SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 32
Universidade de Pernambuco
Disciplina de Bioquímica
Prof.: Cristina Halla
MATRIZ EXTRACELULAR
Matriz Extracelular: Funções
• Rodeia tecidos
• Suporte para as células que rodeia
• Habilidade de contato e interação entre as
células
Substância Fundamental
Amorfa (SFA)
• Proteoglicanas
• Glicosaminoglicanas (GAGs)
• Glicoproteínas de adesão
Fibras
• Colágenas
• Elásticas
Estrutura do Tecido Conjuntivo:
Fluido Intersticial
• Água, íons, pequenas
moléculas e proteínas de
baixo peso molecular.
Matriz Extracelular:
Welsch (1999)
Matriz Extracelular: Fibras Colágenas
1 Estrutura:
• Constituídas pela proteína colágeno;
• Hélice em triplice, três resíduos por volta, resíduo
de glicina (pequeno, a cada terceira posição), (Gly-
X-Y)n; X=prolina ou outro; hidroxiprolina, lisina ou
outro;
• Prolina e hidroxiprolina: conferem rigidez à
molécula;
• Formação de hidroxiprolina e hidroxilisina: prolil
hidroxilase e lisil hidroxilase com vitamina C como
cofator.
• Hidroxilisinas: podem receber galactose ou
galactosil-glicose pela ligação O-glicosídica.
MATRIZ EXTRACELULAR
Fibras colágenas
Colágeno tipo I - Fibras espessas e
resistentes à tensão. Derme, tendões,
ligamentos, osso, dentina e cemento
Matriz Extracelular: Fibras Colágenas
2. Proteína Colágeno:
• Proteína mais abundante do corpo
(25%), produzida por grande variedade
de células;
• Existem vários tipos (19), com
composição bioquímica, morfologia e
propriedades físicas diferentes;
• Pele, osso, músculo liso, dentina,
cemento, lâmina basal.
• O colágeno formado é estável; sua
degradação aumenta no jejum e em
estado inflamatório; a produção
excessiva ocorre na cirrose.
Ross et al. (1993)
Matriz Extracelular: Fibras Colágenas
2. Proteína Colágeno:
• Classificação quanto à estrutura e função:
- Colágenos que formam fibrilas: I, II, III, V, XI
(dão resistência ao tecido);
- Colágenos que se associam a fibrilas: IX, XII
(ligam fibrilas entre si e a outros componentes
da MEC);
- Colágeno que forma rede: IV (aderência,
filtração);
- Colágeno de ancoragem: VII (prende fibras
colágenas à lâmina basal).
Alberts et al. (1997)
Colágenos tipos I e II
Colágeno II
Resistente às pressões;
Forma fibrilas finas em feixes mal organizados;
Produzido por condroblastos;
Cartilagens hialina e elástica, disco intervertebral.
Colágeno I
Mais abundante e resistente às trações;
Forma fibrilas e fibras grossas;
Produzido por fibroblastos, odontoblastos,
osteoblastos e condroblastos;
Tendões, cápsulas, ligamentos, derme, tecido
conjuntivo frouxo, dentina, ossos etc;
Colágenos tipos III e IV
Colágeno IV
Suporte de estruturas delicadas e filtração;
Forma rede tridimensional (feltro);
Produzido por células epiteliais, endoteliais e de
Schwann;
Lâminas basais.
Colágeno III
Manutenção da estrutura de tecidos delicados e
expansíveis;
Forma fibrilas e fibras finas e argirófilas;
Produzido por células musculares lisas, células
reticulares e células de Schwann;
Músculo liso, órgãos hematopoéticos, sistema
cardiovascular, pulmão, pele.
Colágenos tipos III e IV
Colágeno IV
Colágeno IV
Colágenos III e IV
Alberts et al. (1997); Gartner, Hiatt (1999); Welsch (1999)
Colágenos tipos V, VII e IX:
Colágeno V
Mesmas funções do colágeno tipo I;
Forma fibrilas com o colágeno tipo I;
Produzido por fibroblastos;
Derme, tendão, osso, fibrocartilagem.
Colágeno VII
Colágeno de ancoragem;
Une células ao tecido conjuntivo;
Não visíveis à microscopia óptica;
Derme.
Colágeno IX
Colágeno associado a fibrilas (ligam fibrilas entre si
e a outros componentes da MEC);
Produzido por condroblastos;
Cartilagem hialina.
Colágenos tipos II, III, IV, VII e IX
Alberts et al. (1997); Gartner, Hiatt (1999)
Colágeno IX
Colágeno
II
Biossíntese do Colágeno
Gartner, Hiatt (1999)
• Ribossomos produzem as cadeias
polipeptídicas com peptídeos de registro
que são lançadas no REG;
• As cadeias são hidroxiladas e glicosiladas;
• As cadeias se alinham de 3 em 3 devido aos
peptídeos de registro e vão para o
complexo de Golgi;
• Após liberação da célula, enzimas (pro-
colágeno peptidades- pró-colágeno
aminoproteinase e pró-colágeno
carboxiproteinase) retiram os peptídeos de
registro e as cadeias formam fibrilas.
• Lisil oxidase (Cobre): ligação cruzada intra
e inter cadeia, ligações covalentes que
estabilizam as fibrilas de colágeno.
MATRIZ EXTRACELULAR - Fibras
As fibras proporcionam força tênsil e elasticidade.
Tipos de fibras: colágenas, reticulares e elásticas.
Colágeno: importante proteína para formação das fibras
Obs.:
Pró colágeno = solúvel
Tropocolágeno (colágeno)=
insolúvel
Correlações Clínicas: Escorbuto
• Defeito na renovação do colágeno por
deficiência de vitamina C;
• A vitamina C é importante na
hidroxilação das cadeias polipeptícas
do colágeno;
• As moléculas de tropocolágeno não se
agregam para formar fibrilas;
• Indivíduos apresentam ulceração
gengival, hemorragias, perda dentária,
olhos afundados, pele pálida etc.;
• Doença muito comum nos tripulantes
de navios britânicos na era
napoleônica.
Matriz Extracelular: Fibras Elásticas
Alberts et al. (1997); Gartner, Hiatt (1999);
• Parte central amorfa; confere extensibilidade e
capacidade de retração do pulmão, vasos
sanguíneos e ligamentos;
• Não é tão distribuida quanto o colágeno; está
presente em grande quantidades; parece
existir apenas um tipo; hidroxilisina e
hidroxilisina glicosilada não estão presentes;
não é sintetizada em uma pro forma com
peptídeos de extensão; não contém
sequências repetitivas Gly-X-Y; não contém
estrutura em tripla hélice;não contém frações
de carboidratos; 1/3 dos aa é Gly; rica em
prolina, alanina e valina, pobre em
hidroxiprolina; não contém hidroxilisina
• Constituídas pela proteína elastina e
microfibrilas de fibrilina.
• Numerosas ligações cruzadas entre as fibras
garante o alto grau de elasticidade.
Matriz Extracelular: Fibras Elásticas
• Produzidas por fibroblastos e células
musculares lisas dos vasos
sanguíneos;
• Encontrada no pulmão, vasos
sanguíneos, ligamentos e também nas
cartilagens elásticas ( produzidas pelos
condrócitos).
• É sintetizada na forma de tropoelastina
(monômero solúvel); ocorre
hidroxilação de algumas prolinas a
hidroxiprolinas pela prolil hidroxilase;
ligações cruzadas são formadas com
resíduos de lisina pelas ação da lisil
oxidase, formando a desmosina que
confere a propriedade elástica.
MATRIZ EXTRACELULAR
Fibras elásticas
Formadas por microfibrilas de fibrilina e parte amorfa
de elastina (desmosina e isodesmosina – extensividade)
Elaunínicas (muitas microfibrilas e pouca elastina)
Oxitalânicas (exclusivamente fibrilas)
Matriz Extracelular: Substância Fundamental Amorfa
(SFA)
Glicosaminoglicanas (GAGs):
• Polissacarídeos longos, não-flexíveis, não-ramificados,
constituídos de unidades dissacarídeas que se repetem
(aminoaçúcar e ácido urônico);
• São carregadas negativamente e atraem cátions, que por sua vez
atraem água, tornando a SFA hidratada e mais resistente à
compressão;
• Exemplos de GAGs: ácido hialurônico, queratan-sulfato, heparan-
sulfato, heparina, condroitino-4-sulfato, condroitino-6-sulfato.
Glicosaminoglicanos (GAGs)
Polissacarídeos longos, não-ramificados, compostos por unidades
dissacarídeas que se repetem
Têm carga negativa (atrai cátions – Na+, atrai H2O)
Com exceção do ácido hialurônico, todos são sulfatados e fazem
ligações covalentes com proteínas, formando os proteoglicanos.
Proteoglicanos
Muitos GAGs associados
a proteínas…
Altamente hidratados
MATRIZ EXTRACELULAR
Substância fundamental – Proteoglicanos
Matriz Extracelular: Substância Fundamental Amorfa
(SFA)
Proteoglicanas
• São macromoléculas
compostas por um núcleo
protéico, no qual se ligam
várias GAGs covalentemente);
• Várias proteoglicanas (Ex.:
agrecana) podem ligar-se a
uma molécula de ácido
hialurônico e às fibras
colágenas, formando
agregados responsáveis pelo
estado de gel da MEC. Gartner, Hiatt (1999)
Proteoglicanas: Funções
• Resistem à compressão e
retardam o movimento rápido
de microorganismos e células
metastáticas;
Gartner, Hiatt (1999)
• Associam-se à lâmina basal e
servem como filtros;
• Se ligam a moléculas
sinalizadoras, retardando sua
difusão ou concentrando-as
em locais específicos;
• Ligam células a
macromoléculas da MEC,
quando são de superfície
celular.
Matriz Extracelular: Substância Fundamental Amorfa
(SFA)
Glicoproteínas de Adesão
• Unem as células aos
componentes da MEC,
situando-se entre as fibras ou
proteoglicanas e as proteínas
da membrana celular;
• Exemplos: fibronectina,
laminina, entactina, tenascina,
condronectina e osteonectina.
Alberts et al. (1997)
Fibronectina
Importante na migração celular (células embrionárias,
de defesa).
MATRIZ EXTRACELULAR
Substância fundamental - Glicoproteínas
Matriz Extracelular: Glicoproteínas de
adesão
• Fibronectina: além da adesão célula-MEC, marca o caminho de
migração de células embrionárias; se liga a colágeno, heparina,
heparan-sulfato, ácido hialurônico;
• Laminina: praticamente restrita às lâminas basais; liga-se a
colágeno IV, heparan-sulfato, entactina e membrana celular;
• Entactina: facilita ligação da laminina à rede de colágeno;
• Tenascina: liga-se à sindecana e fibronectina; é restrita a tecido
embrionário, marcando o caminho para células migratórias;
• Condronectina/Osteonectina: semelhantes à fibronectina;
encontradas na cartilagem e osso, respectivamente.
Laminina
Laminina
Aderência das
células `a
lâmina basal
MATRIZ EXTRACELULAR
Substância fundamental - Glicoproteínas
Lamina Basal

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Relatório Histologia
Relatório HistologiaRelatório Histologia
Relatório HistologiaIlana Moura
 
Histologia humana - Tecido Epitelial
Histologia humana - Tecido Epitelial Histologia humana - Tecido Epitelial
Histologia humana - Tecido Epitelial César Milani
 
Aula de Histologia Animal (Power Point)
Aula de Histologia Animal (Power Point)Aula de Histologia Animal (Power Point)
Aula de Histologia Animal (Power Point)Bio
 
Tecido epitelial
Tecido epitelialTecido epitelial
Tecido epitelialletyap
 
Tecido muscular
Tecido muscularTecido muscular
Tecido muscularDeaaSouza
 
Aula04: ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS
Aula04: ORGANELASCITOPLASMÁTICASAula04: ORGANELASCITOPLASMÁTICAS
Aula04: ORGANELAS CITOPLASMÁTICASLeonardo Delgado
 
Tecido adiposo e cartilaginoso
Tecido adiposo e cartilaginosoTecido adiposo e cartilaginoso
Tecido adiposo e cartilaginosowhybells
 
Tecido osseo
Tecido osseoTecido osseo
Tecido osseowhybells
 
Sistema EsqueléTico
Sistema EsqueléTicoSistema EsqueléTico
Sistema EsqueléTicoguest426133c
 
Miologia - anatomia humana
Miologia - anatomia humanaMiologia - anatomia humana
Miologia - anatomia humanaMarília Gomes
 
Tecido cartilaginoso
Tecido cartilaginosoTecido cartilaginoso
Tecido cartilaginososamuelalves
 

Mais procurados (20)

Relatório Histologia
Relatório HistologiaRelatório Histologia
Relatório Histologia
 
Tecido ósseo
Tecido ósseoTecido ósseo
Tecido ósseo
 
Tecido muscular
Tecido muscularTecido muscular
Tecido muscular
 
Histologia humana - Tecido Epitelial
Histologia humana - Tecido Epitelial Histologia humana - Tecido Epitelial
Histologia humana - Tecido Epitelial
 
Aula de Histologia Animal (Power Point)
Aula de Histologia Animal (Power Point)Aula de Histologia Animal (Power Point)
Aula de Histologia Animal (Power Point)
 
Tecido epitelial
Tecido epitelialTecido epitelial
Tecido epitelial
 
Tecido muscular
Tecido muscularTecido muscular
Tecido muscular
 
Sistema VentilatóRio
Sistema VentilatóRioSistema VentilatóRio
Sistema VentilatóRio
 
Aula de Inflamacao
Aula de InflamacaoAula de Inflamacao
Aula de Inflamacao
 
Aula sobre histologia
Aula sobre   histologiaAula sobre   histologia
Aula sobre histologia
 
Aula 03 sistema articular
Aula 03   sistema articularAula 03   sistema articular
Aula 03 sistema articular
 
Aula04: ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS
Aula04: ORGANELASCITOPLASMÁTICASAula04: ORGANELASCITOPLASMÁTICAS
Aula04: ORGANELAS CITOPLASMÁTICAS
 
Histologia Geral
Histologia GeralHistologia Geral
Histologia Geral
 
Tecido óSseo
Tecido óSseoTecido óSseo
Tecido óSseo
 
Tecido adiposo e cartilaginoso
Tecido adiposo e cartilaginosoTecido adiposo e cartilaginoso
Tecido adiposo e cartilaginoso
 
Sistema óSseo
Sistema óSseoSistema óSseo
Sistema óSseo
 
Tecido osseo
Tecido osseoTecido osseo
Tecido osseo
 
Sistema EsqueléTico
Sistema EsqueléTicoSistema EsqueléTico
Sistema EsqueléTico
 
Miologia - anatomia humana
Miologia - anatomia humanaMiologia - anatomia humana
Miologia - anatomia humana
 
Tecido cartilaginoso
Tecido cartilaginosoTecido cartilaginoso
Tecido cartilaginoso
 

Destaque

Matriz Extracelular
Matriz ExtracelularMatriz Extracelular
Matriz ExtracelularAdSotoMota
 
Matriz extracelular
Matriz extracelularMatriz extracelular
Matriz extracelularsophuu
 
Tema 4.matriz extracelular, histología
Tema 4.matriz extracelular, histologíaTema 4.matriz extracelular, histología
Tema 4.matriz extracelular, histologíaRodrigo Aguilar
 
Matriz extracelular: Integración de células en tejidos.
Matriz extracelular: Integración de células en tejidos.Matriz extracelular: Integración de células en tejidos.
Matriz extracelular: Integración de células en tejidos.Juan Carlos Munévar
 
Matriz extracelular y proteínas plasmáticas
Matriz extracelular y proteínas plasmáticasMatriz extracelular y proteínas plasmáticas
Matriz extracelular y proteínas plasmáticasJoxe Gmero
 
Matriz extracelular
Matriz extracelularMatriz extracelular
Matriz extracelularHeri Garcia
 
Membrana juncoes enferm_elisa
Membrana juncoes enferm_elisaMembrana juncoes enferm_elisa
Membrana juncoes enferm_elisaMariana Pardo
 
Aula 2 tecido colageno mestrado
Aula 2  tecido colageno mestradoAula 2  tecido colageno mestrado
Aula 2 tecido colageno mestradoLIVIA LIMA
 
Sistemas endomembranosos
Sistemas endomembranososSistemas endomembranosos
Sistemas endomembranososJGONZALOC
 

Destaque (20)

Matriz Extracelular
Matriz ExtracelularMatriz Extracelular
Matriz Extracelular
 
Matriz extracelular
Matriz extracelular Matriz extracelular
Matriz extracelular
 
Matriz extracelular
Matriz extracelular Matriz extracelular
Matriz extracelular
 
Matriz extracelular
Matriz extracelularMatriz extracelular
Matriz extracelular
 
Tema 4.matriz extracelular, histología
Tema 4.matriz extracelular, histologíaTema 4.matriz extracelular, histología
Tema 4.matriz extracelular, histología
 
Matriz extracelular
Matriz extracelularMatriz extracelular
Matriz extracelular
 
O sistema elástico 3
O sistema elástico 3O sistema elástico 3
O sistema elástico 3
 
Matriz extracelular: Integración de células en tejidos.
Matriz extracelular: Integración de células en tejidos.Matriz extracelular: Integración de células en tejidos.
Matriz extracelular: Integración de células en tejidos.
 
Matriz extracelular y proteínas plasmáticas
Matriz extracelular y proteínas plasmáticasMatriz extracelular y proteínas plasmáticas
Matriz extracelular y proteínas plasmáticas
 
Tec Conjuntivo
Tec ConjuntivoTec Conjuntivo
Tec Conjuntivo
 
Matriz extracelular
Matriz extracelularMatriz extracelular
Matriz extracelular
 
Matriz extracelular
Matriz extracelularMatriz extracelular
Matriz extracelular
 
Matriz extracelulari
Matriz extracelulariMatriz extracelulari
Matriz extracelulari
 
Membrana juncoes enferm_elisa
Membrana juncoes enferm_elisaMembrana juncoes enferm_elisa
Membrana juncoes enferm_elisa
 
Uapcolageno
UapcolagenoUapcolageno
Uapcolageno
 
Tabela colagenoses 2
Tabela colagenoses 2Tabela colagenoses 2
Tabela colagenoses 2
 
Membranas
MembranasMembranas
Membranas
 
Aula 2 tecido colageno mestrado
Aula 2  tecido colageno mestradoAula 2  tecido colageno mestrado
Aula 2 tecido colageno mestrado
 
Matriz extra celelular
Matriz extra celelularMatriz extra celelular
Matriz extra celelular
 
Sistemas endomembranosos
Sistemas endomembranososSistemas endomembranosos
Sistemas endomembranosos
 

Semelhante a MEC e suas funções

Semelhante a MEC e suas funções (20)

Tec.Conjuntivo completo.pptx
Tec.Conjuntivo completo.pptxTec.Conjuntivo completo.pptx
Tec.Conjuntivo completo.pptx
 
tecido conjuntivo.pptx
tecido conjuntivo.pptxtecido conjuntivo.pptx
tecido conjuntivo.pptx
 
tecido conjuntivo.pdf
tecido conjuntivo.pdftecido conjuntivo.pdf
tecido conjuntivo.pdf
 
Colágeno
Colágeno Colágeno
Colágeno
 
Dermacaps Realmente compensa Mesmo?
Dermacaps Realmente compensa Mesmo?Dermacaps Realmente compensa Mesmo?
Dermacaps Realmente compensa Mesmo?
 
Cartilagem
CartilagemCartilagem
Cartilagem
 
Tecidos conjuntivos
Tecidos conjuntivosTecidos conjuntivos
Tecidos conjuntivos
 
Slides de biologia da celula prova 1
Slides de biologia da celula   prova 1Slides de biologia da celula   prova 1
Slides de biologia da celula prova 1
 
Tecido conjuntivo
Tecido conjuntivoTecido conjuntivo
Tecido conjuntivo
 
Aula citologia 2011 3
Aula citologia 2011 3Aula citologia 2011 3
Aula citologia 2011 3
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 6
Biologia Molecular e Celular - Aula 6Biologia Molecular e Celular - Aula 6
Biologia Molecular e Celular - Aula 6
 
Tecido conjuntivo
Tecido conjuntivoTecido conjuntivo
Tecido conjuntivo
 
Capítulo 9 ornanelas citoplasma
Capítulo 9 ornanelas citoplasmaCapítulo 9 ornanelas citoplasma
Capítulo 9 ornanelas citoplasma
 
Histologia Animal
Histologia AnimalHistologia Animal
Histologia Animal
 
Martiz extracelular biologia
Martiz extracelular   biologiaMartiz extracelular   biologia
Martiz extracelular biologia
 
Organoides2
Organoides2Organoides2
Organoides2
 
Biologia fai enfermagem 2 semestre 2011 ok
Biologia fai enfermagem  2 semestre 2011 okBiologia fai enfermagem  2 semestre 2011 ok
Biologia fai enfermagem 2 semestre 2011 ok
 
Tecidos Conjuntivos.ppt
Tecidos Conjuntivos.pptTecidos Conjuntivos.ppt
Tecidos Conjuntivos.ppt
 
Citoplasma organelas-1 ano
Citoplasma organelas-1 anoCitoplasma organelas-1 ano
Citoplasma organelas-1 ano
 
Biologia suple
Biologia supleBiologia suple
Biologia suple
 

Último

APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxSESMTPLDF
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024RicardoTST2
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 

Último (10)

APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptxAPRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
APRESENTAÇÃO PRIMEIROS SOCORROS 2023.pptx
 
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024Integração em segurança do trabalho 2024
Integração em segurança do trabalho 2024
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 

MEC e suas funções

  • 1. Universidade de Pernambuco Disciplina de Bioquímica Prof.: Cristina Halla MATRIZ EXTRACELULAR
  • 2. Matriz Extracelular: Funções • Rodeia tecidos • Suporte para as células que rodeia • Habilidade de contato e interação entre as células
  • 3. Substância Fundamental Amorfa (SFA) • Proteoglicanas • Glicosaminoglicanas (GAGs) • Glicoproteínas de adesão Fibras • Colágenas • Elásticas Estrutura do Tecido Conjuntivo: Fluido Intersticial • Água, íons, pequenas moléculas e proteínas de baixo peso molecular. Matriz Extracelular: Welsch (1999)
  • 4. Matriz Extracelular: Fibras Colágenas 1 Estrutura: • Constituídas pela proteína colágeno; • Hélice em triplice, três resíduos por volta, resíduo de glicina (pequeno, a cada terceira posição), (Gly- X-Y)n; X=prolina ou outro; hidroxiprolina, lisina ou outro; • Prolina e hidroxiprolina: conferem rigidez à molécula; • Formação de hidroxiprolina e hidroxilisina: prolil hidroxilase e lisil hidroxilase com vitamina C como cofator. • Hidroxilisinas: podem receber galactose ou galactosil-glicose pela ligação O-glicosídica.
  • 5. MATRIZ EXTRACELULAR Fibras colágenas Colágeno tipo I - Fibras espessas e resistentes à tensão. Derme, tendões, ligamentos, osso, dentina e cemento
  • 6. Matriz Extracelular: Fibras Colágenas 2. Proteína Colágeno: • Proteína mais abundante do corpo (25%), produzida por grande variedade de células; • Existem vários tipos (19), com composição bioquímica, morfologia e propriedades físicas diferentes; • Pele, osso, músculo liso, dentina, cemento, lâmina basal. • O colágeno formado é estável; sua degradação aumenta no jejum e em estado inflamatório; a produção excessiva ocorre na cirrose. Ross et al. (1993)
  • 7. Matriz Extracelular: Fibras Colágenas 2. Proteína Colágeno: • Classificação quanto à estrutura e função: - Colágenos que formam fibrilas: I, II, III, V, XI (dão resistência ao tecido); - Colágenos que se associam a fibrilas: IX, XII (ligam fibrilas entre si e a outros componentes da MEC); - Colágeno que forma rede: IV (aderência, filtração); - Colágeno de ancoragem: VII (prende fibras colágenas à lâmina basal). Alberts et al. (1997)
  • 8. Colágenos tipos I e II Colágeno II Resistente às pressões; Forma fibrilas finas em feixes mal organizados; Produzido por condroblastos; Cartilagens hialina e elástica, disco intervertebral. Colágeno I Mais abundante e resistente às trações; Forma fibrilas e fibras grossas; Produzido por fibroblastos, odontoblastos, osteoblastos e condroblastos; Tendões, cápsulas, ligamentos, derme, tecido conjuntivo frouxo, dentina, ossos etc;
  • 9. Colágenos tipos III e IV Colágeno IV Suporte de estruturas delicadas e filtração; Forma rede tridimensional (feltro); Produzido por células epiteliais, endoteliais e de Schwann; Lâminas basais. Colágeno III Manutenção da estrutura de tecidos delicados e expansíveis; Forma fibrilas e fibras finas e argirófilas; Produzido por células musculares lisas, células reticulares e células de Schwann; Músculo liso, órgãos hematopoéticos, sistema cardiovascular, pulmão, pele.
  • 10. Colágenos tipos III e IV Colágeno IV Colágeno IV Colágenos III e IV Alberts et al. (1997); Gartner, Hiatt (1999); Welsch (1999)
  • 11. Colágenos tipos V, VII e IX: Colágeno V Mesmas funções do colágeno tipo I; Forma fibrilas com o colágeno tipo I; Produzido por fibroblastos; Derme, tendão, osso, fibrocartilagem. Colágeno VII Colágeno de ancoragem; Une células ao tecido conjuntivo; Não visíveis à microscopia óptica; Derme. Colágeno IX Colágeno associado a fibrilas (ligam fibrilas entre si e a outros componentes da MEC); Produzido por condroblastos; Cartilagem hialina.
  • 12. Colágenos tipos II, III, IV, VII e IX Alberts et al. (1997); Gartner, Hiatt (1999) Colágeno IX Colágeno II
  • 13. Biossíntese do Colágeno Gartner, Hiatt (1999) • Ribossomos produzem as cadeias polipeptídicas com peptídeos de registro que são lançadas no REG; • As cadeias são hidroxiladas e glicosiladas; • As cadeias se alinham de 3 em 3 devido aos peptídeos de registro e vão para o complexo de Golgi; • Após liberação da célula, enzimas (pro- colágeno peptidades- pró-colágeno aminoproteinase e pró-colágeno carboxiproteinase) retiram os peptídeos de registro e as cadeias formam fibrilas. • Lisil oxidase (Cobre): ligação cruzada intra e inter cadeia, ligações covalentes que estabilizam as fibrilas de colágeno.
  • 14. MATRIZ EXTRACELULAR - Fibras As fibras proporcionam força tênsil e elasticidade. Tipos de fibras: colágenas, reticulares e elásticas. Colágeno: importante proteína para formação das fibras Obs.: Pró colágeno = solúvel Tropocolágeno (colágeno)= insolúvel
  • 15. Correlações Clínicas: Escorbuto • Defeito na renovação do colágeno por deficiência de vitamina C; • A vitamina C é importante na hidroxilação das cadeias polipeptícas do colágeno; • As moléculas de tropocolágeno não se agregam para formar fibrilas; • Indivíduos apresentam ulceração gengival, hemorragias, perda dentária, olhos afundados, pele pálida etc.; • Doença muito comum nos tripulantes de navios britânicos na era napoleônica.
  • 16. Matriz Extracelular: Fibras Elásticas Alberts et al. (1997); Gartner, Hiatt (1999); • Parte central amorfa; confere extensibilidade e capacidade de retração do pulmão, vasos sanguíneos e ligamentos; • Não é tão distribuida quanto o colágeno; está presente em grande quantidades; parece existir apenas um tipo; hidroxilisina e hidroxilisina glicosilada não estão presentes; não é sintetizada em uma pro forma com peptídeos de extensão; não contém sequências repetitivas Gly-X-Y; não contém estrutura em tripla hélice;não contém frações de carboidratos; 1/3 dos aa é Gly; rica em prolina, alanina e valina, pobre em hidroxiprolina; não contém hidroxilisina • Constituídas pela proteína elastina e microfibrilas de fibrilina. • Numerosas ligações cruzadas entre as fibras garante o alto grau de elasticidade.
  • 17. Matriz Extracelular: Fibras Elásticas • Produzidas por fibroblastos e células musculares lisas dos vasos sanguíneos; • Encontrada no pulmão, vasos sanguíneos, ligamentos e também nas cartilagens elásticas ( produzidas pelos condrócitos). • É sintetizada na forma de tropoelastina (monômero solúvel); ocorre hidroxilação de algumas prolinas a hidroxiprolinas pela prolil hidroxilase; ligações cruzadas são formadas com resíduos de lisina pelas ação da lisil oxidase, formando a desmosina que confere a propriedade elástica.
  • 18. MATRIZ EXTRACELULAR Fibras elásticas Formadas por microfibrilas de fibrilina e parte amorfa de elastina (desmosina e isodesmosina – extensividade) Elaunínicas (muitas microfibrilas e pouca elastina) Oxitalânicas (exclusivamente fibrilas)
  • 19. Matriz Extracelular: Substância Fundamental Amorfa (SFA) Glicosaminoglicanas (GAGs): • Polissacarídeos longos, não-flexíveis, não-ramificados, constituídos de unidades dissacarídeas que se repetem (aminoaçúcar e ácido urônico); • São carregadas negativamente e atraem cátions, que por sua vez atraem água, tornando a SFA hidratada e mais resistente à compressão; • Exemplos de GAGs: ácido hialurônico, queratan-sulfato, heparan- sulfato, heparina, condroitino-4-sulfato, condroitino-6-sulfato.
  • 20. Glicosaminoglicanos (GAGs) Polissacarídeos longos, não-ramificados, compostos por unidades dissacarídeas que se repetem Têm carga negativa (atrai cátions – Na+, atrai H2O) Com exceção do ácido hialurônico, todos são sulfatados e fazem ligações covalentes com proteínas, formando os proteoglicanos.
  • 21. Proteoglicanos Muitos GAGs associados a proteínas… Altamente hidratados
  • 23. Matriz Extracelular: Substância Fundamental Amorfa (SFA) Proteoglicanas • São macromoléculas compostas por um núcleo protéico, no qual se ligam várias GAGs covalentemente); • Várias proteoglicanas (Ex.: agrecana) podem ligar-se a uma molécula de ácido hialurônico e às fibras colágenas, formando agregados responsáveis pelo estado de gel da MEC. Gartner, Hiatt (1999)
  • 24. Proteoglicanas: Funções • Resistem à compressão e retardam o movimento rápido de microorganismos e células metastáticas; Gartner, Hiatt (1999) • Associam-se à lâmina basal e servem como filtros; • Se ligam a moléculas sinalizadoras, retardando sua difusão ou concentrando-as em locais específicos; • Ligam células a macromoléculas da MEC, quando são de superfície celular.
  • 25. Matriz Extracelular: Substância Fundamental Amorfa (SFA) Glicoproteínas de Adesão • Unem as células aos componentes da MEC, situando-se entre as fibras ou proteoglicanas e as proteínas da membrana celular; • Exemplos: fibronectina, laminina, entactina, tenascina, condronectina e osteonectina. Alberts et al. (1997)
  • 26. Fibronectina Importante na migração celular (células embrionárias, de defesa). MATRIZ EXTRACELULAR Substância fundamental - Glicoproteínas
  • 27.
  • 28. Matriz Extracelular: Glicoproteínas de adesão • Fibronectina: além da adesão célula-MEC, marca o caminho de migração de células embrionárias; se liga a colágeno, heparina, heparan-sulfato, ácido hialurônico; • Laminina: praticamente restrita às lâminas basais; liga-se a colágeno IV, heparan-sulfato, entactina e membrana celular; • Entactina: facilita ligação da laminina à rede de colágeno; • Tenascina: liga-se à sindecana e fibronectina; é restrita a tecido embrionário, marcando o caminho para células migratórias; • Condronectina/Osteonectina: semelhantes à fibronectina; encontradas na cartilagem e osso, respectivamente.
  • 30.
  • 31. Laminina Aderência das células `a lâmina basal MATRIZ EXTRACELULAR Substância fundamental - Glicoproteínas