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UNIFICAÇÃO DAS BOLSAS DE VALORES DO MERCOSUL E ALIANÇA DO
PACÍFICO
UNIFICATION OF THE MERCOSUR STOCK EXCHANGE AND PACIFIC
ALLIANCE
Douglas Ramos dos Reis dos Santos1
RESUMO
Este artigo tem como objetivo apresentarum cenário que considera a integração dos mercados
de capitais entre os membros do Mercosul e da Aliança do Pacífico por meio da unificação de suas bolsas
de valores e analisar como esse mercado se comporta em questões como PIB, capitalização bursátil, volume
de negociações,vantagens e desvantagensdeste novo mercado. Para isso foi feita uma revisão bibliográfica
dos temas em questão por diversos meios, como livros, artigos, vídeos e sites disponibilizados na internet
e organizados esses dados para obter as informações necessárias.O que foi percebido com essa pesquisa é
que esse mercado, apesar de ter números pouco expressivo se comparados a mercados desenvolvidos,
estaria entre um dos maiores do mundo em capitalização bursátil, em volume de negociações de ações, o
que poderia ampliar a diversificação dos investimentos de poupadores e a oferta dos captadores de recursos
que teriam um amplo mercado, permitindo assim a pulverização dos investimentos.
Palavras-Chave: MILA. Aliança Do Pacífico. Mercosul. Bolsa de Valores. Unificação dos Mercados.
ABSTRACT
This article aims to present a scenario that considers the integration ofthe capitalmarkets between Mercosur
and Pacific Alliance members through the unification of their stock exchanges and to analyze how this
market behaves on issues such as GDP, stock market capitalization, volume of negotiations , advantages
and disadvantages ofthis new market. For this, a bibliographic review of the themes in question was made
by various means, such as books,articles,videos and websites made available on the Internet,and organized
this data to obtain the necessary information. What was perceived with this research is that this market,
despite having little expressive numbers compared to developed markets, would be among one of the largest
in the world in stock market capitalization, in volume of stock trading, which could expand the
diversification of investments of savers and the supply of the funds that would have a large market, thus
allowing the investment to be pulverized.
Key-Words: MILA. Pacific Alliance. Mercosur. Stock Exchange. Unification of markets.
1 Especialista em Auditoria e Perícia Contábil – FAEL, Bacharel em Administração de Empresas – UNESC,
Bacharelando em Ciências Contábeis – UNESC. E-mail: chapo.bin@gmail.com
INTRODUÇÃO
O Mercado de Capitais permite o desenvolvimento sustentável das sociedades
que queiram se desenvolver por meio de reorganizações societárias, financiando seus
projetos de crescimento, sejam eles, com a expansão de suas fábricas, lojas, novos
mercados, ou por meio de fusões e aquisições de empresas do mesmo ramo, segmento
e/ou serviço.
As bolsas de valores são instituições em que acontem negociações de moedas,
commoditties, títulos privados e públicos, além de ações de empresas de capital aberto.
Elas fazem o intermédio dessas negociações transferindo o dinheiro dos agentes
superavitários, os poupadores e investidores, e entregando aos agentes deficitários,
empresas e/ou governos com necessidades de investimentos.
A globalização trouxe muitos benefícios, como uma melhor competitividade
entre empresas e países, o aumento da concorrência e a melhora da qualidade de produtos
e serviços de todos os segmentos, além de uma comunicação mais democrática e a
abertura de mercados que antes eram fechados à negociações e muitos outros benefícios.
Um claro exemplo dessa globalização são os blocos econômicos como a União
Européia, o Mercosul, a Aliança do Pacífico, pois seus acordos de livre comércio de
pessoas, bens e serviços permitem aos cidadãos, empresas e governos de outros países, a
facilidade para o intercâmbio de conhecimentos, boas práticas, com menos burocracia em
seus negócios e a livre circulação de pessoas entre as fronteiras dos países integrantes.
Para competir com esse mundo globalizado as bolsas de valores dos países
integrantes da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, Peru e México) fizeram um acordo
com a intenção de criar um mercado regional para a negociação de seus títulos de renda
variável comprando e vendendo ações de empresas de outros países permitindo, por
exemplo, um investidor chileno ter a oportunidade de comprar ações de empresas
mexicanas, se assim o desejar.
Desse acordo foi criado o Mercado Integrado Latino Americano – MILA, que
permitiu às bolsas integrantes uma maior exposição de seus mercados e aos investidores
uma maior variedade de produtos e serviços com a redução de riscos ao diversificar seus
investimentos. Essas integração está funcionando atualmente e outras bolsas de valores
podem seguir o mesmo exemplo fazendo a integração de seus mercados regionais,
trazendo mais desenvolvimento para a região e seus investidores.
Com isso, o objetivo do trabalho é reunir dados bibliográficos e simular
hipoteticamente como seria se as bolsas de valores dos países membro dos Mercosul se
unissem à Aliança do Pacífico criando um mercado regional de valores, nos mesmo
moldes do MILA e comparar com as maiores bolsas de valores do mundo que se
encontram nos países considerados desenvolvidos.
ALIANÇA DO PACÍFICO
A Aliança do Pacífico é um bloco economico formado por Colômbia, Chile,
México e Peru, para servir como um mecanismo de integração econômica e comercial,
foi criada em 28 de abril de 2011, porém só foi formalizada no Acordo Macro em junho
de 2012 (ROMERO, 2014).
Os países do bloco econômico tem, aproximadamente, uma população de 211
milhões de pessoas e um PIB de US$ 2,013 trilhões (um terço do PIB da região), além de
um comércio global de US$ 1,104 trilhão (JANA, 2013).
Os objetivos da Aliança do Pacífico são: - Criar uma área de integração profunda
para avançar progressivamente para a livre circulação de mercadorias, serviços, capitais
e pessoas; - Impulsionar ainda mais o crescimento, o desenvolvimento e a
competitividade das economias das partes, com vista a um maior bem-estar, a superação
da desigualdade econômica e a inclusão social de seus habitantes; e - Tornar-se uma
plataforma de articulação política, de integração econômica e comercial, e de projeção
para o mundo, com especial ênfase na região Ásia-Pacífico (ROMERO, 2014).
Por meio dessa Aliança houve significativos progressos para os países do bloco
como, por exemplo, as tarifas de mais de 90% dos produtos comercializados entre seus
membros foram reduzidas a zero, sendo que os 10% restantes serão zerados em até 17
anos, além de serem liberados a circulação de capitais e serviços, com integração
inclusive de mercados financeiros (ESTADÃO, 2014).
Esses progressos são considerados impressionantes, pois a Aliança existe
formalmente há poucos anos e já avançou em diversos aspectos se comparados à letargia
do Mercosul, cujos projetos de integração se arrastam por mais de 20 anos (ESTADÃO,
2014).
Isso é explicado devido à diferença da visão de mundo dos Blocos: enquanto os
países do Pacífico apostam no livre mercado, os do Mercosul valorizam o estatismo e a
ideologia, que acaba por repelir investidores externos, criminalizar o lucro e condenar a
região ao atraso crônico (ESTADÃO, 2014).
Exemplo disso é a intenção da Aliança do Pacífico, que pretende ser o principal
polo de atração de investimentos na América Latina e quer ser a ponte para uma eventual
integração com a China, Coreia do Sul e Japão, que já são observadores do bloco.
Essa a aliança está fundada em políticas que visam flexibilizar cada vez mais as
relações comerciais, que preservam a previsibilidade da política econômica, que reduzem
a burocracia e que, principalmente, respeitam os contratos em vigor (ESTADÃO, 2014).
MERCADO INTEGRADO LATINO AMERICANO – MILA
Antes mesmo da Aliança do Pacífico ser formalizada em 2012, já haviam
conversas no sentido de fomentar a integração das bolsas de valores dos países membros.
Seu início foi em 2009, ano em que as Bolsas de Valores do Peru, Chile e Colômbia
firmaram acordo para criar o Mercado Integrado Latino-Americano – MILA, que
começou a operar em maio de 2011, e seu último membro, México, que teve a adesão
plena em 21 de Janeiro de 2015, devido à trâmites legais (PATRÍCIO, 2015).
O MILA funciona como uma ferramenta de adequação e harmonização da
regulação facilitadora das operações financeiras internacionais, sendo o primeiro mercado
da América Latina em número de empresas integradas, o segundo em tamanho de
capitalização de ações de empresas listadas em bolsa e o terceiro em volume de
negociação da região (PATRÍCIO, 2015).
Seu objetivo principal é se tornar um polo relevante oferecendo variedade de
investimentos, a emissores, investidores e intermediários, com oportunidades atrativas de
acesso ao mercado regional (ZAMBRANO, 2015).
O MILA se tornou a primeira iniciativa de integração bursátil transnacional sem
a fusão ou integração corporativa entre as bolsas, tudo isso mediante o uso de potentes
ferramentas tecnológicas somados à adequação e à harmonização da devida regulação
para a negociação em mercado de capitais e sobre as custódias de títulos nos quatro países
membros (ZAMBRANO, 2015).
Outras características importantes do MILA são que nenhum mercado perde sua
independência, nem a autonomia regulatória, o que acaba por valorizar o seu objetivo
comum que é o crescimento em conjunto como um mercado integrado e o diferenciando
de outras plataformas integradas como a europeia, além da vantagem para o investidor
que pode realizar suas operações em moedas locais e ter suas ordens roteadas por um
intermediário local, o que facilita as operações internacionais por meio dessa ferramenta
(ZAMBRANO, 2015).
MERCADO COMUM DO SUL – MERCOSUL
O Mercado Comum do Sul – MERCOSUL é um processo de integração regional
formado inicialmente pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, que são os signatários
do Tratado de Assunção, ao qual recentemente incorporaram-se a Venezuela (que
atualmente está suspensa) e a Bolívia, esta última em processo de adesão (MERCOSUL,
2018).
Seu principal objetivo é propiciar um espaço comum que gere oportunidades
comerciais e de investimentos mediante a integração competitiva das economias
nacionais ao mercado internacional (MERCOSUL, 2018).
Possui uma área territorial de 11.877.508 km², uma população de 244 milhões
de habitantes, com uma densidade demográfica de 18,2 hab/km². Seu Produto Interno
Bruto – PIB é de US$ 2,68 trilhões, com um PIB per capita de US$ 10.342, oficialmente
são falados dois idiomas, Português e Espanhol e as moedas em circulação são: Real,
Peso Argentino, Peso Uruguaio e Guarani (PENA, 2018).
BRASIL, BOLSA, BALCÃO - B3
A B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão foi criada em março de 2017 a partir da
combinação de atividades da BM&FBOVESPA com a CETIP, empresa prestadora de
serviços financeiros no mercado de balcão organizado (B3, 2017a).
Além de primar pela excelência operacional, tecnológica e de gestão de risco, a
B3 exerce o papel de fomentar os mercados em que atua por intermédio de inovações e
desenvolvimento de produtos, além de programas de educação para a população (B3,
2017a).
A B3 é uma sociedade de capital aberto, cujas ações B3SA3 são negociadas no
Novo Mercado — segmento em que as empresas assumem compromissos de melhores
práticas de governança corporativa — e integra os índices Ibovespa, IBrX-50, IBrX e
Itag, entre outros (B3, 2017a).
Com sede em São Paulo e unidades ao redor do mundo, oferece suporte aos
participantes desses mercados nas atividades com os clientes estrangeiros e no
relacionamento com os órgãos reguladores, além de divulgar seus produtos e práticas de
governança a potenciais investidores (B3, 2017b).
Sua capitalização bursátil no ano de 2017 foi de US$ 953 bilhões com a
participação de 344 empresas listadas em bolsa. O volume financeiro diário foi de US$
2,6 bilhões, distribuídos em 997,852 negócios por dia, em média, de acordo com o
Boletim Diário de Informações da B3 (B3, 2017b).
BOLSAS Y MERCADOS ARGENTINOS - BYMA
Em 10 de julho de 1854, foi fundada a Bolsa de Valores de Buenos Aires que
estava localizada em uma casa pertencente à família do general José de San Martín e as
transações eram feitas em onças de ouro que foi o principal título de seu movimento até
a crise de 1890 (FIAB, 2017a).
Como resultado do crescimento do número de parceiros e operações, em 1862
inaugurou-se o primeiro prédio, que agora funciona como anexo ao Banco Central da
República e vinte anos depois outra terra foi adquirida em frente à Casa do Governo e foi
construído o terceiro edifício, no qual a Bolsa de Valores tornou-se operacional em 1885,
o atual acesso principal do Banco de la Nación Argentina (FIAB, 2017a).
Outro marco na história do mercado de ações argentino foi a aprovação da Lei
17.811 da Oferta Pública de Valores Mobiliários em 1968. Por meio deste documento, a
Comissão Nacional de Valores Mobiliários foi criada e os poderes de auto-regulação
foram concedidos para bolsas de valores e mercados no país (FIAB, 2017a).
Durante a década de 1990, a Bolsa de Valores tornou-se a instituição líder que
permitiu que pequenos e grandes investidores participassem como acionistas das grandes
empresas de serviços públicos que foram privatizadas (FIAB, 2017a).
E em 2000, a Associação voltou ao resgate do país com a reestruturação de sua
dívida pública e privada. Graças ao cumprimento no tempo e na forma de seus
compromissos financeiros, e apesar da mudança nas regras do jogo durante a última crise,
a Bolsa manteve sua confiabilidade institucional (FIAB, 2017a).
Assim como ocorreu na B3, em 2017 houve uma fusão entre as bolsas e
atualmente ela se chama Bolsas y Mercados Argentinos S.A. – BYMA, que é a
continuação do Mercado de Valores de Buenos Aires S.A. e a Bolsa de Valores de Buenos
Aires (BYMA, 2017).
Sua capitalização bursátil em 2016 foi de US$ 285,108 milhões, com a
participação de 99 empresas listadas negociadas no ano um volume de US$ 4,6 milhões
de dólares sendo negociadas um total de 3,5 milhões de ações entre as partes (FIAB,
2017a).
BOLSA DE VALORES DE MONTEVIDÉU - BVM
Em 1867 a bolsa de valores começou a operar no Uruguai. A instituição foi
criada com o objetivo de fornecer aos principais comerciantes da época um ponto de
encontro diário, em um horário predeterminado, para lidar com seus negócios (FIAB,
2017b).
Mas, o destaque da instituição é o papel desempenhado no Uruguai no final do
século XIX e início do século XX, uma vez que muitos dos principais empreendimentos
que cresceram no país começaram tomando capital do mercado acionário (FIAB, 2017b).
Fato disto é que ao longo dos anos foram compradas e vendidas ações de
empresas importantes da história do país como Funsa, Fábrica Nacional de Papel,
Frigorífico Modelo, Montevideo Refrescos, Tem, Fábricas Nacionais de Cerveja, Salus,
Aluminios del Uruguay, Cristalerias, Conaprole e Pamer, entre outros (FIAB, 2017b).
Em 1996, o mercado de ações foi favorecida com a aparição dos
Administradores do Fundo de Previdência Social (AFAP) e da Lei do Mercado de Valores
e Obrigações Negociáveis.
Em 1997, a Bolsa de Valores de Montevidéu – BVM desenvolveu seu Sistema
de Compensação, Liquidação e Custódia de Valores Mobiliários. E em 2008, as
operações eletrônicas começaram com o mercado espanhol de valores mobiliários
integrados (SIBE).
Hoje, a Bolsa de Montevidéu está passando por um processo que permitirá que
continue sendo um dos motores que impulsionam o desenvolvimento do país através de
uma canalização adequada da poupança uruguaia (FIAB, 2017b).
A instituição busca o fortalecimento do mercado de capitais, do financiamento
dos projetos das empresas, da promoção da inclusão financeira e da criação de
instrumentos que permitam o acesso aos investidores e ao público em geral para poupança
e para o mercado de ações (FIAB, 2017b).
A bolsa de valores de Montevideo fechou o ano de 2017 com uma capitalização
bursátil de US$ 133 milhões com a participação de 8 empresas de capital aberto, somados
à um motante total de US$ 9,3 milhões movimentados por meio de 755 negócios de
compra e venda de ações (URUGUAY, 2017).
BOLSA DE VALORES E PRODUTOS DE ASSUNÇÃO S.A.
A Bolsa de Valores e Produtos da Assunção S.A. – BVPASA foi fundada em
1977 por iniciativa do que é agora a Câmara Nacional de Comércio e Serviços do
Paraguai. A situação política naquela época tornou seu desenvolvimento muito difícil e
após as primeiras tentativas para alcançar seu funcionamento, as rodas foram fechadas
antes de 1980 (FIAB, 2017c).
A partir de 1989, com a mudança política e econômica do país, a nova Lei nº
94/91 do Mercado de Valores Mobiliários foi promulgada em 1991, com a qual foi criada
a Comissão Nacional de Valores Mobiliários (FIAB, 2017c).
Em 1993, foi finalizada a reabertura das rodas de negociação, que marcou o
ponto de partida do histórico operacional da Bolsa de Valores de Assunção e dos
Produtos, e a partir dessa data, foram contabilizados dados estatísticos sobre todas as
operações de estoque no país (FIAB, 2017c).
As primeiras leis estabeleceram incentivos fiscais para o desenvolvimento e
entrada de empresas no mercado, tendo efeitos importantes nos próximos anos, com mais
de 50 companhias de capital aberto que foram listadas (FIAB, 2017c).
Em 2010 com a implementação do Sistema de Negociação Eletrônica na qual a
Bolsa de Valores iniciou as funções de Custodiante de Valores Mobiliários através da
desmaterialização de títulos físicos e do registro de participações através de inscrições
contábeis (FIAB, 2017c).
Ações, títulos corporativos, Obrigações Subordinadas, Obrigações de
Investimento, Obrigações de Curto Prazo, Títulos de Crédito e Obrigações do Tesouro
são negociados através da BVPASA (FIAB, 2017c).
Em 2016 a capitalização bursátil foi de 1,296 milhões de dólares com a
participação de 42 sociedades listadas em bolsa e negociado em média 14 milhões de
dólares (FIAB, 2017c).
METODOLOGIA CIENTÍFICA
O método praticado na pesquisa foi bibliográfico, pois foi elaborado com base
em material já publicado e com o objetivo de analisar posições diversas em relação a
determinado assunto, assim os dados serão de diversas fontes como sites, jornais, revistas
vídeos e livros que reúnam informações sobre o assunto estudado (GIL, 2010).
Para saber o tamanho desse mercado foi feita a soma dos indicadores
econômicos, sociais dos países e informações importantes das bolsas de valores dos
países integrados e a fase de comparação do mercado com o mercado mais desenvolvido
seguiu o mesmo molde.
Os dados foram coletados de fontes confiáveis como o Banco Mundial, os
Bancos Centrais de cada país, os dados históricos disponíveis nas bolsas de valores e
quando não encontrados foram buscadas em outras fontes como jornais, revistas e sites
sobre o setor. Após isso a análise dos dados foi feita por meio de tabelas elaboradas no
aplicativo Microsoft Office Excel sendo feita a comparação desses dados para analisar o
cenário hipotético caso a suposta conjuntura que foi proposta fosse concreta no mundo
atual.
ANÁLISE DOS DADOS
Com a união das bolsas de valores dos países do Mercosul (Argentina, Brasil,
Paraguai e Uruguai) e da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Peru), temos a
integração de oito países e uma das maiores bolsas de valores do mundo em negociações
e valor de mercado.
Em termos de população esse mercado teve no ano de 2016 uma população
aproximada de 487 milhões de pessoas, fator importante na questão de liquidez pela
possibilidade de mais pessoas investirem no mercado de ações e assim permitir aos
empresários utilizarem esse mercado na captação de seus recursos.
QUADRO 1 - POPULAÇÃO
PAÍSES POPULAÇÃO (EM MILHÕES) – 2016
Argentina 43,847
Brasil 207,652
Chile 17,909
Colômbia 48,653
México 127,540
Paraguai 6,725
Peru 31,773
Uruguai 3,444
MERCADO UNIFICADO 487,547
Fonte: https://data.worldbank.org/indicator/SP.POP.TOTL?locations=CO-MX-PE-CL-PY-UY-AR-BR.
O Produto Interno Bruto – PIB de um país é uma das principais métricas para
contabilizar o valor total da produção econômica de um país, onde se estimam os bens e
serviços prestados por aquele país ou região (GOMES, 2012). Em tamanho de mercado
com essa unificação teríamos um PIB de 4,190,018 trilhões de dólares em 2016.
QUADRO 2 - PIB (em US$)
PAÍSES PIB – 2016 (EM BILHÕES)
Argentina 545,476
Brasil 1,796,000
Chile 247,028
Colômbia 282,463
México 1,047,000
Paraguai 27,424
Peru 192,207
Uruguai 52,420
MERCADO UNIFICADO 4,190,018
Fonte: https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD?locations=CO-MX-PE-CL-PY-UY-A R-
BR.
A capitalização bursátil que é a soma de todas as ações negociadas em bolsa
vezes o valor que são negociadas é importante para determinar qual é o tamanho do
mercado e se está crescendo ou reduzindo (MINARDI; SANVICENTE; MONTEIRO,
2007). No mercado unificado essa capitalização ficou em US$ 1,008 trilhão de dólares
em 2016.
QUADRO 3 - CAPITALIZAÇÃO BURSÁTIL (US$)
PAÍSES CAPITALIZAÇÃO – 2016 (US$ - BILHÕES)
Argentina 63,601
Brasil 758,559
Chile 212,48
Colômbia 103,819
México 350,81
Paraguai 1,296
Peru 81,089
Uruguai 0,936
MERCADO UNIFICADO 1,008,364
Fontes:
https://data.worldbank.org/indicator/CM.MKT.LCAP.CD?locations=BR-AR-CL-CO-MX-PY-PE-UY.
http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-valores-y-productos-de-asuncion/
http://www.bcu.gub.uy/Servicios-Financieros-SSF/Principales_Variables_del_Mercado_de_Valores/mvrf
07d1217.pdf
A relação entre o PIB e a capitalização bursátil serve para estimar o valor das
empresas em qualquer momento específico, pois quanto mais alto o índice mais cara está
a bolsa o que se traduz em uma economia crescente (ROCHA, 2017). O mercado
unificado tem uma relação de 35,15% sendo considerado uma relação baixa entre eles,
pois quanto mais próximo o mercado está de 100%, mais pode ser considerado
desenvolvido e ativo.
QUADRO 4 - CAPITALIZAÇÃO BURSÁTIL X PIB (% )
PAÍSES CAPITALIZAÇÃO BURSÁTIL X PIB (% )
Argentina 11,7%
Brasil 42,2%
Chile 86,0%
Colômbia 36,8%
México 33,5%
Paraguai 4,73 %
Peru 42,2%
Uruguai 1,79 %
MERCADO UNIFICADO 35,15%
Fontes:
https://data.worldbank.org/indicator/CM.MKT.LCAP.GD.ZS?locations=BR-AR-CL-CO-MX-PY-PE-UY
http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-valores-y-productos-de-asuncion/
http://www.bcu.gub.uy/Servicios-Financieros-SSF/Principales_Variables_del_Mercado_de_Valores/mvr
f07d1217.pdf
O total de companhias listadas em um mercado indica sua força, tamanho e
maturidade, pois mostra que as empresas estão buscando os recursos necessários para
investimentos não por meio de dívidas, empréstimos e financiamentos, e sim pela
distribuição de participações societárias utilizando-se das Ofertas Públicas Iniciais – IPO
que é o primeiro momento em que a empresa arrecada o capital.
Além de mostrar que os investidores estão querendo ser sócios das empresas ao
acreditarem em seus projetos e com a visão de longo prazo, que trazem resultados
consistentes nos retornos dos seus investimentos. No mercado unificado essa relação de
companhias listadas no ano de 2016 chega à marca de 1116 empresas de capital aberto e
que tem suas ações negociadas em bolsa de valores.
QUADRO 5 - COMPANHIAS LISTADAS
PAÍSES QUANTIDADE DE COMPANHIAS LISTADAS
Argentina 93
Brasil 338
Chile 214
Colômbia 68
México 137
Paraguai 42
Peru 217
Uruguai 7
MERCADO UNIFICADO 1116
Fonte:
https://data.worldbank.org/indicator/CM.MKT.LDOM.NO?locations=BR-AR-CL-CO-MX-PY-PE-UY.
http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-valores-y-productos-de-asuncion/
http://www.mercadobursatil.com.uy/servlet/hoperativaporinstrumentoportada
O volume de negociações de ações indica o quanto de dinheiro foi movimentado
no período desejado, podendo ser diário, semanal, mensal e anual, sendo um fator
importante para estimar a liquidez do mercado. O volume de negociações de ações no
mercado unificado em 2016 foi de 718,023 bilhões de dólares, sendo considerado um
mercado com alta liquidez.
QUADRO 6 - VOLUME DE NEGOCIAÇÃO (US$)
PAÍSES VOLUME DE NEGOCIAÇÃO (US$) - 2016
Argentina 4,3 Bilhões
Brasil 561 Bilhões
Chile 24 Bilhões
Colômbia 14 Bilhões
México 112 Bilhões
Paraguai 14 Milhões
Peru 2,6 Bilhões
Uruguai 9,3 Milhões
MERCADO UNIFICADO 718,023 BILHÕES
Fontes:
https://data.worldbank.org/indicator/CM.MKT.TRAD.CD?locations=BR-AR-CL-CO-MX-PY-PE-UY.
http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-valores-y-productos-de-asuncion/
http://www.mercadobursatil.com.uy/servlet/hoperativaporinstrumentoportada
Esse mercado tem uma estrutura invejável, com uma população de 487,5 milhões
de habitantes, uma região com empresas que têm potencial para abertura de capital e uma
quantidade imensa de possíveis investidores. A capacidade de produção de bens e
serviços desse mercado é de 4,2 trilhões de dólares de acordo com os dados do PIB e sua
capitalização bursátil é de 1 trilhão de dólares e a relação Capitalização X PIB é de
35,15%, tendo potencial para crescer mais ainda. O número de companhias listadas é de
1116 empresas com ações negociadas em bolsas de valores e no ano de 2016 foram
negociadas em ações um montante de 718,023 bilhões de dólares, como é demonstrado
na tabela abaixo.
QUADRO 7 - DADOS DO MERCADO UNIFICADO
MERCADO UNIFICADO
População 487,5 milhões/ hab.
PIB 4,2 trilhões (US$)
Capitalização bursátil 1,0 trilhões (US$)
Capitalização bursátil X PIB 35,15%
Companhias listadas 1116 empresas
Volume de negociação de ações 718,023 bilhões (US$)
Fonte: dados da pesquisa.
A título de comparação é utilizado os dados do mercado americano que é
desenvolvido e considerado uma referência mundial em diversos segmentos,
principalmente no mercado acionário onde é possível confirmar o seu tamanho e
importância.
Enquanto os Estados Unidos da América – EUA tem uma população de 323
milhões de habitantes, o Mercado Unificado tem uma população de 487,5 milhões de
habitantes.
O PIB do Mercado Unificado foi de 4,2 trilhões de dólares e o americano em
2016 foi de 18,56 trilhões de dólares, quase 4,4 vezes o PIB do Mercado Unificado.
A capitalização bursátil do Mercado Unificado em 2016 ficou em 1 trilhão de
dólares e o americano fechou o ano em 24,9 trilhões de dólares, em termos de
capitalização o mercado americano tem 24 vezes o tamanho do Mercado Unificado.
A relação entre o PIB e a capitalização bursátil do mercado americano é de
131,76% e o do Mercado Unificado é de 35,15%, o que mostra que essa relação é 3,75
vezes maior no mercado americano.
Enquanto o mercado americano tem 5200 companhias listadas em bolsas de
valores o Mercado Unificado tem 1116 empresas listadas, o que resulta em 4084 empresas
a mais listadas ou 4,66 vezes mais empresas no mercado americano.
E o Mercado Unificado em 2016 negociou em ações um total de US$ 718 bilhões
e o mercado americano negociou em ações US$ 28,4 trilhões, representado em 39,5 vezes
o que é negociado no Mercado Integrado em um ano, o que mostra que o mercado
americano é bem líquido.
QUADRO 8 - COMPARAÇÃO ENTRE MERCADOS
DESCRIÇÃO – ANO 2016 MERCADO UNIFICADO EUA: NASDAQ + NYSE
População 487,5 milhões/ hab. 323,0 milhões/hab.
PIB 4,2 trilhões (US$) 18,56 trilhões (US$)
Capitalização bursátil 1,0 trilhões (US$) 24,9 trilhões (US$)
Capitalização bursátil X PIB 35,15% 131,76%
Companhias listadas 1116 empresas 5200 empresas
Volume de negociação de ações 718 bilhões (US$) 28,4 trilhões (US$)
Fontes:
https://www.indexmundi.com/pt/estados_unidos/produto_interno_bruto_(pib).html
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/03/05/Como-funciona-e-por-que-existe-a-Nasdaq-uma-
bolsa-de-valores-para-empresas-de-tecnologia
https://www.world-exchanges.org/home/index.php/statistics/annual-statistics
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As integrações de mercados são uma tendência mundial, como é visto na Europa,
na Ásia e na América com a Aliança do Pacífico, com isso o próximo passo para o
crescimento dos mercados da América Latina seria a integração gradual de seus mercados
regionais, começando com a integração do MILA com os países membros do Mercosul,
que foi abordado nesse estudo.
Essa integração é importante, pois une os mercados, proporciona novos
negócios, intercâmbios culturais, sociais e econômicos e permite à empresa que deseja
captar recursos no mercado de capitais, uma melhor oferta com um amplo mercado. E
para o investidor é importante porque proporciona a diversificação de seus investimentos,
permitindo a compra de ações de companhias listadas em outros países e a chance de
reduzir os riscos de investir em apenas um país.
A unificação do mercado, apesar de ter números superando a casa dos trilhões
de dólares, é tímida e pouco expressiva se comparado aos mercados desenvolvidos,
principalmente ao dos EUA, parte disso é que culturalmente o mercado de ações é pouco
utilizado na América Latina, pois, as empresas preferem pegar empréstimos e
financiamentos, centralizando o poder e as decisões da empresas. O que ocorre
inversamente nas empresas de capital aberto que tem que compartilhar a gestão, o poder
e suas decisões, além dos ganhos.
Mas, com a globalização e a facilidade de comunicação, negociações e
tecnologias dentro de alguns anos isso irá mudar permitindo o desenvolvimento do
mercado, aumentando sua liquidez, o acesso democrático das informações das empresas
e um mercado de capitais mais maduro, ativo e unificado.
REFERÊNCIAS
B3. Perfil e Histórico. 2017a. Disponível em: <http://ri.bmfbovespa.com.br/static/ptb/perfil-
historico.asp?idioma=ptb>. Acesso em: 20 jan. 2018.
____.Boletim Diário de Informações: Segmento Bovespa. 2017b. Disponível em:
<http://bvmf.bmfbovespa.com.br/download/BOLETINSDIARIOS/bdi_00_20171228.pdf>. Acesso em:
20 jan. 2018.
BYMA (Argentina). Con el tradicional toque de campana, BYMA inició la negociación. 2017.
Disponível em: <https://www.byma.com.ar/wp-content/uploads/2017/06/COMUNICADO-BYMA-
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GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 184p.
GOMES, Orlando. Macroeconomia: Noções Básicas. 2012. Disponível em:
<https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/1186/1/MacroIntroCap.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2018.
ESTADÃO. A Aliança do Pacífico avança. 2014. Disponível em:
<http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-alianca-do-pacifico-avanca-imp-,1130910>. Acesso em: 20
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FIAB. Bolsa de Comercio de Buenos Aires. 2017a. Disponível em: <http://handbook.fiabnet.org/bolsa-
de-comercio-de-buenos-aires/>. Acesso em: 20 jan. 2018.
______.Bolsa de Valores de Montevidéu. 2017b. Disponível em: <http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-
valores-de-montevideo/>. Acesso em: 20 jan. 2018.
______.Bolsa de Valores y Productos de Asunción. 2017c. Disponível em:
<http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-valores-y-productos-de-asuncion/#BreveHistoria>. Acesso em: 20
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JANA, Álvaro. Aliança do Pacífico: amplo espaço de integração. Revista Uno, Rio de Janeiro, n. 15, p.17-
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MERCOSUL. Em Poucas Palavras. 2018. Disponível em:
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2018.
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20 jan. 2018.
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América Latina. Conjuntura Global, Brasil, v. 3, n. 2, p.89-98, abr./jun. 2014. Trimestral. Disponível em:
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URUGUAY, Mercado Bursátil del. Operativa Por Instrumentos. 2017. Disponível em:
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ZAMBRANO, Mario. Mercado Integrado Latinoamericano: Peru, 2015. Color. Disponível em:
<http://www.iimv.org/iimv-wp-1-0/resources/uploads/2015/12/13-ppt-MILA-04122015.pdf>. Acesso em:
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Unificação das bolsas do Mercosul e Aliança do Pacífico

  • 1. UNIFICAÇÃO DAS BOLSAS DE VALORES DO MERCOSUL E ALIANÇA DO PACÍFICO UNIFICATION OF THE MERCOSUR STOCK EXCHANGE AND PACIFIC ALLIANCE Douglas Ramos dos Reis dos Santos1 RESUMO Este artigo tem como objetivo apresentarum cenário que considera a integração dos mercados de capitais entre os membros do Mercosul e da Aliança do Pacífico por meio da unificação de suas bolsas de valores e analisar como esse mercado se comporta em questões como PIB, capitalização bursátil, volume de negociações,vantagens e desvantagensdeste novo mercado. Para isso foi feita uma revisão bibliográfica dos temas em questão por diversos meios, como livros, artigos, vídeos e sites disponibilizados na internet e organizados esses dados para obter as informações necessárias.O que foi percebido com essa pesquisa é que esse mercado, apesar de ter números pouco expressivo se comparados a mercados desenvolvidos, estaria entre um dos maiores do mundo em capitalização bursátil, em volume de negociações de ações, o que poderia ampliar a diversificação dos investimentos de poupadores e a oferta dos captadores de recursos que teriam um amplo mercado, permitindo assim a pulverização dos investimentos. Palavras-Chave: MILA. Aliança Do Pacífico. Mercosul. Bolsa de Valores. Unificação dos Mercados. ABSTRACT This article aims to present a scenario that considers the integration ofthe capitalmarkets between Mercosur and Pacific Alliance members through the unification of their stock exchanges and to analyze how this market behaves on issues such as GDP, stock market capitalization, volume of negotiations , advantages and disadvantages ofthis new market. For this, a bibliographic review of the themes in question was made by various means, such as books,articles,videos and websites made available on the Internet,and organized this data to obtain the necessary information. What was perceived with this research is that this market, despite having little expressive numbers compared to developed markets, would be among one of the largest in the world in stock market capitalization, in volume of stock trading, which could expand the diversification of investments of savers and the supply of the funds that would have a large market, thus allowing the investment to be pulverized. Key-Words: MILA. Pacific Alliance. Mercosur. Stock Exchange. Unification of markets. 1 Especialista em Auditoria e Perícia Contábil – FAEL, Bacharel em Administração de Empresas – UNESC, Bacharelando em Ciências Contábeis – UNESC. E-mail: chapo.bin@gmail.com
  • 2. INTRODUÇÃO O Mercado de Capitais permite o desenvolvimento sustentável das sociedades que queiram se desenvolver por meio de reorganizações societárias, financiando seus projetos de crescimento, sejam eles, com a expansão de suas fábricas, lojas, novos mercados, ou por meio de fusões e aquisições de empresas do mesmo ramo, segmento e/ou serviço. As bolsas de valores são instituições em que acontem negociações de moedas, commoditties, títulos privados e públicos, além de ações de empresas de capital aberto. Elas fazem o intermédio dessas negociações transferindo o dinheiro dos agentes superavitários, os poupadores e investidores, e entregando aos agentes deficitários, empresas e/ou governos com necessidades de investimentos. A globalização trouxe muitos benefícios, como uma melhor competitividade entre empresas e países, o aumento da concorrência e a melhora da qualidade de produtos e serviços de todos os segmentos, além de uma comunicação mais democrática e a abertura de mercados que antes eram fechados à negociações e muitos outros benefícios. Um claro exemplo dessa globalização são os blocos econômicos como a União Européia, o Mercosul, a Aliança do Pacífico, pois seus acordos de livre comércio de pessoas, bens e serviços permitem aos cidadãos, empresas e governos de outros países, a facilidade para o intercâmbio de conhecimentos, boas práticas, com menos burocracia em seus negócios e a livre circulação de pessoas entre as fronteiras dos países integrantes. Para competir com esse mundo globalizado as bolsas de valores dos países integrantes da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, Peru e México) fizeram um acordo com a intenção de criar um mercado regional para a negociação de seus títulos de renda variável comprando e vendendo ações de empresas de outros países permitindo, por exemplo, um investidor chileno ter a oportunidade de comprar ações de empresas mexicanas, se assim o desejar. Desse acordo foi criado o Mercado Integrado Latino Americano – MILA, que permitiu às bolsas integrantes uma maior exposição de seus mercados e aos investidores uma maior variedade de produtos e serviços com a redução de riscos ao diversificar seus investimentos. Essas integração está funcionando atualmente e outras bolsas de valores podem seguir o mesmo exemplo fazendo a integração de seus mercados regionais, trazendo mais desenvolvimento para a região e seus investidores.
  • 3. Com isso, o objetivo do trabalho é reunir dados bibliográficos e simular hipoteticamente como seria se as bolsas de valores dos países membro dos Mercosul se unissem à Aliança do Pacífico criando um mercado regional de valores, nos mesmo moldes do MILA e comparar com as maiores bolsas de valores do mundo que se encontram nos países considerados desenvolvidos. ALIANÇA DO PACÍFICO A Aliança do Pacífico é um bloco economico formado por Colômbia, Chile, México e Peru, para servir como um mecanismo de integração econômica e comercial, foi criada em 28 de abril de 2011, porém só foi formalizada no Acordo Macro em junho de 2012 (ROMERO, 2014). Os países do bloco econômico tem, aproximadamente, uma população de 211 milhões de pessoas e um PIB de US$ 2,013 trilhões (um terço do PIB da região), além de um comércio global de US$ 1,104 trilhão (JANA, 2013). Os objetivos da Aliança do Pacífico são: - Criar uma área de integração profunda para avançar progressivamente para a livre circulação de mercadorias, serviços, capitais e pessoas; - Impulsionar ainda mais o crescimento, o desenvolvimento e a competitividade das economias das partes, com vista a um maior bem-estar, a superação da desigualdade econômica e a inclusão social de seus habitantes; e - Tornar-se uma plataforma de articulação política, de integração econômica e comercial, e de projeção para o mundo, com especial ênfase na região Ásia-Pacífico (ROMERO, 2014). Por meio dessa Aliança houve significativos progressos para os países do bloco como, por exemplo, as tarifas de mais de 90% dos produtos comercializados entre seus membros foram reduzidas a zero, sendo que os 10% restantes serão zerados em até 17 anos, além de serem liberados a circulação de capitais e serviços, com integração inclusive de mercados financeiros (ESTADÃO, 2014). Esses progressos são considerados impressionantes, pois a Aliança existe formalmente há poucos anos e já avançou em diversos aspectos se comparados à letargia do Mercosul, cujos projetos de integração se arrastam por mais de 20 anos (ESTADÃO, 2014).
  • 4. Isso é explicado devido à diferença da visão de mundo dos Blocos: enquanto os países do Pacífico apostam no livre mercado, os do Mercosul valorizam o estatismo e a ideologia, que acaba por repelir investidores externos, criminalizar o lucro e condenar a região ao atraso crônico (ESTADÃO, 2014). Exemplo disso é a intenção da Aliança do Pacífico, que pretende ser o principal polo de atração de investimentos na América Latina e quer ser a ponte para uma eventual integração com a China, Coreia do Sul e Japão, que já são observadores do bloco. Essa a aliança está fundada em políticas que visam flexibilizar cada vez mais as relações comerciais, que preservam a previsibilidade da política econômica, que reduzem a burocracia e que, principalmente, respeitam os contratos em vigor (ESTADÃO, 2014). MERCADO INTEGRADO LATINO AMERICANO – MILA Antes mesmo da Aliança do Pacífico ser formalizada em 2012, já haviam conversas no sentido de fomentar a integração das bolsas de valores dos países membros. Seu início foi em 2009, ano em que as Bolsas de Valores do Peru, Chile e Colômbia firmaram acordo para criar o Mercado Integrado Latino-Americano – MILA, que começou a operar em maio de 2011, e seu último membro, México, que teve a adesão plena em 21 de Janeiro de 2015, devido à trâmites legais (PATRÍCIO, 2015). O MILA funciona como uma ferramenta de adequação e harmonização da regulação facilitadora das operações financeiras internacionais, sendo o primeiro mercado da América Latina em número de empresas integradas, o segundo em tamanho de capitalização de ações de empresas listadas em bolsa e o terceiro em volume de negociação da região (PATRÍCIO, 2015). Seu objetivo principal é se tornar um polo relevante oferecendo variedade de investimentos, a emissores, investidores e intermediários, com oportunidades atrativas de acesso ao mercado regional (ZAMBRANO, 2015). O MILA se tornou a primeira iniciativa de integração bursátil transnacional sem a fusão ou integração corporativa entre as bolsas, tudo isso mediante o uso de potentes ferramentas tecnológicas somados à adequação e à harmonização da devida regulação para a negociação em mercado de capitais e sobre as custódias de títulos nos quatro países membros (ZAMBRANO, 2015).
  • 5. Outras características importantes do MILA são que nenhum mercado perde sua independência, nem a autonomia regulatória, o que acaba por valorizar o seu objetivo comum que é o crescimento em conjunto como um mercado integrado e o diferenciando de outras plataformas integradas como a europeia, além da vantagem para o investidor que pode realizar suas operações em moedas locais e ter suas ordens roteadas por um intermediário local, o que facilita as operações internacionais por meio dessa ferramenta (ZAMBRANO, 2015). MERCADO COMUM DO SUL – MERCOSUL O Mercado Comum do Sul – MERCOSUL é um processo de integração regional formado inicialmente pela Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, que são os signatários do Tratado de Assunção, ao qual recentemente incorporaram-se a Venezuela (que atualmente está suspensa) e a Bolívia, esta última em processo de adesão (MERCOSUL, 2018). Seu principal objetivo é propiciar um espaço comum que gere oportunidades comerciais e de investimentos mediante a integração competitiva das economias nacionais ao mercado internacional (MERCOSUL, 2018). Possui uma área territorial de 11.877.508 km², uma população de 244 milhões de habitantes, com uma densidade demográfica de 18,2 hab/km². Seu Produto Interno Bruto – PIB é de US$ 2,68 trilhões, com um PIB per capita de US$ 10.342, oficialmente são falados dois idiomas, Português e Espanhol e as moedas em circulação são: Real, Peso Argentino, Peso Uruguaio e Guarani (PENA, 2018). BRASIL, BOLSA, BALCÃO - B3 A B3 S.A. – Brasil, Bolsa, Balcão foi criada em março de 2017 a partir da combinação de atividades da BM&FBOVESPA com a CETIP, empresa prestadora de serviços financeiros no mercado de balcão organizado (B3, 2017a).
  • 6. Além de primar pela excelência operacional, tecnológica e de gestão de risco, a B3 exerce o papel de fomentar os mercados em que atua por intermédio de inovações e desenvolvimento de produtos, além de programas de educação para a população (B3, 2017a). A B3 é uma sociedade de capital aberto, cujas ações B3SA3 são negociadas no Novo Mercado — segmento em que as empresas assumem compromissos de melhores práticas de governança corporativa — e integra os índices Ibovespa, IBrX-50, IBrX e Itag, entre outros (B3, 2017a). Com sede em São Paulo e unidades ao redor do mundo, oferece suporte aos participantes desses mercados nas atividades com os clientes estrangeiros e no relacionamento com os órgãos reguladores, além de divulgar seus produtos e práticas de governança a potenciais investidores (B3, 2017b). Sua capitalização bursátil no ano de 2017 foi de US$ 953 bilhões com a participação de 344 empresas listadas em bolsa. O volume financeiro diário foi de US$ 2,6 bilhões, distribuídos em 997,852 negócios por dia, em média, de acordo com o Boletim Diário de Informações da B3 (B3, 2017b). BOLSAS Y MERCADOS ARGENTINOS - BYMA Em 10 de julho de 1854, foi fundada a Bolsa de Valores de Buenos Aires que estava localizada em uma casa pertencente à família do general José de San Martín e as transações eram feitas em onças de ouro que foi o principal título de seu movimento até a crise de 1890 (FIAB, 2017a). Como resultado do crescimento do número de parceiros e operações, em 1862 inaugurou-se o primeiro prédio, que agora funciona como anexo ao Banco Central da República e vinte anos depois outra terra foi adquirida em frente à Casa do Governo e foi construído o terceiro edifício, no qual a Bolsa de Valores tornou-se operacional em 1885, o atual acesso principal do Banco de la Nación Argentina (FIAB, 2017a). Outro marco na história do mercado de ações argentino foi a aprovação da Lei 17.811 da Oferta Pública de Valores Mobiliários em 1968. Por meio deste documento, a Comissão Nacional de Valores Mobiliários foi criada e os poderes de auto-regulação foram concedidos para bolsas de valores e mercados no país (FIAB, 2017a).
  • 7. Durante a década de 1990, a Bolsa de Valores tornou-se a instituição líder que permitiu que pequenos e grandes investidores participassem como acionistas das grandes empresas de serviços públicos que foram privatizadas (FIAB, 2017a). E em 2000, a Associação voltou ao resgate do país com a reestruturação de sua dívida pública e privada. Graças ao cumprimento no tempo e na forma de seus compromissos financeiros, e apesar da mudança nas regras do jogo durante a última crise, a Bolsa manteve sua confiabilidade institucional (FIAB, 2017a). Assim como ocorreu na B3, em 2017 houve uma fusão entre as bolsas e atualmente ela se chama Bolsas y Mercados Argentinos S.A. – BYMA, que é a continuação do Mercado de Valores de Buenos Aires S.A. e a Bolsa de Valores de Buenos Aires (BYMA, 2017). Sua capitalização bursátil em 2016 foi de US$ 285,108 milhões, com a participação de 99 empresas listadas negociadas no ano um volume de US$ 4,6 milhões de dólares sendo negociadas um total de 3,5 milhões de ações entre as partes (FIAB, 2017a). BOLSA DE VALORES DE MONTEVIDÉU - BVM Em 1867 a bolsa de valores começou a operar no Uruguai. A instituição foi criada com o objetivo de fornecer aos principais comerciantes da época um ponto de encontro diário, em um horário predeterminado, para lidar com seus negócios (FIAB, 2017b). Mas, o destaque da instituição é o papel desempenhado no Uruguai no final do século XIX e início do século XX, uma vez que muitos dos principais empreendimentos que cresceram no país começaram tomando capital do mercado acionário (FIAB, 2017b). Fato disto é que ao longo dos anos foram compradas e vendidas ações de empresas importantes da história do país como Funsa, Fábrica Nacional de Papel, Frigorífico Modelo, Montevideo Refrescos, Tem, Fábricas Nacionais de Cerveja, Salus, Aluminios del Uruguay, Cristalerias, Conaprole e Pamer, entre outros (FIAB, 2017b). Em 1996, o mercado de ações foi favorecida com a aparição dos Administradores do Fundo de Previdência Social (AFAP) e da Lei do Mercado de Valores e Obrigações Negociáveis.
  • 8. Em 1997, a Bolsa de Valores de Montevidéu – BVM desenvolveu seu Sistema de Compensação, Liquidação e Custódia de Valores Mobiliários. E em 2008, as operações eletrônicas começaram com o mercado espanhol de valores mobiliários integrados (SIBE). Hoje, a Bolsa de Montevidéu está passando por um processo que permitirá que continue sendo um dos motores que impulsionam o desenvolvimento do país através de uma canalização adequada da poupança uruguaia (FIAB, 2017b). A instituição busca o fortalecimento do mercado de capitais, do financiamento dos projetos das empresas, da promoção da inclusão financeira e da criação de instrumentos que permitam o acesso aos investidores e ao público em geral para poupança e para o mercado de ações (FIAB, 2017b). A bolsa de valores de Montevideo fechou o ano de 2017 com uma capitalização bursátil de US$ 133 milhões com a participação de 8 empresas de capital aberto, somados à um motante total de US$ 9,3 milhões movimentados por meio de 755 negócios de compra e venda de ações (URUGUAY, 2017). BOLSA DE VALORES E PRODUTOS DE ASSUNÇÃO S.A. A Bolsa de Valores e Produtos da Assunção S.A. – BVPASA foi fundada em 1977 por iniciativa do que é agora a Câmara Nacional de Comércio e Serviços do Paraguai. A situação política naquela época tornou seu desenvolvimento muito difícil e após as primeiras tentativas para alcançar seu funcionamento, as rodas foram fechadas antes de 1980 (FIAB, 2017c). A partir de 1989, com a mudança política e econômica do país, a nova Lei nº 94/91 do Mercado de Valores Mobiliários foi promulgada em 1991, com a qual foi criada a Comissão Nacional de Valores Mobiliários (FIAB, 2017c). Em 1993, foi finalizada a reabertura das rodas de negociação, que marcou o ponto de partida do histórico operacional da Bolsa de Valores de Assunção e dos Produtos, e a partir dessa data, foram contabilizados dados estatísticos sobre todas as operações de estoque no país (FIAB, 2017c).
  • 9. As primeiras leis estabeleceram incentivos fiscais para o desenvolvimento e entrada de empresas no mercado, tendo efeitos importantes nos próximos anos, com mais de 50 companhias de capital aberto que foram listadas (FIAB, 2017c). Em 2010 com a implementação do Sistema de Negociação Eletrônica na qual a Bolsa de Valores iniciou as funções de Custodiante de Valores Mobiliários através da desmaterialização de títulos físicos e do registro de participações através de inscrições contábeis (FIAB, 2017c). Ações, títulos corporativos, Obrigações Subordinadas, Obrigações de Investimento, Obrigações de Curto Prazo, Títulos de Crédito e Obrigações do Tesouro são negociados através da BVPASA (FIAB, 2017c). Em 2016 a capitalização bursátil foi de 1,296 milhões de dólares com a participação de 42 sociedades listadas em bolsa e negociado em média 14 milhões de dólares (FIAB, 2017c). METODOLOGIA CIENTÍFICA O método praticado na pesquisa foi bibliográfico, pois foi elaborado com base em material já publicado e com o objetivo de analisar posições diversas em relação a determinado assunto, assim os dados serão de diversas fontes como sites, jornais, revistas vídeos e livros que reúnam informações sobre o assunto estudado (GIL, 2010). Para saber o tamanho desse mercado foi feita a soma dos indicadores econômicos, sociais dos países e informações importantes das bolsas de valores dos países integrados e a fase de comparação do mercado com o mercado mais desenvolvido seguiu o mesmo molde. Os dados foram coletados de fontes confiáveis como o Banco Mundial, os Bancos Centrais de cada país, os dados históricos disponíveis nas bolsas de valores e quando não encontrados foram buscadas em outras fontes como jornais, revistas e sites sobre o setor. Após isso a análise dos dados foi feita por meio de tabelas elaboradas no aplicativo Microsoft Office Excel sendo feita a comparação desses dados para analisar o cenário hipotético caso a suposta conjuntura que foi proposta fosse concreta no mundo atual.
  • 10. ANÁLISE DOS DADOS Com a união das bolsas de valores dos países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e da Aliança do Pacífico (Chile, Colômbia, México e Peru), temos a integração de oito países e uma das maiores bolsas de valores do mundo em negociações e valor de mercado. Em termos de população esse mercado teve no ano de 2016 uma população aproximada de 487 milhões de pessoas, fator importante na questão de liquidez pela possibilidade de mais pessoas investirem no mercado de ações e assim permitir aos empresários utilizarem esse mercado na captação de seus recursos. QUADRO 1 - POPULAÇÃO PAÍSES POPULAÇÃO (EM MILHÕES) – 2016 Argentina 43,847 Brasil 207,652 Chile 17,909 Colômbia 48,653 México 127,540 Paraguai 6,725 Peru 31,773 Uruguai 3,444 MERCADO UNIFICADO 487,547 Fonte: https://data.worldbank.org/indicator/SP.POP.TOTL?locations=CO-MX-PE-CL-PY-UY-AR-BR. O Produto Interno Bruto – PIB de um país é uma das principais métricas para contabilizar o valor total da produção econômica de um país, onde se estimam os bens e serviços prestados por aquele país ou região (GOMES, 2012). Em tamanho de mercado com essa unificação teríamos um PIB de 4,190,018 trilhões de dólares em 2016. QUADRO 2 - PIB (em US$) PAÍSES PIB – 2016 (EM BILHÕES) Argentina 545,476 Brasil 1,796,000 Chile 247,028 Colômbia 282,463 México 1,047,000 Paraguai 27,424 Peru 192,207 Uruguai 52,420 MERCADO UNIFICADO 4,190,018 Fonte: https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD?locations=CO-MX-PE-CL-PY-UY-A R- BR.
  • 11. A capitalização bursátil que é a soma de todas as ações negociadas em bolsa vezes o valor que são negociadas é importante para determinar qual é o tamanho do mercado e se está crescendo ou reduzindo (MINARDI; SANVICENTE; MONTEIRO, 2007). No mercado unificado essa capitalização ficou em US$ 1,008 trilhão de dólares em 2016. QUADRO 3 - CAPITALIZAÇÃO BURSÁTIL (US$) PAÍSES CAPITALIZAÇÃO – 2016 (US$ - BILHÕES) Argentina 63,601 Brasil 758,559 Chile 212,48 Colômbia 103,819 México 350,81 Paraguai 1,296 Peru 81,089 Uruguai 0,936 MERCADO UNIFICADO 1,008,364 Fontes: https://data.worldbank.org/indicator/CM.MKT.LCAP.CD?locations=BR-AR-CL-CO-MX-PY-PE-UY. http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-valores-y-productos-de-asuncion/ http://www.bcu.gub.uy/Servicios-Financieros-SSF/Principales_Variables_del_Mercado_de_Valores/mvrf 07d1217.pdf A relação entre o PIB e a capitalização bursátil serve para estimar o valor das empresas em qualquer momento específico, pois quanto mais alto o índice mais cara está a bolsa o que se traduz em uma economia crescente (ROCHA, 2017). O mercado unificado tem uma relação de 35,15% sendo considerado uma relação baixa entre eles, pois quanto mais próximo o mercado está de 100%, mais pode ser considerado desenvolvido e ativo. QUADRO 4 - CAPITALIZAÇÃO BURSÁTIL X PIB (% ) PAÍSES CAPITALIZAÇÃO BURSÁTIL X PIB (% ) Argentina 11,7% Brasil 42,2% Chile 86,0% Colômbia 36,8% México 33,5% Paraguai 4,73 % Peru 42,2% Uruguai 1,79 % MERCADO UNIFICADO 35,15% Fontes: https://data.worldbank.org/indicator/CM.MKT.LCAP.GD.ZS?locations=BR-AR-CL-CO-MX-PY-PE-UY http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-valores-y-productos-de-asuncion/ http://www.bcu.gub.uy/Servicios-Financieros-SSF/Principales_Variables_del_Mercado_de_Valores/mvr f07d1217.pdf
  • 12. O total de companhias listadas em um mercado indica sua força, tamanho e maturidade, pois mostra que as empresas estão buscando os recursos necessários para investimentos não por meio de dívidas, empréstimos e financiamentos, e sim pela distribuição de participações societárias utilizando-se das Ofertas Públicas Iniciais – IPO que é o primeiro momento em que a empresa arrecada o capital. Além de mostrar que os investidores estão querendo ser sócios das empresas ao acreditarem em seus projetos e com a visão de longo prazo, que trazem resultados consistentes nos retornos dos seus investimentos. No mercado unificado essa relação de companhias listadas no ano de 2016 chega à marca de 1116 empresas de capital aberto e que tem suas ações negociadas em bolsa de valores. QUADRO 5 - COMPANHIAS LISTADAS PAÍSES QUANTIDADE DE COMPANHIAS LISTADAS Argentina 93 Brasil 338 Chile 214 Colômbia 68 México 137 Paraguai 42 Peru 217 Uruguai 7 MERCADO UNIFICADO 1116 Fonte: https://data.worldbank.org/indicator/CM.MKT.LDOM.NO?locations=BR-AR-CL-CO-MX-PY-PE-UY. http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-valores-y-productos-de-asuncion/ http://www.mercadobursatil.com.uy/servlet/hoperativaporinstrumentoportada O volume de negociações de ações indica o quanto de dinheiro foi movimentado no período desejado, podendo ser diário, semanal, mensal e anual, sendo um fator importante para estimar a liquidez do mercado. O volume de negociações de ações no mercado unificado em 2016 foi de 718,023 bilhões de dólares, sendo considerado um mercado com alta liquidez. QUADRO 6 - VOLUME DE NEGOCIAÇÃO (US$) PAÍSES VOLUME DE NEGOCIAÇÃO (US$) - 2016 Argentina 4,3 Bilhões Brasil 561 Bilhões Chile 24 Bilhões Colômbia 14 Bilhões México 112 Bilhões Paraguai 14 Milhões Peru 2,6 Bilhões Uruguai 9,3 Milhões MERCADO UNIFICADO 718,023 BILHÕES Fontes: https://data.worldbank.org/indicator/CM.MKT.TRAD.CD?locations=BR-AR-CL-CO-MX-PY-PE-UY.
  • 13. http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-valores-y-productos-de-asuncion/ http://www.mercadobursatil.com.uy/servlet/hoperativaporinstrumentoportada Esse mercado tem uma estrutura invejável, com uma população de 487,5 milhões de habitantes, uma região com empresas que têm potencial para abertura de capital e uma quantidade imensa de possíveis investidores. A capacidade de produção de bens e serviços desse mercado é de 4,2 trilhões de dólares de acordo com os dados do PIB e sua capitalização bursátil é de 1 trilhão de dólares e a relação Capitalização X PIB é de 35,15%, tendo potencial para crescer mais ainda. O número de companhias listadas é de 1116 empresas com ações negociadas em bolsas de valores e no ano de 2016 foram negociadas em ações um montante de 718,023 bilhões de dólares, como é demonstrado na tabela abaixo. QUADRO 7 - DADOS DO MERCADO UNIFICADO MERCADO UNIFICADO População 487,5 milhões/ hab. PIB 4,2 trilhões (US$) Capitalização bursátil 1,0 trilhões (US$) Capitalização bursátil X PIB 35,15% Companhias listadas 1116 empresas Volume de negociação de ações 718,023 bilhões (US$) Fonte: dados da pesquisa. A título de comparação é utilizado os dados do mercado americano que é desenvolvido e considerado uma referência mundial em diversos segmentos, principalmente no mercado acionário onde é possível confirmar o seu tamanho e importância. Enquanto os Estados Unidos da América – EUA tem uma população de 323 milhões de habitantes, o Mercado Unificado tem uma população de 487,5 milhões de habitantes. O PIB do Mercado Unificado foi de 4,2 trilhões de dólares e o americano em 2016 foi de 18,56 trilhões de dólares, quase 4,4 vezes o PIB do Mercado Unificado. A capitalização bursátil do Mercado Unificado em 2016 ficou em 1 trilhão de dólares e o americano fechou o ano em 24,9 trilhões de dólares, em termos de capitalização o mercado americano tem 24 vezes o tamanho do Mercado Unificado. A relação entre o PIB e a capitalização bursátil do mercado americano é de 131,76% e o do Mercado Unificado é de 35,15%, o que mostra que essa relação é 3,75 vezes maior no mercado americano.
  • 14. Enquanto o mercado americano tem 5200 companhias listadas em bolsas de valores o Mercado Unificado tem 1116 empresas listadas, o que resulta em 4084 empresas a mais listadas ou 4,66 vezes mais empresas no mercado americano. E o Mercado Unificado em 2016 negociou em ações um total de US$ 718 bilhões e o mercado americano negociou em ações US$ 28,4 trilhões, representado em 39,5 vezes o que é negociado no Mercado Integrado em um ano, o que mostra que o mercado americano é bem líquido. QUADRO 8 - COMPARAÇÃO ENTRE MERCADOS DESCRIÇÃO – ANO 2016 MERCADO UNIFICADO EUA: NASDAQ + NYSE População 487,5 milhões/ hab. 323,0 milhões/hab. PIB 4,2 trilhões (US$) 18,56 trilhões (US$) Capitalização bursátil 1,0 trilhões (US$) 24,9 trilhões (US$) Capitalização bursátil X PIB 35,15% 131,76% Companhias listadas 1116 empresas 5200 empresas Volume de negociação de ações 718 bilhões (US$) 28,4 trilhões (US$) Fontes: https://www.indexmundi.com/pt/estados_unidos/produto_interno_bruto_(pib).html https://www.nexojornal.com.br/expresso/2017/03/05/Como-funciona-e-por-que-existe-a-Nasdaq-uma- bolsa-de-valores-para-empresas-de-tecnologia https://www.world-exchanges.org/home/index.php/statistics/annual-statistics CONSIDERAÇÕES FINAIS As integrações de mercados são uma tendência mundial, como é visto na Europa, na Ásia e na América com a Aliança do Pacífico, com isso o próximo passo para o crescimento dos mercados da América Latina seria a integração gradual de seus mercados regionais, começando com a integração do MILA com os países membros do Mercosul, que foi abordado nesse estudo. Essa integração é importante, pois une os mercados, proporciona novos negócios, intercâmbios culturais, sociais e econômicos e permite à empresa que deseja captar recursos no mercado de capitais, uma melhor oferta com um amplo mercado. E para o investidor é importante porque proporciona a diversificação de seus investimentos, permitindo a compra de ações de companhias listadas em outros países e a chance de reduzir os riscos de investir em apenas um país. A unificação do mercado, apesar de ter números superando a casa dos trilhões de dólares, é tímida e pouco expressiva se comparado aos mercados desenvolvidos,
  • 15. principalmente ao dos EUA, parte disso é que culturalmente o mercado de ações é pouco utilizado na América Latina, pois, as empresas preferem pegar empréstimos e financiamentos, centralizando o poder e as decisões da empresas. O que ocorre inversamente nas empresas de capital aberto que tem que compartilhar a gestão, o poder e suas decisões, além dos ganhos. Mas, com a globalização e a facilidade de comunicação, negociações e tecnologias dentro de alguns anos isso irá mudar permitindo o desenvolvimento do mercado, aumentando sua liquidez, o acesso democrático das informações das empresas e um mercado de capitais mais maduro, ativo e unificado. REFERÊNCIAS B3. Perfil e Histórico. 2017a. Disponível em: <http://ri.bmfbovespa.com.br/static/ptb/perfil- historico.asp?idioma=ptb>. Acesso em: 20 jan. 2018. ____.Boletim Diário de Informações: Segmento Bovespa. 2017b. Disponível em: <http://bvmf.bmfbovespa.com.br/download/BOLETINSDIARIOS/bdi_00_20171228.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018. BYMA (Argentina). Con el tradicional toque de campana, BYMA inició la negociación. 2017. Disponível em: <https://www.byma.com.ar/wp-content/uploads/2017/06/COMUNICADO-BYMA- INICIO-DE-COTIZACION-23-DE-MAYO.pdf>. Acesso em: 28 fev. 2018. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 184p. GOMES, Orlando. Macroeconomia: Noções Básicas. 2012. Disponível em: <https://repositorio.ipl.pt/bitstream/10400.21/1186/1/MacroIntroCap.pdf>. Acesso em: 26 fev. 2018. ESTADÃO. A Aliança do Pacífico avança. 2014. Disponível em: <http://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,a-alianca-do-pacifico-avanca-imp-,1130910>. Acesso em: 20 jan. 2018. FIAB. Bolsa de Comercio de Buenos Aires. 2017a. Disponível em: <http://handbook.fiabnet.org/bolsa- de-comercio-de-buenos-aires/>. Acesso em: 20 jan. 2018. ______.Bolsa de Valores de Montevidéu. 2017b. Disponível em: <http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de- valores-de-montevideo/>. Acesso em: 20 jan. 2018. ______.Bolsa de Valores y Productos de Asunción. 2017c. Disponível em: <http://handbook.fiabnet.org/bolsa-de-valores-y-productos-de-asuncion/#BreveHistoria>. Acesso em: 20 jan. 2018. JANA, Álvaro. Aliança do Pacífico: amplo espaço de integração. Revista Uno, Rio de Janeiro, n. 15, p.17- 19, nov./abr. 2013. Semestral. Disponível em: <http://www.revista-uno.com.br/wp- content/uploads/2013/07/140228-Revista-UNO-em-baixa.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018. MERCOSUL. Em Poucas Palavras. 2018. Disponível em: <http://www.mercosur.int/innovaportal/v/5908/3/innova.front/em-poucas-palavras>. Acesso em: 20 jan. 2018.
  • 16. MINARDI, Andrea; SANVICENTE, Antonio Zoratto; MONTEIRO, Rogério. Mercado Acionário Brasileiro. GV-executivo, Brasil, v. 6, n. 4, p.25-30, jul./ago. 2007. Bimestral. Disponível em: <http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/gvexecutivo/article/viewFile/34621/33424>. Acesso em: 01 mar. 2018 PATRÍCIO, Raquel de Caria. Aliança do Pacífico: modelo alternativo de integração na América Latina. Janus: Anuário, Lisboa, p.142-143, 2015. Anual. Disponível em: <http://repositorio.ual.pt/bitstream/11144/2973/1/3.21_RaquelPatricio_AliancaPacifico.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018. PENA, Rodolfo F. Alves. "Mercosul: Países Integrantes"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/mercosul-paises-integrantes.htm>. Acesso em 20 de janeiro de 2018. ROCHA, André. A medida de avaliação que Warren Buffett aprova. 2017. Disponível em: <http://www.estrategista.net/a-medida-de-avaliacao-que-warren-buffett-aprova/>. Acesso em: 27 fev. 2018. ROMERO, Ana María Suárez. A Aliança do Pacífico: soberania nacional e estratégia de integração na América Latina. Conjuntura Global, Brasil, v. 3, n. 2, p.89-98, abr./jun. 2014. Trimestral. Disponível em: <http://revistas.ufpr.br/conjgloblal/article/download/37589/22996>. Acesso em: 20 jan. 2018. URUGUAY, Mercado Bursátil del. Operativa Por Instrumentos. 2017. Disponível em: <http://www.mercadobursatil.com.uy/servlet/hoperativaporinstrumento?1,20170101,20171231>. Acesso em: 20 jan. 2018. ZAMBRANO, Mario. Mercado Integrado Latinoamericano: Peru, 2015. Color. Disponível em: <http://www.iimv.org/iimv-wp-1-0/resources/uploads/2015/12/13-ppt-MILA-04122015.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2018.