O câncer colorretal é o quinto tipo mais comum no Brasil. O risco depende de fatores genéticos e estilo de vida como dieta, peso e atividade física. O diagnóstico envolve exames como colonoscopia e marcadores como CEA são usados. O tratamento combina cirurgia, quimio e radioterapia dependendo do estágio, com chance de cura mesmo em estágio III.
2. Etiopatogenia
◦ O câncer colorretal é o quinto tipo mais incidente no Brasil, atrás do
câncer de próstata, mama, colo do útero e pulmão. Sendo que se
detectado precocemente, tem grande chance de cura.
◦ É o 3º tumor mais frequente em homens e o 2º nas mulheres .
◦ O risco de câncer colorretal depende da genética e do estilo de vida.
◦ Idade - a maioria dos pacientes têm mais de 50.
◦ Pólipos ou doenças inflamatórias intestinais.
◦ Polipose Adenomatosa Familiar.
◦ HNPCC – Câncer Colo-Retal Hereditário Não Polipóide
◦ Histórico de câncer de ovário ou de mama.
◦ Dieta rica em carnes vermelhas ou processadas, ou carnes cozidas em
altas temperaturas.
◦ Estar acima do peso (excesso de gordura ao redor da cintura).
◦ Praticar poucos exercícios físicos.
◦ Tabagismo e alcoolismo.
o O rastreamento é recomendado a partir dos 50 anos e deve ser repetido
a cada 10 anos.
4. MARCADORES TUMORAIS
◦ CEA: é o mais utilizado na prática clínica nas neoplasias colorretais. Pouco efetivo no diagnóstico do câncer colorretal, por
sua baixa sensibilidade em lesões iniciais, tem utilidade nos índices prognósticos . É largamente usado no seguimento dos
pacientes após tratamento cirúrgico pretensamente curativo, sendo usado para detecção precoce de recidiva tumoral. Sua
sensibilidade no diagnóstico da lesão situa-se entre 20% e 40% e no seguimento pós-operatório para detecção de recidivas
locorregionais ou hepáticas, pode ultrapassar 90%.
◦ CA 242, CA 19-9, CA72-4: sua sensibilidade no diagnóstico oscila em taxas de 30%( inferiores às do CEA que gira em torno
de 40%). Têm utilização em amostras séricas associados ao CEA; assim atingem sensibilidade de aproximadamente 50% a
60%, com certo valor na determinação de índices prognósticos e detecção de recidivas tumorais
◦ Citoqueratinas : TPA (tissue polypeptide antigen) ;TPS ( tissue polypeptide-specific antigen) TPM (ou TPA-M - tissue
polypeptide monoclonal antigen). Sua sensibilidade está entre 60% e 70% no diagnóstico do adenocarcinoma colorretal. É
positiva em tumores de ovário, pulmão, próstata e mama.
5. MARCADORES TUMORAIS
◦ P53 : Na existência de defeitos genéticos celulares, promove o retardo da divisão celular para permitir o reparo dos genes ou
pode induzir a ocorrência de apoptose (morte celular programada). Alteração podem possibilitar a divisão de células com
imperfeições genéticas e o surgimento de neoplasias colorretais. O gene alterado produz uma proteína p53 alterada, de
duração permanente que possibilita a formação de anticorpos anti-p53. Há neoplasias colorretais motivados por outras
anormalidades (gen c-Myc, k-ras p.ex.). A sensibilidade inferior a 30%.
◦ VEGF: ou "fator de crescimento vascular endotelial" (vascular endothelial growth factor). Não são, no entanto, específicas
para tumores de cólon e de reto, pelo fato de ocorrer em diversos processos neoplásicos; encontra-se, em investigação
inicial, com sensibilidade na etapa de diagnóstico por volta de 50%
◦ Dosagem em soro periférico de CEA, CA 242, CA 19-9 e CA 72-4.
◦ Imuno-histoquímica : proteína p5356, angiogênese, c-erbB-2, E-caderina, DCC e Bcl-2,
6. ESTADIAMENTO
◦ ESTADIAMENTO 1- Tomografia Computadorizada de Abdome
2- Rx de Tórax
3- Tomografia Computadorizada de Tórax
4- Laparoscopia
o Dukes A, B, C
o Astler – Coller A, B1, B2, B3, C1, C2, C3, D
o TNM 0, I, II, III, IV
7. DISSEMINAÇÃO TUMORAL
◦ Hematogênica: Fígado e pulmões
◦ Linfática: GÂNGLIOS PARACÓLICOS / GÂNGLIOS INTERMEDIÁRIOS /GÂNGLIOS PRINCIPAIS/
GÂNGLIOS PERI-AÓRTICOS E NO RESTANTE DO ABDOME
◦ Continuidade : Margem de Segurança – 5 cm
◦ Contiguidade: Comprometimento de órgãos adjacentes e Ressecção em monobloco
◦ Implantação: Ovário ; Cicatriz cirúrgica; Peritônio
8. TRATAMENTO
◦ Quando a doença se disseminou para um ou mais nódulos linfáticos (estágio III), pode, em alguns casos, ainda ser curada.
◦ O tratamento geralmente envolve uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
◦ Em casos de recidiva após o tratamento inicial ou disseminação para outros órgãos usa-se a radioterapia e a quimioterapia para
alivio dos sintomas .
◦ Ablação por radiofrequência: é uma alternativa para os tumores que não podem ser retirados cirurgicamente. Em pacientes com
metástases hepáticas que não podem ser removidas por cirurgia, pode ser combinada com a quimioterapia.