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CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA.
INTRODUÇÃO AO CURSO DE GESTÃO.
Prof. Carlos Guimaraes
Teoria das relações humanas – humanizando a empresa.
CIPRIANO C. DA SILVA NETO.
João Pessoa-PB.
2016
Teoria das Relações Humanas.
A abordagem humanista da teoria organizacional contrariou vários
postulados da abordagem clássica de Fayol e da Administração Científica
de Taylor. A ênfase na estrutura e nas tarefas foi substituída pela ênfase
nas pessoas.A natureza do ser humano como ‘’homo social’’ substituiu a
concepção de‘’homo economicus’’, ou seja, as pessoassão motivadas e
incentivadas por estímulos financeiros.Dentre os autores que agregaram
referencialteórico à abordagem humanista no sentido das relações sociais
e psicológicaspodem sercitados:Mary Parker Follet (1868-1933),George
Elton Mayo (1880-1949),Kurt Lewin (1890-1947),Hebert Alexander Simon
(1945),Abraham H. Maslow (1908-1970),FrederickHerzberg (1959)e
Douglas M. McGregor(1960)
Através das experiências coordenadas porElton
Mayo e realizadas a partir de 1927 na fábrica ‘’ Westerm
Electric Company’’, que produz equipamentos telefônicos,
foi permitido o delineamento dos princípios básicos da
Abordagem Humanista. Para Mayo a conduta do homem
na sociedadeé determinada basicamente pela tradição. O
comportamento tradicional é visto sob a óptica de um
objetivo socialpositivo. A felicidade individual, o
crescimento e a saúde da sociedadedependem da
existência de um sentido de ‘’função social’’ do indivíduo.
Para Mayo, o conflito é uma chaga social e a cooperação é o bem-
estar social, exceto as formas de cooperação apoiadas por meios políticos;
como as negociações coletivas,que na verdade não são cooperações.
Quando cada indivíduo possuio senso de função social e
responsabilidade,a sociedadetorna-se um organismo social sadio, A
cooperação,quando é assegurada, integra os objetivos individuais aos
coletivos.Os administradores industriais devem organizar essa
cooperação,pois os operários apenas cooperam quando aceitam os
objetivos da administração.
Experiência de Hawthorne – um marco na Escola das Relações Humanas.
As experiências de Hawthorne levaram à
conclusões que colocavam em xeque as
formulações da Abordagem Clássicae da
Administração Científica,pois derrubavam a
preponderânciados fatores fisiológicossobre os
psicológicos.
Essas conclusões podem serresumidas da seguinte forma: é a
capacidade social do trabalhador que estabeleceo seu nível de
competênciae de eficiência,não sua capacidade de executar
corretamente os movimentos dentro de um tempo pré-determinado;o
comportamento do indivíduo se apoia no comportamento do grupo. O
grupo estabelecemétodospara manter o respeito pelas suas atitudes.
Quem produzisse em ritmo muito rápido, era tratado com sarcasmo e
apelidos como forma de desaprovação do grupo; a existência de
uma organização informal compostapor grupos sociais informais. Esses
grupos constituem a estrutura humana da empresa;e as relações
humanas são as atitudes desenvolvidas pelas interações entre pessoas e
grupos.
Após cinco experiências em Hawthorne, Mayo passa a adotar os seguintes
pontos de vista:
 O trabalho é uma atividade tipicamente grupal; o operário reage como
membro de um grupo e não como um indivíduo isolado.
 A organização eficiente é incapaz de elevar a produtividade se as
necessidadespsicológicas não forem descobertas,localizadas e
satisfeitas.
 As Relações Humanas e a cooperação constituem a chave para evitar o
conflito social.
Essas idéias irão influenciar as seguintes escolas de Administração: a
EscolaComportamentalou Behaviorista e a Escolado Desenvolvimento
Organizacional, entre outras
A experiênciase desenvolveuem quatro fases,vistas à seguir:
– Primeira fase:
Na 1ª Fase da experiência, pretendia-se verificar o efeito sobre o
rendimento dos operários.Para isso, tomou-se dois grupos em salas
diferentes,que faziam o mesmo trabalho, em condiçõesidênticas sendo,
um grupo experimental ou de referência, que trabalhava sob a luz variável
e o outro grupo, o de controle,que trabalhava sob a mesmailuminação o
tempo todo.
Para a surpresa dos pesquisadores,não foiencontrada uma relação entre
as duas variáveis (iluminação e rendimento dos operários),mas sim a
existência de outras variáveis como o fator psicológico.Baseadosem suas
suposições pessoais,os operários se julgaram na obrigação de produzir
mais quando a iluminação aumentava, já que quando diminuía a
iluminação o mesmo ocorria com a produção.A prova de que as
suposições pessoais (fatores psicológicos)é que influenciavam a
produção,veio quando os pesquisadores trocaram as lâmpadas por outras
de mesmapotência (fazendo os operários crerem que a intensidade
variava) e o rendimento variava de acordo com a luminosidade que os
operários supunham trabalhar.
– Segunda Fase:
A 2ª Fase da experiência iniciou em abril de 1927,com seis moças de
nível médio constituindo o grupo experimental ou de referência, separadas
do restante do departamento apenas por divisórias de madeira. O restante
do departamento, constituía o grupo de controle, que continuava
trabalhando nas mesmas condições.A pesquisafoi dividida em 12
períodos experimentais,onde foram observadas as variações de
rendimentos decorrentes das inovações a que eram submetidas o grupo
de referência.
As moças participantes da experiência eram informadas das inovações a
que seriam submetidas (aumento de salário, intervalos de descanso de
diversas durações,redução de jornada de trabalho, etc.), bem como dos
objetivos da pesquisae dos resultados alcançados. Nos 12 períodos
experimentais a produção apresentou pequenas mudanças, fazendo com
que ao final não se tivesse os resultados esperados;o que pode notar é
que novamente aparecia um fator que não podia ser explicado somente
pelas condiçõesde trabalho e que já havia aparecido na experiência sobre
iluminação. As conclusõesque os pesquisadoreschegaram foram que:
 O grupo trabalhava com maior liberdade e menos ansiedade.
 Havia um ambiente amistoso e sem pressões.
 Não havia temor ao supervisor.
 Houve um desenvolvimento social do grupo experimental.
 O grupo desenvolveuliderança e objetivos comuns.
– TerceiraFase:
Baseados nas conclusõesde fase anterior em que as moças do grupo de
referênciatinham atitudes diferentes das do grupo de controle, os
pesquisadores foram se afastando do estudo das melhores condições
físicas de trabalho e passaram a estudar as Relações Humanas, pois a
empresaapesar da sua política de pessoalaberta, pouco sabia sobre os
fatores determinantes da atitudes das operárias em relação à supervisão,
aos equipamentos de trabalho e a própria empresa.
A partir de setembro de 1928 iniciou-se o programa de entrevistas, no
setor de inspeção,seguindo-se no de operaçõese mais tarde nos demais
setores de fábrica. A empresaatravés do programa de entrevistas
pretendia obter maiores conhecimentos sobre as atitudes e sentimentos
dos trabalhadores, bem como recebersugestõesque pudessem ser
aproveitados.Em fevereiro de 1929,devido à boa aceitação do programa,
foi criada a Divisão de Pesquisas Industriais para absorver e ampliar o
programa de pesquisa.Dos 40.000 empregados da fábrica, entre 1928 e
1930 foram entrevistados cerca de 21.000.O sistemade entrevista sofreu
alteração, isto é, passou-se a adotar a técnica da entrevista não diretiva,
na qual o operário se expressavalivremente sem que o entrevistador
interferisse ou estabelecesse um roteiro prévio. Nesta etapa, em que os
trabalhadores foram entrevistados, revelou-se a existência de uma
organização informal dos mesmos,com vistas a se protegeremdo que
julgavam ameaças da Administração ao seu bem-estar.
– Quarta fase:
A 4ª Fase iniciou-se em novembro de 1931 e durou até maio de 1932,
tendo como objetivo analisar a organização informal dos operários. Para
isso foi formado um grupo experimental, composto de nove soldadores e
dois inspetores,sendo que eles eram observados por um pesquisadore
entrevistados esporadicamente poroutro, e seu pagamento era baseado
na produção do grupo. Os pesquisadores notaram que os operários,após
atingirem uma produção que julgavam ser a ideal, reduziam o ritmo de
trabalho, informavam a sua produção de formaa deixar o excessode um
dia para compensara falta em outro, em caso de excesso solicitavam
pagamento. Basicamente o que os pesquisadoresobservaram,foi uma
solidariedade grupal e uma uniformidade de sentimentos os operários.
Esta experiênciafoi suspensaem 1932,devido à crise de 1929,porém a
4ª Fase permitiu o estudo das Relações Humanas entre a organização
formal de fábrica e a organização informal dos operários.
Conclusão da experiência:
 O nível de produção é determinado pela integração social e não pela
capacidade físicados operários.O comportamento do indivíduo se apoia
totalmente no grupo (agem como parte do grupo).
 O comportamento dos trabalhadores está condicionado às normas
padrões sociais (agem de modo a obterrecompensas sociais ou a não
obter sanções sociais).
 A empresapassoua ser vista como um conjunto de grupos sociais
informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal.
 A existência de grupos sociais que se mantém em constante interação
social dentro da empresa.
 Os elementos emocionais e mesmo irracionais passam a mereceruma
maior atenção.
Críticas à Teoria das Relações Humanas
Com o decorrer do tempo, surgiram algumas críticas à Escola das
Relações Humanas, tais como:
– Visão inadequada dos problemas de relações industriais – em alguns
aspectos a experiência de Hawthorne foi insegura, artificial e mesmo
tendenciosa.
– Oposição cerradaà teoria clássica – Tudo aquilo que esta preconizava, a
teoria das relações humanas negava.
– Limitação no campo experimental e parcialidade nas conclusões levaram
gradualmente a teoria a um certo descrédito.
– Concepção ingênua e romântica do operário.
– Ênfase exagerada nos grupos informais colaboraram rapidamente para
que esta teoria fosse repensada.
– Enfoque manipulativo e demagogo foi percebido e identificado pelos
operários e seus sindicatos.
Ao receber tantas críticas, a Teoria das Relações Humanas precisou de
uma reestruturação e eis que surge a Teoria Comportamental.
Bibliografia:
http://gestor.adm.ufrgs.br/adp/ADP014_2000_1.htm
http://gestor.adm.ufrgs.br/adp/RH.html

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  • 1. CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA. INTRODUÇÃO AO CURSO DE GESTÃO. Prof. Carlos Guimaraes Teoria das relações humanas – humanizando a empresa. CIPRIANO C. DA SILVA NETO. João Pessoa-PB. 2016
  • 2. Teoria das Relações Humanas. A abordagem humanista da teoria organizacional contrariou vários postulados da abordagem clássica de Fayol e da Administração Científica de Taylor. A ênfase na estrutura e nas tarefas foi substituída pela ênfase nas pessoas.A natureza do ser humano como ‘’homo social’’ substituiu a concepção de‘’homo economicus’’, ou seja, as pessoassão motivadas e incentivadas por estímulos financeiros.Dentre os autores que agregaram referencialteórico à abordagem humanista no sentido das relações sociais e psicológicaspodem sercitados:Mary Parker Follet (1868-1933),George Elton Mayo (1880-1949),Kurt Lewin (1890-1947),Hebert Alexander Simon (1945),Abraham H. Maslow (1908-1970),FrederickHerzberg (1959)e Douglas M. McGregor(1960) Através das experiências coordenadas porElton Mayo e realizadas a partir de 1927 na fábrica ‘’ Westerm Electric Company’’, que produz equipamentos telefônicos, foi permitido o delineamento dos princípios básicos da Abordagem Humanista. Para Mayo a conduta do homem na sociedadeé determinada basicamente pela tradição. O comportamento tradicional é visto sob a óptica de um objetivo socialpositivo. A felicidade individual, o crescimento e a saúde da sociedadedependem da existência de um sentido de ‘’função social’’ do indivíduo. Para Mayo, o conflito é uma chaga social e a cooperação é o bem- estar social, exceto as formas de cooperação apoiadas por meios políticos; como as negociações coletivas,que na verdade não são cooperações. Quando cada indivíduo possuio senso de função social e responsabilidade,a sociedadetorna-se um organismo social sadio, A cooperação,quando é assegurada, integra os objetivos individuais aos coletivos.Os administradores industriais devem organizar essa cooperação,pois os operários apenas cooperam quando aceitam os objetivos da administração.
  • 3. Experiência de Hawthorne – um marco na Escola das Relações Humanas. As experiências de Hawthorne levaram à conclusões que colocavam em xeque as formulações da Abordagem Clássicae da Administração Científica,pois derrubavam a preponderânciados fatores fisiológicossobre os psicológicos. Essas conclusões podem serresumidas da seguinte forma: é a capacidade social do trabalhador que estabeleceo seu nível de competênciae de eficiência,não sua capacidade de executar corretamente os movimentos dentro de um tempo pré-determinado;o comportamento do indivíduo se apoia no comportamento do grupo. O grupo estabelecemétodospara manter o respeito pelas suas atitudes. Quem produzisse em ritmo muito rápido, era tratado com sarcasmo e apelidos como forma de desaprovação do grupo; a existência de uma organização informal compostapor grupos sociais informais. Esses grupos constituem a estrutura humana da empresa;e as relações humanas são as atitudes desenvolvidas pelas interações entre pessoas e grupos. Após cinco experiências em Hawthorne, Mayo passa a adotar os seguintes pontos de vista:  O trabalho é uma atividade tipicamente grupal; o operário reage como membro de um grupo e não como um indivíduo isolado.  A organização eficiente é incapaz de elevar a produtividade se as necessidadespsicológicas não forem descobertas,localizadas e satisfeitas.
  • 4.  As Relações Humanas e a cooperação constituem a chave para evitar o conflito social. Essas idéias irão influenciar as seguintes escolas de Administração: a EscolaComportamentalou Behaviorista e a Escolado Desenvolvimento Organizacional, entre outras A experiênciase desenvolveuem quatro fases,vistas à seguir: – Primeira fase: Na 1ª Fase da experiência, pretendia-se verificar o efeito sobre o rendimento dos operários.Para isso, tomou-se dois grupos em salas diferentes,que faziam o mesmo trabalho, em condiçõesidênticas sendo, um grupo experimental ou de referência, que trabalhava sob a luz variável e o outro grupo, o de controle,que trabalhava sob a mesmailuminação o tempo todo. Para a surpresa dos pesquisadores,não foiencontrada uma relação entre as duas variáveis (iluminação e rendimento dos operários),mas sim a existência de outras variáveis como o fator psicológico.Baseadosem suas suposições pessoais,os operários se julgaram na obrigação de produzir mais quando a iluminação aumentava, já que quando diminuía a iluminação o mesmo ocorria com a produção.A prova de que as suposições pessoais (fatores psicológicos)é que influenciavam a produção,veio quando os pesquisadores trocaram as lâmpadas por outras de mesmapotência (fazendo os operários crerem que a intensidade variava) e o rendimento variava de acordo com a luminosidade que os operários supunham trabalhar. – Segunda Fase: A 2ª Fase da experiência iniciou em abril de 1927,com seis moças de nível médio constituindo o grupo experimental ou de referência, separadas do restante do departamento apenas por divisórias de madeira. O restante do departamento, constituía o grupo de controle, que continuava trabalhando nas mesmas condições.A pesquisafoi dividida em 12 períodos experimentais,onde foram observadas as variações de
  • 5. rendimentos decorrentes das inovações a que eram submetidas o grupo de referência. As moças participantes da experiência eram informadas das inovações a que seriam submetidas (aumento de salário, intervalos de descanso de diversas durações,redução de jornada de trabalho, etc.), bem como dos objetivos da pesquisae dos resultados alcançados. Nos 12 períodos experimentais a produção apresentou pequenas mudanças, fazendo com que ao final não se tivesse os resultados esperados;o que pode notar é que novamente aparecia um fator que não podia ser explicado somente pelas condiçõesde trabalho e que já havia aparecido na experiência sobre iluminação. As conclusõesque os pesquisadoreschegaram foram que:  O grupo trabalhava com maior liberdade e menos ansiedade.  Havia um ambiente amistoso e sem pressões.  Não havia temor ao supervisor.  Houve um desenvolvimento social do grupo experimental.  O grupo desenvolveuliderança e objetivos comuns. – TerceiraFase: Baseados nas conclusõesde fase anterior em que as moças do grupo de referênciatinham atitudes diferentes das do grupo de controle, os pesquisadores foram se afastando do estudo das melhores condições físicas de trabalho e passaram a estudar as Relações Humanas, pois a empresaapesar da sua política de pessoalaberta, pouco sabia sobre os fatores determinantes da atitudes das operárias em relação à supervisão, aos equipamentos de trabalho e a própria empresa. A partir de setembro de 1928 iniciou-se o programa de entrevistas, no setor de inspeção,seguindo-se no de operaçõese mais tarde nos demais setores de fábrica. A empresaatravés do programa de entrevistas pretendia obter maiores conhecimentos sobre as atitudes e sentimentos dos trabalhadores, bem como recebersugestõesque pudessem ser aproveitados.Em fevereiro de 1929,devido à boa aceitação do programa, foi criada a Divisão de Pesquisas Industriais para absorver e ampliar o programa de pesquisa.Dos 40.000 empregados da fábrica, entre 1928 e
  • 6. 1930 foram entrevistados cerca de 21.000.O sistemade entrevista sofreu alteração, isto é, passou-se a adotar a técnica da entrevista não diretiva, na qual o operário se expressavalivremente sem que o entrevistador interferisse ou estabelecesse um roteiro prévio. Nesta etapa, em que os trabalhadores foram entrevistados, revelou-se a existência de uma organização informal dos mesmos,com vistas a se protegeremdo que julgavam ameaças da Administração ao seu bem-estar. – Quarta fase: A 4ª Fase iniciou-se em novembro de 1931 e durou até maio de 1932, tendo como objetivo analisar a organização informal dos operários. Para isso foi formado um grupo experimental, composto de nove soldadores e dois inspetores,sendo que eles eram observados por um pesquisadore entrevistados esporadicamente poroutro, e seu pagamento era baseado na produção do grupo. Os pesquisadores notaram que os operários,após atingirem uma produção que julgavam ser a ideal, reduziam o ritmo de trabalho, informavam a sua produção de formaa deixar o excessode um dia para compensara falta em outro, em caso de excesso solicitavam pagamento. Basicamente o que os pesquisadoresobservaram,foi uma solidariedade grupal e uma uniformidade de sentimentos os operários. Esta experiênciafoi suspensaem 1932,devido à crise de 1929,porém a 4ª Fase permitiu o estudo das Relações Humanas entre a organização formal de fábrica e a organização informal dos operários. Conclusão da experiência:  O nível de produção é determinado pela integração social e não pela capacidade físicados operários.O comportamento do indivíduo se apoia totalmente no grupo (agem como parte do grupo).  O comportamento dos trabalhadores está condicionado às normas padrões sociais (agem de modo a obterrecompensas sociais ou a não obter sanções sociais).  A empresapassoua ser vista como um conjunto de grupos sociais informais, cuja estrutura nem sempre coincide com a organização formal.
  • 7.  A existência de grupos sociais que se mantém em constante interação social dentro da empresa.  Os elementos emocionais e mesmo irracionais passam a mereceruma maior atenção. Críticas à Teoria das Relações Humanas Com o decorrer do tempo, surgiram algumas críticas à Escola das Relações Humanas, tais como: – Visão inadequada dos problemas de relações industriais – em alguns aspectos a experiência de Hawthorne foi insegura, artificial e mesmo tendenciosa. – Oposição cerradaà teoria clássica – Tudo aquilo que esta preconizava, a teoria das relações humanas negava. – Limitação no campo experimental e parcialidade nas conclusões levaram gradualmente a teoria a um certo descrédito. – Concepção ingênua e romântica do operário. – Ênfase exagerada nos grupos informais colaboraram rapidamente para que esta teoria fosse repensada. – Enfoque manipulativo e demagogo foi percebido e identificado pelos operários e seus sindicatos. Ao receber tantas críticas, a Teoria das Relações Humanas precisou de uma reestruturação e eis que surge a Teoria Comportamental.