1. Ciência Forense – Resumo
A Ciência Forense é uma área interdisciplinar, ou seja, exige o envolvimento de inúmeras disciplinas para
atingir seus objetivos. Estão associadas a ela a física, biologia, química, matemática, computação e muitas outras
ciências. Os temas da Biologia Forense a serem tratados neste trabalho são: Odontologia Forense, Botânica
Forense, Entomologia Forense, Genética Forense e Hematologia Forense.
Odontologia Forenseé uma área especializada na análise técnico-científica da estrutura dentária de um
cadáver, podendo identificá-lo, ou encontrar quem (ou o que) deu uma mordida quando sua marca é encontrada. A
possibilidade de análise da arcada dentária vem do fato de o esmalte do dente (a camada exterior) ser mais dura
que qualquer outra substância do corpo humano.
A Botânica Forense tem como objeto de estudo os vestígios botânicos, como plantas, sementes, raízes,
algas, pólen... As plantas se fazem presentes em quase todos os ambientes, possibilitando, assim, sua análise, que
pode vir de múltiplas fontes de evidência, como pedaços de madeira, esporos, algas micro e macroscópicas, entre
muitas outras. Ainda, a diversidade morfológica permite a identificação de cada uma das espécies, ou seja, as
características do vestígio indicam a que tipo de ser ele pertencia (o que ajuda a investigação, pois indica uma
relação dos envolvidos no crime com o lugar onde aquela espécie existe).
A Entomologia Forense consiste no exame de insetos e outros artrópodes a fim de investigação criminal,
sendo possível determinar o local e tempo do crime. Ela é dividida em três partes, a Urbana, a de Produtos
Armazenados e Alimentos e a Médico-Legal. A primeira trata-se de infestações em prédios e jardins, em áreas
internas ou externas, analisando causa, consequência e solução do problema; a segunda é constituída na infestação
de artrópodes ou partes destes em alimentos ou outros produtos armazenados; e a terceira investiga mortes,
assassinatos, estupros, suicídios, entre outros, examinando o depósito de ovos no local e na vítima, seguindo a
ordem em que tudo aconteceu, sendo possível a análise do desenvolvimento de larvas para determinar exatamente
o tempo do crime.
A Genética Forense trata-se do estudo de técnicas da genética e da biologia molecular em prol à justiça,
auxiliando e encontrando provas para solucionar crimes (homicídio, estupros, etc.). Para efetuar um análise genética
é feito um estudo de regiões repetitivas do DNA, chamadas minissatélites (VNTRs) e microssatélites (STRs), tendo
ambos funções estruturais e não codificadoras, essas regiões são ampliadas, através da técnica chamada PCR e,
depois, é feito uma analise comparando a diferença de tamanho dessas partes do material genético do DNA
encontrado no local do crime com o do suspeito.
Para a Hematologia Forense, o sangue é o material mais importante, sendo possíveis várias abordagens
diferenciadas; através da análise do sistema ABO e Rh do sangue encontrado no local, é possível apenas a
eliminação de suspeitos, não sua incriminação, já que existem milhares de pessoas na Terra que compartilham do
mesmo tipo sanguíneo. É possível também a análise de enzimas presentes nas células vermelha e proteínas, que,
por serem polimórficas, diminuem as possibilidades de encontrar um suspeito. Hematomas e contusões podem
ajuda a reconstruir a cena do crime e como esse aconteceu, uma vez que é possível a identificação da posição da
vítima quando aconteceu o ato; assim como livores e o rigor mortis podem ajudar a identificar o tempo em que a
vítima morreu, já que o endurecimento do corpo ocorre de maneira gradual e, através de sua análise, é possível
determinar quanto tempo antes o crime ocorrera.