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José Garcia Neto, governava o Estado de Mato
Grosso, quando ocorreu o fato mais expressivo
durante sua administração, foi a divisão do
Estado de Mato Grosso, 1977, quando foi criado
o Estado de Mato Grosso do Sul.
A Lei Complementar nº 31,
de 11 de outubro de 1977,
dividiu em duas faixas
territoriais o antigo Mato
Grosso: criou o Estado de
Mato Grosso do Sul e
conservou o Norte do
antigo território com a
denominação histórica de
Mato Grosso.
A divisão do Estado de Mato
Grosso, mesmo tenso sido fruto
de contendas que remontam a
quase um século, somente se
concretizou no ano de 1977, fruto
de uma decisão do presidente
Ernesto Geisel, imposta ao
conjunto da população.
O Estado de Mato Grosso em
1977, antes da divisão, era
formado por 93 municípios.
Com a divisão, Mato Grosso
passou a ter 38 municípios e
Mato Grosso do Sul 55
municípios.
Mato Grosso compreende aproximadamente 10% do território
nacional, e abrigando em contrapartida apenas 1,53% da
população do país, (2.854.642 habitantes – IBGE, 2007), Mato
Grosso constitui exemplo típico de região de fronteira, que
caminha rumo à consolidação de um área de moderna
produção agroindustrial.
Como característica preliminar, pode-se
dizer que essa área vem se firmando, nas
duas últimas décadas, como uma
economia baseada predominantemente na
pecuária extensiva de corte e de leite, na
agricultura extensiva de alimentos básicos.
Porém, juntamente com o avanço
econômico ocorre também o demográfico.
Décadas após décadas, o fenômeno do
crescimento demográfico vem se
deslocando pelo território mato-grossense.
Segundo dados do censo demográfico
de 1980, o total de população de Mato
Grosso era de 1.138,691 habitantes;
destes, 57,5% representavam a
população urbana, e 42,5% a
população rural. Essa população
urbana, em sua maioria, localizava-se
nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis,
Várzea Grande, Cáceres, Barra do
Garças, Colider e Tangará da Serrra.
Com o intenso fluxo migratório para
Mato Grosso ocorrido na década de
80, o número de habitantes quase
duplicou. O censo demográfico de
1991 revelou uma população de
2.027, 231 habitantes. Destes, 73%
viviam em áreas urbanas e 27% em
áreas rurais.
No Censo de 2000, essa
tendência se manteve, uma
vez que dos 2.504,353
habitantes do Estado 79,3%
moravam nas cidades, um
aumento de 6,3% referente
ao censo de 1991.
E conforme já citado o
Censo de 2007, eram
2.854.642 habitantes
no estado.
Muitos fatores contribuíram
para esse aumento,
destacando-se o êxodo rural e
a forte atração que a vida
urbana exerce sobre o campo,
como maior oferta de emprego
e possibilidades de acesso à
educação, saúde, lazer e
consumo.
Cidades como Cuiabá,
Rondonópolis e Várzea Grande,
entre outras, não tinham infra-
estrutura suficiente para absorver
tanta gente e o resultado disse é
perfeitamente visível na paisagem
geográfica. É o crescimento
desordenado das cidades, mais
conhecido como macrosefalia
(inchaço) urbana.
Estas cidades passam a conviver com
grandes problemas, também comuns a
outros estados. Exemplificando,
podemos destacar a falta de
saneamento básico, água, luz e
moradia, além da presença da
violência, a delinquência juvenil, o
menor carente, o subemprego, a
prostituição, as doenças, o
analfabetismo e o trânsito caótico.
Em 2002 o déficit habitacional de Cuiabá
estava estimado em 30 mil moradias. Para
todo o Estado o déficit era de 90 mil
moradias.
Problemas ambientais se manifestam em
todos os lugares da Capital: são os
córregos assoreados cheios de esgoto e
rejeitos de fábricas exalando odores
fétidos, prejudiciais a saúde; a poluição do
ar e sonora; o calor exagerado nas áreas
centrais de Cuiabá.
Outro componente deste crescimento
desordenado já comum nas cidades do
Estado, porém muito forte na Capital, é
a presença de favelas. De acordo com
o IBGE, o termo favela está
relacionado a um aglomerado de pelo
menos cinquenta domicílios, na sua
maioria carentes de infra-estrutura e
localizados em terrenos não-
pertencentes a seus moradores.
A cauda da miséria em Cuiabá é a
constante migração, que acontece
por falta de uma política de fixação
do homem no campo. O que falta é
um Reforma Agrária, pois essa
migração gera desemprego,
prostituição e marginalidade, já que
esses trabalhadores rurais não têm
qualificação profissional para atuar
nas cidades. (GOMES, 1996)
É impossível andar pelas ruas da capital e
cidades mato-grossenses sem notar a
diversidade dos semblantes que
caracterizam sua população. Essa
diversidade étnica/cultural é fruto da
miscigenação ocorrida entre os três grupos
étnicos que povoaram este território: índios,
negros e brancos.
Forma os primeiros habitantes do território
brasileiro. Não existe um número exato sobre a
quantidade de nativos que povoaram nosso país
antes da chegada do colonizador português.
Existe um consenso entre pesquisadores,
admitindo a presença de três a cinco milhões de
índios.
A história dos povos indígenas é
uma história triste, de sofrimento,
marcada pelo extermínio físico
(genocídio) e até mesmo cultural
(etnocídio). Em Mato Grosso a
história é recheada de passagens
que descrevem as heróicas
batalhas travadas pelos índios
contra os bandeirantes que
tentaram escravizá-los.
As atividades destinadas aos índios escravizados
eram basicamente as de navagar os rios, guiar
monções, descobrir o ouro e cultivar a terra, além
de sua utilização forçada nas guerras contra
grupos indígenas inimigos.
Boa parte dos índios que sobreviviam aos
combates acabavam morrendo mais tarde
vitimados por doenças adquiridas no contato com
os brancos. Assim, pode-se dizer que povos
indígenas foram extintos pela perversidade do
processo de colonização.
Os primeiros negros que migraram
para Mato Grosso não chegaram neste
Estado por “livre e espontânea”
vontade. A escravidão foi a responsável
pela chegada dos negros, aqui trazidos
à força para trabalharem nas minas
auríferas.
No censo demográfico (IBGE-
2000), 141.305 mato-
grossenses declararam-se de
cor.raça negra, perfazendo
5,64% do total da população
desse Estado.
Com o declínio da mineração e as exigências do
Governador Rodrigo César de Menezes sobre o
fisco – obrigando os garimpeiros a deixarem com
a Coroa Portuguesa boa parte do ouro extraído
como pagamento de tributos -, o povo começou a
abandonar Cuiabá e dirigir-se para outras
regiões, inclusive Vila Bela da Santíssima
Trindade, no Vale do Rio Guaporé. Essa mesma
região passou a receber a maioria dos negros
trazidos para Mato Grosso via Companhia do
Comércio do Grão-Pará e Maranhão. Esse é um
dos motivos de Vila Bela ser o município mato-
grossense com maior concentração de negros do
Estado.
Os negros que sobreviveram à escravidão
e às chacinas dos quilombos
permaneceram em Vila Bela da Santíssima
Trindade, mantendo um relativo isolamento
em relação a Cuiabá.
O povoamento branco no Brasil
começou em 1500, e até 1808
permaneceu exclusivamente
lusitano. Só os portugueses tinham
livre acesso ao Brasil. São também
de origem lusitana os primeiros
brancos que vieram para Mato
Grosso explorar as preciosas minas
auríferas.
A nação brasileira herdou desse grupo étnico
a língua, as primeiras instituições políticos-
administrativas, a religião católica, pratos
típicos e inúmeras manifestações culturais.
A partir de 1808, com a abertura dos portos,
imigrantes italianos, alemães e poloneses
(em menor escala) dirigem-se para o sul do
Brasil reproduzindo aí boa parte do modo de
vida europeu. Brasileiros descendentes
desses grupos étnicos constituem o grande
contingente populacional dos que migraram
para as regiões de fronteira agrícola do
estado de Mato Grosso nas últimas décadas.
No censo demográfico de 2000, 1.104.962
mato-grossense declararam-se brancos,
representando 44,10% do total da
população do Estado.
A “sorte” dor primeiros habitantes brancos
de Mato Grosso não pode ser comparada
com a “sorte” dos índios e negros. Os
brancos vinham para mandar, os outros
para trabalhar (forçado).
Nos censos demográficos, as pessoas que
não se declaram brancas, índias ou negras,
são agrupadas no quesito pardos. Sem
dúvida nenhuma, este é o grupo étnico
mais expressivo da população brasileira,
resultante da mistura de raças.
No censo de 2000, 1.200.602 mato-
grossenses declaram-se de cor/raça parda,
perfazendo um total de 47,92% do total da
população do Estado.
Os PARDOS ou MESTIÇOS
são o resultado do
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Divisão do Estado de Mato Grosso em 1977 cria Mato Grosso do Sul

  • 1. José Garcia Neto, governava o Estado de Mato Grosso, quando ocorreu o fato mais expressivo durante sua administração, foi a divisão do Estado de Mato Grosso, 1977, quando foi criado o Estado de Mato Grosso do Sul.
  • 2. A Lei Complementar nº 31, de 11 de outubro de 1977, dividiu em duas faixas territoriais o antigo Mato Grosso: criou o Estado de Mato Grosso do Sul e conservou o Norte do antigo território com a denominação histórica de Mato Grosso.
  • 3. A divisão do Estado de Mato Grosso, mesmo tenso sido fruto de contendas que remontam a quase um século, somente se concretizou no ano de 1977, fruto de uma decisão do presidente Ernesto Geisel, imposta ao conjunto da população.
  • 4. O Estado de Mato Grosso em 1977, antes da divisão, era formado por 93 municípios. Com a divisão, Mato Grosso passou a ter 38 municípios e Mato Grosso do Sul 55 municípios.
  • 5. Mato Grosso compreende aproximadamente 10% do território nacional, e abrigando em contrapartida apenas 1,53% da população do país, (2.854.642 habitantes – IBGE, 2007), Mato Grosso constitui exemplo típico de região de fronteira, que caminha rumo à consolidação de um área de moderna produção agroindustrial.
  • 6. Como característica preliminar, pode-se dizer que essa área vem se firmando, nas duas últimas décadas, como uma economia baseada predominantemente na pecuária extensiva de corte e de leite, na agricultura extensiva de alimentos básicos. Porém, juntamente com o avanço econômico ocorre também o demográfico. Décadas após décadas, o fenômeno do crescimento demográfico vem se deslocando pelo território mato-grossense.
  • 7. Segundo dados do censo demográfico de 1980, o total de população de Mato Grosso era de 1.138,691 habitantes; destes, 57,5% representavam a população urbana, e 42,5% a população rural. Essa população urbana, em sua maioria, localizava-se nas cidades de Cuiabá, Rondonópolis, Várzea Grande, Cáceres, Barra do Garças, Colider e Tangará da Serrra.
  • 8. Com o intenso fluxo migratório para Mato Grosso ocorrido na década de 80, o número de habitantes quase duplicou. O censo demográfico de 1991 revelou uma população de 2.027, 231 habitantes. Destes, 73% viviam em áreas urbanas e 27% em áreas rurais.
  • 9. No Censo de 2000, essa tendência se manteve, uma vez que dos 2.504,353 habitantes do Estado 79,3% moravam nas cidades, um aumento de 6,3% referente ao censo de 1991.
  • 10. E conforme já citado o Censo de 2007, eram 2.854.642 habitantes no estado.
  • 11. Muitos fatores contribuíram para esse aumento, destacando-se o êxodo rural e a forte atração que a vida urbana exerce sobre o campo, como maior oferta de emprego e possibilidades de acesso à educação, saúde, lazer e consumo.
  • 12. Cidades como Cuiabá, Rondonópolis e Várzea Grande, entre outras, não tinham infra- estrutura suficiente para absorver tanta gente e o resultado disse é perfeitamente visível na paisagem geográfica. É o crescimento desordenado das cidades, mais conhecido como macrosefalia (inchaço) urbana.
  • 13. Estas cidades passam a conviver com grandes problemas, também comuns a outros estados. Exemplificando, podemos destacar a falta de saneamento básico, água, luz e moradia, além da presença da violência, a delinquência juvenil, o menor carente, o subemprego, a prostituição, as doenças, o analfabetismo e o trânsito caótico.
  • 14. Em 2002 o déficit habitacional de Cuiabá estava estimado em 30 mil moradias. Para todo o Estado o déficit era de 90 mil moradias. Problemas ambientais se manifestam em todos os lugares da Capital: são os córregos assoreados cheios de esgoto e rejeitos de fábricas exalando odores fétidos, prejudiciais a saúde; a poluição do ar e sonora; o calor exagerado nas áreas centrais de Cuiabá.
  • 15. Outro componente deste crescimento desordenado já comum nas cidades do Estado, porém muito forte na Capital, é a presença de favelas. De acordo com o IBGE, o termo favela está relacionado a um aglomerado de pelo menos cinquenta domicílios, na sua maioria carentes de infra-estrutura e localizados em terrenos não- pertencentes a seus moradores.
  • 16. A cauda da miséria em Cuiabá é a constante migração, que acontece por falta de uma política de fixação do homem no campo. O que falta é um Reforma Agrária, pois essa migração gera desemprego, prostituição e marginalidade, já que esses trabalhadores rurais não têm qualificação profissional para atuar nas cidades. (GOMES, 1996)
  • 17. É impossível andar pelas ruas da capital e cidades mato-grossenses sem notar a diversidade dos semblantes que caracterizam sua população. Essa diversidade étnica/cultural é fruto da miscigenação ocorrida entre os três grupos étnicos que povoaram este território: índios, negros e brancos.
  • 18.
  • 19. Forma os primeiros habitantes do território brasileiro. Não existe um número exato sobre a quantidade de nativos que povoaram nosso país antes da chegada do colonizador português. Existe um consenso entre pesquisadores, admitindo a presença de três a cinco milhões de índios.
  • 20. A história dos povos indígenas é uma história triste, de sofrimento, marcada pelo extermínio físico (genocídio) e até mesmo cultural (etnocídio). Em Mato Grosso a história é recheada de passagens que descrevem as heróicas batalhas travadas pelos índios contra os bandeirantes que tentaram escravizá-los.
  • 21. As atividades destinadas aos índios escravizados eram basicamente as de navagar os rios, guiar monções, descobrir o ouro e cultivar a terra, além de sua utilização forçada nas guerras contra grupos indígenas inimigos. Boa parte dos índios que sobreviviam aos combates acabavam morrendo mais tarde vitimados por doenças adquiridas no contato com os brancos. Assim, pode-se dizer que povos indígenas foram extintos pela perversidade do processo de colonização.
  • 22.
  • 23. Os primeiros negros que migraram para Mato Grosso não chegaram neste Estado por “livre e espontânea” vontade. A escravidão foi a responsável pela chegada dos negros, aqui trazidos à força para trabalharem nas minas auríferas.
  • 24. No censo demográfico (IBGE- 2000), 141.305 mato- grossenses declararam-se de cor.raça negra, perfazendo 5,64% do total da população desse Estado.
  • 25. Com o declínio da mineração e as exigências do Governador Rodrigo César de Menezes sobre o fisco – obrigando os garimpeiros a deixarem com a Coroa Portuguesa boa parte do ouro extraído como pagamento de tributos -, o povo começou a abandonar Cuiabá e dirigir-se para outras regiões, inclusive Vila Bela da Santíssima Trindade, no Vale do Rio Guaporé. Essa mesma região passou a receber a maioria dos negros trazidos para Mato Grosso via Companhia do Comércio do Grão-Pará e Maranhão. Esse é um dos motivos de Vila Bela ser o município mato- grossense com maior concentração de negros do Estado.
  • 26. Os negros que sobreviveram à escravidão e às chacinas dos quilombos permaneceram em Vila Bela da Santíssima Trindade, mantendo um relativo isolamento em relação a Cuiabá.
  • 27.
  • 28. O povoamento branco no Brasil começou em 1500, e até 1808 permaneceu exclusivamente lusitano. Só os portugueses tinham livre acesso ao Brasil. São também de origem lusitana os primeiros brancos que vieram para Mato Grosso explorar as preciosas minas auríferas.
  • 29. A nação brasileira herdou desse grupo étnico a língua, as primeiras instituições políticos- administrativas, a religião católica, pratos típicos e inúmeras manifestações culturais. A partir de 1808, com a abertura dos portos, imigrantes italianos, alemães e poloneses (em menor escala) dirigem-se para o sul do Brasil reproduzindo aí boa parte do modo de vida europeu. Brasileiros descendentes desses grupos étnicos constituem o grande contingente populacional dos que migraram para as regiões de fronteira agrícola do estado de Mato Grosso nas últimas décadas.
  • 30. No censo demográfico de 2000, 1.104.962 mato-grossense declararam-se brancos, representando 44,10% do total da população do Estado. A “sorte” dor primeiros habitantes brancos de Mato Grosso não pode ser comparada com a “sorte” dos índios e negros. Os brancos vinham para mandar, os outros para trabalhar (forçado).
  • 31. Nos censos demográficos, as pessoas que não se declaram brancas, índias ou negras, são agrupadas no quesito pardos. Sem dúvida nenhuma, este é o grupo étnico mais expressivo da população brasileira, resultante da mistura de raças. No censo de 2000, 1.200.602 mato- grossenses declaram-se de cor/raça parda, perfazendo um total de 47,92% do total da população do Estado.
  • 32. Os PARDOS ou MESTIÇOS são o resultado do cruzamento entre brancos e negros (mulatos), branco e índios (caboclos), e negros e índios (cafuzos).