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A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E PRÁTICAS 43
UNIMES VIRTUAL
Aula: 11
Temática: A proposta do Referencial
Curricular para a música
Na aula anterior conversamos sobre a proposta do Referen-
cial Curricular para as artes visuais, passaremos agora à
discussão das idéias sobre a prática da música, e sua pre-
sença na Educação Infantil.
Ao analisarmos a proposta em questão, percebemos que sua concepção
não se diferencia da abordagem para as artes visuais. Pelo contrário, as
críticas apresentadas no início do texto são muito semelhantes às que já
foram apontadas.
O texto destaca o uso da música como reforço a outros conteúdos que não
ela mesma, como a formação de hábitos, atitudes e comportamentos (ex.
escovar os dentes) e nas datas comemorativas, propondo que essas formas
de uso têm como conseqüência uma ação mecânica e estereotipada.
As bandinhas rítmicas também são questionadas pela pouca qualidade
dos instrumentos utilizados, interferindo na qualidade sonora. Essas críti-
cas são realizadas tendo como referência a idéia de que a música na escola
deveria estar ligada à “[...] percepção e conhecimento das possibilidades e
qualidades expressivas dos sons” (BRASIL, p. 47), o que não acontecia.
O texto segue chamando a atenção para uma ação educacional que gera,
quase sempre, reprodução e imitação e, quase nunca, criação e elabora-
ção musical, que deveriam ser seus objetivos. Nesse contexto criticado, a
criança aprenderia a “reproduzir”, e não a formular “uma linguagem” cujo
conhecimento foi construído pelas interações sociais com a música na
escola.
A presença cotidiana da música é ressaltada em algumas atividades que
são apontadas como desejáveis para a educação:
[...]Ouvir música, apre3nder uma canção, brincar de
roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mão etc.
são atividades que despertam, estimulam e desen-
volvem o gosto pela atividade musical, além de aten-
derem necessidades de expressão que passam pela
esfera afetiva, estética e cognitiva. Aprender música
significa integrar experiências que envolvem a vivên-
cia, a percepção e a reflexão, encaminhando-as para
níveis cada vez mais elaborados. (Idem, p. 48)
A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E PRÁTICAS44
UNIMES VIRTUAL
Dessa forma percebemos que o que está sendo valorizado é a compre-
ensão da “música como linguagem e forma de conhecimento”. Na se-
qüência, o texto apresenta os processos educacionais que devem estar
envolvidos para propiciar essa aprendizagem de linguagem, expressão e
conhecimento, dividindo-os no mesmo tripé já apresentado em relação às
artes visuais: produção, apreciação e reflexão sobre a música.
A produção é apresentada como “[...] centrada na experimentação e na
imitação, tendo como produtos musicais a interpretação, a improvisação e
a composição”. A apreciação musical, por sua vez, é relatada como sendo
a “[...] percepção tanto dos sons e dos silêncios quanto das estruturas e
organizações musicais, buscando desenvolver, por meio do prazer da es-
cuta, a capacidade de observação, análise e reconhecimento” da música.
(BRASIL, p. 48).
Diferente da apresentação da reflexão em relação às artes visuais, em
que foi ressaltada a presença da reflexão como componente tanto do fazer,
como da apreciação, a reflexão musical é apresentada como o conheci-
mento sobre “[...] questões referentes à organização, criação, produtos e
produtores musicais”. (Idem, Ibidem).
A integração da música com outros conteúdos também é ressaltada, as-
sim como sua participação para o “[...] desenvolvimento da expressão,
do equilíbrio, da auto-estima e autoconhecimento, além de um poderoso
meio de integração social”. (Idem, p. 49). Na seqüência dos textos, a re-
lação da criança com a música é apresentada seguindo a mesma divisão
já proposta anteriormente para as artes visuais: de zero a três anos, e de
quatro a seis anos, dividindo também em objetivos, conteúdos e aprecia-
ção musical.
Esses temas serão assuntos de aulas da nossa disciplina,
mas nesse momento vamos passar a estudar as teorias que
dão subsídios às práticas apresentadas pelo Referencial,
propondo, dessa forma, uma reflexão crítica sobre essa prática. Na próxi-
ma aula estudaremos a concepção de arte como experiência, que oferece
subsídios para pensarmos o fazer ou produzir, o apreciar e o refletir sobre
artes visuais e música.

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  • 1. A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E PRÁTICAS 43 UNIMES VIRTUAL Aula: 11 Temática: A proposta do Referencial Curricular para a música Na aula anterior conversamos sobre a proposta do Referen- cial Curricular para as artes visuais, passaremos agora à discussão das idéias sobre a prática da música, e sua pre- sença na Educação Infantil. Ao analisarmos a proposta em questão, percebemos que sua concepção não se diferencia da abordagem para as artes visuais. Pelo contrário, as críticas apresentadas no início do texto são muito semelhantes às que já foram apontadas. O texto destaca o uso da música como reforço a outros conteúdos que não ela mesma, como a formação de hábitos, atitudes e comportamentos (ex. escovar os dentes) e nas datas comemorativas, propondo que essas formas de uso têm como conseqüência uma ação mecânica e estereotipada. As bandinhas rítmicas também são questionadas pela pouca qualidade dos instrumentos utilizados, interferindo na qualidade sonora. Essas críti- cas são realizadas tendo como referência a idéia de que a música na escola deveria estar ligada à “[...] percepção e conhecimento das possibilidades e qualidades expressivas dos sons” (BRASIL, p. 47), o que não acontecia. O texto segue chamando a atenção para uma ação educacional que gera, quase sempre, reprodução e imitação e, quase nunca, criação e elabora- ção musical, que deveriam ser seus objetivos. Nesse contexto criticado, a criança aprenderia a “reproduzir”, e não a formular “uma linguagem” cujo conhecimento foi construído pelas interações sociais com a música na escola. A presença cotidiana da música é ressaltada em algumas atividades que são apontadas como desejáveis para a educação: [...]Ouvir música, apre3nder uma canção, brincar de roda, realizar brinquedos rítmicos, jogos de mão etc. são atividades que despertam, estimulam e desen- volvem o gosto pela atividade musical, além de aten- derem necessidades de expressão que passam pela esfera afetiva, estética e cognitiva. Aprender música significa integrar experiências que envolvem a vivên- cia, a percepção e a reflexão, encaminhando-as para níveis cada vez mais elaborados. (Idem, p. 48)
  • 2. A ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL E PRÁTICAS44 UNIMES VIRTUAL Dessa forma percebemos que o que está sendo valorizado é a compre- ensão da “música como linguagem e forma de conhecimento”. Na se- qüência, o texto apresenta os processos educacionais que devem estar envolvidos para propiciar essa aprendizagem de linguagem, expressão e conhecimento, dividindo-os no mesmo tripé já apresentado em relação às artes visuais: produção, apreciação e reflexão sobre a música. A produção é apresentada como “[...] centrada na experimentação e na imitação, tendo como produtos musicais a interpretação, a improvisação e a composição”. A apreciação musical, por sua vez, é relatada como sendo a “[...] percepção tanto dos sons e dos silêncios quanto das estruturas e organizações musicais, buscando desenvolver, por meio do prazer da es- cuta, a capacidade de observação, análise e reconhecimento” da música. (BRASIL, p. 48). Diferente da apresentação da reflexão em relação às artes visuais, em que foi ressaltada a presença da reflexão como componente tanto do fazer, como da apreciação, a reflexão musical é apresentada como o conheci- mento sobre “[...] questões referentes à organização, criação, produtos e produtores musicais”. (Idem, Ibidem). A integração da música com outros conteúdos também é ressaltada, as- sim como sua participação para o “[...] desenvolvimento da expressão, do equilíbrio, da auto-estima e autoconhecimento, além de um poderoso meio de integração social”. (Idem, p. 49). Na seqüência dos textos, a re- lação da criança com a música é apresentada seguindo a mesma divisão já proposta anteriormente para as artes visuais: de zero a três anos, e de quatro a seis anos, dividindo também em objetivos, conteúdos e aprecia- ção musical. Esses temas serão assuntos de aulas da nossa disciplina, mas nesse momento vamos passar a estudar as teorias que dão subsídios às práticas apresentadas pelo Referencial, propondo, dessa forma, uma reflexão crítica sobre essa prática. Na próxi- ma aula estudaremos a concepção de arte como experiência, que oferece subsídios para pensarmos o fazer ou produzir, o apreciar e o refletir sobre artes visuais e música.