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Prof. Giovanna Ortiz – Aula 1 - Introdução
Introdução
 A água é fundamental para a vida, sendo, porém, um

recurso limitado e de valor econômico.
 Sua escassez pode ocorrer, tanto por condições
climáticas/ hidrológicas e hidrogeológicas, como por
demanda excessiva, como por exemplo, a Região
Metropolitana de São Paulo.
Introdução
 Sua

importância não se restringe apenas à
sobrevivência humana, mas principalmente para o
desenvolvimento de todas as atividades produtivas,
devendo para tanto, serem assegurados seus usos
múltiplos: agro-pecuária (principalmente irrigação),
geração de energia elétrica, produção industrial,
diluição de efluentes domésticos e industriais,
transporte fluvial e por último, mas não menos
importante, a manutenção das condições ecológicas e
ambientais. (FIESP,2005 p.11)
http://www.cesan.com.br/page.php?36
Introdução
 O Brasil é, neste sentido, um país de dimensões

continentais que apresenta grande disponibilidade
hídrica, mas com diversos desafios a serem superados e
problemas a serem enfrentados. A distribuição dos
recursos hídricos não é uniforme, tanto espacial como
temporalmente, existindo regiões com graves cenários
de escassez, em quantidade, com destaque para o
semi-árido nordestino, e em qualidade, no caso das
regiões mais industrializadas do sudeste do país
(BRASIL,2007 p.05).
Conflitos
 Além dos desequilíbrios da oferta de água às populações,

a questão da disponibilidade e dos conflitos pelo seu uso
também apresentam seus aspectos preocupantes. Há o alerta
de escassez e em vários locais afloram conflitos decorrentes
de desequilíbrios entre demanda e disponibilidade (Albuquerque
e Oliveira, 1999 apud. CAPUCCI et al, 2001 p.09).
Saneamento
 A água é também veículo para os mais diversos tipos

de doenças, quando poluída ou contaminada.
Estudo do BNDES sobre saneamento no Brasil indicou
que 51% da população urbana (aproximadamente 63
milhões de pessoas) não é atendida por rede de água
dos sistemas de abastecimento e que cerca de 45% das
águas tratadas distribuídas são desperdiçadas. A
pesquisa constatou ainda a alarmante realidade de que
90% dos esgotos são lançados “in natura” nos solos e
rios, sem qualquer tratamento.
Saneamento
 Em nível mundial, os números são ainda mais

assustadores. Estima-se que 1,2 bilhão de pessoas no
mundo carecem de água potável e que 1,9 bilhão não
dispõe de adequados serviços de saneamento.
 A falta de água potável e de saneamento básico
provoca a morte de cerca de 4 milhões de crianças
anualmente, vitimadas por doenças de veiculação
hídrica como a cólera, a diarréia, etc. (CAPUCCI et al, 2001
p.09)

(Foto: Rafiqur Rahman/Reuters)
Águas Subterrâneas
 A maior parte da superfície da Terra está coberta por água

(70%), por isso a chamamos de Planeta Azul. Do volume
total de água do planeta, 97,5% é salgada, compondo os
mares e oceanos, e apenas 2,5% é doce. Porém, da água
doce existente na Terra, 68,9% formam as calotas polares,
geleiras e neves eternas (que cobrem os cumes das
montanhas), 0,9% corresponde à umidade do solo e
pântanos, 0,3% aos rios e lagos, e os 29,9% restantes são
águas subterrâneas. Desta maneira, do total de água doce
disponível para consumo, descontando-se aquela presente
nas calotas polares, geleiras e neves eternas, as águas
subterrâneas representam um total de 96%.(BRASIL,2007 p.08).
Águas Subterrâneas
Águas Subterrâneas
 De toda a água doce disponível para consumo, 96% é

proveniente de água subterrânea. São elas as
responsáveis pela garantia da sobrevivência de parte
significativa da população mundial. Países como
Arábia Saudita, Dinamarca e Malta utilizam
exclusivamente dessas águas para todo o
abastecimento humano. Enquanto que na Áustria,
Alemanha, Bélgica, França, Hungria, Itália, Holanda,
Marrocos, Rússia e Suíça, mais de 70% da demanda por
água é atendida por manancial hídrico subterrâneo
(CPRM, 1997 apud. BRASIL,2007 p.07).
Águas Subterrâneas
 Devido a uma série de fatores que restringem a

utilização das águas superficiais, bem como ao
crescente aumento dos custos da sua captação, adução
e tratamento, a água subterrânea está sendo
reconhecida como alternativa viável aos usuários e tem
apresentado uso crescente nos últimos anos, obtidas
através de poços bem locados e construídos.
Águas Subterrâneas
 Além dos problemas facilidade de contaminação

inerentes às águas superficiais, o maior interesse pelo
uso da água subterrânea vem sendo despertado, pela
maior oferta deste recurso e em decorrência do
desenvolvimento tecnológico, o que promoveu uma
melhoria na produtividade dos poços e um aumento de
sua vida útil.(CAPUCCI et al, 2001 p.10)
Fatores de Competitividade das
Águas Subterrâneas
Volumes estocados muito grandes (192.000 km3 no Brasil) e suas velocidades de
fluxo muito baixas (cm/dia) resultam em que o manancial é pouco afetado pelas

variações sazonais de pluviometria, podendo propiciar um abastecimento regular
durante os períodos de seca ou estiagem prolongadas.
Pelo fato de ocorrerem no subsolo sob uma zona de material rochoso não-saturado
ou camadas rochosas pouco permeáveis, as águas subterrâneas encontram-se

relativamente melhor protegidas contra agentes potenciais ou efetivos de poluição.
Quando captadas de forma adequada, na sua utilização, geralmente, não se tem
custos de clarificação, tratamento ou purificação – os processos de filtração e
biogeoquímicos de depuração do subsolo proporcionam um alto nível de
purificação e potabilidade das águas subterrâneas.
Fatores de Competitividade das
Águas Subterrâneas
A forma de ocorrência extensiva possibilita sua captação
nos locais onde são geradas as demandas.

Os investimentos em geral são relativamente pequenos
– variando entre dezenas a centenas de milhares de
reais.
Os prazos de execução das obras de captação são
relativamente curtos – da ordem de dias até alguns
meses
Fatores de Competitividade das
Águas Subterrâneas
Os aqüíferos não sofrem processos de assoreamento,
nem perdem grandes volumes de água por evaporação.
Águas Subterrâneas
 A falta de instrumentos legais, de normas técnicas e de

uma estrutura técnico-administrativa que garanta a eficácia
na explotação e controle desse recurso vêm colocando em
risco (CAPUCCI et al, 2001 p.10).
 Para que possamos atribuir às águas subterrâneas seu
devido valor como recurso estratégico e importante fonte
de abastecimento, são necessárias ações no sentido de
ampliar os conhecimentos técnicos, implantar uma rede de
monitoramento efetiva, implementar a gestão integrada
das águas subterrâneas e superficiais, bem como a
capacitação de técnicos, gestores e da sociedade em geral.
(BRASIL,2007 p.05)
Fatores de Risco para Utilização de
Águas Subterrâneas
Grande número de poços mal locados, construídos e operados sem manutenção.
Nestas condições, o resultado do poço é incerto ou sua vida útil é tão curta que a
alternativa do uso da água subterrânea apresenta, com freqüência, um grande
risco político – administrativo – financeiro para os tomadores de decisão.
Falta de controle governamental. Qualquer indivíduo, condomínio, indústria,
agricultor, empresa privada ou estatal pode construir um poço, freqüentemente,
pelo menor preço e sem a tecnologia adequada.

Falta de estudos hidrogeológicos básicos, rede de monitoramento e de banco de
dados consistentes e acessíveis ao público.
Fatores de Risco para Utilização de
Águas Subterrâneas
 Em função dessa crescente demanda, as águas subterrâneas

estão sob forte pressão. A superexplotação, ou seja, a
extração de água em volume maior do que o reposto pela
natureza, pode provocar a redução da quantidade de água
que abastece os rios, a seca de nascentes, o esgotamento
dos reservatórios, entre tantos outros impactos negativos
(BRASIL,2007 p.07).

 Somam-se a esses os problemas relacionados com a

contaminação das águas pelas atividades humanas (ação
antrópica), sendo as principais fontes de poluição: as
fossas, os esgotos domésticos e industriais, os vazamentos
em postos de gasolina, os lixões, os agrotóxicos utilizados
na agricultura, os poços profundos mal instalados ou
abandonados, entre outros (BRASIL,2007 p.07).
Águas subterrâneas no Brasil
 No Brasil, segundo dados do IBGE (2000), cerca de 55

% dos distritos são abastecidos por água subterrânea.
Cidades como Ribeirão Preto (SP), Maceió (AL),
Mossoró (RN) e Manaus (AM), suprem todas as suas
necessidades hídricas utilizando esse tipo de
abastecimento. Além de atender diretamente à
população, esses recursos são utilizados na indústria,
agricultura (irrigação), lazer, etc (BRASIL,2007 p.07)
Águas subterrâneas no Brasil
O

Brasil, que é um dos países com maior
disponibilidade hídrica da Terra (13,8%), existem
regiões extremamente ricas, como a Amazônica, e
outras com baixa disponibilidade. Com relação à
abundância e à distribuição das águas subterrâneas, a
situação não é diferente. O país como um todo possui
uma reserva de águas subterrâneas estimada em cerca
de 112.000 km3, considerando uma profundidade de
até 1000 metros, com um volume de reabastecimento
(recarga) de 3.500 km3 anuais (Rebouças, 1997 apud.BRASIL,2007
p.09)
Disponibilidade
Hídrica
Bibliografia fichada
 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Associação Brasileira de Águas

Subterrâneas e Petrobrás. “Águas Subterrâneas – Um Recurso a ser
conhecido e Protegido”. Brasília, 2007

 CAPUCCI, Egmont et AL. “Poços Tubulares e Outras Captações de

Águas Subterrâneas: Orientações aos Usuários”. Rio de Janeiro, 2001

 FIESP. Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. “Orientações

para a Utilização de Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo”. São
Paulo, 2005

 CLEARY, Robert W. “Águas Subterrâneas” 1989 disponível em: <

http://www.clean.com.br/portal/index.php?option=com_content&vie
w=article&id=79&Itemid=110 >Acesso em: Janeiro de 2010
Atividade
 Recursos hídricos do município

• Com que recursos hídricos (rios, lagos, água subterrânea) conta a
cidade onde você mora?
• Em que bacia hidrográfica ou sub-bacia está localizada a região
onde você mora?
• A demanda de água no município está crescendo ou diminuindo?
Quais as previsões de demanda por água para os próximos 10, 20,
30 anos?
• O município utiliza diretamente águas subterrâneas para o
abastecimento da população?
• As autoridades têm se preocupado em implementar medidas que
poupem água? Quais? Existem planos de implementar medidas
desse tipo no futuro? Quais?
Atividade
 Águas e esgoto

• No seu município existe algum tipo de tratamento do esgoto? Qual?
Quem faz? Que resultados esse tratamento tem apresentado em
relação à qualidade da água do município?
• Quais os principais contaminantes da água da sua cidade? Quais são as
origens desses contaminantes?
• As indústrias se responsabilizam pelos resíduos produzidos por elas? O
que é feito com esses resíduos? São reciclados? Destinados a aterros
sanitários? São jogados na rede de esgoto, rios, lagos ou mar?

• Que planos têm as autoridades para resolver o problema do esgoto?
Atividade
 O que podemos fazer

• Que mudanças eu posso propor como Engenheiro
Ambiental de um órgão público (Prefeituras,
Departamento de Águas e Esgoto, etc.) fazer no
sentido de dar minha contribuição profissional para
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tratamento etc.)

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Aula 1

  • 1. Prof. Giovanna Ortiz – Aula 1 - Introdução
  • 2. Introdução  A água é fundamental para a vida, sendo, porém, um recurso limitado e de valor econômico.  Sua escassez pode ocorrer, tanto por condições climáticas/ hidrológicas e hidrogeológicas, como por demanda excessiva, como por exemplo, a Região Metropolitana de São Paulo.
  • 3. Introdução  Sua importância não se restringe apenas à sobrevivência humana, mas principalmente para o desenvolvimento de todas as atividades produtivas, devendo para tanto, serem assegurados seus usos múltiplos: agro-pecuária (principalmente irrigação), geração de energia elétrica, produção industrial, diluição de efluentes domésticos e industriais, transporte fluvial e por último, mas não menos importante, a manutenção das condições ecológicas e ambientais. (FIESP,2005 p.11)
  • 5. Introdução  O Brasil é, neste sentido, um país de dimensões continentais que apresenta grande disponibilidade hídrica, mas com diversos desafios a serem superados e problemas a serem enfrentados. A distribuição dos recursos hídricos não é uniforme, tanto espacial como temporalmente, existindo regiões com graves cenários de escassez, em quantidade, com destaque para o semi-árido nordestino, e em qualidade, no caso das regiões mais industrializadas do sudeste do país (BRASIL,2007 p.05).
  • 6. Conflitos  Além dos desequilíbrios da oferta de água às populações, a questão da disponibilidade e dos conflitos pelo seu uso também apresentam seus aspectos preocupantes. Há o alerta de escassez e em vários locais afloram conflitos decorrentes de desequilíbrios entre demanda e disponibilidade (Albuquerque e Oliveira, 1999 apud. CAPUCCI et al, 2001 p.09).
  • 7. Saneamento  A água é também veículo para os mais diversos tipos de doenças, quando poluída ou contaminada. Estudo do BNDES sobre saneamento no Brasil indicou que 51% da população urbana (aproximadamente 63 milhões de pessoas) não é atendida por rede de água dos sistemas de abastecimento e que cerca de 45% das águas tratadas distribuídas são desperdiçadas. A pesquisa constatou ainda a alarmante realidade de que 90% dos esgotos são lançados “in natura” nos solos e rios, sem qualquer tratamento.
  • 8. Saneamento  Em nível mundial, os números são ainda mais assustadores. Estima-se que 1,2 bilhão de pessoas no mundo carecem de água potável e que 1,9 bilhão não dispõe de adequados serviços de saneamento.  A falta de água potável e de saneamento básico provoca a morte de cerca de 4 milhões de crianças anualmente, vitimadas por doenças de veiculação hídrica como a cólera, a diarréia, etc. (CAPUCCI et al, 2001 p.09) (Foto: Rafiqur Rahman/Reuters)
  • 9. Águas Subterrâneas  A maior parte da superfície da Terra está coberta por água (70%), por isso a chamamos de Planeta Azul. Do volume total de água do planeta, 97,5% é salgada, compondo os mares e oceanos, e apenas 2,5% é doce. Porém, da água doce existente na Terra, 68,9% formam as calotas polares, geleiras e neves eternas (que cobrem os cumes das montanhas), 0,9% corresponde à umidade do solo e pântanos, 0,3% aos rios e lagos, e os 29,9% restantes são águas subterrâneas. Desta maneira, do total de água doce disponível para consumo, descontando-se aquela presente nas calotas polares, geleiras e neves eternas, as águas subterrâneas representam um total de 96%.(BRASIL,2007 p.08).
  • 11. Águas Subterrâneas  De toda a água doce disponível para consumo, 96% é proveniente de água subterrânea. São elas as responsáveis pela garantia da sobrevivência de parte significativa da população mundial. Países como Arábia Saudita, Dinamarca e Malta utilizam exclusivamente dessas águas para todo o abastecimento humano. Enquanto que na Áustria, Alemanha, Bélgica, França, Hungria, Itália, Holanda, Marrocos, Rússia e Suíça, mais de 70% da demanda por água é atendida por manancial hídrico subterrâneo (CPRM, 1997 apud. BRASIL,2007 p.07).
  • 12. Águas Subterrâneas  Devido a uma série de fatores que restringem a utilização das águas superficiais, bem como ao crescente aumento dos custos da sua captação, adução e tratamento, a água subterrânea está sendo reconhecida como alternativa viável aos usuários e tem apresentado uso crescente nos últimos anos, obtidas através de poços bem locados e construídos.
  • 13. Águas Subterrâneas  Além dos problemas facilidade de contaminação inerentes às águas superficiais, o maior interesse pelo uso da água subterrânea vem sendo despertado, pela maior oferta deste recurso e em decorrência do desenvolvimento tecnológico, o que promoveu uma melhoria na produtividade dos poços e um aumento de sua vida útil.(CAPUCCI et al, 2001 p.10)
  • 14. Fatores de Competitividade das Águas Subterrâneas Volumes estocados muito grandes (192.000 km3 no Brasil) e suas velocidades de fluxo muito baixas (cm/dia) resultam em que o manancial é pouco afetado pelas variações sazonais de pluviometria, podendo propiciar um abastecimento regular durante os períodos de seca ou estiagem prolongadas. Pelo fato de ocorrerem no subsolo sob uma zona de material rochoso não-saturado ou camadas rochosas pouco permeáveis, as águas subterrâneas encontram-se relativamente melhor protegidas contra agentes potenciais ou efetivos de poluição. Quando captadas de forma adequada, na sua utilização, geralmente, não se tem custos de clarificação, tratamento ou purificação – os processos de filtração e biogeoquímicos de depuração do subsolo proporcionam um alto nível de purificação e potabilidade das águas subterrâneas.
  • 15. Fatores de Competitividade das Águas Subterrâneas A forma de ocorrência extensiva possibilita sua captação nos locais onde são geradas as demandas. Os investimentos em geral são relativamente pequenos – variando entre dezenas a centenas de milhares de reais. Os prazos de execução das obras de captação são relativamente curtos – da ordem de dias até alguns meses
  • 16. Fatores de Competitividade das Águas Subterrâneas Os aqüíferos não sofrem processos de assoreamento, nem perdem grandes volumes de água por evaporação.
  • 17. Águas Subterrâneas  A falta de instrumentos legais, de normas técnicas e de uma estrutura técnico-administrativa que garanta a eficácia na explotação e controle desse recurso vêm colocando em risco (CAPUCCI et al, 2001 p.10).  Para que possamos atribuir às águas subterrâneas seu devido valor como recurso estratégico e importante fonte de abastecimento, são necessárias ações no sentido de ampliar os conhecimentos técnicos, implantar uma rede de monitoramento efetiva, implementar a gestão integrada das águas subterrâneas e superficiais, bem como a capacitação de técnicos, gestores e da sociedade em geral. (BRASIL,2007 p.05)
  • 18. Fatores de Risco para Utilização de Águas Subterrâneas Grande número de poços mal locados, construídos e operados sem manutenção. Nestas condições, o resultado do poço é incerto ou sua vida útil é tão curta que a alternativa do uso da água subterrânea apresenta, com freqüência, um grande risco político – administrativo – financeiro para os tomadores de decisão. Falta de controle governamental. Qualquer indivíduo, condomínio, indústria, agricultor, empresa privada ou estatal pode construir um poço, freqüentemente, pelo menor preço e sem a tecnologia adequada. Falta de estudos hidrogeológicos básicos, rede de monitoramento e de banco de dados consistentes e acessíveis ao público.
  • 19. Fatores de Risco para Utilização de Águas Subterrâneas  Em função dessa crescente demanda, as águas subterrâneas estão sob forte pressão. A superexplotação, ou seja, a extração de água em volume maior do que o reposto pela natureza, pode provocar a redução da quantidade de água que abastece os rios, a seca de nascentes, o esgotamento dos reservatórios, entre tantos outros impactos negativos (BRASIL,2007 p.07).  Somam-se a esses os problemas relacionados com a contaminação das águas pelas atividades humanas (ação antrópica), sendo as principais fontes de poluição: as fossas, os esgotos domésticos e industriais, os vazamentos em postos de gasolina, os lixões, os agrotóxicos utilizados na agricultura, os poços profundos mal instalados ou abandonados, entre outros (BRASIL,2007 p.07).
  • 20. Águas subterrâneas no Brasil  No Brasil, segundo dados do IBGE (2000), cerca de 55 % dos distritos são abastecidos por água subterrânea. Cidades como Ribeirão Preto (SP), Maceió (AL), Mossoró (RN) e Manaus (AM), suprem todas as suas necessidades hídricas utilizando esse tipo de abastecimento. Além de atender diretamente à população, esses recursos são utilizados na indústria, agricultura (irrigação), lazer, etc (BRASIL,2007 p.07)
  • 21. Águas subterrâneas no Brasil O Brasil, que é um dos países com maior disponibilidade hídrica da Terra (13,8%), existem regiões extremamente ricas, como a Amazônica, e outras com baixa disponibilidade. Com relação à abundância e à distribuição das águas subterrâneas, a situação não é diferente. O país como um todo possui uma reserva de águas subterrâneas estimada em cerca de 112.000 km3, considerando uma profundidade de até 1000 metros, com um volume de reabastecimento (recarga) de 3.500 km3 anuais (Rebouças, 1997 apud.BRASIL,2007 p.09)
  • 23. Bibliografia fichada  BRASIL. Ministério do Meio Ambiente, Associação Brasileira de Águas Subterrâneas e Petrobrás. “Águas Subterrâneas – Um Recurso a ser conhecido e Protegido”. Brasília, 2007  CAPUCCI, Egmont et AL. “Poços Tubulares e Outras Captações de Águas Subterrâneas: Orientações aos Usuários”. Rio de Janeiro, 2001  FIESP. Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. “Orientações para a Utilização de Águas Subterrâneas no Estado de São Paulo”. São Paulo, 2005  CLEARY, Robert W. “Águas Subterrâneas” 1989 disponível em: < http://www.clean.com.br/portal/index.php?option=com_content&vie w=article&id=79&Itemid=110 >Acesso em: Janeiro de 2010
  • 24. Atividade  Recursos hídricos do município • Com que recursos hídricos (rios, lagos, água subterrânea) conta a cidade onde você mora? • Em que bacia hidrográfica ou sub-bacia está localizada a região onde você mora? • A demanda de água no município está crescendo ou diminuindo? Quais as previsões de demanda por água para os próximos 10, 20, 30 anos? • O município utiliza diretamente águas subterrâneas para o abastecimento da população? • As autoridades têm se preocupado em implementar medidas que poupem água? Quais? Existem planos de implementar medidas desse tipo no futuro? Quais?
  • 25. Atividade  Águas e esgoto • No seu município existe algum tipo de tratamento do esgoto? Qual? Quem faz? Que resultados esse tratamento tem apresentado em relação à qualidade da água do município? • Quais os principais contaminantes da água da sua cidade? Quais são as origens desses contaminantes? • As indústrias se responsabilizam pelos resíduos produzidos por elas? O que é feito com esses resíduos? São reciclados? Destinados a aterros sanitários? São jogados na rede de esgoto, rios, lagos ou mar? • Que planos têm as autoridades para resolver o problema do esgoto?
  • 26. Atividade  O que podemos fazer • Que mudanças eu posso propor como Engenheiro Ambiental de um órgão público (Prefeituras, Departamento de Águas e Esgoto, etc.) fazer no sentido de dar minha contribuição profissional para uso sustentável de água? (consumo, captação, tratamento etc.)