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Conceito de modernidade:
eurocentrismo
Professor: Francisco
HISTÓRIA – 8º ANO (EFAF)
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Habilidade: (EF07HI01) Explicar o significado de “modernidade” e
suas lógicas de inclusão e exclusão com base em uma concepção
europeia.
Objetivo: Analisar e discutir o conceito de modernidade no
contexto histórico dos séculos XV e XVIII.
Conceito de modernidade: eurocentrismo
Como você define a palavra
“modernidade?”
© GettyImages
A modernidade é um período de tempo que se
caracteriza pela realidade social, cultural e
econômica vigente no mundo. Ao tratarmos da era
moderna, pré-moderna ou ainda a pós-moderna,
fazemos referência à ordem política, à organização
de nações, à forma econômica que essas adotaram e
inúmeras outras características.
Modernidade
A modernidade é um período de tempo que se
caracteriza pela realidade social, cultural e
econômica vigente no mundo. Ao tratarmos da era
moderna, pré-moderna ou ainda a pós-moderna,
fazemos referência à ordem política, à organização
de nações, à forma econômica que essas adotaram e
inúmeras outras características. Entretanto, nessa
trajetória que traçaremos aqui, o que nos importa é
a trajetória do pensamento humano e o seu processo
de construção.
Modernidade
É comum escutarmos ou nos referirmos à nossa
realidade como moderna. O termo já é tão
naturalizado em nossa língua que passou a ter o
mesmo contexto de contemporâneo — o que
coexiste em um mesmo período de tempo. Mas você
entende o que é ou a que nos referimos quando
tratamos de modernidade?
O que é modernidade?
Para isso, temos que voltar em nossa história e
entendermos primeiro como é possível determinar a
passagem de um período de tempo para outro. É comumente
entendido que os eventos que se iniciaram com a Revolução
Francesa foram o ápice da superação do pensamento e das
organizações sociais tradicionais que marcaram o período
medieval. O rompimento com o pensamento escolástico e o
estabelecimento da razão como forma autônoma de
construção de conhecimento, desligado de preceitos
teológicos, foram alguns dos primeiros passos em direção à
construção do pensamento moderno.
O que é modernidade?
O desenrolar da Revolução Francesa teve como base a
construção ideológica que convencionamos chamar de
Iluminismo. O pensamento iluminista e os pensadores
empiristas, que acreditavam que o conhecimento
verdadeiro estava na experiência a partir dos sentidos,
estabeleceram a razão e a ciência como a forma verdadeira
de se conhecer o mundo. Esse pensamento racionalista
inerente ao Iluminismo revirou toda a estrutura social da
França, que era construída sobre pilares tradicionais
fundamentalmente teológicos, o que abalou todos os pilares
sociais e políticos do país em que o domínio monárquico
absolutista se apoiava.
O que é modernidade?
A monarquia francesa e seu poder assegurado pela provisão
divina foram derrubados diante do fortalecimento dos ideais
igualitários e do racionalismo. Nesse momento, fortalecia-se
o pressuposto de igualdade (em que nenhum homem estaria
acima de outro, nem mesmo o Rei), que, mais adiante, seria
o ponto de partida para os primeiros movimentos
democráticos nas Américas.
O que é modernidade?
Eurocentrismo corresponde a uma expressão que
emite a ideia no mundo como um todo de que a
Europa e seus elementos culturais são referência no
contexto de composição de toda sociedade moderna.
De acordo com diversos estudiosos e analistas essa
perspectiva se mostra como uma doutrina que toma
a cultura europeia como a pioneira da história, dessa
forma se enquadra como uma referência mundial
para todas as nações, como se apenas a cultura
Europeia fosse útil e verdadeira.
Eurocentrismo
Essa ideologia de centralidade cultural europeia
ganhou uma proporção tão grande que dentro e fora
da Europa existe a visão de que essa representa toda
a cultura ocidental no mundo.
No entanto, esse fechamento cultural é negativo
uma vez que não leva em consideração as inúmeras
culturas de civilizações que contribuem para a
diversidade sociocultural do mundo, principalmente
daquelas nações que foram colonizadas pelos
europeus a partir do século XV.
Eurocentrismo
Apesar desse processo recentemente estar recebendo
uma série de questionamentos e críticas contrários na
própria Europa e em outras sociedades globais, mesmo
assim isso continua ocorrendo. Um exemplo mais claro
disso é a divisão do planeta Terra em hemisfério
ocidental e hemisfério oriental uma vez que o
Meridiano principal de mudança de data está
localizado em município na periferia de Londres
chamado de Greenwich.
Eurocentrismo
Narrativas de aventureiros europeus, como a de Hans Staden, do século XVI, apresentavam os
continentes africano e americano como locais atrasados, povoados por selvagens, que, segundo
eles, somente se modernizaram após o contato com a cultura europeia. No entanto, um estudo
do passado nos permite conhecer e desmistificar ideias preestabelecidas. Em primeiro lugar,
temos que, na África e na América, sempre houve uma grande diversidade de povos, com
diferentes características culturais, sociais e políticas.
Modernidade:
a visão europeia sobre o outro
A cerâmica e a metalurgia do ouro e da prata, por exemplo, eram
conhecidas pelas antigas sociedades africanas e americanas, possibilitando
a produção de utensílios, ferramentas e artefatos simbólicos. Exemplos de
construções arquitetônicas, como Machu Picchu, na América, e a Grande
Mesquita de Djenné, na África, ambas declaradas Patrimônios da
Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura), são representações da complexidade
tecnológica dessas sociedades. Essas e outras fontes históricas nos
permitem conhecer as características desses povos.
Fonte: elaborado especialmente para este material.
Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, História, 7º ano, v. 1, p. 229.
a) De acordo com o texto, como os aventureiros europeus, a partir
do século XVI, costumavam apresentar os continentes africano e
americano?
b) Por que essa concepção é considerada equivocada atualmente?
Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, História, 7º ano, v. 1, p. 229.
Oscar Pereira da Silva. Desembarque de Cabral em Porto Seguro, 1904. Museu Histórico Nacional (RJ).
Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/ File:
Desembarque_de_Cabral.jpg. Acesso em: 5 out. 2021.
“Todas essas nações de gentes, falando em geral, seguem sua gentilidade, são feras
selvagens, montanhesas e desumanas: vivem ao som da natureza, nem seguem fé,
nem lei, nem rei, (freio comum de todo homem racional). E em sinal dessa
singularidade lhes negou também o autor da natureza as letras F, L, R. Seu Deus é o
seu ventre segundo a frase de S. Paulo: sua lei, e seu rei, são seu apetite e gosto [...].
Parecem mais brutos em pé que humanos racionais [...]. Nem tem
VASCONCELLOS, Simão. Crônica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil, 1663. vol. 1, p. 75-76. Senado Federal. Institucional.
Biblioteca Digital. CC BY-NC-SA 3.0 BR. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/242811. Acesso em 5 out. 2021.
arte, nem polícia alguma, nem sabem contar mais que até quatro,
os demais números notam pelos dedos das mãos e pés [...].
Andam esburacados, muitos deles, pelas orelhas, faces e beiços;
e nestes buracos engastam pedras de várias cores, da grossura
de um dedo.”
Etnocentrismo
DEBRET, Jean-Baptiste. Soldados Índios da província de Curitiba escoltando prisioneiros Nativos,
c. 1830. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/
wiki/Ficheiro:Indian_Soldiers_from_the_Coritiba_Province_Escorting_Native_Prisoners.jpg.
Acesso em: 5 out. 2021.
Os primeiros contatos entre os europeus, conforme as
Crônicas da Companhia de Jesus, foram pacíficos.
Porém, a hospitalidade se tornou hostilidade quando os
indígenas foram submetidos a trabalhos forçados no
corte do pau-brasil e na busca por ouro.
A fase da exclusão
Os europeus, ao perceberem que os
nativos não alimentavam interesses
econômicos com suas riquezas
naturais e aparentavam ser dóceis,
os subjugaram e inauguraram os
tempos de conflitos e relações de
poder entre conquistadores e
conquistados.
Elaborado especialmente para o CMSP.
DEBRET, Jean-Baptiste. Soldados Índios
da província de Curitiba escoltando
prisioneiros Nativos, c. 1830. Domínio
Público. Wikimedia Commons. Disponível
em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:
Indian_Soldiers_from_the_Coritiba_Provin
ce_Escorting_Native_Prisoners.jpg. Acesso
em: 5 out. 2021.
Impressora de tipos Móveis, 1811. Deutsches Museum
de Munique, Alemanha. CC BY-SA 3.0. Wikimedia
Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia
.org/wiki/File:Handtiegelpresse_von_1811.jpg. Acesso em
5 out. 2021.
A modernidade
A modernidade foi considerada uma fase de descobertas, invenções
e desenvolvimento científico e humano, mas todo esse progresso
trouxe alguns desdobramentos que, hoje, com a devida distância no
tempo, do século XVI, podemos classificar como preconceituosos. No
período estudado, a Europa estava se posicionando como um
continente que pretendia ser o exemplo de civilização. Dessa forma,
Impressora de tipos
Móveis, 1811. Deutsches
Museum de Munique,
Alemanha. CC BY-SA 3.0.
Wikimedia Commons.
Disponível em: https://
commons.wikimedia.org/
wiki/File:Handtiegelpresse
_von_1811.jpg. Acesso em
5 out. 2021.
toda e qualquer forma de cultura, desconhecida
ou estranha aos europeus, era considerada
inferior. Com tais pensamentos, surgiu a
dicotomia entre os povos evoluídos (europeus) e
os inferiores (indígenas nativos).
A modernidade europeia pode ser classificada como:
a) A maior forma de expressão humana e de desenvolvimento científico
que eliminou os preconceitos advindos da Antiguidade.
b) Um conceito equivocado, pois pretendeu elevar a razão
e a ciência, mas fortaleceu preconceitos e visões
distorcidas sobre os povos não europeus.
c) Um conceito progressista, cujos desdobramentos na
colonização de povos africanos e americanos levaram
civilidade e desenvolvimento científico aos povos que
não possuíam esses recursos.
Atividade
Elaborado especialmente para o CMSP.
Atividades complementares
Assista à palestra sobre a modernidade e o eurocentrismo
Canal Futura. O conceito de modernidade e o eurocentrismo – História – 7º ano
– Ensino Fundamental
https://www.youtube.com/watch?v=REJPD77aCmM
• Pesquise sobre as lógicas de exclusão social nos dias
atuais.
• Escreva um texto sintetizando os resultados de suas
pesquisas.
• Grave um vídeo de até dois minutos com suas avaliações
sobre os resultados de sua pesquisa.
Elaborado especialmente para o CMSP.
Materiais desta aula/referência/fonte
Conceito de modernidade:
eurocentrismo
Professora: Janaina Jardim
CRÉDITO
Equipe do CMSP
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Conceito de modernidade: eurocentrismo

  • 1.
  • 2. Conceito de modernidade: eurocentrismo Professor: Francisco HISTÓRIA – 8º ANO (EFAF) GIFGIFS.com
  • 3. Habilidade: (EF07HI01) Explicar o significado de “modernidade” e suas lógicas de inclusão e exclusão com base em uma concepção europeia. Objetivo: Analisar e discutir o conceito de modernidade no contexto histórico dos séculos XV e XVIII. Conceito de modernidade: eurocentrismo
  • 4. Como você define a palavra “modernidade?” © GettyImages
  • 5. A modernidade é um período de tempo que se caracteriza pela realidade social, cultural e econômica vigente no mundo. Ao tratarmos da era moderna, pré-moderna ou ainda a pós-moderna, fazemos referência à ordem política, à organização de nações, à forma econômica que essas adotaram e inúmeras outras características. Modernidade
  • 6. A modernidade é um período de tempo que se caracteriza pela realidade social, cultural e econômica vigente no mundo. Ao tratarmos da era moderna, pré-moderna ou ainda a pós-moderna, fazemos referência à ordem política, à organização de nações, à forma econômica que essas adotaram e inúmeras outras características. Entretanto, nessa trajetória que traçaremos aqui, o que nos importa é a trajetória do pensamento humano e o seu processo de construção. Modernidade
  • 7. É comum escutarmos ou nos referirmos à nossa realidade como moderna. O termo já é tão naturalizado em nossa língua que passou a ter o mesmo contexto de contemporâneo — o que coexiste em um mesmo período de tempo. Mas você entende o que é ou a que nos referimos quando tratamos de modernidade? O que é modernidade?
  • 8. Para isso, temos que voltar em nossa história e entendermos primeiro como é possível determinar a passagem de um período de tempo para outro. É comumente entendido que os eventos que se iniciaram com a Revolução Francesa foram o ápice da superação do pensamento e das organizações sociais tradicionais que marcaram o período medieval. O rompimento com o pensamento escolástico e o estabelecimento da razão como forma autônoma de construção de conhecimento, desligado de preceitos teológicos, foram alguns dos primeiros passos em direção à construção do pensamento moderno. O que é modernidade?
  • 9. O desenrolar da Revolução Francesa teve como base a construção ideológica que convencionamos chamar de Iluminismo. O pensamento iluminista e os pensadores empiristas, que acreditavam que o conhecimento verdadeiro estava na experiência a partir dos sentidos, estabeleceram a razão e a ciência como a forma verdadeira de se conhecer o mundo. Esse pensamento racionalista inerente ao Iluminismo revirou toda a estrutura social da França, que era construída sobre pilares tradicionais fundamentalmente teológicos, o que abalou todos os pilares sociais e políticos do país em que o domínio monárquico absolutista se apoiava. O que é modernidade?
  • 10. A monarquia francesa e seu poder assegurado pela provisão divina foram derrubados diante do fortalecimento dos ideais igualitários e do racionalismo. Nesse momento, fortalecia-se o pressuposto de igualdade (em que nenhum homem estaria acima de outro, nem mesmo o Rei), que, mais adiante, seria o ponto de partida para os primeiros movimentos democráticos nas Américas. O que é modernidade?
  • 11.
  • 12.
  • 13. Eurocentrismo corresponde a uma expressão que emite a ideia no mundo como um todo de que a Europa e seus elementos culturais são referência no contexto de composição de toda sociedade moderna. De acordo com diversos estudiosos e analistas essa perspectiva se mostra como uma doutrina que toma a cultura europeia como a pioneira da história, dessa forma se enquadra como uma referência mundial para todas as nações, como se apenas a cultura Europeia fosse útil e verdadeira. Eurocentrismo
  • 14. Essa ideologia de centralidade cultural europeia ganhou uma proporção tão grande que dentro e fora da Europa existe a visão de que essa representa toda a cultura ocidental no mundo. No entanto, esse fechamento cultural é negativo uma vez que não leva em consideração as inúmeras culturas de civilizações que contribuem para a diversidade sociocultural do mundo, principalmente daquelas nações que foram colonizadas pelos europeus a partir do século XV. Eurocentrismo
  • 15. Apesar desse processo recentemente estar recebendo uma série de questionamentos e críticas contrários na própria Europa e em outras sociedades globais, mesmo assim isso continua ocorrendo. Um exemplo mais claro disso é a divisão do planeta Terra em hemisfério ocidental e hemisfério oriental uma vez que o Meridiano principal de mudança de data está localizado em município na periferia de Londres chamado de Greenwich. Eurocentrismo
  • 16. Narrativas de aventureiros europeus, como a de Hans Staden, do século XVI, apresentavam os continentes africano e americano como locais atrasados, povoados por selvagens, que, segundo eles, somente se modernizaram após o contato com a cultura europeia. No entanto, um estudo do passado nos permite conhecer e desmistificar ideias preestabelecidas. Em primeiro lugar, temos que, na África e na América, sempre houve uma grande diversidade de povos, com diferentes características culturais, sociais e políticas. Modernidade: a visão europeia sobre o outro A cerâmica e a metalurgia do ouro e da prata, por exemplo, eram conhecidas pelas antigas sociedades africanas e americanas, possibilitando a produção de utensílios, ferramentas e artefatos simbólicos. Exemplos de construções arquitetônicas, como Machu Picchu, na América, e a Grande Mesquita de Djenné, na África, ambas declaradas Patrimônios da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), são representações da complexidade tecnológica dessas sociedades. Essas e outras fontes históricas nos permitem conhecer as características desses povos. Fonte: elaborado especialmente para este material. Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, História, 7º ano, v. 1, p. 229.
  • 17. a) De acordo com o texto, como os aventureiros europeus, a partir do século XVI, costumavam apresentar os continentes africano e americano? b) Por que essa concepção é considerada equivocada atualmente? Currículo em Ação, 2021. Caderno do Aluno, História, 7º ano, v. 1, p. 229.
  • 18.
  • 19. Oscar Pereira da Silva. Desembarque de Cabral em Porto Seguro, 1904. Museu Histórico Nacional (RJ). Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia.org/wiki/ File: Desembarque_de_Cabral.jpg. Acesso em: 5 out. 2021.
  • 20. “Todas essas nações de gentes, falando em geral, seguem sua gentilidade, são feras selvagens, montanhesas e desumanas: vivem ao som da natureza, nem seguem fé, nem lei, nem rei, (freio comum de todo homem racional). E em sinal dessa singularidade lhes negou também o autor da natureza as letras F, L, R. Seu Deus é o seu ventre segundo a frase de S. Paulo: sua lei, e seu rei, são seu apetite e gosto [...]. Parecem mais brutos em pé que humanos racionais [...]. Nem tem VASCONCELLOS, Simão. Crônica da Companhia de Jesus do Estado do Brasil, 1663. vol. 1, p. 75-76. Senado Federal. Institucional. Biblioteca Digital. CC BY-NC-SA 3.0 BR. Disponível em: https://www2.senado.leg.br/bdsf/handle/id/242811. Acesso em 5 out. 2021. arte, nem polícia alguma, nem sabem contar mais que até quatro, os demais números notam pelos dedos das mãos e pés [...]. Andam esburacados, muitos deles, pelas orelhas, faces e beiços; e nestes buracos engastam pedras de várias cores, da grossura de um dedo.”
  • 22. DEBRET, Jean-Baptiste. Soldados Índios da província de Curitiba escoltando prisioneiros Nativos, c. 1830. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/ wiki/Ficheiro:Indian_Soldiers_from_the_Coritiba_Province_Escorting_Native_Prisoners.jpg. Acesso em: 5 out. 2021.
  • 23. Os primeiros contatos entre os europeus, conforme as Crônicas da Companhia de Jesus, foram pacíficos. Porém, a hospitalidade se tornou hostilidade quando os indígenas foram submetidos a trabalhos forçados no corte do pau-brasil e na busca por ouro. A fase da exclusão Os europeus, ao perceberem que os nativos não alimentavam interesses econômicos com suas riquezas naturais e aparentavam ser dóceis, os subjugaram e inauguraram os tempos de conflitos e relações de poder entre conquistadores e conquistados. Elaborado especialmente para o CMSP. DEBRET, Jean-Baptiste. Soldados Índios da província de Curitiba escoltando prisioneiros Nativos, c. 1830. Domínio Público. Wikimedia Commons. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro: Indian_Soldiers_from_the_Coritiba_Provin ce_Escorting_Native_Prisoners.jpg. Acesso em: 5 out. 2021.
  • 24. Impressora de tipos Móveis, 1811. Deutsches Museum de Munique, Alemanha. CC BY-SA 3.0. Wikimedia Commons. Disponível em: https://commons.wikimedia .org/wiki/File:Handtiegelpresse_von_1811.jpg. Acesso em 5 out. 2021. A modernidade
  • 25. A modernidade foi considerada uma fase de descobertas, invenções e desenvolvimento científico e humano, mas todo esse progresso trouxe alguns desdobramentos que, hoje, com a devida distância no tempo, do século XVI, podemos classificar como preconceituosos. No período estudado, a Europa estava se posicionando como um continente que pretendia ser o exemplo de civilização. Dessa forma, Impressora de tipos Móveis, 1811. Deutsches Museum de Munique, Alemanha. CC BY-SA 3.0. Wikimedia Commons. Disponível em: https:// commons.wikimedia.org/ wiki/File:Handtiegelpresse _von_1811.jpg. Acesso em 5 out. 2021. toda e qualquer forma de cultura, desconhecida ou estranha aos europeus, era considerada inferior. Com tais pensamentos, surgiu a dicotomia entre os povos evoluídos (europeus) e os inferiores (indígenas nativos).
  • 26. A modernidade europeia pode ser classificada como: a) A maior forma de expressão humana e de desenvolvimento científico que eliminou os preconceitos advindos da Antiguidade. b) Um conceito equivocado, pois pretendeu elevar a razão e a ciência, mas fortaleceu preconceitos e visões distorcidas sobre os povos não europeus. c) Um conceito progressista, cujos desdobramentos na colonização de povos africanos e americanos levaram civilidade e desenvolvimento científico aos povos que não possuíam esses recursos. Atividade Elaborado especialmente para o CMSP.
  • 27. Atividades complementares Assista à palestra sobre a modernidade e o eurocentrismo Canal Futura. O conceito de modernidade e o eurocentrismo – História – 7º ano – Ensino Fundamental https://www.youtube.com/watch?v=REJPD77aCmM • Pesquise sobre as lógicas de exclusão social nos dias atuais. • Escreva um texto sintetizando os resultados de suas pesquisas. • Grave um vídeo de até dois minutos com suas avaliações sobre os resultados de sua pesquisa. Elaborado especialmente para o CMSP.
  • 29. Conceito de modernidade: eurocentrismo Professora: Janaina Jardim CRÉDITO Equipe do CMSP GIFGIFS.com