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“O que escondem as salinas”
EB1 das Regalheiras
 O Sal… um pouco de História
 O Sal na Figueira da Foz
Madalena Canas
29 de abril de 2016
Foto: Madalena Canas
O Sal
• O sal é uma substância cristalina e branca,
solúvel em água.
• Quimicamente é cloreto de sódio.
• A principal fonte do sal é a água do mar, no
entanto ele também pode ser encontrado em
jazidas subterrâneas, fontes e lagos salgados.
• O sal é usado como condimento (para temperar as
refeições) e para a conservação de peixe e de
carnes.
Imagem Google
• Além de tornar as comidas mais saborosas, o
sal é uma necessidade vital. Sem sódio, o
organismo seria incapaz de transportar
nutrientes ou oxigénio, transmitir impulsos
nervosos ou mover músculos, incluindo o
coração.
• Contudo, o sal em excesso, é bastante perigoso
para a nossa saúde.
Breve História do Sal
• Muitos anos antes de Cristo já os chineses produziam sal através
de evaporação.
• No antigo Egito, o sal era considerado um produto sagrado, sendo
feitas oferendas de sal aos Deuses. Os Egípcios usavam
igualmente o sal para desidratar e embalsamar os corpos dos
faraós.
Imagens Google
• O sal era muito valioso, de tal modo que os
soldados romanos eram pagos com sal
(salarium argentum = pagamento em sal =
Salário).
• Os romanos tinham uma estrada própria para
o transporte de sal para a cidade de Roma, a
“Via salária”.
• O sal podia ser trocado pelos mais diversos
produtos. Era um importante e quase
insubstituível conservante alimentar para a
época. Pensemos num tempo muito distante
em que não existiam frigoríficos.
Imagem Google
• Portugal tinha (e tem) boas condições para a
produção de sal, nomeadamente a proximidade
do mar, o sol e o vento, que são fundamentais à
sua produção.
• Em Portugal, há vestígios da produção de sal
pelo menos desde os contactos com os
cartagineses (povo comerciante do
Mediterrâneo/Norte de África que terá ensinado
a técnica da conservação dos alimentos com o
sal às tribos celtiberas (Lusitanos).
 Com o sal os romanos produziam Garum, um molho
de peixe que foi usado principalmente em pratos de
salgados.
 Na sua estadia na Península Ibérica os Romanos
deixaram-nos vestígios da importante indústria de
salga que desenvolveram, como é o caso de Tróia.
Imagem Google
• Estes tanques ou cetárias eram destinados à salga de
peixe e à preparação de conservas. As conservas de
peixe destinadas à exportação eram embaladas em
recipientes de cerâmica, as ânforas.
Imagens Google
• No século XIII, o sal já figurava entre os produtos que
Portugal vendia ao estrangeiro.
• Na época da expansão marítima, o sal era um produto
muito importante para a conservação da carne e do
peixe nas grandes viagens, quer portuguesas, quer de
outros países.
• No século XVI, em 1557, chegaram a Lisboa, no espaço
de 6 dias, mais de 250 navios para carregarem sal
(muitos holandeses e alemães).
• Em 1695 (século XVII), o governo português (D. Pedro
II), proibiu os marnotos portugueses de irem ensinar os
processos de extração de sal ao estrangeiro, assim
como proibiu a vinda de estrangeiros aprender em
Portugal.
• A importância do sal diminuiu no século XX, sobretudo
com o aparecimento dos frigoríficos, que o substituíram
como processo de conservação.
• Hoje, para além da conservação de alimentos (caso dos
presuntos, das azeitonas e dos queijos), o sal também é
utilizado em tratamentos, na indústria farmacêutica e
como meio de derreter a neve/gelo nas estradas, no
Inverno.
O sal na Figueira da Foz
Foto: Facebook,
Figueira da Foz Antiga
• A produção de sal nas salinas da Figueira da Foz
remonta a vários séculos atrás. Há indicações de
que a produção de sal nesta área já se fazia nos
tempos do início da nacionalidade.
• Terá sido a partir do século XVIII, que se
intensificou a atividade de exploração das salinas
na ilha da Morraceira (provavelmente como forma
de aproveitamento da área assoreada),
contribuindo para a produção nacional, com vista
também à exportação.
Foto: Facebook,
Figueira da Foz Antiga
Foto: Madalena Canas
Foto: Madalena Canas
Foto: Madalena Canas
• Na sua exploração empregavam-se, em 1883, cerca de 2500
pessoas de ambos os sexos (marnotos e salineiras), residentes nas
freguesias de S. Julião, Tavarede, Vila Verde e Lavos.
• Durante muito tempo a frota piscatória da Figueira absorvia grandes
quantidades do sal aqui produzido (sobretudo a frota bacalhoeira).
• Escalado e lavado, o bacalhau vai para o porão onde é colocado,
espalmado e coberto de sal. Ali fica durante meses, até ser
descarregado nas secas.
• A seca do bacalhau na Figueira da Foz empregava muita gente,
sobretudo mulheres.
Foto Facebook,
Figueira da Foz Antiga
A seca do bacalhau
Foto Facebook,
Figueira da Foz Antiga
• O sal da Figueira também subia o rio Mondego até aos
diversos entrepostos que posteriormente o distribuíam pelos
confins da Beira, para a conservação das carnes e dos
queijos.
• Este sal, em brigues e escunas, também era exportado e
chegava a pontos tão distantes como o Báltico ou a Nova
Inglaterra.
•A partir da década de 1970, as alterações no mercado e
nos circuitos de comercialização, associadas ao fim das
salgadeiras e à divulgação dos frigoríficos levaram a
uma desvalorização progressiva do sal produzido
artesanalmente.
•Das 229 salinas, que em meados do século XX davam
emprego a cerca de 2000 pessoas, hoje restam apenas
algumas, tal como alguns resistentes marnotos.
A salgadeira
Fotos Google
Preservar o Património Local
• Não podemos, nem devemos, lutar contra o progresso,
mas podemos preservar as salinas como património
histórico, cultural e paisagístico, que revela o trabalho e
as formas de vida de muitos dos nossos antepassados.
• Ao preservar as salinas estamos também a preservar o
habitat natural de várias espécies.
• Também podemos tentar ser consumidores do sal
produzido localmente segundo os métodos artesanais e
tradicionais desta região, contribuindo para a
manutenção das salinas e dos trabalhadores que ainda
se mantêm.
Foto: Madalena
Canas
Foto: Madalena
Canas
Foto: Madalena
Canas
Foto: Madalena Canas
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Canas
Foto: Madalena
Canas
Foto: Madalena Canas
Fontes:
• Contactos com marnotos locais.
• Enciclopédia Portuguesa-Brasileira
• Facebook “Figueira da Foz Antiga”
• Site e panfletos do Núcleo Museológico do Sal
• Site da Câmara Municipal da Figueira da Foz
• Pesquisas em diversos sites na internet
• Visitas à zona das salinas, com recurso à recolha fotográfica
Nota:
Trabalho elaborado com fins educativos.
FIM

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Breve História do Sal Madalena Canas

  • 1. “O que escondem as salinas” EB1 das Regalheiras  O Sal… um pouco de História  O Sal na Figueira da Foz Madalena Canas 29 de abril de 2016
  • 3. O Sal • O sal é uma substância cristalina e branca, solúvel em água. • Quimicamente é cloreto de sódio. • A principal fonte do sal é a água do mar, no entanto ele também pode ser encontrado em jazidas subterrâneas, fontes e lagos salgados. • O sal é usado como condimento (para temperar as refeições) e para a conservação de peixe e de carnes. Imagem Google
  • 4. • Além de tornar as comidas mais saborosas, o sal é uma necessidade vital. Sem sódio, o organismo seria incapaz de transportar nutrientes ou oxigénio, transmitir impulsos nervosos ou mover músculos, incluindo o coração. • Contudo, o sal em excesso, é bastante perigoso para a nossa saúde.
  • 5. Breve História do Sal • Muitos anos antes de Cristo já os chineses produziam sal através de evaporação. • No antigo Egito, o sal era considerado um produto sagrado, sendo feitas oferendas de sal aos Deuses. Os Egípcios usavam igualmente o sal para desidratar e embalsamar os corpos dos faraós. Imagens Google
  • 6. • O sal era muito valioso, de tal modo que os soldados romanos eram pagos com sal (salarium argentum = pagamento em sal = Salário). • Os romanos tinham uma estrada própria para o transporte de sal para a cidade de Roma, a “Via salária”. • O sal podia ser trocado pelos mais diversos produtos. Era um importante e quase insubstituível conservante alimentar para a época. Pensemos num tempo muito distante em que não existiam frigoríficos. Imagem Google
  • 7. • Portugal tinha (e tem) boas condições para a produção de sal, nomeadamente a proximidade do mar, o sol e o vento, que são fundamentais à sua produção. • Em Portugal, há vestígios da produção de sal pelo menos desde os contactos com os cartagineses (povo comerciante do Mediterrâneo/Norte de África que terá ensinado a técnica da conservação dos alimentos com o sal às tribos celtiberas (Lusitanos).
  • 8.  Com o sal os romanos produziam Garum, um molho de peixe que foi usado principalmente em pratos de salgados.  Na sua estadia na Península Ibérica os Romanos deixaram-nos vestígios da importante indústria de salga que desenvolveram, como é o caso de Tróia. Imagem Google
  • 9. • Estes tanques ou cetárias eram destinados à salga de peixe e à preparação de conservas. As conservas de peixe destinadas à exportação eram embaladas em recipientes de cerâmica, as ânforas. Imagens Google
  • 10. • No século XIII, o sal já figurava entre os produtos que Portugal vendia ao estrangeiro. • Na época da expansão marítima, o sal era um produto muito importante para a conservação da carne e do peixe nas grandes viagens, quer portuguesas, quer de outros países. • No século XVI, em 1557, chegaram a Lisboa, no espaço de 6 dias, mais de 250 navios para carregarem sal (muitos holandeses e alemães).
  • 11. • Em 1695 (século XVII), o governo português (D. Pedro II), proibiu os marnotos portugueses de irem ensinar os processos de extração de sal ao estrangeiro, assim como proibiu a vinda de estrangeiros aprender em Portugal. • A importância do sal diminuiu no século XX, sobretudo com o aparecimento dos frigoríficos, que o substituíram como processo de conservação. • Hoje, para além da conservação de alimentos (caso dos presuntos, das azeitonas e dos queijos), o sal também é utilizado em tratamentos, na indústria farmacêutica e como meio de derreter a neve/gelo nas estradas, no Inverno.
  • 12. O sal na Figueira da Foz Foto: Facebook, Figueira da Foz Antiga
  • 13. • A produção de sal nas salinas da Figueira da Foz remonta a vários séculos atrás. Há indicações de que a produção de sal nesta área já se fazia nos tempos do início da nacionalidade. • Terá sido a partir do século XVIII, que se intensificou a atividade de exploração das salinas na ilha da Morraceira (provavelmente como forma de aproveitamento da área assoreada), contribuindo para a produção nacional, com vista também à exportação.
  • 18. • Na sua exploração empregavam-se, em 1883, cerca de 2500 pessoas de ambos os sexos (marnotos e salineiras), residentes nas freguesias de S. Julião, Tavarede, Vila Verde e Lavos. • Durante muito tempo a frota piscatória da Figueira absorvia grandes quantidades do sal aqui produzido (sobretudo a frota bacalhoeira). • Escalado e lavado, o bacalhau vai para o porão onde é colocado, espalmado e coberto de sal. Ali fica durante meses, até ser descarregado nas secas. • A seca do bacalhau na Figueira da Foz empregava muita gente, sobretudo mulheres.
  • 20. A seca do bacalhau Foto Facebook, Figueira da Foz Antiga
  • 21. • O sal da Figueira também subia o rio Mondego até aos diversos entrepostos que posteriormente o distribuíam pelos confins da Beira, para a conservação das carnes e dos queijos. • Este sal, em brigues e escunas, também era exportado e chegava a pontos tão distantes como o Báltico ou a Nova Inglaterra.
  • 22. •A partir da década de 1970, as alterações no mercado e nos circuitos de comercialização, associadas ao fim das salgadeiras e à divulgação dos frigoríficos levaram a uma desvalorização progressiva do sal produzido artesanalmente. •Das 229 salinas, que em meados do século XX davam emprego a cerca de 2000 pessoas, hoje restam apenas algumas, tal como alguns resistentes marnotos.
  • 24. Preservar o Património Local • Não podemos, nem devemos, lutar contra o progresso, mas podemos preservar as salinas como património histórico, cultural e paisagístico, que revela o trabalho e as formas de vida de muitos dos nossos antepassados. • Ao preservar as salinas estamos também a preservar o habitat natural de várias espécies. • Também podemos tentar ser consumidores do sal produzido localmente segundo os métodos artesanais e tradicionais desta região, contribuindo para a manutenção das salinas e dos trabalhadores que ainda se mantêm.
  • 53. Fontes: • Contactos com marnotos locais. • Enciclopédia Portuguesa-Brasileira • Facebook “Figueira da Foz Antiga” • Site e panfletos do Núcleo Museológico do Sal • Site da Câmara Municipal da Figueira da Foz • Pesquisas em diversos sites na internet • Visitas à zona das salinas, com recurso à recolha fotográfica Nota: Trabalho elaborado com fins educativos. FIM