SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 9
Baixar para ler offline
Relatório Teórico
Biologia Molecular e Celular
Aula 11
Química Industrial 1º Ano
2017/2018
GUSTAVO PINHO MAIA 2
Índice
Morte Celular Programada....................................................................................................................... 3
Morte Celular Programada Versus Morte Celular Acidental ...................................................... 4
Sinais E Vias Da Apótese....................................................................................................................... 5
Via Intrínseca ......................................................................................................................................... 5
Via Extrínseca ........................................................................................................................................ 5
Recetores De Morte................................................................................................................................. 8
Papel Do p53 Na Apoptose.................................................................................................................... 9
GUSTAVO PINHO MAIA 3
Morte Celular Programada
Morte Celular é imprescindível para o desenvolvimento de plantas e animais. Nos tecidos
de um ser humano saudável, a cada hora, bilhões de células ativam um programa de morte
intracelular, por mecanismos celulares desconhecidos. Esse processo mata as próprias
células que o iniciam, ocorrendo de maneira controlada - processo conhecido como morte
celular programada.
Em geral, a morte celular em animais ocorre por apoptose, sendo um dentre vários
mecanismos de controlo celular. Após modificações morfológicas características – como
condensação e encolhimento, colapso do citoesqueleto, dissolução do envelope nuclear e
fragmentação da cromatina –, células morrem por apoptose. Como a superfície da célula
ou de seus pedaços – corpos apoptóticos – são alterados, os macrófagos rapidamente os
fagocitam.
Classes de células que sofrem morte celular programada:
• Células infetadas com vírus
• Morte celular quimioterapêutica
• Células desnecessárias a partir de um determinado momento
• Excesso de células
GUSTAVO PINHO MAIA 4
Morte Celular Programada Versus Morte Celular Acidental
GUSTAVO PINHO MAIA 5
Sinais E Vias Da Apótese
Via Intrínseca
Inclui danos no DNA, ativação excessiva de fatores que promovem a progressão do ciclo
celular, ausência de nutrientes. Todos
estes sinais convergem na mitocôndria, a
qual liberta fatores chave que conduzem à
apoptose.
Via Extrínseca
Sinais enviados por outras células. Contacto direto com células-alvo conduz à ativação de
recetores específicos que conduzem a célula à apoptose.
Existem diversas proteínas reguladoras e efetoras da apoptose, como as seguintes:
• Caspases
• Inibidores De Caspases (IAPs)
• Proteínas Da Família BCL-2
• Citocromo C
• Recetores De Morte
• p53
GUSTAVO PINHO MAIA 6
Caspases
São protéases especializadas com resíduos de cisteína no centro ativo que clivam em
resíduos de ácido aspártico.
São expressas como precursores inativos (procaspases). A sua ativação requer clivagem
proteolítica em resíduos de ácido aspártico. Atuam em diversos alvos, que promovem
diretamente a apoptose:
• Outras Caspases
• Citoesqueleto e membrana celular (Ex.: actina, laminas)
• Ativação de nucleases que degradam p DNA cromossomal
• Clivagem e inativação de proteínas que normalmente funcionam na deteção e
reparação de danos no DNA
Podem ser divididas em duas classes:
• Caspases iniciadoras (auto-ativadas)
• Caspases efetoras (ativadas por Caspases iniciadoras)
GUSTAVO PINHO MAIA 7
Proteínas Inibidoras De Caspases (IAPs)
As IAPs inibem as Caspases de duas formas:
• Ligação á caspase, bloqueando o seu acesso ao substrato
• Diversas IAPs são ligases de ubiquitina, marcando as caspases para serem
destruídas nos proteossomas
Nota: Se as IAPs inativam proteínas, então como ocorre o inicio da apoptose)?
As células também expressam bloqueadores de IAPs que são Smac e DIABLO. Estas
proteínas encontram-se normalmente na mitocôndria e são libertadas quando se inicia a
via intrínseca da apoptose.
Proteínas Da Família Bcl-2
Refere-se a uma família de genes dos mamíferos e às proteínas a que estes genes dão
origem. Estas regulam a permeabilidade da membrana externa da mitocôndria e podem
ser, quer pró-apoptóticos (Bax, Bad, Bak e Bok, entre outros) quer anti-apoptóticos (Bcl-2
propriamente dito, Bcl-xL, e Bcl-w, entre outros).
A mitocôndria é o organelo chave para a morte celular, que é desencadeada por uma
variedade de insultos tóxicos. Estes eventos mitocondriais são regulados pelas proteínas da
família Bcl-2.
Nota:
Os níveis de proteínas pró- e anti-apoptóticas determinam se o citocromo c é ou não
libertado para o citosol.
GUSTAVO PINHO MAIA 8
Citocromo C
É uma pequena proteína heme que está associada à membrana interna da mitocôndria. É
uma proteína solúvel, ao contrário de outros citocromos, e é um componente essencial da
cadeia transportadora de eletrões. É capaz de realizar oxidações e reduções, mas não se
liga a oxigénio. Transfere eletrões entre o complexo coenzima Q-citocromo C redutase e a
citocromo c oxidase.
Como dito, é uma pequena proteína associada á membrana interna da mitocôndria.
Transfere eletrões entre os complexos III e IV. É libertada pela mitocôndria em resposta a
estímulos pró-apoptóticos.
Liga-se ao APAF-1 (fator ativador de protéases apoptóticas). Este complexo interage com
a pró-caspase 9 (inibidora), permitindo a sua auto-ativação. Este complexo (citocromo c +
APAF-1 + ATP + pró-caspase 9) é chamado de apoptossoma.
Recetores De Morte
As células expressam pelo menos seis diferentes moléculas á superfície celular,
coletivamente chamados de recetores de morte. Um dos mais bem caracterizados é o
recetor Fas, um recetor da família do TNF. O domínio citoplasmático do recetor Fas contém
um domínio de morte, o que é partilhado por todos os recetores de morte.
O ligando Fas é uma proteína membranar trimérica, que é encontrada á superfície das
células. O recetor Fas ativo liga-se a uma proteína adaptadora chamada FADD (proteína
com domínio de morte associada ao Fas).
GUSTAVO PINHO MAIA 9
O complexo Fas-FADD liga-se á pró-caspase 8 (iniciadora) formando o complexo DISC
(complexo de sinalização indutor de morte), conduzindo á auto-ativação da caspase 8.
Papel Do p53 Na Apoptose

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados (14)

ICSA17 - Antígenos e anticorpos
ICSA17 - Antígenos e anticorposICSA17 - Antígenos e anticorpos
ICSA17 - Antígenos e anticorpos
 
Biologia
BiologiaBiologia
Biologia
 
Botulinum Neurotoxin Tipo A
 Botulinum Neurotoxin Tipo A  Botulinum Neurotoxin Tipo A
Botulinum Neurotoxin Tipo A
 
Enzimas
EnzimasEnzimas
Enzimas
 
Ap3 - Bases da Interação intígeno anticorpo
Ap3 - Bases da Interação intígeno anticorpoAp3 - Bases da Interação intígeno anticorpo
Ap3 - Bases da Interação intígeno anticorpo
 
Seminario compostos de_platina
Seminario compostos de_platinaSeminario compostos de_platina
Seminario compostos de_platina
 
Fisio (endócrino)
Fisio (endócrino)Fisio (endócrino)
Fisio (endócrino)
 
Anticorpos Função
Anticorpos FunçãoAnticorpos Função
Anticorpos Função
 
Seminário Proteinograma
Seminário ProteinogramaSeminário Proteinograma
Seminário Proteinograma
 
Enzimas
EnzimasEnzimas
Enzimas
 
Anticorpos
AnticorposAnticorpos
Anticorpos
 
Antigenos e Anticorpos
Antigenos e AnticorposAntigenos e Anticorpos
Antigenos e Anticorpos
 
Proteínas
ProteínasProteínas
Proteínas
 
Trabalho de bioquímica
Trabalho de bioquímicaTrabalho de bioquímica
Trabalho de bioquímica
 

Semelhante a Biologia Molecular e Celular - Aula 11

Relatorio 03 desnaturação e precipitação de proteínas
Relatorio 03   desnaturação e precipitação de proteínasRelatorio 03   desnaturação e precipitação de proteínas
Relatorio 03 desnaturação e precipitação de proteínas
Rodrigo Souza
 
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa finalMetabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
Mi Castro
 
Ciclo Celular - Biologia Celular
Ciclo Celular - Biologia CelularCiclo Celular - Biologia Celular
Ciclo Celular - Biologia Celular
erronda
 
Treinamento ácidos nucléicos
Treinamento ácidos nucléicosTreinamento ácidos nucléicos
Treinamento ácidos nucléicos
emanuel
 

Semelhante a Biologia Molecular e Celular - Aula 11 (20)

Cell cycle-2017
Cell cycle-2017Cell cycle-2017
Cell cycle-2017
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 8
Biologia Molecular e Celular - Aula 8Biologia Molecular e Celular - Aula 8
Biologia Molecular e Celular - Aula 8
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 9
Biologia Molecular e Celular - Aula 9Biologia Molecular e Celular - Aula 9
Biologia Molecular e Celular - Aula 9
 
Biofísica leitura complementar enviar
Biofísica leitura complementar enviarBiofísica leitura complementar enviar
Biofísica leitura complementar enviar
 
Aula 14 Biomedicina
Aula 14 BiomedicinaAula 14 Biomedicina
Aula 14 Biomedicina
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 7
Biologia Molecular e Celular - Aula 7Biologia Molecular e Celular - Aula 7
Biologia Molecular e Celular - Aula 7
 
Relatorio 03 desnaturação e precipitação de proteínas
Relatorio 03   desnaturação e precipitação de proteínasRelatorio 03   desnaturação e precipitação de proteínas
Relatorio 03 desnaturação e precipitação de proteínas
 
2 acidos nucleicos-sintese
2 acidos nucleicos-sintese2 acidos nucleicos-sintese
2 acidos nucleicos-sintese
 
Bioquímica-Médica-para-Iniciantes.pdf
Bioquímica-Médica-para-Iniciantes.pdfBioquímica-Médica-para-Iniciantes.pdf
Bioquímica-Médica-para-Iniciantes.pdf
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 5
Biologia Molecular e Celular - Aula 5Biologia Molecular e Celular - Aula 5
Biologia Molecular e Celular - Aula 5
 
Capela capela acidos nucleicos pdf (1)
Capela capela acidos nucleicos pdf (1)Capela capela acidos nucleicos pdf (1)
Capela capela acidos nucleicos pdf (1)
 
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa finalMetabolismo energético   cte e fosforilação oxidativa final
Metabolismo energético cte e fosforilação oxidativa final
 
Ciclo Celular - Biologia Celular
Ciclo Celular - Biologia CelularCiclo Celular - Biologia Celular
Ciclo Celular - Biologia Celular
 
Db301 un1 les-morte-cel
Db301 un1 les-morte-celDb301 un1 les-morte-cel
Db301 un1 les-morte-cel
 
Catrocollastatina
CatrocollastatinaCatrocollastatina
Catrocollastatina
 
Apoptose e Necrose
Apoptose e NecroseApoptose e Necrose
Apoptose e Necrose
 
Fotossíntese e Respiração celular
Fotossíntese e Respiração celular Fotossíntese e Respiração celular
Fotossíntese e Respiração celular
 
Treinamento ácidos nucléicos
Treinamento ácidos nucléicosTreinamento ácidos nucléicos
Treinamento ácidos nucléicos
 
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Alzheimer
Aula - SNC - Tratamento da Doença de AlzheimerAula - SNC - Tratamento da Doença de Alzheimer
Aula - SNC - Tratamento da Doença de Alzheimer
 
Captura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdf
Captura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdfCaptura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdf
Captura de Tela 2023-09-27 à(s) 23.32.37.pdf
 

Mais de Gustavo Maia (6)

Biologia Molecular e Celular - Aula 10
Biologia Molecular e Celular - Aula 10Biologia Molecular e Celular - Aula 10
Biologia Molecular e Celular - Aula 10
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 6
Biologia Molecular e Celular - Aula 6Biologia Molecular e Celular - Aula 6
Biologia Molecular e Celular - Aula 6
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 4
Biologia Molecular e Celular - Aula 4Biologia Molecular e Celular - Aula 4
Biologia Molecular e Celular - Aula 4
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 3
Biologia Molecular e Celular - Aula 3Biologia Molecular e Celular - Aula 3
Biologia Molecular e Celular - Aula 3
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 2
Biologia Molecular e Celular - Aula 2Biologia Molecular e Celular - Aula 2
Biologia Molecular e Celular - Aula 2
 
Biologia Molecular e Celular - Aula 1
Biologia Molecular e Celular - Aula 1Biologia Molecular e Celular - Aula 1
Biologia Molecular e Celular - Aula 1
 

Último

2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
LeloIurk1
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
Ana Lemos
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 

Último (20)

2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - TERAPIAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
421243121-Apostila-Ensino-Religioso-Do-1-ao-5-ano.pdf
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdfA QUATRO MÃOS  -  MARILDA CASTANHA . pdf
A QUATRO MÃOS - MARILDA CASTANHA . pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIAPROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
PROJETO DE EXTENSÃO I - AGRONOMIA.pdf AGRONOMIAAGRONOMIA
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIXAula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
Aula sobre o Imperialismo Europeu no século XIX
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdfPROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO I - SERVIÇOS JURÍDICOS, CARTORÁRIOS E NOTARIAIS.pdf
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 

Biologia Molecular e Celular - Aula 11

  • 1. Relatório Teórico Biologia Molecular e Celular Aula 11 Química Industrial 1º Ano 2017/2018
  • 2. GUSTAVO PINHO MAIA 2 Índice Morte Celular Programada....................................................................................................................... 3 Morte Celular Programada Versus Morte Celular Acidental ...................................................... 4 Sinais E Vias Da Apótese....................................................................................................................... 5 Via Intrínseca ......................................................................................................................................... 5 Via Extrínseca ........................................................................................................................................ 5 Recetores De Morte................................................................................................................................. 8 Papel Do p53 Na Apoptose.................................................................................................................... 9
  • 3. GUSTAVO PINHO MAIA 3 Morte Celular Programada Morte Celular é imprescindível para o desenvolvimento de plantas e animais. Nos tecidos de um ser humano saudável, a cada hora, bilhões de células ativam um programa de morte intracelular, por mecanismos celulares desconhecidos. Esse processo mata as próprias células que o iniciam, ocorrendo de maneira controlada - processo conhecido como morte celular programada. Em geral, a morte celular em animais ocorre por apoptose, sendo um dentre vários mecanismos de controlo celular. Após modificações morfológicas características – como condensação e encolhimento, colapso do citoesqueleto, dissolução do envelope nuclear e fragmentação da cromatina –, células morrem por apoptose. Como a superfície da célula ou de seus pedaços – corpos apoptóticos – são alterados, os macrófagos rapidamente os fagocitam. Classes de células que sofrem morte celular programada: • Células infetadas com vírus • Morte celular quimioterapêutica • Células desnecessárias a partir de um determinado momento • Excesso de células
  • 4. GUSTAVO PINHO MAIA 4 Morte Celular Programada Versus Morte Celular Acidental
  • 5. GUSTAVO PINHO MAIA 5 Sinais E Vias Da Apótese Via Intrínseca Inclui danos no DNA, ativação excessiva de fatores que promovem a progressão do ciclo celular, ausência de nutrientes. Todos estes sinais convergem na mitocôndria, a qual liberta fatores chave que conduzem à apoptose. Via Extrínseca Sinais enviados por outras células. Contacto direto com células-alvo conduz à ativação de recetores específicos que conduzem a célula à apoptose. Existem diversas proteínas reguladoras e efetoras da apoptose, como as seguintes: • Caspases • Inibidores De Caspases (IAPs) • Proteínas Da Família BCL-2 • Citocromo C • Recetores De Morte • p53
  • 6. GUSTAVO PINHO MAIA 6 Caspases São protéases especializadas com resíduos de cisteína no centro ativo que clivam em resíduos de ácido aspártico. São expressas como precursores inativos (procaspases). A sua ativação requer clivagem proteolítica em resíduos de ácido aspártico. Atuam em diversos alvos, que promovem diretamente a apoptose: • Outras Caspases • Citoesqueleto e membrana celular (Ex.: actina, laminas) • Ativação de nucleases que degradam p DNA cromossomal • Clivagem e inativação de proteínas que normalmente funcionam na deteção e reparação de danos no DNA Podem ser divididas em duas classes: • Caspases iniciadoras (auto-ativadas) • Caspases efetoras (ativadas por Caspases iniciadoras)
  • 7. GUSTAVO PINHO MAIA 7 Proteínas Inibidoras De Caspases (IAPs) As IAPs inibem as Caspases de duas formas: • Ligação á caspase, bloqueando o seu acesso ao substrato • Diversas IAPs são ligases de ubiquitina, marcando as caspases para serem destruídas nos proteossomas Nota: Se as IAPs inativam proteínas, então como ocorre o inicio da apoptose)? As células também expressam bloqueadores de IAPs que são Smac e DIABLO. Estas proteínas encontram-se normalmente na mitocôndria e são libertadas quando se inicia a via intrínseca da apoptose. Proteínas Da Família Bcl-2 Refere-se a uma família de genes dos mamíferos e às proteínas a que estes genes dão origem. Estas regulam a permeabilidade da membrana externa da mitocôndria e podem ser, quer pró-apoptóticos (Bax, Bad, Bak e Bok, entre outros) quer anti-apoptóticos (Bcl-2 propriamente dito, Bcl-xL, e Bcl-w, entre outros). A mitocôndria é o organelo chave para a morte celular, que é desencadeada por uma variedade de insultos tóxicos. Estes eventos mitocondriais são regulados pelas proteínas da família Bcl-2. Nota: Os níveis de proteínas pró- e anti-apoptóticas determinam se o citocromo c é ou não libertado para o citosol.
  • 8. GUSTAVO PINHO MAIA 8 Citocromo C É uma pequena proteína heme que está associada à membrana interna da mitocôndria. É uma proteína solúvel, ao contrário de outros citocromos, e é um componente essencial da cadeia transportadora de eletrões. É capaz de realizar oxidações e reduções, mas não se liga a oxigénio. Transfere eletrões entre o complexo coenzima Q-citocromo C redutase e a citocromo c oxidase. Como dito, é uma pequena proteína associada á membrana interna da mitocôndria. Transfere eletrões entre os complexos III e IV. É libertada pela mitocôndria em resposta a estímulos pró-apoptóticos. Liga-se ao APAF-1 (fator ativador de protéases apoptóticas). Este complexo interage com a pró-caspase 9 (inibidora), permitindo a sua auto-ativação. Este complexo (citocromo c + APAF-1 + ATP + pró-caspase 9) é chamado de apoptossoma. Recetores De Morte As células expressam pelo menos seis diferentes moléculas á superfície celular, coletivamente chamados de recetores de morte. Um dos mais bem caracterizados é o recetor Fas, um recetor da família do TNF. O domínio citoplasmático do recetor Fas contém um domínio de morte, o que é partilhado por todos os recetores de morte. O ligando Fas é uma proteína membranar trimérica, que é encontrada á superfície das células. O recetor Fas ativo liga-se a uma proteína adaptadora chamada FADD (proteína com domínio de morte associada ao Fas).
  • 9. GUSTAVO PINHO MAIA 9 O complexo Fas-FADD liga-se á pró-caspase 8 (iniciadora) formando o complexo DISC (complexo de sinalização indutor de morte), conduzindo á auto-ativação da caspase 8. Papel Do p53 Na Apoptose