3. 3
Modalidades de luta biológica
• Auxiliares – Insectos, bactérias, vírus... Que se
alimentam ou desenvolvem à custa de outros seres
vivos que se comportam como inimigos das culturas
4. Em luta biológica considera-se
• Limitação natural: Ocorre na natureza, sendo
fomentada por medidas culturais adequadas.
• Tratamento biológico: Introdução de agente biológico
para reduzir ou anular a atividade do inimigo
(Bioinsecticidas)
• Luta biológica clássica: introdução de espécies de
insetos que é necessário importar, estudar, multiplicar
e experimentar para avaliar a sua eficácia e a
viabilidade económica da sua utilização
6. • Predadores – Capturam presas (pragas) matando-as e
ingerindo-as ou sugando o seu conteúdo, os adultos podem ter o
mesmo tipo de alimentação que os jovens ou ingerir néctares,
meladas ou pólen.
Orius
Ácaro
predador
Ninfa de
Crisopa
Stethorus
7. • Parasitóides - Vivem em contacto com o hospedeiro, quer
à superfície (ectoparasitóides), quer no seu interior
(endoparasitóides). A disseminação é feita pela fêmea que
deposita os seus ovos na proximidade, à superfície ou no
interior do hospedeiro.
9. ATIVIDADE
A MAIORIA DESTES ORGANISMOS AUXILIARES TÊM UMA
ACTIVIDADE BIOLÓGICA MAIS ATIVA A PARTIR DE MAIO,
QUANDO OS NÍVEIS POPULACIONAIS DOS FITÓFAGOS
SÃO MAIS ELEVADOS. DAÍ QUE AS APLICAÇÕES DOS
PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS ANTES DESSE PERÍODO
SEJAM MENOS PREJUDICIAIS, OU ATÉ INÓCUAS, PARA
OS ORGANISMOS AUXILIARES, AO CONTRÁRIO DO QUE
SUCEDE COM AS APLICAÇÕES EM PLENA VEGETAÇÃO.
70. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
RESENHA HISTÓRICA
- Há muitos séculos que se conhece a participação de alguns vertebrados na
limitação natural de algumas pragas
- No livro “aves de S. Victor” manuscrito pelos frades do convento de Lorvão,
séc.XII é referida a poupa como se alimentando de insetos, aracnídeos,
lagartixas e outros animais de pequeno porte
- Importância das aves na limitação de insetos nas florestas foi reconhecida
pelas autoridades suíças, em 1355,que decretaram as aves como inimigos das
pragas
- Em 1355 Diogo Ferreira refere-se ao regime alimentar de diversa aves
- Em 1762 foi introduzida com sucesso a ave Acridotheres tristis em Mauritius
proveniente da Índia para combater o gafanhoto vermelho (Nomadacris
septentasciata)
71. RESENHA HISTÓRICA
- Em Portugal 1894- 95, Gomes Ramalho refere a importância das aves
insectívoras nos montados de azinho no combate de Totrix viridana
- Em 1907, 11 de Março, foi publicado no Diário do Governo a “
Convenção Internacional Para a Proteção das Aves Úteis à
Agricultura”
- O aparecimento de produtos fitofarmaceuticos levou o homem a
considerar que o problema dos inimigos das culturas esquecendo a
fauna auxiliar
-No entanto o aparecimento de efeitos secundários com o incremento
da sua aplicação levou a considerar outros modos de proteção em que
a fauna auxiliar passa a ter cada vez maior importância
72. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
1 - Chapim Real e Chapim Azul
Ordem: Passeriforme
Família : Paridae
73. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
1 - Chapim Real e Chapim Azul
Ordem: Passeriforme
Família : Paridae
1.1 Aspectos de morfologia
Chapim Real dorso: verde azeitona
cabeça
pescoço negros
garganta
peito
Chapim Azul parte superior : verde azeitona
cabeça
pescoço azuis
74. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
1 - Chapim Real e Chapim Azul
1.2 Nidificação
-cavidades de árvores macieira
cerejeira
oliveira
-muros de pedra solta
1.3 Habitat em ecossistemas
pomares de macieira
pomares de pereira
pomares de cerejeira
vinhas
quintais
75. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
1 - Chapim Real e Chapim Azul
1.4 Atividade auxiliar
- lagartas de lepidópteros – bichados
- lagartas mineiras ( lithocoletis s.p.p )
- pulgão lanígero
1.5 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistema
- manutenção de árvores com cavidades
- manutenção de muros pedra solta
- instalação de ninhos artificiais
76. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
2- Pisco de Peito Ruivo (Erithacus rubecula)
Ordem: Passeriforme
Família :Turdidae
77. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
2- Pisco de Peito Ruivo (Erithacus rubecula)
Ordem: Passeriforme
Família :Turdidae
2.1 Aspectos de morfologia
- garganta e peito ruivos
- comprimento cerca de14cm
2.2 Habitat em ecossistemas
hortas pomares: macieira, pereira e citrinos
jardins quartéis: maracujaleiros, bananeiras
latadas : videiras
- Sempre próximo do solo - estratos inferiores
78. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
2.3 Atividade auxiliar
- larvas e crisálidas hibernantes – na folhagem em decomposição
- insetos em geral – formigas
curculionídeos e carabídeos
miriápodes
2.4 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas agrários
- manutenção dos muros de pedra solta
-presença de arbustos nas bordaduras da parcela: sabugueiro
azevinho
pilriteiro
silvas (proporcionam locais de refúgio, descanso e dormida )
79. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
3-Toutinegra de Cabeça Preta (Sylvia melanocephala)
Ordem: Passeriforme
Família : Silvidae
80. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
3-Toutinegra de Cabeça Preta (Sylvia melanocephala)
Ordem: Passeriforme
Família : Silvidae
3.1 Aspetos de morfologia
- fácil identificação – “capuz” preto azeviche com anel vermelho
- comprimento – cerca de 12cm
3.2 Nidificação
- silvados
- outras sebes
3.3 Habitat em agrossistemas
- olivais
-silvados
81. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
3-Toutinegra de Cabeça Preta (Sylvia melanocephala)
Ordem: Passeriforme
Família : Silvidae
3.4 Actividade auxiliar
- cochonilha negra da oliveira
- lagartas das traças da uva
- larvas e adultos da mosca da azeitona
- algodão da oliveira
- moluscos
3.5 medidas que contribuem para a sua presença nos ecossistemas
-presença de sebes
82. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
4 Rabirruivo Preto (Phenicurus ochurus)
Ordem: Passeriforme
Família : Silvidae
83. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
4 Rabirruivo Preto (Phenicurus ochurus)
Ordem: Passeriforme
Família : Silvidae
4.1 Morfologia
macho - cor preta com cauda vermelha ferrugínea e painel de asa branco
fêmea - cor castanha, exceto a cauda
4.2 Nidificação
ruínas de casas
construções agrícolas (abrigos de motor de rega)
cavidades de muros de pedra
84. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
4 Rabirruivo Preto (Phenicurus ochurus)
4.3 Habitat em agroecossistemas
frequenta os locais onde nidifica : ruínas de habitações
telhados
muros de pedra
se nidificar nas proximidades de um pomar – habita esse pomar
4.4 Atividade auxiliar
alimenta-se no solo, espreitando as suas presas do poleiro
alimenta-se de: saltões, gafanhotos, borboletas, afídeos, elaterídeos,
crisomelídeos, curculionídeos, escolítideos e formigas
85. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
4 Rabirruivo Preto (Phenicurus ochurus)
4.4 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
Presença nas mediações de terrenos de cultivo de sebes de vegetação:
madressilva ( Lonicera peryclimenum)
sabugueiro (Sambucus nigra)
silva (rubus spp)
medronheiro (Arbutus unedo)
amieiro (Almus glutinosa)
87. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
5. Cartacho Comum (saxicola torquata)
Ordem: Passeriforme
Família: Tordidae
5.1 Aspectos de morfologia
Macho – Cabeça preta
Fêmea - Cabeça castanha
5.2 Nidificação
Junto ao solo
5.3 Habitat em agroecossistemas
arbustos de médio porte nos terrenos de cultura
sebes nas imediações dos pomares e hortas
88. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
5. Cartacho Comum (saxicola torquata)
5.4 Actividade auxiliar
localiza as suas presas a partir dos poleiros
capturada a presa volta ao poleiro
alimenta-se de: Lepidopteros (noctuídeos)
Hemípteros (afídeos e pentatomídeos)
5.5 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
agrários
poleiros nos terrenos agrícolas (esteios, postes, arbustos)
presença de sebes
89. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
6. Andorinha das chaminés
Ordem: Passeriforme
Família: Hirundinae
90. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
6. Andorinha das chaminés
Ordem: Passeriforme
Família: Hirundinae
6.1 Morfologia
distingue-se das quatro espécies de andorinhas presentes em Portugal
por:
cauda bifurcada
fronte e garganta vermelhas
6.2 Nidificação
edifícios: celeiros, estábulos e lojas
outras estruturas: vigas, nichos e postes de lâmpadas
91. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
6. Andorinha das chaminés
6.3 Habitat em agroecossistemas
campos de milho, searas de trigo ou centeio, pomares de macieira,
vinhas quintais e hortas
6.4 Actividade auxiliar
insectos em voo: dípteros, típulas e mosquitos
6.5 Medidas que contribuem para a presença em agroecossistemas
disponibilização de locais para nidificação
93. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
7. Melro (Turdus merula)
Ordem: Passeriforme
Família: Turdidae
7.1 Morfologia
macho: plumagem preto azeviche e bico amarelo
fêmea: plumagem castanha
7.1 Nidificação
ramos de: laranjeira, limoeiro, tangerineira, macieira, banksia (Banksia
collina), incenso (Pithosporum undulatum), chá (camelia sinensis),
7.2 Habitat em agroecossistemas
jardins, quintais, hortas, estufas
pomares de macieira, pomares de pereira, pomares de citrinos
quartéis de bananeiras e quartéis de maracujaleiros
94. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
7 Melro (Turdus merula)
7.3 Actividade auxiliar
habitualmente encontra o alimento no solo, a base de alimentação são
essencialmente insectos que procuram:
na erva, terra recém-arada, estrumeiras e debaixo das folhas mortas
ortópteros (saltões e gafanhotos)
hemípteros (pentatomídeos, nabídeos, mirídeos, cicadelídeos,
coccidídeos
moluscos (caracois e lesmas)
95. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
7. Melro (Turdus merula)
7.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agroecossistemas
- manutenção de sebes de vegetação espontânea nas bordaduras da
parcela
97. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
8. Poupa ( Upupa epops)
Ordem: caraciforme
Família: upupidae
8.1 Aspectos de morfologia
ave inconfundível pela sua característica poupa
asas: arredondadas
penas: pretas e brancas
peito e dorso: castanho arruivados
comprimento: 28 cms
8.2 Nidificação
buracos de árvores
orifícios de muros de pedra
utilização de caixas ninho
98. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
8. Poupa ( Upupa epops)
8.3 Habitat em agroecossistemas
- pomares, pousios, pastos próximos de bosques e entremeadas de bosques
8.4 Actividade auxiliar
- alimenta-se no solo de: insectos (fase larvar, pupas, ralos e grilos)
moluscos (caracois e lesmas)
8.5 Medidas que contribuem para a presença em agroecossistemas
- manutenção de muros de pedra solta, instalação de ninhos artificiais
99. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
9.Coruja das Torres ( Tyto alba)
Ordem: Stigiforme
Família: Tytomidae
100. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
9.Coruja das Torres ( Tyto alba)
Ordem: Stigiforme
Família: Tytomidae
9.1 Aspetos de morfologia
rapina noturna
comprimento – 35 cms
faces - brancas
9.2 Nidificação
celeiros, casebres, torres de igrejas, cavidades de árvores
9.3 Habitat em agroecossistemas
zonas abertas: arrozais, restolhos de milho, restolhos de girassol,
pastagens permanentes, alqueives e campos de cereais
101. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
9.Coruja das Torres ( Tyto alba)
9.3 Atividade auxiliar
-insetos
-rato silvestre, ( Apodemus silvaticus)
-rato cego ( Microtus lusitanicus )
-rato da água (Arvícola sapidus )
9.4 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
agrícolas
- manutenção de estradas sem asfalto
-folhetos de divulgação sobre a sua importância como predadora
102. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
10 Mocho Galego (Athene noctua)
Ordem: Strigiforme
Família: Stigidae
103. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
10 Mocho Galego (Athene noctua)
Ordem: Strigiforme
Família: Stigidae
10.1 Aspectos de morfologia
comprimento – 23 cms
cor - castanha
parte superior –manchas brancas irregulares
rapina nocturna comum no nosso país
10.2 Nidificação
cavidades de árvores
cavidades de muros de pedra
construções abandonadas
104. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
10 Mocho Galego (Athene noctua)
10.3 Habitat em agroecossistemas
- frequente observar-se ao fim da tarde: soutos, olivais, pomares de
macieira
10.4 Atividade auxiliar
- insetos e mamíferos – principal alimento
- insetos (ortopteros, coleópteros, lepidópteros e hemípteros)
- mamíferos (rato campo (Microtus agrestis), ratazana preta (Rattus
rattus),e ratazana castanha (Rattus norvegicus)
- moluscos (caracóis e lesmas)
10.5 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
agrários
preservação de: árvores velhas, muros com cavidades, fruteiras em
forma livre
106. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Cegonha branca ( ciconia ciconia)
Ordem: ciconiiforme
Família: ciconiidae
11.1 Aspetos de morfologia
- plumagem branca e negra
- bico e patas vermelhas nos adultos
- voa: com pescoço esticado e com bater de asas lento e forte
- comprimento: 100 a 105 cms
- envergadura: 175 a 205 cms
11.2 Nidificação
árvores altas isoladas: ulmeiro, choupo, freixo, pinheiro e eucalipto
11.3 Habitat em agroecossistemas
- terrenos pantanosos, arrozais, pastagens, terrenos recém-lavrados,
e culturas forrageiras
107. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Cegonha branca ( ciconia ciconia)
11.4 Atividade auxiliar
- em terreno seco ou em águas profundas alimenta-se sempre no solo
- alimenta-se de: gafanhotos, ralos, formigas, pequenos roedores, repteis
anfíbios e mamíferos (roedores)
11.5 Medidas que contribuem para a sua presença
-colocação de plataformas - ninho em madeira ou metal, que deverão ter
um diâmetro de cerca de 130 centímetros e colocadas em lugar seguro.
109. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Estorninho malhado Sturnus vulgaris
Ordem: Passareiforme
Família: Sturdidae
11.1 Morfologia
- cor preta com as seguintes diferenças relativamente a estorninho
preto:
de Inverno apresenta a plumagem salpicada de manchas brancas;
de Verão apresenta reflexos esverdeados e arroxeados na
plumagem
-comprimento cerca de 21cm
11.2 Habitat em ecossistemas
- nos Açores frequenta as pastagens em bandos de dezenas ou até
centenas
- também se podem observar telhados das casas e postes elétricos
110. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Estorninho malhado
11.3 Atividade auxiliar
- alimentam-se de invertebrados sobretudo de larvas desfoliadoras
(Myithimna unipuncta) e moscas
- frequentemente pousa nos cornos dos bois para “catar moscas”
11.4 medidas que contribuem para presença em agroecossistemas
- manutenção dos tradicionais muros de pedra solta
- construção de novos muros
- evitar a utilização de cimento na construção de muros
111. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Estorninho preto Sturnus vulgaris
Ordem: Passeriforme
Família: Sturnidae
112. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Estorninho preto Sturnus vulgaris
Ordem: Passeriforme
Família: Sturnidae
11.1 Morfologia
- semelhante ao estorninho malhado sem manchas claras
- comprimento cerca de 21cm
11.2 Nidificação
- cavidades de árvores
- muros de pedra solta
11.3 Habitat em agroecossistemas
- grande diversidade desde hortas, jardins, pomares,etc.
113. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Estorninho preto Sturnus vulgaris
11.4 Atividade auxiliar
- na Primavera consumo de insetos: ortópteros (em especial ralos)
lepidópteros, coleópteros (elaterídeos ), himenópteros (formigas)
- moluscos (larvas e lesmas)
114. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Alvéola ( Motacilla alba)
Ordem: Passeriforme
Família : Motacillidae
115. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Alvéola ( Motacilla alba)
Ordem: Passeriforme
Família : Motacillidae
conhecida por: levandisca, lavandisca, arvela, arvelinha, passarinho
boeiro,
boeira, lavandeira
11.1 Nidificação
nidifica variados locais: muros de casa, pilhas de madeira, azenhas,
pontes,
caleiras de escoamento de águas pluviais, em vasos de
plantas
11.2 Habitat em agrosecossistemas
-diversos habitats: terrenos de cultivo, pastagens, terreiros de escolas,
telhados de habitação, geralmente na proximidade de linhas
de água
- de todos estes habitats prefere os terrenos recém- lavrados
116. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Alvéola ( Motacilla alba)
11.3 Actividade auxiliar
- insectos de solo em terrenos lavrados na Primavera e Outono
- gafanhotos
11.4 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
- manutenção de muros de pedra solta
117. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
12 Garça boeira ( Bubulcus ibis)
Ordem: Ciconiforme
Família: Ardeidae
118. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
12 Garça boeira Bubulcus ibis
Ordem: Ciconiforme
Família: Ardeidae
11.1 Morfologia
- plumagem branca
- coroa, peito e parte inferior do dorso amarelo acastanhado em
reprodução
- bico e patas – amarelas ou acastanhadas
11.2 Nidificação
-nidifica em colónias, em maciços de árvores arbustos ou em rochas
junto à
costa
11.3 Habitat em agrossistemas
- é observada geralmente junto do gado
- pousios com substrato herbáceo e arbustivo
- charcos temporários e solo nu
-campos de trigo, aveia ou cevada
119. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Garça boeira Bubulcus ibis
11.4 Actividade auxiliar
- insectos que se encontram na vegetação
- insectos do solo que fiquem expostos quando os animais se
alimentam
- insectos que se encontram no corpo do gado
11.5 Medidas que contribuem para a sua presença
-manutenção de agricultura extensiva onde o gado se alimenta
- manutenção de zonas húmidas e pequenas valas
- manutenção de “mosaicos” de árvores ou arbustos
120. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Águia de asa redonda (Buteo buteo)
Ordem: Accipitriforme
Família: Accipitridae
11.1 Morfologia
- asas com as pontas em forma de dedos
- bico poderoso
- comprimento de 43 a 50 cm
- envergadura 43 a 50 cm
- asas acastanhadas com manchas claras
11.2 Habitat
- comum em florestas e bosques na proximidade de terrenos arados
121. AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Águia de asa redonda (Buteo buteo)
Ordem: Accipitriforme
Família: Accipitridae
122. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
AVES AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
11 Águia de asa redonda (Buteo buteo)
11.3 Atividade auxiliar
-captura pequenos animais no solo
-as suas presas habituais são roedores consome também coelhos
- pode consumir também insetos
- em S. Miguel, Açores apresenta-se como predador importante a
Lepidópteros da família dos esfingídeos (Agrius convolvuli) praga
da
batata doce
11.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agrossistemas
- árvores de grande porte
124. MAMÍFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
12 Ouriço cacheiro (Erinaceus europaeus)
Ordem: Insectívora
Família: Erinacea
12.1 Morfologia
corpo – revestido de pêlos transformados em espinhos
- possui fortes músculos sob a pele que lhe dão possibilidades de
enrolarem forma de bola de espinhos numa atitude de defesa
- comprimento 30- 35cm
- hiberna nos meses mais frios em moitas, montas de folhas,
estrumeiras,
pilhas de compostos, debaixo de árvores e arbustos
125. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
MAMÍFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
12 Ouriço cacheiro (Erinaceus europaeus)
Ordem: Insectívora
Família: Erinacea
12.2 Habitat em agroecossistema
- frequenta bosques, terrenos com sebes na proximidade de aldeias
- hortas e jardins
- parques no interior de cidades e até celeiros e adegas
12.3 Atividade auxiliar
- ativo durante a noite, consome grande variedade de insetos
- ortópteros (gafanhotos), moluscos (caracóis e lesmas) muito
eficiente
na predação de ratos e de outros pequenos mamíferos
126. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
MAMIFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
12 Ouriço cacheiro (Erinaceus europaeus)
Ordem: Insectívora
Família: Erinacea
12. 4 Medidas para a sua presença em agroecossistemas
- nas parcelas agrícolas deixar refúgios nos quais se instale durante
o dia:
sebes, mato (silvas, tojos, urzes), moitas
128. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
MAMIFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
13 Toupeira comum (Talpa occidentalis)
Ordem: Insectívora
Família:Talpidae
13.1 Morfologia
- corpo cilíndrico
- pêlo negro e aveludado
- membros anteriores com 5 dedos funcionam como pás escavadoras
- olhos muito pequenos escondidos atrás dos pêlos
13.2 Habitat em agrossistemas
-terrenos de cultivo: campos de milho, batata, hortas, prados, pomares
129. MAMIFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
13 Toupeira comum (Talpa occidentalis)
Ordem: Insectívora
Família:Talpidae
13.3 Atividade auxiliar
a toupeira caça nas suas galerias – insetos do solo
13.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agrossistemas
-embora se reconheça eficiência como predador de insetos do solo
-pouco desejado pelo agricultor nas culturas porque:
escavam galerias que por vezes destroem raízes de plantas
por vezes essas galerias desviam a água da rega.
131. MAMÍFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
14 Musaranho
Ordem: Insectívora
Família: Soricidae
14.1 Morfologia
- semelhante ao rato mas tem focinho pontiagudo e é mais comprido
- dentição de insectívoros
14.2 Habitat em agroecossistemas
- encontra refúgio nas sebes, nos incultos e vegetação espontânea
- nidifica em ninhos feitos de musgos, folhas e ervas dissimulados:
• raízes, interior de sebes, buracos de muro de pedra, pilhas de
compostos
• alvéolos de aglomerados de cimento.
132. MAMIFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
14 Musaranho
Ordem: Insectívora
Família: Soricidae
14.3 Atividade auxiliar
- grande voracidade chega a consumir 2 vezes o seu peso em alimento
- alimenta-se de insetos principalmente ortópteros, coleópteros,
blatópteros
- alimenta-se também de crustáceos (bicho de conta)
- moluscos terrestres (lesmas)
14.4 Medidas que contribuem em ecossistemas
-existência de sebes, muros de pedras para refúgio e nidificação
- campanhas informativas ao agricultor sobre o conhecimento do
musaranho.
134. 15 Morcego
Ordem: Chiroptera
Famílias: Nicteridae, Rhinophidae, Vespertilionidae, Molossidae
15.1 Morfologia – Chiroptera-- deriva Chiros (mão) Pteros (asa)
- asas são uma fina membrana que unem os membros
anteriores
aos posteriores com dedos muito alongados
- corpo coberto de pêlo denso e curto, de cor acastanhado
- são os únicos mamíferos que podem movimentar os membros
posteriores para dentro e para fora
- nos mamíferos, a capacidade de voo é exclusiva desta
ordem
15.2 Habitat - durante a noite voam sobre terrenos de cultivo, ruas e casas
sobretudo nos meios rurais
- durante o dia e período de hibernação abrigam-se em tocas
de
árvores, grutas, minas, pontes, sebes altas, rochas, igrejas.
135. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
MAMIFEROS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
15 Morcego
Ordem: Chiroptera
Famílias: Nicteridae, Rhinophidae, Vespertilionidae, Molossidae
15.3 Atividade auxiliar
-no crepúsculo e durante a noite capturam os insetos em pleno voo
-atividade de grande importância pois completam a predação das aves
15.4 Medidas que contribuem em ecossistemas
-não devem ser perturbados nos seus abrigos sobretudo durante o
Inverno.
137. I –VERTEBRADOS AUXILIARES
RÉPTEIS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
16 Cobra de escada ( Elaphe scalaris )
Família: Colubridae
16.1 Morfologia
-designada por cobra riscada ou riscadinha
-cabeça destacada do corpo e focinho proeminente
-dorso amarelo acastanhado
-padrão dorsal, constituído por duas riscas mais escuras longitudinais
ligadas por bandas transversais da mesma cor
16.2 Habitat
-vive, sobretudo em locais bem expostos com vegetação arbustiva onde
se
refugia em rochas, entre pedras, no matagal.
138. RÉPTEIS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
16 Cobra de escada ( Elaphe scalaris )
Família: Colubridae
16.3 Actividade auxiliar
-exerce a sua atividade durante o dia nos meses mais quentes também
pode
estar ativa durante a noite
-micro mamíferos são alguns dos vertebrados consumidos por este
réptil, os
jovens também se alimentam de insetos
16.4 Medidas que contribuem para a sua presença em ecossistemas
-muros de pedra, rochas e ou montes de pedra, existência de matagais
-desmistificação da sua perigosidade para o homem.
140. RÉPTEIS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
17 Licranço (Anguis fragilis)
17.1 Morfologia
-designada também por cobra de vidro ou fura-mato
- caracteriza-se por ser desprovida de membros
-distingue-se da cobra porque as escamas ventrais são pequenas como
as dorsais
17.2 Habitat
-frequenta regiões relativamente húmidas, prados, terrenos de cultivo
17.3 Atividade auxiliar
hábitos subterrâneos, a sua dieta inclui moluscos (caracóis e lesmas)
e insetos
17.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agroecossistemas
- desmistificação da sua perigosidade para o homem.
142. AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
18 Lagarto de água (Lacerta schreiberi)
18.1 Morfologia
-hábitos semi-aquáticos não hesita mergulhar quando ameaçado
17.2 Habitat
-frequenta regiões relativamente húmidas, prados, terrenos de cultivo
17.3 Atividade auxiliar
- hábitos subterrâneos, a sua dieta inclui moluscos (caracóis e lesmas)
e insetos
17.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agroecossistemas
- desmistificação da sua perigosidade para o homem.
144. ANFÍBIOS AUXILIARES EM ECOSSISTEMAS AGRÁRIOS
19.1 Sapo (Bufo bufo)
18.1 Morfologia
- anfíbio de cor variável, em regra, cinzento acastanhado ou avermelhado. A
fêmea pode atingir os 20mm
18.2 Habitat
- frequenta hortas e jardins. De dia refugia-se nos muros de pedra, entre a
vegetação
-18.3 Atividade auxiliar
ativo à noite, alimenta-se insetos (coleópteros, ortópteros, himenópteros)
- por vezes pequenos roedores
18.4 Medidas que contribuem para a sua presença em agroecossistemas
-existência de vegetação herbácea e arbustiva bem como muros de pedra
- existência de pequenos charcos, o sapo é um anfíbio, passa os 1ºs tempos
na
água.