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ENTOMOLOGIA
FORENSE
Biom. Esp. Nígela Rodrigues Carvalho
Perita Criminal 2ª Classe SPTC/GO
nigelabiomed@hotmail.com
INTRODUÇÃO
Histórico e Conceitos
Ciência que aplica o estudo dos insetos e outros artrópodes a
procedimentos legais a partir do conhecimento de informações de
taxonomia, ciclo biológico, distribuição geográfico, etc.
Caro Data Vermibus
Histórico:
- 1235: Sung Tz’u (China)
- 1885: Bergeret (França)
- 1894: Mégnin (França) La Faune des Cadavres
- 1908: Oscar Freire e Edgard Roquette-Pinto: marco inicial da
entomologia forense no Brasil.
Entomologia Forense
INTRODUÇÃO
Histórico e Conceitos
Reflexões de OSCAR FREIRE:
1- Não existem espécies de insetos necrófagos exclusivas de cada fase de
decomposição;
2- A competição é um fator muito importante entre os insetos necrófagos que
utilizam a carcaça;
3- A riqueza de espécies de insetos necrófagos, sua abundância e sua influência é
definida pela diversidade associada aos padrões biogeográficos;
4- Não há simultaneidade temporal, nem cronologia previsíveis nas fases de
decomposição cadavérica;
5- Uma estimativa precisa de tempo de morte (IPM) é impossível.
INTRODUÇÃO
BRASIL
- maior biodiversidade do mundo:
Estudos de entomofauna cadavérica característica de
cada região biogeoclimática e estudos de possíveis
padrões de sucessões.
Destaques: Rio de Janeiro
Distrito Federal
São Paulo
diferenças climáticas
diversos biomas
Histórico e Conceitos
INTRODUÇÃO
• Urbana: ações cíveis envolvendo a presença de insetos em bens culturais,
imóveis ou estruturas, danificando-os. Essa modalidade é muito utilizada em
ações envolvendo compra e venda de imóveis, cabendo à entomologia
determinar o tempo de infestação, se antes ou depois da compra.
• De produtos estocados: trata da contaminação em pequena ou
grande extensão de produtos comerciais estocados. Cabe à entomologia
forense determinar quando ocorreu a infestação. Ex: larvas em bombons.
• Médico-legal : é a categoria de interesse criminal, principalmente em
relação a morte violenta.
Histórico e Conceitos
Classificação da Entomologia Forense:
INTRODUÇÃO
Pacote de biscoito tipo Cream-Cracker, infestado por insetos
(coleópteros) da família Bostrichidae, caracterizados por infestar vários tipos de
cereais, principalmente arroz, milho, cevada, centeio, trigo e produtos acabados,
fazendo perfurações na superfície destes, alimentando e reproduzindo-se no
interior dos mesmos. Imagens cedidas por Dalmira Fonseca - POLITEC-AP
INTRODUÇÃO
17- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013)
A Entomologia Forense é a ciência que aplica o estudo dos insetos a
procedimentos legais. As pesquisas nessa área são feitas desde 1850 e vem
obtendo progressos nas últimas décadas. Dessa forma, essa ciência foi
classificada em três categorias distintas de acordo com seu uso.
I-Ações cíveis envolvendo a presença de insetos em imóveis, danificando-os.
Essa modalidade é muito utilizada em ações envolvendo compra e venda de
imóveis.
II- Contaminação em grande extensão de produtos comerciais estocados, como
o caruncho que infesta o feijão.
III- Categoria que envolve a área criminal, principalmente com relação a morte
violenta.
Assinale o item que nomeia as três categorias que classificam a Entomologia
Forense:
A) I. imobiliária, II. Sanitária e III. Criminal;
B) I. mobiliária, II. De produtos estocados e III. Criminal;
C) I. Urbana, II Sanitária e III. Médico-Legal;
D) I. Urbana, II. De produtos estocados e III. Criminal;
E) I. Urbana, II. De produtos estocados e III. Médico-Legal.
• Necrófagos: são aqueles cujos adultos e/ou imaturos alimentam-se dos tecidos
dos corpos decompostos e constituem a mais importante categoria de interesse
forense para estabelecer o tempo de morte. Exemplos: moscas e besouros, etc.
• Parasitas e predadores: segunda categoria de mais importância para as
ciências forenses São parasitas aqueles que utilizam dos insetos que colonizam a
carcaça para seu desenvolvimento próprio, já os predadores são aqueles que se
alimentam dos estágios imaturos de insetos necrófagos. Exemplos: besouros,
formigas, moscas (Calliphoridae – Chrysomya), etc.
• Onívoros: são aqueles que se alimentam tanto dos corpos quanto da fauna
associada. Exemplos: Himenópteros (formigas e vespas) e Coleópteros (alguns
besouros), etc.
• Acidentais, eventuais ou visitantes: são aqueles que se encontram
no cadáver por acaso, como extensão de seu habitat normal. Exemplos: aranhas,
borboletas, gafanhotos, etc.
Histórico e Conceitos
Classificação da fauna cadavérica
SMITH (1986)
INTRODUÇÃO
Histórico e Conceitos
Classificação da fauna cadavérica
INTRODUÇÃO
• Entorpecentes: no momento da prensagem do vegetal, insetos
ficam ali retidos, traçando a rota de tráfico através da distribuição
geográfica dos mesmos.
• Maus tratos: Com o conhecimento do tempo de chegada de
algumas espécies em corpos em processo de decomposição é possível
deduzir se havia populações que já infestavam a vítima antes de sua morte
(tempo pós-negligência).
• Morte violenta: quando a morte ocorreu (estimativa de intervalo
pós-morte), quem é o morto, como a morte ocorreu, onde ocorreu e auxiliar
na análise de se tratar de evento natural, acidental ou criminal.
Aplicações criminais
INTRODUÇÃO
Aplicações criminais
INTRODUÇÃO
Aplicações criminais
INTRUDUÇÃO
Morte violenta:
QUEM É O MORTO?
Alternativa em casos em que o corpo não foi passível de identificação por outras
metodologias (avançado estágio de decomposição).
Insetos necrófagos  material genético da vítima no trato gastrointestinal e papo
ONDE A MORTE OCORREU?
Distribuição geográfica/habitat natural  Avaliação de deslocamento do cadáver
Exemplo: Chrysomya albiceps (marcador urbano)
Aplicações criminais
INTRODUÇÃO
CADÁVER MORTO EM UM LOCAL E TRANSPORTADO PARA ÁREA DE MATA
Morte violenta: ONDE A MORTE OCORREU?
Aplicações criminais
INTRODUÇÃO
Material fornecido pelo Perito Criminal Pablo Francez
Morte violenta:
COMO A MORTE OCORREU?
A forma como a morte ocorreu pode afetar a velocidade de decomposição e a
sucessão da fauna envolvida: acelerar, retroagir ou até impedir.
Análise toxicológica do cadáver pelas larvas necrófagas (avançado estágio de
decomposição/bioacumulação)
Larvas x Tecidos da carcaça
A entomotoxicologia estuda a aplicação dos insetos necrófagos na análise
toxicológica a fim de identificar drogas e toxinas presentes em um tecido. A
entomotoxicologia também investiga o efeito causado por essas substâncias no
desenvolvimento dos artrópodes para aumentar a precisão na estimativa do tempo
de morte.
Aplicações criminais
INTRODUÇÃO
Conhecimentos entomológicos no diagnóstico da causa mortis:
- Em cadáveres em estado avançado de decomposição a identificação
de lesões é difícil;
- Postura: lugares abrigados como os orifícios naturais do corpo
(nariz, olhos, boca, ouvido, etc.) assim com em bordas de
ferimentos.
- Cadáver com imaturos apenas nos orifícios naturais  condizente
com ausência de lesões externas.
ATENÇÃO!!
- Ação de necrófagos pode causar artefatos: alterações pós-mortem
Morte violenta:
COMO A MORTE OCORREU?
Aplicações criminais
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Perito Criminal 1ª Classe Farm. Rogério Róscio
INTRODUÇÃO
Perito Criminal 1ª Classe Farm. Rogério Róscio
INTRODUÇÃO
Perito Criminal 1ª Classe Farm. Rogério Róscio
INTRODUÇÃO
Perito Criminal 1ª Classe Farm. Rogério Róscio
INTRODUÇÃO
Perito Criminal 1ª Classe Farm. Rogério Róscio
INTRODUÇÃO
26- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013)
Insetos imaturos não possuem capacidade de voo, porém
algumas larvas em último instar possuem grande capacidade
de dispersão. Assinale o item que determina corretamente
onde procurar imaturos no local do crime:
(A)Em orifícios naturais do corpo, bordas de feridas, lugares abrigados
como atrás da orelha, axilas, vestes, cabelos, sob tapetes, móveis e
solo;
(B)Em janelas, tapetes, embaixo das unhas e em orifícios naturais do
corpo;
(C)Em ferimentos, embaixo das unhas, janelas, manchas de sangue e
tapetes;
(D)Em orifícios naturais do corpo, bordas de feridas, axilas, cabelos,
vestes e embaixo das unhas;
(E)Em orifícios naturais do corpo, cabelos, janelas, tapetes e móveis.
Morte violenta:
QUANDO A MORTE OCORREU?
Principal aplicação da entomologia forense – Estimativa de IPM
Aplicações criminais
ESTIMATIVA DE TEMPO DE MORTE:
1- Medicina Legal: Cronotanatognose (fenômenos cadavéricos)
IPM – estimativa  inversamente proporcional
2- Dados entomológicos: mais úteis com tempo de morte superior a 3 dias
IPM mínimo: cadáveres em estado inicial de decomposição
(exemplares imaturos)
IPM máximo: cadáveres em estado avançado de decomposição
(sucessão de gerações)
INTRODUÇÃO
Morte violenta: QUANDO A MORTE OCORREU?
Aplicações criminais
Material fornecido pelo Perito Criminal Pablo Francez
INTRODUÇÃO
Aplicações criminais
Morte violenta: QUANDO A MORTE OCORREU?
Material fornecido pelo Perito Criminal Pablo Francez
INTRODUÇÃO
Medicina Legal:
Fenômenos cadavéricos (França, 2011):
ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS
Imediatos  Mediatos Destrutivos
Conservativos
Estimativa de IPM
Morte
2- 3 hr 20-24 hr
imediatos mediatos
Tríade de morte
(LAR)
Putrefação
INTRODUÇÃO
Medicina Legal:
Abióticos imediatos (primeiras horas):
Estimativa de IPM
- Face hipocrática (máscara de morte)
- Midríase (dilatação da pupila)
- Perda de consciência e sensibilidade
- Ausência de mobilidade (arreflexia) e tônus muscular
INTRODUÇÃO
Fenômenos abióticos imediatos
INTRODUÇÃO
Medicina Legal:
Abióticos mediatos (começa na 2ª-3ª hora):
Estimativa de IPM
- Desidratação cadavérica
- Livores cadavéricos ou hipóstases (livor mortis)
- Esfriamento cadavérico (algor mortis)
- Rigidez cadavérica (rigor mortis)
INTRODUÇÃO
Fenômenos abióticos mediatos
INTRODUÇÃO
Medicina Legal:
Estimativa de IPM
Fenômenos transformativos ou tardios:
Destrutivos:
Conservativos:
Autólise
Putrefação
Maceração
Mumificação
Saponificação (adipocera)
Corificação
Calcificação ou petrificação
Congelação
Fossilização
INTRODUÇÃO
Fenômenos transformativos conservativos
INTRODUÇÃO
Fenômenos transformativos conservativos
INTRODUÇÃO
Fenômenos transformativos conservativos
INTRODUÇÃO
Medicina Legal:
Estimativa de IPM
Fases da putrefação (França, 2011):
Fases da putrefação mais aceita na Entomologia Forense:
Fase
Fresca
INTRODUÇÃO
Medicina Legal:
Estimativa de IPM
Fases da putrefação
Período cromático ou de coloração:
- mancha verde abdominal (fossa ilíaca direita) - 20 a 24 horas
INTRODUÇÃO
Período gasoso ou enfisematoso:
- inicia-se na primeira semana e se estende por aprox. 30 dias;
- acúmulo de gases da putrefação (enfisema putrefativo);
- gigantismo : posição de lutador;
- projeção dos olhos, da língua, abdômen e órgãos genitais masculinos;
- circulação póstuma de Brouardel;
- flictenas putrefativas.
- Atividade da fauna cadavérica.
Medicina Legal:
Estimativa de IPM
Fases da putrefação
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Medicina Legal:
Estimativa de IPM
Fases da putrefação
Período coliquativo ou de liquefação:
- dissolução pútrida do cadáver (putrilagem);
- inicia-se no final da 1ª semana, podendo ir a meses;
- intensa atividade da fauna cadavérica.
Período de esqueletização:
- pela 3ª ou 4ª semana os ossos começam a ser expostos
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
10- (FUNIVERSA – SPTC/GO – PERITO CRIMINAL – 2010)
Considere um cadáver na fase enfisematosa da putrefação,
assinale a alternativa correta.
(A) No verão, o tempo calculado da morte será menor do que
o calculado no inverno.
(B) Caso as luvas epidérmicas das mãos tenham sido
totalmente perdidas, a identificação necropapiloscópica
estará inviabilizada.
(C) Nessa fase, a ocorrência de larvas é fenômeno raro.
(D) Deve-se tomar cuidado no transporte e manuseio do
cadáver, pois os membros ou o pólo cefálico podem se soltar.
(E) Nessa fase, o diagnóstico de morte por estrangulamento,
caso o laço não esteja presente, é inviável, devido à
decomposição.
Entomologia:
Estimativa de IPM
estabelecer o intervalo mínimo e máximo entre a morte* e a
data em que o cadáver foi encontrado.
Objetivo:
Califorídeos
INTRODUÇÃO
18- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013)
A cronotanatognose determina o intervalo pós-morte através
da observação de vários fenômenos ocorrentes no cadáver.
Dentre os fenômenos abaixo, todos auxiliam na
determinação desse intervalo, exceto:
(A)Rigidez cadavérica;
(B)Dados entomológicos;
(C)Posição de encontro de pupários;
(D)Crioscopia do sangue;
(E)Livor cadavérico.
5- (PERITO CRMINAL – PC/PI – NUCEPE/UESPI – 2012)
A Entomologia forense compreende uma fascinante
ferramenta científica. É uma aplicação dessa ciência, na
elucidação de crimes, determinar o(a):
A) local de um assassínio.
B) causa da morte de um indivíduo.
C) horário da morte de uma vítima de assassínio.
D) estágio de putrefação de um cadáver.
E) tempo decorrido desde que a vítima desapareceu.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA
FORENSE
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Os INSETOS são invertebrados com exoesqueleto quitinoso,
corpo dividido em três segmentos (cabeça, tórax e abdomen),
três pares de patas articuladas, olhos compostos e duas
antenas.
São os mais abundantes de todos organismos (80% das
espécies animais descrita), destacando-se em termos de
diversidade as ordens Coleóptera (38%), Lepidoptera (16%),
Hymenoptera (13%) e Diptera (12%).
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
– Mastigador: Coleópteros e Himenópteros
– Sugador : Lepidópteros, Dípteros (perfurador ou lambedor)
e alguns himenópteros.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Aparelho bucal:
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Cabeça/peça bucal:
HIPOGNATO PROGNATO OPISTOGNATO
(90ºC) (90ºC) (90ºC)
Ex.: cigarras, percevejos, pulgas etc.
Ex.: moscas. Ex.: besouros.
O desenvolvimento pós-embrionário inicia a partir do momento em que a
primeira forma jovem eclode do ovo até a emergência do adulto, podendo tem
variações morfológicas (metamorfose).
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Desenvolvimento pós-embrionário:
- Deposição de forma jovem:
Oviparidade
Viviparidade (Larvípara) Ex: família Sarcophagidae
- Pecilotérmicos ou ectotérmicos
- Ecdise ou muda
- Maioria dos insetos apresentam distintas formas durante o desenvolvimento:
Ao examinar um cadáver encontrado num terreno baldio, um perito
constatou que o corpo apresentava ovos de várias famílias de
muscóides e várias larvas de dípteros da família Sarcophagidae que
estavam ainda no 1º estágio de desenvolvimento (L-1). Não foram
encontradados ovos de membros dessa família, que se deve ao fato
de:
(A)Seus ovos eclodem minutos após a oviposição;
(B)Ter sido realizado uma análise supercial do cadáver, pois os
membros desta família depositam os seus ovos no interior das
cavidades do cadáver;
(C)As moscas dessa família depositarem seus ovos no solo próximo
ao cadávere não em sua superfície;
(D)Ao comportamento vivíparo das fêmeas desta família;
(E)Haver insetos himenópteros (vespas e formigas) que predam
intensamente os ovos dos membros dessa família.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Metamorfose:
Ametábolos: quando o inseto eclode do ovo com forma
semelhante ao adulto, há apenas crescimento e amadurecimento
sexual.
Exemplo: Ordem Zygentoma – Peixinho-de-prata ( Lepisma
saccharina)
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Metamorfose:
Hemimetábolos (metamorfose incompleta) ou Paurometabolia: os
imaturos se assemelham aos adultos em muitos aspectos, mas de
forma pouco significativa. Esse tipo de metamorfose também é
referida como metamorfose simples, gradual ou incompleta, e os
instares imaturos são geralmente denominados de ninfas.
Exemplo: Libélulas, percevejos, cigarras, gafanhotos e as baratas.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Metamorfose:
Holometábolos (metamorfose completa) ou endopterigotos: a
mudança é radical. Os imaturos, denominados de larvas, são muitos
diferentes dos adultos e geralmente adaptados a ambientes
também diferentes. As grandes mudanças e bruscas mudanças para
transformação em adultos ocorrem em um estágio intermediário, a
pupa, um estágio tipicamente de pouco movimento e protegido de
alguma forma (casulo, pupário, etc.).
Exemplos: besouros, moscas, mosquitos, borboletas, mariposas,
formigas e abelhas.
“…Os insetos representam mais de 1 milhão de espécies descritas em todo o
mundo, com uma distribuição cosmopolita e ocorrência em diversos tipos de
habitats…” (OS INSETOS. UM RESUMO DE ENTOMOLOGIA. Cap.1, 3p GULLAN, P. J.
& CRANSTON, P. S. Ed. Roca. Departament of Entomology, University of Califórnia,
Davis, USA, 2007).
Para que se possa iniciar uma identificação, e necessário saber diferenciar as
ordens de insetos com relação a sua metamorfose. Sabendo-se que os insetos
possuem diferentes tipos de metamorfose, (Ametabolia; Hemimetabolia ou
Paurometabolia e Holometabolia) avalie corretamente as afirmativas sobre as
ordens de insetos abaixo com o seu tipo de metamorfose:
1. Hymenoptera, Coleoptera e Diptera apresentam metamorfose tipo
Hemimetabolia ou Paurometabolia.
2. Odonata, Blattaria e Hemiptera apresentam metamorfose tipo Holometabolia.
3. Zygentoma e Archaeognatha apresentam metamorfose tipo Ametabolia.
Esta(ao) correta(s):
A) 3 apenas.
B) 1, 2 e 3.
C) 1 e 2 apenas.
D) 1 e 3 apenas.
E) 2 e 3 apenas.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
- As fases imaturas (larvas e pupas) são os vestígios entomológicos
mais evidentes, comuns e informativos em cenas de crime.
DÍPTEROS: vermiforme
HIMENÓPTEROS: vermiforme (interesse forense) e eruciforme
LEPIDÓPTEROS: eruciforme (lagarta)
COLEÓPTEROS: grande variedade de morfologia larval
eruciforme, campodeioforme, escarabeiforme, vermiforme, elateriforme, entre outras.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Diversidade morfológica larval:
Eruciforme: Apresenta três pares de pernas torácicas (um em cada
segmento do tórax) e cinco pares de pernas abdominais, no 3º, 4º,
5º 6º e 10º urômeros, sendo estas portadoras de colchetes ou
ganchos.
Lepidópteros e himenópteros (não de interesse forense)
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Diversidade morfológica larval:
Larva Campodeiforme: Larva com três pares de pernas torácicas
alongadas. Ágil, predadora, como as das joaninhas (Coleoptera:
Coccinelidae*). Ela aparece em muitas outras famílias de Coleoptera e
também em Neuroptera.
* já coletada em pesquisas forenses. Maioria predadores.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Diversidade morfológica larval:
Larva Carabiforme: geralmente considerada uma variação da
campodeiforme. Apresenta corpo mais quitinizado e as pernas mais
curtas que as campodeiformes. Pode ser com ou sem pelos e ocorre
em muitas famílias de coleoptera como por exemplo Carabidae,
Lampyridae* e Chrysomelidae**.
Carabidae
* Não coletada em pesquisas forenses.
** já foi coletada em pesquisas forenses. São fitófagos.
Vermiforme: Larva ápoda (sem pernas torácicas e abdominais), a
cabeça pode ser diferenciada ou não. Geralmente é afilada e branco-
leitosa. Apresenta uma variação chamada limaciforme, por se
assemelhar a uma lesma.
Ex: Dípteros e Himenópteros de interesse forense
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Diversidade morfológica larval:
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Diversidade morfológica larval:
Larva Escarabeiforme: Larva recurvada em forma de um “C”, com três
longos pares de pernas torácicas, com muitas dobras no tegumento e o
último segmento abdominal desenvolvido. É subterrânea e às vezes
chamada de pão-de-galinha. Ocorre em toda superfamília
Scarabaeoidea (Coleoptera: Scarabaeidae, Passalidae*, Trogidae, etc.)
* Não coletada em pesquisas forenses.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Diversidade morfológica larval:
Larva Elateriforme: corpo muito quitinizado, com presença de
urogonfos no 9º segmento abdominal. Ocorre na família
Tenebrionidae* e Elateridae ** da ordem dos coleópteros.
* já coletada em pesquisas forenses. Comem matéria vegetal, fungos e alguns são
pragas comuns de cereais estocados.
Elateridae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Diversidade morfológica larval:
Larva Buprestiforme: Própia da família Buprestidae* (Coleoptera).
Exibe protórax muito expandido lateralmente e achatado dorso-
ventralmente. São ápodas.
* Não coletada em pesquisas forenses.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Diversidade morfológica larval:
Larva Cerambiciforme: Ocorre na família Cerambycidae* (Coleoptera).
Geralmente apresenta pernas torácicas vestigiais, sendo que podem
ser ausentes algumas vezes.
* Não coletada em pesquisas forenses.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Diversidade morfológica larval:
Larva Curculioniforme: Ocorre na família Curculionidae* (Coleoptera),
a cabeça é fortemente quitinizada, o que a diferencia da vermiforme.
* Já coletada em pesquisas forenses, mas são fitófagos.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Tipos de pupas:
Presença de mandíbula: Décticas Adécticas
Apêndices: Obtecas Exaratas Coarctada
DÍPTEROS: adécticas e obtecas/coarctada
COLEÓPTEROS: adéctidas e maioria exaratas
9- (CESPE – CPC RENATO CHAVES/PA – PERITO CRIMINAL – 2007)
China, século 13. Um homem foi assassinado a golpes de foice perto de um campo de
arroz. No dia seguinte ao crime, o investigador de polícia pediu aos empregados
daquela propriedade rural que depositassem seus instrumentos de trabalho no chão.
Em poucos minutos, moscas pousaram em uma foice específica, que apresentava
traços de sangue. Diante da evidência, o dono da ferramenta confessou o homicídio. O
episódio, documentado no livro The Washing Away of Wrongs, constituiu um dos
primeiros casos de entomologia forense da história.
Internet: <www.fatimahborges.com.br> (com adaptações).
Assinale a opção correta com relação ao tema tratado no texto acima.
A) Uma das vantagens do uso da entomologia forense é o fato de que as espécies que
costumam colonizar um cadáver não variam de acordo com a localização geográfica, o
que permite o estabelecimento de protocolos comuns a qualquer região.
B) As análises da entomologia forense independem das condições climáticas recentes
do local da descoberta do cadáver.
C) Os insetos constituem o grupo animal com o maior número de espécies já descritas
pela ciência.
D) Uma das limitações da entomologia forense é o fato de que a análise toxicológica
das larvas que infestam o cadáver não permite determinar se a causa mortis foi
superdose de drogas.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
DÍPTEROS
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Dípteros:
- Uma das maiores e mais diversas ordens da classe Insecta (4ª);
- Distribuição mundial e com diversidade nas regiões tropicais;
- Insetos holometábolos;
- Pecilotémicos;
- Um par de asas funcionais e um par reduzido a balancis/halter
(equilíbrio);
- Cabeça com peças bucais hipognata;
- Aparelho bucal tipo sugador, podendo ser pungitivo (perfurador) ou não
(lambedor);
- Forma larval: vermiforme (algumas famílias apresentam larvar com falsas
pernas (prolegs).
- Pupas adécticas e obtecas (coarctadas).
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Dípteros:
- Subordens: Nematocera e Brachycera
Nematocera: mosquitos e moscas de antenas longas
Brachycera: moscas robustas de antenas curtas
- São os insetos mais frequentes em carcaças, sendo as moscas o
grupo de maior importância para entomologia forense (IPM).
- Imaturos de dípteros: necrófagos e podem apresentar
comportamento predador ou canibal.
- Maioria das moscas necrófagas: 3 instares larvais (L1, L2 e L3)
- L3: dispersão radial para empupar.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Dípteros:
- Identificação de ínstares larvais:
Diagrama isomorfenos (medidas de comprimento)
Abertura nos espiráculos respiratórios
Obs.: composição de hidrocarbonetos
22- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013)
Pericoma marginalis é um díptero nematócero da família
Psychodidae, cujo indivíduo imaturo apresenta hábito
aquático. Oliveira-Costa (2005) relatou sua presença em
cadáveres humanos em área alagadiça na região
metropolitana do Rio de Janeiro. Considerando a biologia a
espécie, assinale o item que descreve os seus estágios de
desenvolvimento, respectivamente:
(A)Larva, pupa e adulto;
(B)Ovo, pupa, larva e adulto;
(C)Pupa, larva e adulto;
(D)Ovo, larva e adulto;
(E)Ovo, larva, pupa e adulto.
12- (FGV – PCRJ – PERITO CRIMINAL BIÓLOGO– 2008)
Um perito recebe, para análise, um inseto adulto coligido
próximo a uma carcaça, com as seguintes características:
antenas aristadas, aparelho bucal picador-sugador, tórax e
abdome de coloração azul metálica, asas posteriores
reduzidas a halteres. A ordem e a família em que tal inseto
se enquadra são, respectivamente:
(A) Díptera / Culicidae.
(B) Díptera / Calliphoridae.
(C) Díptera / Sarcophagidae.
(D) Coleóptera / Dermestidae.
(E) Coleóptera / Silphidae.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Principais famílias de Dípteros de interesse forense:
- Principais famílias: Calliphoridae, Sarcophagidae, Muscidae,
Fanniidae e Stratiomydae.
- Outros autores também incluem: Sphaeroceridae, Phoridae
(Megaselia scalaris) e Piophilidae (P. casei).
- Principal família: Calliphoridae (califorídeos)
- São os insetos pioneiros nas carcaças
- Moscas varejeiras
- Moscas de tamanho médio ou grande
- Coloração metálica azul, violeta, verde ou cobre
- Gêneros de maior importância forense:
Chrysomya, Hemilucilia, Lucilia e Cochliomyia
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Gênero Chrysomya:
- Chrysomya albiceps, Chrysomya megacephala e Crhysomia putoria.
- Exóticas: ampla distribuição mundial:
“Velho mundo”  continente americano em meados dos anos 70
- Sinantrópicos;
- Extremamente ágeis;
- Larvas vorazes e essencialmente necrófagos, podendo se tornar
predadores e até canibais;
- Comportamento predador associado à redução de espécies nativas,
principalmente de Cochliomyia macellaria.
Família Calliphoridae:
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Chrysomya albiceps:
Larvas preferem substratos de origem animal (carcaças, vísceras).
Marcador de área urbana.
Família Calliphoridae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Chrysomya albiceps:
Família Calliphoridae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Chrysomya megacephala:
Maior frequência nas áreas urbanas e suburbanas  feiras livres,
lixões.
Família Calliphoridae
9,75
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Chrysomya putoria:
C. putoria  frequentes em granjas de galinhas poedeiras. Ovos
quebrados e carcaças das aves  atrativos para a oviposição das
fêmeas.
Família Calliphoridae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Gênero Cochliomyia:
- Cochliomyia macellaria:
-principal espécie do gênero associada a carcaças no Brasil;
- espécie nativa;
- diversas publicações apontam para redução de C. macellaria
após a introdução de espécies do gênero Chrysomya.
Família Calliphoridae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Gênero Hemilucilia:
- Hemilucilia semidiaphana e Hemilucilia segmentaria;
- apresentam coloração verde, asas manchadas e pernas vermelho-
amareladas;
- encontradas principalmente em áreas florestadas, logo são
consideradas marcadores desse tipo de ambiente no Brasil.
Família Calliphoridae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Gênero Hemilucilia:
Hemilucilia segmentaria:
Família Calliphoridae
11- (VUNESP – PCSP – PERITO CRIMINAL – 2013)
As moscas das espécies Hemilucilia semidiaphana e Hemilucilia segmentaria são necrófagas e de
comportamento e morfologia muito similares, porém diferem em suas taxas de crescimento e
maturação. Ambas as espécies podem se apresentar em simpatria, em ambientes florestais naturais, e
desse modo ambas podem colonizar um mesmo corpo em decomposição.
Considerando a entomologia forense, pode-se afirmar corretamente que essas espécies serão úteis
para:
(A) se caracterizar o local onde o corpo foi encontrado, mas não o intervalo pós-morte, pois a
semelhança morfológica e comportamental entre as espécies implica apresentarem, ao mesmo
tempo, a mesma sequência de estágios imaturos até que cheguem à fase adulta, o que não permite
estimar o intervalo de tempo transcorrido entre a morte e o encontro do corpo.
(B) a investigação, quando se puder identificar a qual ou quais espécies pertencem as formas imaturas
presentes no corpo em decomposição, condição na qual se poderá estimar o intervalo pós morte.
(C) a investigação, quando ambas as espécies forem encontradas no mesmo corpo em decomposição,
pois, ainda que não se identifiquem as espécies, a presença de diferentes estágios imaturos desse
gênero permitirá estimar o intervalo pós-morte.
(D) se caracterizar o local onde o corpo foi encontrado, mas não o intervalo pós-morte, pois as
diferenças nas taxas de crescimento entre as espécies não permitem que se façam estimativas sobre o
intervalo de tempo transcorrido entre a morte e o encontro do corpo.
(E) a investigação, se no corpo em decomposição estiver se desenvolvendo somente uma das espécies
do gênero, situação na qual as formas imaturas se apresentarão no mesmo estágio de
desenvolvimento, permitindo estimar o intervalo pós-morte.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Gênero Lucilia (Phaenicia):
- L. sericata, L. eximia e L. cuprina
- Possuem tamanho médio e coloração azul, verde ou cobre metálica,
olhos vermelho-pardacentos e aristas longas e muito pilosas;
- Lucilia eximia (Phaenicia eximia) é a espécie mais recorrente e
geralmente observada em todos os estágios de decomposição, porém
com preferência pelo estágio inicial e carcaças menores;
Ovo  adulto: 22,5 a 23,5 dias (mín. 21 máx. 26°C) Greeenberg & Szyska (1984)
Família Calliphoridae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Gênero Lucilia (Phaenicia):
Lucilia cuprina (Phaenicia cuprina):
Família Calliphoridae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Outros califorídeos:
Chloroprocta idioidea Paralucilia fulvinota Sarconesia chlorogaster
307 horas = 12,7 dias
PUJOL-LUZ, et. Al. (2006)
470,64 horas = 19,61 dias
BONNATO, et. Al. (1996)
Família Calliphoridae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Sarcofagídeos (família Sarcophagidae):
- Moscas grandes de coloração cinza, olhos vermelhos, com três faixas
pretas longitudinais no dorso do tórax e abdômen xadrez cinza
brilhante;
- Espécies de difícil identificação (genitália masculina);
- Larvíparos;
- Preferência por estágios mais avançados de decomposição;
- Diversos gêneros encontrados em carcaças no Brasil:
Peckia (Euboettcheria), Peckia (Pattonella), Peckia (Peckia), Peckia
(Squamatodes), Sarcophaga (Liopygia), Sarcophaga (Bercaea),
Dexosarcophaga, Sarcodexia, Oxysarcodexia, Helicobia, Ravinia, Tricharea,
entre outros.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Muscídeos (família Muscidae):
- Cosmopolitas e alto grau de sinantropia;
- Variam de pequenas a grandes, de cor negra, acinzentada, amarelada
ou ocasionalmente verde ou azul metálica;
- Principais espécies encontradas em carcaças no Brasil: Musca
domestica, Synthesionyia nudiseta e espécies do gênero Ophyra.
Musca domestica
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Fanídeos (família Fannidae):
- Moscas de tamanho pequeno a médio, olhos bem desenvolvidos,
coloração normalmente negra, voam zig-zag e são chamadas de
moscas latrinas, por ser atraídas por odores de fezes e urina;
- Larvas achatadas (dorso-ventralmente) e com longas projeções;
- Principais espécies encontradas em carcaças no Brasil: Fannia
caniculares e Fannia pusio.
Fannia pusio
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Família Stratiomyidae:
- Moscas grandes, normalmente de cor escura, caracterizadas por uma
pequena célula distal na asa;
- Geralmente encontradas em ambientes úmidos e com flores;
- Larvas com 6 instares larvais (IPM tardio): ciclo de 38 a 43 dias
- Hábitos detritívoros e necrófagos secundários;
- Principal espécie: Hermetia illuscens (Black soldier fly).
Hemetia illuscens larvas de H. illuscens
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
COLEÓPTEROS
- Segundo grupo de maior importância na área forense: necrófagos,
onívoros, predadores ou acidentais;
- Característicos de estágios finais o processo de decomposição
(carcaça mais seca);
- Asas anteriores espessadas (élitros) – estojo com segundo par de asas
do tipo membranoso (sob os élitros);
- Apresentam maior quantidade de ínstares larvais;
- Aparelho bucal: mastigador;
- Cabeça com peças bucais hipognata ou prognata;
- Holométábolos com diversas morfologias larvais;
- Pupas (maioria) adécticas e exaradas;
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Coleópteros:
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Coleópteros:
- Destaque das famílias: Dermestidae, Silphidae, Cleridae, Trogidae,
Histeridae e Scarabaeidae.
Coleoptera
Myxophaga
Archostemata
Adephaga
Poliphaga
ORDEM SUBORDENS
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Coleópteros (Adephaga):
Família Carabidae:
Conhecidos popularmente como besouros de solo ou besouros tigres, variáveis
tamanhos (1,0mm a 8,0cm). Têm forma e cor variadas, porém a maioria é
escura e com élitros estriado. A cabeça geralmente é mais estreia que a base
do élitro. Além disso, apresentam antenas longas. São predadores de outros
insetos.
Galerita collaris
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Coleópteros (Polyphaga):
Família Histeridae:
Trata-se de besouros pequenos, de 0,5mm até 10,0mm de
comprimento, ovais e globosos e, geralmente, de cor preta brilhante.
Apresentam, como principal característica, élitros truncados, deixando
apenas os dois últimos segmentos abdominais visíveis. Antenas curtas,
geniculadas e clavadas, normalmente, retráteis. Pernas também
retráteis, com tíbias dilatadas, sendo as anteriores denteadas ou com
espinhos. São geralmente classificados como predadores.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Coleópteros (Polyphaga):
Família Dermestidae:
Trata-se de besouros pequenos convexos, ovais, com antenas curtas e
clavadas, variam em comprimento de 2,0 a 10,0mm. Cabeça hipognata
e élitro cobrindo completamente o abdômen. Possuem corpo piloso
ou coberto por escamas. Alguns são pretos ou de cores discretas,
apresentando um padrão de coloração característico. Suas larvas são
geralmente pardas e cobertas por longas cerdas.
Dermestes maculatus
Ciclo de vida 99 dias; 6-9 instares larvais
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Coleópteros (Polyphaga):
Família Cleridae:
Trata-se de besouros que medem entre 3,5 mm e 24,0 mm. Possuem
o corpo subcilíndrico, com pelos longos e eretos, cabeça hipognata,
pronoto mais estreito que a base dos élitros. Maioria é predadora.
Necrobia ruficollis e Necrobia rufipes Necrobia violacea
Ciclo de vida = 30 dias com 6 instares larvais
Dermestidae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Coleópteros (Polyphaga):
Família Hydrophilidae:
Besouros ovais, mais ou menos convexos, lisos e brilhantes. Apresentam
antenas curtas e clavadas e pernas adaptadas para natação (cerdas). A
maioria dos espécimes é aquática, sendo geralmente de coloração negra
e seu tamanho varia de poucos milímetros. Os adultos são necrófagos,
porém as larvas são, usualmente, predadores vorazes. As larvas
possuem apenas uma garra pré-tarsal e mandíbulas dentadas.
13- (FGV – PCRJ – PERITO CRIMINAL BIÓLOGO– 2008)
Larvas de inseto foram coletadas em um cadáver, encontrado em
um lago, cujo estágio de decomposição aparente correspondia ao
de inchamento. As larvas apresentavam as seguintes
características: cabeça visível dorsalmente, com labro fundido ao
clípeo, e mandíbulas e maxilas não fundidas; pernas com quatro
segmentos, os tarsos com apenas uma garra; abdome com oito
segmentos, sem falsas pernas, brânquias laterais ou ganchos anais.
A ordem e a família em que tal inseto se enquadra são
respectivamente:
(A) Coleóptera / Silphidae.
(B) Coleóptera / Noteridae.
(C) Coleóptera / Hydrophilidae.
(D) Díptera / Culicidae.
(E) Díptera / Caliphoridae
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Coleópteros (Polyphaga):
Família Silphidae:
Besouros de tamanho e aspecto variáveis, geralmente, grandes,
medindo de 1,0 mm a 30,0 mm. Marrons ou pretos, com protórax
amarelado ou avermelhado, corpo mole, meio achatado, élitros
enrugados e pregueados. Sua posição ecológica é de predador para
maioria dos autores e necrófagos para outros.
Oxelytrum erythrurum
Silpha tristis Thanatophilus sinuatus
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Coleópteros (Polyphaga):
Família Staphylinidae:
Besouros longos e delgados, distinguíveis pelos élitros curtos, com
seis ou sete ventritos visíveis. São insetos ativos que correm e voam
rapidamente. Tanto as larvas como adultos possuem hábitos
predadores, sendo as larvas de dípteros o seu alimento preferido.
Chegam ao cadáver, geralmente, no estágio de inchamento, quando
são intensas as atividades das larvas de dípteros.
23- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013)
São besouros longos e delgados, distinguidos pelos élitros curtos, com seis
ou sete ventritos visíveis. Asas posteriores bem desenvolvidas, dobrando-
se sobre o élitro. São insetos ativos que correm e voam rapidamente,
mantendo o ápice do abdomem erguido. Cabeça prognata, às vezes,
defletida, têm mandíbulas longas, delgadas, geralmente cruzadas na frente
da cabeça. Antenas filiformes ou moniliforme. Tanto larva, quanto adultos
possuem hábitos predadores, sendo as larvas de dípteros o seu alimento
preferido. Mas podem comer outros táxons que ocorrem no cadáver.
Chegam ao cadáver, geralmente, no estágio de inchamento, quando são
intensas as atividades das larvas de dípteros.
O texto acima se refere à ordem Coleóptera. Assinale a família descrita:
(A)Scarabaeidae;
(B)Staphylinidae;
(C)Phengodidae;
(D)Carabidae;
(E)Leiodidae.
NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE
ENTOMOLOGIA
Coleópteros (Polyphaga):
Família Scarabaeidae:
Besouros conhecidos como escaravelhos, variando em hábitos,
tamanho e coloração. Geralmente, possuem corpo robusto, medindo
de 5,0 a 30 mm, oval ou alongado usualmente convexo e antena não
encurvadas e, apicalmente, lameladas.
20- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013)
Tão logo a morte se dá, os insetos alcançam o cadáver:
primeiro as moscas e depois outros grupos que se sucedem
de modo previsível. Levando em consideração o padrão de
sucessão de insetos, assinale o item que cita as principais
ordens de interesse forense:
(A)Protura, Thysanura e Díptera;
(B)Díptera, Coleóptera e Himenóptera;
(C)Hemíptera, homóptera e Díptera;
(D)Dermaptera, Orthoptera e Diptura;
(E)Hemíptera, Díptera e Protura.
6- (IPAD - PERITO CRIMINAL – PCPE/2006)
A Entomologia Forense consiste na utilização de artrópodes – especialmente insetos –
como ferramenta na investigação criminal, seja na determinação do intervalo pós-morte,
na comprovação de substâncias tóxicas no cadáver, na determinação do local do crime,
entre outros. Trata-se de uma área nova, com poucos grupos de pesquisa no Brasil,
especialmente em Pernambuco. Sobre este tema, assinale a alternativa incorreta:
A) Os artrópodes presentes em um cadáver humano são agrupados em quatro grupos
principais: os necrófagos, os predadores e parasitóides, os onívoros e os acidentais (ou
ocasionais).
B) As ordens de insetos mais comumente utilizadas na investigação criminal são Diptera e
Coleoptera, sendo os dípteros mais comuns nos estágios iniciais de decomposição e os
coleópteros mais freqüentes nas fases finais.
C) A utilidade dos insetos necrófagos na determinação do intervalo pós-morte é maior em
países de clima temperado, uma vez que as estações são mais bem definidas e a
sobreposição de gerações de insetos de uma mesma espécie é menor.
D) O perito criminal deve coletar amostras de insetos em um raio mínimo de 500 metros
por no máximo dois dias após a descoberta do cadáver, a fim de garantir que a fauna de
coleópteros necrófagos seja representada espacialmente e temporalmente.
E) Existe uma sucessão ecológica no cadáver, que consta de no mínimo 4 fases de
decomposição: fase fresca, fase de “inchaço”, fase de putrefação e fase de esqueletização.
14- (FUNIVERSA – PCDF – PERITO CRIMINAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – 2011)
Apesar do amplo conhecimento dos fenômenos cadavéricos, observa-se uma
grande variabilidade com relação ao tempo de aparecimento desses fenômenos, pois estes
sofrem influência de inúmeros fatores, sejam eles externos ou intrínsecos. Por isso,
alternativas para estimar o tempo de morte vêm sendo buscadas e, entre elas, está a
entomologia forense. Um caso resolvido com essa metodologia foi a de um menino
desaparecido, que foi encontrado em avançado estado de putrefação e, associadas ao corpo
e às roupas do menino, foram encontradas larvas vivas identificadas como Hermetia illucens
(L.) (Diptera, Stratiomydae), espécie que nunca havia sido relatada em investigação forense
na América Latina. Com as análises subsequentes, foi possível estimar o tempo de morte do
menino e propor uma linha de tempo dos fatos relacionados a morte.
Em casos que envolve morte, como o relatado no texto exemplos de famílias de insetos que
são encontradas com mais frequência e em maior número são:
(A) Blattidae e Viperidae.
(B) Blissinae e Apidae.
(C) Phytoseiidae e Libelludae.
(D) Scarabaeidae e Calliphoridae.
(E) Ephemeridae e Cancridae.
LEVANTAMENTO PERICIAL DE
VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
(Coleta e acondicionamento)
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
- Em regra, vestígios entomológicos são encontrados em locais de
morte violenta;
- Envolve os levantamentos:
Perfil do local Perfil do cadáver Coleta Transporte
- Em regra, a coleta ocorre após o levantamento pericial e iniciada
pela área circunvizinha, no sentido periferia  centro, tomando o
corpo como centro de referência;
- Cuidados: Evitar afugentar os exemplares; não destruir os vestígios
pela movimentação na área!
- Prioridade: larvas maiores/larvas em dispersão/pupas
- Coleta: local  necrotério
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Perfil do Local e do cadáver:
- Descrição e materialização das características do local e das
condições ambientais do local e do cadáver:
1-Inspeção visual para identificação de vestígios entomológicos
(cuidado: afugentar insetos/ vestígios de outra natureza);
2-Descrição do local: urbano/rural/aquático, vegetação,
aberto/fechado, condições climáticas, etc.
3-Descrição do cadáver: posição, fenômenos cadavéricos (estado de
decomposição) e informações gerais.
Temperatura: Extrema importância!!
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Obter temperaturas máxima e mínima diária (dia de descoberta do cadáver):
termômetro digital, de máxima e mínima, deve ser ligado no início dos exames e
desligado apenas no final, afim de verificar a média no período dos exames do
local.
Obter temperaturas dos dias anteriores (estações meteorológicas) desde a
última data na qual a vítima foi vista com vida até 3 a 5 dias após a descoberta
do corpo, momento em que o Perito deve retornar para recuperar o termômetro;
Obter temperatura do cadáver (retal);
Medir temperatura da massa larval;
Medir temperatura do solo entre 10 a 20 centímetros de profundidade.
Observações:
1) Recomenda-se a utilização de medidores de temperatura (tipo datalogger) e
umidade do ambiente in loco;
2) Quando as larvas forem coletadas na necropsia, é importante estabelecer o
período no qual o corpo ficou guardado e em que condições de temperatura.
Anotar dia, hora e estação do ano que o corpo foi encontrado;
Analisar tipo de local onde o cadáver se encontrava: urbano ou rural; fechado
(imóveis) ou aberto, neste caso, se em área de sol ou sombra, se próximo a dejetos
ou área de saneamento, etc.;
COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Adultos:
- Método de estimativa a ser utilizado (IPM mínimo ou máximo);
IPM máximo: coleta de adulto deve ser priorizada
- Recomendação: mais ágeis  menos ágeis
- Adultos mais ágeis: puçá (rede entomológica); rede de Khouri
Ex: moscas
- Adultos menos ágeis: coleta direta com pinças.
Ex: besouros, adultos recém-emergidos*
- Quantidade: basta uma amostragem representativa da diversidade;
- Conservação: álcool 70%.
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Adultos:
Rede de varredura
Puça
Rede de Khouri
25- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013)
Antes do início das coletas, o comportamento dos insetos deve ser observado e sua
posição ecológica deve ser determinada. Insetos adultos mais ágeis, como as moscas,
podem ser encontrados no corpo e ao seu redor, bem como sobrevoando a área
circunvizinha. São métodos para coleta de insetos na fase adulta:
I. Rede com abertura nas extremidades, colocadas diretamente em saco plástico
adaptado à mesma por meio de um pregador de roupas; a rede a ser colocada
sobre o cadáver cuidadosamente;
II. Armadilha confeccionada com papel adesivo, em forma de tenda, com ângulo de
60°, montada à distância de 1 metro do corpo;
III. Armadilha para coleta da população que chega e da população recém-emergida,
expondo o cadáver por maior tempo;
IV. Coleta próxima a janelas, que podem indicar uma geração que tenha se criado no
cadáver e emergido do pupário;
V. Coleta com auxílio de pinças.
Desses métodos, são utilizados no Brasil:
(A) I, III e IV;
(B) I, II, III e IV;
(C) II, III, IV e V;
(D)I, II, IV e V;
(E) II, III e V.
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Imaturos:
- Localização: orifícios naturais, bordas de feridas/lesões e lugares
abrigados;
LARVAS:
- Deve-se coletar de diferentes tamanhos e de diferentes pontos do
corpo, das imediações e sob o mesmo ... preferência para
espécimes mais velhos/maiores;
- Dispersão larval: varredura com raio de 5 - 6 metros do corpo e em
profundidade de cerca de 10 centímetros. (*ambientes internos)
- Quantidade: depende do volume larval existente
- < 100 : todas devem ser coletadas;
- Centenas/milhares: 1 a 10% (inversamente proporcional)
- Instrumentos: pinças e pincéis;
colher de pedreiro, pá de jardineiro e peneira.
COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Imaturos:
LARVAS:
conservadas (10% OLIVEIRA-COSTA)
larvas coletadas (50% PUJOL-LUZ)
criação
- Larvas preservadas (mortas):
- Diagrama isomorfenos:
Imersão em água (80°C)
Congelador (1 hora)* frascos plásticos
Líquidos conservativos (KAA) com álcool 70%
- Fendas espiculares: fracos plásticos com álcool 70%
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Imaturos:
LARVAS:
- Larvas para criação:
recipientes plásticos fechados com microfuros ou malha fina +
vermiculita/serragem + papel filtro + substrato de alimento
transporte: ideal  bolsa térmica com gelo*
*caso o transporte seja demorado, a melhor opção é transportá-las em sacos plásticos
ou recipientes de papel alumínio contendo substrato de alimento a temperatura
ambiente.
quantidade de larvas por recipiente  evitar predação e morte
COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Imaturos:
OVOS:
- Podem ser utilizados para estimativa de IPM curto;
- Devem ser coletado somente se não existirem larvas, mas deve
se relatar em formulário;
- Placa petri ou recipiente + papel filtro umedecido;
- Transporte a temperatura ambiente.
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Imaturos:
PUPAS:
- Devem ser procuradas no solo (ambiente fechado – cômodos
adjacentes);
- Anotar cor do pupário;
- Instrumentos: pinças, colher de pedreiro, pá de jardineiro e
peneira;
- Acondicionamento: frascos com vermiculita ou solo do local ou
serragem (não perfurar tampa);
- Pupários vazios e exúvias devem ser coletados e colocados em
recipientes vazios  emergência recente de adulto.
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Solo:
- Devem ser coletadas, principalmente na região da cabeça e da
pelve;
- Acondicionamento: sacos plásticos (ziploc®), mantendo-se
umidade e reserva de ar.
- CATTS & HASKELL (1990): 3 ou 4 amostras
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
ADULTOS Conservar em frascos plásticos, imersos em álcool 70%
PUPAS Conservar em frascos com vermiculita (não perfurar a
tampa)
LARVAS Vivas (50%): frascos com vermiculita ou serragem
Mortas (50%): matar em água quente (80°C), conservar em
álcool 70%
OVOS Placa de petri ou frasco com tampa, com papel filtro úmido
COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
COLETA E ACONDICIONAMENTO
DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
Necrotério:
- Coleta complementar a fim de, especialmente, encontrar
espécimes entomológico mais velho dentro de cavidades e tecidos
do corpo, não sendo necessário coletar adultos, pois podem se
tratar de infestações cruzadas.
- É importante checar quanto tempo o corpo demorou na
transferência do local de crime até o necrotério, bem como as
condições de temperatura do transporte.
- O corpo não deve ser lavado antes da coleta, sob a pena de perder
dados.
- Áreas de maior atividade entomológica: crânio e suas aberturas,
cabelo e escalpo, vias respiratórias, ferimentos e região genital.
COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
1- (CESPE – PF REGIONAL - PERITO CRIMINAL – ÁREA 8 - 2004)
A entomologia forense é a aplicação de pesquisa com insetos para uso legal, de forma
a auxiliar na compreensão de fatos importantes que envolvem um crime, para
possibilitar desde o combate ao narcotráfico até a elucidação da morte de uma
pessoa, incluindo a estimativa do tempo transcorrido da morte até a localização do
corpo, o local da morte, bem como as circunstâncias que envolveram o fato. Quanto a
esse tema, julgue os itens seguintes.
____ A ordem dos dípteros é considerada importante nos estudos de entomologia
forense.
____ A rede entomológica comum é apropriada para a coleta de insetos adultos de
interesse da entomologia forense.
____ Os recipientes para coleta de larvas devem estar limpos, esterilizados e vazios, ou
seja, não devem conter, em seu interior, qualquer elemento que possa permitir a
aderência das larvas e sua dificuldade de contagem externa.
____ É possível identificar a origem da maconha com base na identificação de insetos
presentes na massa da droga que, no momento da prensagem do vegetal, ficaram ali
retidos.
2- (CESPE – PF NACIONAL – PERITO CRIMINAL – ÁREA 8 – 2004)
Um entomologista forense foi chamado para o local de um crime, em meio a uma
mata, onde se encontrava o corpo de um homem morto sobre a serrapilheira. Grandes
quantidades de larvas de moscas foram encontradas em uma linha reta ao longo do
pescoço e em diversas partes do braço e do peito, sempre ao longo de retas.
Considerando a situação hipotética descrita acima e que entomologia forense é a
aplicação de pesquisa com insetos para uso legal, de forma a auxiliar na compreensão
de fatos importantes que envolvem um crime, julgue os seguintes itens.
____ O cálculo de intervalo pós-morte deve ser feito com base nos espécimes
imaturos mais velhos.
____ É esperado que a maior densidade de pupas por metro quadrado esteja sobre o
cadáver.
____ Há indícios de morte provocada por uso de instrumentos cortantes.
____ As larvas coletadas para identificação devem ser colocadas em recipientes
contendo fígado, vísceras ou carne moída, alimentos que devem ter sido deixados
previamente à temperatura natural por cerca de 24 horas.
____ Os organismos encontrados no cadáver pertencem à ordem dos coleópteros.
3- (CESPE – PF – PERITO CRIMINAL – ÁREA 8 – 2012)
A entomologia forense aplica conhecimentos sobre a biologia dos
insetos e outros artrópodes a processos criminais. Com a ajuda desses
conhecimentos, é possível, por exemplo, determinar o local e o tempo
da ocorrência de incidentes, de acordo com a fauna encontrada no
cadáver. Acerca desse assunto, julgue os itens subsecutivos.
____ O desenvolvimento pós-embrionário dos dípteros é processado
por metamorfose incompleta. Geralmente, as larvas sofrem três ou mais
mudas de pele para chegar a fase adulta.
____ A entomologia forense urbana é um estudo específico sobre
infestação de pragas provocada por artrópodes, aplicado a litígios que
envolvam prestação de serviços entre contratantes e contratados para
limpeza em geral, como em shopping centers.
Estimativa de IPM
Entomologia:
Estimativa de IPM
estabelecer o intervalo mínimo e máximo entre a morte* e a
data em que o cadáver foi encontrado.
Objetivo:
Califorídeos
1- Tempo de desenvolvimento de imaturos:
Métodos entomológicos de
Estimativa de IPM
- Cadáveres em estágio inicial de decomposição;
- Estimativa de IPM mínimo;
- Utiliza-se o estágio larvar mais velho encontrado;
2- Padrão de sucessão de insetos:
- Cadáveres em estágio avançado de decomposição;
- Várias gerações de insetos;
- Estimativa de IPM máximo;
- Padrão de sucessão conforme progride a decomposição;
Classificação dos métodos entomológicos:
Estimativa de IPM
1- Tempo de desenvolvimento de imaturos:
- O intervalo pós-morte mínimo é dado pela estimativa da idade
de um inseto associado a um corpo em decomposição;
- Utiliza-se o espécime imaturo mais velho (primeiras posturas);
- Relação: temperatura x desenvolvimento
- O modelo linear mais aceito é o GDA: relaciona a quantidade de
energia acumulada que o inseto gasta para completar seu ciclo.
Ex: temperatura de 27ºC leva 14 dias (ovo – adulto)
GDA= 27 X 14 = 378
Cálculo do grau-dia acumulado (GDA):
Estimativa de IPM
- Cada espécie requer um definido número de graus-dia para
completar seu desenvolvimento e cada estágio desse desenvolvimento
tem seu próprio requerimento total de calor.
- O calor que uma determinada espécie precisa acumular para atingir
os diferentes graus de desenvolvimento pós-embrionário em um dado
intervalo de tempo é previsível.
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
Espécie coletada
(imaturo)
Cultivo e
identificação da
espécie coletada
(GDA obtido)
Pesquisar na
Literatura o
tempo de
desenvolvimento
em graus-dia
(GDA esperado)
Aplicação ao caso prático
GDA obtido x GDA esperado
Pesquisa com condições ambientais similares às
condições local de crime
Cálculo do grau-dia acumulado (GDA):
Estimativa de IPM
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
GHA esperatdo = (TC– LM ) x tempo de desenvolvimento
GDA esperado = GDA/24
Limiar mínimo x Limiar máximo:
- Literatura: limiar mínimo 6°C para regiões temperadas
limiar mínimo de 10°C para regiões tropicais
TC: temperatura de cultivo (°C)
LM: limiar mínimo (°C)
- Limiar máximo: ignorado, pois temperaturas altas raramente estão
em um nível alto o bastante para produzir efeito letal.
Cálculo do grau-dia acumulado (GDA):
Estimativa de IPM
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
LM: Limiar mínimo
Obs.: Temperatura máxima maior que o limiar máximo, recomenda-se:
GDA obtido = (temperatura máxima - temperatura mínima)/ 2 - LM
GDA obtido = temperatura massa larval - LM
GDA obtido = temperatura do solo - LM
GDA obtido = (limiar máximo - temperatura mínima)/ 2 - LM
LM: Limiar mínimo
Cálculo do grau-dia acumulado (GDA):
Estimativa de IPM
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
GDA esperado de Chrysomya albiceps (OLIVEIRA-COSTA, 2003).
Cálculo do grau-dia acumulado (GDA):
Estimativa de IPM
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
GDA local: GDA esperado - GDA obtido
valor em grau-dia que o inseto acumulou desde sua
oviposição/larviposição até o dia de sua coleta no
local em que o cadáver foi encontrado.
Tempo previsível de acúmulo desse calor
corresponde ao IPM mínimo.
• Cálculo de IPM em um caso envolvendo Cochliomyia macellaria
• Tempo normal de desenvolvimento (horas) 240 horas
• Temperatura de desenvolvimento (oC) 25oC
• GHA esperado (literatura) 240 horas x 25oC = 6000
• Tempo de criação (horas) 92 horas
• Temperatura de criação (média) 25oC
• GHA obtido em laboratório 92 horas x 25oC = 2300
• GHA do local (GHA esperado – GHA obtido) 6000 – 2300 = 3700
• Temperatura local (média) 31o C (Temp. Max + Temp. Min)/2
• IPM (GHA local / temperatura média) 3700 / 31 = 119,3 horas
• Tempo de oviposição (12 horas) 12 + 119,3 = 131,3 horas (5,5 dias)
Cálculo do grau-dia acumulado (GDA):
Estimativa de IPM
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
21- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013)
Grau-dia acumulado (GDA) é um método que relaciona os
dados da evolução do desenvolvimento de espécies criadas
em condições de laboratório com as condições ambientais
que uma mesma espécie estaria exposta no cadáver. Desta
forma, se exemplares de Cochliomyia macellaria, em estágio
de pupa, têm seu tempo de desenvolvimento total de 124
horas, sua temperatura de criação 25°C e o limiar mínimo de
10°C, assinale o GDA esperado:
(A)77,5.
(B)1860.
(C)38,75.
(D)150.
(E)1740
Cálculo do grau-dia acumulado (GDA):
Exemplo
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
No dia 10 de junho de 2013 foi encaminhado ao Laboratório de Biologia Forense da
Polícia Científica de Goiás material entomológico coletado em local de crime, mas
especificamente, insetos imaturos em estágio inicial de desenvolvimento (L1). Com o
intuito de estimar o tempo de morte os insetos imaturos foram mantidos em meio
para manutenção da vida, sob temperatura constante de 27°C. No dia 21 de junho
emergiu o primeiro adulto identificado como sendo da espécie Chrysomyia
megacephala. Sabendo-se que, a postura e eclosão dos ovos em condições normais
levam de 12 a 24 horas à temperatura de 27°C e 60% de umidade relativa e que o GDA
necessário para desenvolvimento pós-embrionário é de 210, qual a possível data da
morte estimada pela entomologia forense considerando como limiar 10°C?
Perito Criminal (AP) Pablo Francez com adaptações
Dia
Temperat. média
(°C)
05 27
06 25
07 24
08 26
09 26
10 27
Estimativa de IPM
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
Classificação dos métodos entomológicos:
2- Padrão de sucessão de insetos:
- Baseia-se na composição da comunidade de artrópodes
associada aos corpos, a qual se modifica conforme progride o
processo de decomposição.
- padrão esperado  comparativo para as espécies encontradas
em um corpo de IPM desconhecido.
- Condições biogeoclimáticas influencia diretamente na
composição da entomofauna cadavérica, logo é necessário o
conhecimento prévio das faunas cadavéricas local-específicas e
de seus padrões de sucessão.
Estimativa de IPM
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
Correlação dos insetos encontrados com as fases de
decomposição:
- Baseia-se na composição da comunidade de artrópodes
associada aos corpos, a qual se modifica conforme progride as
fases da decomposição.
- Modelo severamente criticado (OSCAR FREIRE).
Análise de associação:
Métodos das unidades de tempo (UT):
- despreza as fases decomposição;
- observa presença de espécies ao decorrer do tempo em
unidades de tempo específicas.
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
19- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013)
A composição da comunidade de artrópodes associada aos corpos
modifica-se conforme progride o processo de decomposição. A
sucessão das espécies constituintes dessa comunidade segue um
padrão esperado que, habitualmente, é utilizado como comparativo
com a lista de espécies encontradas em um corpo de intervalo pós-
morte desconhecido, visando estimá-lo. O padrão de sucessão
entomológica é o método mais acurado quando o processo de
decomposição se encontra adiantado. Esse método possibilita
analisar de acordo com:
(A)Cálculo de grau-dia acumulado e estado de putrefação;
(B)Rigidez cadavérica e tempo de desenvolvimento de imaturos;
(C)Correlação dos insetos encontrados com as fases de decomposição
e análise de associação;
(D)Desenvolvimento pós-embrionário e metamorfose;
(E)Crioscopia do sangue e dados entomológicos.
16- (FUNIVERSA – PCDF – PERITO CRIMINAL– 2008)
A entomologia forense é uma área da ciência em grande aplicação nos últimos anos.
No entanto, trabalhos europeus realizados em 1894 fizeram essa ciência mundialmente
conhecida após a publicação do livro La faune des cadáveres. Nesse livro, o autor divide os
insetos que fazem a sucessão entomológica em legiões distintas que aparecem de modo
progressivo no processo de decomposição, com duração de três anos. Com base no nicho
ecológico, distribuição geográfica e no metabolismo das espécies coletadas no local em que
ocorreu a morte. Certas espécies da família Calliphoridae são encontradas em centros urbanos, o
que confirma que a vítima encontrada, em uma zona rural, contendo larvas desses tipos de
insetos, provavelmente tenha sido morta no centro urbano e levada ao local que foi encontrada.
Com relação a esse assunto, assinale a alternativa correta:
(A) A temperatura ambiente, o uso de drogas e outras substâncias tóxicas podem alterar a
velocidade do desenvolvimento dos insetos necrófagos.
(B) Os dados publicados na Europa servem de instrução para diversas regiões do planeta, pois a
sucessão dos insetos encontrados será sempre a mesma, independentemente do local.
(C) Os insetos da família Calliphoridae fazem parte da ordem Coleóptera.
(D) Possivelmente, a sucessão ecológica no Brasil será a mesma que a europeia, já que o
aumento de temperatura média não altera o metabolismo dos insetos.
(E) Os conhecimentos em entomologia forense podem ser utilizados para indicar o modo e a
localização da morte do indivíduo, porém não podem ser utilizados para estimar o tempo de
morte.
15- (FUNIVERSA – PCDF – PERITO CRIMINAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – 2011)
A entomologia forense não se restringe à datação da morte. Entre outras questões,
também auxilia na investigação de cenas de crime com mortes violentas por avaliação e
interpretação das evidências deixadas ou causadas por insetos. Com isso, fornece subsídios
para a reconstrução dos processos sofridos pelo cadáver nos períodos peri-mortem e post-
mortem.
Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de evidências que podem ser extraídas da
avaliação da atividade de insetos em um corpo.
(A) Pela identificação das espécies de insetos, define-se a fase de putrefação de um corpo.
(B) A observação de que um corpo foi desmembrado sinaliza que outros animais, além dos
insetos, realizaram atividades no local.
(C) Encontro de insetos inexistentes na entomofauna cadavérica da região onde o corpo foi
encontrado é interpretado como migração dos insetos em busca de alimentos.
(D) A presença de insetos em um corpo em decomposição sinaliza que a maioria das partes
moles já foi decomposta pelas bactérias.
(E) Lesões no corpo auxiliam na definição da causa da morte, porém é importante a
diferenciação entre lesões pós-morte geradas por atividades de insetos das lesões pré-
morte.
REFERÊNCIAS GENERAIS
DE ESTIMATIVA DE IPM MÍNIMO
Vestígios muscoides observados Estimativa de IPM
Apenas ovos Poucas horas
Ainda não há larvas em dispersão ou pupas Menos de 3 dias
Presença de larvas em dispersão Mais de 3 dias
Pupas recentes Mais de 4 dias
Pupários abertos e adultos recém-
emergidos
Mais de 6, 5/7 dias
OBRIGADO!!!

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Entomologia Forense: Estudo dos insetos em procedimentos legais

  • 1. ENTOMOLOGIA FORENSE Biom. Esp. Nígela Rodrigues Carvalho Perita Criminal 2ª Classe SPTC/GO nigelabiomed@hotmail.com
  • 3. Histórico e Conceitos Ciência que aplica o estudo dos insetos e outros artrópodes a procedimentos legais a partir do conhecimento de informações de taxonomia, ciclo biológico, distribuição geográfico, etc. Caro Data Vermibus Histórico: - 1235: Sung Tz’u (China) - 1885: Bergeret (França) - 1894: Mégnin (França) La Faune des Cadavres - 1908: Oscar Freire e Edgard Roquette-Pinto: marco inicial da entomologia forense no Brasil. Entomologia Forense INTRODUÇÃO
  • 4. Histórico e Conceitos Reflexões de OSCAR FREIRE: 1- Não existem espécies de insetos necrófagos exclusivas de cada fase de decomposição; 2- A competição é um fator muito importante entre os insetos necrófagos que utilizam a carcaça; 3- A riqueza de espécies de insetos necrófagos, sua abundância e sua influência é definida pela diversidade associada aos padrões biogeográficos; 4- Não há simultaneidade temporal, nem cronologia previsíveis nas fases de decomposição cadavérica; 5- Uma estimativa precisa de tempo de morte (IPM) é impossível. INTRODUÇÃO
  • 5. BRASIL - maior biodiversidade do mundo: Estudos de entomofauna cadavérica característica de cada região biogeoclimática e estudos de possíveis padrões de sucessões. Destaques: Rio de Janeiro Distrito Federal São Paulo diferenças climáticas diversos biomas Histórico e Conceitos INTRODUÇÃO
  • 6. • Urbana: ações cíveis envolvendo a presença de insetos em bens culturais, imóveis ou estruturas, danificando-os. Essa modalidade é muito utilizada em ações envolvendo compra e venda de imóveis, cabendo à entomologia determinar o tempo de infestação, se antes ou depois da compra. • De produtos estocados: trata da contaminação em pequena ou grande extensão de produtos comerciais estocados. Cabe à entomologia forense determinar quando ocorreu a infestação. Ex: larvas em bombons. • Médico-legal : é a categoria de interesse criminal, principalmente em relação a morte violenta. Histórico e Conceitos Classificação da Entomologia Forense: INTRODUÇÃO
  • 7. Pacote de biscoito tipo Cream-Cracker, infestado por insetos (coleópteros) da família Bostrichidae, caracterizados por infestar vários tipos de cereais, principalmente arroz, milho, cevada, centeio, trigo e produtos acabados, fazendo perfurações na superfície destes, alimentando e reproduzindo-se no interior dos mesmos. Imagens cedidas por Dalmira Fonseca - POLITEC-AP INTRODUÇÃO
  • 8. 17- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013) A Entomologia Forense é a ciência que aplica o estudo dos insetos a procedimentos legais. As pesquisas nessa área são feitas desde 1850 e vem obtendo progressos nas últimas décadas. Dessa forma, essa ciência foi classificada em três categorias distintas de acordo com seu uso. I-Ações cíveis envolvendo a presença de insetos em imóveis, danificando-os. Essa modalidade é muito utilizada em ações envolvendo compra e venda de imóveis. II- Contaminação em grande extensão de produtos comerciais estocados, como o caruncho que infesta o feijão. III- Categoria que envolve a área criminal, principalmente com relação a morte violenta. Assinale o item que nomeia as três categorias que classificam a Entomologia Forense: A) I. imobiliária, II. Sanitária e III. Criminal; B) I. mobiliária, II. De produtos estocados e III. Criminal; C) I. Urbana, II Sanitária e III. Médico-Legal; D) I. Urbana, II. De produtos estocados e III. Criminal; E) I. Urbana, II. De produtos estocados e III. Médico-Legal.
  • 9. • Necrófagos: são aqueles cujos adultos e/ou imaturos alimentam-se dos tecidos dos corpos decompostos e constituem a mais importante categoria de interesse forense para estabelecer o tempo de morte. Exemplos: moscas e besouros, etc. • Parasitas e predadores: segunda categoria de mais importância para as ciências forenses São parasitas aqueles que utilizam dos insetos que colonizam a carcaça para seu desenvolvimento próprio, já os predadores são aqueles que se alimentam dos estágios imaturos de insetos necrófagos. Exemplos: besouros, formigas, moscas (Calliphoridae – Chrysomya), etc. • Onívoros: são aqueles que se alimentam tanto dos corpos quanto da fauna associada. Exemplos: Himenópteros (formigas e vespas) e Coleópteros (alguns besouros), etc. • Acidentais, eventuais ou visitantes: são aqueles que se encontram no cadáver por acaso, como extensão de seu habitat normal. Exemplos: aranhas, borboletas, gafanhotos, etc. Histórico e Conceitos Classificação da fauna cadavérica SMITH (1986) INTRODUÇÃO
  • 10. Histórico e Conceitos Classificação da fauna cadavérica INTRODUÇÃO
  • 11. • Entorpecentes: no momento da prensagem do vegetal, insetos ficam ali retidos, traçando a rota de tráfico através da distribuição geográfica dos mesmos. • Maus tratos: Com o conhecimento do tempo de chegada de algumas espécies em corpos em processo de decomposição é possível deduzir se havia populações que já infestavam a vítima antes de sua morte (tempo pós-negligência). • Morte violenta: quando a morte ocorreu (estimativa de intervalo pós-morte), quem é o morto, como a morte ocorreu, onde ocorreu e auxiliar na análise de se tratar de evento natural, acidental ou criminal. Aplicações criminais INTRODUÇÃO
  • 14. Morte violenta: QUEM É O MORTO? Alternativa em casos em que o corpo não foi passível de identificação por outras metodologias (avançado estágio de decomposição). Insetos necrófagos  material genético da vítima no trato gastrointestinal e papo ONDE A MORTE OCORREU? Distribuição geográfica/habitat natural  Avaliação de deslocamento do cadáver Exemplo: Chrysomya albiceps (marcador urbano) Aplicações criminais INTRODUÇÃO
  • 15. CADÁVER MORTO EM UM LOCAL E TRANSPORTADO PARA ÁREA DE MATA Morte violenta: ONDE A MORTE OCORREU? Aplicações criminais INTRODUÇÃO Material fornecido pelo Perito Criminal Pablo Francez
  • 16. Morte violenta: COMO A MORTE OCORREU? A forma como a morte ocorreu pode afetar a velocidade de decomposição e a sucessão da fauna envolvida: acelerar, retroagir ou até impedir. Análise toxicológica do cadáver pelas larvas necrófagas (avançado estágio de decomposição/bioacumulação) Larvas x Tecidos da carcaça A entomotoxicologia estuda a aplicação dos insetos necrófagos na análise toxicológica a fim de identificar drogas e toxinas presentes em um tecido. A entomotoxicologia também investiga o efeito causado por essas substâncias no desenvolvimento dos artrópodes para aumentar a precisão na estimativa do tempo de morte. Aplicações criminais INTRODUÇÃO
  • 17. Conhecimentos entomológicos no diagnóstico da causa mortis: - Em cadáveres em estado avançado de decomposição a identificação de lesões é difícil; - Postura: lugares abrigados como os orifícios naturais do corpo (nariz, olhos, boca, ouvido, etc.) assim com em bordas de ferimentos. - Cadáver com imaturos apenas nos orifícios naturais  condizente com ausência de lesões externas. ATENÇÃO!! - Ação de necrófagos pode causar artefatos: alterações pós-mortem Morte violenta: COMO A MORTE OCORREU? Aplicações criminais INTRODUÇÃO
  • 19. Perito Criminal 1ª Classe Farm. Rogério Róscio INTRODUÇÃO
  • 20. Perito Criminal 1ª Classe Farm. Rogério Róscio INTRODUÇÃO
  • 21. Perito Criminal 1ª Classe Farm. Rogério Róscio INTRODUÇÃO
  • 22. Perito Criminal 1ª Classe Farm. Rogério Róscio INTRODUÇÃO
  • 23. Perito Criminal 1ª Classe Farm. Rogério Róscio INTRODUÇÃO
  • 24. 26- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013) Insetos imaturos não possuem capacidade de voo, porém algumas larvas em último instar possuem grande capacidade de dispersão. Assinale o item que determina corretamente onde procurar imaturos no local do crime: (A)Em orifícios naturais do corpo, bordas de feridas, lugares abrigados como atrás da orelha, axilas, vestes, cabelos, sob tapetes, móveis e solo; (B)Em janelas, tapetes, embaixo das unhas e em orifícios naturais do corpo; (C)Em ferimentos, embaixo das unhas, janelas, manchas de sangue e tapetes; (D)Em orifícios naturais do corpo, bordas de feridas, axilas, cabelos, vestes e embaixo das unhas; (E)Em orifícios naturais do corpo, cabelos, janelas, tapetes e móveis.
  • 25. Morte violenta: QUANDO A MORTE OCORREU? Principal aplicação da entomologia forense – Estimativa de IPM Aplicações criminais ESTIMATIVA DE TEMPO DE MORTE: 1- Medicina Legal: Cronotanatognose (fenômenos cadavéricos) IPM – estimativa  inversamente proporcional 2- Dados entomológicos: mais úteis com tempo de morte superior a 3 dias IPM mínimo: cadáveres em estado inicial de decomposição (exemplares imaturos) IPM máximo: cadáveres em estado avançado de decomposição (sucessão de gerações) INTRODUÇÃO
  • 26. Morte violenta: QUANDO A MORTE OCORREU? Aplicações criminais Material fornecido pelo Perito Criminal Pablo Francez INTRODUÇÃO
  • 27. Aplicações criminais Morte violenta: QUANDO A MORTE OCORREU? Material fornecido pelo Perito Criminal Pablo Francez INTRODUÇÃO
  • 28. Medicina Legal: Fenômenos cadavéricos (França, 2011): ABIÓTICOS TRANSFORMATIVOS Imediatos  Mediatos Destrutivos Conservativos Estimativa de IPM Morte 2- 3 hr 20-24 hr imediatos mediatos Tríade de morte (LAR) Putrefação INTRODUÇÃO
  • 29. Medicina Legal: Abióticos imediatos (primeiras horas): Estimativa de IPM - Face hipocrática (máscara de morte) - Midríase (dilatação da pupila) - Perda de consciência e sensibilidade - Ausência de mobilidade (arreflexia) e tônus muscular INTRODUÇÃO
  • 31. Medicina Legal: Abióticos mediatos (começa na 2ª-3ª hora): Estimativa de IPM - Desidratação cadavérica - Livores cadavéricos ou hipóstases (livor mortis) - Esfriamento cadavérico (algor mortis) - Rigidez cadavérica (rigor mortis) INTRODUÇÃO
  • 33. Medicina Legal: Estimativa de IPM Fenômenos transformativos ou tardios: Destrutivos: Conservativos: Autólise Putrefação Maceração Mumificação Saponificação (adipocera) Corificação Calcificação ou petrificação Congelação Fossilização INTRODUÇÃO
  • 37. Medicina Legal: Estimativa de IPM Fases da putrefação (França, 2011): Fases da putrefação mais aceita na Entomologia Forense: Fase Fresca INTRODUÇÃO
  • 38. Medicina Legal: Estimativa de IPM Fases da putrefação Período cromático ou de coloração: - mancha verde abdominal (fossa ilíaca direita) - 20 a 24 horas INTRODUÇÃO
  • 39. Período gasoso ou enfisematoso: - inicia-se na primeira semana e se estende por aprox. 30 dias; - acúmulo de gases da putrefação (enfisema putrefativo); - gigantismo : posição de lutador; - projeção dos olhos, da língua, abdômen e órgãos genitais masculinos; - circulação póstuma de Brouardel; - flictenas putrefativas. - Atividade da fauna cadavérica. Medicina Legal: Estimativa de IPM Fases da putrefação INTRODUÇÃO
  • 42. Medicina Legal: Estimativa de IPM Fases da putrefação Período coliquativo ou de liquefação: - dissolução pútrida do cadáver (putrilagem); - inicia-se no final da 1ª semana, podendo ir a meses; - intensa atividade da fauna cadavérica. Período de esqueletização: - pela 3ª ou 4ª semana os ossos começam a ser expostos INTRODUÇÃO
  • 45. 10- (FUNIVERSA – SPTC/GO – PERITO CRIMINAL – 2010) Considere um cadáver na fase enfisematosa da putrefação, assinale a alternativa correta. (A) No verão, o tempo calculado da morte será menor do que o calculado no inverno. (B) Caso as luvas epidérmicas das mãos tenham sido totalmente perdidas, a identificação necropapiloscópica estará inviabilizada. (C) Nessa fase, a ocorrência de larvas é fenômeno raro. (D) Deve-se tomar cuidado no transporte e manuseio do cadáver, pois os membros ou o pólo cefálico podem se soltar. (E) Nessa fase, o diagnóstico de morte por estrangulamento, caso o laço não esteja presente, é inviável, devido à decomposição.
  • 46. Entomologia: Estimativa de IPM estabelecer o intervalo mínimo e máximo entre a morte* e a data em que o cadáver foi encontrado. Objetivo: Califorídeos INTRODUÇÃO
  • 47. 18- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013) A cronotanatognose determina o intervalo pós-morte através da observação de vários fenômenos ocorrentes no cadáver. Dentre os fenômenos abaixo, todos auxiliam na determinação desse intervalo, exceto: (A)Rigidez cadavérica; (B)Dados entomológicos; (C)Posição de encontro de pupários; (D)Crioscopia do sangue; (E)Livor cadavérico.
  • 48. 5- (PERITO CRMINAL – PC/PI – NUCEPE/UESPI – 2012) A Entomologia forense compreende uma fascinante ferramenta científica. É uma aplicação dessa ciência, na elucidação de crimes, determinar o(a): A) local de um assassínio. B) causa da morte de um indivíduo. C) horário da morte de uma vítima de assassínio. D) estágio de putrefação de um cadáver. E) tempo decorrido desde que a vítima desapareceu.
  • 50. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA
  • 51. Os INSETOS são invertebrados com exoesqueleto quitinoso, corpo dividido em três segmentos (cabeça, tórax e abdomen), três pares de patas articuladas, olhos compostos e duas antenas. São os mais abundantes de todos organismos (80% das espécies animais descrita), destacando-se em termos de diversidade as ordens Coleóptera (38%), Lepidoptera (16%), Hymenoptera (13%) e Diptera (12%). NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA
  • 52. – Mastigador: Coleópteros e Himenópteros – Sugador : Lepidópteros, Dípteros (perfurador ou lambedor) e alguns himenópteros. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Aparelho bucal:
  • 53. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Cabeça/peça bucal: HIPOGNATO PROGNATO OPISTOGNATO (90ºC) (90ºC) (90ºC) Ex.: cigarras, percevejos, pulgas etc. Ex.: moscas. Ex.: besouros.
  • 54. O desenvolvimento pós-embrionário inicia a partir do momento em que a primeira forma jovem eclode do ovo até a emergência do adulto, podendo tem variações morfológicas (metamorfose). NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Desenvolvimento pós-embrionário: - Deposição de forma jovem: Oviparidade Viviparidade (Larvípara) Ex: família Sarcophagidae - Pecilotérmicos ou ectotérmicos - Ecdise ou muda - Maioria dos insetos apresentam distintas formas durante o desenvolvimento:
  • 55. Ao examinar um cadáver encontrado num terreno baldio, um perito constatou que o corpo apresentava ovos de várias famílias de muscóides e várias larvas de dípteros da família Sarcophagidae que estavam ainda no 1º estágio de desenvolvimento (L-1). Não foram encontradados ovos de membros dessa família, que se deve ao fato de: (A)Seus ovos eclodem minutos após a oviposição; (B)Ter sido realizado uma análise supercial do cadáver, pois os membros desta família depositam os seus ovos no interior das cavidades do cadáver; (C)As moscas dessa família depositarem seus ovos no solo próximo ao cadávere não em sua superfície; (D)Ao comportamento vivíparo das fêmeas desta família; (E)Haver insetos himenópteros (vespas e formigas) que predam intensamente os ovos dos membros dessa família.
  • 56. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Metamorfose: Ametábolos: quando o inseto eclode do ovo com forma semelhante ao adulto, há apenas crescimento e amadurecimento sexual. Exemplo: Ordem Zygentoma – Peixinho-de-prata ( Lepisma saccharina)
  • 57. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Metamorfose: Hemimetábolos (metamorfose incompleta) ou Paurometabolia: os imaturos se assemelham aos adultos em muitos aspectos, mas de forma pouco significativa. Esse tipo de metamorfose também é referida como metamorfose simples, gradual ou incompleta, e os instares imaturos são geralmente denominados de ninfas. Exemplo: Libélulas, percevejos, cigarras, gafanhotos e as baratas.
  • 58. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Metamorfose: Holometábolos (metamorfose completa) ou endopterigotos: a mudança é radical. Os imaturos, denominados de larvas, são muitos diferentes dos adultos e geralmente adaptados a ambientes também diferentes. As grandes mudanças e bruscas mudanças para transformação em adultos ocorrem em um estágio intermediário, a pupa, um estágio tipicamente de pouco movimento e protegido de alguma forma (casulo, pupário, etc.). Exemplos: besouros, moscas, mosquitos, borboletas, mariposas, formigas e abelhas.
  • 59. “…Os insetos representam mais de 1 milhão de espécies descritas em todo o mundo, com uma distribuição cosmopolita e ocorrência em diversos tipos de habitats…” (OS INSETOS. UM RESUMO DE ENTOMOLOGIA. Cap.1, 3p GULLAN, P. J. & CRANSTON, P. S. Ed. Roca. Departament of Entomology, University of Califórnia, Davis, USA, 2007). Para que se possa iniciar uma identificação, e necessário saber diferenciar as ordens de insetos com relação a sua metamorfose. Sabendo-se que os insetos possuem diferentes tipos de metamorfose, (Ametabolia; Hemimetabolia ou Paurometabolia e Holometabolia) avalie corretamente as afirmativas sobre as ordens de insetos abaixo com o seu tipo de metamorfose: 1. Hymenoptera, Coleoptera e Diptera apresentam metamorfose tipo Hemimetabolia ou Paurometabolia. 2. Odonata, Blattaria e Hemiptera apresentam metamorfose tipo Holometabolia. 3. Zygentoma e Archaeognatha apresentam metamorfose tipo Ametabolia. Esta(ao) correta(s): A) 3 apenas. B) 1, 2 e 3. C) 1 e 2 apenas. D) 1 e 3 apenas. E) 2 e 3 apenas.
  • 60. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA - As fases imaturas (larvas e pupas) são os vestígios entomológicos mais evidentes, comuns e informativos em cenas de crime. DÍPTEROS: vermiforme HIMENÓPTEROS: vermiforme (interesse forense) e eruciforme LEPIDÓPTEROS: eruciforme (lagarta) COLEÓPTEROS: grande variedade de morfologia larval eruciforme, campodeioforme, escarabeiforme, vermiforme, elateriforme, entre outras.
  • 61. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Diversidade morfológica larval: Eruciforme: Apresenta três pares de pernas torácicas (um em cada segmento do tórax) e cinco pares de pernas abdominais, no 3º, 4º, 5º 6º e 10º urômeros, sendo estas portadoras de colchetes ou ganchos. Lepidópteros e himenópteros (não de interesse forense)
  • 62. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Diversidade morfológica larval: Larva Campodeiforme: Larva com três pares de pernas torácicas alongadas. Ágil, predadora, como as das joaninhas (Coleoptera: Coccinelidae*). Ela aparece em muitas outras famílias de Coleoptera e também em Neuroptera. * já coletada em pesquisas forenses. Maioria predadores.
  • 63. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Diversidade morfológica larval: Larva Carabiforme: geralmente considerada uma variação da campodeiforme. Apresenta corpo mais quitinizado e as pernas mais curtas que as campodeiformes. Pode ser com ou sem pelos e ocorre em muitas famílias de coleoptera como por exemplo Carabidae, Lampyridae* e Chrysomelidae**. Carabidae * Não coletada em pesquisas forenses. ** já foi coletada em pesquisas forenses. São fitófagos.
  • 64. Vermiforme: Larva ápoda (sem pernas torácicas e abdominais), a cabeça pode ser diferenciada ou não. Geralmente é afilada e branco- leitosa. Apresenta uma variação chamada limaciforme, por se assemelhar a uma lesma. Ex: Dípteros e Himenópteros de interesse forense NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Diversidade morfológica larval:
  • 65. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Diversidade morfológica larval: Larva Escarabeiforme: Larva recurvada em forma de um “C”, com três longos pares de pernas torácicas, com muitas dobras no tegumento e o último segmento abdominal desenvolvido. É subterrânea e às vezes chamada de pão-de-galinha. Ocorre em toda superfamília Scarabaeoidea (Coleoptera: Scarabaeidae, Passalidae*, Trogidae, etc.) * Não coletada em pesquisas forenses.
  • 66. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Diversidade morfológica larval: Larva Elateriforme: corpo muito quitinizado, com presença de urogonfos no 9º segmento abdominal. Ocorre na família Tenebrionidae* e Elateridae ** da ordem dos coleópteros. * já coletada em pesquisas forenses. Comem matéria vegetal, fungos e alguns são pragas comuns de cereais estocados. Elateridae
  • 67. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Diversidade morfológica larval: Larva Buprestiforme: Própia da família Buprestidae* (Coleoptera). Exibe protórax muito expandido lateralmente e achatado dorso- ventralmente. São ápodas. * Não coletada em pesquisas forenses.
  • 68. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Diversidade morfológica larval: Larva Cerambiciforme: Ocorre na família Cerambycidae* (Coleoptera). Geralmente apresenta pernas torácicas vestigiais, sendo que podem ser ausentes algumas vezes. * Não coletada em pesquisas forenses.
  • 69. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Diversidade morfológica larval: Larva Curculioniforme: Ocorre na família Curculionidae* (Coleoptera), a cabeça é fortemente quitinizada, o que a diferencia da vermiforme. * Já coletada em pesquisas forenses, mas são fitófagos.
  • 70. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Tipos de pupas: Presença de mandíbula: Décticas Adécticas Apêndices: Obtecas Exaratas Coarctada DÍPTEROS: adécticas e obtecas/coarctada COLEÓPTEROS: adéctidas e maioria exaratas
  • 71. 9- (CESPE – CPC RENATO CHAVES/PA – PERITO CRIMINAL – 2007) China, século 13. Um homem foi assassinado a golpes de foice perto de um campo de arroz. No dia seguinte ao crime, o investigador de polícia pediu aos empregados daquela propriedade rural que depositassem seus instrumentos de trabalho no chão. Em poucos minutos, moscas pousaram em uma foice específica, que apresentava traços de sangue. Diante da evidência, o dono da ferramenta confessou o homicídio. O episódio, documentado no livro The Washing Away of Wrongs, constituiu um dos primeiros casos de entomologia forense da história. Internet: <www.fatimahborges.com.br> (com adaptações). Assinale a opção correta com relação ao tema tratado no texto acima. A) Uma das vantagens do uso da entomologia forense é o fato de que as espécies que costumam colonizar um cadáver não variam de acordo com a localização geográfica, o que permite o estabelecimento de protocolos comuns a qualquer região. B) As análises da entomologia forense independem das condições climáticas recentes do local da descoberta do cadáver. C) Os insetos constituem o grupo animal com o maior número de espécies já descritas pela ciência. D) Uma das limitações da entomologia forense é o fato de que a análise toxicológica das larvas que infestam o cadáver não permite determinar se a causa mortis foi superdose de drogas.
  • 72. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE DÍPTEROS
  • 73. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Dípteros: - Uma das maiores e mais diversas ordens da classe Insecta (4ª); - Distribuição mundial e com diversidade nas regiões tropicais; - Insetos holometábolos; - Pecilotémicos; - Um par de asas funcionais e um par reduzido a balancis/halter (equilíbrio); - Cabeça com peças bucais hipognata; - Aparelho bucal tipo sugador, podendo ser pungitivo (perfurador) ou não (lambedor); - Forma larval: vermiforme (algumas famílias apresentam larvar com falsas pernas (prolegs). - Pupas adécticas e obtecas (coarctadas).
  • 74. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Dípteros: - Subordens: Nematocera e Brachycera Nematocera: mosquitos e moscas de antenas longas Brachycera: moscas robustas de antenas curtas - São os insetos mais frequentes em carcaças, sendo as moscas o grupo de maior importância para entomologia forense (IPM). - Imaturos de dípteros: necrófagos e podem apresentar comportamento predador ou canibal. - Maioria das moscas necrófagas: 3 instares larvais (L1, L2 e L3) - L3: dispersão radial para empupar.
  • 75. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Dípteros: - Identificação de ínstares larvais: Diagrama isomorfenos (medidas de comprimento) Abertura nos espiráculos respiratórios Obs.: composição de hidrocarbonetos
  • 76. 22- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013) Pericoma marginalis é um díptero nematócero da família Psychodidae, cujo indivíduo imaturo apresenta hábito aquático. Oliveira-Costa (2005) relatou sua presença em cadáveres humanos em área alagadiça na região metropolitana do Rio de Janeiro. Considerando a biologia a espécie, assinale o item que descreve os seus estágios de desenvolvimento, respectivamente: (A)Larva, pupa e adulto; (B)Ovo, pupa, larva e adulto; (C)Pupa, larva e adulto; (D)Ovo, larva e adulto; (E)Ovo, larva, pupa e adulto.
  • 77. 12- (FGV – PCRJ – PERITO CRIMINAL BIÓLOGO– 2008) Um perito recebe, para análise, um inseto adulto coligido próximo a uma carcaça, com as seguintes características: antenas aristadas, aparelho bucal picador-sugador, tórax e abdome de coloração azul metálica, asas posteriores reduzidas a halteres. A ordem e a família em que tal inseto se enquadra são, respectivamente: (A) Díptera / Culicidae. (B) Díptera / Calliphoridae. (C) Díptera / Sarcophagidae. (D) Coleóptera / Dermestidae. (E) Coleóptera / Silphidae.
  • 78. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Principais famílias de Dípteros de interesse forense: - Principais famílias: Calliphoridae, Sarcophagidae, Muscidae, Fanniidae e Stratiomydae. - Outros autores também incluem: Sphaeroceridae, Phoridae (Megaselia scalaris) e Piophilidae (P. casei). - Principal família: Calliphoridae (califorídeos) - São os insetos pioneiros nas carcaças - Moscas varejeiras - Moscas de tamanho médio ou grande - Coloração metálica azul, violeta, verde ou cobre - Gêneros de maior importância forense: Chrysomya, Hemilucilia, Lucilia e Cochliomyia
  • 79. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Gênero Chrysomya: - Chrysomya albiceps, Chrysomya megacephala e Crhysomia putoria. - Exóticas: ampla distribuição mundial: “Velho mundo”  continente americano em meados dos anos 70 - Sinantrópicos; - Extremamente ágeis; - Larvas vorazes e essencialmente necrófagos, podendo se tornar predadores e até canibais; - Comportamento predador associado à redução de espécies nativas, principalmente de Cochliomyia macellaria. Família Calliphoridae:
  • 80. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Chrysomya albiceps: Larvas preferem substratos de origem animal (carcaças, vísceras). Marcador de área urbana. Família Calliphoridae
  • 81. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Chrysomya albiceps: Família Calliphoridae
  • 82. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Chrysomya megacephala: Maior frequência nas áreas urbanas e suburbanas  feiras livres, lixões. Família Calliphoridae 9,75
  • 83. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Chrysomya putoria: C. putoria  frequentes em granjas de galinhas poedeiras. Ovos quebrados e carcaças das aves  atrativos para a oviposição das fêmeas. Família Calliphoridae
  • 84. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Gênero Cochliomyia: - Cochliomyia macellaria: -principal espécie do gênero associada a carcaças no Brasil; - espécie nativa; - diversas publicações apontam para redução de C. macellaria após a introdução de espécies do gênero Chrysomya. Família Calliphoridae
  • 85. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Gênero Hemilucilia: - Hemilucilia semidiaphana e Hemilucilia segmentaria; - apresentam coloração verde, asas manchadas e pernas vermelho- amareladas; - encontradas principalmente em áreas florestadas, logo são consideradas marcadores desse tipo de ambiente no Brasil. Família Calliphoridae
  • 86. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Gênero Hemilucilia: Hemilucilia segmentaria: Família Calliphoridae
  • 87. 11- (VUNESP – PCSP – PERITO CRIMINAL – 2013) As moscas das espécies Hemilucilia semidiaphana e Hemilucilia segmentaria são necrófagas e de comportamento e morfologia muito similares, porém diferem em suas taxas de crescimento e maturação. Ambas as espécies podem se apresentar em simpatria, em ambientes florestais naturais, e desse modo ambas podem colonizar um mesmo corpo em decomposição. Considerando a entomologia forense, pode-se afirmar corretamente que essas espécies serão úteis para: (A) se caracterizar o local onde o corpo foi encontrado, mas não o intervalo pós-morte, pois a semelhança morfológica e comportamental entre as espécies implica apresentarem, ao mesmo tempo, a mesma sequência de estágios imaturos até que cheguem à fase adulta, o que não permite estimar o intervalo de tempo transcorrido entre a morte e o encontro do corpo. (B) a investigação, quando se puder identificar a qual ou quais espécies pertencem as formas imaturas presentes no corpo em decomposição, condição na qual se poderá estimar o intervalo pós morte. (C) a investigação, quando ambas as espécies forem encontradas no mesmo corpo em decomposição, pois, ainda que não se identifiquem as espécies, a presença de diferentes estágios imaturos desse gênero permitirá estimar o intervalo pós-morte. (D) se caracterizar o local onde o corpo foi encontrado, mas não o intervalo pós-morte, pois as diferenças nas taxas de crescimento entre as espécies não permitem que se façam estimativas sobre o intervalo de tempo transcorrido entre a morte e o encontro do corpo. (E) a investigação, se no corpo em decomposição estiver se desenvolvendo somente uma das espécies do gênero, situação na qual as formas imaturas se apresentarão no mesmo estágio de desenvolvimento, permitindo estimar o intervalo pós-morte.
  • 88. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Gênero Lucilia (Phaenicia): - L. sericata, L. eximia e L. cuprina - Possuem tamanho médio e coloração azul, verde ou cobre metálica, olhos vermelho-pardacentos e aristas longas e muito pilosas; - Lucilia eximia (Phaenicia eximia) é a espécie mais recorrente e geralmente observada em todos os estágios de decomposição, porém com preferência pelo estágio inicial e carcaças menores; Ovo  adulto: 22,5 a 23,5 dias (mín. 21 máx. 26°C) Greeenberg & Szyska (1984) Família Calliphoridae
  • 89. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Gênero Lucilia (Phaenicia): Lucilia cuprina (Phaenicia cuprina): Família Calliphoridae
  • 90. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Outros califorídeos: Chloroprocta idioidea Paralucilia fulvinota Sarconesia chlorogaster 307 horas = 12,7 dias PUJOL-LUZ, et. Al. (2006) 470,64 horas = 19,61 dias BONNATO, et. Al. (1996) Família Calliphoridae
  • 91. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Sarcofagídeos (família Sarcophagidae): - Moscas grandes de coloração cinza, olhos vermelhos, com três faixas pretas longitudinais no dorso do tórax e abdômen xadrez cinza brilhante; - Espécies de difícil identificação (genitália masculina); - Larvíparos; - Preferência por estágios mais avançados de decomposição; - Diversos gêneros encontrados em carcaças no Brasil: Peckia (Euboettcheria), Peckia (Pattonella), Peckia (Peckia), Peckia (Squamatodes), Sarcophaga (Liopygia), Sarcophaga (Bercaea), Dexosarcophaga, Sarcodexia, Oxysarcodexia, Helicobia, Ravinia, Tricharea, entre outros.
  • 92. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Muscídeos (família Muscidae): - Cosmopolitas e alto grau de sinantropia; - Variam de pequenas a grandes, de cor negra, acinzentada, amarelada ou ocasionalmente verde ou azul metálica; - Principais espécies encontradas em carcaças no Brasil: Musca domestica, Synthesionyia nudiseta e espécies do gênero Ophyra. Musca domestica
  • 93. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Fanídeos (família Fannidae): - Moscas de tamanho pequeno a médio, olhos bem desenvolvidos, coloração normalmente negra, voam zig-zag e são chamadas de moscas latrinas, por ser atraídas por odores de fezes e urina; - Larvas achatadas (dorso-ventralmente) e com longas projeções; - Principais espécies encontradas em carcaças no Brasil: Fannia caniculares e Fannia pusio. Fannia pusio
  • 94. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Família Stratiomyidae: - Moscas grandes, normalmente de cor escura, caracterizadas por uma pequena célula distal na asa; - Geralmente encontradas em ambientes úmidos e com flores; - Larvas com 6 instares larvais (IPM tardio): ciclo de 38 a 43 dias - Hábitos detritívoros e necrófagos secundários; - Principal espécie: Hermetia illuscens (Black soldier fly). Hemetia illuscens larvas de H. illuscens
  • 95. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE COLEÓPTEROS
  • 96. - Segundo grupo de maior importância na área forense: necrófagos, onívoros, predadores ou acidentais; - Característicos de estágios finais o processo de decomposição (carcaça mais seca); - Asas anteriores espessadas (élitros) – estojo com segundo par de asas do tipo membranoso (sob os élitros); - Apresentam maior quantidade de ínstares larvais; - Aparelho bucal: mastigador; - Cabeça com peças bucais hipognata ou prognata; - Holométábolos com diversas morfologias larvais; - Pupas (maioria) adécticas e exaradas; NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Coleópteros:
  • 97. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Coleópteros: - Destaque das famílias: Dermestidae, Silphidae, Cleridae, Trogidae, Histeridae e Scarabaeidae. Coleoptera Myxophaga Archostemata Adephaga Poliphaga ORDEM SUBORDENS
  • 98. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Coleópteros (Adephaga): Família Carabidae: Conhecidos popularmente como besouros de solo ou besouros tigres, variáveis tamanhos (1,0mm a 8,0cm). Têm forma e cor variadas, porém a maioria é escura e com élitros estriado. A cabeça geralmente é mais estreia que a base do élitro. Além disso, apresentam antenas longas. São predadores de outros insetos. Galerita collaris
  • 99. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Coleópteros (Polyphaga): Família Histeridae: Trata-se de besouros pequenos, de 0,5mm até 10,0mm de comprimento, ovais e globosos e, geralmente, de cor preta brilhante. Apresentam, como principal característica, élitros truncados, deixando apenas os dois últimos segmentos abdominais visíveis. Antenas curtas, geniculadas e clavadas, normalmente, retráteis. Pernas também retráteis, com tíbias dilatadas, sendo as anteriores denteadas ou com espinhos. São geralmente classificados como predadores.
  • 100. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Coleópteros (Polyphaga): Família Dermestidae: Trata-se de besouros pequenos convexos, ovais, com antenas curtas e clavadas, variam em comprimento de 2,0 a 10,0mm. Cabeça hipognata e élitro cobrindo completamente o abdômen. Possuem corpo piloso ou coberto por escamas. Alguns são pretos ou de cores discretas, apresentando um padrão de coloração característico. Suas larvas são geralmente pardas e cobertas por longas cerdas. Dermestes maculatus Ciclo de vida 99 dias; 6-9 instares larvais
  • 101. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA
  • 102. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Coleópteros (Polyphaga): Família Cleridae: Trata-se de besouros que medem entre 3,5 mm e 24,0 mm. Possuem o corpo subcilíndrico, com pelos longos e eretos, cabeça hipognata, pronoto mais estreito que a base dos élitros. Maioria é predadora. Necrobia ruficollis e Necrobia rufipes Necrobia violacea Ciclo de vida = 30 dias com 6 instares larvais Dermestidae
  • 103. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Coleópteros (Polyphaga): Família Hydrophilidae: Besouros ovais, mais ou menos convexos, lisos e brilhantes. Apresentam antenas curtas e clavadas e pernas adaptadas para natação (cerdas). A maioria dos espécimes é aquática, sendo geralmente de coloração negra e seu tamanho varia de poucos milímetros. Os adultos são necrófagos, porém as larvas são, usualmente, predadores vorazes. As larvas possuem apenas uma garra pré-tarsal e mandíbulas dentadas.
  • 104. 13- (FGV – PCRJ – PERITO CRIMINAL BIÓLOGO– 2008) Larvas de inseto foram coletadas em um cadáver, encontrado em um lago, cujo estágio de decomposição aparente correspondia ao de inchamento. As larvas apresentavam as seguintes características: cabeça visível dorsalmente, com labro fundido ao clípeo, e mandíbulas e maxilas não fundidas; pernas com quatro segmentos, os tarsos com apenas uma garra; abdome com oito segmentos, sem falsas pernas, brânquias laterais ou ganchos anais. A ordem e a família em que tal inseto se enquadra são respectivamente: (A) Coleóptera / Silphidae. (B) Coleóptera / Noteridae. (C) Coleóptera / Hydrophilidae. (D) Díptera / Culicidae. (E) Díptera / Caliphoridae
  • 105. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Coleópteros (Polyphaga): Família Silphidae: Besouros de tamanho e aspecto variáveis, geralmente, grandes, medindo de 1,0 mm a 30,0 mm. Marrons ou pretos, com protórax amarelado ou avermelhado, corpo mole, meio achatado, élitros enrugados e pregueados. Sua posição ecológica é de predador para maioria dos autores e necrófagos para outros. Oxelytrum erythrurum Silpha tristis Thanatophilus sinuatus
  • 106. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Coleópteros (Polyphaga): Família Staphylinidae: Besouros longos e delgados, distinguíveis pelos élitros curtos, com seis ou sete ventritos visíveis. São insetos ativos que correm e voam rapidamente. Tanto as larvas como adultos possuem hábitos predadores, sendo as larvas de dípteros o seu alimento preferido. Chegam ao cadáver, geralmente, no estágio de inchamento, quando são intensas as atividades das larvas de dípteros.
  • 107. 23- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013) São besouros longos e delgados, distinguidos pelos élitros curtos, com seis ou sete ventritos visíveis. Asas posteriores bem desenvolvidas, dobrando- se sobre o élitro. São insetos ativos que correm e voam rapidamente, mantendo o ápice do abdomem erguido. Cabeça prognata, às vezes, defletida, têm mandíbulas longas, delgadas, geralmente cruzadas na frente da cabeça. Antenas filiformes ou moniliforme. Tanto larva, quanto adultos possuem hábitos predadores, sendo as larvas de dípteros o seu alimento preferido. Mas podem comer outros táxons que ocorrem no cadáver. Chegam ao cadáver, geralmente, no estágio de inchamento, quando são intensas as atividades das larvas de dípteros. O texto acima se refere à ordem Coleóptera. Assinale a família descrita: (A)Scarabaeidae; (B)Staphylinidae; (C)Phengodidae; (D)Carabidae; (E)Leiodidae.
  • 108. NOÇÕES DE ENTOMOLOGIA FORENSE ENTOMOLOGIA Coleópteros (Polyphaga): Família Scarabaeidae: Besouros conhecidos como escaravelhos, variando em hábitos, tamanho e coloração. Geralmente, possuem corpo robusto, medindo de 5,0 a 30 mm, oval ou alongado usualmente convexo e antena não encurvadas e, apicalmente, lameladas.
  • 109. 20- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013) Tão logo a morte se dá, os insetos alcançam o cadáver: primeiro as moscas e depois outros grupos que se sucedem de modo previsível. Levando em consideração o padrão de sucessão de insetos, assinale o item que cita as principais ordens de interesse forense: (A)Protura, Thysanura e Díptera; (B)Díptera, Coleóptera e Himenóptera; (C)Hemíptera, homóptera e Díptera; (D)Dermaptera, Orthoptera e Diptura; (E)Hemíptera, Díptera e Protura.
  • 110. 6- (IPAD - PERITO CRIMINAL – PCPE/2006) A Entomologia Forense consiste na utilização de artrópodes – especialmente insetos – como ferramenta na investigação criminal, seja na determinação do intervalo pós-morte, na comprovação de substâncias tóxicas no cadáver, na determinação do local do crime, entre outros. Trata-se de uma área nova, com poucos grupos de pesquisa no Brasil, especialmente em Pernambuco. Sobre este tema, assinale a alternativa incorreta: A) Os artrópodes presentes em um cadáver humano são agrupados em quatro grupos principais: os necrófagos, os predadores e parasitóides, os onívoros e os acidentais (ou ocasionais). B) As ordens de insetos mais comumente utilizadas na investigação criminal são Diptera e Coleoptera, sendo os dípteros mais comuns nos estágios iniciais de decomposição e os coleópteros mais freqüentes nas fases finais. C) A utilidade dos insetos necrófagos na determinação do intervalo pós-morte é maior em países de clima temperado, uma vez que as estações são mais bem definidas e a sobreposição de gerações de insetos de uma mesma espécie é menor. D) O perito criminal deve coletar amostras de insetos em um raio mínimo de 500 metros por no máximo dois dias após a descoberta do cadáver, a fim de garantir que a fauna de coleópteros necrófagos seja representada espacialmente e temporalmente. E) Existe uma sucessão ecológica no cadáver, que consta de no mínimo 4 fases de decomposição: fase fresca, fase de “inchaço”, fase de putrefação e fase de esqueletização.
  • 111. 14- (FUNIVERSA – PCDF – PERITO CRIMINAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – 2011) Apesar do amplo conhecimento dos fenômenos cadavéricos, observa-se uma grande variabilidade com relação ao tempo de aparecimento desses fenômenos, pois estes sofrem influência de inúmeros fatores, sejam eles externos ou intrínsecos. Por isso, alternativas para estimar o tempo de morte vêm sendo buscadas e, entre elas, está a entomologia forense. Um caso resolvido com essa metodologia foi a de um menino desaparecido, que foi encontrado em avançado estado de putrefação e, associadas ao corpo e às roupas do menino, foram encontradas larvas vivas identificadas como Hermetia illucens (L.) (Diptera, Stratiomydae), espécie que nunca havia sido relatada em investigação forense na América Latina. Com as análises subsequentes, foi possível estimar o tempo de morte do menino e propor uma linha de tempo dos fatos relacionados a morte. Em casos que envolve morte, como o relatado no texto exemplos de famílias de insetos que são encontradas com mais frequência e em maior número são: (A) Blattidae e Viperidae. (B) Blissinae e Apidae. (C) Phytoseiidae e Libelludae. (D) Scarabaeidae e Calliphoridae. (E) Ephemeridae e Cancridae.
  • 112. LEVANTAMENTO PERICIAL DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS (Coleta e acondicionamento)
  • 113. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS - Em regra, vestígios entomológicos são encontrados em locais de morte violenta; - Envolve os levantamentos: Perfil do local Perfil do cadáver Coleta Transporte - Em regra, a coleta ocorre após o levantamento pericial e iniciada pela área circunvizinha, no sentido periferia  centro, tomando o corpo como centro de referência; - Cuidados: Evitar afugentar os exemplares; não destruir os vestígios pela movimentação na área! - Prioridade: larvas maiores/larvas em dispersão/pupas - Coleta: local  necrotério
  • 114. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
  • 115. Perfil do Local e do cadáver: - Descrição e materialização das características do local e das condições ambientais do local e do cadáver: 1-Inspeção visual para identificação de vestígios entomológicos (cuidado: afugentar insetos/ vestígios de outra natureza); 2-Descrição do local: urbano/rural/aquático, vegetação, aberto/fechado, condições climáticas, etc. 3-Descrição do cadáver: posição, fenômenos cadavéricos (estado de decomposição) e informações gerais. Temperatura: Extrema importância!! COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
  • 116. Obter temperaturas máxima e mínima diária (dia de descoberta do cadáver): termômetro digital, de máxima e mínima, deve ser ligado no início dos exames e desligado apenas no final, afim de verificar a média no período dos exames do local. Obter temperaturas dos dias anteriores (estações meteorológicas) desde a última data na qual a vítima foi vista com vida até 3 a 5 dias após a descoberta do corpo, momento em que o Perito deve retornar para recuperar o termômetro; Obter temperatura do cadáver (retal); Medir temperatura da massa larval; Medir temperatura do solo entre 10 a 20 centímetros de profundidade. Observações: 1) Recomenda-se a utilização de medidores de temperatura (tipo datalogger) e umidade do ambiente in loco; 2) Quando as larvas forem coletadas na necropsia, é importante estabelecer o período no qual o corpo ficou guardado e em que condições de temperatura. Anotar dia, hora e estação do ano que o corpo foi encontrado; Analisar tipo de local onde o cadáver se encontrava: urbano ou rural; fechado (imóveis) ou aberto, neste caso, se em área de sol ou sombra, se próximo a dejetos ou área de saneamento, etc.; COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
  • 117. Adultos: - Método de estimativa a ser utilizado (IPM mínimo ou máximo); IPM máximo: coleta de adulto deve ser priorizada - Recomendação: mais ágeis  menos ágeis - Adultos mais ágeis: puçá (rede entomológica); rede de Khouri Ex: moscas - Adultos menos ágeis: coleta direta com pinças. Ex: besouros, adultos recém-emergidos* - Quantidade: basta uma amostragem representativa da diversidade; - Conservação: álcool 70%. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
  • 118. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS Adultos: Rede de varredura Puça Rede de Khouri
  • 119. 25- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013) Antes do início das coletas, o comportamento dos insetos deve ser observado e sua posição ecológica deve ser determinada. Insetos adultos mais ágeis, como as moscas, podem ser encontrados no corpo e ao seu redor, bem como sobrevoando a área circunvizinha. São métodos para coleta de insetos na fase adulta: I. Rede com abertura nas extremidades, colocadas diretamente em saco plástico adaptado à mesma por meio de um pregador de roupas; a rede a ser colocada sobre o cadáver cuidadosamente; II. Armadilha confeccionada com papel adesivo, em forma de tenda, com ângulo de 60°, montada à distância de 1 metro do corpo; III. Armadilha para coleta da população que chega e da população recém-emergida, expondo o cadáver por maior tempo; IV. Coleta próxima a janelas, que podem indicar uma geração que tenha se criado no cadáver e emergido do pupário; V. Coleta com auxílio de pinças. Desses métodos, são utilizados no Brasil: (A) I, III e IV; (B) I, II, III e IV; (C) II, III, IV e V; (D)I, II, IV e V; (E) II, III e V.
  • 120. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS Imaturos: - Localização: orifícios naturais, bordas de feridas/lesões e lugares abrigados; LARVAS: - Deve-se coletar de diferentes tamanhos e de diferentes pontos do corpo, das imediações e sob o mesmo ... preferência para espécimes mais velhos/maiores; - Dispersão larval: varredura com raio de 5 - 6 metros do corpo e em profundidade de cerca de 10 centímetros. (*ambientes internos) - Quantidade: depende do volume larval existente - < 100 : todas devem ser coletadas; - Centenas/milhares: 1 a 10% (inversamente proporcional) - Instrumentos: pinças e pincéis; colher de pedreiro, pá de jardineiro e peneira.
  • 121. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
  • 122. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS Imaturos: LARVAS: conservadas (10% OLIVEIRA-COSTA) larvas coletadas (50% PUJOL-LUZ) criação - Larvas preservadas (mortas): - Diagrama isomorfenos: Imersão em água (80°C) Congelador (1 hora)* frascos plásticos Líquidos conservativos (KAA) com álcool 70% - Fendas espiculares: fracos plásticos com álcool 70%
  • 123. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS Imaturos: LARVAS: - Larvas para criação: recipientes plásticos fechados com microfuros ou malha fina + vermiculita/serragem + papel filtro + substrato de alimento transporte: ideal  bolsa térmica com gelo* *caso o transporte seja demorado, a melhor opção é transportá-las em sacos plásticos ou recipientes de papel alumínio contendo substrato de alimento a temperatura ambiente. quantidade de larvas por recipiente  evitar predação e morte
  • 124. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
  • 125. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS Imaturos: OVOS: - Podem ser utilizados para estimativa de IPM curto; - Devem ser coletado somente se não existirem larvas, mas deve se relatar em formulário; - Placa petri ou recipiente + papel filtro umedecido; - Transporte a temperatura ambiente.
  • 126. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS Imaturos: PUPAS: - Devem ser procuradas no solo (ambiente fechado – cômodos adjacentes); - Anotar cor do pupário; - Instrumentos: pinças, colher de pedreiro, pá de jardineiro e peneira; - Acondicionamento: frascos com vermiculita ou solo do local ou serragem (não perfurar tampa); - Pupários vazios e exúvias devem ser coletados e colocados em recipientes vazios  emergência recente de adulto.
  • 127. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS Solo: - Devem ser coletadas, principalmente na região da cabeça e da pelve; - Acondicionamento: sacos plásticos (ziploc®), mantendo-se umidade e reserva de ar. - CATTS & HASKELL (1990): 3 ou 4 amostras
  • 128. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS ADULTOS Conservar em frascos plásticos, imersos em álcool 70% PUPAS Conservar em frascos com vermiculita (não perfurar a tampa) LARVAS Vivas (50%): frascos com vermiculita ou serragem Mortas (50%): matar em água quente (80°C), conservar em álcool 70% OVOS Placa de petri ou frasco com tampa, com papel filtro úmido
  • 129. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
  • 130. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
  • 131. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS Necrotério: - Coleta complementar a fim de, especialmente, encontrar espécimes entomológico mais velho dentro de cavidades e tecidos do corpo, não sendo necessário coletar adultos, pois podem se tratar de infestações cruzadas. - É importante checar quanto tempo o corpo demorou na transferência do local de crime até o necrotério, bem como as condições de temperatura do transporte. - O corpo não deve ser lavado antes da coleta, sob a pena de perder dados. - Áreas de maior atividade entomológica: crânio e suas aberturas, cabelo e escalpo, vias respiratórias, ferimentos e região genital.
  • 132. COLETA E ACONDICIONAMENTO DE VESTÍGIOS ENTOMOLÓGICOS
  • 133.
  • 134. 1- (CESPE – PF REGIONAL - PERITO CRIMINAL – ÁREA 8 - 2004) A entomologia forense é a aplicação de pesquisa com insetos para uso legal, de forma a auxiliar na compreensão de fatos importantes que envolvem um crime, para possibilitar desde o combate ao narcotráfico até a elucidação da morte de uma pessoa, incluindo a estimativa do tempo transcorrido da morte até a localização do corpo, o local da morte, bem como as circunstâncias que envolveram o fato. Quanto a esse tema, julgue os itens seguintes. ____ A ordem dos dípteros é considerada importante nos estudos de entomologia forense. ____ A rede entomológica comum é apropriada para a coleta de insetos adultos de interesse da entomologia forense. ____ Os recipientes para coleta de larvas devem estar limpos, esterilizados e vazios, ou seja, não devem conter, em seu interior, qualquer elemento que possa permitir a aderência das larvas e sua dificuldade de contagem externa. ____ É possível identificar a origem da maconha com base na identificação de insetos presentes na massa da droga que, no momento da prensagem do vegetal, ficaram ali retidos.
  • 135. 2- (CESPE – PF NACIONAL – PERITO CRIMINAL – ÁREA 8 – 2004) Um entomologista forense foi chamado para o local de um crime, em meio a uma mata, onde se encontrava o corpo de um homem morto sobre a serrapilheira. Grandes quantidades de larvas de moscas foram encontradas em uma linha reta ao longo do pescoço e em diversas partes do braço e do peito, sempre ao longo de retas. Considerando a situação hipotética descrita acima e que entomologia forense é a aplicação de pesquisa com insetos para uso legal, de forma a auxiliar na compreensão de fatos importantes que envolvem um crime, julgue os seguintes itens. ____ O cálculo de intervalo pós-morte deve ser feito com base nos espécimes imaturos mais velhos. ____ É esperado que a maior densidade de pupas por metro quadrado esteja sobre o cadáver. ____ Há indícios de morte provocada por uso de instrumentos cortantes. ____ As larvas coletadas para identificação devem ser colocadas em recipientes contendo fígado, vísceras ou carne moída, alimentos que devem ter sido deixados previamente à temperatura natural por cerca de 24 horas. ____ Os organismos encontrados no cadáver pertencem à ordem dos coleópteros.
  • 136. 3- (CESPE – PF – PERITO CRIMINAL – ÁREA 8 – 2012) A entomologia forense aplica conhecimentos sobre a biologia dos insetos e outros artrópodes a processos criminais. Com a ajuda desses conhecimentos, é possível, por exemplo, determinar o local e o tempo da ocorrência de incidentes, de acordo com a fauna encontrada no cadáver. Acerca desse assunto, julgue os itens subsecutivos. ____ O desenvolvimento pós-embrionário dos dípteros é processado por metamorfose incompleta. Geralmente, as larvas sofrem três ou mais mudas de pele para chegar a fase adulta. ____ A entomologia forense urbana é um estudo específico sobre infestação de pragas provocada por artrópodes, aplicado a litígios que envolvam prestação de serviços entre contratantes e contratados para limpeza em geral, como em shopping centers.
  • 138. Entomologia: Estimativa de IPM estabelecer o intervalo mínimo e máximo entre a morte* e a data em que o cadáver foi encontrado. Objetivo: Califorídeos
  • 139. 1- Tempo de desenvolvimento de imaturos: Métodos entomológicos de Estimativa de IPM - Cadáveres em estágio inicial de decomposição; - Estimativa de IPM mínimo; - Utiliza-se o estágio larvar mais velho encontrado; 2- Padrão de sucessão de insetos: - Cadáveres em estágio avançado de decomposição; - Várias gerações de insetos; - Estimativa de IPM máximo; - Padrão de sucessão conforme progride a decomposição;
  • 140. Classificação dos métodos entomológicos: Estimativa de IPM 1- Tempo de desenvolvimento de imaturos: - O intervalo pós-morte mínimo é dado pela estimativa da idade de um inseto associado a um corpo em decomposição; - Utiliza-se o espécime imaturo mais velho (primeiras posturas); - Relação: temperatura x desenvolvimento - O modelo linear mais aceito é o GDA: relaciona a quantidade de energia acumulada que o inseto gasta para completar seu ciclo. Ex: temperatura de 27ºC leva 14 dias (ovo – adulto) GDA= 27 X 14 = 378
  • 141. Cálculo do grau-dia acumulado (GDA): Estimativa de IPM - Cada espécie requer um definido número de graus-dia para completar seu desenvolvimento e cada estágio desse desenvolvimento tem seu próprio requerimento total de calor. - O calor que uma determinada espécie precisa acumular para atingir os diferentes graus de desenvolvimento pós-embrionário em um dado intervalo de tempo é previsível. CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS Espécie coletada (imaturo) Cultivo e identificação da espécie coletada (GDA obtido) Pesquisar na Literatura o tempo de desenvolvimento em graus-dia (GDA esperado) Aplicação ao caso prático GDA obtido x GDA esperado Pesquisa com condições ambientais similares às condições local de crime
  • 142. Cálculo do grau-dia acumulado (GDA): Estimativa de IPM CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS GHA esperatdo = (TC– LM ) x tempo de desenvolvimento GDA esperado = GDA/24 Limiar mínimo x Limiar máximo: - Literatura: limiar mínimo 6°C para regiões temperadas limiar mínimo de 10°C para regiões tropicais TC: temperatura de cultivo (°C) LM: limiar mínimo (°C) - Limiar máximo: ignorado, pois temperaturas altas raramente estão em um nível alto o bastante para produzir efeito letal.
  • 143. Cálculo do grau-dia acumulado (GDA): Estimativa de IPM CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS LM: Limiar mínimo Obs.: Temperatura máxima maior que o limiar máximo, recomenda-se: GDA obtido = (temperatura máxima - temperatura mínima)/ 2 - LM GDA obtido = temperatura massa larval - LM GDA obtido = temperatura do solo - LM GDA obtido = (limiar máximo - temperatura mínima)/ 2 - LM LM: Limiar mínimo
  • 144. Cálculo do grau-dia acumulado (GDA): Estimativa de IPM CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS GDA esperado de Chrysomya albiceps (OLIVEIRA-COSTA, 2003).
  • 145. Cálculo do grau-dia acumulado (GDA): Estimativa de IPM CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS GDA local: GDA esperado - GDA obtido valor em grau-dia que o inseto acumulou desde sua oviposição/larviposição até o dia de sua coleta no local em que o cadáver foi encontrado. Tempo previsível de acúmulo desse calor corresponde ao IPM mínimo.
  • 146. • Cálculo de IPM em um caso envolvendo Cochliomyia macellaria • Tempo normal de desenvolvimento (horas) 240 horas • Temperatura de desenvolvimento (oC) 25oC • GHA esperado (literatura) 240 horas x 25oC = 6000 • Tempo de criação (horas) 92 horas • Temperatura de criação (média) 25oC • GHA obtido em laboratório 92 horas x 25oC = 2300 • GHA do local (GHA esperado – GHA obtido) 6000 – 2300 = 3700 • Temperatura local (média) 31o C (Temp. Max + Temp. Min)/2 • IPM (GHA local / temperatura média) 3700 / 31 = 119,3 horas • Tempo de oviposição (12 horas) 12 + 119,3 = 131,3 horas (5,5 dias) Cálculo do grau-dia acumulado (GDA): Estimativa de IPM CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
  • 147. 21- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013) Grau-dia acumulado (GDA) é um método que relaciona os dados da evolução do desenvolvimento de espécies criadas em condições de laboratório com as condições ambientais que uma mesma espécie estaria exposta no cadáver. Desta forma, se exemplares de Cochliomyia macellaria, em estágio de pupa, têm seu tempo de desenvolvimento total de 124 horas, sua temperatura de criação 25°C e o limiar mínimo de 10°C, assinale o GDA esperado: (A)77,5. (B)1860. (C)38,75. (D)150. (E)1740
  • 148. Cálculo do grau-dia acumulado (GDA): Exemplo CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS No dia 10 de junho de 2013 foi encaminhado ao Laboratório de Biologia Forense da Polícia Científica de Goiás material entomológico coletado em local de crime, mas especificamente, insetos imaturos em estágio inicial de desenvolvimento (L1). Com o intuito de estimar o tempo de morte os insetos imaturos foram mantidos em meio para manutenção da vida, sob temperatura constante de 27°C. No dia 21 de junho emergiu o primeiro adulto identificado como sendo da espécie Chrysomyia megacephala. Sabendo-se que, a postura e eclosão dos ovos em condições normais levam de 12 a 24 horas à temperatura de 27°C e 60% de umidade relativa e que o GDA necessário para desenvolvimento pós-embrionário é de 210, qual a possível data da morte estimada pela entomologia forense considerando como limiar 10°C? Perito Criminal (AP) Pablo Francez com adaptações Dia Temperat. média (°C) 05 27 06 25 07 24 08 26 09 26 10 27
  • 149. Estimativa de IPM CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS Classificação dos métodos entomológicos: 2- Padrão de sucessão de insetos: - Baseia-se na composição da comunidade de artrópodes associada aos corpos, a qual se modifica conforme progride o processo de decomposição. - padrão esperado  comparativo para as espécies encontradas em um corpo de IPM desconhecido. - Condições biogeoclimáticas influencia diretamente na composição da entomofauna cadavérica, logo é necessário o conhecimento prévio das faunas cadavéricas local-específicas e de seus padrões de sucessão.
  • 150. Estimativa de IPM CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS Correlação dos insetos encontrados com as fases de decomposição: - Baseia-se na composição da comunidade de artrópodes associada aos corpos, a qual se modifica conforme progride as fases da decomposição. - Modelo severamente criticado (OSCAR FREIRE). Análise de associação: Métodos das unidades de tempo (UT): - despreza as fases decomposição; - observa presença de espécies ao decorrer do tempo em unidades de tempo específicas.
  • 151. CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
  • 152. CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS ENTOMOLÓGICOS
  • 153. 19- (IBFC – PCRJ – PERITO CRIMINAL– 2013) A composição da comunidade de artrópodes associada aos corpos modifica-se conforme progride o processo de decomposição. A sucessão das espécies constituintes dessa comunidade segue um padrão esperado que, habitualmente, é utilizado como comparativo com a lista de espécies encontradas em um corpo de intervalo pós- morte desconhecido, visando estimá-lo. O padrão de sucessão entomológica é o método mais acurado quando o processo de decomposição se encontra adiantado. Esse método possibilita analisar de acordo com: (A)Cálculo de grau-dia acumulado e estado de putrefação; (B)Rigidez cadavérica e tempo de desenvolvimento de imaturos; (C)Correlação dos insetos encontrados com as fases de decomposição e análise de associação; (D)Desenvolvimento pós-embrionário e metamorfose; (E)Crioscopia do sangue e dados entomológicos.
  • 154. 16- (FUNIVERSA – PCDF – PERITO CRIMINAL– 2008) A entomologia forense é uma área da ciência em grande aplicação nos últimos anos. No entanto, trabalhos europeus realizados em 1894 fizeram essa ciência mundialmente conhecida após a publicação do livro La faune des cadáveres. Nesse livro, o autor divide os insetos que fazem a sucessão entomológica em legiões distintas que aparecem de modo progressivo no processo de decomposição, com duração de três anos. Com base no nicho ecológico, distribuição geográfica e no metabolismo das espécies coletadas no local em que ocorreu a morte. Certas espécies da família Calliphoridae são encontradas em centros urbanos, o que confirma que a vítima encontrada, em uma zona rural, contendo larvas desses tipos de insetos, provavelmente tenha sido morta no centro urbano e levada ao local que foi encontrada. Com relação a esse assunto, assinale a alternativa correta: (A) A temperatura ambiente, o uso de drogas e outras substâncias tóxicas podem alterar a velocidade do desenvolvimento dos insetos necrófagos. (B) Os dados publicados na Europa servem de instrução para diversas regiões do planeta, pois a sucessão dos insetos encontrados será sempre a mesma, independentemente do local. (C) Os insetos da família Calliphoridae fazem parte da ordem Coleóptera. (D) Possivelmente, a sucessão ecológica no Brasil será a mesma que a europeia, já que o aumento de temperatura média não altera o metabolismo dos insetos. (E) Os conhecimentos em entomologia forense podem ser utilizados para indicar o modo e a localização da morte do indivíduo, porém não podem ser utilizados para estimar o tempo de morte.
  • 155. 15- (FUNIVERSA – PCDF – PERITO CRIMINAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – 2011) A entomologia forense não se restringe à datação da morte. Entre outras questões, também auxilia na investigação de cenas de crime com mortes violentas por avaliação e interpretação das evidências deixadas ou causadas por insetos. Com isso, fornece subsídios para a reconstrução dos processos sofridos pelo cadáver nos períodos peri-mortem e post- mortem. Assinale a alternativa que apresenta um exemplo de evidências que podem ser extraídas da avaliação da atividade de insetos em um corpo. (A) Pela identificação das espécies de insetos, define-se a fase de putrefação de um corpo. (B) A observação de que um corpo foi desmembrado sinaliza que outros animais, além dos insetos, realizaram atividades no local. (C) Encontro de insetos inexistentes na entomofauna cadavérica da região onde o corpo foi encontrado é interpretado como migração dos insetos em busca de alimentos. (D) A presença de insetos em um corpo em decomposição sinaliza que a maioria das partes moles já foi decomposta pelas bactérias. (E) Lesões no corpo auxiliam na definição da causa da morte, porém é importante a diferenciação entre lesões pós-morte geradas por atividades de insetos das lesões pré- morte.
  • 156. REFERÊNCIAS GENERAIS DE ESTIMATIVA DE IPM MÍNIMO Vestígios muscoides observados Estimativa de IPM Apenas ovos Poucas horas Ainda não há larvas em dispersão ou pupas Menos de 3 dias Presença de larvas em dispersão Mais de 3 dias Pupas recentes Mais de 4 dias Pupários abertos e adultos recém- emergidos Mais de 6, 5/7 dias