Aula 05 as cidades renascentistas e as utopias [revisado em 20160921]

O DESENHO DA CIDADE BURGUESA
as utopias urbanas a as cidades do renascimento, barroco e do iluminismo neoclassicista
AULA 05
Plano antigo de Urbino (1689) por Tommaso Luci.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Urbino
História e Teoria da Urbanismo I - UNIGRANRIO - Professora: Glauci Coelho
ATENÇÃO: esse é um
MATERIAL COMPLEMENTAR,
não utilize apenas os slides para
estudo pois ele não contém o
conteúdo completo passado em
sala de aula.

A IDADE MODERNA
Cerco de uma cidade. Pintura em miniatura de Ogier le
Danois , ed. Antoine Vérard, Paris 1496-1499. Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Queda_de_Constantinopla
contextualizando

LINHA DO TEMPO
FORMAÇÃO DAS CIDADES
1750
Progressista
Culturalista
Sem Modelo
18141789 - 1799
Transferênciadacorte
portuguesaparaoBrasil
1808
InconfidênciaMineira
Dec.deIndependênciaEUA
ThomasJefferson(1743–1826)
1776
2ª Rev. Industrial
3ª Rev. Industrial
4ª Rev. Industrial
1ª Rev. Industrial
Formaçãodamonarquia
nacionalespanhola
ChegadadosportuguesesaoBrasil
QuedadeConstantinopla
1453
1479
1492
Espanhóisao
continenteamericano
1500
Michelangelocomeçaapintar
otetodaCapelaSistina
1508
iníciodaReformaProtestantecom
MartinhoLuteronaAlemanha
1517
RestabelecimentodaInquisição
1542
1554
FundaçãodacidadedeSãoPaulo
1688 - 1689
Fimdoregimeabsolutistana
InglaterracomaRevoluçãoGloriosa.
Início da Revolução
Francesa, que
derrubou a monarquia
e terminou com o
absolutismo na França.
Aperfeiçoamentodomotoravapor
peloescocêsJamesWatt(marco
inicialdaRevoluçãoIndustrial).
1765
ThomasMorus(IlhadeUtopia)
1516
TommasoCampanella(CittàdelSole)
1602
FrancisBacon(NewAtlantis)
1627
JohannValentin(Christianopolis)
1619
Utopias Renasc.

A IDADE MODERNA
Conformação do capitalismo e antecedentes da revolução industrial
Fonte:
http://terceiraopensandoaltohg.blogspot.com.
br/2013/08/a-expansao-maritima-xivxv.html.
• Transição do feudalismo para o capitalismo.
• Economia de mercado;
• Transição do trabalho servil para o assalariado;
• A burguesia passa a se apropriar de tudo que gera riqueza através dos meios de produção (propriedade privada);
• O poder centralizado pelo rei – estado absolutista;
• O surgimento do pensamento nacionalista (ideia de nação);
• Período de descobrimentos marítimos feitos pelos europeus (principalmente Portugal e Espanha) e colonização e
exploração das terras descobertas (principalmente na América e África);
• O comércio marítimo como principal fator de desenvolvimento econômico das nações;
• O surgimento de movimentos de contestação ao poder da Igreja Católica (Reforma Religiosa) e formação de novas
igrejas (luterana, calvinista e anglicana);
• Contestação, principalmente com o Iluminismo, do regime Absolutista e crise deste sistema de governo no final da
Idade Moderna (segunda metade do século XVIII);
• Início da Revolução Industrial no final da Idade Moderna - Primeira globalização.

A IDADE MODERNA
O formativo – expansão marítima
Fonte:

O urbanismo pré-industrial:
utopia e reflexão
A IDADE MODERNA
A cidade do sol de Tommaso
Campanella. Fonte:
http://paxprofundis.org/livros/ci
dadedosol/cidadedosol.htm

A IDADE MODERNA
O renascimento
• HUMANISMO: valorização do ser humano e da natureza humana, donde o antropocentrismo (homem no centro do mundo) foi sua
principal característica.
• RACIONALISMO: o empirismo ou a valorização da experiência, foram essenciais para a mudança de mentalidade no período do
renascimento. Note que o racionalismo está intimamente relacionado com a expansão científica de forma que busca uma explicação
para os fatos, baseada na ciência.
• INDIVIDUALISMO: o homem é colocado em posição central e passa a ser regido, não somente pela igreja, mas também por suas
emoções. Assim, ele torna-se um ser crítico e responsável por suas ações no mundo.
• ANTROPOCENTRISMO: o homem como centro do mundo surge para resgatar diversos aspectos do ser humano. A inteligência humana
foi corroborada com as diversas descobertas científicas da época.
• CIENTIFICISMO: destacam-se as descobertas científicas realizadas por Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Johannes Kepler, Andreas
Vesalius, Francis Bacon, René Descartes, Leonardo da Vinci e Isaac Newton.
• UNIVERSALISMO: foi desenvolvida sobretudo na educação renascentista corroborada pelo desenvolvimento do conhecimento humano
em diversas áreas do saber. O homem renascentista busca ser um "polímata", ou seja, aquele que se especializa em diversas áreas
• ANTIGUIDADE CLÁSSICA: a retomada dos valores clássicos foi essencial para o estudo dos humanistas.

A IDADE MODERNA
As utopias urbanas
• Na busca pela forma perfeita, defendia-se que que a CIDADE IDEAL
deveria ser a AMPLIAÇÃO TIPOLÓGICA DA UNIDADE-BASE ENTRE
SOCIEDADE REAL E UTOPIA SOCIAL, ou seja, através de um modelo
unitário, geométrico e rígido, no qual se excluiriam o movimento, a
variação e o acontecimento casual, OBTER-SE-IA ORDEM E JUSTIÇA.
 Morus imaginou um país perfeito, onde imperavam a prática agrícola e
a propriedade coletiva, sem desigualdades ou injustiças sociais comuns
à sua época.
o Na Ilha de Utopia, de 3 x 30 km de extensão, descrevia 54 cidades
(civitas), sendo a principal delas, Aircastle ou Amaurota,
caracterizada pela presença da água, jardins e amplos cinturões
verdes.
 No plano ideal, o círculo passou a ser o preferido dos projetistas por
significar a redenção da sociedade; um emblema da perfeição, do
equilíbrio e da eternidade. A CIDADE PERFEITA deveria ser circular; forma
de bases cósmica e metafísica que simbolizava, por analogia, a esfera da
criação divina, sem começo nem fim.
THOMAS MORUS e Ilha de Utopia – 1516
O termo utopia foi cunhado pelo inglês
THOMAS MORUS (1478-1535) para
designar aquilo que “não se encontra em
nenhum lugar”, quando da publicação de
sua obra intitulada Utopia (1516).
Fonte: https://www.lass-andere-schreiben.de/referenzen-unserer-experten/982-
musikgeschmack-und-klassenstruktur

A IDADE MODERNA
As utopias urbanas
Propunha uma cidade utópica baseada em um
racionalismo que excluía a ideia de progresso.
 Uma cidade universal dirigida por sacerdotes.
o Em sua proposta, a coesão social aparecia
simbolizada pela INDIFERENCIAÇÃO DO LUGAR
EM QUE CADA UM VIVERIA;
o Havia a separação entre os locais de trabalho e
moradia;
o Sua composição espacial baseava-se em vários
anéis de muralhas defensivas, entre as quais se
situavam os templos luxuosos do Governo.
o De praças quadradas ou circulares, irradiavam-se
avenidas largas e retas, cuja simetria e variedade,
não somente ordenavam a cidade, mas eram
também signos visíveis da ordem racional à qual
esta estava sendo subordinada.
TOMMASO CAMPANELLA e a Città del Sole – 1602
Foi Platão (427-347 a.C.) quem pela
primeira vez, no século IV a.C., formulou
as bases utópicas de uma sociedade ideal,
em A República.
Fonte: http://www.elenafrascaodorizzi.it/libri/alchimia-adocentyn-la-
magica-citta-utopica-di-ermete-trismegisto/

A IDADE MODERNA
As utopias urbanas
O inglês FRANCIS BACON (1561-1626) redigiu outra importante utopia
seiscentista: New Atlantis (Nova Atlântida, 1627), na qual apresentava uma
sociedade regida pelos cientistas.
 Na obra, a Nova Atlântida, era a ilha imaginária de Bensalem, situada mais
além da América e governada por um rei, onde se mantinham as classes
sociais e a propriedade privada.
o Em Bensalem funcionaria uma instituição poderosa, a Casa de Salomão,
formada por cientistas, a verdadeira elite do país. Ali os homens voariam
como pássaros, teriam barcos que navegariam abaixo das águas e
possuiriam estranhos relógios.
o Conhecer-se-ia alguns dos segredos do movimento contínuo e todos
seriam capazes de imitar os movimentos dos seres vivos graças a
reproduções de homens, feras, pássaros, peixes e serpentes
(CARANDELL, 1974).
FRANCIS BACON e New Atlantis – 1627
Fonte: http://fbrt.org.uk/pages/hermes_atlantis.html

A IDADE MODERNA
As utopias urbanas
Uma República de trabalhadores cristãos que
viveriam em igualdade, desejando a paz e
renunciando às riquezas.
 Reipublicæ Christianopolitanæ descriptio
(1619), estaria dividida em zona para as
indústrias leve e pesada;
 Andreæ dizia que ser sábio e trabalhar não
eram necessariamente incompatíveis, se
houvesse moderação. Tal moderação somente
seria possível em uma república comunista,
esta dirigia por representantes da religião,
justiça e educação.
JOHANN VALENTIN e a de Christianopolis – 1619
Fonte: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Plan_der_Stadt_Christianopolis_-_Tafel_2.jpg

A IDADE MODERNA
Quadro cronológico da duração do renascimento segundo Morris Fonte: Tradução livre do original de Morris (1998,p.174).
ITÁLIA FRANÇA GRÃ-BRETANHA EUROPA
1857
Viena Ringstrasse
1830
Regent's Park (Londres)
1772
Place de la Concorde (Paris)
1775
Cidade de Edimburgo por J. Craig
1725
A cidade balneária de Bath
1712
Saint Petersburg
1698
Neuf-Brisach (França)
Grandes praças
de Londres
1666
Grande incêndio de Londres
1630
Covent Garden (Londres)
1647
Plano dos três canais de Amsterdã
1656 - 1667
Praça de São Pedro
1615
La place Dauphine (Paris)
1593
Palmanova
1538
Capitólio (Roma)
1470
Via Nuova (Genova)
Imprensa
desde 1450
O PRIMEIRO
RENASCIMENTO
RENASCIMENTO
TARDIO
BARROCO
NEOCLÁSSICO

A IDADE MODERNA
O renascimento cultural
Fonte:
http://deto
dounpocod
ulce.blogsp
ot.com.br/
o O descobrimento
em 1412 do
Tratado de
Vitrúvio, e sua
publicação em
1521;
o O papel
desempenhado
pelos eruditos e
artistas gregos na
Itália, a partir da
queda de
Constantinopla
em 1453.
 Influência na conformação do pensamento renascentista no campo
da arquitetura e do urbanismo:
Fonte:
http://ww
w.livrariaca
ndelabro.co
m/ctemasa
q.htm

A IDADE MODERNA
1. O primeiro Renascimento (1420-1500): restrito à Itália
Antônio León Battista ALBERTI (1404-1472)
Características gerais:
• “Primeiro teórico do
pensamento urbano
do Renascimento, com
seus tratados se inicia
o urbanismo
consciente”.
• A obra De Re
Aedificatoria, doze
livros sobre
arquitetura oferecidos
a Nicolás V em 1452
(publicada em 1485).
Fonte: http://gallica.bnf.fr/ark:/12148/bpt6k857506k
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Leon_Battista_Alberti

A IDADE MODERNA
As ideias apresentadas sobre a cidade em De Re Aedificatoria (1455) eram:
I. Não estabelecia diferenças relevantes entre as cidades do mundo clássico e aquelas surgidas na Idade Média, nem contrapunha os
novos critérios racionalizados de planejamento da renascença aos tradicionais tardo-medievais;
II. Concebia a cidade como uma “grande casa”, ainda que de natureza composta, além da necessidade de conciliar finitude e mutação (a
cidade deveria ser dotada de determinado número de casas de reserva às exigências de seu crescimento);
III. Anunciava as regras universais da quanto à sua situação ou localização, assim como em relação à sua área, seus limites e suas
“aberturas” (passagens e meios de comunicação – mobilidade urbana);
IV. Estabelecia que na cidade, como ocorre na natureza, regularidade e irregularidade deveriam se conciliar, (a obra humana deveria se
adaptar suavemente ao terreno e ao ambiente cósmico – forma circular);
V. Considerava que as “novas” arquiteturas seriam para a cidade o mesmo que os “ornamentos” são aos organismos de construção dos
edifícios;
VI. Definias as praças (piazze) como organismos arquitetônicos autônomos, circundados por pórticos e loggias (galerias); e estabelecia
três categorias de vias, tanto para a cidade como para o campo:
a. RUAS PRINCIPAIS: deveriam ser amplas, retas e bem curtas nas cidades, grandes; e tortuosas nas pequenas;
b. RUAS SECUNDÁRIAS: deveriam ser tortuosas tanto nas cidades grandes como pequenas, convergindo para as vias principais em
uma linha diagonal;
c. RUAS-PRAÇAS: deveriam cumprir determinadas funções públicas, tais como conduzir à igreja ou ao local onde se administrava a
justiça.

A IDADE MODERNA
Autor: Masaccio, 1401-1428.
Técnica: Fresco.
Estilo: Renascimento.
Tamanho: 680 cm × 475 cm.
Localização: Iglesia de Santa María Novella,
Florencia, Italia.
Fonte: http://www.devoir-de-
philosophie.com/dissertation-masaccio-trinite-
175478.html
Ordem e disciplina geométrica
 O urbanismo se desenvolve no campo teórico, com o discurso da cidade ideal.
 Os novos esquemas arquitetônicos e urbanísticos são, numa primeira fase,
desenvolvidos através dos cenários da pintura (Francesco da Giorgio).
 Pintores, geômetras, matemáticos exploram através da pintura os estudos da
perspectiva.
o Organizam o espaço urbano por um grande eixo ladeado de edifícios nem sempre iguais
e simétricos.
o Descoberta em 1412 do Tratado de Vitrúvio – De Architectura (publicado em 1521 - Invenção
da imprensa), que irá influenciar, do século XV em diante, o desenho de arquitetura, os
princípios estéticos, e os princípios de urbanismo (ordem e disciplina geométrica).
 A forma da cidade é subordinada à unidade e racionalidade.
 A forma radiocêntrica de cidade – a CIDADE IDEAL (fortificações).

A IDADE MODERNA
Francesco da Giorgio: Veduta arquitectónico, entre cerca de 1490 e cerca de 1500,
óleo sobre madeira de álamo. Fonte:
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Francesco_di_Giorgio_Martini_(attributed)
_-_Architectural_Veduta_-_Google_Art_Project.jpg

A IDADE MODERNA
La Cité idéale, de início atribuída à Piero della Francesca depois à Luciano Laurana e
agora à Francesco di Giorgio Martini ou Melozzo da Forlì.
Fonte: https://fr.wikipedia.org/wiki/Cit%C3%A9_id%C3%A9aleCaracterísticas gerais:

A IDADE MODERNA
Antônio Averlino (1404-1472), conhecido como
Antônio FILARETE
• Primeiro renascentista a apresentar um plano
de “CIDADE IDEAL”, descrita e ilustrada no seu
Tratado d'Architettura (entre 1457 e 1464),
publicado somente no século XIX.
1. Filarete, 2. Fra Giocondo, 3. Girolamo Maggi, 4. Giorgio Vasari, 5.
Antonio Lupicini, 6. Daniele Barbaro, 7. Pietro Cattaneo, 8/9 di
Giorgio Martini.

A IDADE MODERNA
SFORZINDA (de Francesco Sforza):
• a partir do centro da cidade nascem 16 vias, uma das
quais toma forma de aqueduto, até o perímetro exterior
• Uma via intermediaria conecta entre si 16 praças
secundárias situadas nos cruzamentos das vias radiais;
estas praças alternam função religiosa e comercial.
• Na área central se encontra três praças separadas, as
mais importantes contem a catedral e o palácio do
governo, e as outras são menores e se destinam ao
mercado central e atividades mercantis.
Fonte:
http://khaostopia.blogspot.com.br/2010/02/sforzinda-
progetto-di-citta-ideale.html

A IDADE MODERNA
Leonardo da Vinci (1452-1519)
• A peste de 1484-1485, impulsionou Da Vinci a
pensar a questão urbana a partir da salubridade
das cidades:
 Aconselhou a construção de cidades embasadas em menor
densidade. E o excedente seria transferido para outras cidades,
todas projetadas para 30.000 habitantes.
 Cada uma dessas cidades deveria ter 5.000 habitações (o
número de 30.000 habitantes é próximo ao que propõem
Ebenezer Howard no final do século XIX como base para a
cidade-jardim).
 Introduz os termos transito peatonal e rodado (carroçável).
Fonte:
http://www.beic.it/it/cont
ent/la-citt%C3%A0-ideale

A IDADE MODERNA
Leonardo da Vinci (1452-1519)
• VÍDEO 1 AULA 5: A cidade ideal:
https://www.youtube.com/watch?v=fbdT99lQ8z4

A IDADE MODERNA
Fonte:
2. O Renascimento tardio (1500-1600)
 Novas cidades criadas somente por razões militares: Palma Nuova, Neuf-Brisach.
Manifestação do urbanismo a partir do renascimento tardio (MORRIS, 1998, p.176)
1. Sistema de fortificação;
5. O traçado de um número limitado de cidades.
2. Criação de zonas urbanas mediante o surgimento de novos espaços públicos e ruas conexas a estes;
3. A reconstrução de cidades existentes mediante o aporte de uma nova rede de ruas principais, que se
prolongam em vias comerciais;
4. A anexação de novos bairros com fins residenciais;

A IDADE MODERNA
Pietro di Giacomo Cataneo (1510-1574).
• Pensou uma larga série de planos de
cidade ideal baseado em polígonos
regulares, entre os quais foram previstas
cidadelas separadas para o governador da
cidade.
• Este enfoque seria utilizado 50 anos depois
em Mannheim (1606), no barroco.
• Publica seus Quattro libri del l'Architettura em
Veneza em 1554.
Fonte:
https://archive.org/details/iquattroprimilib00cata

A IDADE MODERNA
CIDADE IDEAL de 1554 (Pietro di Giacomo Cataneo):
Fonte:
• Baseado em um traçado reticular;
• Ordenação assimétrica das seis praças.

A IDADE MODERNA
CIDADE IDEAL (Pietro di Giacomo Cataneo):
Fonte:

A IDADE MODERNA
Vicenzo Scamozzi (1552-1616).
• Em 1615, publicou em Veneza uma extensa obra de
10 volumes L'Idea dell'Architettura Universale.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Vincenzo_Scamozzi

A IDADE MODERNA
PALMA NOVA de 1593 (Vicenzo Scamozzi):
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Palmanova
• perímetro em um polígono de
nove lados e sua praça central
é um hexágono regular.
• Ruas radias, com 6 delas
partindo do centro e das quais
3 conduzem aos vértices da
muralha, se constituindo como
vias de acesso.
• 12 ruas adicionais partem do
interior dos 3 anéis de ruas
concêntricas.
Os principais
edifícios públicos se
agrupam ao redor
da praça central.
6 praças
secundárias se
abrem par ao centro
dos quarteirões
habitacionais.

A IDADE MODERNA
PALMA NOVA de 1593 (Vicenzo Scamozzi):
Fonte:
http://www.palmanova.travel/

A IDADE MODERNA
Síntese do conhecimento
3. Objeto de intenso esforço de interpretação, crítica e experimentação que resultou, em várias realizações
fragmentárias, as quais exemplificam as relações adotadas entre o assentamento e o entorno natural.
As principais características da CIDADE RENASCENTISTA
1. Concepção urbana como aspiração de uma geometrização geral, na qual ruas e praças passaram a serem
definidas pelos edifícios que pareciam estar constituídos por idênticas unidades estereométricas (3D).
2. Aplicação das regras da perspectiva e do processo de composição aditivo, no qual cada elemento espacial
conserva um alto grau de dependência dentro do conjunto.

A IDADE MODERNA
• RENASCIMENTO: permanência e imobilidade.
• BARROCO: sentido de orientação e movimento.
3. O Barroco (1600-1765)
• O urbanismo barroco propõe um espaço com grande dinamismo e movimento.
1. No urbanismo, o BARROCO promoveu um prolongamento em escala do Renascimento e, embora negasse suas
normas rígidas e proporções imutáveis, manteve a perspectiva como elemento primordial na concepção espacial e da
valorização das vias e monumentos (KOSTOF, 1991).
O urbanismo no barroco
2. A cidade tornou-se um espetáculo para os olhos, emocionante e dinâmico que utilizava um repertório mais rico que o
renascentista, composto por obeliscos, chafarizes, estátuas, colunatas e arcadas, além de grandes planimetrias,
traçados radiocêntricos e ajardinamentos.
3. A CIDADE BARROCA foi a espacialização dos ideais do absolutismo e seu traçado – centro urbano, palácio e jardim –
baseava-se em um conjunto de eixos divergentes e convergentes que era a expressão e instrumento do poder e da
ordem monárquica, representando um ponto de vista simultaneamente unívoco e abrangente (GUIMARÃES, 2004).

A IDADE MODERNA
A Piazza del Campidoglio de 1537 (Michelangelo):
Fonte:
https://pt.wikiarquitectura.com/index.php/Pra%C3%
A7a_o_Campidoglio
3. O Barroco (1600-1765)

FVista dos jardins das Tuileries a partir do
palácio das Tuileries, segunda metade do
século XVII. A avenida é vista em segundo
plano. Fonte:
https://fr.wikipedia.org/wiki/Avenue_des_Cha
mps-%C3%89lys%C3%A9es
A IDADE MODERNA
Champs-Elysées de 1670 (Jean-Baptiste Colbert):
3. O Barroco (1600-1765)
• As obras foram iniciadas em 1664 pelo paisagista
Le Nôtre, o arquiteto Le Vau, e o pintor Le Brun.

Fonte: http://www.louvre.fr/pistes-de-
visite/de-la-place-de-la-concorde-au-palais-
du-louvre
Fonte:
https://fr.wikipedia.org/wiki/Jardins_des_
Champs-%C3%89lys%C3%A9es
A IDADE MODERNA
Champs-Elysées de 1670
(Jean-Baptiste Colbert):
3. O Barroco (1600-1765)

A IDADE MODERNA
Sébastien Le Prestre, marquês de VAUBAN (1633 - 1707)
3. O Barroco (1600-1765)
Fonte:
https://fr.wikipedia.org/wiki/Fortifications_et
_constructions_de_Vauban
• Engenheiro militar francês, introdutor do chamado estilo
Vauban de fortificação. Marechal de França por Luís XIV.

A IDADE MODERNA
La citadelle de Lille de 1667 (Vauban):
3. O Barroco (1600-1765)
Fonte:
http://juliendaget.perso.sfr.fr/Clem/4021Vaub
an_Lille.html

A IDADE MODERNA
Neuf-Brisach (Vauban):
Fonte: http://arquitecturaurbanismo-
usaz.blogspot.com.br/2014/11/renascimento-
desenho-urbano-continuacao.html
• Cidade fortificada traçada por Vauban, para
2.800 habitantes e construída entre 1698 e
1699. O traço regular orientado e constante
com a presença de uma grande praça ao
centro.
3. O Barroco (1600-1765)

Neuf-Brisach (Vauban):
Fonte:
http://arquitecturaurbanismo-
usaz.blogspot.com.br/2014/11/renas
cimento-desenho-urbano-
continuacao.html
A IDADE MODERNA
3. O Barroco (1600-1765)

A IDADE MODERNA
Síntese do conhecimento
3. O Barroco (1600-1765)
5. Arquitetura urbana exuberante e retórica, de escala monumental composta por igrejas, palácios e monumentos para os quais
convergiam alamedas arborizadas e consistiam nos principais temas estéticos.
Os principais elementos do urbanismo barroco, característico da Europa dos séculos XVII e XVIII:
1. Traçados de bases renascentistas, guiados pela perspectiva, mas dotados de maior liberdade, movimento e escala, passando a
simetria a ser relativa (em composição, mas não em detalhes);
2. Caráter monumental expresso pela busca da grandiosidade e pela criação de verdadeiras “cidades-cenário”, o que foi obtido por
meio de rasgamento e alargamento de vias, assim como a criação de amplos espaços públicos.
3. Desenho urbano realizado com base na composição arquitetônica (simetria, ritmo, dominância de massas compactas e aspecto
imponente e sólido das obras), além da artificialidade dos jardins;
4. Paisagem concebida como “construção humana”, adquirindo assim um espírito mais arquitetônico artificial e cênico. Proliferam
eixos, ruas e avenidas radiais, composições geométricas e a retificação de canais, fontes e espelhos d’água.

Fonte:
http://footage.framepool.com/en/bin/113030,villa,italy,aerial/A IDADE MODERNA
A cidade Iluminista
4. Neoclássico (1750-1900)
 No início do século XVIII, o artificialismo típico dos jardins clássicos atenuou-se e apareceram parques caracterizados
por árvores, córregos e extensos prados. Nascia assim o JARDIM INGLÊS que se distanciava cada vez mais do modelo
axial e geométrico, de tradição renascentistabarroca, criada pelo poder absolutista e despótico dos franceses.
 Como reação, instalou-se na Inglaterra o PALLADIANISMO, uma corrente classicista inspirada na doutrina
arquitetônica do tratadista da Renascença Andrea Palladio (1508-1580), que dominou todo o país por quase dois
séculos, de 1620 a 1800, servindo de ponte entre o Renascimento e o Neoclassicismo do final do século XVIII.
 Em meados do século XVIII, a reação inglesa contra os faustos barrocos tornou-se ainda mais intensa e acabou por
fazer imperarem a pureza, a contenção compositiva e as restrições clássicas. Optou-se pelo NEOCLASSICISMO ou
Neopalladianismo.

Fonte: http://www.johnwoodtheelder.co.uk/
A IDADE MODERNA
A cidade Iluminista
• The Kings Circus está dividido em 3 segmentos iguais.
A cidade de BATH de 1725 (John Wood):

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/James_Craig_(architect)
A IDADE MODERNA
A cidade Iluminista
A Cidade de EDIMBURGO de
1768 (James Craig):

Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/James_Craig_(architect)
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Edinburgh
A IDADE MODERNA
A cidade Iluminista
A Cidade de EDIMBURGO de 1768 (James Craig):

SOBRE URBANISMO
Fonte:
https://en.wikipedia.org/wiki/Regent%27s_Park
A IDADE MODERNA
A cidade Iluminista
REGENT'S PARK de 1830 (John Nash):
• Em 1811 o Príncipe Regente (rei George IV) encomendou
o arquiteto John Nash para criar um plano diretor para a área.
• O esquema de Regent Park foi integrado com outros sistemas
construídos para o príncipe regente por Nash, incluindo Regent
Street e Carlton House Terrace, em um grande movimento de
urbanismo que se estende do St. James's Park ao Parlamento
Hill.
• O esquema é considerado um dos primeiros exemplos de
um subúrbio jardim, e continua a influenciar a concepção dos
subúrbios.

Fonte: http://www.gardenvisit.com/gardens/st_james_regents_park_ceremonial_route
Fonte: http://www.wsj.com/articles/londons-regents-park-is-having-a-moment-1413992794
A IDADE MODERNA
A cidade Iluminista
REGENT'S PARK de 1830 (John Nash):

REFERÊNCIAS
BENEVOLO, Leonardo. História da Cidade. 5 ed São Paulo: Perspectiva, 2011.
HALL, Peter. Cidades do Amanhã. São Paulo: Perspectiva, 2011.
LAMAS, José M. Morfologia Urbana e Desenho da Cidade. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2011.
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