O estudo canadense descobriu que quanto mais tempo as crianças passam usando tablets e celulares, maior é o risco de atraso no desenvolvimento da fala. Eles encontraram que a cada 30 minutos de uso desses dispositivos, o risco de problemas de linguagem aumenta em 49%. Os especialistas recomendam limitar o uso de telas por crianças menores de 2 anos, pois isso pode prejudicar não só a fala, mas também o desenvolvimento cognitivo, emocional e o sono.
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Crianças x (Tablets e Celulares)
1. 06/05/2017 Infoglobo O Globo 6 mai 2017 Tablets e celulares podem atrasar desenvolvimento da fala
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Tablets e celulares podem atrasar
desenvolvimento da fala
Risco de demora na comunicação oral sobe 49% a cada 30 minutos de ‘tela’
Num mundo cada vez mais conectado, não é raro ver bebês manuseando celulares, tablets e outros aparelhos
com tela. Mas o que pode ser uma distração para eles, e um momento de alívio ou intervalo para pais cansados
ou atarefados, também pode prejudicar o desenvolvimento da criança. A preocupação dos especialistas com isso é
tamanha que recentemente a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) desaconselhou o uso destes aparelhos por
menores de 2 anos. E agora um novo estudo, apresentado hoje em São Francisco, EUA, na reunião anual da
Sociedade de Academias de Pediatria (PAS), reforça esta recomendação.
Erro. Criança e tablet: combinação atrapalha seu desenvolvimento em geral
A nova pesquisa, conduzida no Hospital para Crianças Doentes da Universidade de Toronto, no Canadá, indica
que quanto mais “tempo de tela”, maior era o risco de os bebês apresentarem atraso no desenvolvimento da fala.
MÉDIA DE 27,8 MINUTOS POR DIA
No estudo, os profissionais acompanharam mais de mil crianças entre 6 meses e 2 anos de idade atendidas
na instituição entre setembro de 2011 e dezembro de 2015. Destas, 219 (20%) tinham relatos dos próprios pais
de uso de aparelhos com telas a uma média de 27,8 minutos diários. Elas foram então avaliadas seguindo um
sistema padrão para identificar problemas na comunicação oral. E, segundo os pesquisadores, os resultados da
análise apontam que, para cada 30 minutos de “tempo de tela”, os riscos de a criança ter alguma demora para
falar sobem em 49%.
— Os aparelhos portáteis estão em todos lugares hoje em dia — diz Catherine Birken, líder da pesquisa e
pediatra no hospital canadense. — E embora as novas recomendações pediátricas sejam limitar o tempo de tela
de bebês e crianças, acreditamos que o uso de smartphones e tablets por elas tem se tornado bem comum. Por
6 mai 2017 O Globo cesar.baima@oglobo.com.br CESAR BAIMA
SHUTTERSTOCK/MARIA SBYTOVA