O documento discute os possíveis efeitos dos produtos fitofarmacêuticos no corpo humano. Ele descreve efeitos superficiais como irritação e vermelhidão da pele, e explica como esses produtos podem afetar órgãos internos como o cérebro, pulmões e fígado, causando sintomas como dor de cabeça e vômitos. Também fornece informações sobre primeiros socorros em caso de intoxicação.
2. Efeitos Superficiais
• Podem ocorrer efeitos superficiais, irritação cutânea ou vermelhidão,
efeitos frequentemente reversíveis, que desaparecem quando se deixa de
usar os pf.
• Estes sintomas não indicam necessariamente que a pessoa está
intoxicada, mas servem de indicadores de uma sobre-exposição aos
produtos.
• Efeitos superficiais na vista podem ser mais gravosos, principalmente se
resultaram de contacto com produtos concentrados e não forem tratados
rapidamente.
4. • Um produto fitofarmacêutico ao
penetrar através da pele pode ser
transcolado no interior do corpo e
afetar o cérebro, o sistema
nervoso, os pulmões, o estômago
e o sistema digestivo, o fígado, os
rins, etc.
• Sintomas como dor de cabeça e
vómitos podem ser causados por
exposição cutânea.
5. • O corpo humano possui mecanismos para eliminar
compostos estranhos. Os órgãos maioritariamente
responsáveis por esta eliminação são o fígado e os rins.
• O efeito que um PF terá no corpo varia com o tipo de
produto, a quantidade ingerida ou absorvida e a capacidade
do corpo para o eliminar através da urina.
• A inalação é a via mais rápida na produção de efeitos, uma
vez que os compostos inalados entram na corrente
sanguínea muito rapidamente. A ingestão é a 2ª via mais
rápida de produção de efeitos. A exposição por contacto
através da pele, embora sendo a via que produz efeitos de
uma forma mais lenta, é a forma mais comum de
exposição.
6. Possíveis sinais e sintomas
• Cabeça – dor de cabeça;
• Olhos - prurido, queimadura, lacrimejar, visão turva, pupilas contraídas ou
dilatadas;
• Pele - Irritação, queimadura, transpiração excessiva, vermelhidão;
• Boca - queimadura, náuseas, salivação excessiva, vómitos;
• Pulmões - tosse, ficar ofegante, dificuldade em respirar, paragem respiratória;
• Coração – pulsação mais lenta ou acelerada, dor no peito, pulso fraco ou ausente;
• Sistema digestivo – náuseas, dor de estômago, vómitos, diarreia;
• Sistema nervoso – inquietude, tonturas, tremuras, convulsões;
• Condição física – fraqueza, cansaço, temperatura baixa, temperatura elevada.
8. Observações Gerais
Quando aplicar medidas de primeiros
socorros tenha em atenção:
• Não permitir que o paciente fume, beba álcool
ou leite, pois poderá estar a acelerar a absorção
de alguns produtos pelo intestino;
• Não induzir o vómito num paciente
inconsciente;
• Não dar nada pela boca a um paciente
inconsciente.
9. Observações Gerais
Lembre-se de fornecer ao médico
informação detalhada sobre o produto
inalado/ingerido, disponibilizando o rótulo, a
embalagem ou a ficha de dados de
segurança.
Mesmo que o paciente aparentemente
recupere após as medidas de primeiros
socorros, deverá ser observado por um
médico antes de voltar a trabalhar.
10. • A rapidez é essencial no tratamento de qualquer contaminação
acidental, evitando que haja envenenamento, nomeadamente quando
a pessoa esteve exposta aos efeitos de um produto muito tóxico.
Observações Gerais
11. Atuação:
• Evitar que o paciente fique agitado. Mantê-lo em repouso, a
propagação do produto contaminante acelera com o movimento;
• Observar os sinais vitais do paciente (consciência, respiração e
pulsação);
• As pessoas expostas a uma contaminação podem perder a
consciência, vomitar e a sua respiração parar de repente;
• A colocação do paciente numa posição confortável e em
segurança, pode evitar complicações.
13. Informação Que Deve Ser
Reunida Em Caso De Suspeita
De Ocorrência De Incidente
14. Perguntar:
• Onde é que a contaminação pode ter ocorrido;
• Qual o produto manuseado e em que quantidade;
• Há quanto tempo ocorreu o manuseamento e durante quanto tempo;
• Que equipamento de proteção individual (EPI) foi usado;
• Que sintomas foram observados e/ou sentidos;
• Doenças conhecidas (ex. diabetes, epilepsia, asma, reações alérgicas,
problemas cardíacos, etc.);
• Possível ingestão de álcool, drogas ou medicamentos.
15. Observar:
• Embalagens, rótulos de PFs ou material de aplicação. As embalagens
ou rótulos devem ser levados ao médico;
• Evidência de exposição – ex. derrame no chão ou no vestuário,
contaminação na pele, etc.;
• Equipamento com defeito, por ex.: um pulverizador com fugas;
• Condição geral do paciente.
16. Assistência Médica:
• Após a recuperação do
paciente, deve existir um
acompanhamento médico até
que este possa começar a
trabalhar.
Avaliação:
• Identificar as causas do
acidente e prevenir novas
ocorrências.