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XII Concurso de Artigo & Monografia CVM – Instituto Educacional BM&FBOVESPA
ANÁLISE COMPARATIVA DOS CUSTOS DA ABERTURA DE CAPITAL DE UMA
MÉDIA EMPRESA NO SEGMENTO BOVESPA MAIS E UM FINANCIAMENTO
NO BNDES AUTOMÁTICO.
CATEGORIA FINANCEIRA – “Crescimento das pequenas e médias empresas através do
mercado de capitais brasileiro”.
PSEUDÔNIMO: CARL PROFIT
1 INTRODUÇÃO
Muitas das pequenas e médias empresas que estão em fase de crescimento
necessitam de recursos para investir em bens de capital, capital de giro, estoques ou para a
própria expansão e modernização da empresa.
Porém, em muitos casos essas empresas não têm os recursos suficientes para
investir em tudo o que é necessário para crescer e expandir e assim são obrigadas a obter os
recursos em outras fontes.
Para obter tais recursos as empresas podem reinvestir os próprios lucros de suas
operações, injetar mais capital dos sócios ou em último caso contrair um endividamento por
meio de financiamentos ou empréstimos bancários, estes últimos porém cobram juros e taxas
muito altas.
Uma alternativa para as pequenas e médias empresas captarem os recursos
necessários para seu crescimento sustentável é pelo uso do mercado de capitais emitindo
valores mobiliários como debêntures, notas promissórias ou com o lançamento de suas
próprias ações.
As principais vantagens de crescer por intermédio da oferta de ações é que a
empresa não terá uma data certa para quitar suas obrigações, pois, quem compra as ações se
torna sócio do negócio e espera os resultados positivos e consequentemente os lucros para
assim receber os proventos como forma de remuneração ou com a valorização das ações na
bolsa de valores.
Outra vantagem obtida é que sem uma dívida, os gestores tem a capacidade de
focar seus esforços nos investimentos e melhorias para o negócio, que acaba se tornando mais
competitivo, prospero e cresce rapidamente, com isso os benefícios aparecem e todos os
interessados no negócio lucram.
Para atrair estas pequenas e médias empresas junto ao mercado de capitais a
BM&FBovespa criou um segmento especial de listagem chamado Bovespa Mais, que é um
segmento especial de listagem para as empresas estrearem os primeiros passos no mercado de
capitais sem a necessidade imediata de abrir o seu capital, pois este pode ser aberto em até
sete anos, período em que será utilizado para a empresa se preparar, crescer e se adaptar às
normas e exigências que uma empresa de capital aberta necessita para ofertar suas ações e
com a vantagem de ter maior visibilidade do mercado enquanto amadurece
(BM&FBOVESPA, 2016a).
Sendo assim o presente trabalho tem o objetivo de analisar os custos de uma
média empresa obter os recursos pelo Bovespa Mais e quais as vantagens e desvantagens em
comparação a um empréstimo no Sistema BNDES.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
É necessária a revisão dos assuntos relacionados para um bom entendimento da
análise do estudo. Então, serão citados os conceitos de alguns autores, órgãos e entidades
ligadas aos setores que estão ligados ao Mercado de Capitais brasileiro e informações
importantes para o estudo.
2.1 Pequenas e Médias Empresas
As pequenas e médias empresas são a força motriz da economia brasileira, dentre
os mais de 6 milhões de empresas existentes no Brasil quase 500 mil empresas são de
pequeno e médio porte, que tem uma participação de 30% no Produto Interno Bruto – PIB do
país, esse segmento emprega mais de 10,1 milhões de pessoas nas pequenas empresas e 5,5
milhões nas médias empresas (PRICEWATERHOUSECOOPERS – PWC, 2013).
Para uma empresa ser considerada de pequeno porte ela deve ter uma receita
operacional bruta maior que R$ 2,4 milhões e menor que R$ 16 milhões e para ser
considerada uma média empresa ela deve ter uma receita anual entre R$ 16 milhões e R$ 90
milhões (BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL –
BNDES, 2016a).
Essas empresas são a principal força econômica do país e tem um potencial
enorme para expandir o crescimento e desenvolvimento do Brasil proporcionando resultados
positivos para todos os agente envolvidos no processo ao se profissionalizarem e contarem
com uma boa gestão empresarial.
2.2 Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional – SFN é composto de instituições responsáveis
pela captação de recursos financeiros, pela distribuição e circulação de valores e pela
regulação de todo esse processo (BM&FBOVESPA, 2010).
O SFN aproxima os agentes que são os detentores dos recursos conhecidos com
superavitários dos agentes que precisam desses recursos, chamados de deficitários
(TAMBOSI FILHO,2011).
Ele é dividido em três partes: os órgãos normativos que decidem as regras e
políticas dentre eles o principal é o Conselho Monetário Nacional – CMN, as entidades
supervisoras que regulam e fiscalizam as instituições como o Banco Central do Brasil –
BACEN e a Comissão de Valores Mobiliários – CVM e os operadores que fazem a
intermediação financeira como os bancos, cooperativas de crédito, bolsas de valores e
seguradoras (CVM, 2014).
Esse sistema é importante para todos os países, pois ali são tomadas as decisões
econômicas e como serão as operações realizadas entre os agentes envolvidos no processo e
que afetam de diversas formas o dia a dia das famílias, empresas e governo.
2.3 Comissão de Valores Mobiliários
A Comissão de Valores Mobiliários – CVM é uma autarquia especial, vinculada
ao Ministério da Fazenda, com a finalidade de disciplinar, fiscalizar e promover o mercado de
capitais (BM&FBOVESPA, 2010).
Foi criada pela Lei n° 6.385/76 e tem como função fiscalizar e normatização do
mercado de valores mobiliários, de modo a assegurar o exercício de práticas equitativas e
coibir qualquer tipo de irregularidade (BM&FBOVESPA, 2010).
Seus objetivos são: estimular a formação de poupança interna do país e a sua
aplicação em valores mobiliários, assegurar o funcionamento eficiente do mercado e proteger
os titulares de valores mobiliários contra fraudes, manipulações e atos ilegais que podem lesar
o investidor (CVM, 2014).
O papel de fiscalização é fundamental para manter a ordem nos mercados, pois
sem ela o mercado de capitais atualmente estaria pouco desenvolvido, sem liquidez alguma e
não seria atraente para os futuros investidores e empresas que desejassem utilizar o mercado
de capitais.
2.4 Mercado de Capitais
O Mercado de Capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, que
tem o propósito de multiplicar e alocar a riqueza nacional, esse mercado é constituído por
bolsas de valores, sociedades corretoras e instituições financeiras autorizadas (ZDANOWICZ,
1990).
Ele está inserido no SFN, representado pelas instituições responsáveis por captar
os recursos e a distribuição e circulação destes valores (TAMBOSI FILHO, 2011).
É o provedor de recursos permanentes para a economia, pois efetua a ligação entre
os investidores e aqueles que apresentam déficit de investimentos geralmente empresas que
abrem seu capital (BARRETO, 2011).
Essa poupança obtida dos investidores é canalizada para o sistema produtivo do
país e isso serve para proporcionar o crescimento do sistema econômico (TAMBOSI FILHO,
2011). E é muito importante nas economias, pois promove uma forma de financiamento de
médio e longo prazo para as empresas captarem seus recursos e investirem no setores
produtivos de seus países.
2.5 Bolsa De Valores
O principal meio das empresas entrarem no mercado de capitais é geralmente pela
bolsa de valores, que tem como função organizar, manter, controlar e garantir ambientes ou
sistemas propícios para o encontro de ofertas e a realização de negócios com formação
eficiente de preços, transparência e divulgação de informações e segurança na compensação e
liquidação dos negócios (CVM, 2014).
A bolsa de valores serve para as empresas venderem suas ações com a intenção de
captar os recursos para investir em novos equipamentos, que contribuem para o aumento na
produção de bens e acabam gerando um aumento na renda, proporcionando também o
crescimento econômico (TAMBOSI FILHO, 2011).
São o termômetro da economia de um país, pois as bolsas tem listadas empresas
de diversos setores indicando a percepção do mercado com a realidade que a economia do
país passa e o valor de seus índices sobem quando a economia está bem e caem quando a
economia vai mal e atualmente no Brasil temos somente a BM&FBovespa que tem a
autorização para operar como bolsa de valores, mercadorias e futuros.
2.6 Bovespa Mais
Como existem empresas de porte, tamanho e gestão diferenciadas que são listadas
na bolsa, houve a necessidade de segmentar o mercado de acordo com os níveis de
governança das corporações e o porte das mesmas. Com isso, foram criados o Nível 1 e 2, o
Novo Mercado, o Bovespa Mais e Bovespa Mais nível 2.
Para atender a pequenas e médias empresas que desejavam se listar na Bolsa de
Valores foi criado o Bovespa Mais no ano de 2005, que é um segmento do mercado de balcão
organizado que tem o propósito de listar companhias que tenham uma estratégia gradual de
acesso ao mercado de capitais, permitindo a sua exposição, evolução e crescimento enquanto
se preparam para a abertura do capital (GASTAUD, 2007; FERNANDES JÚNIOR, 2015).
O segmento possibilita a captação de recursos menores se comparadas à outros
segmento da bolsa e com a vantagem de efetuar a listagem sem a oferta e tem até sete anos
para realizar a oferta pública inicial – IPO, enquanto a empresa pode trabalhar a
profissionalização do seu negócio com mais tempo para preparar a empresas e o acesso tende
a ser mais tranquilo (BM&FBOVESPA, [2016a]).
Além de permitir que a empresa alcance a circulação mínima de 25 % de Free
Float1
nesses sete anos após a sua listagem no segmento, os acionistas tem 100% de Tag
Along2
, que protegem os acionistas minoritários no caso da venda do controle da empresa,
pois receberão o mesmo tratamento dado aos acionistas minoritários na oferta
(BM&FBOVESPA, [2016c]).
Os gestores de pequenas e médias empresas que pretendem crescer e dar um passo
importante em seus projetos de investimentos, devem estudar e inserir em seus planejamentos
estratégicos a adesão ao Bovespa Mais, discutindo, se informando e se aconselhando sobre a
abertura de capital da empresa, pois é uma forma sustentável de crescimento que beneficia
desde funcionários, sociedade, acionistas, empresa e governo.
Recentemente foi criado na bolsa o segmento Bovespa Mais Nível 2 que segue
todas as regras do Bovespa Mais com a diferença que a empresa pode emitir ações
preferenciais em sua oferta pública (BM&FBOVESPA, [2016d]).
Atualmente estão listadas 14 empresas de pequeno e médio porte, 12 dessas no
Bovespa Mais e 2 empresas estão no Bovespa Mais Nível 2. E somente a Nutriplant em dois
momentos 2008 e 2012 e a Senior Solutions em 2013 realizaram a oferta pública inicial para
arrecadar os recursos com os investidores e assim investir em modernização e aquisições
(FERNANDES JÚNIOR, 2015; BM&FBOVESPA,2016b).
1 Quantidade de ações em circulação (INVESTINDO, 2016a).
2 Representa um percentual do preço oferecido pelas ações dos sócios controladores pelo comprador
que também deve ser oferecido aos sócios minoritários (INVESTINDO,2016b).
2.7 Motivos para abrir o capital da empresa
Ao abrir o capital a empresa tem uma enorme vantagem sobre as demais, pois o
custo do dinheiro emprestado pelas instituições financeiras são extremamente elevados e
dificultam ou inviabilizam a captação de recursos por meio de empréstimos bancários para
investimentos (LAGOIA, 2007).
De acordo com um estudo feito pela Deloitte, entre 2005 e 2011 foram captados
em ofertas públicas um total de R$ 180 bilhões e os custos para essas aberturas de capital
foram de R$ 7 bilhões, representando 3,7% do montante arrecadado (DELOITTE, 2012).
Porém ao lançar suas ações no mercado o empresário tem que levar em conta
vários fatores, como a análise da abertura do capital e a manutenção dessas condições nas
bolsas de valores e comparar com o custo dos empréstimos bancários somados ao custo do
dinheiro, o imposto sobre operações financeiras – IOF e a escassez de recursos (LAGOIA,
2007).
Essa abertura permite a liquidez patrimonial com a vantagem dos sócios atuais ou
que não desejam continuar na sociedade venderem suas ações na oferta inicial e também
como uma estratégia de desinvestimentos dos fundos private equity3
ou venture capital4
que
preferem abrir o capital para reaver seus investimentos iniciais (PWC, 2016a).
Possui uma maior interação entre os funcionários, consumidores e determinados
segmentos da sociedade que poderão vir a ser acionistas da companhia (LAGOIA, 2007).
E sendo de capital aberto a companhia tem maiores desafios do que uma
companhia de capital fechado, pois os funcionários e diretores tem uma motivação adicional
3 Segmento do mercado financeiro que consiste em aportes temporário de capital em empresas
amadurecidas e geralmente desejam abrir o capital (MEIRELLES; JÚNIOR; REBELATTO, 2008).
4 Segmento do mercado financeiro que consiste em aportes temporário de capital em empresas que
estão nos estágios iniciais de desenvolvimento (MEIRELLES; JÚNIOR; REBELATTO, 2008).
de aumentarem a eficiência e produtividade da empresa buscando a maximização de
resultados para seus acionistas (COSTA, 2006).
Garante a obtenção de recursos com as melhores condições, só que em troca é
exigida maior transparência dos controles financeiros e contábeis e a qualidade na divulgação
dos resultados que são importantes para que as informações cheguem corretamente aos
potenciais investidores e ao mercado (TAMOTO, 2015).
Ajuda a empresa na reestruturação de seu capital que pode estar alavancado e
serve como uma moeda de troca ao utilizar as ações para adquirir outras empresa sem utilizar
os recursos em caixa (PWC, 2016a).
Melhora a competitividade, pois com a globalização a concorrência é em nível
mundial e isso requer da empresa investimentos em modernização, tecnologia e expansão,
porém existem poucas companhias que são capazes de gerar os recursos suficientes para
financiar o seu próprio crescimento que caso não sejam supridos a tempo, o caminho pode ser
o fim do negócio ou sua absorção por outras companhias mais competentes (LAGOIA, 2007).
Há também as vantagens para a economia, que ao investir na empresa, isso faz
crescer sua produção, gerando emprego e renda, aumenta a arrecadação de impostos e
fomenta o crescimento da economia e melhora o PIB do país (TAMBOSI FILHO, 2011).
Que no Brasil essa relação entre o PIB e o nível de capitalização é um pouco
maior que 50%, valor pequeno em comparação aos países desenvolvidos que tem sua relação
entre 70 a 200% comprovando que o mercado de capitais é subaproveitado com fonte de
recursos no país pelas empresas que desejam se expandir e modernizar suas instalações
(INSTITUTO IBMEC, [2016]).
Reduz os risco do negócio, pois ao abrir o capital permite a entrada de novos
sócios que aportam os recursos e assumem a partir daí, os riscos do negócio com os atuais
sócios (PWC, 2016b).
E mesmo após a abertura do capital e com a necessidade de arcar com custos para
se continuar negociando as ações na bolsa de valores, como, por exemplo, a auditoria
independente, a publicação de atos societários e demonstrações financeiras, a anuidade da
bolsa de valores, a taxa de fiscalização da CVM, a escrituração das ações, as relações com
investidores e apresentações ao mercado esse custo anual é baixo se comparado à somatória
de taxa e juros de empréstimos (LAGOIA, 2007).
2.8 Mercado de crédito
É o segmento do mercado financeiro em que as instituições captam recursos dos
agentes superavitários e os emprestam às famílias ou empresas, sendo remuneradas pela
diferença entre o custo de captação e o que é cobrado pelos tomadores (CVM, 2014).
Nesse mercado são realizadas operações de financiamento de curto e médio prazo
direcionadas aos ativos imobilizados e ao capital de giro das empresas (BARRETO, 2011).
Atuam nesse mercado diversas instituições financeiras e não financeiras prestando
serviços de intermediação de recursos de curto e médio prazo para agentes deficitários que
necessitam dos recursos para consumo ou capital de giro (PORTALDOINVESTIDOR,
[2016]).
É um dos principais meios das empresas brasileiras captarem os recursos
necessários para a realização dos seus investimentos e expansão dos negócios, porém ao
tomar empréstimos é preciso pagar juros e taxas à instituição financeira, que muitas vezes
acaba tornando o projeto inviável e a empresa refém dos empréstimos caso não consiga arcar
com as prestações, por isso deve-se tomar cuidado ao realizar um empréstimo nesse mercado.
Que em Abril de 2016 esse custo de tomar emprestado um capital de giro com
prazo de até 365 dias estava em média 36,1% a.a. e para uma empresa descontar uma
duplicata a média fechou em 42,1% a.a. custos de crédito considerado alto
(DEPARTAMENTO DE PESQUISA E ESTUDOS ECONÔMICOS – DEPECON, 2016).
Isso mostra quão é difícil a decisão de um gestor ao tomar um empréstimo para
realizar investimentos e saber que ele tem que dar certo, pois em geral precisa pagar essas
parcelas de empréstimos mensalmente.
2.9 BNDES
É composto por um conjunto de empresas denominado Sistema BNDES e é o
executor da política governamental de crédito de longo prazo e gestor do Programa Nacional
de Desestatização – PND, reunindo as seguintes empresas: o BNDES, o FINAME e o
BNDESPar (FERNANDES, 1998).
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES é uma
autarquia criada pela Lei n° 1.628/52 que tem como o objetivo de ser o formulador e executor
da política nacional de desenvolvimento econômico, o banco oferece condições especiais para
micro, pequenas e médias empresas e linhas de investimento sociais e de diversas áreas de
atuação da economia e em situações de crise ele atua como agente anticíclico para auxiliar na
retomada do crescimento da economia (BNDES, [2016b]).
A Agência Especial de Financiamento Industrial – FINAME, foi criada com a
finalidade de oferecer financiamentos às operações de aquisição de máquinas e equipamentos
novos de fabricação nacional ou importados e leasing de equipamentos nacionais
(FERNANDES, 1998).
E o BNDES Participações S.A. – BNDESPar foi criado com o objetivo de
fortalecer a estrutura patrimonial das empresas privadas nacionais e a sua inserção no
mercado de capitais envolvendo ações, debêntures conversíveis, bônus e opções de ações, por
meio da prestação de garantia firme de operações de subscrição de valores mobiliários e
subscrever valores mobiliários de empresas de capital aberto e as de capital fechado com o
objetivo de abrir o capital no médio e longo prazo (FERNANDES, 1998).
Os mais importantes são o fortalecimento do mercado de capitais por meio das
operações no Novo Mercado e no Bovespa Mais, segmento esse que é utilizado pelo
BNDESPar para fazer os desinvestimentos estratégicos do governo em pequenas e médias
empresas; difundir o conceito e incentivar a governança corporativa pelas empresas; ampliar a
demanda e liquidez em valores mobiliários e apoiar as pequenas e médias empresas
inovadoras (BNDES, [2016c]).
3 PESQUISA
Foi feita uma pesquisa de método indutivo partindo da observação dos custos da
abertura de capital da Nutriplant e a comparação com os custos do empréstimo no BNDES e
assim analisar a viabilidade financeira entre as duas formas de captação de recursos.
3.1 Metodologia da pesquisa
Para realizar o estudo foram definidos a metodologias do meio de pesquisa, fins
de pesquisa, a coleta de dados e análise de dados que estão descritos a seguir.
Quanto aos meios de pesquisa, foram bibliográfica e documental, pois foram
retirados informações de sites, livros e artigos científicos do assunto em estudo e quanto aos
fins foi descritiva e aplicada.
Quanto à coleta de dados foram secundários, pois os dados encontravam-se em
sites como o da Nutriplant, do BNDES e da BM&FBovespa e a análise de dados foi
essencialmente qualitativa, porque foram comparados os dados e analisados discursivamente
para definir qual seria o negócio mais viável para a empresa.
3.2 Dados da pesquisa
Abaixo os dados coletados na pesquisa, primeiramente é mostrado qual foi o custo
de abrir o capital no Bovespa Mais e logo depois foi simulado um empréstimo no BNDES.
3.2.1 Custos da abertura de capital da Nutriplant
Para saber os custos estimados de uma pequena ou média empresas que deseja
tomar os recursos pela bolsa de valores foram obtidos dados da 1ª oferta pública inicial da
empresa Nutriplant no ano de 2008, que fez uma oferta de R$ 20,7 milhões no Bovespa Mais,
o segmento para empresas que desejam acessar o mercado de forma gradual.
Nas ofertas de ações existem diversos custos que a empresa deve arcar, como as
comissões, que no caso da Nutriplant foram quatro: coordenação, colocação, garantia firme e
de incentivo. E as despesas de abrir o capital foram: taxa de registro da oferta, despesas com
advogados, publicidade da oferta e com a auditoria externa (NUTRIPLANT, 2008).
Essa oferta da Nutriplant realizou a distribuição de 2.070.100 novas ações
ordinárias da companhia, na época no mercado de balcão organizado do Bovespa Mais e o
preço estipulado por ação foi de R$ 10,00 começando a ser negociada na bolsa com o código
NUTR3M (NUTRIPLANT, 2008).
A destinação dos recursos obtidos na oferta foram para a ampliação da capacidade
produtiva das fábrica e dos laboratórios de pesquisa, para aquisição de empresas concorrentes
ou complementares ao negócio, reforçar o capital de giro e realizar investimentos para ganho
de produtividade e qualidade (NUTRIPLANT, 2008).
Abaixo a tabela de custo da oferta inicial da companhia Nutriplant:
Quadro 1 - Custos da Abertura de Capital da Nutriplant
COMISSÕES VALOR
CUSTO
UNITÁRIO DE
DISTRIBUIÇÃO
RELAÇÃO AO
VALOR TOTAL DA
OFERTA
COORDENAÇÃO R$ 165.608,00 R$ 0,08 0,80%
COLOCAÇÃO R$ 496.824,00 R$ 0,24 2,40%
GARANTIA FIRME R$ 165.608,00 R$ 0,08 0,80%
INCENTIVO R$ 207.010,00 R$ 0,10 1,00%
DESPESAS
TAXA DE REGISTRO DA OFERTA R$ 82.870,00 R$ 0,04 0,40%
ADVOGADOS R$ 180.000,00 R$ 0,09 0,87%
PUBLICIDADE DA OFERTA R$ 25.000,00 R$ 0,01 0,12%
AUDITORIA EXTERNA R$ 140.000,00 R$ 0,07 0,68%
TOTAL DE COMISSÕES E DESPESAS R$ 1.462.920,00 R$ 0,71 7,07%
Fonte: adaptado pelos autores (NUTRIPLANT, 2008).
Ao realizar a oferta, a companhia teve como total de despesas e comissões o valor
de R$ 1.462.920,00 que resultou em 7,07% dos recursos obtidos e que foram pagos no ato da
captação, comprovando um custo pequeno se comparado às taxas de juros aplicadas no país.
Além de serem isentas da taxa de registro e receberem um desconto anual
progressivo de 100% da taxa de manutenção de listagem de ações da BM&FBovespa
(BM&FBOVESPA, 2016a).
3.2.2 Custos do financiamento do BNDES Automático
Para obter um financiamento de R$ 20 milhões, porém no mercado de crédito com
a intenção de realizar seus investimentos a empresa tem que ir até um banco, financeira e
tomar esse empréstimo.
Foi definido então a linha de crédito BNDES Automático que é disponibilizado
por meio de uma instituição financeira intermediária do BNDES.
Esse financiamento tem um custo financeiro padrão que é dado pela Taxa de Juros
de Longo Prazo (TJLP) que de Abril a Junho de 2016 foi de 7,5% ao ano (BNDES, 2016d).
Além da TJLP é cobrado mais uma remuneração básica de 1,5% ao ano, a taxa de
intermediação financeira que é de 0,1% ao ano para micro, pequenas e médias empresas e
mais a remuneração da instituição credenciada que é negociada entre as partes, na pesquisa foi
estimado em 3% (BNDES, 2016e).
O prazo para a carência e amortização são definidos de acordo com a capacidade
de pagamento da companhia e o período máximo total é de cinco anos e caso haja um tempo
de carência, esse deverá ser de no máximo seis meses (BNDES, [2016e]).
É utilizado nos financiamentos do BNDES o Sistema de Amortizações Constantes
– SAC, onde as parcelas de amortização são iguais entre si e os juros são calculados a cada
período, multiplicando-se a taxa de juros contratada pelo saldo devedor existente sobre o
período anterior (ZDANOWICZ, 1990).
As garantias devem ser negociadas entre a instituição financeira e o cliente, que
geralmente é dado como garantia o próprio bem de capital pela de alienação fiduciária, mas a
instituição pode solicitar também garantias reais ou pessoais ou que a companhia pague o
encargo de concessão de garantia para ser protegida pelo Fundo Garantidor para
Investimentos – FGI e assim reduzir os riscos da operação (BNDES, [2016f]).
Abaixo a captação de recursos por intermédio do BNDES Automático:
Quadro 2 - Financiamento - BNDES Automático (continua)
MESES SALDO DEVEDOR AMORTIZAÇÕES JUROS PRESTAÇÕES
1 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
2 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
3 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
4 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
Quadro 3 - Financiamento - BNDES Automático (conclusão)
5 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
6 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
7 R$ 19.629.629,63 R$ 370.370,37 R$ 201.666,67 R$ 572.037,04
CONTINUAÇÃO...
58 R$ 740.740,74 R$ 370.370,37 R$ 11.203,70 R$ 381.574,07
59 R$ 370.370,37 R$ 370.370,37 R$ 7.469,14 R$ 377.839,51
60 R$ 0,00 R$ 370.370,37 R$ 3.734,57 R$ 374.104,94
TOTAL R$ 20.000.000,00 R$ 6.755.833,33 R$ 26.755.833,33
Fonte: Elaborado pelos autores (2016).
Ao realizar esse empréstimo no BNDES Automático a empresa pagaria de juros e
taxas um total estimado de R$ 6.755.833,33 representando 34,00% do montante principal, que
seria pagos em 60 meses e podendo esse custo financeiro ser superior ao retorno que espera-se
ao fazer os investimentos necessários.
3.3 Análise dos dados da pesquisa
Após analisar os dados acima, foi feita a comparação para verificar as vantagens
financeiras de abrir ou não o capital tanto de pequenas ou médias empresas.
No quadro abaixo pode-se ver a comparação dos resultados da pesquisa:
Quadro 4 - Comparação dos resultados
CAPTAÇÃO DE RECURSOS VALOR (%)
BOVESPA MAIS R$ 20.700.000,00 R$ 1.462.920,00 7,07%
BNDES R$ 20.000.000,00 R$ 6.755.833,33 34,00%
Fonte: elaborado pelos autores (2016).
Pode-se ver claramente as vantagens da companhia obter os recursos por meio do
mercado de capitais.
No Bovespa Mais, além de captar mais recursos a empresa teve um custo menor
de despesas e taxas representando somente 7,07% do total captado, enquanto no empréstimo
do BNDES foi captado um valor menor e teve um custo maior ao tomar esse empréstimo que
resultou em 34,00% do montante.
Isso a livra de pagar parcelas de empréstimos mensais, pois as comissões e
despesas são abatidas logo na oferta e por não ser considerada uma dívida, tem a possibilidade
de aumentar seus ativos sem aumentar os passivos e consequentemente não sobrecarregam os
índices de endividamento da companhia.
Sendo uma forma sustentável de se financiar com os recursos necessários para
crescer, expandir e produzir mais e melhor, compartilhando os resultados com os acionistas
que acreditaram no projeto da empresa.
Com isso, a companhia de capital aberto tem maior liberdade captando os
recursos por meio de ações, que podem ser usados da melhor forma possível aos
investimentos da empresa em modernização, tecnologia e aquisições e até melhorando as
condições de negociações caso queira tomar um empréstimo no mercado financeiro
futuramente.
Ao contrário da empresa que captou um empréstimo, que teria a obrigatoriedade
de arcar com as amortizações e juros do financiamento até serem quitados, além de aumentar
o passivo da empresa por 5 anos, reduzindo seus índices de liquidez e aumentando seus
índices de endividamento.
E mesmo a empresa tendo custos após a abertura com auditorias, publicações,
demonstrações e taxas da Bolsa de Valores e CVM, estes seriam de aproximadamente entre
0,30 e 0,64% do faturamento anual, custos pequenos se comparados com as taxas e os juros
dos empréstimos do BNDES (LAGOIA, 2007).
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como pode-se ver as vantagens das pequenas e médias empresa em abrir o capital
via Bovespa Mais é principalmente o acesso a fontes de recursos com custos menores, além
dos tradicionais empréstimos que geralmente são utilizados.
Não tem obrigações imediatas com seus acionistas, pois os mesmos ao investirem
na empresa esperam que o negócio cresça e prospere para assim receber a participação nos
lucros como forma de dividendos ou a valorização de suas ações.
Fortalece a imagem institucional perante o mercado, aumentando o nível de
profissionalização dos funcionários e também propicia maior liquidez patrimonial aos
acionistas, os quais podem entrar ou sair do negócio a qualquer momento.
É criado um setor de Relação com Investidores para cumprir as exigências e
manter um canal de comunicação, divulgando os resultados e informações pertinentes que
servirão para mostrar a transparência e boas práticas de governança perante o mercado e os
acionistas.
E as desvantagens ao abrir o capital são os custos para a abertura do capital e
manutenção na bolsa de valores, a necessidade de distribuir os lucros com novos acionistas, o
medo de perder o controle da companhia devido à entrada de outros sócios e a obrigatoriedade
de divulgar dados dos resultados da empresa (LAGOIA, 2007).
Desvantagens essas que tem contra argumentos como: a autorização da CVM para
manter sigilo de dados considerados importantes e que prejudiquem a estratégia da empresa,
os ganhos de escala serem superiores aos custos da abertura e que todo o capital precisa ser
remunerado, pois se fosse um empréstimo a remuneração deste seria os juros e por meio de
ações a remuneração se dá pelos dividendos (LAGOIA, 2007).
Porém, no país ainda não há incentivos suficientes, principalmente por parte do
setor público para as pequenas e médias empresas acessarem o mercado de capitais e outro
motivo é pela cultura de empresa familiar existente no país, em que se acredita que não é
economicamente viável e atrativo compartilhar o negócio com outras pessoas e instituições.
Uma iniciativa promissora para o mercado de capitais é o projeto de lei (PL
6558/13) intitulado Brasil Mais Competitivo, mais conhecido como Programa de Aceleração
do Crescimento para Pequenas e Médias Empresas (PAC-PME), que visa a facilidade das
empresas de pequeno e médio porte acessarem o mercado de capitais por intermédio do
Bovespa Mais e abaterem os custos totais da abertura do capital com 100% dos créditos
tributários que as empresas tem com o governo, atualmente as empresas podem abater 34% do
que gastam na abertura de capital em sua base tributária (AMCHAM, 2013).
De acordo com os estudos, esses incentivos podem gerar investimentos produtivos
para o país, criar condições para as empresas crescerem e contribuírem com a evolução
sustentável do PIB do país e destravando o ciclo vicioso que existe no Brasil, assim como a
cultura de investir em renda fixa e a percepção que a bolsa de valores é complexa (CNI,
2013).
Por fim, existe muito a ser construído, trilhado e conquistado para a evolução do
Mercado de Capitais brasileiro, mas com o acesso à informação, à educação e conhecimento
pelos governantes, gestores, administradores e a população em geral, essa evolução
acontecerá em um ritmo favorável para o crescimento sustentável do país, trazendo assim
benefícios para todos os envolvidos no processo e se tornando um ciclo virtuoso e próspero
para as pequenas e médias empresas do país.
5 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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produtivo de R$ 84 bilhões em cinco anos. 2013. Disponível em:
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28.04.2016.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2016.
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nos indicadores financeiros de médias empresas após a abertura de capital pelo
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maneira-gradual-um-check-up-para-sua-empresa-Handbook.pdf>. Acesso em: 22 jun. 2016.
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abrir_o_capital_de_sua_empresa>. Acesso em: 21 jun. 2016.
ZDANOWICZ, José Eduardo. Orçamento de capital: A decisão de impacto. Porto Alegre:
DC Luzzatto, 1990. 240 p.
APÊNDICE A- Características do financiamento BNDES automático
Taxas (%)
TJLP 7,5
BNDES 1,5
Custo da intermediação financeira 0,1
Custo da instituição financeira 3
Total (mês) 1,00833333
Opções de financiamento Meses
Carência 6
Período 60
APÊNDICE B – Prestações Do Financiamento BNDES Automático
Meses Saldo devedor Amortizações Juros Prestações
0 R$ 20.000.000,00
1 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
2 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
3 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
4 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
5 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
6 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
7 R$ 19.629.629,63 R$ 370.370,37 R$ 201.666,67 R$ 572.037,04
8 R$ 19.259.259,26 R$ 370.370,37 R$ 197.932,10 R$ 568.302,47
9 R$ 18.888.888,89 R$ 370.370,37 R$ 194.197,53 R$ 564.567,90
10 R$ 18.518.518,52 R$ 370.370,37 R$ 190.462,96 R$ 560.833,33
11 R$ 18.148.148,15 R$ 370.370,37 R$ 186.728,40 R$ 557.098,77
12 R$ 17.777.777,78 R$ 370.370,37 R$ 182.993,83 R$ 553.364,20
13 R$ 17.407.407,41 R$ 370.370,37 R$ 179.259,26 R$ 549.629,63
14 R$ 17.037.037,04 R$ 370.370,37 R$ 175.524,69 R$ 545.895,06
15 R$ 16.666.666,67 R$ 370.370,37 R$ 171.790,12 R$ 542.160,49
16 R$ 16.296.296,30 R$ 370.370,37 R$ 168.055,56 R$ 538.425,93
17 R$ 15.925.925,93 R$ 370.370,37 R$ 164.320,99 R$ 534.691,36
18 R$ 15.555.555,56 R$ 370.370,37 R$ 160.586,42 R$ 530.956,79
19 R$ 15.185.185,19 R$ 370.370,37 R$ 156.851,85 R$ 527.222,22
20 R$ 14.814.814,81 R$ 370.370,37 R$ 153.117,28 R$ 523.487,65
21 R$ 14.444.444,44 R$ 370.370,37 R$ 149.382,72 R$ 519.753,09
22 R$ 14.074.074,07 R$ 370.370,37 R$ 145.648,15 R$ 516.018,52
23 R$ 13.703.703,70 R$ 370.370,37 R$ 141.913,58 R$ 512.283,95
24 R$ 13.333.333,33 R$ 370.370,37 R$ 138.179,01 R$ 508.549,38
25 R$ 12.962.962,96 R$ 370.370,37 R$ 134.444,44 R$ 504.814,81
26 R$ 12.592.592,59 R$ 370.370,37 R$ 130.709,88 R$ 501.080,25
27 R$ 12.222.222,22 R$ 370.370,37 R$ 126.975,31 R$ 497.345,68
28 R$ 11.851.851,85 R$ 370.370,37 R$ 123.240,74 R$ 493.611,11
29 R$ 11.481.481,48 R$ 370.370,37 R$ 119.506,17 R$ 489.876,54
30 R$ 11.111.111,11 R$ 370.370,37 R$ 115.771,60 R$ 486.141,98
31 R$ 10.740.740,74 R$ 370.370,37 R$ 112.037,04 R$ 482.407,41
32 R$ 10.370.370,37 R$ 370.370,37 R$ 108.302,47 R$ 478.672,84
33 R$ 10.000.000,00 R$ 370.370,37 R$ 104.567,90 R$ 474.938,27
34 R$ 9.629.629,63 R$ 370.370,37 R$ 100.833,33 R$ 471.203,70
35 R$ 9.259.259,26 R$ 370.370,37 R$ 97.098,77 R$ 467.469,14
36 R$ 8.888.888,89 R$ 370.370,37 R$ 93.364,20 R$ 463.734,57
37 R$ 8.518.518,52 R$ 370.370,37 R$ 89.629,63 R$ 460.000,00
38 R$ 8.148.148,15 R$ 370.370,37 R$ 85.895,06 R$ 456.265,43
39 R$ 7.777.777,78 R$ 370.370,37 R$ 82.160,49 R$ 452.530,86
40 R$ 7.407.407,41 R$ 370.370,37 R$ 78.425,93 R$ 448.796,30
41 R$ 7.037.037,04 R$ 370.370,37 R$ 74.691,36 R$ 445.061,73
42 R$ 6.666.666,67 R$ 370.370,37 R$ 70.956,79 R$ 441.327,16
43 R$ 6.296.296,30 R$ 370.370,37 R$ 67.222,22 R$ 437.592,59
44 R$ 5.925.925,93 R$ 370.370,37 R$ 63.487,65 R$ 433.858,02
45 R$ 5.555.555,56 R$ 370.370,37 R$ 59.753,09 R$ 430.123,46
46 R$ 5.185.185,19 R$ 370.370,37 R$ 56.018,52 R$ 426.388,89
47 R$ 4.814.814,81 R$ 370.370,37 R$ 52.283,95 R$ 422.654,32
48 R$ 4.444.444,44 R$ 370.370,37 R$ 48.549,38 R$ 418.919,75
49 R$ 4.074.074,07 R$ 370.370,37 R$ 44.814,81 R$ 415.185,19
50 R$ 3.703.703,70 R$ 370.370,37 R$ 41.080,25 R$ 411.450,62
51 R$ 3.333.333,33 R$ 370.370,37 R$ 37.345,68 R$ 407.716,05
52 R$ 2.962.962,96 R$ 370.370,37 R$ 33.611,11 R$ 403.981,48
53 R$ 2.592.592,59 R$ 370.370,37 R$ 29.876,54 R$ 400.246,91
54 R$ 2.222.222,22 R$ 370.370,37 R$ 26.141,98 R$ 396.512,35
55 R$ 1.851.851,85 R$ 370.370,37 R$ 22.407,41 R$ 392.777,78
56 R$ 1.481.481,48 R$ 370.370,37 R$ 18.672,84 R$ 389.043,21
57 R$ 1.111.111,11 R$ 370.370,37 R$ 14.938,27 R$ 385.308,64
58 R$ 740.740,74 R$ 370.370,37 R$ 11.203,70 R$ 381.574,07
59 R$ 370.370,37 R$ 370.370,37 R$ 7.469,14 R$ 377.839,51
60 R$ 0,00 R$ 370.370,37 R$ 3.734,57 R$ 374.104,94
TOTAL R$ 20.000.000,00 R$ 6.755.833,33 R$ 26.755.833,33
TOTAL (%) 100% 34% 134%

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ANÁLISE COMPARATIVA DOS CUSTOS DA ABERTURA DE CAPITAL DE UMA MÉDIA EMPRESA NO SEGMENTO BOVESPA MAIS E UM FINANCIAMENTO NO BNDES AUTOMÁTICO.

  • 1. XII Concurso de Artigo & Monografia CVM – Instituto Educacional BM&FBOVESPA ANÁLISE COMPARATIVA DOS CUSTOS DA ABERTURA DE CAPITAL DE UMA MÉDIA EMPRESA NO SEGMENTO BOVESPA MAIS E UM FINANCIAMENTO NO BNDES AUTOMÁTICO. CATEGORIA FINANCEIRA – “Crescimento das pequenas e médias empresas através do mercado de capitais brasileiro”. PSEUDÔNIMO: CARL PROFIT
  • 2. 1 INTRODUÇÃO Muitas das pequenas e médias empresas que estão em fase de crescimento necessitam de recursos para investir em bens de capital, capital de giro, estoques ou para a própria expansão e modernização da empresa. Porém, em muitos casos essas empresas não têm os recursos suficientes para investir em tudo o que é necessário para crescer e expandir e assim são obrigadas a obter os recursos em outras fontes. Para obter tais recursos as empresas podem reinvestir os próprios lucros de suas operações, injetar mais capital dos sócios ou em último caso contrair um endividamento por meio de financiamentos ou empréstimos bancários, estes últimos porém cobram juros e taxas muito altas. Uma alternativa para as pequenas e médias empresas captarem os recursos necessários para seu crescimento sustentável é pelo uso do mercado de capitais emitindo valores mobiliários como debêntures, notas promissórias ou com o lançamento de suas próprias ações. As principais vantagens de crescer por intermédio da oferta de ações é que a empresa não terá uma data certa para quitar suas obrigações, pois, quem compra as ações se torna sócio do negócio e espera os resultados positivos e consequentemente os lucros para assim receber os proventos como forma de remuneração ou com a valorização das ações na bolsa de valores. Outra vantagem obtida é que sem uma dívida, os gestores tem a capacidade de focar seus esforços nos investimentos e melhorias para o negócio, que acaba se tornando mais competitivo, prospero e cresce rapidamente, com isso os benefícios aparecem e todos os interessados no negócio lucram.
  • 3. Para atrair estas pequenas e médias empresas junto ao mercado de capitais a BM&FBovespa criou um segmento especial de listagem chamado Bovespa Mais, que é um segmento especial de listagem para as empresas estrearem os primeiros passos no mercado de capitais sem a necessidade imediata de abrir o seu capital, pois este pode ser aberto em até sete anos, período em que será utilizado para a empresa se preparar, crescer e se adaptar às normas e exigências que uma empresa de capital aberta necessita para ofertar suas ações e com a vantagem de ter maior visibilidade do mercado enquanto amadurece (BM&FBOVESPA, 2016a). Sendo assim o presente trabalho tem o objetivo de analisar os custos de uma média empresa obter os recursos pelo Bovespa Mais e quais as vantagens e desvantagens em comparação a um empréstimo no Sistema BNDES. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA É necessária a revisão dos assuntos relacionados para um bom entendimento da análise do estudo. Então, serão citados os conceitos de alguns autores, órgãos e entidades ligadas aos setores que estão ligados ao Mercado de Capitais brasileiro e informações importantes para o estudo. 2.1 Pequenas e Médias Empresas As pequenas e médias empresas são a força motriz da economia brasileira, dentre os mais de 6 milhões de empresas existentes no Brasil quase 500 mil empresas são de pequeno e médio porte, que tem uma participação de 30% no Produto Interno Bruto – PIB do
  • 4. país, esse segmento emprega mais de 10,1 milhões de pessoas nas pequenas empresas e 5,5 milhões nas médias empresas (PRICEWATERHOUSECOOPERS – PWC, 2013). Para uma empresa ser considerada de pequeno porte ela deve ter uma receita operacional bruta maior que R$ 2,4 milhões e menor que R$ 16 milhões e para ser considerada uma média empresa ela deve ter uma receita anual entre R$ 16 milhões e R$ 90 milhões (BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONOMICO E SOCIAL – BNDES, 2016a). Essas empresas são a principal força econômica do país e tem um potencial enorme para expandir o crescimento e desenvolvimento do Brasil proporcionando resultados positivos para todos os agente envolvidos no processo ao se profissionalizarem e contarem com uma boa gestão empresarial. 2.2 Sistema Financeiro Nacional O Sistema Financeiro Nacional – SFN é composto de instituições responsáveis pela captação de recursos financeiros, pela distribuição e circulação de valores e pela regulação de todo esse processo (BM&FBOVESPA, 2010). O SFN aproxima os agentes que são os detentores dos recursos conhecidos com superavitários dos agentes que precisam desses recursos, chamados de deficitários (TAMBOSI FILHO,2011). Ele é dividido em três partes: os órgãos normativos que decidem as regras e políticas dentre eles o principal é o Conselho Monetário Nacional – CMN, as entidades supervisoras que regulam e fiscalizam as instituições como o Banco Central do Brasil – BACEN e a Comissão de Valores Mobiliários – CVM e os operadores que fazem a
  • 5. intermediação financeira como os bancos, cooperativas de crédito, bolsas de valores e seguradoras (CVM, 2014). Esse sistema é importante para todos os países, pois ali são tomadas as decisões econômicas e como serão as operações realizadas entre os agentes envolvidos no processo e que afetam de diversas formas o dia a dia das famílias, empresas e governo. 2.3 Comissão de Valores Mobiliários A Comissão de Valores Mobiliários – CVM é uma autarquia especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com a finalidade de disciplinar, fiscalizar e promover o mercado de capitais (BM&FBOVESPA, 2010). Foi criada pela Lei n° 6.385/76 e tem como função fiscalizar e normatização do mercado de valores mobiliários, de modo a assegurar o exercício de práticas equitativas e coibir qualquer tipo de irregularidade (BM&FBOVESPA, 2010). Seus objetivos são: estimular a formação de poupança interna do país e a sua aplicação em valores mobiliários, assegurar o funcionamento eficiente do mercado e proteger os titulares de valores mobiliários contra fraudes, manipulações e atos ilegais que podem lesar o investidor (CVM, 2014). O papel de fiscalização é fundamental para manter a ordem nos mercados, pois sem ela o mercado de capitais atualmente estaria pouco desenvolvido, sem liquidez alguma e não seria atraente para os futuros investidores e empresas que desejassem utilizar o mercado de capitais.
  • 6. 2.4 Mercado de Capitais O Mercado de Capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o propósito de multiplicar e alocar a riqueza nacional, esse mercado é constituído por bolsas de valores, sociedades corretoras e instituições financeiras autorizadas (ZDANOWICZ, 1990). Ele está inserido no SFN, representado pelas instituições responsáveis por captar os recursos e a distribuição e circulação destes valores (TAMBOSI FILHO, 2011). É o provedor de recursos permanentes para a economia, pois efetua a ligação entre os investidores e aqueles que apresentam déficit de investimentos geralmente empresas que abrem seu capital (BARRETO, 2011). Essa poupança obtida dos investidores é canalizada para o sistema produtivo do país e isso serve para proporcionar o crescimento do sistema econômico (TAMBOSI FILHO, 2011). E é muito importante nas economias, pois promove uma forma de financiamento de médio e longo prazo para as empresas captarem seus recursos e investirem no setores produtivos de seus países. 2.5 Bolsa De Valores O principal meio das empresas entrarem no mercado de capitais é geralmente pela bolsa de valores, que tem como função organizar, manter, controlar e garantir ambientes ou sistemas propícios para o encontro de ofertas e a realização de negócios com formação eficiente de preços, transparência e divulgação de informações e segurança na compensação e liquidação dos negócios (CVM, 2014).
  • 7. A bolsa de valores serve para as empresas venderem suas ações com a intenção de captar os recursos para investir em novos equipamentos, que contribuem para o aumento na produção de bens e acabam gerando um aumento na renda, proporcionando também o crescimento econômico (TAMBOSI FILHO, 2011). São o termômetro da economia de um país, pois as bolsas tem listadas empresas de diversos setores indicando a percepção do mercado com a realidade que a economia do país passa e o valor de seus índices sobem quando a economia está bem e caem quando a economia vai mal e atualmente no Brasil temos somente a BM&FBovespa que tem a autorização para operar como bolsa de valores, mercadorias e futuros. 2.6 Bovespa Mais Como existem empresas de porte, tamanho e gestão diferenciadas que são listadas na bolsa, houve a necessidade de segmentar o mercado de acordo com os níveis de governança das corporações e o porte das mesmas. Com isso, foram criados o Nível 1 e 2, o Novo Mercado, o Bovespa Mais e Bovespa Mais nível 2. Para atender a pequenas e médias empresas que desejavam se listar na Bolsa de Valores foi criado o Bovespa Mais no ano de 2005, que é um segmento do mercado de balcão organizado que tem o propósito de listar companhias que tenham uma estratégia gradual de acesso ao mercado de capitais, permitindo a sua exposição, evolução e crescimento enquanto se preparam para a abertura do capital (GASTAUD, 2007; FERNANDES JÚNIOR, 2015). O segmento possibilita a captação de recursos menores se comparadas à outros segmento da bolsa e com a vantagem de efetuar a listagem sem a oferta e tem até sete anos para realizar a oferta pública inicial – IPO, enquanto a empresa pode trabalhar a
  • 8. profissionalização do seu negócio com mais tempo para preparar a empresas e o acesso tende a ser mais tranquilo (BM&FBOVESPA, [2016a]). Além de permitir que a empresa alcance a circulação mínima de 25 % de Free Float1 nesses sete anos após a sua listagem no segmento, os acionistas tem 100% de Tag Along2 , que protegem os acionistas minoritários no caso da venda do controle da empresa, pois receberão o mesmo tratamento dado aos acionistas minoritários na oferta (BM&FBOVESPA, [2016c]). Os gestores de pequenas e médias empresas que pretendem crescer e dar um passo importante em seus projetos de investimentos, devem estudar e inserir em seus planejamentos estratégicos a adesão ao Bovespa Mais, discutindo, se informando e se aconselhando sobre a abertura de capital da empresa, pois é uma forma sustentável de crescimento que beneficia desde funcionários, sociedade, acionistas, empresa e governo. Recentemente foi criado na bolsa o segmento Bovespa Mais Nível 2 que segue todas as regras do Bovespa Mais com a diferença que a empresa pode emitir ações preferenciais em sua oferta pública (BM&FBOVESPA, [2016d]). Atualmente estão listadas 14 empresas de pequeno e médio porte, 12 dessas no Bovespa Mais e 2 empresas estão no Bovespa Mais Nível 2. E somente a Nutriplant em dois momentos 2008 e 2012 e a Senior Solutions em 2013 realizaram a oferta pública inicial para arrecadar os recursos com os investidores e assim investir em modernização e aquisições (FERNANDES JÚNIOR, 2015; BM&FBOVESPA,2016b). 1 Quantidade de ações em circulação (INVESTINDO, 2016a). 2 Representa um percentual do preço oferecido pelas ações dos sócios controladores pelo comprador que também deve ser oferecido aos sócios minoritários (INVESTINDO,2016b).
  • 9. 2.7 Motivos para abrir o capital da empresa Ao abrir o capital a empresa tem uma enorme vantagem sobre as demais, pois o custo do dinheiro emprestado pelas instituições financeiras são extremamente elevados e dificultam ou inviabilizam a captação de recursos por meio de empréstimos bancários para investimentos (LAGOIA, 2007). De acordo com um estudo feito pela Deloitte, entre 2005 e 2011 foram captados em ofertas públicas um total de R$ 180 bilhões e os custos para essas aberturas de capital foram de R$ 7 bilhões, representando 3,7% do montante arrecadado (DELOITTE, 2012). Porém ao lançar suas ações no mercado o empresário tem que levar em conta vários fatores, como a análise da abertura do capital e a manutenção dessas condições nas bolsas de valores e comparar com o custo dos empréstimos bancários somados ao custo do dinheiro, o imposto sobre operações financeiras – IOF e a escassez de recursos (LAGOIA, 2007). Essa abertura permite a liquidez patrimonial com a vantagem dos sócios atuais ou que não desejam continuar na sociedade venderem suas ações na oferta inicial e também como uma estratégia de desinvestimentos dos fundos private equity3 ou venture capital4 que preferem abrir o capital para reaver seus investimentos iniciais (PWC, 2016a). Possui uma maior interação entre os funcionários, consumidores e determinados segmentos da sociedade que poderão vir a ser acionistas da companhia (LAGOIA, 2007). E sendo de capital aberto a companhia tem maiores desafios do que uma companhia de capital fechado, pois os funcionários e diretores tem uma motivação adicional 3 Segmento do mercado financeiro que consiste em aportes temporário de capital em empresas amadurecidas e geralmente desejam abrir o capital (MEIRELLES; JÚNIOR; REBELATTO, 2008). 4 Segmento do mercado financeiro que consiste em aportes temporário de capital em empresas que estão nos estágios iniciais de desenvolvimento (MEIRELLES; JÚNIOR; REBELATTO, 2008).
  • 10. de aumentarem a eficiência e produtividade da empresa buscando a maximização de resultados para seus acionistas (COSTA, 2006). Garante a obtenção de recursos com as melhores condições, só que em troca é exigida maior transparência dos controles financeiros e contábeis e a qualidade na divulgação dos resultados que são importantes para que as informações cheguem corretamente aos potenciais investidores e ao mercado (TAMOTO, 2015). Ajuda a empresa na reestruturação de seu capital que pode estar alavancado e serve como uma moeda de troca ao utilizar as ações para adquirir outras empresa sem utilizar os recursos em caixa (PWC, 2016a). Melhora a competitividade, pois com a globalização a concorrência é em nível mundial e isso requer da empresa investimentos em modernização, tecnologia e expansão, porém existem poucas companhias que são capazes de gerar os recursos suficientes para financiar o seu próprio crescimento que caso não sejam supridos a tempo, o caminho pode ser o fim do negócio ou sua absorção por outras companhias mais competentes (LAGOIA, 2007). Há também as vantagens para a economia, que ao investir na empresa, isso faz crescer sua produção, gerando emprego e renda, aumenta a arrecadação de impostos e fomenta o crescimento da economia e melhora o PIB do país (TAMBOSI FILHO, 2011). Que no Brasil essa relação entre o PIB e o nível de capitalização é um pouco maior que 50%, valor pequeno em comparação aos países desenvolvidos que tem sua relação entre 70 a 200% comprovando que o mercado de capitais é subaproveitado com fonte de recursos no país pelas empresas que desejam se expandir e modernizar suas instalações (INSTITUTO IBMEC, [2016]). Reduz os risco do negócio, pois ao abrir o capital permite a entrada de novos sócios que aportam os recursos e assumem a partir daí, os riscos do negócio com os atuais sócios (PWC, 2016b).
  • 11. E mesmo após a abertura do capital e com a necessidade de arcar com custos para se continuar negociando as ações na bolsa de valores, como, por exemplo, a auditoria independente, a publicação de atos societários e demonstrações financeiras, a anuidade da bolsa de valores, a taxa de fiscalização da CVM, a escrituração das ações, as relações com investidores e apresentações ao mercado esse custo anual é baixo se comparado à somatória de taxa e juros de empréstimos (LAGOIA, 2007). 2.8 Mercado de crédito É o segmento do mercado financeiro em que as instituições captam recursos dos agentes superavitários e os emprestam às famílias ou empresas, sendo remuneradas pela diferença entre o custo de captação e o que é cobrado pelos tomadores (CVM, 2014). Nesse mercado são realizadas operações de financiamento de curto e médio prazo direcionadas aos ativos imobilizados e ao capital de giro das empresas (BARRETO, 2011). Atuam nesse mercado diversas instituições financeiras e não financeiras prestando serviços de intermediação de recursos de curto e médio prazo para agentes deficitários que necessitam dos recursos para consumo ou capital de giro (PORTALDOINVESTIDOR, [2016]). É um dos principais meios das empresas brasileiras captarem os recursos necessários para a realização dos seus investimentos e expansão dos negócios, porém ao tomar empréstimos é preciso pagar juros e taxas à instituição financeira, que muitas vezes acaba tornando o projeto inviável e a empresa refém dos empréstimos caso não consiga arcar com as prestações, por isso deve-se tomar cuidado ao realizar um empréstimo nesse mercado. Que em Abril de 2016 esse custo de tomar emprestado um capital de giro com prazo de até 365 dias estava em média 36,1% a.a. e para uma empresa descontar uma
  • 12. duplicata a média fechou em 42,1% a.a. custos de crédito considerado alto (DEPARTAMENTO DE PESQUISA E ESTUDOS ECONÔMICOS – DEPECON, 2016). Isso mostra quão é difícil a decisão de um gestor ao tomar um empréstimo para realizar investimentos e saber que ele tem que dar certo, pois em geral precisa pagar essas parcelas de empréstimos mensalmente. 2.9 BNDES É composto por um conjunto de empresas denominado Sistema BNDES e é o executor da política governamental de crédito de longo prazo e gestor do Programa Nacional de Desestatização – PND, reunindo as seguintes empresas: o BNDES, o FINAME e o BNDESPar (FERNANDES, 1998). O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES é uma autarquia criada pela Lei n° 1.628/52 que tem como o objetivo de ser o formulador e executor da política nacional de desenvolvimento econômico, o banco oferece condições especiais para micro, pequenas e médias empresas e linhas de investimento sociais e de diversas áreas de atuação da economia e em situações de crise ele atua como agente anticíclico para auxiliar na retomada do crescimento da economia (BNDES, [2016b]). A Agência Especial de Financiamento Industrial – FINAME, foi criada com a finalidade de oferecer financiamentos às operações de aquisição de máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional ou importados e leasing de equipamentos nacionais (FERNANDES, 1998). E o BNDES Participações S.A. – BNDESPar foi criado com o objetivo de fortalecer a estrutura patrimonial das empresas privadas nacionais e a sua inserção no mercado de capitais envolvendo ações, debêntures conversíveis, bônus e opções de ações, por
  • 13. meio da prestação de garantia firme de operações de subscrição de valores mobiliários e subscrever valores mobiliários de empresas de capital aberto e as de capital fechado com o objetivo de abrir o capital no médio e longo prazo (FERNANDES, 1998). Os mais importantes são o fortalecimento do mercado de capitais por meio das operações no Novo Mercado e no Bovespa Mais, segmento esse que é utilizado pelo BNDESPar para fazer os desinvestimentos estratégicos do governo em pequenas e médias empresas; difundir o conceito e incentivar a governança corporativa pelas empresas; ampliar a demanda e liquidez em valores mobiliários e apoiar as pequenas e médias empresas inovadoras (BNDES, [2016c]). 3 PESQUISA Foi feita uma pesquisa de método indutivo partindo da observação dos custos da abertura de capital da Nutriplant e a comparação com os custos do empréstimo no BNDES e assim analisar a viabilidade financeira entre as duas formas de captação de recursos. 3.1 Metodologia da pesquisa Para realizar o estudo foram definidos a metodologias do meio de pesquisa, fins de pesquisa, a coleta de dados e análise de dados que estão descritos a seguir. Quanto aos meios de pesquisa, foram bibliográfica e documental, pois foram retirados informações de sites, livros e artigos científicos do assunto em estudo e quanto aos fins foi descritiva e aplicada. Quanto à coleta de dados foram secundários, pois os dados encontravam-se em sites como o da Nutriplant, do BNDES e da BM&FBovespa e a análise de dados foi
  • 14. essencialmente qualitativa, porque foram comparados os dados e analisados discursivamente para definir qual seria o negócio mais viável para a empresa. 3.2 Dados da pesquisa Abaixo os dados coletados na pesquisa, primeiramente é mostrado qual foi o custo de abrir o capital no Bovespa Mais e logo depois foi simulado um empréstimo no BNDES. 3.2.1 Custos da abertura de capital da Nutriplant Para saber os custos estimados de uma pequena ou média empresas que deseja tomar os recursos pela bolsa de valores foram obtidos dados da 1ª oferta pública inicial da empresa Nutriplant no ano de 2008, que fez uma oferta de R$ 20,7 milhões no Bovespa Mais, o segmento para empresas que desejam acessar o mercado de forma gradual. Nas ofertas de ações existem diversos custos que a empresa deve arcar, como as comissões, que no caso da Nutriplant foram quatro: coordenação, colocação, garantia firme e de incentivo. E as despesas de abrir o capital foram: taxa de registro da oferta, despesas com advogados, publicidade da oferta e com a auditoria externa (NUTRIPLANT, 2008). Essa oferta da Nutriplant realizou a distribuição de 2.070.100 novas ações ordinárias da companhia, na época no mercado de balcão organizado do Bovespa Mais e o preço estipulado por ação foi de R$ 10,00 começando a ser negociada na bolsa com o código NUTR3M (NUTRIPLANT, 2008). A destinação dos recursos obtidos na oferta foram para a ampliação da capacidade produtiva das fábrica e dos laboratórios de pesquisa, para aquisição de empresas concorrentes
  • 15. ou complementares ao negócio, reforçar o capital de giro e realizar investimentos para ganho de produtividade e qualidade (NUTRIPLANT, 2008). Abaixo a tabela de custo da oferta inicial da companhia Nutriplant: Quadro 1 - Custos da Abertura de Capital da Nutriplant COMISSÕES VALOR CUSTO UNITÁRIO DE DISTRIBUIÇÃO RELAÇÃO AO VALOR TOTAL DA OFERTA COORDENAÇÃO R$ 165.608,00 R$ 0,08 0,80% COLOCAÇÃO R$ 496.824,00 R$ 0,24 2,40% GARANTIA FIRME R$ 165.608,00 R$ 0,08 0,80% INCENTIVO R$ 207.010,00 R$ 0,10 1,00% DESPESAS TAXA DE REGISTRO DA OFERTA R$ 82.870,00 R$ 0,04 0,40% ADVOGADOS R$ 180.000,00 R$ 0,09 0,87% PUBLICIDADE DA OFERTA R$ 25.000,00 R$ 0,01 0,12% AUDITORIA EXTERNA R$ 140.000,00 R$ 0,07 0,68% TOTAL DE COMISSÕES E DESPESAS R$ 1.462.920,00 R$ 0,71 7,07% Fonte: adaptado pelos autores (NUTRIPLANT, 2008). Ao realizar a oferta, a companhia teve como total de despesas e comissões o valor de R$ 1.462.920,00 que resultou em 7,07% dos recursos obtidos e que foram pagos no ato da captação, comprovando um custo pequeno se comparado às taxas de juros aplicadas no país. Além de serem isentas da taxa de registro e receberem um desconto anual progressivo de 100% da taxa de manutenção de listagem de ações da BM&FBovespa (BM&FBOVESPA, 2016a). 3.2.2 Custos do financiamento do BNDES Automático Para obter um financiamento de R$ 20 milhões, porém no mercado de crédito com a intenção de realizar seus investimentos a empresa tem que ir até um banco, financeira e tomar esse empréstimo.
  • 16. Foi definido então a linha de crédito BNDES Automático que é disponibilizado por meio de uma instituição financeira intermediária do BNDES. Esse financiamento tem um custo financeiro padrão que é dado pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) que de Abril a Junho de 2016 foi de 7,5% ao ano (BNDES, 2016d). Além da TJLP é cobrado mais uma remuneração básica de 1,5% ao ano, a taxa de intermediação financeira que é de 0,1% ao ano para micro, pequenas e médias empresas e mais a remuneração da instituição credenciada que é negociada entre as partes, na pesquisa foi estimado em 3% (BNDES, 2016e). O prazo para a carência e amortização são definidos de acordo com a capacidade de pagamento da companhia e o período máximo total é de cinco anos e caso haja um tempo de carência, esse deverá ser de no máximo seis meses (BNDES, [2016e]). É utilizado nos financiamentos do BNDES o Sistema de Amortizações Constantes – SAC, onde as parcelas de amortização são iguais entre si e os juros são calculados a cada período, multiplicando-se a taxa de juros contratada pelo saldo devedor existente sobre o período anterior (ZDANOWICZ, 1990). As garantias devem ser negociadas entre a instituição financeira e o cliente, que geralmente é dado como garantia o próprio bem de capital pela de alienação fiduciária, mas a instituição pode solicitar também garantias reais ou pessoais ou que a companhia pague o encargo de concessão de garantia para ser protegida pelo Fundo Garantidor para Investimentos – FGI e assim reduzir os riscos da operação (BNDES, [2016f]). Abaixo a captação de recursos por intermédio do BNDES Automático: Quadro 2 - Financiamento - BNDES Automático (continua) MESES SALDO DEVEDOR AMORTIZAÇÕES JUROS PRESTAÇÕES 1 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67 2 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67 3 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67 4 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67
  • 17. Quadro 3 - Financiamento - BNDES Automático (conclusão) 5 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67 6 R$ 20.000.000,00 R$ - R$ 201.666,67 R$ 201.666,67 7 R$ 19.629.629,63 R$ 370.370,37 R$ 201.666,67 R$ 572.037,04 CONTINUAÇÃO... 58 R$ 740.740,74 R$ 370.370,37 R$ 11.203,70 R$ 381.574,07 59 R$ 370.370,37 R$ 370.370,37 R$ 7.469,14 R$ 377.839,51 60 R$ 0,00 R$ 370.370,37 R$ 3.734,57 R$ 374.104,94 TOTAL R$ 20.000.000,00 R$ 6.755.833,33 R$ 26.755.833,33 Fonte: Elaborado pelos autores (2016). Ao realizar esse empréstimo no BNDES Automático a empresa pagaria de juros e taxas um total estimado de R$ 6.755.833,33 representando 34,00% do montante principal, que seria pagos em 60 meses e podendo esse custo financeiro ser superior ao retorno que espera-se ao fazer os investimentos necessários. 3.3 Análise dos dados da pesquisa Após analisar os dados acima, foi feita a comparação para verificar as vantagens financeiras de abrir ou não o capital tanto de pequenas ou médias empresas. No quadro abaixo pode-se ver a comparação dos resultados da pesquisa: Quadro 4 - Comparação dos resultados CAPTAÇÃO DE RECURSOS VALOR (%) BOVESPA MAIS R$ 20.700.000,00 R$ 1.462.920,00 7,07% BNDES R$ 20.000.000,00 R$ 6.755.833,33 34,00% Fonte: elaborado pelos autores (2016). Pode-se ver claramente as vantagens da companhia obter os recursos por meio do mercado de capitais. No Bovespa Mais, além de captar mais recursos a empresa teve um custo menor de despesas e taxas representando somente 7,07% do total captado, enquanto no empréstimo
  • 18. do BNDES foi captado um valor menor e teve um custo maior ao tomar esse empréstimo que resultou em 34,00% do montante. Isso a livra de pagar parcelas de empréstimos mensais, pois as comissões e despesas são abatidas logo na oferta e por não ser considerada uma dívida, tem a possibilidade de aumentar seus ativos sem aumentar os passivos e consequentemente não sobrecarregam os índices de endividamento da companhia. Sendo uma forma sustentável de se financiar com os recursos necessários para crescer, expandir e produzir mais e melhor, compartilhando os resultados com os acionistas que acreditaram no projeto da empresa. Com isso, a companhia de capital aberto tem maior liberdade captando os recursos por meio de ações, que podem ser usados da melhor forma possível aos investimentos da empresa em modernização, tecnologia e aquisições e até melhorando as condições de negociações caso queira tomar um empréstimo no mercado financeiro futuramente. Ao contrário da empresa que captou um empréstimo, que teria a obrigatoriedade de arcar com as amortizações e juros do financiamento até serem quitados, além de aumentar o passivo da empresa por 5 anos, reduzindo seus índices de liquidez e aumentando seus índices de endividamento. E mesmo a empresa tendo custos após a abertura com auditorias, publicações, demonstrações e taxas da Bolsa de Valores e CVM, estes seriam de aproximadamente entre 0,30 e 0,64% do faturamento anual, custos pequenos se comparados com as taxas e os juros dos empréstimos do BNDES (LAGOIA, 2007).
  • 19. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Como pode-se ver as vantagens das pequenas e médias empresa em abrir o capital via Bovespa Mais é principalmente o acesso a fontes de recursos com custos menores, além dos tradicionais empréstimos que geralmente são utilizados. Não tem obrigações imediatas com seus acionistas, pois os mesmos ao investirem na empresa esperam que o negócio cresça e prospere para assim receber a participação nos lucros como forma de dividendos ou a valorização de suas ações. Fortalece a imagem institucional perante o mercado, aumentando o nível de profissionalização dos funcionários e também propicia maior liquidez patrimonial aos acionistas, os quais podem entrar ou sair do negócio a qualquer momento. É criado um setor de Relação com Investidores para cumprir as exigências e manter um canal de comunicação, divulgando os resultados e informações pertinentes que servirão para mostrar a transparência e boas práticas de governança perante o mercado e os acionistas. E as desvantagens ao abrir o capital são os custos para a abertura do capital e manutenção na bolsa de valores, a necessidade de distribuir os lucros com novos acionistas, o medo de perder o controle da companhia devido à entrada de outros sócios e a obrigatoriedade de divulgar dados dos resultados da empresa (LAGOIA, 2007). Desvantagens essas que tem contra argumentos como: a autorização da CVM para manter sigilo de dados considerados importantes e que prejudiquem a estratégia da empresa, os ganhos de escala serem superiores aos custos da abertura e que todo o capital precisa ser remunerado, pois se fosse um empréstimo a remuneração deste seria os juros e por meio de ações a remuneração se dá pelos dividendos (LAGOIA, 2007).
  • 20. Porém, no país ainda não há incentivos suficientes, principalmente por parte do setor público para as pequenas e médias empresas acessarem o mercado de capitais e outro motivo é pela cultura de empresa familiar existente no país, em que se acredita que não é economicamente viável e atrativo compartilhar o negócio com outras pessoas e instituições. Uma iniciativa promissora para o mercado de capitais é o projeto de lei (PL 6558/13) intitulado Brasil Mais Competitivo, mais conhecido como Programa de Aceleração do Crescimento para Pequenas e Médias Empresas (PAC-PME), que visa a facilidade das empresas de pequeno e médio porte acessarem o mercado de capitais por intermédio do Bovespa Mais e abaterem os custos totais da abertura do capital com 100% dos créditos tributários que as empresas tem com o governo, atualmente as empresas podem abater 34% do que gastam na abertura de capital em sua base tributária (AMCHAM, 2013). De acordo com os estudos, esses incentivos podem gerar investimentos produtivos para o país, criar condições para as empresas crescerem e contribuírem com a evolução sustentável do PIB do país e destravando o ciclo vicioso que existe no Brasil, assim como a cultura de investir em renda fixa e a percepção que a bolsa de valores é complexa (CNI, 2013). Por fim, existe muito a ser construído, trilhado e conquistado para a evolução do Mercado de Capitais brasileiro, mas com o acesso à informação, à educação e conhecimento pelos governantes, gestores, administradores e a população em geral, essa evolução acontecerá em um ritmo favorável para o crescimento sustentável do país, trazendo assim benefícios para todos os envolvidos no processo e se tornando um ciclo virtuoso e próspero para as pequenas e médias empresas do país.
  • 21. 5 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS AMCHAM (Brasil). Com incentivos ao capital, PAC-PME pode gerar investimento produtivo de R$ 84 bilhões em cinco anos. 2013. Disponível em: <http://www.amcham.com.br/gestao-empresarial/noticias/com-incentivos-ao-capital-pac- pme-pode-gerar-investimento-produtivo-de-r-84-bilhoes-em-cinco-anos>. Acesso em: 28 mai. 2016. BARRETO, Diego. (São Paulo). IBRI. Relação com Investidores: São Paulo, 2011. 7 slides, color. Disponível em: <http://www.fipecafi.org/elearning/ibri/ri-aula- demonstrativa/aula/presentation.html>. Acesso em: 01 abr. 2016. BM&FBOVESPA; (São Paulo). Introdução ao mercado de capitais. São Paulo: BM&FBovespa, 2010. 44 p. Disponível em: <https://corretora.miraeasset.com.br/global/bz/ po/downloads/cursosOnline/Introdução_ao_Mercado_de_Capitais.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2016. _______________; (São Paulo). Segmentos de listagem: Bovespa Mais. [2016a]. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/listagem/acoes/segmentos-de-listagem/bovespa- mais/>. Acesso em: 07 jun. 2016. _______________; (São Paulo). BRQ Soluções em Informática comemora listagem no Bovespa Mais. 2016b. Disponível em: <http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/noticias/ bovespa-mais.htm>. Acesso em: 15 jun. 2016. _______________; (São Paulo). Segmentos de listagem: sobre segmentos de listagem [2016c]. Disponível em: http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/listagem/acoes/segmentos-de- listagem/sobre-segmentos-de-listagem/. Acesso em: 25 jun. 2016. _______________; (São Paulo). Segmentos de listagem: Bovespa Mais Nível 2. [2016d]. Disponível em: http://www.bmfbovespa.com.br/pt_br/listagem/acoes/segmentos-de- listagem/bovespa-mais-nivel-2/. Acesso em: 25 jun. 2016. BRASIL. BNDES. Ministério da Fazenda. Porte de empresa. [2016a]. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Apoio_Financeiro/porte. html>. Acesso em: 10 mai. 2016. _______. BNDES. Ministério do Desenvolvimento. A Empresa. [2016b]. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/O_BNDES/A_Empresa/ >. Acesso em: 12 mai. 2016. _______. BNDES. Ministério do Desenvolvimento. Mercado de Capitais. [2016c]. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Areas_de_Atuacao/ Mercado_de_Capitais/>. Acesso em: 11 mai. 2016. _______. BNDES. Ministério do Desenvolvimento. Taxa de Juros de Longo Prazo - TJLP. 2016d. Disponível em: <http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional
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  • 25. 22 R$ 14.074.074,07 R$ 370.370,37 R$ 145.648,15 R$ 516.018,52 23 R$ 13.703.703,70 R$ 370.370,37 R$ 141.913,58 R$ 512.283,95 24 R$ 13.333.333,33 R$ 370.370,37 R$ 138.179,01 R$ 508.549,38 25 R$ 12.962.962,96 R$ 370.370,37 R$ 134.444,44 R$ 504.814,81 26 R$ 12.592.592,59 R$ 370.370,37 R$ 130.709,88 R$ 501.080,25 27 R$ 12.222.222,22 R$ 370.370,37 R$ 126.975,31 R$ 497.345,68 28 R$ 11.851.851,85 R$ 370.370,37 R$ 123.240,74 R$ 493.611,11 29 R$ 11.481.481,48 R$ 370.370,37 R$ 119.506,17 R$ 489.876,54 30 R$ 11.111.111,11 R$ 370.370,37 R$ 115.771,60 R$ 486.141,98 31 R$ 10.740.740,74 R$ 370.370,37 R$ 112.037,04 R$ 482.407,41 32 R$ 10.370.370,37 R$ 370.370,37 R$ 108.302,47 R$ 478.672,84 33 R$ 10.000.000,00 R$ 370.370,37 R$ 104.567,90 R$ 474.938,27 34 R$ 9.629.629,63 R$ 370.370,37 R$ 100.833,33 R$ 471.203,70 35 R$ 9.259.259,26 R$ 370.370,37 R$ 97.098,77 R$ 467.469,14 36 R$ 8.888.888,89 R$ 370.370,37 R$ 93.364,20 R$ 463.734,57 37 R$ 8.518.518,52 R$ 370.370,37 R$ 89.629,63 R$ 460.000,00 38 R$ 8.148.148,15 R$ 370.370,37 R$ 85.895,06 R$ 456.265,43 39 R$ 7.777.777,78 R$ 370.370,37 R$ 82.160,49 R$ 452.530,86 40 R$ 7.407.407,41 R$ 370.370,37 R$ 78.425,93 R$ 448.796,30 41 R$ 7.037.037,04 R$ 370.370,37 R$ 74.691,36 R$ 445.061,73 42 R$ 6.666.666,67 R$ 370.370,37 R$ 70.956,79 R$ 441.327,16 43 R$ 6.296.296,30 R$ 370.370,37 R$ 67.222,22 R$ 437.592,59 44 R$ 5.925.925,93 R$ 370.370,37 R$ 63.487,65 R$ 433.858,02 45 R$ 5.555.555,56 R$ 370.370,37 R$ 59.753,09 R$ 430.123,46 46 R$ 5.185.185,19 R$ 370.370,37 R$ 56.018,52 R$ 426.388,89 47 R$ 4.814.814,81 R$ 370.370,37 R$ 52.283,95 R$ 422.654,32 48 R$ 4.444.444,44 R$ 370.370,37 R$ 48.549,38 R$ 418.919,75 49 R$ 4.074.074,07 R$ 370.370,37 R$ 44.814,81 R$ 415.185,19 50 R$ 3.703.703,70 R$ 370.370,37 R$ 41.080,25 R$ 411.450,62 51 R$ 3.333.333,33 R$ 370.370,37 R$ 37.345,68 R$ 407.716,05 52 R$ 2.962.962,96 R$ 370.370,37 R$ 33.611,11 R$ 403.981,48 53 R$ 2.592.592,59 R$ 370.370,37 R$ 29.876,54 R$ 400.246,91 54 R$ 2.222.222,22 R$ 370.370,37 R$ 26.141,98 R$ 396.512,35 55 R$ 1.851.851,85 R$ 370.370,37 R$ 22.407,41 R$ 392.777,78 56 R$ 1.481.481,48 R$ 370.370,37 R$ 18.672,84 R$ 389.043,21 57 R$ 1.111.111,11 R$ 370.370,37 R$ 14.938,27 R$ 385.308,64 58 R$ 740.740,74 R$ 370.370,37 R$ 11.203,70 R$ 381.574,07 59 R$ 370.370,37 R$ 370.370,37 R$ 7.469,14 R$ 377.839,51 60 R$ 0,00 R$ 370.370,37 R$ 3.734,57 R$ 374.104,94 TOTAL R$ 20.000.000,00 R$ 6.755.833,33 R$ 26.755.833,33 TOTAL (%) 100% 34% 134%