunda pessoa do plural (“Precavei vós”) – cuidado: não existe
“precaveja você”. 3) Não se conjugam no presente do subjuntivo. 4) Os demais tempos e
modos se conjugam normalmente.
CONJUGAÇÃO VERBAL
Lembra que os verbos regulares seguem um modelo de conjugação? Pois bem. Existe
um modelo para verbos de primeira conjugação, verbos de segunda conjugação e
verbos de terceira conjugação. Assim, colocaremos um quadro geral aqui embaixo, com
todos os tempos e modos verbais, com verbos regulares das três conjugações. Qualquer
outros verbo regular seguirá a mesma lógica, ok?
Começaremos então pelo modo indicativo:
Os nomes dos tempos são um tanto quanto lógicos, observe: “pretérito” é sinônimo de
“passado”; “pretérito perfeito” equivale a uma ação completamente concluído no passado
(“falei”, “varri”, “parti”); “pretérito imperfeito” indica uma ação no passado, mas não
pontualmente concluída (“falava”, “varria”, “partia”); “pretérito mais que perfeito” equivale a
uma ação que ocorreu antes de algum momento determinado no passado (é uma ação
“mais que acabada”) – “Quando chegou (ação passada), eu partira (ocorreu antes, “mais
que passada”).
Portanto, evite decorar puramente e utilize os nomes para se lembrar das conjugações.
Ademais, leia a conjugação de um verbo diversas vezes e depois tente escrever a
conjugação completa de outros em uma folha.
MODO: INDICATIVO PRESENTE PRETÉRITO FUTURO
PERFEIRO IMPERFEITO
MAIS QUE
PERFEITO
DO
PRESENTE
DO
PRETÉRITO
1ª CONJUGAÇÃO
(Falar)
EU Falo Falei Falava Falara Falarei Falaria
TU Falas Falaste Falavas Falaras Falarás Falarias
ELE Falas Falou Falava Falara Falará Falaria
NÓS Falamos Falamos Falávamos Faláramos Falaremos Falaríamos
VÓS Falais Falastes Faláveis Faláreis Falareis Falaríeis
ELES Falam Falaram Falavam Falaram Falarão Falariam
2ª CONJUGAÇÃO
(Varrer)
EU Varro Varri Varria Varrera Varrerei Varreria
TU Varres Varreste Varrias Varreras Varrerás Varrerias
ELE Varre Varreu Varria Varrera Varrerá Varreria
NÓS Varremos Varremos Varríamos Varrêramos Varremos Varreríamos
VÓS Varreis Varrestes Varríeis Varrêreis Varrereis Varreríeis
ELES Varrem Varreram Varriam Varreram Varrerão Varreriam
3ª CONJUGAÇÃO
(Partir)
EU Parto Parti Partia Partira Partirei Partiria
TU Partes Partiste Partias Partiras Partirás Partirias
ELE Parte Partiu Partia Partira Partirá Partiria
NÓS Partimos Partimos Partíamos Partíramos Partiremos Partiríamos
VÓS Partis Partistes Partíeis Partíreis Partireis Partiríeis
ELES Partem Partiram Partiam Partiram Partirão Partiriam
Agora, o modo subjuntivo:
MODO: SUBJUNTIVO PRESENTE PRETÉRITO FUTURO
1ª CONJUGAÇÃO (Falar)
EU Fale Falasse Falar
TU Fales Falasses Falares
ELE Fale Falasse Falar
NÓS Falemos Falássemos Falarmos
VÓS Faleis Falásseis Falardes
ELES Falem Falassem Falarem
2ª CONJUGAÇÃO (Varrer)
EU Varra Varresse Varrer
TU Varras Varresses Varreres
ELE Varra Varresse Varrer
NÓS Varramos Varrêssemos Varrermos
VÓS Varrais Varrêsseis Varrerdes
ELES Varram Varressem Varrerem
3ª CONJUGAÇÃO (Partir)
EU Parta Partisse Partir
TU Partas Partisses Partires
ELE Parta Partisse Partir
NÓS Partamos Partíssemos Partirmos
VÓS Partais Partísseis Partirdes
ELES Partam Partissem Partirem
Cabem, agora, algumas observações sobre o modo subjuntivo:
1) A maioria dos professores, quando ensinam o modo subjuntivo, colocam juntamente com
o verbo as conjunções “que” (presente), “se” (pretérito) e “quando” (futuro). Assim, a
conjugação é mais facilmente identificada: “Que eu fale”, “Se eu falasse” e “Quando eu
falar”. Esse “macete” é perfeitamente cabível por um simples motivo: os verbos conjugados
no subjuntivo são sempre utilizados em orações subordinadas (precedidas por conjunção).
Assim, não faz sentido dizer apenas “Que eu fale!”, preciso de uma oração principal, na
forma “Ele precisa que eu fale!”. Você pode utilizar esse artifício; cuidado, porém, que a
conjunção não faz parte da conjugação, ok?
2) IMPORTANTE: Analise bem as conjugações no presente do subjuntivo. A vogal
temática permanecerá imutável em todas as pessoas! Por isso, é incorreto dizer “Que
nós partemos” (correto: “Que nós partamos”). Não esqueça isso!
3) O presente do subjuntivo servirá de base para o imperativo. Primeiramente, repare as
suas semelhanças e diferenças a partir do quadro abaixo do imperativo:
MODO: IMPERATIVO PRESENTE
AFIRMATIVO NEGATIVO
1ª CONJUGAÇÃO (Falar)
EU - -
TU Fala Não Fales
ELE Fale Não Fale
NÓS Falemos Não Falemos
VÓS Falai Não Faleis
ELES Falem Não Falem
2ª CONJUGAÇÃO (Varrer)
EU - -
TU Varre Não Varras
ELE Varra Não Varra
NÓS Varramos Não Varramos
VÓS Varrei Não Varrais
ELES Varram Não Varram
3ª CONJUGAÇÃO (Partir)
EU - -
TU Parte Não Partas
ELE Parta Não Parta
NÓS Partamos Não Partamos
VÓS Parti Não Partais
ELES Partam Não Partam
Agora, observações importantes sobre o modo imperativo:
1) Já foi dito que o imperativo advém do presente do subjuntivo, certo? Repare que as
únicas conjugações no imperativo que não são equivalentes ao subjuntivo são as da
segunda pessoa (singular e plural) no afirmativo – a forma negativa é completamente
idêntica ao presente do subjuntivo. “E de onde vêm os verbos do imperativo em segunda
pessoa?” Caro candidato, estas formas decorrem do presente do indicativo, com a
supressão do “s”. Assim, o presente do indicativo é “Tu partes”, logo o imperativo será
“Parte tu!”.
2) A grande confusão que as bancas tentam fazer é entre a utilização da segunda pessoa do
singular e da terceira pessoa do singular, relacionada ao pronome de tratamento “você”.
Vejamos abaixo:
Assinale a opção correta:
a) Parta logo! O ônibus não vai te esperar.
b) Parte logo! O ônibus não vai te esperar.
Lembra-se do capítulo de pronomes? A pessoa gramatical que utilizarmos em um
discurso deverá ser mantida enquanto ele durar. Logo, não podemos “misturar” o
pronome “tu” e o “você” em uma mesma frase. “E como eu vou saber qual utilizar,
professora?” Simples! A própria questão irá te mostrar – ou através da conjugação de
outro verbo na frase, ou através da utilização de pronomes oblíquos. Voltando à “questão”
acima, qual o termo da oração que está especificando a pessoa a ser utilizada? Sim! O
pronome oblíquo “te”, que se refere à segunda pessoa (tu). Portanto, iremos conjugar o
verbo no imperativo na segunda pessoa: I. Pego o presente do indicativo (“Tu partes”); II.
Tiro o “s” (“Parte”) e pronto. Encontramos o gabarito: letra “b”.
3) Em último lugar, uma dica prática para facilitar sua vida neste tipo de questão (confusões
entre “tu” e “você”): Repare que as terminações dessas duas pessoas no imperativo são
sempre “a” ou “e” (parta, parte, varra, varre, fala, fale). Quando você encontrar uma das
formas (o “você” é mais fácil, pois vem direto do presente do subjuntivo), a outra será
encontrará automaticamente trocando-se a vogal por “a” ou por “e”.
Assim, pense rápido! Imperativo em segunda pessoa do singular do verbo “comer”: em
vez de eu percorrer todo o caminho para achar o solicitado, já penso na terceira pessoa do
presente do indicativo (“Que ele pense”); assim, tenho “pense você” e “pensa tu”. Fácil, não?
FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS
Além dos três modos verbais estudados (indicativo, subjuntivo e imperativo), o verbo
pode se apresentar em sua forma nominal. Chama-se forma nominal, pois ela não expressa
nem o tempo nem o modo verbal, que deverão ser analisadas dentro da oração (através de
outro verbo).
São três as formas nominais dos verbos: infinitivo, gerúndio e particípio.
Analisaremos cada uma delas abaixo:
 INFINITIVO: Indica a própria ação verbal, é o verbo como se encontra no dicionário.
Caracteriza-se pelas terminações “ar”, “er” e “ir”. Utilizando-se um verbo na forma infinitiva
na oração, estaremos o aproximando do valor de um substantivo: “Cantar faz bem à alma”,
“cantar” é um verbo no infinitivo.
 GERÚNDIO: O gerúndio, no geral, apresenta uma ação em curso, caracterizada pelas
desinências “ando”, “endo” e “indo”. Exemplo: “Estamos comendo”.
 PARTICÍPIO: Indica, em regra, uma ação acabada ou uma característica no contexto.
Caracteriza-se pelas terminações “ado”, “edo” e “ido”. É utilizado sempre para a construção
da voz passiva. Exemplo: “Fui enganada!”.
Existem verbos de particípio irregular. Nestes, não é possível a construção do
particípio com a terminação usual (“ido”). Serão apresentados no quadro esquematizado
abaixo – os derivados destes verbos também apresentam apenas a forma irregular:
Dizer – Dito Pôr – Posto
Escrever – Escrito (nunca “escrevido”) Abrir – Aberto (nunca “abrido”)
Fazer – Feito (nunca “fazido”) Cobrir – Coberto (nunca “cobrido”)
Ver - Visto Vir - Vindo
VERBOS PRONOMINAIS
Existem verbos que apenas se conjugam acompanhados de um pronome
oblíquo. Por exemplo, em “Eu me arrependi”, o verbo arrepender necessariamente deverá
ser acompanhado de pronome oblíquo – não existe a forma “Eu arrependi” ou “Eu arrependi
alguém”.
A esse pronome oblíquo dá-se o nome de partícula integrante do verbo e sempre se
referirá ao sujeito. Exemplo: O rapaz queixou-se de dor.
VOZES VERBAIS
Observação: Se o estudo das vozes verbais ficar difícil, estude primeiramente o capítulo da
Sintaxe de Oração.
Este é um dos itens mais cobrados em concursos públicos. Portanto, vamos estuda-lo
de forma que não restem dúvidas. Primeiramente, você precisa ter em mente que existem
dois tipos de verbos quanto à atitude: verbos de ação e verbos neutros. Os verbos de
ação têm um significado por si só, ou seja, expressam uma ação ou uma atitude. Por
exemplo, em “Carlos correu o percurso inteiro”, o verbo “correr” indica uma ação praticada
pelo sujeito. Quanto aos verbos de ação, o seu sujeito pode ser agente, paciente ou
agente e paciente ao mesmo tempo. Assim, em “João ama Maria”, o verbo “amar” é de
ação e o sujeito “João” é agente (ele pratica a ação); já em “João é amado por Maria”, temos
uma locução verbal (“é amado”) de ação e, agora, o sujeito “João” é paciente (ele sofre a
ação); Por último, em “João se ama”, o sujeito (“João”) pratica e sofre a ação, logo é um
sujeito agente e paciente ao mesmo tempo.
Os verbos neutros não denotam uma ação propriamente dita, mas indicam
apenas um estado do sujeito. Por exemplo, em “O rapaz estava alegre”, o verbo “estar”
não indica uma ação do sujeito, portanto, é considerado um verbo neutro.
Se você entendeu essas diferenças, ficará fácil o estudo das vozes verbais. A atitude
do sujeito (agente, paciente ou agente e paciente) determinará a voz verbal: se voz
ativa, voz passiva ou voz reflexiva. Assim, voz verbal é a relação que o verbo tem com
o sujeito da oração, se agente, paciente ou ambos.
Primeira conclusão que podemos tirar é a seguinte:
 VOZ ATIVA: Quando o sujeito de uma oração é o agente – ou seja, ele apenas pratica
a ação-, diz-se que o verbo está na voz ativa. Exemplo: Os pesquisadores descobriram a
cura do câncer.
 VOZ PASSIVA: Quando o sujeito de uma oração é o paciente – ou seja, ele está
apenas sofrendo a ação, diz-se que o verbo está na voz passiva. Exemplo: A cura do
câncer foi descoberta pelos pesquisadores.
 VOZ REFLEXIVA: Quando o sujeito é, ao mesmo tempo, paciente e agente – ou
seja, ele pratica e sofre a ação por ele executada-, diz-se que o verbo está na voz
reflexiva. Exemplo: João se ama.
TRANSFORMAÇÃO DA VOZ VERBAL
É possível que qualquer oração que esteja na voz ativa seja transformada para a
voz passiva, e vice-versa. As orações na voz reflexiva não podem ser transformadas.
CUIDADO: O estudo das vozes verbais se restringe aos
verbos de ação, uma vez que com os verbos de estado não é
possível definir a atitude do sujeito, já que estes são neutros.
Assim, falar que “Os pesquisadores descobriram a cura do câncer” ou que “A cura do câncer
foi descoberta pelos pesquisadores” significa a mesma coisa, concorda? Estou apenas
alterando a voz verbal e as relações sintáticas dentro da oração – mas a ideia se
mantém.
Resumindo então, conforme já estudamos: 1) Voz reflexiva, que é composta por verbo
de ação, não possui transformação equivalente; 2) Os verbos de estado (neutros) não
possuem voz verbal, portanto, também não é possível a transformação aqui;
Agora, grave isto: a transformação da voz ativa para a voz passiva só será
possível se existir um objeto direto na oração em voz ativa. Invertendo o raciocínio, de
uma oração com um verbo na voz passiva existirá uma expressão que exercerá a função de
objeto direto na voz ativa – se não existisse, a voz passiva nem seria possível.
Assim, completando nosso resumo das possibilidades de transformação de voz
verbal de ativa para passiva, temos: 1) Voz reflexiva, que é composta por verbo de ação,
não possui transformação equivalente; 2) Os verbos de estado (neutros) não possuem voz
verbal, portanto, também não é possível a transformação aqui; 3) Para verbos de ação
intransitivos ou transitivos indiretos, não é possível a transformação para a voz
passiva.
A transformação é uma só. Mas vamos dividir em “casos” abaixo para facilitar a
compreensão:
1º CASO: Oração com estrutura completa (sujeito + verbo + objeto direto)
Quando há em uma oração um verbo na voz ativa que possui um objeto direto, ela
pode ser transformada para a voz passiva, através dos seguintes passos (acompanhe com o
exemplo logo abaixo):
1) O objeto direto da voz ativa se tornará o sujeito da voz passiva;
2) O verbo da voz ativa será transformado em uma locução verbal (composta pelo verbo
“ser”/”estar” mais o verbo da ativa), conjugando a locução EXATAMENTE no mesmo tempo
e modo do verbo da voz ativa;
3) O sujeito da voz ativa se tornará o agente da passiva na voz passiva.
VOZ ATIVA
Joaquim prestou o concurso.
Sujeito Verbo de ação ativa Objeto Direto
VOZ PASSIVA
O concurso foi prestado por Joaquim.
Sujeito Locução verbal ação
passiva
Agente da passiva
No exemplo acima, na voz ativa existe um objeto direto (“o concurso”) que se tornou o
sujeito da voz passiva (“O concurso”); existe um verbo de ação (“prestou”) no pretérito
perfeito do indicativo, ao qual foi acrescido o verbo “ser”, no mesmo tempo e modo,
formando uma locução verbal (“foi prestado”); e existe o sujeito da voz ativa (“Joaquim”), que
se tornou o agente da passiva na voz passiva (“por Joaquim”).
2º CASO: Oração com sujeito indeterminado (Verbo + objeto direto)
A lógica da transformação é a mesma da exposta acima. Então, responda: O que
ocorre com a voz passiva quando a voz ativa não possui sujeito (sujeito é indeterminado)?
Não existirá o agente da passiva na voz passiva! Analise o exemplo abaixo:
VOZ ATIVA
- Prestaram o concurso.
- Verbo de ação ativa Objeto Direto
VOZ PASSIVA
O concurso foi prestado. -
Sujeito Locução verbal ação
passiva
-
3º CASO: Oração “super” completa (Sujeito + verbo + objeto direto + objeto indireto)
É requisito para que seja possível a transformação da voz verbal que exista um objeto
direto, certo? Mas não impede que, juntamente com este, haja um objeto indireto na oração.
A lógica, ainda, permanecerá a mesma, como segue abaixo:
VOZ ATIVA
Joaquim entregou o presente ao seu filho.
Sujeito Verbo de ação ativa Objeto Direto Objeto Indireto
VOZ PASSIVA
O presente foi entregue por Joaquim ao seu filho.
Sujeito Locução verbal ação
passiva
Agente da passiva Objeto Indireto
Aqui é importante sabermos que o objeto indireto permanecerá como objeto indireto; os
demais termos sofrem a transformação normalmente.
Importante destacar que a transformação da voz ativa para a voz passiva (e vice-
versa) não altera a atitude do sujeito. Assim, no exemplo acima, “Joaquim”, sujeito na voz
ativa, pratica a ação – é um sujeito agente; repare que na voz passiva, “Joaquim” ainda
pratica a ação. Da mesma forma “O presente” sofre a ação (paciente) tanto na voz ativa,
como na voz passiva.
4º CASO: Oração com locução verbal (Sujeito + locução verbal + objeto direto)
Ainda permanecerá a lógica: à locução verbal ativa será acrescentado o verbo auxiliar
“ser”/”estar”, mantendo-se o tempo e o modo verbal. Analise:
VOZ ATIVA
Joaquim estava prestando o concurso.
Sujeito Locução verbal de ação
ativa
Objeto Direto
VOZ PASSIVA
O concurso estava sendo prestado por Joaquim.
Sujeito Locução verbal ação
passiva
Agente da passiva
Chamaremos o verbo “estava” de verbo auxiliar 01, o verbo “prestado” de verbo
principal e o verbo “sendo” de verbo auxiliar 02. Quando a oração ativa possuir locução
verbal, a transformação verbal dar-se-á da seguinte forma: a) O verbo auxiliar 01 da voz
passiva irá ser conjugado no mesmo tempo e modo verbal da voz ativa (concordando com o
novo sujeito); b) O verbo auxiliar 02 irá adquirir a forma nominal do verbo principal da voz
ativa (no caso em exemplo, gerúndio); e c) o verbo principal irá para o particípio.
Destacaremos algumas conclusões importantes: 1) A locução verbal da voz passiva
sempre será formada por um verbo a mais (verbo auxiliar “ser” e “estar” que o verbo da voz
ativa. 2) O verbo principal da voz ativa sempre irá para o particípio na voz passiva. 3) O
objeto direto da voz ativa sempre será o sujeito da voz passiva. 4) Nem sempre existirá
agente da passiva.
VOZ PASSIVA SINTÉTICA
A forma passiva que estudamos até agora chama-se voz passiva analítica. Existe,
porém, a voz passiva sintética. A principal diferença entre elas é estar explícito o verbo
“ser” na oração (passiva analítica) ou não (passiva sintética).
Ambas as formas terão o sujeito paciente, porém, na passiva sintética, o verbo auxiliar
“ser”/”estar” estará subentendido através da utilização da partícula apassivadora “se”.
Observe o exemplo abaixo:
VOZ PASSIVA
O concurso foi prestado. -
Sujeito Locução verbal ação passiva -
VOZ PASSIVA
Prestou- se o concurso. -
Verbo de ação passiva Sujeito -
Repare que: “o concurso” exerce a função sintática de sujeito em ambas as formas
passivas; o verbo perdeu o auxiliar “ser”, mantendo-se no mesmo tempo e modo verbal,
concordando ainda com o sujeito “o concurso”; Acrescentou-se a partícula apassivadora
“se”.
Então, agora temos três orações equivalentes em sentido: “Prestaram o
concurso” (voz ativa), “O concurso foi prestado.” (Voz passiva analítica) e “Prestou-se
o concurso” (voz passiva sintética).
CUIDADO: O verbo na voz passiva sintética deverá
concordar com o sujeito! Assim, é correto dizer: “Prestaram-se
os concursos” e não “prestou-se os concursos”.
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta o emprego correto do pronome, de acordo com a
norma culta:
a) O diretor mandou eu entrar na sala.
b) Preciso falar consigo o mais rápido possível.
c) Cumprimentei-lhe assim que cheguei.
d) Ele só sabe elogiar a si mesmo.
e) Após a prova, os candidatos conversaram entre eles.
2. (IBGE) Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal em relação
ao uso culto da língua:
a) Ele entregou um texto para mim corrigir.
b) Para mim, a leitura está fácil.
c) Isto é para eu fazer agora.
d) Não saia sem mim.
e) Entre mim e ele há uma grande diferença.
3. (TRE-MG) Assinale a opção em que a colocação do pronome oblíquo está incorreta
quanto à norma culta da língua:
a) Não pude dar-lhe os cumprimentos, por estar fora da cidade.
b) Agora tem-se dado muito apoio técnico ao pequeno empresário.
c) Ter-lhe-íamos pedido ajuda, se o víssemos antes do resultado.
d) Como me propiciou momentos agradáveis, fui bastante paciente.
e) Quem o levará a tomar decisões tão importantes para o País?
4. (BB) Colocação incorreta:
a) Preciso que venhas ver-me.
b) Procure não desapontá-lo.
c) O certo é fazê-los sair.
d) Sempre negaram-me tudo.
e) As espécies se atraem.
5. (EPCAR) Imagine o pronome entre parênteses no lugar devido e aponte onde não deve
haver próclise:
a) Não entristeças. (te)
b) Deus favoreça. (o)
c) Espero que faças justiça. (se)
d) Meus amigos, apresentem em posição de sentido. (se)
e) Ninguém faça de rogado. (se)
6. (TTN) Assinale a frase em que a colocação do pronome pessoal oblíquo não obedece às
normas do português padrão:
a) Essas vitórias pouco importam; alcançaram-nas os que tinham mais dinheiro.
b) Entregaram-me a encomenda ontem, resta agora a vocês oferecerem-na ao chefe.
c) Ele me evitava constantemente!... Ter-lhe-iam falado a meu respeito?
d) Estamos nos sentido desolados: temos prevenido-o várias vezes e ele não nos escuta.
e) O Presidente cumprimentou o Vice dizendo: - Fostes incumbido de difícil missão, mas
cumpriste-la com denodo e eficiência.
7. (FTU) A frase em que a colocação do pronome átono está em desacordo com as normas
vigentes no português padrão do Brasil é:
a) A ferrovia integrar-se-á nos demais sistemas viários.
b) A ferrovia deveria-se integrar nos demais sistemas viários.
c) A ferrovia não tem se integrado nos demais sistemas viários.
d) A ferrovia estaria integrando-se nos demais sistemas viários.
e) A ferrovia não consegue integrar-se nos demais sistemas viários.
8. (FFCL-SANTO ANDRÉ) Assinale a alternativa correta:
a) A solução agradou-lhe.
b) Eles diriam-se injuriados.
c) Ninguém conhece-me bem.
d) Darei-te o que quiseres.
e) Quem contou-te isso?
9. (CESGRANRIO) Indique a estrutura verbal que contraria a norma culta:
a) Ter-me-ão elogiado.
b) Tinha-se lembrado.
c) Teria-me lembrado.
d) Temo-nos esquecido.
e) Tenho-me alegrado.
10. (MACK) A colocação do pronome oblíquo está incorreta em:
a) Para não aborrecê-lo, tive de sair.
b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda.
c) Não me submeterei aos seus caprichos.
d) Ele me olhou algum tempo comovido.
e) Não a vi quando entrou.
11. (MACK) Assinale a alternativa que apresenta erro de colocação pronominal:
a) Você não devia calar-se.
b) Não lhe darei qualquer informação.
c) O filho não o atendeu.
d) Se apresentar-lhe os pêsames, faço-o discretamente.
e) Ninguém quer aconselhá-lo.
12. (EPCAR) O que é pronome interrogativo na frase:
a) Os que chegaram atrasados farão a prova.
b) Se não precisas de nós, que vieste fazer aqui?
c) Quem pode afiançar que seja ele o criminoso?
d) Teria sido o livro que me prometeste?
e) Conseguirias tudo que desejas?
13. (TFT-MA) "O individualismo não a alcança." A colocação do pronome átono está em
desacordo com a norma culta da língua, na seguinte alteração da passagem acima:
a) O individualismo não a consegue alcançar.
b) O individualismo não está alcançando-a.
c) O individualismo não a teria alcançado.
d) O individualismo não tem alcançado-a.
e) O individualismo não pode alcançá-la.
14. (SANTA CASA) Há um erro de colocação pronominal em:
a) "Sempre a quis como namorada."
b) "Os soldados não lhe obedeceram as ordens."
c) "Todos me disseram o mesmo."
d) "Recusei a idéia que apresentaram-me."
e) "Quando a cumprimentaram, ela desmaiou."
15. (BB) Pronome empregado incorretamente:
a) Nada existe entre eu e você.
b) Deixaram-me fazer o serviço.
c) Fez tudo para eu viajar.
d) Hoje, Maria irá sem mim.
e) Meus conselhos fizeram-no refletir.
16. (UC-MG) Encontramos pronome indefinido em:
a) "Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperando o resultado."
b) "Foram amargos aqueles minutos, desde que resolveu abandoná-las."
c) "A nós, provavelmente, enganariam, pois nossa participação foi ativa."
d) "Havia necessidade de que tais idéias ficassem sepultadas."
e) "Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar da festa."
17. (SANTA CASA) Complete as lacunas: Do lugar onde ......., ....... um belo panorama, em
que o céu ...... com a terra.
a) se encontravam - divisava-se - se ligava
b) se encontravam - divisava-se - ligava-se
c) se encontravam - se divisava - ligava-se
d) encontravam-se - divisava-se - se ligava
e) encontravam-se - se divisava - se ligava
18. (UF-RJ) Numa das frases, está usado indevidamente um pronome de tratamento.
Assinale-a:
a) Os Reitores das Universidades recebem o título de Vossa Magnificência.
b) Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu à reunião.
c) Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração.
d) Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade.
e) Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir as minhas
explicações.
19. (UF-MA) Identifique a oração em que a palavra certo é pronome indefinido:
a) Certo perdeste o juízo.
b) Certo rapaz te procurou.
c) Escolheste o rapaz certo.
d) Marque o conceito certo.
e) Não deixe o certo pelo errado.
20. (CARLOS CHAGAS) "Se é para ....... dizer o que penso, creio que a escolha se dará
entre ....... ."
a) mim, eu e tu
b) mim, mim e ti
c) eu, mim e ti
d) eu, mim e tu
e) eu, eu e ti
21. (IBGE) Todos se .......... à espera dos resultados que .......... em breve. Preenche
corretamente as lacunas da frase acima a opção:
a) detêem – viriam
d) detiveram - vêem
b) detêm – virão
e) deteram - vêm
c) detém – vêem
22. (IBGE) Preencha as lacunas com as formas adequadas dos verbos entre parênteses e
assinale a sequência correta:
Quando eles ....I.... (refazer) o relatório, ....II.... (receber) a primeira parcela do pagamento.
Se você ....III.... (poder) cumprir os prazos, ....IV.... (ficar) liberado mais cedo.
a) refazerem receberiam puder ficara
b) refazerem receberão pode ficou
c) refizerem receberão pudesse ficaria
d) refizerem receberiam pôde ficava
e) refizessem receberão podia ficará
23. (FTU) "Pensemos no avião, pensemos no caminhão, pensemos no navio, mas não
esqueçamos o trem." Das alterações feitas no final da frase acima, a inaceitável, por
apresentar a forma verbal em modo ou tempo diferente do da forma em negrito, é:
a) mas não receemos o trem
b) mas não nos riamos do trem
c) mas não renunciemos ao trem
d) mas não descreiamos do trem
e) mas não nos olvidamos do trem
24. (MACK) A forma verbal correta é:
a) interviu
d) entretesse
b) reavenha
e) manteram
c) precavesse
25. (TFT-MA) "se a queremos legítima." Das alterações feitas na passagem ao lado, a que
tem erro de flexão verbal é:
a) se virmos sua legitimidade
b) se propormos sua legitimidade
c) se reouvermos sua legitimidade
d) se mantivermos sua legitimidade
e) se requerermos sua legitimidade
26. (EPCAR) Há uma forma verbal errada na alternativa:
a) queixai-vos
b) queixamos-nos
c) queixávamo-nos
d) queixáveis-vos
e) queixásseis-vos
27. (CESESP-PE) Assinale a alternativa que estiver incorreta quanto à flexão dos verbos:
a) Ele teria pena de mim se aqui viesse e visse o meu estado.
b) Paulo não intervém em casos que requeiram profunda atenção.
c) O que nós propomos a ti, sinceramente, convém-te.
d) Se eles reouverem suas forças, obterão boas vitórias.
e) Não se premiam os fracos que só obteram derrotas.
28. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a frase: "Haveriam de comprar,
ainda, um trator maior", obtém-se a forma verbal:
a) comprariam
b) comprar-se-ia
c) teria sido comprado
d) ter-se-ia comprado
e) haveria de ser comprado
29. (CESGRANRIO) Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente
empregada em relação à norma culta da língua:
a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria exultante.
b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que usava.
c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte.
d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos.
e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho do filho.
30. (CESGRANRIO) Assinale a opção que não completa corretamente as lacunas da frase
abaixo:
Quando os convidados da comadre ....... Leonardo ....... para dançar o minuete da corte.
a) chegarem - teve de chamá-los
b) tivessem chegado - teve de chamá-los
c) chegaram - foi chamá-los
d) chegassem - haveria de chamá-los
e) tiverem chegado - deverá chamá-los
GABARITO
1 D
2 A
3 B
4 D
5 D
6 D
7 B
8 A
9 C
10 B
11 D
12 B
13 D
14 D
15 A
16 A
17 A
18 D
19 B
20 C
21 B
22 C
23 E
24 C
25 B
26 B
27 E
28 E
29 B
30 A
4. SINTAXE DE REGÊNCIA
Aqui, não existe uma fórmula mágica de estudo: precisa ler, praticar e persistir. A
regência advém da interdependência entre as palavras para formar um significado. Por
exemplo, em “anexo o documento” e “anexo ao documento”, há sentidos completamente
diferentes: no primeiro, o próprio documento é anexado; no segundo, algo é anexado ao
documento. Essa variação de sentido ocorreu devido às diferentes relações entre as
palavras – uma com o uso de preposição, outra não.
Na língua existem palavras que se relacionam e, dependendo do valor semântico
desejado, o uso de preposição pode ser obrigatório. “E como saberei se devo usar a
preposição?” Bom, aí precisamos analisar o termo regente (a primeira palavra cujo
sentido será complementado pela segunda). Caso o termo regência exigir, devido à
norma culta da Língua Portuguesa, o termo regido (segunda palavra que completa o
sentido da primeira) será precedido por preposição.
Portanto, não há regras prontas. Devemos analisar palavra por palavra. Óbvio que
você não deve decorar a regência de todas as palavras da língua portuguesa: a maioria
delas é óbvia; algumas mais difíceis e que mais caem em concursos serão a seguir
discriminadas.
A regência se divide em dois: regência verbal e regência nominal.
4.1. REGÊNCIA NOMINAL
Apesar de não ser exigido em seu concurso as classes gramaticais, você precisa
saber diferenciar o verbo das demais. Quando o termo regente for um verbo, tem-se a
regência verbal. Quando o termo regente não for um verbo, tem-se a regência nominal
– que geralmente se dá com um termo regente substantivo.
Importante destacar que há palavras que admitem mais de uma regência (por
exemplo, “anexo” do exemplo acima), podendo essa troca de preposição alterar ou não o
significado da expressão.
Colocar-se-á um quadro com as principais regenciais nominais. Grife aquelas que
parecem estranhas a seus olhos e as leia insistentemente. Dê prioridade às regenciais nas
quais existe uma única preposição possível de ser utilizada:
REGÊNCIA NOMINAL
REGENTE
PREPOSIÇÃ
O
REGENTE
PREPOSIÇÃ
O
REGENTE PREPOSIÇÃO
Abrigado
A, com, de,
em, sob
Fértil De, em Proveitoso A, para
Acessível A,, para, por Firme Em Próximo A, de
Acostumado A, com Forte De, em, para Querido A, de, em, por
Adequado A, com, para Franco
A, com, e,
sobre
Referente A
Adepto A Furioso
Com, contra,
por
Relacionado Com
Admiração A, por Generoso Com Relativo A
Afável
A, com, para
com
Grato A, por Rente A, com, de, por
Agradável A, de, para Hábil Em, para Residente Em
Alheio A, de Habituado A, com, sobre Respeito
A, com, de, em,
entre, para, com,
por
Amante De Furioso
Com, contra,
por
Satisfeito
Com, de, em,
por
Amoroso
Com, para,
para com
Horror
A, de, diante
de, por
Sensível A
Análogo A Hostil
A, contra, para
com
Simpatia A, por
Ansioso De, para, por Ida A, para Sito Em, entre
Anterior A Idêntico A, em Situado A, em, entre
Aparentado A, com Imediato A Solicito
Com, de, para,
para com, por
Apto A, para Impaciente Com, de, por Suspeito A, de
Atento A, em, para Impotente
A, ante,
contra, diante
de, em, para
Temeroso A, de, em
Atentado A, contra Impróprio A, de, para Temível A, para
Avaro A, de Imune A, de Tendência - A, para
Avesso A, de em Inábil Em, para Triste
Com, de, em,
por
Ávido De, por Inacessível A União A, com, de, entre
Bacharel Em, por Incapaz De, em, para Único
A, em, entre,
sobre
Banhado De, em, por Incompatível Com Usual Entre
Benéfico A
Incompreensíve
l
A, para Útil A, em, para
Capacidade - De, para Inconstante Em Utilidade A, em, para
Capaz De, para Incrível A, para Utilizado Em
Caritativo
Com, para
com
Indeciso
Em, entre,
quanto a.
Sobre
Vacilante Em
Caro A, de Indiferente A Vagaroso Em
Certo
Com, de, em,
para
Indigno De Vaidade De
Cheio Com, de Indulgente
Com, para,
para com
Vaidoso De, em
Cheiro A, de Inerente A, em Vário De
Cobiçoso De Inofensivo A, para Vazio De
Compatível Com Insensível A Vedado A, por
Comum
A. Com. De,
em, entre,
para
Intolerante
A, com, em,
para
Velado A, de, por
Conforme
A, com. Em,
para
Junto A, de, com Vencido De, em, por
Convivente Com, em Leal
Com, em, para
com
Vendido A, por
Constante De, em Lento De, em Veneração
A, de, para, com,
por
Contemporâne
o
A, de Liberal
Com, de, em,
para
Venerado Por
Contente - Com, por, de Longe De Venerável A, por
Contíguo A, com Maior De Venturoso Com, por
Contrário A, de, em, por Mau
Com, para,
para com
Verdade De, em, sobre
Cruel A, com, em, Medo A, de Vergonha De, para
para, para
com
Cuidadoso Com, de, em Menor De Versado Em
Cúmplice De, em, para Morador De, em Vestido
A, com, de, para,
por
Curioso A, de Natural A, de, em Veto A, contra
Desagradável A, de, para Necessário A, em, para Viagem
A, através, de,
em, por
Desatento A Negligente Em Vinculado A, com, por
Descontente Com, de Nocivo A Visível A
Desejoso De Obediente A Vizinho A, com, de
Desfavorável A, para Odioso A, para, por Vulgar A, em, entre
Desleal
A, com, para
com
Oneroso A, para Vulgarizado Em, por
Devoto A, de Orgulhoso
Com, de, em,
por
Vazio De
Devoção
A, para, com,
por
Paralelo - A Favorável A
Diferente
Com, de, em,
entre, por
Parco Com, de, em Feliz
Com, de, em,
por
Digno De Parecido A, com, em Fácil A, de, em, para
Diverso De, em Passível De Falho De, em
Dócil A, para Peculiar A, de Falto De
Doutor De, em Perito Em Fanático Por
Equivalente A Pernicioso A
Proeminênci
a
Sobre
Empenho De, em, por Pertinaz Em Pronto A, em, para
Emulo De, em Perto De Propicio A, para
Entendido Em, por Piedade
Com, de, para,
para com, por
Próprio A, de, para
Erudito Em Posterior A Exalo Em
Escasso De Preferível A Estranho A, de
Essencial
A, de, em,
para
Prejudicial A Prestes A, em, para
Vamos ver como este assunto é cobrado em provas de concurso público:
(CESGRANRIO/2014) No par de frases abaixo, os usos das preposições nas expressões destacadas estão de
acordo com a norma-padrão em:
a) O fumo é nocivo à saúde – O fumo é danoso com a saúde.
b) Apaguei todas as lembranças do passado – Apaguei todas as memórias do passado.
c) Ela é hábil para trabalhos manuais – Ela tem habilidade com trabalhos manuais.
d) Suas ideias não estão compatíveis com os meus interesses – Suas ideias são incompatíveis aos meus
interesses.
e) Tenho loucura por conhecer a Europa – Sou louco a conhecer a Europa.
Resolução: Vamos analisar as regências nominais corretas dos nomes em destaque: a) nocivo – a; danoso –
a; b) lembrança – de; memórias – de; c) hábil – em, para; habilidade – de, para; d) compatíveis – com;
incompatíveis – com; e) loucura – em; louco – para. Portanto, gabarito: letra B.
4.2. REGÊNCIA VERBAL
O foco de seu estudo em relação à regência deve estar aqui. A regência verbal é sem
dúvida mais exigida em provas de concursos públicos. E por quê? Pois a regência verbal é
menos flexível que a regência nominal. Ou seja, as preposições são mais bem definidas e
praticamente únicas para cada verbo existente na língua.
A regência do verbo está diretamente ligada à sua transitividade. A transitividade de
um verbo caracteriza a forma como ele se relaciona com seu complemento. Os verbos
podem ser intransitivos, transitivos diretos, transitivos indiretos ou transitivos diretos e
indiretos.
Os verbos intransitivos possuem significado por si só; ou seja, dispensam o uso de
qualquer complemento (“ele dormiu”). Os verbos transitivos exigem complemento, com os
quais podem se relacionar diretamente – sem o uso de preposição (“Eu comi uma maçã”) -
o indiretamente – com o uso de preposição entre o verbo e o complemento (“Iremos ao
show”).
O foco de nosso estudo aqui serão os verbos transitivos indiretos. Qual a
preposição exigida por cada um deles? Exatamente isso que devemos saber; assim como
quando não se utilizar preposição. O estudo da regência verbal é fundamental para o
próximo capítulo de crase. Portanto, preste atenção nos verbos que exigem a preposição
“a”.
Abdicar - Abdicar algo ou de algo.
Exemplo: O presidente abdicou o cargo. O
presidente abdicou do cargo.
Acarretar –Acarretar algo a alguém.
Exemplo: A crise acarretou fome à população.
CUIDADO: Acarretar em algo não existe
Agradecer – Agradecer algo a alguém.
Exemplo: Agradeci o favor ao homem.
Aspirar (almejar) –Aspirar a algo.
Exemplo: Ele aspira ao concurso.
Aspirar (cheirar) –Aspirar algo.
Exemplo: Ela aspirou o perfume.
Assistir (ver) –Assistir a algo.
Exemplo: Ele assistiu ao jogo.
Assistir (ajudar) – Assistir alguém.
Exemplos: O médico assistiu o paciente.
Avisar – Avisar algo a alguém.
Exemplo: Avisei o ocorrido à polícia.
Avisar –Avisar alguém de algo.
Exemplo: Avisei a polícia do ocorrido.
CUIDADO: Seguem a mesma Regência de
avisar os seguintes verbos: aconselhar, certificar,
Ir –Ir a algum lugar.
Exemplo: Ele foi ao parque.
CUIDADO: Na norma culta não se usa “ir em
algum lugar”.
Lembrar –Lembrar algo.
Exemplo: Ele lembrou a reunião.
Lembrar-se –Lembrar-se de algo.
Exemplo: Ele se lembrou da reunião.
CUIDADO: Não se usa “lembrei do rapaz”; o
correto é “lembrei o rapaz” ou “lembrei-me do
rapaz.”
Morar –Morar em algum lugar.
Exemplo: Eu moro em Recife.
Namorar –Namorar alguém.
Exemplo: Eu namoro ele.
CUIDADO: Na norma culta não se usa “namorar
com alguém”.
Obedecer –Obedecer a algo.
Exemplo: Obedeci às ordens.
Pagar –Pagar algo a alguém.
Exemplo: Paguei o aluguel ao dono.
CUIDADO: Na norma culta não se usa “pagamos
cientificar, encarregar, impedir, incumbir,
informar, notificar, prevenir, proibir.
Chamar (apelidar) –Chamar alguém ou a
alguém.
Exemplo: Chamou o rapaz.
Chegar – Chegar a algum lugar.
Exemplo: Chegamos ao parque.
CUIDADO: Na norma culta não se usa “chegar
em algum lugar”.
Constar –Constar de algo ou em algo.
Exemplo: Seu nome consta do registro.
Custar (ser difícil) – Custar a alguém.
Exemplo: A aprovação custou ao garoto.
Dar - Dar algo a alguém.
Exemplo: Dei o presente ao menino.
Dar (gerar, parir) – Dar alguém à luz.
Exemplo: A mãe deu o bebê à luz.
Entregar –Entregar algo em algum lugar ou
a alguém.
Exemplo: Ele entregou a encomenda em casa.
CUIDADO: Não se usa “entregar a algum lugar”.
Esquecer –Esquecer algo.
Exemplo: Ele esqueceu o casaco.
Esquecer-se – Esquecer-se de algo.
Exemplo: Ele se esqueceu do casaco.
CUIDADO: É incorreto “esqueci do encontro”; o
correto é “esqueci o encontro” ou “esqueci-me do
encontro”.
Implicar (acarretar) – Implicar algo.
Exemplo: A desordem implicou guerra.
CUIDADO: Não use “implicar em algo”.
Voltar –Voltar a algo.
Exemplo: Volte ao parque.
CUIDADO: Na norma culta não se usa „voltar em
algum lugar”.
o dono”. Usa-se “pagamos ao dono”.
Perdoar – Perdoar algo a alguém.
Exemplo: Eu perdoei o erro ao meu filho.
CUIDADO: Na norma culta não se usa “ele
perdoou o filho”. Usa-se “ele perdoou ao filho”.
Preferir – Preferir algo a outra coisa.
Exemplo: Ele prefere maçã à uva.
CUIDADO: Na norma culta não se usa “prefiro
mais algo do que outra coisa”.
Proceder (realizar) –Proceder a algo.
Exemplo: Ele procedeu ao exame.
Proceder (vir) – Proceder de algo.
Exemplo: Ele procede da Itália.
Proceder (ter cabimento) – Proceder.
Exemplo: O erro procede.
Querer (desejar) – Querer algo.
Exemplo: Quero chocolate.
Querer (amar) – Querer a alguém.
Exemplo: A esposa quer bem ao marido.
Ser – Ser.
Exemplo: Eles eram seis homens.
CUIDADO: Na norma culta não se usa “eles
eram em seis”.
Simpatizar – Simpatizar com algo.
Exemplo: Simpatizo com você.
Visar (mirar) –Visar algo.
Exemplo: Ele visou o pássaro.
Visar (assinar) –Visar algo.
Exemplo: Ele visou o cheque.
Visar (desejar, objetivar) – Visar a algo.
Exemplos: Ele visava ao concurso.
EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a
norma culta da língua:
a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável.
b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte de cana.
c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros.
d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade.
e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido.
2. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes relativos, regidos ou não de
preposição, que completam corretamente as frase abaixo:
Os navios negreiros, ....... donos eram traficantes, foram revistados. Ninguém conhecia o
traficante ....... o fazendeiro negociava.
a) nos quais / que
b) cujos / com quem
c) que / cujo
d) de cujos / com quem
e) cujos / de quem
3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se completam corretamente com o
pronome lhe:
a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia.
b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem.
c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei, João.
d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / Desejou-..... felicidades.
e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de tolo.
4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem ser seguidos pela mesma
preposição:
a) ávido / bom / inconseqüente
b) indigno / odioso / perito
c) leal / limpo / oneroso
d) orgulhoso / rico / sedento
e) oposto / pálido / sábio
5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes
seguintes: o, lhe.
a) Não lhe agrada semelhante providência?
b) A resposta do professor não o satisfez.
c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas.
d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema dedicação.
e) Vou visitar-lhe na próxima semana.
6. (BB) Regência imprópria:
a) Não o via desde o ano passado.
b) Fomos à cidade pela manhã.
c) Informou ao cliente que o aviso chegara.
d) Respondeu à carta no mesmo dia.
e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago.
7. (BB) Alternativa correta:
a) Precisei de que fosses comigo.
b) Avisei-lhe da mudança de horário.
c) Imcumbiu-me para realizar o negócio.
d) Recusei-me em fazer os exames.
e) Convenceu-se nos erros cometidos.
8. (EPCAR) O que devidamente empregado só não seria regido de preposição na opção:
a) O cargo ....... aspiro depende de concurso.
b) Eis a razão ....... não compareci.
c) Rui é o orador ....... mais admiro.
d) O jovem ....... te referiste foi reprovado.
e) Ali está o abrigo ....... necessitamos.
9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles ....... o diretor se referia.
a) de que - que
b) a cujos - cujos
c) por que – que
d) cujos - cujo
e) a que - a que
10. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju,
....... coração bate de noite, no silêncio.
A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é:
a) as quais / de cujo
b) a que / no qual
c) de que / o qual
d) às quais / cujo
e) que / em cujo
GABARITO
1 D
2 D
3 C
4 D
5 E
6 E
7 A
8 E
9 E
10 D
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Aprenda as principais regras de ortografia e acentuação para concursos públicos

  • 1. Apostila Concurso Câmara Municipal ASSISTENTE LEGISLATIVO Ensino Médio - 2016 É proibida a sua comercialização por terceiros e a sua reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, inclusive quanto às características gráficas e/ou editoriais. Todos os direitos desta Edição reservados à Associação Brasileira de Concursos Públicos, uma entidade sem fins lucrativos que busca a justa e ética realização de concursos no território nacional.
  • 3. 1. ORTOGRAFIA Apesar dos vários dialetos e das muitas gírias existentes na Língua Portuguesa, existe uma ortografia oficial e é fundamental que você a conheça para atingir a sonhada aprovação no concurso. Verdade é que o efetivo estudo da ortografia advém de muita leitura; ou seja, quanto mais você ler, mais habituado estará com a língua portuguesa. Assim, praticamente não há fórmulas prontas de estudo da ortografia da Língua Portuguesa. O que iremos fazer aqui é chamar sua atenção à grafia correta de determinadas palavras e expressões que são mais cobradas em concursos. Existem algumas regras úteis que também serão apresentadas: 1.1. REGRAS ÚTEIS Como dito anteriormente, a leitura é fundamental para que você fique por dentro da ortografia correta da língua portuguesa. Caso consiga, separe um tempo diário de leitura e anote as palavras que soarem estranhas aos olhos. Vá formando um banco de palavras difíceis e as releia diariamente. Vamos destacar aqui algumas palavras que confundem inclusive pessoas super habituadas com a língua, ok? X ou CH J ou G C/Ç ou S/SS EX ou ES Z ou S Enxaguar Cerejeira Prosseguir Expansão Pesquisa Exame Agitar Discurso Extensão Poetisa Enxada Gesto Expulsão Estanho Esperteza Recauchutar Tigela Impulso Estender Análise Enchente Jeito Pretensão Espectro Quis (querer) Encher Majestade Sucessão Espontâneo Maisena Enxaqueca Gorjeta Ascensão Extravasar Horrorosa Manchete Viagem Exceção Esdrúxulo Crise Sabemos que o tempo é escasso para se familiarizar com todas as palavras até a prova do concurso. Por isso, iremos destacar agora umas regras úteis de ortografia. O tempo é curto, portanto, prenda-se nas regras mais difíceis ou mais importantes: Primeiramente, destacamos algumas regras mais simples e por fim as mais difíceis:  Quando estamos diante de uma palavra derivada, tente encontrar a sua palavra de origem. Muitas vezes nesta (na palavra de origem), a grafia correta é mais facilmente encontrada. “Ortografia é a parte da gramática que trata da escrita correta das palavras.” (Leila Sarmento)
  • 4. Exemplo: Complete a lacuna com “s” ou “z”: “Feli__ardo”. A palavra em questão é derivada da palavra “feliz”, certo? Logo, “felizardo” também deverá ser grafado com “z”. A mesma lógica ocorre com “zelo” – “zelador”, “gás” – “gasoso”, “sal” – “salobra”.  Em regra, após ditongo, emprega-se a letra “x” (em vez de “ch”): Assim temos “ameixa”, “caixa”, “peixe”.  Os substantivos que terminam em “gem” serão sempre grafados com “g” nesta sílaba: Como, por exemplo, “viagem”, “coragem”, “ferrugem”.  Em regra, após a sílaba inicial da palavra “me”, emprega-se a letra “x”: Assim temos “mexer”, “México”, “mexilhão”. A única exceção é a palavra “mecha” (de cabelo).  Nas palavras terminadas em “ágio”, “égio”, “ígio”, “ógio” e “úgio”, deverá ser empregado a letra “g”: Assim, o correto é escrever “pedágio”, “deságio”, “prestígio”, “relógio”, “sacrilégio”.  Utiliza-se o “ç” em palavras derivadas de vocábulos terminados em “to”: Aqui está o grande motivo da palavra “exceção” ser escrita com “ç”, pois deriva de “exceto”. Outros exemplos: canto – canção; intento – intenção.  Utiliza-se o “s” em palavras derivadas de verbos terminados em “nder”, “ndir”, “erter" ou “ertir”: Por exemplo: “pretender” – “pretensão”, “repreender” – “repreensão”, “expandir” – “expansão”, “converter” – “conversão”, “divertir” – “diversão”. A ortografia correta das palavras possui forte relação com suas origens. Portanto, o melhor jeito de estudarmos esta parte do conteúdo é praticando: (FUNDEP/2014) Assinale a alternativa em que há ERRO de ortografia a) Acesso permitido apenas aos funcionários do setor. b) A exposição não deve exceder a dois segundos. c) O prazo de pagamento expira no último dia útil do mês. d) Embalamos refeições para viajem. Resolução: Através das regras expostas acima conseguimos resolver essa questão, concorda? Tente resolvê- la dando uma espiadinha nas regras úteis! Nosso objetivo aqui é ser aprovado no concurso, certo? Você não precisa ter certeza da correção de todas as alternativas, apenas precisa ter certeza da ocorrência de um erro em alguma. Nosso erro aqui está na alternativa “D”, em “viajem” (palavras substantivas terminadas em “gem” devem ser escritas com “g”). A questão tentou confundir o candidato com o verbo “viajar” (com “j”, assim como suas conjugações). Você ficará craque em substantivos e “viagem” na alternativa “D” é um deles e, portanto, deve ser escrito com “g”. Gabarito: Letra “D”.
  • 5. ACENTUAÇÃO A sílaba tônica de uma palavra é aquela pronunciada mais fortemente. A grande maioria das palavras da língua portuguesa possui uma sílaba acentuada, ou seja, possui uma sílaba tônica – não necessariamente com um acento gráfico. Porém, há palavras sem sílaba tônica. Repare na frase a seguir, cujos grifos representam as sílabas tônicas das palavras: “Perdi meu chinelo”. Há algum acento gráfico na frase? Não! Existem sílabas tônicas? Existem! Vamos analisá-las: em “Perdi”, temos uma sílaba átona “per” e uma sílaba tônica “di”; em “meu” temos uma única sílaba tônica; em “chinelo”, temos duas sílabas átonas “chi” e “lo” e uma sílaba tônica “ne”. 1.2. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO ACENTO TÔNICO Quanto à posição da sílaba tônica de uma palavra composta por mais de uma sílaba, ela pode ser classificada em oxítona, paroxítona ou proparoxítona – não confunda com a classificação do número de sílabas vista no capítulo anterior! Os monossílabos (palavras de uma única sílaba), por sua vez, podem ser átonos ou tônicos. Vamos às especificações: OXÍTONAS Nas palavras oxítonas, a sílaba tônica é a última. Ou seja, a sílaba forte da palavra é sua última sílaba. Pronuncie em voz alta os exemplos: Anzol, atum, café. A última sílaba sai com mais força que as demais, correto? Repare que nem sempre existe o acento gráfico na sílaba forte. PAROXÍTONAS Nas palavras paroxítonas, a sílaba tônica (forte) é a penúltima. Exemplos: Agasalho, baía, escola. PROPAROXÍTONAS Nas palavras proparoxítonas, a sílaba tônica é a antepenúltima. Ou seja, a sílaba forte da palavra está na antepenúltima sílaba. Exemplos: Exército, mágico, pântano. MONOSSÍLABOS Os monossílabos podem ser tônicos (fortes) ou átonos (fracos). Como exemplo, temos os artigos “o” (s), “a” (s); os pronomes oblíquos “me”, “te”, “se”; entre outros. “A língua portuguesa utiliza alguns sinais gráficos para indicar a pronúncia correta das palavras e auxiliar na escrita. Esses sinais recebem o nome de notações léxicas (acentos gráficos).” (Gramática em Textos, Leila Sarmento)
  • 6. Iremos citar aqui as palavras monossílabas átonas. Para decorar? Não vai precisar. Após o estudo das tônicas, você verá que fica clara a diferença exposta pelo Celso e pelo Lindley que as átonas “se apoiam no acento tônico de outro vocábulo”. São monossílabos átonos: I. Artigos; II. Pronomes Pessoais Oblíquos; III. Pronome relativo “que” – os demais são tônicos; IV. Preposições “a”, “com”, “de”, “em”, “por”, “sem”, “sob” - inclusive quando combinadas aos artigos (“à”, “ao”, “da”, ...) V. Conjunções “e”, “mas”, “nem”, “ou”, “que” e “se”; VI. Formas de tratamento (“dom”, “frei”,...) Os monossílabos tônicos são independentes de outros vocábulos, apresentam acento próprio. Sua classificação é facilmente encontrada por exclusão: os monossílabos que não são átonos são tônicos! Como exemplo, podemos citar: Meu, pá, má, lã, pão. Nem toda sílaba tônica carrega um acento gráfico. Porém, há regras definidas na gramática que trazem situações especiais nas quais o acento gráfico é obrigatório! Vamos estudá-las? 1.3. REGRAS DE ACENTUAÇÃO Sabemos que nem sempre a sílaba precisará conter um acento gráfico para ser tônica, certo? Mas há casos em que a utilização de notação léxica é obrigatória. São eles: 1ª) MONOSSÍLABOS TÔNICOS terminados em “a” (s), “e” (s) e “o” (s). Já vimos quais são os monossílabos tônicos. Destes, os que terminam em “a” (s) aberto, “e” (s) ou “o” (s) semiabertos obrigatoriamente levam acento agudo. Exemplos: pá, má, pé, dó. Dos monossílabos tônicos, os que terminam em “e” (s) ou “o” (s) semifechado obrigatoriamente levam acento circunflexo: Lês, mês, xô. 2ª) OXÍTONAS terminadas em “a” (s), “e” (s), “o” (s), “em” (“ens”). IMPORTANTE: Os monossílabos átonos jamais serão acentuados. Os monossílabos tônicos podem ou não ser acentuados, dependerá, somente, de sua terminação. Os monossílabos átonos “são aqueles pronunciados tão fracamente que, na frase, precisam apoiar-se no acento tônico de um vocábulo sozinho, formando, por assim dizer, uma sílaba deste” (Nova Gramática do Português Contemporâneo, Celso Cunha e Lindley Cintra).
  • 7. Nem todas as palavras oxítonas são acentuadas, certo? Delas, levam acento aquelas que terminam em “a” (s), “e” (s) “o” (s) ou “em” (“ens”). Exemplos: jacaré, cajá, parabéns, mantém. Aqui, cabe a mesma regra dos monossílabos tônicos: as que terminam em “a” (s) aberto, “e” (s) ou “o” (s) semiabertos obrigatoriamente levam acento agudo; as que terminam em “e” (s) ou “o” (s) semifechado obrigatoriamente levam acento circunflexo. Exemplos: jacaré, cajá, parabéns, mantém. CUIDADO: A conjugação dos compostos dos verbos “ter” e “vir” na terceira pessoa do singular do presente do indicativo recebem acento agudo devido à regra das oxítonas terminadas em “em” – “mantém”, “convém”. Quando conjugados na terceira pessoa do plural, recebem acento circunflexo, justificado pela mesma regra, a troca da notação léxica é apenas para diferenciar a conjugação (singular e plural). Como veremos abaixo em “Acentos Diferenciais”, não há que se falar em acento diferencial nesse caso. Já nos próprios verbos “ter” e “vir”, há uma observação importante: as palavras monossílabas são acentuadas quando terminadas em “a” (s), “e” (s) ou “o” (s), certo? A regra, diferentemente das oxítonas, não engloba monossílabos terminados em “em”. Logo, a conjugação na terceira pessoa do singular no presente do indicativo não levará acento algum – “tem”, “vem”. Porém, aqui também é adotado o acento circunflexo para diferenciar a conjugação verbal (singular e plural); na terceira pessoa do plural no presente do indicativo, ter- se-á as formas “têm” e ”vêm”. 3ª) PAROXÍTONAS terminadas em “i” (s), “u” (s), “l”, “n”, “r”, “x”, “um” (“uns”), “ão” (“ãos”), “ã” (“ãs”), “ps”, ditongo (s). Primeiramente, se preferir, decore as terminações acima. Caso contrário, dou a seguinte dica: na hora da questão, procure outras palavras com a mesma terminação – geralmente existe pelo menos uma de cada terminação cujo acento é habitual. Por exemplo: A palavra “alumen” tem acento? Sabendo-se que é uma palavra paroxítona e “hífen” - como paroxítona terminada em “n” - tem acento, logo “alúmen” também o tem. O mesmo vale para “córtex” e “fênix”. CONCLUSÃO IMPORTANTE: Nunca existirá uma palavra oxítona terminada “a” (s), “e” (s), “o” (s) ou “em” (“ens”) que não leve notação léxica.
  • 8. Aqui cabem algumas OBSERVAÇÕES MUITO IMPORTANTES: I. Repare que paroxítonas terminadas em “m” não levam notação léxica, apenas as terminadas em “um”. Exemplo: Álbum, batom. II. Apenas as palavras paroxítonas terminadas em “n” são acentuadas, as terminadas em “ns” não. Portanto, o plural de diversas palavras perde a notação léxica devido a esta regra. Exemplo: Hífen – hifens; pólen – polens. III. Não há mais acento gráfico nas vogais “e” e “o” semiabertas dos ditongos “ei” e “oi” quando sílaba tônica em paroxítona. Exemplo: Ideia, jiboia, hebreia. IV. As palavras paroxítonas terminadas em “oo” ou “ee” não levam mais acento. Exemplos: voo – leem – enjoo. O jeito mais fácil de não errar novamente regras de acentuação é praticando. Vamos, então? (VUNESP/2012) Seguem a mesma regra de acentuação gráfica relativa às palavras paroxítonas: a) probatório; condenatório; crédito. b) máquina; denúncia; ilícita. c) denúncia; funcionário; improcedência. d) máquina; improcedência; probatório. e) condenatório; funcionário; frágil. Resolução: Vamos classificar cada palavra de acordo com a posição da sílaba tônica – desta forma já excluiremos alternativas, pois ele pede as paroxítonas-, em seguida, identificar a regra de acentuação: a) probatório – paroxítona terminada em ditongo, condenatório – paroxítona terminada em ditongo, crédito – proparoxítona. Alternativa incorreta. b) máquina – proparoxítona, denúncia – paroxítona terminada em ditongo, ilícita – proparoxítona. Alternativa incorreta. c) denúncia – paroxítona terminada em ditongo, funcionário – paroxítona terminada em ditongo, improcedência – paroxítona terminada em ditongo. Nosso gabarito. d) máquina – proparoxítona, improcedência – paroxítona terminada em ditongo, probatório – paroxítona terminada em ditongo. Item incorreto. e) condenatório – paroxítona terminada em ditongo, funcionário – paroxítona terminada em ditongo, frágil – paroxítona terminada em “l”. Item incorreto. Portanto, gabarito: letra “C”. 4ª) PROPAROXÍTONAS Todas as proparoxítonas são acentuadas. Fácil, não? Ou seja, caso uma palavra possua acento tônico em sua antepenúltima sílaba, a palavra obrigatoriamente levará acento gráfico. Exemplo: lâmpada, câmara, máquina. A contrario sensu, se uma palavra não possui acento gráfico, ela não é proparoxítona. CUIDADO: Os ditongos “éi”, “éu” e “ói" quando tônicos em palavras proparoxítonas ou oxítonas continuam sendo acentuados normalmente – regra estudada abaixo. Exemplo: Chapéu (oxítona), aracnóideo (proparoxítona).
  • 9. 5ª) DITONGOS ABERTOS Como já mencionado, os ditongos abertos “éi” (s), “éu" (s) e “ói" (s), quando tônicos em palavras oxítonas ou proparoxítonas, são acentuados. Exemplo: chapéu, bacharéis, papéis. Não esqueça que os localizados em sílaba tônica de palavra paroxítona não mais levam acento gráfico. Exemplo: Ideia, joia, heroico. 6ª) HIATOS Primeiro, é importante destacar que nem todos os hiatos levam notação léxica. A regra de acento gráfico obrigatório apenas se aplica quando houver vogal “i” (s) ou “u” (s) como a segunda vogal tônica do hiato. Exemplo: saída, conteúdo, saúde, coelho (sem acento), coado (sem acento). Repare que as vogais “i” e “u” não formam ditongos com as vogais anteriores. São elas vogais independentes, sozinhas em uma silabada tônica: “sa-í-da”, “con-te-ú-do”, “sa-ú- de”. Importante lembrar também que a letra que pode acompanhar a vogal tônica do hiato é “s”, não qualquer outra. Portanto, acentua-se a palavra “país”, mas não a palavra “juiz”. Assim como não se acentua a palavra “juiz”, mas sim a palavra “juízes” – nesta, a vogal tônica “i” está sozinha em uma sílaba. Agora, responda “certo” ou “errado”: (CESPE/2013) A ocorrência de hiato justifica o emprego do acento agudo nas vogais i e u nas palavras “construída” e “conteúdos”. Resolução: Vamos separar as sílabas das palavras: “cons-tru-í-da” e “con-te-ú-do”. Resposta fica clara assim. Temos exatamente em ambas o caso de acento gráfico obrigatório em “i” e “u” tônicos dos hiatos. Gabarito: Certo. Vamos analisar a grande mudança oriunda do Novo Acordo Ortográfico: Quando essas vogais “i” e “u” tônicas de hiatos ocorrerem em palavras paroxítonas (o “i” ou o “u” tônico está na penúltima sílaba) e os antecede um ditongo, aquelas não recebem acento gráfico. Exemplos: feiura. Cabe destacar que a exceção não se aplica quando a vogal tônica “i” ou “u” está em palavras proparoxítonas ou oxítonas. Exemplos: bauínia, tuiuiús. CUIDADO para não confundir esta exceção à dos ditongos abertos em palavras paroxítonas. A palavra “ideia” não mais leva acento pela regra dos ditongos abertos – “i-dei-a” –, nada tem a ver com a “exceção” dos hiatos; aqui a sílaba tônica é à que pertence o ditongo. Assim como em “feiura” não leva acento pela regra dos hiatos – “fei-u-ra”; aqui a sílaba tônica é a da vogal “u” do hiato.
  • 10. Dúvidas? Não menos importante, é a outra alteração do Acordo Ortográfico: não se acentuam mais a primeira vogal tônica dos hiatos “ee” e “oo”. Exemplos: coo, voo, creem, leem, reveem. 7ª) ACENTOS DIFERENCIAIS “Não têm acento diferencial as palavras homógrafas paroxítonas.” (Celso Cunha e Lindley Cintra). O que isso quer dizer? O Novo Acordo Ortográfico facilitou o estudo dos concurseiros. Palavras homógrafas são palavras de sentidos diferentes com grafias iguais, podendo ter pronúncias iguais ou diferentes: “O pelo do cachorro está comprido.” e “O animal escapou pelo bueiro.”; “Para de reclamar!” e “São flores para você.” Grave: Só restaram dois acentos diferenciais após o acordo: 1) Por (preposição) – Pôr (verbo); 2) Pode (verbo presente indicativo) – Pôde (verbo pretérito perfeito indicativo). Não mais há de se falar em acento diferencial em “para”, “pela”, “pelo”, “pera" e “polo". Hora de aquecermos: (CONSULPAM/2015) Consoante ao Novo Acordo Ortográfico vigente (em vigor desde 2009 e obrigatório a partir de 2016), na sequência de versos “As cartas de amor, se há amor/Têm de ser /ridículas” (texto 1), o vocábulo “têm” está grafado: a) De maneira INCORRETA, uma vez que o acento diferencial que distingue a 3ª pessoa do singular/plural do verbo TER não poderá mais ser utilizado b) De maneira CORRETA, uma vez que a obrigatoriedade do acento diferencial instituído a partir do Novo Acordo Ortográfico foi devidamente utilizado nesse caso. c) De maneira CORRETA, já que o acento circunflexo empregado na conjugação dos verbos ter e manter foi inalterado porque já era utilizado antes da promulgação do Novo Acordo. d) De maneira INCORRETA, pois o acento diferencial instituído pelo Novo Acordo Ortográfico não pode ser aplicado aos verbos defectivos. Resolução: O Novo Acordo Ortográfico em nada alterou a utilização do acento circunflexo para diferenciar a conjugação dos verbos “ter”, “ver” e seus compostos. Ficamos, então, entre as alternativas “B” e “C”. A banca querendo “pegar” o candidato, na alternativa “B” diz que o acento diferencial é mantido pelo Novo Acordo Ortográfico. Muito bem, o acordo realmente mantém o acento diferencial. Agora, a utilização do acento circunflexo nesses verbos é caso de acento diferencial? NÃO!!! Conforme destacado na regra referente às palavras oxítonas. Lembre-se: os únicos acentos diferenciais que restaram foram “pôr” e “pôde”. Portanto, gabarito: letra “C”.
  • 11. EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. (CESGRANRIO/2016) O grupo de palavras que obedecem às normas de acentuação da Língua Portuguesa é a) raizes, dificil, século b) rúbrica, saúva, amavel c) também, possível, êxito d) idolo, parabéns, ciencia e) indústria, saude, ninguem 2. (CESGRANRIO/2016) Assim como apaixonados (Texto II, l. 12), também se escreve corretamente com x o substantivo a) pixação b) xicote c) bruxa d) deboxe e) flexa 3. (CESGRANRIO/2016) Das palavras acentuadas (todas retiradas do Texto II) reúne, países, águas, última e vêm, as duas que recebem acento por seguirem a mesma norma ortográfica são: a) águas e vêm b) última e vêm c) reúne e águas d) reúne e países e) países e última 4. (CESGRANRIO/2016) A palavra em destaque está grafada corretamente em: a) É preciso reavaliar o prosesso. b) O bancos fortalecem a estrutura finançeira do país. c) O mercado é sencível ao consumo. d) Sempre se deve fazer esse tipo de inspeção. e) A tacha de juros será mantida nesse percentual. 5. (CESGRANRIO/2015) A palavra que deve ser acentuada graficamente, de acordo com as regras da norma-padrão do Português, é a) ali b) antes c) difícil d) pacto e) potente 6. (CESGRANRIO/2014) A palavra que precisa ser acentuada graficamente para estar correta quanto às normas em vigor está destacada na seguinte frase:
  • 12. a) Todo torcedor tem um sentimento especial em relação à seleção. b) Muita gente do exterior vem ao Brasil para ver a Copa do Mundo. c) Há árbitros que costumam supor que são os principais artistas do espetáculo. d) Alguns jogadores dizem nas entrevistas que eles sempre se doam nos jogos. e) Os jornalistas de emissoras diferentes também se reunem ao final do trabalho. 7. (CESGRANRIO/2014) Assim como pichação, também se escreve corretamente com ch o substantivo a) caichote b) frouchidão c) achado d) luchação e) micharia 8. (CESGRANRIO/2014) Das palavras acentuadas (todas retiradas do Texto II) códigos, símbolos, também, década e até, três delas recebem acento porque seguem a regra que diz: a) as palavras proparoxítonas são sempre acentuadas. b) os ditongos recebem acento quando tônicos. c) as palavras de três sílabas sempre são acentuadas. d) os monossílabos tônicos terminados em vogal são acentuados. e) as palavras oxítonas terminadas em vogal aberta são acentuadas. 9. (CESGRANRIO/2014) O acento diferencial é aquele utilizado para distinguir certas palavras homógrafas, ou seja, que têm a mesma grafia. Ocorre esse tipo de acento em: a) é b) está c) fórmula d) pôr e) análise 10. (CESGRANRIO/2014) No trecho do Texto I “tenho a impressão de que entrei numa estação de metrô”. (L. 13-14), a palavra em destaque é acentuada graficamente segundo a mesma regra que a palavra a) funcionário b) recaída c) safári d) até e) incrédulo
  • 13. GABARITO 1 C 2 C 3 D 4 D 5 C 6 E 7 C 8 A 9 D 10 D
  • 14. 2. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Este capítulo equivale a um item de seu edital. Contudo, não é uma matéria estritamente gramatical. Ela compreende muito de seu conhecimento já adquirido ao longo de sua vida, principalmente no que diz respeito aos sinônimos e antônimos. Seria humanamente impossível que você decorasse os sinônimos e os antônimos de todas as palavras de língua portuguesa, certo? Então a ideia aqui é saber a definição de cada um deles e praticar através de questões: 2.1. SINÔNIMOS E ANTÔNIMOS Sinônimos são palavras diferentes que possuem o mesmo significado na língua portuguesa. Um meio de você encontrar a alternativa correta ou, pelo menos, excluir alguma alternativa incorreta é através do seguinte preceito: As palavras sinônimas devem necessariamente pertencer à mesma classe gramatical. Geralmente, a palavra, cujo sinônimo é exigido pela questão, encontra-se no texto de referência desta. Ou seja, na maioria das vezes, as questões de sinônimos serão resolvidas pelo contexto no qual a palavra se encontra. O mesmo ocorrerá com os antônimos. Antônimos são palavras diferentes que possuem significados exatamente opostos! São opostos – não meio apostos! Portanto, o contexto aqui também será fundamental para a resolução da questão. Vamos a uma: (CESGRANRIO/2008)
  • 15. Resolução: Quantas vezes você já ouviu a palavra “modorra”? Provavelmente poucas ou nenhuma. E geralmente as questões solicitam sinônimos de palavras estranhas; ela não quer você saiba o significado de todas as palavras da língua, mas que interprete o contexto em que se encontra. Vejamos: No parágrafo em destaque do texto, reparamos que o autor repete várias vezes o termo “impasse” – isso gera uma tendência do autor utilizar outros termos com o mesmo significado (podendo ser um deles a palavra “modorra”. Além disso, no texto, o autor afirma que o profissional perdeu o “brilho da carreira”, até quer ajudar, mas não sabe como – temos aí o impasse referido no primeiro período do texto. “Como superar isso? Como superar essa modorra?”, repare que o pronome demonstrativo “essa” remete-nos ao que o autor disse anteriormente: há o “impasse” destacado nas primeiras linhas, causado pela falta de vontade do profissional. “Modorra” nitidamente é um termo com sentido negativo, correto? Não é algo bom, precisa ser superado. Desta forma conseguimos excluir as alternativas “a” e “d” de cara. Verdade é que as palavras “prostração”, “argúcia” e “ladineza” são menos conhecidas: “argúcia é sinônimo de “perspicácia”; “ladineza” é sinônimo de “esperteza”. Logo, apenas pelo sentido das alternativas, percebemos que quatro das cinco alternativas possuem sentido positivo (algo bom), não condizente com o contexto. Gabarito: letra “b”. 2.2. HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS Aqui cabe um pouco mais de atenção no estudo, pois existe a possibilidade de você estudar as palavras mais cobradas em concursos. São homônimas as palavras iguais em pronúncia ou grafia, mas que tem significados distintos. Por exemplo: “colher” (substantivo) e “colher” (verbo) ou “concerto” (de teatro) ou “conserto” (de manutenção). São parônimas as palavras que são muito parecidas na pronúncia e na escrita, mas possuem sentidos diferentes. Por exemplo: “comprimento” (extensão) e “cumprimento” (saudação ou efetivação). Abaixo será disponibilizada uma tabela com os parônimos e homônimos mais cobrados em provas de concurso:
  • 16.
  • 17. EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. (CURSIVA/2015) Assinale o item em que as palavras completam adequadamente os espaços abaixo: I. Trouxeram-me um ramalhete de flores__________. II. A justiça _________a pena merecida aos desordeiros. III. Devemos ser fiéis ao __________do dever. IV. A _________ de terras compete ao Estado. a) Fragrantes – infligiu – cumprimento – cessão b) Fragrantes – infrigiu – comprimento – cessão c) Flagrantes – infligiu – cumprimento – cessão d) Fragrantes – infligiu – comprimento - sessão 2. (CURSIVA/2015) Levando em consideração o significado contextual de palavras e expressões, assinale a alternativa em que há correlação correta de sentido: a) concertar (combinar) - consertar (ajustar) b) espirar (soprar) - expirar (exalar) c) espiar (observar) - expiar (pagar pena) d) incerto (não certo) - inserto (impreciso) 3. (IESES/2015) Observe as sentenças. I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz. II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo. III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais difícil para os carros e os pedestres. Assinale a alternativa correta quanto ao uso adequado de homônimos e parônimos. a) I e III. b) II e III. c) II apenas. d) Todas incorretas. 4. (CONPASS/2015) Assinale a alternativa cuja palavra destacada foi empregada de forma incorreta: a) O barão do Rio Branco foi um iminente brasileiro b) Quero emigrar para os Estados Unidos, mas não deixam! c) Procure não infringir as regras de trânsito. d) Esse detalhe me passou inteiramente despercebido. e) Sejam todos bem-vindos à minha casa! 5. (MPE-RS/2015) Assinale a alternativa que apresenta as formas verbais adequadas para preencher as lacunas dos enunciados abaixo, na ordem em que aparecem. 1. O meliante furtou uma ________ soma em dinheiro.
  • 18. 2. Atendendo aos argumentos da defesa, que pleiteava uma decisão urgente, o magistrado _______ o requerimento do advogado. 3. Entendendo que não houve má intenção por parte do acusado, o juiz ________ a ação que lhe era imputada. a) vultosa - deferiu - discriminou b) vultuosa - deferiu - descriminou c) vultosa - diferiu - discriminou d) vultuosa - diferiu - descriminou e) vultosa - deferiu - descriminou GABARITO 1 A 2 C 3 C 4 A 5 E
  • 19. 3. ESTUDO DOS PRONOMES E DOS VERBOS 3.1. ORIENTAÇÃO DE ESTUDO A parte das “Classes de Palavras” ocupa, geralmente, mais de metade das páginas de uma gramática – além das mais de quatrocentas mil palavras catalogadas em um dicionário. É óbvio que você não precisará saber as funções morfológicas de todas as palavras da Língua Portuguesa. Aliás, elas nem serão cobradas diretamente em sua prova. Na realidade, aqui começa a grande lógica da língua portuguesa. Inclusive, as pessoas deveriam trocar as palavras cruzadas pela análise morfossintática das orações. Grave apenas uma coisa a partir de agora: O contexto é rei! A língua portuguesa possui a belíssima gama de variabilidade das palavras: “Limpo todos os dias o quintal.”, “O quintal está limpo.”, “Limpo não é o bastante.”. Nas frases, a palavra “limpo” adquire classes gramaticais diferentes – verbo, adjetivo e substantivo, respectivamente. Não podemos definir perpetuamente classes gramaticais determinadas às palavras. Ou seja, a lógica do estudo das classes gramaticais é o contexto! Ok? Verdade é que todas as palavras possuem sua classe gramatical usual: “Trabalhar” nitidamente se trata de um verbo. Mas, veja: “O trabalhar me motiva”, pronto, substantivou- se o verbo “trabalhar”. Uma boa forma para estudar as classes gramaticais é através da classificação das palavras em frases aleatórias. Pegue um trecho de uma notícia em um jornal pela manhã, um trecho de seu livro favorito, ou este próprio período que está lendo agora na apostila e classifique termo a termo. Podemos corrigir juntos pelo e-mail, ok? Não esqueça que o português está em praticamente tudo o que você lê. Em sua prova, serão exigidas basicamente duas classes gramaticais: os pronomes e os verbos. Estudá-los-emos em suas minúcias a seguir: 3.2. PRONOMES Os pronomes constituem um programa extenso; vamos simplificar direcionando o estudo para a prova, certo? Comecemos então pela diferença entre pronomes substantivos e pronomes adjetivos. Os pronomes basicamente indicam pessoas do discurso. Os pronomes adjetivos são aqueles que acompanham um substantivo. São pronomes substantivos os que aparecem isoladamente na frase. Vamos analisar os exemplos: “Muitos alunos saíram mais cedo da aula.” e “Muitos saíram mais cedo.”. Na primeira oração, podemos observar que o pronome “muitos” acompanha o substantivo “alunos” – a ideia central, na verdade, é o substantivo “alunos” -, sendo, portanto um pronome adjetivo; na segunda, não existe um substantivo, reparou? O próprio pronome “muitos” exerce a função de pronome substantivo.
  • 20. É fundamental que você saiba que os pronomes são classificados em seis tipos: pessoais, possessivos, demonstrativos, relativos, interrogativos e indefinidos. Veremos a partir de agora os aspectos principais de cada um: PRONOMES PESSOAIS Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso: a pessoa que fala, com quem se fala e de quem se fala. Trata-se, respectivamente, das pessoas gramaticais: primeira pessoa, segunda pessoa e terceira pessoa, na seguinte forma: PRONOMES PESSOAIS RETOS PESSOA PRONOME SINGULAR PRONOME PLURAL Primeira pessoa Eu Nós Segunda pessoa Tu Vós Terceira pessoa Ele Eles Os pronomes pessoais podem ser retos ou oblíquos. Os pronomes pessoais retos são utilizados como sujeitos das orações (APENAS OS PRONOMES RETOS PODEM SER SUJEITOS); os oblíquos como objeto ou termo acessório. Quanto à acentuação, os pronomes pessoais podem ser átonos ou tônicos, divididos da seguinte forma: PRONOMES PESSOAIS PESSOA RETOS OBLÍQUOS ÁTONOS OBLÍQUOS TÔNICOS Primeira pessoa Eu/Nós Me, nos Mim, comigo, nós, conosco Segunda pessoa Tu / Vós Te, vos Ti, contigo, vós, convosco Terceira pessoa Ele / Eles O,a, lhe, se, os, as, lhes Si, consigo, ele, ela, eles, elas Os pronomes “se”, “si” e “consigo” são utilizados geralmente como pronomes reflexivos OU recíprocos para a teceira pessoa (singular ou plural). São reflexivos ou recíprocos quando estiverem se referindo diretamente ao sujeito da oração. Importante destacar que há diferença entre “reflexão” e “reciprocidade”: “Lúcio e Márcia se enganaram”. Quem enganou quem? Os ambos se engaram com um terceiro? Fica confuso, não? Temos nesse caso tanto a interpretação “engaram um ao outro” (recíproco), como “engaram a si mesmos” (reflexivo). Os pronomes retos de terceira pessoa (ele, ela, eles, elas) podem contrair-se com as preposições “de” e “em”, nas formas: dele, dela, deles, delas, nele, nela, neles e nelas. CUIDADO: Os pronomes “eu” e “tu” não podem vir antecedidos por preposição, devendo ser substituídos pelos equivalentes oblíquos “mim” e “ti”. Assim, é correto dizer que “a conversa ficará entre mim e ele” ou “entre mim e ti” e, nunca, “entre tu e eu” ou “entre eu e ele”.
  • 21. A partir dessa observação, podemos concluir que quando os pronomes “ele (s)”, “ela (s), nós e vós vierem precedidos de preposição, serão, em regra, pronomes oblíquos tônicos. Em um texto, geralmente os pronomes apresentam algum referencial, podendo ser uma única palavra, uma expressão ou até um período. COLOCAÇÃO PRONOMINAL Muito importante para sua prova! Com certeza, terá no mínimo uma questão cobre a colocação pronominal. Então vejamos: Os pronomes pessoais átonos podem estar colocados antes, depois ou no meio do verbo, correto? Em regra, a colocação do pronome será conforme a vontade do autor. Contudo, existem casos de uso obrigatório em determinada posição, e é exatamente isso que devemos saber! Dá-se o nome de próclise a colocação do pronome átono antes do verbo - GRAVE: Pró – Pré (vem antes). Dá-se o nome de ênclise a colocação do pronome átono depois do verbo. Dá-se o nome de mesóclise a colocação do pronome no meio do verbo. A seguir, destacaremos os casos obrigatórios de cada um. Qualquer outra situação que não se encaixar em nenhum caso obrigatório de colocação será, obviamente, de colocação facultativa. PRÓCLISE OBRIGATÓRIA: 1) Quando o verbo for precedido por advérbio, inclusive de negação. Por exemplo: Não se desespere! Ontem me perdi. 2) Quando o verbo for precedido por um pronome indefinido, pronome relativo ou pronome interrogativo. Por exemplo: Alguém se interessou pelo problema. O homem que te perguntou é meu pai. Quem te perguntou? 3) Quando o verbo estiver no gerúndio e for precedido por preposição. Por exemplo: Em se tratando de futebol... 4) Quando o verbo for precedido por uma conjunção subordinativa. Por exemplo: Espero que te recebam bem.
  • 22. ÊNCLISE OBRIGATÓRIA 1) Quando o verbo inicia oração. Por exemplo: Cuide-se! CUIDADO: Pronomes oblíquos átonos nunca iniciam frases! 2) Quando o verbo estiver no infinitivo pessoal Por exemplo: Espero encontra-lo em breve. MESÓCLISE OBRIGATÓRIA 1) A mesóclise será obrigatória quando cumpridos cumulativamente os seguintes requisitos: I. Não existir caso obrigatório de próclise; II. O verbo estiver no futuro do presente ou do pretérito. Por exemplo: Esperá-lo-ia se não estivesse cansada. Mas: Não o esperaria se estivesse cansada. PRONOMES DE TRATAMENTO São inúmeros os pronomes de tratamento, vou destacar aqui dois tópicos importantes que você precisa dominar:  Qualquer pronome de tratamento que for utilizado, estar-se-á dando tratamento de terceira pessoa. O que isso significa? Que toda concordância verbal ou uso de pronomes oblíquos relacionados deverá estar em consonância com a terceira pessoa do singular. Assim, é correto dizermos: “Vossa Senhoria precisa que eu o ajude?”, repare que é incorreto dizer “precisas” / “precisais” ou “te” / “vos”. Portanto, grave: a pessoa a ser utilizada quando usamos um pronome de tratamento (qualquer que seja) será a terceira pessoa.  Utiliza-se muito, dependendo da região do país, o pronome de tratamento “você”. E como pronome de tratamento, ele seguirá também a regra acima elencada (utiliza-se concordância em terceira pessoa do discurso). Há uma coisa que precisa cuidar: Os pronomes “tu” e “você” são ambos utilizados como segunda pessoa (“com quem se fala”); contudo, a concordância do pronome de tratamento “você” será de terceira pessoa. Assim, é correto FIQUE ATENTO: 1) Em locuções verbais em que o verbo principal esteja no infinitivo ou no gerúndio, ocorrerá a ênclise; 2) Quando anteriormente à locução verbal vier um termo que exija próclise, dar-se-á a próclise (“Não se tenha dado por vencido”); 3) Quando o verbo principal estiver no particípio, o pronome átono não poderá vir depois dele, ou seja, a colocação pronominal dar-se-á em relação ao verbo auxiliar (antes, no meio, ou depois deste).
  • 23. falar: “Quero te acompanhar, mas tu não deixas” ou “Quero o acompanhar, mas você não deixa”. Cabe uma observação aqui: o termo “a gente” também é largamente empregado hoje em dia, mas ele não se classifica como um pronome de tratamento. Quando utilizado, contudo, sua concordância também se dará com a terceira pessoa do singular: “A gente vai se encontrar no cinema”. PRONOMES POSSESSIVOS O nome é muito sugestivo: os pronomes possessivos indicam posse de alguma pessoa do discurso. Os pronomes possessivos são divididos da seguinte forma entre as pessoas do discurso: PRONOMES POSSESSIVOS PESSOA SINGULAR PLURAL Primeira pessoa Meu, minha, nosso, nossa Meus, minhas, nossos, nossas Segunda pessoa Teu, tua, vosso, vossa Teus, tuas, vossos, vossas Terceira pessoa Seu, sua Seus, suas Há uma diferença básica da variação de gênero e da variação de número do pronome possessivo: 1) A variação de gênero (feminino/masculino) irá sempre se referir ao objeto possuído (“meu celular”, “minha revista”); 2) A variação de número se dará com a quantidade do objeto possuído (“meus celulares”). Repare que a escolha do pronome possessivo (da pessoa utilizada) irá variar de acordo com a pessoa que possui o objeto (“minha câmera” ou “tua câmera”). Repare nas brilhantes palavras de Celso Cunha e Lindley Cintra: “O pronome possessivo concorda em gênero e número com o substantivo que designa o objeto possuído; e, em pessoa, com o possuidor do objeto em causa (...)” PRONOMES DEMONSTRATIVOS Os pronomes demonstrativos situam as pessoas gramaticais, seja no espaço, seja no tempo. Existem formas masculinas (este, esse, aquele), formas femininas (esta, essa, aquela) e formas invariáveis (isto, isso, aquilo). As formas invariáveis sempre serão pronomes substantivos. Vejamos as aplicações:  Pronome demonstrativo no espaço: Vamos supor que Ana está conversando com Bia e Cláudia encontra-se no outro lado da sala de aula. Cada uma está segurando um caderno. Caso Ana diga: “Este é mais bonito”, significa que o caderno que está segurando é mais bonito (o mais próximo de quem fala). Caso Ana diga para Bia: “Esse é mais bonito”, Ana estará dizendo que o caderno que Bia está segurando é mais bonito (o mais próximo de com quem se fala). Agora, se Ana disser para Bia: “Aquele é mais bonito”, estarão invejando o caderno de Cláudia, pois Ana estará se referindo ao caderno que Cláudia está segurando (o mais próximo de quem se fala)
  • 24.  Pronome demonstrativo no tempo: Quando se quer indicar fala presente, utiliza-se os pronomes “este”, “esta” ou “isto”: “Este ano está demorando a passar”; Quando se quer indicar um tempo que não o presente, mas próximo, utiliza-se “esse”, “essa” e “isso”: “Acho que me saí bem nessa entrevista” (entrevista ocorreu há pouco tempo); Quando se quer indicar um tempo distante, utiliza-se “aquele”, “aquela” ou “aquilo”: “Aqueles dias me trazem saudade”.  Pronome demonstrativo no texto: Os pronomes demonstrativos no texto são utilizados para fazer referência a algo já dito ou a algo que se irá dizer. Preste atenção a esses casos especiais de uso: 1) Emprega-se “este”, “esta” e “isto” em referência a algo que ainda não foi dito e que será dito em breve (“Só sei disto: aproveitarei a viagem ao máximo”); 2) Emprega-se “esse”, “essa” ou “isso” ao que já foi dito anteriormente (“Vou aproveitar a viagem ao máximo. Só sei disso!). 3) Quando houver dois elementos citados anteriormente no texto que se deseja retomar, deve-se utilizar o pronome “este”, “esta” ou “isto” para o mais próximo e “aquele”, “aquela” ou “aquilo” para o mais distante. Quando houver três elementos, aplica-se essa regra, sendo o elemento do meio retomado pelo pronome “esse”, “essa” ou “isso”. Vejamos um exemplo abaixo: “Na festa tinha pipoca, rapadura e paçoca; Não comi esta; essa estava crua; aquela, contudo, estava uma delícia!”. Agora conseguimos entender que o locutor gostou da pipoca da festa e que não comeu a paçoca. PRONOMES INDEFINIDOS Os pronomes demonstrativos são utilizados para se referir a terceiras pessoas alheias ao discurso de forma vaga ou indeterminada. Eles podem ser variáveis ou invariáveis, divididos da seguinte forma: PRONOMES INDEFINIDOS VARIÁVEIS INVARIÁVEIS Algum, nenhum, certo, muito, todo, outro, pouco, tanto, vário, qualquer, bastante, quanto, tal, qual, diverso. Algo, alguém, ninguém, tudo, nada, cada, outrem, quem, mais, menos Por ser pronome, os indefinidos também podem ser classificados em substantivos ou adjetivos. Pode-se afirmar que os pronomes “alguém”, “ninguém”, “outrem”, “algo” e “nada” somente são usados como pronomes substantivos – ou seja, eles não acompanham um substantivo. Já o pronome “certo” só é utilizado como pronome adjetivo: “Certas pessoas não sabem o que dizem”. Lembre-se que o pronome adjetivo deverá concorda em número e gênero com o substantivo ao qual se refere. FIQUE ATENTO: Às vezes, pode-se utilizar as partículas “o” (s) e “a” (s) como pronomes demonstrativos – sempre substantivos! Observe: “O que o faz rir irrita-me.” (“Aquilo que o faz rir irrita- me.”), temos um pronome demonstrativo iniciando a frase. Incrível, não?
  • 25. Existem, também, locuções pronominais indefinidas, como, por exemplo: “cada um”, “qualquer um”, “quem quer que”, “todo aquele que”. IMPORTANTÍSSIMO: Diferenciaremos agora os pronomes indefinidos adjetivos dos advérbios. Verdade é que ainda não estudamos os advérbios, mas você precisa saber basicamente duas coisas: 1) O pronome adjetivo relaciona-se sempre com um substantivo; o advérbio com um verbo, adjetivo ou outro advérbio; 2) O pronome adjetivo concordará com o substantivo a que se relaciona; os advérbios são invariáveis. Analise as frases a seguir: a) “Muitas pessoas estão reclamando”; b) “As pessoas estão reclamando muito”. Na letra “a”, temos o termo “muitas” se relacionando a um substantivo (“pessoas”); portanto, não se trata de advérbio! Ainda, o termo “muitas” está variando. Então temos um pronome indefinido adjetivo. Na letra “b”, o termo “muito” está se relacionando a um verbo (“estão reclamando”) e, ainda, é invariável. Logo, em “b”, temos um advérbio de intensidade. Fácil, não? PRONOMES INTERROGATIVOS São os pronomes “quem”, “que”, “qual” e “quanto” empregados em frases interrogativas, diretas ou indiretas. Os pronomes interrogativos também podem ser empregados como pronomes substantivos ou adjetivos, conforme os exemplos respectivos: “Quem foi promovido?” (pronome interrogativo substantivo) e “Qual empregado foi promovido?” (pronome interrogativo adjetivo). Muitas vezes os pronomes interrogativos são utilizados em exclamações: “Que medo!”. PRONOMES RELATIVOS Chegamos a uma grande dor de cabeça dos concurseiros: os pronomes relativos. Vamos tentar simplificar ao máximo o aprendizado. São chamados de pronomes relativos, pois eles se relacionam a outra expressão do texto (são “relativos” a outra expressão), em geral, a um termo anterior. “Como assim, professora?” Pois bem, analise a frase: “O time para que torço venceu o campeonato”. Nessa frase temos duas orações: “O time ... venceu o campeonato” e “para que torço”. O pronome relativo “que” puxa o termo “time” da primeira oração para a segunda, da seguinte forma: “O time... venceu o campeonato” (primeira ideia) e “torço para o time” (segunda ideia). Para não parecermos uma voz robótica falando (“Torço para o time. O time vendeu o campeonato.”), as orações são unidas por um elemento coesivo: o pronome relativo! FIQUE ATENTO: As expressões “quando”, “como”, “onde” e “por que” utilizadas em frases interrogativas são advérbios, que formam frases interrogativas. Portanto, não se trata de pronome interrogativo! Exemplo: “Como você está?” (“Como” = advérbio de modo)
  • 26. Vamos organizar o estudo dos pronomes relativos da seguinte forma: I. Quais são os pronomes relativos; II. Equivalência dos pronomes relativos; III. Utilização da preposição em conjunto com o pronome relativo. O estudo das funções sintáticas dos pronomes relativos estará dentro do capítulo de funções sintáticas. Portanto, vamos lá: I. Os pronomes relativos são os seguintes: PRONOMES RELATIVOS VARIÁVEIS INVARIÁVEIS O qual, cujo, quanto Que, quem, onde, quando O pronome relativo a ser utilizado dependerá do termo que é retomado. Assim, caso tivermos um termo retomado que remete à ideia de lugar, utilizaremos o pronome “onde” (“A casa onde cresci está impecável”). Caso tivermos uma ideia de posse, utiliza-se o pronome “cujo” (“O livro, sobre cujo autor comentei, foi publicado ontem”). A concordância dos pronomes relativos variáveis dar-se-á da seguinte forma: Os pronomes relativos “o qual” e “quanto” variam de acordo com o termo a que retomam – por exemplo, “as casas as quais foram pintadas estão fechadas”; Por sua vez, o pronome relativo “cujo” concordará com o termo seguinte, como, por exemplo, em “os livros cujas capas estão rabiscadas foram doados”. II. Existem pronomes equivalentes e, portanto, podem ser substituídos. No exemplo “a cada onde cresci está impecável”, o pronome “onde” pode ser corretamente substituído por “em que” (“A casa em que cresci está impecável”). Bem como o pronome “que” poderá ser substituído em qualquer caso por “o qual” e suas variações (“A casa na qual cresci está impecável”). O pronome “cujo” (e variações) define uma ideia de posse com o termo antecedente, certo? “Os cachorros cujos donos...”, ou seja, “os donos dos cachorros”. São equivalentes ao pronome relativo “cujo” os seguintes: “do qual”, “de quem” e “de que” – “Os cachorros dos quais os donos...”. III. Por último, mas não menos importante, é aprendermos a utilizar a preposição em conjunto com o pronome relativo. A preposição será exigida pela oração a que o pronome relativo pertence. Preste atenção no primeiro exemplo: “O time para que torço venceu o campeonato”. Como vimos, temos duas orações, sendo que o pronome relativo pertence à que está sublinhada. Entrando em regência verbal, “quem torce, torce para o time”, correto? Logo, como o pronome relativo “que” substitui a expressão “o time”, ele também deverá ser precedido da preposição “para”, exigida pela regência do verbo “torcer”. O mesmo ocorre quando digo: “O time de que gosto venceu o jogo”. “Gosto do time”, portanto, “time de que gosto”. Assim, você deverá observar a regência da oração a que FIQUE ATENTO: O pronome “cujo” (e variações) é sempre um pronome adjetivo. Não se pode empregar artigo após esse pronome. Incorreto: “Os cachorros cujos os donos...”; Correto: “Os cachorros cujos donos....”
  • 27. pertence o pronome relativo, que poderá ser regência verbal e nominal, conforme será especificado na análise sintática das partículas “que” mais à frente. Existem pronomes relativos cuja preposição está implícita. É o caso do pronome “onde”, que quando substituído deverá ser acrescentada preposição na forma “em que”. Resumindo, devemos analisar os seguintes aspectos quando estamos diante de um pronome relativo:  O pronome relativo concordará em número e gênero (quando variável) com o termo que é retomado (antecedente), exceto o pronome relativo “cujo”, que concordará com o termo subsequente.  Existem pronomes relativos equivalentes, devendo-se atentar primordialmente à utilização correta das preposições na substituição.  Quando houver preposição que deva acompanhar o pronome relativo, ela será determinada a partir da oração a que o pronome relativo pertence. 3.3. VERBOS Pronto! Mais uma pedra no sapata do concurseiro! A matéria é extensa, portanto, a ideia aqui é estudarmos os principais pontos passíveis de serem cobrados em sua prova. Primeiro ponto importante é que o verbo é uma palavra variável (até demais!) e ele exprime uma ação ou um estado no tempo. O verbo é uma classe gramatical tão importante que ele tem o poder de transformar uma frase em oração. Assim, por exemplo, em “Que horror!”, não há verbo (dá-se o nome de frase nominal); contudo, em “Que horror foi isso!”, o verbo “foi” (“ser”) gerou uma oração e, consequentemente, é possível uma completa análise sintática desta última. Toda essa (louca) variação do verbo dá-se em número (plural ou singular), pessoa (primeira, segunda ou terceira), modo (indicativo, subjuntivo e imperativo) e tempo (passado, presente e futuro). Analise minuciosamente este esquema muito importante para você se situar na matéria: VERBO VARIA EM: PESSOA (conjugado em): PRIMEIRA PESSOA (EU/NÓS) SEGUNDA PESSOA (TU/VÓS) TERCEIRA PESSOA (ELE/ELES) NÚMERO (conjugado no): SINGULAR (EU/TU/ELE) PLURAL (NÓS, VÓS, ELES) MODO/TEMPO: INDICATIVO Presente Pretérito Perfeito Pretérito Imperfeito Pretérito mais-que-perfeito Futuro do Pretérito Futuro do Presente SUBJUNTIVO Presente Pretérito Futuro IMPERATIVO Presente
  • 28. Saiba que chamam-se verbos de primeira conjugação os verbos terminados em “ar” (cantar, dançar, nadar); de segunda conjugação os verbos terminados em “er” (comer, beber, correr); e de terceira conjugação os verbos terminados em “ir” (partir, dormir, sair). O verbo “por” é considerado de segunda conjugação, pois deriva da forma “poer”. CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS Os verbos se classificam de acordo com a flexão que sofrem ao longo de todas as suas formas de conjugação. Definem-se “flexão” as alterações que o verbo sofre em sua estrutura. Sabe-se que o verbo contém basicamente os seguintes elementos em sua estrutura conforme esquema abaixo (exemplo: verbo “esperar” na primeira pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo): ESPER Á VA MOS Radical Vogal temática Desinência modo-temporal Desinência número-pessoal Tema Nem todos os verbos apresentarão todos os elementos. E, de acordo com a variação dessas estruturas ao longo da conjugação, os verbos são classificados em cinco tipos, conforme abaixo especificado:  REGULARES: Os verbos regulares não apresentam modificações no radical nem nas desinências; os verbos de mesma conjugação (primeira, segunda ou terceira) vão apresentar estruturas equivalentes em todos os tempos e modos. A regra é os verbos serem regulares – a grande maioria o é.  IRREGULARES: Estes não seguem um modelo de conjugação. Eles sofrem alterações no radical ou nas desinências. Exemplos: dar, estar, fazer, pedir.  ANÔMALOS: Os verbos anômalos sofrem profundas alterações em seus radicais. Ou seja, são verbos irregulares, com enormes variações no radical. São dois: ser e ir.  DEFECTIVOS: “Defectivo” é sinônimo de “defeituoso”. São verbos que não apresentam algumas conjugações, como, por exemplo, “colorir” (não existe “eu coloro”). Os verbos impessoais (indicam fenômenos da natureza – chover, ventar, ...) são considerados defectivos.  ABUNDANTES: Em contramão dos verbos defectivos, os abundantes apresentam mais de uma forma para a mesma pessoa. No geral, ocorre no particípio do vero (impresso, imprimido). Agora, cabem alguns cuidados com os verbos reaver e precaver: 1) No presente do indicativo, conjugam-se apenas na primeira e na segunda pessoa do plural (reavemos, reaveis) – não existe “reavo”, “reaves”, “reave”, “reavem”. 2) No imperativo afirmativo, CUIDADO: Os verbos que sofrem modificações na grafia apenas para manter a uniformidade fonética são regulares. Por exemplo: Dirigir – dirijo.
  • 29. conjugam-se apenas na segunda pessoa do plural (“Precavei vós”) – cuidado: não existe “precaveja você”. 3) Não se conjugam no presente do subjuntivo. 4) Os demais tempos e modos se conjugam normalmente. CONJUGAÇÃO VERBAL Lembra que os verbos regulares seguem um modelo de conjugação? Pois bem. Existe um modelo para verbos de primeira conjugação, verbos de segunda conjugação e verbos de terceira conjugação. Assim, colocaremos um quadro geral aqui embaixo, com todos os tempos e modos verbais, com verbos regulares das três conjugações. Qualquer outros verbo regular seguirá a mesma lógica, ok? Começaremos então pelo modo indicativo: Os nomes dos tempos são um tanto quanto lógicos, observe: “pretérito” é sinônimo de “passado”; “pretérito perfeito” equivale a uma ação completamente concluído no passado (“falei”, “varri”, “parti”); “pretérito imperfeito” indica uma ação no passado, mas não pontualmente concluída (“falava”, “varria”, “partia”); “pretérito mais que perfeito” equivale a uma ação que ocorreu antes de algum momento determinado no passado (é uma ação “mais que acabada”) – “Quando chegou (ação passada), eu partira (ocorreu antes, “mais que passada”). Portanto, evite decorar puramente e utilize os nomes para se lembrar das conjugações. Ademais, leia a conjugação de um verbo diversas vezes e depois tente escrever a conjugação completa de outros em uma folha. MODO: INDICATIVO PRESENTE PRETÉRITO FUTURO PERFEIRO IMPERFEITO MAIS QUE PERFEITO DO PRESENTE DO PRETÉRITO 1ª CONJUGAÇÃO (Falar) EU Falo Falei Falava Falara Falarei Falaria TU Falas Falaste Falavas Falaras Falarás Falarias ELE Falas Falou Falava Falara Falará Falaria NÓS Falamos Falamos Falávamos Faláramos Falaremos Falaríamos VÓS Falais Falastes Faláveis Faláreis Falareis Falaríeis ELES Falam Falaram Falavam Falaram Falarão Falariam 2ª CONJUGAÇÃO (Varrer) EU Varro Varri Varria Varrera Varrerei Varreria TU Varres Varreste Varrias Varreras Varrerás Varrerias ELE Varre Varreu Varria Varrera Varrerá Varreria NÓS Varremos Varremos Varríamos Varrêramos Varremos Varreríamos VÓS Varreis Varrestes Varríeis Varrêreis Varrereis Varreríeis ELES Varrem Varreram Varriam Varreram Varrerão Varreriam 3ª CONJUGAÇÃO (Partir) EU Parto Parti Partia Partira Partirei Partiria TU Partes Partiste Partias Partiras Partirás Partirias ELE Parte Partiu Partia Partira Partirá Partiria NÓS Partimos Partimos Partíamos Partíramos Partiremos Partiríamos VÓS Partis Partistes Partíeis Partíreis Partireis Partiríeis ELES Partem Partiram Partiam Partiram Partirão Partiriam
  • 30. Agora, o modo subjuntivo: MODO: SUBJUNTIVO PRESENTE PRETÉRITO FUTURO 1ª CONJUGAÇÃO (Falar) EU Fale Falasse Falar TU Fales Falasses Falares ELE Fale Falasse Falar NÓS Falemos Falássemos Falarmos VÓS Faleis Falásseis Falardes ELES Falem Falassem Falarem 2ª CONJUGAÇÃO (Varrer) EU Varra Varresse Varrer TU Varras Varresses Varreres ELE Varra Varresse Varrer NÓS Varramos Varrêssemos Varrermos VÓS Varrais Varrêsseis Varrerdes ELES Varram Varressem Varrerem 3ª CONJUGAÇÃO (Partir) EU Parta Partisse Partir TU Partas Partisses Partires ELE Parta Partisse Partir NÓS Partamos Partíssemos Partirmos VÓS Partais Partísseis Partirdes ELES Partam Partissem Partirem Cabem, agora, algumas observações sobre o modo subjuntivo: 1) A maioria dos professores, quando ensinam o modo subjuntivo, colocam juntamente com o verbo as conjunções “que” (presente), “se” (pretérito) e “quando” (futuro). Assim, a conjugação é mais facilmente identificada: “Que eu fale”, “Se eu falasse” e “Quando eu falar”. Esse “macete” é perfeitamente cabível por um simples motivo: os verbos conjugados no subjuntivo são sempre utilizados em orações subordinadas (precedidas por conjunção). Assim, não faz sentido dizer apenas “Que eu fale!”, preciso de uma oração principal, na forma “Ele precisa que eu fale!”. Você pode utilizar esse artifício; cuidado, porém, que a conjunção não faz parte da conjugação, ok? 2) IMPORTANTE: Analise bem as conjugações no presente do subjuntivo. A vogal temática permanecerá imutável em todas as pessoas! Por isso, é incorreto dizer “Que nós partemos” (correto: “Que nós partamos”). Não esqueça isso! 3) O presente do subjuntivo servirá de base para o imperativo. Primeiramente, repare as suas semelhanças e diferenças a partir do quadro abaixo do imperativo: MODO: IMPERATIVO PRESENTE AFIRMATIVO NEGATIVO 1ª CONJUGAÇÃO (Falar) EU - - TU Fala Não Fales ELE Fale Não Fale NÓS Falemos Não Falemos
  • 31. VÓS Falai Não Faleis ELES Falem Não Falem 2ª CONJUGAÇÃO (Varrer) EU - - TU Varre Não Varras ELE Varra Não Varra NÓS Varramos Não Varramos VÓS Varrei Não Varrais ELES Varram Não Varram 3ª CONJUGAÇÃO (Partir) EU - - TU Parte Não Partas ELE Parta Não Parta NÓS Partamos Não Partamos VÓS Parti Não Partais ELES Partam Não Partam Agora, observações importantes sobre o modo imperativo: 1) Já foi dito que o imperativo advém do presente do subjuntivo, certo? Repare que as únicas conjugações no imperativo que não são equivalentes ao subjuntivo são as da segunda pessoa (singular e plural) no afirmativo – a forma negativa é completamente idêntica ao presente do subjuntivo. “E de onde vêm os verbos do imperativo em segunda pessoa?” Caro candidato, estas formas decorrem do presente do indicativo, com a supressão do “s”. Assim, o presente do indicativo é “Tu partes”, logo o imperativo será “Parte tu!”. 2) A grande confusão que as bancas tentam fazer é entre a utilização da segunda pessoa do singular e da terceira pessoa do singular, relacionada ao pronome de tratamento “você”. Vejamos abaixo: Assinale a opção correta: a) Parta logo! O ônibus não vai te esperar. b) Parte logo! O ônibus não vai te esperar. Lembra-se do capítulo de pronomes? A pessoa gramatical que utilizarmos em um discurso deverá ser mantida enquanto ele durar. Logo, não podemos “misturar” o pronome “tu” e o “você” em uma mesma frase. “E como eu vou saber qual utilizar, professora?” Simples! A própria questão irá te mostrar – ou através da conjugação de outro verbo na frase, ou através da utilização de pronomes oblíquos. Voltando à “questão” acima, qual o termo da oração que está especificando a pessoa a ser utilizada? Sim! O pronome oblíquo “te”, que se refere à segunda pessoa (tu). Portanto, iremos conjugar o verbo no imperativo na segunda pessoa: I. Pego o presente do indicativo (“Tu partes”); II. Tiro o “s” (“Parte”) e pronto. Encontramos o gabarito: letra “b”. 3) Em último lugar, uma dica prática para facilitar sua vida neste tipo de questão (confusões entre “tu” e “você”): Repare que as terminações dessas duas pessoas no imperativo são sempre “a” ou “e” (parta, parte, varra, varre, fala, fale). Quando você encontrar uma das
  • 32. formas (o “você” é mais fácil, pois vem direto do presente do subjuntivo), a outra será encontrará automaticamente trocando-se a vogal por “a” ou por “e”. Assim, pense rápido! Imperativo em segunda pessoa do singular do verbo “comer”: em vez de eu percorrer todo o caminho para achar o solicitado, já penso na terceira pessoa do presente do indicativo (“Que ele pense”); assim, tenho “pense você” e “pensa tu”. Fácil, não? FORMAS NOMINAIS DOS VERBOS Além dos três modos verbais estudados (indicativo, subjuntivo e imperativo), o verbo pode se apresentar em sua forma nominal. Chama-se forma nominal, pois ela não expressa nem o tempo nem o modo verbal, que deverão ser analisadas dentro da oração (através de outro verbo). São três as formas nominais dos verbos: infinitivo, gerúndio e particípio. Analisaremos cada uma delas abaixo:  INFINITIVO: Indica a própria ação verbal, é o verbo como se encontra no dicionário. Caracteriza-se pelas terminações “ar”, “er” e “ir”. Utilizando-se um verbo na forma infinitiva na oração, estaremos o aproximando do valor de um substantivo: “Cantar faz bem à alma”, “cantar” é um verbo no infinitivo.  GERÚNDIO: O gerúndio, no geral, apresenta uma ação em curso, caracterizada pelas desinências “ando”, “endo” e “indo”. Exemplo: “Estamos comendo”.  PARTICÍPIO: Indica, em regra, uma ação acabada ou uma característica no contexto. Caracteriza-se pelas terminações “ado”, “edo” e “ido”. É utilizado sempre para a construção da voz passiva. Exemplo: “Fui enganada!”. Existem verbos de particípio irregular. Nestes, não é possível a construção do particípio com a terminação usual (“ido”). Serão apresentados no quadro esquematizado abaixo – os derivados destes verbos também apresentam apenas a forma irregular: Dizer – Dito Pôr – Posto Escrever – Escrito (nunca “escrevido”) Abrir – Aberto (nunca “abrido”) Fazer – Feito (nunca “fazido”) Cobrir – Coberto (nunca “cobrido”) Ver - Visto Vir - Vindo VERBOS PRONOMINAIS Existem verbos que apenas se conjugam acompanhados de um pronome oblíquo. Por exemplo, em “Eu me arrependi”, o verbo arrepender necessariamente deverá ser acompanhado de pronome oblíquo – não existe a forma “Eu arrependi” ou “Eu arrependi alguém”. A esse pronome oblíquo dá-se o nome de partícula integrante do verbo e sempre se referirá ao sujeito. Exemplo: O rapaz queixou-se de dor.
  • 33. VOZES VERBAIS Observação: Se o estudo das vozes verbais ficar difícil, estude primeiramente o capítulo da Sintaxe de Oração. Este é um dos itens mais cobrados em concursos públicos. Portanto, vamos estuda-lo de forma que não restem dúvidas. Primeiramente, você precisa ter em mente que existem dois tipos de verbos quanto à atitude: verbos de ação e verbos neutros. Os verbos de ação têm um significado por si só, ou seja, expressam uma ação ou uma atitude. Por exemplo, em “Carlos correu o percurso inteiro”, o verbo “correr” indica uma ação praticada pelo sujeito. Quanto aos verbos de ação, o seu sujeito pode ser agente, paciente ou agente e paciente ao mesmo tempo. Assim, em “João ama Maria”, o verbo “amar” é de ação e o sujeito “João” é agente (ele pratica a ação); já em “João é amado por Maria”, temos uma locução verbal (“é amado”) de ação e, agora, o sujeito “João” é paciente (ele sofre a ação); Por último, em “João se ama”, o sujeito (“João”) pratica e sofre a ação, logo é um sujeito agente e paciente ao mesmo tempo. Os verbos neutros não denotam uma ação propriamente dita, mas indicam apenas um estado do sujeito. Por exemplo, em “O rapaz estava alegre”, o verbo “estar” não indica uma ação do sujeito, portanto, é considerado um verbo neutro. Se você entendeu essas diferenças, ficará fácil o estudo das vozes verbais. A atitude do sujeito (agente, paciente ou agente e paciente) determinará a voz verbal: se voz ativa, voz passiva ou voz reflexiva. Assim, voz verbal é a relação que o verbo tem com o sujeito da oração, se agente, paciente ou ambos. Primeira conclusão que podemos tirar é a seguinte:  VOZ ATIVA: Quando o sujeito de uma oração é o agente – ou seja, ele apenas pratica a ação-, diz-se que o verbo está na voz ativa. Exemplo: Os pesquisadores descobriram a cura do câncer.  VOZ PASSIVA: Quando o sujeito de uma oração é o paciente – ou seja, ele está apenas sofrendo a ação, diz-se que o verbo está na voz passiva. Exemplo: A cura do câncer foi descoberta pelos pesquisadores.  VOZ REFLEXIVA: Quando o sujeito é, ao mesmo tempo, paciente e agente – ou seja, ele pratica e sofre a ação por ele executada-, diz-se que o verbo está na voz reflexiva. Exemplo: João se ama. TRANSFORMAÇÃO DA VOZ VERBAL É possível que qualquer oração que esteja na voz ativa seja transformada para a voz passiva, e vice-versa. As orações na voz reflexiva não podem ser transformadas. CUIDADO: O estudo das vozes verbais se restringe aos verbos de ação, uma vez que com os verbos de estado não é possível definir a atitude do sujeito, já que estes são neutros.
  • 34. Assim, falar que “Os pesquisadores descobriram a cura do câncer” ou que “A cura do câncer foi descoberta pelos pesquisadores” significa a mesma coisa, concorda? Estou apenas alterando a voz verbal e as relações sintáticas dentro da oração – mas a ideia se mantém. Resumindo então, conforme já estudamos: 1) Voz reflexiva, que é composta por verbo de ação, não possui transformação equivalente; 2) Os verbos de estado (neutros) não possuem voz verbal, portanto, também não é possível a transformação aqui; Agora, grave isto: a transformação da voz ativa para a voz passiva só será possível se existir um objeto direto na oração em voz ativa. Invertendo o raciocínio, de uma oração com um verbo na voz passiva existirá uma expressão que exercerá a função de objeto direto na voz ativa – se não existisse, a voz passiva nem seria possível. Assim, completando nosso resumo das possibilidades de transformação de voz verbal de ativa para passiva, temos: 1) Voz reflexiva, que é composta por verbo de ação, não possui transformação equivalente; 2) Os verbos de estado (neutros) não possuem voz verbal, portanto, também não é possível a transformação aqui; 3) Para verbos de ação intransitivos ou transitivos indiretos, não é possível a transformação para a voz passiva. A transformação é uma só. Mas vamos dividir em “casos” abaixo para facilitar a compreensão: 1º CASO: Oração com estrutura completa (sujeito + verbo + objeto direto) Quando há em uma oração um verbo na voz ativa que possui um objeto direto, ela pode ser transformada para a voz passiva, através dos seguintes passos (acompanhe com o exemplo logo abaixo): 1) O objeto direto da voz ativa se tornará o sujeito da voz passiva; 2) O verbo da voz ativa será transformado em uma locução verbal (composta pelo verbo “ser”/”estar” mais o verbo da ativa), conjugando a locução EXATAMENTE no mesmo tempo e modo do verbo da voz ativa; 3) O sujeito da voz ativa se tornará o agente da passiva na voz passiva. VOZ ATIVA Joaquim prestou o concurso. Sujeito Verbo de ação ativa Objeto Direto VOZ PASSIVA O concurso foi prestado por Joaquim. Sujeito Locução verbal ação passiva Agente da passiva
  • 35. No exemplo acima, na voz ativa existe um objeto direto (“o concurso”) que se tornou o sujeito da voz passiva (“O concurso”); existe um verbo de ação (“prestou”) no pretérito perfeito do indicativo, ao qual foi acrescido o verbo “ser”, no mesmo tempo e modo, formando uma locução verbal (“foi prestado”); e existe o sujeito da voz ativa (“Joaquim”), que se tornou o agente da passiva na voz passiva (“por Joaquim”). 2º CASO: Oração com sujeito indeterminado (Verbo + objeto direto) A lógica da transformação é a mesma da exposta acima. Então, responda: O que ocorre com a voz passiva quando a voz ativa não possui sujeito (sujeito é indeterminado)? Não existirá o agente da passiva na voz passiva! Analise o exemplo abaixo: VOZ ATIVA - Prestaram o concurso. - Verbo de ação ativa Objeto Direto VOZ PASSIVA O concurso foi prestado. - Sujeito Locução verbal ação passiva - 3º CASO: Oração “super” completa (Sujeito + verbo + objeto direto + objeto indireto) É requisito para que seja possível a transformação da voz verbal que exista um objeto direto, certo? Mas não impede que, juntamente com este, haja um objeto indireto na oração. A lógica, ainda, permanecerá a mesma, como segue abaixo: VOZ ATIVA Joaquim entregou o presente ao seu filho. Sujeito Verbo de ação ativa Objeto Direto Objeto Indireto VOZ PASSIVA O presente foi entregue por Joaquim ao seu filho. Sujeito Locução verbal ação passiva Agente da passiva Objeto Indireto Aqui é importante sabermos que o objeto indireto permanecerá como objeto indireto; os demais termos sofrem a transformação normalmente. Importante destacar que a transformação da voz ativa para a voz passiva (e vice- versa) não altera a atitude do sujeito. Assim, no exemplo acima, “Joaquim”, sujeito na voz
  • 36. ativa, pratica a ação – é um sujeito agente; repare que na voz passiva, “Joaquim” ainda pratica a ação. Da mesma forma “O presente” sofre a ação (paciente) tanto na voz ativa, como na voz passiva. 4º CASO: Oração com locução verbal (Sujeito + locução verbal + objeto direto) Ainda permanecerá a lógica: à locução verbal ativa será acrescentado o verbo auxiliar “ser”/”estar”, mantendo-se o tempo e o modo verbal. Analise: VOZ ATIVA Joaquim estava prestando o concurso. Sujeito Locução verbal de ação ativa Objeto Direto VOZ PASSIVA O concurso estava sendo prestado por Joaquim. Sujeito Locução verbal ação passiva Agente da passiva Chamaremos o verbo “estava” de verbo auxiliar 01, o verbo “prestado” de verbo principal e o verbo “sendo” de verbo auxiliar 02. Quando a oração ativa possuir locução verbal, a transformação verbal dar-se-á da seguinte forma: a) O verbo auxiliar 01 da voz passiva irá ser conjugado no mesmo tempo e modo verbal da voz ativa (concordando com o novo sujeito); b) O verbo auxiliar 02 irá adquirir a forma nominal do verbo principal da voz ativa (no caso em exemplo, gerúndio); e c) o verbo principal irá para o particípio. Destacaremos algumas conclusões importantes: 1) A locução verbal da voz passiva sempre será formada por um verbo a mais (verbo auxiliar “ser” e “estar” que o verbo da voz ativa. 2) O verbo principal da voz ativa sempre irá para o particípio na voz passiva. 3) O objeto direto da voz ativa sempre será o sujeito da voz passiva. 4) Nem sempre existirá agente da passiva. VOZ PASSIVA SINTÉTICA A forma passiva que estudamos até agora chama-se voz passiva analítica. Existe, porém, a voz passiva sintética. A principal diferença entre elas é estar explícito o verbo “ser” na oração (passiva analítica) ou não (passiva sintética). Ambas as formas terão o sujeito paciente, porém, na passiva sintética, o verbo auxiliar “ser”/”estar” estará subentendido através da utilização da partícula apassivadora “se”. Observe o exemplo abaixo: VOZ PASSIVA O concurso foi prestado. - Sujeito Locução verbal ação passiva -
  • 37. VOZ PASSIVA Prestou- se o concurso. - Verbo de ação passiva Sujeito - Repare que: “o concurso” exerce a função sintática de sujeito em ambas as formas passivas; o verbo perdeu o auxiliar “ser”, mantendo-se no mesmo tempo e modo verbal, concordando ainda com o sujeito “o concurso”; Acrescentou-se a partícula apassivadora “se”. Então, agora temos três orações equivalentes em sentido: “Prestaram o concurso” (voz ativa), “O concurso foi prestado.” (Voz passiva analítica) e “Prestou-se o concurso” (voz passiva sintética). CUIDADO: O verbo na voz passiva sintética deverá concordar com o sujeito! Assim, é correto dizer: “Prestaram-se os concursos” e não “prestou-se os concursos”.
  • 38. EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta o emprego correto do pronome, de acordo com a norma culta: a) O diretor mandou eu entrar na sala. b) Preciso falar consigo o mais rápido possível. c) Cumprimentei-lhe assim que cheguei. d) Ele só sabe elogiar a si mesmo. e) Após a prova, os candidatos conversaram entre eles. 2. (IBGE) Assinale a opção em que houve erro no emprego do pronome pessoal em relação ao uso culto da língua: a) Ele entregou um texto para mim corrigir. b) Para mim, a leitura está fácil. c) Isto é para eu fazer agora. d) Não saia sem mim. e) Entre mim e ele há uma grande diferença. 3. (TRE-MG) Assinale a opção em que a colocação do pronome oblíquo está incorreta quanto à norma culta da língua: a) Não pude dar-lhe os cumprimentos, por estar fora da cidade. b) Agora tem-se dado muito apoio técnico ao pequeno empresário. c) Ter-lhe-íamos pedido ajuda, se o víssemos antes do resultado. d) Como me propiciou momentos agradáveis, fui bastante paciente. e) Quem o levará a tomar decisões tão importantes para o País? 4. (BB) Colocação incorreta: a) Preciso que venhas ver-me. b) Procure não desapontá-lo. c) O certo é fazê-los sair. d) Sempre negaram-me tudo. e) As espécies se atraem. 5. (EPCAR) Imagine o pronome entre parênteses no lugar devido e aponte onde não deve haver próclise: a) Não entristeças. (te) b) Deus favoreça. (o) c) Espero que faças justiça. (se) d) Meus amigos, apresentem em posição de sentido. (se) e) Ninguém faça de rogado. (se) 6. (TTN) Assinale a frase em que a colocação do pronome pessoal oblíquo não obedece às normas do português padrão: a) Essas vitórias pouco importam; alcançaram-nas os que tinham mais dinheiro.
  • 39. b) Entregaram-me a encomenda ontem, resta agora a vocês oferecerem-na ao chefe. c) Ele me evitava constantemente!... Ter-lhe-iam falado a meu respeito? d) Estamos nos sentido desolados: temos prevenido-o várias vezes e ele não nos escuta. e) O Presidente cumprimentou o Vice dizendo: - Fostes incumbido de difícil missão, mas cumpriste-la com denodo e eficiência. 7. (FTU) A frase em que a colocação do pronome átono está em desacordo com as normas vigentes no português padrão do Brasil é: a) A ferrovia integrar-se-á nos demais sistemas viários. b) A ferrovia deveria-se integrar nos demais sistemas viários. c) A ferrovia não tem se integrado nos demais sistemas viários. d) A ferrovia estaria integrando-se nos demais sistemas viários. e) A ferrovia não consegue integrar-se nos demais sistemas viários. 8. (FFCL-SANTO ANDRÉ) Assinale a alternativa correta: a) A solução agradou-lhe. b) Eles diriam-se injuriados. c) Ninguém conhece-me bem. d) Darei-te o que quiseres. e) Quem contou-te isso? 9. (CESGRANRIO) Indique a estrutura verbal que contraria a norma culta: a) Ter-me-ão elogiado. b) Tinha-se lembrado. c) Teria-me lembrado. d) Temo-nos esquecido. e) Tenho-me alegrado. 10. (MACK) A colocação do pronome oblíquo está incorreta em: a) Para não aborrecê-lo, tive de sair. b) Quando sentiu-se em dificuldade, pediu ajuda. c) Não me submeterei aos seus caprichos. d) Ele me olhou algum tempo comovido. e) Não a vi quando entrou. 11. (MACK) Assinale a alternativa que apresenta erro de colocação pronominal: a) Você não devia calar-se. b) Não lhe darei qualquer informação. c) O filho não o atendeu. d) Se apresentar-lhe os pêsames, faço-o discretamente. e) Ninguém quer aconselhá-lo. 12. (EPCAR) O que é pronome interrogativo na frase: a) Os que chegaram atrasados farão a prova.
  • 40. b) Se não precisas de nós, que vieste fazer aqui? c) Quem pode afiançar que seja ele o criminoso? d) Teria sido o livro que me prometeste? e) Conseguirias tudo que desejas? 13. (TFT-MA) "O individualismo não a alcança." A colocação do pronome átono está em desacordo com a norma culta da língua, na seguinte alteração da passagem acima: a) O individualismo não a consegue alcançar. b) O individualismo não está alcançando-a. c) O individualismo não a teria alcançado. d) O individualismo não tem alcançado-a. e) O individualismo não pode alcançá-la. 14. (SANTA CASA) Há um erro de colocação pronominal em: a) "Sempre a quis como namorada." b) "Os soldados não lhe obedeceram as ordens." c) "Todos me disseram o mesmo." d) "Recusei a idéia que apresentaram-me." e) "Quando a cumprimentaram, ela desmaiou." 15. (BB) Pronome empregado incorretamente: a) Nada existe entre eu e você. b) Deixaram-me fazer o serviço. c) Fez tudo para eu viajar. d) Hoje, Maria irá sem mim. e) Meus conselhos fizeram-no refletir. 16. (UC-MG) Encontramos pronome indefinido em: a) "Muitas horas depois, ela ainda permanecia esperando o resultado." b) "Foram amargos aqueles minutos, desde que resolveu abandoná-las." c) "A nós, provavelmente, enganariam, pois nossa participação foi ativa." d) "Havia necessidade de que tais idéias ficassem sepultadas." e) "Sabíamos o que você deveria dizer-lhe ao chegar da festa." 17. (SANTA CASA) Complete as lacunas: Do lugar onde ......., ....... um belo panorama, em que o céu ...... com a terra. a) se encontravam - divisava-se - se ligava b) se encontravam - divisava-se - ligava-se c) se encontravam - se divisava - ligava-se d) encontravam-se - divisava-se - se ligava e) encontravam-se - se divisava - se ligava 18. (UF-RJ) Numa das frases, está usado indevidamente um pronome de tratamento. Assinale-a:
  • 41. a) Os Reitores das Universidades recebem o título de Vossa Magnificência. b) Sua Excelência, o Senhor Ministro, não compareceu à reunião. c) Senhor Deputado, peço a Vossa Excelência que conclua a sua oração. d) Sua Eminência, o Papa Paulo VI, assistiu à solenidade. e) Procurei o chefe da repartição, mas Sua Senhoria se recusou a ouvir as minhas explicações. 19. (UF-MA) Identifique a oração em que a palavra certo é pronome indefinido: a) Certo perdeste o juízo. b) Certo rapaz te procurou. c) Escolheste o rapaz certo. d) Marque o conceito certo. e) Não deixe o certo pelo errado. 20. (CARLOS CHAGAS) "Se é para ....... dizer o que penso, creio que a escolha se dará entre ....... ." a) mim, eu e tu b) mim, mim e ti c) eu, mim e ti d) eu, mim e tu e) eu, eu e ti 21. (IBGE) Todos se .......... à espera dos resultados que .......... em breve. Preenche corretamente as lacunas da frase acima a opção: a) detêem – viriam d) detiveram - vêem b) detêm – virão e) deteram - vêm c) detém – vêem 22. (IBGE) Preencha as lacunas com as formas adequadas dos verbos entre parênteses e assinale a sequência correta: Quando eles ....I.... (refazer) o relatório, ....II.... (receber) a primeira parcela do pagamento. Se você ....III.... (poder) cumprir os prazos, ....IV.... (ficar) liberado mais cedo. a) refazerem receberiam puder ficara b) refazerem receberão pode ficou c) refizerem receberão pudesse ficaria d) refizerem receberiam pôde ficava e) refizessem receberão podia ficará 23. (FTU) "Pensemos no avião, pensemos no caminhão, pensemos no navio, mas não esqueçamos o trem." Das alterações feitas no final da frase acima, a inaceitável, por apresentar a forma verbal em modo ou tempo diferente do da forma em negrito, é: a) mas não receemos o trem
  • 42. b) mas não nos riamos do trem c) mas não renunciemos ao trem d) mas não descreiamos do trem e) mas não nos olvidamos do trem 24. (MACK) A forma verbal correta é: a) interviu d) entretesse b) reavenha e) manteram c) precavesse 25. (TFT-MA) "se a queremos legítima." Das alterações feitas na passagem ao lado, a que tem erro de flexão verbal é: a) se virmos sua legitimidade b) se propormos sua legitimidade c) se reouvermos sua legitimidade d) se mantivermos sua legitimidade e) se requerermos sua legitimidade 26. (EPCAR) Há uma forma verbal errada na alternativa: a) queixai-vos b) queixamos-nos c) queixávamo-nos d) queixáveis-vos e) queixásseis-vos 27. (CESESP-PE) Assinale a alternativa que estiver incorreta quanto à flexão dos verbos: a) Ele teria pena de mim se aqui viesse e visse o meu estado. b) Paulo não intervém em casos que requeiram profunda atenção. c) O que nós propomos a ti, sinceramente, convém-te. d) Se eles reouverem suas forças, obterão boas vitórias. e) Não se premiam os fracos que só obteram derrotas. 28. (CARLOS CHAGAS-BA) Transpondo para a voz passiva a frase: "Haveriam de comprar, ainda, um trator maior", obtém-se a forma verbal: a) comprariam b) comprar-se-ia c) teria sido comprado d) ter-se-ia comprado e) haveria de ser comprado 29. (CESGRANRIO) Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente empregada em relação à norma culta da língua:
  • 43. a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria exultante. b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que usava. c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte. d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos. e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho do filho. 30. (CESGRANRIO) Assinale a opção que não completa corretamente as lacunas da frase abaixo: Quando os convidados da comadre ....... Leonardo ....... para dançar o minuete da corte. a) chegarem - teve de chamá-los b) tivessem chegado - teve de chamá-los c) chegaram - foi chamá-los d) chegassem - haveria de chamá-los e) tiverem chegado - deverá chamá-los GABARITO 1 D 2 A 3 B 4 D 5 D 6 D 7 B 8 A 9 C 10 B 11 D 12 B 13 D 14 D 15 A 16 A 17 A 18 D 19 B 20 C 21 B 22 C 23 E 24 C 25 B 26 B 27 E 28 E 29 B 30 A
  • 44. 4. SINTAXE DE REGÊNCIA Aqui, não existe uma fórmula mágica de estudo: precisa ler, praticar e persistir. A regência advém da interdependência entre as palavras para formar um significado. Por exemplo, em “anexo o documento” e “anexo ao documento”, há sentidos completamente diferentes: no primeiro, o próprio documento é anexado; no segundo, algo é anexado ao documento. Essa variação de sentido ocorreu devido às diferentes relações entre as palavras – uma com o uso de preposição, outra não. Na língua existem palavras que se relacionam e, dependendo do valor semântico desejado, o uso de preposição pode ser obrigatório. “E como saberei se devo usar a preposição?” Bom, aí precisamos analisar o termo regente (a primeira palavra cujo sentido será complementado pela segunda). Caso o termo regência exigir, devido à norma culta da Língua Portuguesa, o termo regido (segunda palavra que completa o sentido da primeira) será precedido por preposição. Portanto, não há regras prontas. Devemos analisar palavra por palavra. Óbvio que você não deve decorar a regência de todas as palavras da língua portuguesa: a maioria delas é óbvia; algumas mais difíceis e que mais caem em concursos serão a seguir discriminadas. A regência se divide em dois: regência verbal e regência nominal. 4.1. REGÊNCIA NOMINAL Apesar de não ser exigido em seu concurso as classes gramaticais, você precisa saber diferenciar o verbo das demais. Quando o termo regente for um verbo, tem-se a regência verbal. Quando o termo regente não for um verbo, tem-se a regência nominal – que geralmente se dá com um termo regente substantivo. Importante destacar que há palavras que admitem mais de uma regência (por exemplo, “anexo” do exemplo acima), podendo essa troca de preposição alterar ou não o significado da expressão. Colocar-se-á um quadro com as principais regenciais nominais. Grife aquelas que parecem estranhas a seus olhos e as leia insistentemente. Dê prioridade às regenciais nas quais existe uma única preposição possível de ser utilizada: REGÊNCIA NOMINAL REGENTE PREPOSIÇÃ O REGENTE PREPOSIÇÃ O REGENTE PREPOSIÇÃO Abrigado A, com, de, em, sob Fértil De, em Proveitoso A, para Acessível A,, para, por Firme Em Próximo A, de Acostumado A, com Forte De, em, para Querido A, de, em, por Adequado A, com, para Franco A, com, e, sobre Referente A Adepto A Furioso Com, contra, por Relacionado Com Admiração A, por Generoso Com Relativo A Afável A, com, para com Grato A, por Rente A, com, de, por
  • 45. Agradável A, de, para Hábil Em, para Residente Em Alheio A, de Habituado A, com, sobre Respeito A, com, de, em, entre, para, com, por Amante De Furioso Com, contra, por Satisfeito Com, de, em, por Amoroso Com, para, para com Horror A, de, diante de, por Sensível A Análogo A Hostil A, contra, para com Simpatia A, por Ansioso De, para, por Ida A, para Sito Em, entre Anterior A Idêntico A, em Situado A, em, entre Aparentado A, com Imediato A Solicito Com, de, para, para com, por Apto A, para Impaciente Com, de, por Suspeito A, de Atento A, em, para Impotente A, ante, contra, diante de, em, para Temeroso A, de, em Atentado A, contra Impróprio A, de, para Temível A, para Avaro A, de Imune A, de Tendência - A, para Avesso A, de em Inábil Em, para Triste Com, de, em, por Ávido De, por Inacessível A União A, com, de, entre Bacharel Em, por Incapaz De, em, para Único A, em, entre, sobre Banhado De, em, por Incompatível Com Usual Entre Benéfico A Incompreensíve l A, para Útil A, em, para Capacidade - De, para Inconstante Em Utilidade A, em, para Capaz De, para Incrível A, para Utilizado Em Caritativo Com, para com Indeciso Em, entre, quanto a. Sobre Vacilante Em Caro A, de Indiferente A Vagaroso Em Certo Com, de, em, para Indigno De Vaidade De Cheio Com, de Indulgente Com, para, para com Vaidoso De, em Cheiro A, de Inerente A, em Vário De Cobiçoso De Inofensivo A, para Vazio De Compatível Com Insensível A Vedado A, por Comum A. Com. De, em, entre, para Intolerante A, com, em, para Velado A, de, por Conforme A, com. Em, para Junto A, de, com Vencido De, em, por Convivente Com, em Leal Com, em, para com Vendido A, por Constante De, em Lento De, em Veneração A, de, para, com, por Contemporâne o A, de Liberal Com, de, em, para Venerado Por Contente - Com, por, de Longe De Venerável A, por Contíguo A, com Maior De Venturoso Com, por Contrário A, de, em, por Mau Com, para, para com Verdade De, em, sobre Cruel A, com, em, Medo A, de Vergonha De, para
  • 46. para, para com Cuidadoso Com, de, em Menor De Versado Em Cúmplice De, em, para Morador De, em Vestido A, com, de, para, por Curioso A, de Natural A, de, em Veto A, contra Desagradável A, de, para Necessário A, em, para Viagem A, através, de, em, por Desatento A Negligente Em Vinculado A, com, por Descontente Com, de Nocivo A Visível A Desejoso De Obediente A Vizinho A, com, de Desfavorável A, para Odioso A, para, por Vulgar A, em, entre Desleal A, com, para com Oneroso A, para Vulgarizado Em, por Devoto A, de Orgulhoso Com, de, em, por Vazio De Devoção A, para, com, por Paralelo - A Favorável A Diferente Com, de, em, entre, por Parco Com, de, em Feliz Com, de, em, por Digno De Parecido A, com, em Fácil A, de, em, para Diverso De, em Passível De Falho De, em Dócil A, para Peculiar A, de Falto De Doutor De, em Perito Em Fanático Por Equivalente A Pernicioso A Proeminênci a Sobre Empenho De, em, por Pertinaz Em Pronto A, em, para Emulo De, em Perto De Propicio A, para Entendido Em, por Piedade Com, de, para, para com, por Próprio A, de, para Erudito Em Posterior A Exalo Em Escasso De Preferível A Estranho A, de Essencial A, de, em, para Prejudicial A Prestes A, em, para Vamos ver como este assunto é cobrado em provas de concurso público: (CESGRANRIO/2014) No par de frases abaixo, os usos das preposições nas expressões destacadas estão de acordo com a norma-padrão em: a) O fumo é nocivo à saúde – O fumo é danoso com a saúde. b) Apaguei todas as lembranças do passado – Apaguei todas as memórias do passado. c) Ela é hábil para trabalhos manuais – Ela tem habilidade com trabalhos manuais. d) Suas ideias não estão compatíveis com os meus interesses – Suas ideias são incompatíveis aos meus interesses. e) Tenho loucura por conhecer a Europa – Sou louco a conhecer a Europa. Resolução: Vamos analisar as regências nominais corretas dos nomes em destaque: a) nocivo – a; danoso – a; b) lembrança – de; memórias – de; c) hábil – em, para; habilidade – de, para; d) compatíveis – com; incompatíveis – com; e) loucura – em; louco – para. Portanto, gabarito: letra B. 4.2. REGÊNCIA VERBAL O foco de seu estudo em relação à regência deve estar aqui. A regência verbal é sem dúvida mais exigida em provas de concursos públicos. E por quê? Pois a regência verbal é
  • 47. menos flexível que a regência nominal. Ou seja, as preposições são mais bem definidas e praticamente únicas para cada verbo existente na língua. A regência do verbo está diretamente ligada à sua transitividade. A transitividade de um verbo caracteriza a forma como ele se relaciona com seu complemento. Os verbos podem ser intransitivos, transitivos diretos, transitivos indiretos ou transitivos diretos e indiretos. Os verbos intransitivos possuem significado por si só; ou seja, dispensam o uso de qualquer complemento (“ele dormiu”). Os verbos transitivos exigem complemento, com os quais podem se relacionar diretamente – sem o uso de preposição (“Eu comi uma maçã”) - o indiretamente – com o uso de preposição entre o verbo e o complemento (“Iremos ao show”). O foco de nosso estudo aqui serão os verbos transitivos indiretos. Qual a preposição exigida por cada um deles? Exatamente isso que devemos saber; assim como quando não se utilizar preposição. O estudo da regência verbal é fundamental para o próximo capítulo de crase. Portanto, preste atenção nos verbos que exigem a preposição “a”. Abdicar - Abdicar algo ou de algo. Exemplo: O presidente abdicou o cargo. O presidente abdicou do cargo. Acarretar –Acarretar algo a alguém. Exemplo: A crise acarretou fome à população. CUIDADO: Acarretar em algo não existe Agradecer – Agradecer algo a alguém. Exemplo: Agradeci o favor ao homem. Aspirar (almejar) –Aspirar a algo. Exemplo: Ele aspira ao concurso. Aspirar (cheirar) –Aspirar algo. Exemplo: Ela aspirou o perfume. Assistir (ver) –Assistir a algo. Exemplo: Ele assistiu ao jogo. Assistir (ajudar) – Assistir alguém. Exemplos: O médico assistiu o paciente. Avisar – Avisar algo a alguém. Exemplo: Avisei o ocorrido à polícia. Avisar –Avisar alguém de algo. Exemplo: Avisei a polícia do ocorrido. CUIDADO: Seguem a mesma Regência de avisar os seguintes verbos: aconselhar, certificar, Ir –Ir a algum lugar. Exemplo: Ele foi ao parque. CUIDADO: Na norma culta não se usa “ir em algum lugar”. Lembrar –Lembrar algo. Exemplo: Ele lembrou a reunião. Lembrar-se –Lembrar-se de algo. Exemplo: Ele se lembrou da reunião. CUIDADO: Não se usa “lembrei do rapaz”; o correto é “lembrei o rapaz” ou “lembrei-me do rapaz.” Morar –Morar em algum lugar. Exemplo: Eu moro em Recife. Namorar –Namorar alguém. Exemplo: Eu namoro ele. CUIDADO: Na norma culta não se usa “namorar com alguém”. Obedecer –Obedecer a algo. Exemplo: Obedeci às ordens. Pagar –Pagar algo a alguém. Exemplo: Paguei o aluguel ao dono. CUIDADO: Na norma culta não se usa “pagamos
  • 48. cientificar, encarregar, impedir, incumbir, informar, notificar, prevenir, proibir. Chamar (apelidar) –Chamar alguém ou a alguém. Exemplo: Chamou o rapaz. Chegar – Chegar a algum lugar. Exemplo: Chegamos ao parque. CUIDADO: Na norma culta não se usa “chegar em algum lugar”. Constar –Constar de algo ou em algo. Exemplo: Seu nome consta do registro. Custar (ser difícil) – Custar a alguém. Exemplo: A aprovação custou ao garoto. Dar - Dar algo a alguém. Exemplo: Dei o presente ao menino. Dar (gerar, parir) – Dar alguém à luz. Exemplo: A mãe deu o bebê à luz. Entregar –Entregar algo em algum lugar ou a alguém. Exemplo: Ele entregou a encomenda em casa. CUIDADO: Não se usa “entregar a algum lugar”. Esquecer –Esquecer algo. Exemplo: Ele esqueceu o casaco. Esquecer-se – Esquecer-se de algo. Exemplo: Ele se esqueceu do casaco. CUIDADO: É incorreto “esqueci do encontro”; o correto é “esqueci o encontro” ou “esqueci-me do encontro”. Implicar (acarretar) – Implicar algo. Exemplo: A desordem implicou guerra. CUIDADO: Não use “implicar em algo”. Voltar –Voltar a algo. Exemplo: Volte ao parque. CUIDADO: Na norma culta não se usa „voltar em algum lugar”. o dono”. Usa-se “pagamos ao dono”. Perdoar – Perdoar algo a alguém. Exemplo: Eu perdoei o erro ao meu filho. CUIDADO: Na norma culta não se usa “ele perdoou o filho”. Usa-se “ele perdoou ao filho”. Preferir – Preferir algo a outra coisa. Exemplo: Ele prefere maçã à uva. CUIDADO: Na norma culta não se usa “prefiro mais algo do que outra coisa”. Proceder (realizar) –Proceder a algo. Exemplo: Ele procedeu ao exame. Proceder (vir) – Proceder de algo. Exemplo: Ele procede da Itália. Proceder (ter cabimento) – Proceder. Exemplo: O erro procede. Querer (desejar) – Querer algo. Exemplo: Quero chocolate. Querer (amar) – Querer a alguém. Exemplo: A esposa quer bem ao marido. Ser – Ser. Exemplo: Eles eram seis homens. CUIDADO: Na norma culta não se usa “eles eram em seis”. Simpatizar – Simpatizar com algo. Exemplo: Simpatizo com você. Visar (mirar) –Visar algo. Exemplo: Ele visou o pássaro. Visar (assinar) –Visar algo. Exemplo: Ele visou o cheque. Visar (desejar, objetivar) – Visar a algo. Exemplos: Ele visava ao concurso.
  • 49. EXERCÍCIOS DO CAPÍTULO 1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta a regência verbal incorreta, de acordo com a norma culta da língua: a) Os sertanejos aspiram a uma vida mais confortável. b) Obedeceu rigorosamente ao horário de trabalho do corte de cana. c) O rapaz presenciou o trabalho dos canavieiros. d) O fazendeiro agrediu-lhe sem necessidade. e) Ao assinar o contrato, o usineiro visou, apenas, ao lucro pretendido. 2. (IBGE) Assinale a opção que contém os pronomes relativos, regidos ou não de preposição, que completam corretamente as frase abaixo: Os navios negreiros, ....... donos eram traficantes, foram revistados. Ninguém conhecia o traficante ....... o fazendeiro negociava. a) nos quais / que b) cujos / com quem c) que / cujo d) de cujos / com quem e) cujos / de quem 3. (IBGE) Assinale a opção em que as duas frases se completam corretamente com o pronome lhe: a) Não ..... amo mais. / O filho não ..... obedecia. b) Espero-..... há anos. / Eu já ..... conheço bem. c) Nós ..... queremos muito bem. / Nunca ..... perdoarei, João. d) Ainda não ..... encontrei trabalhando, rapaz. / Desejou-..... felicidades. e) Sempre ..... vejo no mesmo lugar. / Chamou-..... de tolo. 4. (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem ser seguidos pela mesma preposição: a) ávido / bom / inconseqüente b) indigno / odioso / perito c) leal / limpo / oneroso d) orgulhoso / rico / sedento e) oposto / pálido / sábio 5. (UF-FLUMINENSE) Assinale a frase em que está usado indevidamente um dos pronomes seguintes: o, lhe. a) Não lhe agrada semelhante providência? b) A resposta do professor não o satisfez. c) Ajudá-lo-ei a preparar as aulas. d) O poeta assistiu-a nas horas amargas, com extrema dedicação. e) Vou visitar-lhe na próxima semana. 6. (BB) Regência imprópria:
  • 50. a) Não o via desde o ano passado. b) Fomos à cidade pela manhã. c) Informou ao cliente que o aviso chegara. d) Respondeu à carta no mesmo dia. e) Avisamos-lhe de que o cheque foi pago. 7. (BB) Alternativa correta: a) Precisei de que fosses comigo. b) Avisei-lhe da mudança de horário. c) Imcumbiu-me para realizar o negócio. d) Recusei-me em fazer os exames. e) Convenceu-se nos erros cometidos. 8. (EPCAR) O que devidamente empregado só não seria regido de preposição na opção: a) O cargo ....... aspiro depende de concurso. b) Eis a razão ....... não compareci. c) Rui é o orador ....... mais admiro. d) O jovem ....... te referiste foi reprovado. e) Ali está o abrigo ....... necessitamos. 9. (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles ....... o diretor se referia. a) de que - que b) a cujos - cujos c) por que – que d) cujos - cujo e) a que - a que 10. (FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de noite, no silêncio. A alternativa que completa corretamente as lacunas da frase acima é: a) as quais / de cujo b) a que / no qual c) de que / o qual d) às quais / cujo e) que / em cujo
  • 51. GABARITO 1 D 2 D 3 C 4 D 5 E 6 E 7 A 8 E 9 E 10 D