2. GUSTAVO PINHO MAIA 2
Índice
Organização Das Células Em Tecidos.................................................................................................... 3
Tecido Epitelial.......................................................................................................................................... 3
Introdução ao Tecido Epitelial......................................................................................................... 4
Tecido Conjuntivo..................................................................................................................................... 7
Matriz Extracelular............................................................................................................................. 7
Moléculas de Adesão Celular.............................................................................................................10
Integrinas .............................................................................................................................................11
Caderinas .............................................................................................................................................11
Tecido Muscular......................................................................................................................................12
Tecido Nervoso .......................................................................................................................................12
Junções Celulares .................................................................................................................................13
Renovação Dos Tecidos............................................................................................................................14
Células Estaminais .................................................................................................................................14
Clonagem Terapêutica Vs Reprodutiva ...........................................................................................15
Clonagem Terapêutica.....................................................................................................................15
Clonagem Reprodutiva....................................................................................................................15
3. GUSTAVO PINHO MAIA 3
Organização Das Células Em Tecidos
No nosso corpo, existem muitos tipos de células, com diferentes formas e funções. As
células estão organizadas em grupos, que ao trabalharem de maneira integrada,
desempenham, juntos, uma determinada função. Esses grupos de células são os tecidos.
Os tecidos do corpo humano podem ser classificados em quatro grupos principais:
• Tecido Epitelial
• Tecido Conjuntivo
• Tecido Muscular
• Tecido Nervoso.
Tecido Epitelial
É um dos principais grupos de tecidos celulares, sendo sua principal função a de
revestimento da superfície externa e de diversas cavidades internas do organismo.
Caracteriza-se pela pouca quantidade de material intercelular e por apresentar células
extremamente unidas (justapostas). Esse tecido não apresenta vasos sanguíneos, sendo
que sua nutrição e oxigenação, assim como a remoção de detritos, são feitas através de
capilares do tecido conjuntivo adjacente.
O tecido epitelial desenvolve variadas funções, tais como proteção, absorção, secreção e
excreção. Ele é encontrado revestindo órgãos, além de ser responsável pela formação das
glândulas.
4. GUSTAVO PINHO MAIA 4
Introdução ao Tecido Epitelial
Na interface das células epiteliais com o tecido conjuntivo há uma delgada lâmina de um
complexo de macromoléculas denominada lâmina basal. O conjunto constituído pela lâmina
basal e pelas fibras do tecido conjuntivo que estão muito próximas à lâmina basal é visível
ao microscópio de luz e é denominado membrana basal. As células epiteliais estão, portanto,
sempre apoiadas sobre uma lâmina basal.
O contacto das células epiteliais com a lâmina basal provoca uma organização específica
na grande maioria das células epiteliais, denominada polaridade. Com a polaridade as
várias regiões dos diferentes tipos de células têm uma organização específica e um
conteúdo de organelas característico e, portanto, diferentes funções. A porção da célula que
se apoia na lâmina basal é denominada região basal e a porção oposta, frequentemente
voltada para uma cavidade, é denominada região apical.
Resumindo:
• Suportados por uma lamina basal (colagénio tio IV e lamininas) que o liga ao tecido
conjuntivo.
• Apresentam uma organização polarizada: domínio apical e domínio basal.
5. GUSTAVO PINHO MAIA 5
O tecido epitelial tem as seguintes funções e características:
• Cobrem ou revestem as superfícies corporais
• Formam diversos tipos de junções
• Proteção, absorção, filtração, secreção e excreção
• Apresentam polaridade: Domínio apical e baso-lateral
• Avascular (não tem vasos sanguíneos), mas inervado
• Suporte pelo tecido conjuntivo
• Capacidade de regeneração
Pode-se classificar o tecido epitelial pelo número de camadas:
• Simples: Possuem apenas uma camada de células
• Estratificado: Possuem mais de uma camada de células
• Pseudo-Estratificado: Tecido formado apenas por uma camada de células,
entretanto, a posição variada dos núcleos promove a falsa sensação de que ele
apresenta várias camadas. Apesar de todas as células estarem apoiadas na lâmina
basal, elas diferenciam-se em altura e, portanto, nem todas chegam à superfície do
tecido.
Morfologicamente as células podem ser:
• Epitélio Pavimentoso: Células são achatadas
• Epitélio Cúbico: Células são cúbicas
• Epitélio Prismático: Células são prismáticas
• Epitélio Cilíndrico: Células são cilíndricas ou colunares
6. GUSTAVO PINHO MAIA 6
As especializações no domínio apical de alguns tecidos são as seguintes:
• Queratina - Proteína sintetizada por muitos animais para formar diversas estruturas
do corpo
• Cílios - Cílios são protuberâncias finas que projetam um corpo celular muito maior
• Estereocílios - Prolongamentos imóveis e longos de células que aumentam a
superfície de contato da célula
• Microvilosidades - Projeção microscópica da membrana celular cujo interior é
formado de 25 a 40 filamentos de Actina
Resumindo:
7. GUSTAVO PINHO MAIA 7
Tecido Conjuntivo
Tecido conjuntivo ou tecido conectivo caracteriza-se por apresentar variados tipos celulares,
que são separados por uma matriz extracelular composta de fibras e substância fundamental.
Também se refere ao grupo de tecidos orgânicos responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger
e sustentar os outros tecidos. São responsáveis pelo estabelecimento e pela manutenção
da forma do corpo. Tipo de tecido de suporte. Tem como principais funções:
• Suporte Estrutural
• Amortecer Impactos
• Transportar Nutrientes
• Espalhar células de defesa pelo corpo
• Armazenar gordura
Matriz Extracelular
Conjunto de moléculas secretadas por células do tecido conjuntivo (fibroblastos,
osteoblastos, condrócitos), cuja organização tridimensional desempenha diversas funções:
• Suporte Mecânico
• Resistência á tração/tensão
• Resistência á compressão
• Lubrificação (corpo vítreo do olho, articulações, etc)
• Sinalização celular
8. GUSTAVO PINHO MAIA 8
Os principais constituintes da matriz extracelular são:
• Colagénios
• Proteoglicanos
• Glicoproteínas
• Integrinas
Colagénios:
Proteína de importância fundamental na
constituição da matriz extracelular do
tecido conjuntivo, sendo responsável por
grande parte de suas propriedades físicas.
É sintetizado nos fibroblastos, como um
percursor inativo (pró-colagénio). No
exterior da célula, polimerizam-se
formando fibrilas e fibras de colagénio.
Proteoglicanos
São glicoproteínas (GAGs) extracelulares,
cuja estrutura consiste em uma proteína
central ligada a vários glicosaminoglicanos.
Os GAGs são moléculas
predominantemente aniónicas e hidrofílicas.
9. GUSTAVO PINHO MAIA 9
Formam uma substância fundamental da matriz (forma géis devido á capacidade de
retenção de moléculas de água).
Desempenham diversas funções, tais como:
• Hidratação
• Filtros (regula a passagem de moléculas para a matriz extracelular)
• Sinalização Celular (controlam a passagem de moléculas sinalizadoras)
• Resistência á compressão
Glicoproteínas
Proteínas que contêm cadeias de oligossacarídeos (glicanos) covalentemente ligados a
cadeias laterais de polipeptídeos. O
hidrato de carbono é ligado à
proteína numa modificação
translacional ou pós-traducional.
Este processo é conhecido como a
glicosilação.
Promovem interações moleculares
especificas na matriz ligando-se a
células, a macromoléculas da
matriz, ou a ambas. A fibronectina (família de glicoproteínas de elevado peso molecular)
permite unir as fibrilas de colagénio á célula através de um recetor denominado de integrina.
10. GUSTAVO PINHO MAIA 10
Integrinas
Proteínas de adesão presentes na membrana celular inseridas de forma transmembrânica,
com uma extremidade externa
que se liga a componentes da
matriz e outra extremidade que
se liga, através da proteína talina
à porção do citoesqueleto
constituído de actina. São os
principais recetores para a matriz
extracelular.
São heterodímeros de dois polipéptidos transmembranares chamados de cadeias αe.
Ligam-se a diversos tipos de ligandos da matriz extracelular (Ex.: lamininas, fibronectina,
colagénio).
A região citoplasmática das integrinas ligam-se a elementos do citoesqueleto (Ex.:
filamentos intermédios (queratina) e/ou filamentos de actina). Alterações conformacionais
nas integrinas podem desencadear vias de sinalização especificas.
Moléculas de Adesão Celular
As moléculas de adesão celular ou CAM's são moléculas que permitem a ligação entre as
células ou entre células e a matriz extracelular. As principais moléculas são:
• Integrinas
• Caderinas
11. GUSTAVO PINHO MAIA 11
Integrinas
Como dito anteriormente, as integrinas são proteínas de adesão presentes na membrana
celular inseridas de forma transmembrânica. São independentes do cálcio ou magnésio que
ligam as células à matriz extracelular.
Caderinas
São moléculas de adesão dependentes do cálcio que permitem a ligação entre células
vizinhas. Cada uma das células que são ligadas possuem sempre o mesmo tipo de caderina
que a outra sendo as interações entre elas homofílicas. Ligam-se à célula através de
cateninas. Possuem função de formação e manutenção da integridade dos tecidos. São
especializadas na adesão célula-célula, e a sua região intracelular interage com os
filamentos intermediários ou filamentos de actina. São importantes para o
desencadeamento de vias de sinalização.
12. GUSTAVO PINHO MAIA 12
Tecido Muscular
O tecido muscular é um tecido dos animais caracterizado pela sua contratilidade, ou seja,
pela capacidade de se contrair segundo alguns estímulos claros de energia nas suas
ligações químicas e pela sua excitabilidade, ou seja, capacidade de responder a um
estímulo nervoso.
As células do tecido muscular são denominadas fibras musculares e possuem a capacidade
de se contrair e alongar. A essa propriedade chamamos contratilidade. Essas células têm o
formato alongado e promovem a contração muscular, o que permite os diversos
movimentos do corpo.
O tecido muscular pode ser de três tipos:
• Tecido Muscular Liso: Os lisos dispõem-se em camadas dentro de órgãos (Ex.:
Intestinos).
• Tecido Muscular Estriado Esquelético: Os esqueléticos que forma a carne do corpo,
“puxam” os ossos nos movimentos voluntários.
• Tecido Muscular Estriado Cardíaco: O cardíaco, exclusivo do coração, nunca se
cansa no trabalho de bombear sangue para o corpo.
Tecido Nervoso
O tecido nervoso trata-se de um dos tecidos mais especializados do organismo animal e é
o principal tecido responsável pela troca rápida de informações dentro do corpo. Esse tecido
é sensível aos vários tipos de estímulos que se originam de fora ou do interior do organismo.
13. GUSTAVO PINHO MAIA 13
Ao ser estimulado, torna-se capaz de conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e,
às vezes, por distâncias relativamente grandes. Aos estímulos externos o tecido nervoso
permite que animais percebam em seu organismo mudanças ambientais como calor, frio e
choque e reagem adotando posturas a partir de determinado estímulo.
Junções Celulares
Uma junção celular (ou ponte intracelular) é um tipo de estrutura que existe dentro do
tecido de alguns organismos multicelulares, como os animais. As junções celulares
consistem de complexos multiproteicos, que proporcionam o contacto entre as células
vizinhas, ou entre uma célula e a matriz extracelular. Elas também controlam o transporte
intracelular. As junções celulares são especialmente abundantes em tecidos epiteliais.
Existem 5 tipos de junções celulares:
• Junções de Oclusão: Formadas por proteínas denominadas claudinas e ocludinas
• Junções Aderentes: Formadas por interações caderina-caderina
• Desmossomas: Formadas por caderinas especiais (desmocolinas e desmogleínas)
• Junções de Comunicação: Formadas por proteínas denominadas coneximas
• Hemidesmossomas: Formados pelas ligação de integrinas á lâmina basal
14. GUSTAVO PINHO MAIA 14
Renovação Dos Tecidos
Células Estaminais
As células estaminais são células indiferenciadas que podem proliferar indefinidamente e
retêm um amplo potencial de diferenciação. São utilizadas para renovação do tecido normal,
assim como para substituir tecido danificado. Podem ser divididas em três tipos:
• Células Totipotentes (zigoto)
• Células Pluripotentes (blastocisto)
• Células Multipotentes (adultos)
15. GUSTAVO PINHO MAIA 15
Clonagem Terapêutica Vs Reprodutiva
Clonagem Terapêutica
A Clonagem Reprodutiva é pretendida para
produzir uma duplicata de um indivíduo
existente. É utilizada a técnica chamada de
Transferência Nuclear (TN): Baseia-se na
remoção do núcleo de um óvulo e
substituição por um outro núcleo de outra
célula somática. Após a fusão, há a
diferenciação das células. Após cinco dias de
fecundação, o embrião agora com 200 a 250 células, forma um cisto chamado blastocisto.
É nesta fase que ocorre a implantação do embrião na cavidade uterina.
Clonagem Reprodutiva
A Clonagem Terapêutica é um
procedimento cujos estágios iniciais são
idênticos a clonagem para fins reprodutivo,
difere somente no fato do blastocisto não
ser introduzido em um útero. Ele é utlizado
em laboratório para a produção de células-
tronco (totipotentes) a fim de produzir
tecidos ou órgão para transplante. Esta
técnica tem como objetivo produzir uma cópia saudável do tecido ou do órgão de uma
pessoa doente para transplante.
16. GUSTAVO PINHO MAIA 16
Na seguinte imagem visualiza-se as aplicações da clonagem terapêutica:
Resumindo: